P&D e Produção de Insumos
Farmacêuticos Ativos
Conteúdo Programático
Modulo 1 IFA: Conceito e Tecnologias de Produção Modulo 2 Desenvolvimento de IFA sintéticos Modulo 3 Desenvolvimento de Métodos Analíticos de IFA Modulo 4 DMF (Drug Master File) ou DIFA (Dossiê do IFA) Modulo 5 Boas Práticas de Fabricação de IFADesenvolvimento de IFA Sintéticos
✓ Impurezas Orgânicas
✓ Solventes Residuais
✓ Impurezas Elementares
✓ Impurezas Mutagênicas
Controle de Nitrosaminas
✓ Cálculo do Fator de Purga
Desenvolvimento de IFA Sintéticos
✓ Impurezas Orgânicas
✓ Impurezas Elementares
✓ Solventes Residuais
✓ Impurezas Genotóxicas
Controle de Nitrosaminas
Cálculo do Fator de Purga
O que é uma impureza?
“Qualquer componente presente no insumo farmacêutico ou no produto terminado que não seja
o insumo farmacêutico ativo nem o(s) excipiente(s).” RDC 53/2015
RDC 53/2015: Estabelece parâmetros para a notificação, identificação e qualificação de produtos de degradação em medicamentos com substâncias ativas sintéticas e semissintéticas, classificados como novos, genéricos e similares, e dá outras providências.
Orgânicas
Solventes Residuais
Elementares
Síntese
Degradação
Mutagênicas
Impurezas
✓ No tópico anterior: importância de conhecer o perfil de impurezas para a seleção e justificativa do material de partida regulatório;
✓ Discussão de impurezas: parte fundamental do DIFA (Dossiê do Insumos Farmacêutico Ativo) – Módulo 3.2.S.3.2.
Fonte RDC 359/2020: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-de-diretoria-colegiada-rdc-n-359-de-27-de-marco-de-2020-250639483
Impurezas
Fonte RDC 359/2020: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-de-diretoria-colegiada-rdc-n-359-de-27-de-marco-de-2020-250639483
“§ 2º Baseando-se em análise de risco, deverá ser apresentada
validação dos parâmetros críticos
para os métodos analíticos utilizados emestudo de carreamento de impurezas
.”Impurezas (3.2.S.3.2)
“Art. 41. Deve ser apresentada discussão detalhada com todas as
impurezas potenciais
advindas doprocesso de fabricação
, como reagentes, catalisadores, coprodutos, solventes e outras matérias-primas, bem como produtos de degradação, contemplando:I -
formação, destino e eliminação
; eII -
controle
e proposta decritérios de aceitação
.“§ 1º A discussão deve incluir impurezas
especificadas
e nãoespecificadas
, impurezastotais
, impurezaselementares
, impurezasmutagênicas
e a justificativa de ausência na especificação do IFA para impurezas potenciais não especificadas.”Quais guias do ICH se aplicam?
Orgânicas
Síntese
Degradação
ICH Q3A
Mutagênicas
ICH M7
Elementares
Solventes Residuais
ICH Q3C
ICH Q3D
Impurezas
COIFA ANVISA: https://coifa.anvisa.gov.br/guia.html.
I. 1) Composto 2, cat 1: (CF3)2CO ou (CCl3)2CO; cat 2: α-feniletilamina, ácido tartárico e/ou ácido
canforsulfônico; 10% H2O2, NaHPO4, DCM, 0 °C, 6-18 h. 2) Na2S2O3.5H2O, H2O gelada, 1.5 h → DCM. 3) Extração: 2 x DCM. 4) Lavagem: NaCl sat. 5) MgSO4 anidro, 3 h. 6) Filtração. 7) Destilação do
solvente. 8) Recristalização: mistura 1:3 de acetato de etila em éter diisopropílico, 5 h. 9) Filtração centrifugal. 10) Secagem: 8 h (vácuo).
II. 1) Mg, 1,2-dibromoetano, THF, 10 min, 40 °C→brometo de 4-N,N-dimetilanilina, 40-45 °C, 3 h. 2) CuCl,
THF, composto 3, 0 °C, 5 h. 3) NH4OH sol., DCM, 0 °C, 30 min. 4) Extração: DCM. 5) Lavagem: 1 x
NH4Cl sat. 6) MgSO4 anidro. 7) Filtração 8) Destilação do solvente. 9) Éter diisopropílico, 3 h. 10)
Filtração. 11) Secagem 8 h (vácuo).
III. 1) Metanol, composto 5, HCl 1M, 20 °C, 1 h. 2) K2CO3, 0 °C, pH = 10. 3) Filtração centrifugal. 4)
Lavagem: 2 x H2O. 5) 20 °C, 8 h (vácuo).
IV. 1) Ac2O, -10 °C, 30 min → HClO4(70%) → composto 6 em DCM, 3 h. 2) H2O gelada. 3) Extração: 3 x
DCM. 4) Lavagem: H2O. 5) MgSO4 anidro, 4 h. 6) Filtração. 7) Destilação do solvente. 8) Éter
diisopropílico, aquecimento, carvão ativo, 30 min → filtração. 9) H2O, 5 °C, 3 h, recristalização
overnight. 10) Filtração. 11) Secagem, 8 h (vácuo). DCM: diclorometano; THF: tetraidrofurano; Ac:
Acetil.
V. 1) Embalagem; 2) Estocagem
Embalagem Estocagem - Todo processo produtivo deve ser considerado para avaliação de impurezas! - Embalagem primária dos materiais; embalagem e estocagem ao longo do processo; embalagem e estocagem final e material dos equipamentos devem ser considerados nessa avaliação!
Avaliação de Impurezas
Impurezas Orgânicas
Orgânicas
Síntese
Impurezas Orgânicas
Impurezas Orgânicas
✓ Materiais de partida
✓ Intermediários
✓ Reagentes
✓ Ligantes
✓ Catalisadores
✓ Produtos de degradação
✓ Subprodutos
✓ Reações incompletas
Processo de fabricação e/ou estocagemImpurezas relacionadas a síntese: impurezas originadas durante o processo de síntese.
Podem
ser
originadas
de
materiais;
solventes,
catalisadores,
material
de
partida,
intermediários, produtos de reações colaterais.
Handa, V. K.; Rao, D. V. N. S.; Sivakumaran, M. Process for Preparing 1-Methyl-3-Phenylpiperazine Using a Novel Intermediate. US7041826B2, May 9, 2006.
+
Reação incompleta
impureza
+
Impureza
Impurezas relacionadas a degradação: impurezas geradas por decomposição da
substâncias envolvidas no processo e do IFA. Podem ser originadas na síntese ou
estocagem. No caso de medicamentos podem ser originadas por interação com excipientes
da formulação.
Oxidação
Mirtazapina N-óxido de mirtazapina
Fonte: https://www.lhasalimited.org/. Acesso em 08/05/2021
Quais seriam as Impurezas Orgânicas Potenciais?
Impureza potencial Impureza potencial
Impureza potencial Impurezas potenciais
ICH Q3A(R2)
Impurezas em Novos Insumos Farmacêuticos Ativos
✓ Limite de notificação: valor acima do qual a impureza deverá ser reportado;
✓ Limite de identificação: valor acima do qual a impureza deverá ter sua estrutura química identificada; ✓ Limite de qualificação: valor acima do qual a impureza deve ser qualificada;
ICH Q3A(R2)
ICH Q3A(R2)
Impurezas em Novos Insumos Farmacêuticos Ativos
Qual a especificação mais
adequada para controle
dessas impurezas?
Limite de qualificação
0.15% ou 1 mg/diaLimite de identificação
0.10%Limite de notificação
0.05%Impurezas Orgânicas
✓ Ideal durante o desenvolvimento de um novo IFA: impurezas de síntese e
degradação sejam obtidas em limites bastante inferiores aos limites máximos
permitidos em no máximo 1 purificação
– impacto em custo quando for para
produção.
✓ Lotes de bancada: devem apresentar robustez na quantificação de impurezas;
✓ Quanto mais distante dos limites mais seguro o processo e evita surpresas na
rotina de produção e na estabilidade do IFA e do medicamento!!!!!
Como as impurezas orgânicas podem ser removidas
durante a preparação do IFA?
✓ Extrações; Lavagens
Fonte: Uses of Extraction. (2021, March 5). Retrieved May 8, 2021, from
Como as impurezas orgânicas podem ser removidas
durante a preparação do IFA?
✓ Precipitações, Purificações
1) IFA é aquecido até completa solubilização
Tempo; temperatura e velocidade de agitação controladas.
IPC: solubilização completa pode ser utilizado
Reator Filtro
2) Filtração a quente para remoção de particulados
3) Redução da temperatura Formação dos cristais
Poder ser utilizado gérmen de cristalização para nucleação Induzida. Tempo; temperatura
e velocidade de agitação Controladas.
Como as impurezas orgânicas podem ser removidas
durante a preparação do IFA?
✓ Precipitações, Purificações
Reator Centrífuga IFA Puro ou Filtro Secador Impurezas presentes na água-mãe 4) Separação sólido-líquidoComo as impurezas orgânicas podem ser removidas
durante a preparação do IFA?
C
D
E
IFA
A
B
F
Purga de impurezasImpurezas tem baixo potencial de impactar na qualidade do IFA
Impurezas tem alto potencial de impactar na qualidade do IFA
ICH Q3C(R6)
ICH Q3C(R6)
Impurezas: Guia para Solventes Residuais
Classe 1: Solventes que devem ser evitados
Carcinógenos humanos conhecidos, solventes suspeitos de serem carcinogênicos e perigosos ao meio ambiente.
Classe 2: Solventes que devem ser limitados
Solventes que podem causar toxicidade irreversível como neurotoxicidade e teratogenicidade. Solventes suspeitos de outras toxicidades significantes mais reversíveis.
Classe 3: Solventes com baixo potencial de toxicidade
Solventes com baixo potencial tóxico e nenhum limite de exposição com base na saúde é necessário. Solventes que tem PDEs (Permitted Daily Exposure) de 50 mg ou mais por dia.
ICH Q3C(R6)
Impurezas: Guia para Solventes Residuais
ICH Q3C(R6)
Impurezas: Guia para Solventes Residuais
Classe 1 presente como impureza
1 - O limite aplicado ao solvente de origem é tal que o solvente classe 1 estará presente
na substância ativa em níveis abaixo dos limites estabelecidos na diretriz, levando em
consideração o nível máximo provável de contaminação do solvente classe 1. A
volatilidade de ambos os solventes nos processos de secagem deve ser levada em
consideração ao aplicar este argumento;
2 - É demonstrado com método validado que o solvente classe 1 não ultrapassa 30% do
limite especificado, em intermediário adequado ou na substância ativa final. Os dados de
apoio devem ser apresentados em 6 lotes consecutivos em escala piloto ou 3 lotes
consecutivos em escala industrial;
3 - A especificação do solvente de origem utilizado inclui teste realizado rotineiramente
e limite para o solvente classe 1.
ICH Q3C(R6)
Impurezas: Guia para Solventes Residuais
ICH Q3C(R6)
Impurezas: Guia para Solventes Residuais
Solventes de classe 2 usados antes da última etapa da síntese não devem ser incluídos
na especificação do IFA, se tiver sido demonstrado, em um intermediário adequado ou
no ativo IFA, que o teor de solventes de classe 2 não é superior a 10% do limite de
concentração aceitável indicado na diretriz do ICH.
6 lotes em escala piloto ou 3 lotes consecutivos em escala industrial do intermediário ou IFA.
Classe 2 presente como impureza
ICH Q3C(R6)
Impurezas: Guia para Solventes Residuais
Classe 3: Solventes com baixo potencial de toxicidade
If only Class 3 solvents are present, a non-specific method such as loss on drying may be used.
Solventes residuais
C
D
E
IFA
A
B
F
Purga de impurezasUtilizar solventes Classe 3
Remoção de solventes: Lavagens
Destilações; destilações azeotrópicas Extrações Purificações Secagem Atenção ao ponto de ebulição do solventes escolhido
ICH Q3D(R1)
ICH Q3D(R1)
Guia para Impurezas Elementares
• Evaluation of the toxicity data for potential elemental impurities (EI);
STEP 01
• Establishment of a Permitted Daily Exposure (PDE) for each element of toxicological concern;
STEP 02
• Application of a risk-based approach to control elemental impurities in drug products.
STEP 03
ICH Q3D(R1)
ICH Q3D(R1)
ICH Q3D(R1)
ICH Q3D(R1)
ICH Q3D(R1)
ICH Q3D(R1)
ICH Q3D(R1)
ICH Q3D(R1)
Resumo Parcial
✓ Discutimos sobre Impurezas Orgânicas, Solventes Residuais e
Elementares
✓ Estratégias de Controle
✓ Guias ICH Q3A, Q3C, Q3D
Carolina Martins Avila de Sant’Ana santanacma@gmail.com
Desenvolvimento de IFA Sintéticos
✓ Impurezas Orgânicas
✓ Impurezas Elementares
✓ Solventes Residuais
✓ Impurezas Genotóxicas
Controle de Nitrosaminas
Cálculo do Fator de Purga
O que é uma impureza?
“Qualquer componente presente no insumo farmacêutico ou no produto terminado que não seja
o insumo farmacêutico ativo nem o(s) excipiente(s).” RDC 53/2015
RDC 53/2015: Estabelece parâmetros para a notificação, identificação e qualificação de produtos de degradação em medicamentos com substâncias ativas sintéticas e semissintéticas, classificados como novos, genéricos e similares, e dá outras providências.
Orgânicas
Solventes Residuais
Elementares
Síntese
Degradação
Mutagênicas
ICH M7
ICH Q3A(R2)
Impurezas em Novos Insumos Farmacêuticos Ativos
Limite de qualificação Limite de identificação Limite de notificação 0.15% ou 1 mg/dia 0.10% 0.05%
Qual a especificação
mais adequada para
controle dessas
ICH Q3A(R2)
Impurezas em Novos Insumos Farmacêuticos Ativos
Limite de qualificação Limite de identificação Limite de notificação 0.15% ou 1 mg/dia 0.10% 0.05%
ICH M7
O que são nitrosaminas?
Definição FDA:
Nitrosamine impurities may increase the risk of cancer if people are exposed to them above acceptable levels and over long periods of time, but a person taking a drug that contains nitrosamines at, or below, the acceptable daily intake limits every day for 70 years is not expected to have an increased risk of cancer.
Guia EMA sobre o tema Set/2019
Linha do tempo
Recall de Valsartana EMA, FDA (NDMA) Jul/18 Abr/2019 Auditoria in loco Candesartana Mai/2019 Publicação RDC 283 Dispõesobre investigação, controle e eliminação de Nitrosaminas potencialmente carcinogênicas em antagonistas de receptor de angiotensina II. Ago/2018 Recall de Valsartana, Losartana e Ibesartana (NDEA) Set/2019 Recall de ranitidina Dez/2019 Metformina e traços de NDMA Ofício nº 3 Anvisa recomenda controle de nitrosaminas por parte dos fabricantes
de medicamentos
Jan/2020
Mai/2019
Contaminação de pioglitazona
Linha do tempo da Norma
Ofício nº 3 Anvisa recomenda
controle de nitrosaminas por parte dos fabricantes
de medicamentos Jan/2020 Fev/2020 Reunião Anvisa (GGFIS) e setor regulado • Ofício entidades com proposta de avaliação e prazo • Ofício Anvisa em resposta ao Ofício entidade – avaliação e prazos Mar/2020 Out/2020 Início reuniões GT Anvisa • Disponibilização da Minuta para contribuições das entidades(15 dias) • prorrogado prazo da RDC 283/19 – RDC 493/21 • Revisão das contribuições pelo GT Abr/2021
Proposta de Minuta de RDC:
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS CAPÍTULO II - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
• Seção I - Da avaliação de risco
• Seção II – Dos testes confirmatórios
• Seção III – Do controle de nitrosaminas para produtos regularizados
• Seção IV – Das petições em fase de registro e das alterações de pós-registro
• Seção V – Prazos
CAPÍTULO III - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
prazo máximo e improrrogável de 15 dias corridos
CAPÍTULO III - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Como deve ser feito o controle ?
Etapa 3
Controle
*Priorização do portifólio
*Priorização dos produtos de portifólio
12 36
IFA
PA
Rota de síntese
Água
Etapa 1 - Análise de Risco do Produto Acabado
Avaliação de risco
Intermediários KSM Reagentes Solventes Recuperação de materiais Contaminção cruzada Validação de limpeza embalagem Solventes Processo Contaminçã o cruzada Excipientes Compatibilidad e de excipientes Degradação Degradação embalagem Caracterização do risco Avaliação da exposição Avaliação dose-resposta Identificação do perigoICH QM7(R1)
Avaliação e Controle de Impurezas Reativas a DNA (Mutagênicas) em
Medicamentos para Limitar Risco Carcinogênico Potencial.
Caracterização do risco Avaliação da exposição Avaliação dose-resposta
O que são nitrosaminas?
Amina ou derivado
Agente nitrosante
Primeiro passo – entender como são
formadas
O óxido nítrico geralmente não leva à formação de nitrosamina, embora alguns metais e complexos organometálicos sejam capazes de catalisar a nitrosação usando o óxido nítrico.
No entanto, outras espécies de NOx são conhecidas por nitrosar aminas: • sais de nitrito e nitritos de alquila,
• anidrido nitroso (N2O3)
• tetróxido de dinitrogênio (N2O4),
• cloreto de nitrosila (NOCl) ou outros halogenetos, • nitrosiltiocianato e nitrosofenol.
Podem se formam durante outros processos (por exemplo, durante a cura da carne, maltagem antes da fermentação ou
durante reações químicas
Alguns antioxidantes são conhecidos por inibir a formação de nitrosaminas, por exemplo o ácido ascórbico
Primeiro passo – Como são formadas ?
Amina ou derivado
Primeiro passo – Como são formadas ?
Síntese
Amina ou derivado
Agente nitrosante
Primeiro passo – Como são formadas ?
Primeiro passo – Como são formadas ?
A partir de AMINAS TERCIÁRIAS:
Terciárias: reagem diretamente com nitritos para formar N-nitrosaminas por meio de um mecanismo desalquilativo.
Primeiro passo – Como são formadas ?
Primeiro passo – Como são formadas ?
A partir de AMINAS PRIMÁRIAS:
Primárias : reagem prontamente com o nitrito, mas a presença de hidrogênios adjacentes permite a conversão rápida da espécie nitrosamina em um sal de diazônio. Portanto, a formação de impurezas de N-nitrosamina não é considerada um risco principal quando apenas aminas primárias estão presentes, embora a formação de N-nitrosamina em baixo rendimento tenha sido observada em alguns casos.
Primeiro passo – Como são formadas ?
Síntese
Amina ou derivado
Agente nitrosante
Primeiro passo – Como são formadas ?
Secundárias: reagem prontamente com o nitrito para formar as espécies de nitrosamina associadas, um processo que também pode ser catalisado por aldeídos por meio da formação de íons imínio.
Primeiro passo – Como são formadas ?
Primeiro passo – Como são formadas ?
Amina primária, secundária ou terciária e derivados carbonílicos Agente nitrosante Condições adequadasReações capazes de gerar nitrosaminas
Gaur, P., & Banerjee, S. (2019). Oxone-sodium nitrite mediated N-nitrosamines formation under mild conditions from secondary amines. Synthetic Communications, 1–10.
doi:10.1080/00397911.2019.1622733
2020 Webinar: Controlling a cohort - Understanding the risk of nitrosamines within drug substance synthesis
A característica comum desses métodos parece residir na liberação oxidativa dos conhecidos agentes nitrosantes HNO2/ NO +e subsequente formação de N-nitrosamina por reação com aminas secundárias ou terciárias
ICH QM7(R1)
Avaliação e Controle de Impurezas Reativas a DNA (Mutagênicas) em
Medicamentos para Limitar Risco Carcinogênico Potencial.
Caracterização do risco Avaliação da exposição Avaliação dose-resposta
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IFA
Impureza
ALERTA: Epóxido (não presente no IFA)
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
Não mutagênico ALERTA: Amina
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
SEM ALERTAS ESTRUTURAIS
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade– Teste de Ames
Teste in vitro - em bactérias
Predição in silico Carcinogenicidade Teste in vivo ICH M7 (R1), 2017 Caracterização do risco Avaliação da exposição Avaliação dose-resposta Identificação do perigo Class e 1 2 3 4 5
Por que nitrosaminas são mutagênicas?
Mecanismo de
a-hidroxidação de aminas
Por que nitrosaminas são mutagênicas?
Mecanismo de genotoxicidade de nitrosamias
• Carcinogenicidade baseada no fato de que elas pode reagir com pares de bases de DNA após a ativação metabólica mediada pelo citocromo P450 para formar α-hidroximetil-N-nitrosaminas instáveis, as quais geram íons alquil ou aril diazônio como os carcinógenos finais.
O que são nitrosaminas?
Mecanismo de genotoxicidade de nitrosamias
A presença de O (6) -metilguanina no DNA pode ser muito prejudicial porque a metilação na posição O (6) altera as propriedades de ligação de hidrogênio da guanina, induzindo, assim, mutações de transição G para A. Isso indica que o par O (6) -MeG · T é selecionado durante a replicação ao invés do (ou preferencialmente) o par O (6) -MeG · C.
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
EXEMPLO 2
Prótons no C α sp3 CH2 e CH3
Sem próton na posição α Estrutura aromática
Exemplo de Risco intrínseco
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Valsartana N-nitrosamine-benzyl ester N-nitrosamine-carboxylic acid EXEMPLO 1IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
EXEMPLO 1
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Teste in vitro é soberano à predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Mutagenicidade Teste in vitro Carcinogenicidade Teste in vivo RESULTADO:MUTAGÊNICO NÃO MUTAGÊNICO
RESULTADO:
CARCINOGÊNICO NÃO CARCINOGÊNICO
Potencial mutagênico Predição in silico
IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Valsartana N-nitrosamine-carboxylic acid N-nitrosamine-benzyl ester Ames-negativo EXEMPLO 1IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO
Valsartana N-nitrosamine-carboxylic acid N-nitrosamine-benzyl ester Ames-negativo Hidrólise in vivo EXEMPLO 1 EMA/369136/2020ICH QM7(R1)
Caracterização do risco
Avaliação da exposição
Avaliação dose-resposta
Identificação do perigo
Experimental
Fator de purga
ICH QM7(R1)
Cálculo de fator de purga
Fator de purga*
Secagem Lavagem Filtração Centrifugação Extração Reação Impureza pode ser lavada? Impureza pode evaporar? Impureza pode reagir? IFA ImpurezaPropriedades físico-químicas de nitrosaminas
• São compostos orgânicos estáveis que podem ser isolados como líquidos destiláveis ou sólidos
cristalinos.
• Clivagem da ligação N-NO em altas temperaturas entre 400 ° C e 500 ° C.
• Suscetíveis degradação fotolítica, razão pela qual a fotoestabilidade de amostras analíticas
deve ser considerada ao desenvolver e validar métodos analíticos.
• Devido ao grande momento de dipolo, eles são parcialmente solúveis em meios aquosos e prontamente solúveis em solventes orgânicos. Quanto maiores e menos polares os substituintes alquil, menos solúvel em água.
Explorando a reatividade das nitrosaminas
• N-nitrosaminas podem sofrer várias transformações orgânico-sintéticas :
Russ. Chem. Rev. 1971, 40, 34-50 The chemistry of Amino, Nitroso and Nitro compounds and their derivative 1982, 1151-1223.
Explorando a reatividade das nitrosaminas
• Existem dados de boa qualidade limitados na literatura para a reatividade da nitrosamina
4 transformações principais.
A redução é altamente dependente do redutor:
• Tetra-hidreto de lítio e alumínio
• Zinco ou ferro em ácido
• Hidrogênio com níquel de Raney•
A denitrosação por hidrólise ácida requer concentrações de ácido relativamente altas e uma armadilha.
Pode ocorrer adição de organometálicos, mas os dados são limitados.
Existem áreas significativas que precisam de investigação experimental adicional:
• Catalisador / condições de hidrogenação • Agentes oxidantes inorgânicos
A oxidação é altamente dependente do oxidante:
• Peróxido de hidrogênio
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE
Exemplo 2 - Candesartana cilexetila
Caso 1- Candesartana comprimido 8 mg
REV.CHIM.(Bucharest) 69,No. 12 .2018
NaNO2
DMF
Candesartan pharmaceutical compositions.
Primeiro passo – Como são formadas ?
Segundo passo: qual a classificação?
Caso 1- Candesartana comprimido 8 mg
REV.CHIM.(Bucharest) 69,No. 12 .2018 NaNO2 DMF Recristalização Etapa II Etapa III Etapa IV Recristalização Recristalização Etapa I Cromatografia preparativa (2X)Candesartan pharmaceutical compositions.
WO2012033983A2
Cromatografia preparativa (2X)
Quarto passo: qual a exposição?
Dados retirados da monografia E.P do IFA
Etapa Reatividade (R) Solubilidade (S) Processos físicos (PF)
valor de purga por etapa
I 1 1 10x10x10 103
III 1 1 10x10x10 103
IV 1 1 10 10
Valor de purga total do processo 107
Dados retirados da monografia E.P do IFA
[fator de purga calculado ] = concentração após a purga (ppm) [fator de purga requerido]
[ 107] = 10
[ 106]
Dados retirados da monografia E.P do IFA
ICH QM7(R1)
Avaliação e Controle de Impurezas Reativas a DNA (Mutagênicas) em
Medicamentos para Limitar Risco Carcinogênico Potencial.
Caracterização do risco Avaliação da exposição Avaliação dose-resposta Identificação do perigo Limite aceitável
Nível da impureza no IFA ou medicamento
ICH QM7(R1)
Avaliação e Controle de Impurezas Reativas a DNA (Mutagênicas) em
Medicamentos para Limitar Risco Carcinogênico Potencial.
Caracterização do risco
Avaliação da exposição
Avaliação dose-resposta
Identificação do perigo
Estratégias de
controle
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE
*
Material de
partida
*
Intermediário
*
IFA
Impureza mutagênica
• Controle na especificação do IFA
Opção 1
• Controle na especificação do intermediário
Opção 2
• Controle na especificação do intermediário (Limite maior + Fator de purga)
Opção 3
• Fator de purga
Opção 4
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE
*
Material de
partida
*
Intermediário
*
IFA
Impureza mutagênica
• Controle na especificação do IFA
Opção 1
• Controle na especificação do intermediário
Opção 2
• Controle na especificação do intermediário (Limite maior + Fator de purga)
Opção 3
• Fator de purga
Opção 4
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE
*
Material de
partida
*
Intermediário
*
IFA
Impureza mutagênica
• Controle na especificação do IFA
Opção 1
• Controle na especificação do intermediário
Opção 2
• Controle na especificação do intermediário (Limite maior + Fator de purga)
Opção 3
• Fator de purga
Opção 4
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE
*
Material de
partida
*
Intermediário
*
IFA
Impureza mutagênica
• Controle na especificação do IFA
Opção 1
• Controle na especificação do intermediário
Opção 2
• Controle na especificação do intermediário (Limite maior + Fator de purga)
Opção 3
• Fator de purga
Opção 4
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE
*
Material de
partida
*
Intermediário
*
IFA
Impureza mutagênica
• Controle na especificação do IFA
Opção 1
• Controle na especificação do intermediário
Opção 2
• Controle na especificação do intermediário (Limite maior + Fator de purga)
Opção 3
• Fator de purga
Opção 4
Exemplo 2 - Candesartana cilexetila
• Controle na especificação do IFA
Opção 1
• Controle na especificação do intermediário
Opção 2
• Controle na especificação do intermediário (Limite maior + Fator de purga)
Opção 3
• Fator de purga
Opção 4
IFA
PA
Rota de síntese ÁguaAvaliação de risco
Intermediários KSM Reagentes Solventes Recuperação de materiais Contaminção cruzada Validação de limpeza embalagem Solventes Processo Contaminção cruzada Excipientes Compatibilidade de excipientes Degradação Degradação embalagem Caracterização do risco Avaliação da exposição Avaliação dose-resposta Identificação do perigoPaulo Eliandro da Silva Júnior pauloeliandrosj@gmail.com