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Título: Proposta de moradia para a população em situação de rua.

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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC Curso de Arquitetura e Urbanismo

Trabalho de Conclusão de Curso

Título: Proposta de moradia para a população em

situação de rua.

Gama-DF 2021

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WILLIAN RAFAEL ARAUJO DO NASCIMENTO

Título: Proposta de moradia para a população em situação de rua.

Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Orientadora: Mariana Ribeiro Bomtempo

Gama-DF 2021

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Título: Proposta de moradia para a população em situação de rua.

Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.

Orientadora: Mariana Ribeiro Bomtempo

Gama, 12 de dezembro de 2020.

Banca Examinadora

Prof. Luciana Jobim Navarro Orientadora

Prof. Leonardo Palhano Xavier de Souza Examinador

Prof. Mariana Roberti Bomtempo Examinadora

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por ter me guiado nessa fase da minha vida, sem ele nada teria sido possível. E junto dele à minha família que eu amo, minha mãe Ana Claudia do Nascimento e meu pai e Antônio Claudio Araujo de Sousa, são eles que me deram os principais pilares que sustentou meu sonho e através dos anos mostrando os caminha que a vida pode dar, sei que atrás de todas as conquistas minha existe muita luta e sacrifício deles. Agradeço ao meu irmão, que sempre é companheiro e amigo.

Aos meus familiares que me ajudaram nessa jornada e me apoia cada um do seu jeito. Agradeço a minha avó Raimunda, avó Antônia e avô Luiz. Aos meus tios e tias, e primos.

Aos amigos que fiz durante o todo o curso, em especial a Rayelli Bárbara, Everton Alves. Foram duas pessoas que me ajudaram a crescer dentro do curso e na vida.

Novamente quero agradecer à Rayelli Bárbara, pois só você sabe por tudo que passamos e lutamos dentro do curso para chegar até aqui. Você é uma pessoa incrível que me ensinou muita coisa. É quem mais me aguentou na faculdade, quem chorou junto, deu forças e acreditou, quem surtou, e acalmou quando necessário, sou grato infinitamente por fazer parte na minha vida.

A minha orientadora de TFG I, Luciana Jobim Navarro por ser uma excelente profissional, sem você não teria saído um trabalho com qualidade. Trouxe muitas ideias, possibilidade, independente da hora compartilhava matérias comigo. Foi compreensiva nas orientações, e sempre buscou extrai o melhor desse tema. Tenho orgulho de ter sido orientado por você na fundamentação teórica.

A minha orientadora de TFG II, Mariana Ribeiro Bomtempo, que abriu as portas da Athis com sua empolgação na matéria de urbanismo e de interesse social, sem isso não teria abordado esse tema e nem teria me apaixonado pelo assunto. Você merece o mundo a sou privilegiado por ter você em minha formação. Como já te falei, o Brasil seria muito melhor se tivesse pessoas como você no poder.

A todos os professores que passaram na minha formação acadêmica. Especialmente ao Leonardo Palhano, a Diana Bogado, Franciney, Fatah, Nicolle, Octávio, Targino e Monteiro. Cada um foi importante na minha evolução profissional.

A instituição Uniceplac, que forneceu a estrutura para o desenvolvimento do ensino.

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RESUMO

Os sujeitos que moram na rua requerem ações efetivas que auxiliem na sua reestruturação social. Essa pesquisa pretende direcionar uma forma de contribuir e ajudar essa população que reside na rua, onde a negligência perante a falta de políticas públicas que auxiliem a faixa zero da athis (Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social), tem como resultado a presença de pessoas morando em logradouro público, em estado crítico e desumano. Assim, o intuito desse projeto é propor uma moradia coletiva como ferramenta para uma reestruturação social dessas pessoas. Esse assunto, está presente em quase todas as metrópoles do mundo, e é perceptível uma grande falha das políticas públicas desenvolvidas para o contexto urbano. Os conflitos que emergem com as inter-relações entre a população de rua e o restante da população urbana traz sensação de insegurança para os espaços urbanos e mostram a extrema miséria que uma pessoa pode passar nas grandes cidades.

Dessa forma, esse projeto de pesquisa propõe elaborar estudo sobre como a arquitetura pode ajudar com o acolhimento da população em situação de rua e contribuir para a reintegração social dessas pessoas. Tendo como referência os moradores de rua que estão em vulnerabilidade social localizados no Setor Comercial Sul da Região administrativa Nº I – Plano Piloto e que utilizam áreas e edifícios públicos para ter uma “proteção” durante a noite.

PALAVRA CHAVE: Habitação; PPCUb; Viva Centro; Moradores de rua; Social,

Direito

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ABSTRACT

Los sujetos que viven en la calle requieren acciones efectivas que les ayuden a su reestructuración social. Esta investigación pretende orientar una forma de contribuir y ayudar a esta población que vive en la calle, donde la negligencia ante la ausencia de políticas públicas que ayuden al tramo cero de athis (Asistencia Técnica para la Vivienda de Interés Social), resulta en la presencia de personas vivir en lugar público, en estado crítico e inhumano. Así, el objetivo de este proyecto es proponer la vivienda colectiva como herramienta de reestructuración social de estas personas. Este tema está presente en casi todas las metrópolis del mundo, y se nota un fracaso de las políticas públicas desarrolladas para el contexto urbano. Los conflictos que surgen con las interrelaciones entre la población de la calle y el resto de la población urbana traen una sensación de inseguridad a los espacios urbanos y muestran la extrema miseria que puede experimentar una persona en las grandes ciudades.

Este proyecto de investigación se propone elaborar un estudio sobre cómo la arquitectura puede ayudar a acoger a la población sin hogar y contribuir a la reintegración social de estas personas. Teniendo como referencia a las personas sin hogar que se encuentran en situación de vulnerabilidad social ubicadas en el Sector Comercial Sur de la Región administrativa Nº I - Plano Piloto y que utilizan áreas públicas y edificios para tener una “protección” durante la noche.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- A charge do cartunista Latuff mostra o Prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes “limpando” os morros através dos especuladores imobiliários. ... 21

Figura 2- Prédio vazio e pichado, em 2011 - Adriano Vizoni - 26.mai.2011/Folhapress ... 23

Figura 3- Fachada do Ed. Dandara antes e após a reabilitação, fonte: Adriano Vizoni e Marlene Bergano ... 24

Figura 4- Hall principal do Edifício Dandara após a reforma participativa dos sem tetos. ... 25

Figura 5- Mapa macro, limitação do Distrito Federal, (fonte: Google Earth) ... 26

Figura 6- Mapa meso, Região Administrativa do Plano Piloto (fonte: Google Earth) 26

Figura 7 - identificação dos predios subutilizados mais edifício escolhido (fonte google Earth com modificação do autor) ... 27

Figura 8- mapa micro, Setor Comercial Sul - quadras 1 a 6 (fonte: Google Earth) ... 27

Figura 9- Jamel Cecílio, Setor comercial Sul-Brasília (fonte: foto autoral) ... 28

Figura 10 - Vias de acesso e pontos de ônibus (Fonte: Google Earth) ... 30

Figura 11- Carta solar (fonte: Google Earth com modificação do auto e colaboração da Rayelli Bárbara) ... 31

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Figura 13-Fluxograma dos ambientes no Edifício Jamel Cecílio, elaborado pelo autor

... 34

Figura 14-Setorização dos espaços, elaborado pelo auto com colaboração ... 35

Figura 15 planta de cobertura... 43

Figura 16 detalhe pergolado com calha ... 43

Figura 17 detalhe pergolado aberto ... 43

Figura 18 - detalhe pergolado fechado ... 43

Figura 21 - comparação em cortes do edifício... Erro! Indicador não definido.

Figura 19 - corte perspectivado aa ... Erro! Indicador não definido.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1-Iniciativas do governo federal para a População em Situação de Rua... 18

Tabela 2- Programa de Necessidades, elaborado pelo autorErro! Indicador não

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ATHIS Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social COE Código de Obras e Edificações

DPP Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação MEC Ministério da Educação

RDs Repositórios Digitais

PLC Projeto de lei complementar

PPCUB Plano de Conservação do Conjunto Urbanístico de Brasília ZEIS Zona Especial de Interesse Social

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SUMÁRIO

RESUMO ... 4

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ... 6

LISTA DE TABELAS ... 8

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ... 9

1. INTRODUÇÃO ...13

1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA ...13

2. JUSTIFICATIVA ...13

3. CONTEXTO HISTÓRICO ...15

3.1.1. A REPRESSÃO À “VADIAGEM” DE MORADORES DE RUA ...15

4. REFERENCIAL TEÓRICO ...19

4.1. O DIREITO À CIDADE E DIREITO Á MORADIA. ...19

4.2. PROPOSTA VIVA CENTRO ...21

5. ESTUDO DE CASOS ...23

5.1. Edifício Dandara ...23

6. ANÁLISE DO SÍTIO ...25

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6.2. Situação legal ...28 6.3. Vias de acesso ...30 6.4. Análise climático...31 7. DIRETRIZES DE PROJETO ...31 7.1. Diretrizes ...31 8. PROGRAMA DE NECESSIDADES ...32 9. DIAGRAMAS ...34 9.1. Fluxograma ...34 9.2. Setorização ...35

10. PROJETO - DEMOLIR/ CONTRUIR ...36

10.1. Subsolo 2 ...36 10.2. Subsolo 1 ...38 10.3. Térreo ...39 10.4. Sobreloja ...40 10.5. Pavimento tipo ...41 10.6. Terraço ...42 10.7. Cobertura ...43 10.8. Cortes ...44 10.9. PERSPECTIVAS ...45 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...51 12. REFERÊNCIAS ...52

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1. INTRODUÇÃO

1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA

Esse projeto de pesquisa propõe elaborar estudo sobre como a arquitetura pode ajudar

com o acolhimento da população em situação de rua e contribuir para a reintegração social dessas pessoas.

Tendo como referência os moradores de rua que estão em vulnerabilidade social localizados no Setor Comercial Sul da Região administrativa Nº I – Plano Piloto e que utilizam áreas e edifícios públicos para ter uma “proteção” durante a noite.

Desse modo, procura-se, a partir dessa pesquisa mostrar a importância de ter uma estratégia de amparo aos moradores de rua e propor uma forma de auxiliar essas pessoas a ter um começo de reestruturação social, permitindo que eles tenham um local como moradia e abrigo.

2. JUSTIFICATIVA

Invisíveis e estigmatizados, os sujeitos que moram na rua requerem ações efetivas que auxiliem na sua reestruturação social. Essa pesquisa pretende direcionar uma forma de contribuir e ajudar essa população que reside na rua, onde a negligência perante a falta de políticas públicas que auxiliem a faixa zero da athis (Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social), tem como resultado a presença de pessoas morando em logradouro público, em estado crítico e desumano. Assim, o intuito desse projeto é propor uma moradia coletiva como ferramenta para uma reestruturação social dessas pessoas.

A população que vive na rua, está diariamente exposta a intempéries do clima, doenças, hostilidades da cidade com a falta de segurança, são mais propensos a utilizarem drogas ilícitas e sofrerem violências físicas e psicológicas. Isso os deixam em estado de grande vulnerabilidade social e pessoal. Além disso, seus direitos são basicamente negados pela sociedade.

Durante a procura do tema para abordar na pesquisa, me senti estimulado por causa do atual momento em que vivemos, o novo corona vírus (COVID 19), mudou a forma de viver em vários lugares do mundo e um dos métodos de combater o contágio massivo é ficando em casa e mantendo a higiene pessoal. Porém, como se proteger em casa se você não possui uma? Como manter a higiene pessoal se você não possui acesso à água? Como você consegue emprego sem

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ter documentos pessoais como, identidade, carteira de trabalho ou até mesmo comprovante de residência? Esses são alguns dos exemplos da fragilidade que esses sujeitos têm morando na rua.

Esse assunto, está presente em quase todas as metrópoles do mundo, e é perceptível uma grande falha das políticas públicas desenvolvidas para o contexto urbano. Os conflitos que emergem com as inter-relações entre a população de rua e o restante da população urbana traz sensação de insegurança para os espaços urbanos e mostram a extrema miséria que uma pessoa pode passar nas grandes cidades. Além disso, o Estado, que é quem deveria olhar e buscar uma solução adequada para esse problema social, prezando pela saúde, segurança, dignidade e garantindo os direitos dessas pessoas. Tem historicamente a atuação marcada pela repressão e controle, sendo comum a prática de atos higienistas e de segregação.

Mesmo com o histórico de repressões e descasos, o Brasil atualmente possui legislações avançadas que auxiliam no combate da especulação imobiliária e gentrificação das classes social. Buscando um desenvolvimento das cidades mais igualitária, a constituição federal 1988 trouxe dois artigos que envolve política urbana, na qual, executadas pelo Poder Público tem diretrizes gerais fixadas em lei.

O artigo 182 tem por objetivo o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e dá garantia para uma melhor qualidade de vida de seus habitantes. Estabelece também que o plano diretor é um instrumento básico de ordenamento territorial, dando as diretrizes de ocupação territorial e garantindo que o terreno cumpre sua função social.

Já o artigo 183 descreve parâmetros que favorecem a posse de um solo urbano subutilizado ou não utilizado, na qual uma família pode vir a ter moradia adquirir-lhe-á o domínio. Tornando esse artigo uma ferramenta que auxilia o Estado no combate os vazios urbanos.

Após vários anos, enfim foi sancionada a Lei Nº 10.527, de julho de 2001, que regulamenta os artigos 182 e 183, é nesse momento que damos um passo importante, o Estatuto das Cidades é criado. Uma das preocupações do Estatuto e a necessidade de a propriedade urbana cumprir a sua função social; tendo o IPTU progressivo ou a desapropriação do imóvel urbano como medidas que auxiliam no combate à especulação imobiliária. Mesmo tendo esse mecanismo em lei, infelizmente não são muito usados com a finalidade de auxiliar a população de interesse social, tão pouco para reforma de prédios abandonados que não estão cumprindo sua função social.

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3. CONTEXTO HISTÓRICO

3.1.1. A REPRESSÃO À “VADIAGEM” DE MORADORES DE RUA

A repressão a moradores de rua e o descaso com as medidas tomadas para solucionar essa problemática de vulnerabilidade social, não são exclusivas da atualidade. De acordo com Teixeira, Salla e Marinho (2016, p.383)1, a repressão dos moradores de rua no Brasil tem uma longa história. Que vem desde a época colonial. Onde as ordenações do reino, determinavam que os vadios2, aqueles que não tinha senhores ou forma de se sustentar, fossem presos ou chicoteados. A mesma legislação previa que os vadios presentes em Portugal poderiam ser mandados ao Brasil. (Mello e Souza, 1982)

A mesma repressão ocorreu no império, onde os mendigos, vagabundos e ébrios eram obrigados a assinar o termo de bem viver, imposto pela autoridade policial. Onde era imposto a esses sujeitos a obrigatoriedade de viver “decentemente”, salvo contrário, aqueles que não cumpriam o termo eram punidos com confinamento como forma de correção. Teixeira, Salla e Marinho (2016, p.384). Os mesmos autores, citam o Código de 1980, que trouxe forma mais rigorosa nas punições. Tonando criminal a ociosidade e obrigando os vadios a ter emprego lícito. Foram criados locais de acolhimento, instituições destinadas a coibir, conter, controlar e modelar esse conjunto de indivíduos, tendo como objetivo reeducar esses sujeitos através da opressão. Silva (2009), concluí que diante o Código penal de 1890 a classe mais pobre era considerada as classes mais perigosas.

“Da mesma forma que previa o projeto de Ferreira Vianna, o Código Penal de 1890 também dizia que caso o indivíduo comprovasse meios suficientes de subsistência não seria considerado um ocioso e nem constituiria um perigo para a sociedade. A contravenção da vadiagem era caracterizada pela suposição de que o indivíduo que não tinha meios de subsistência, fosse recorrer a meios ilícitos para sobreviver.

Tanto nos projetos que visavam reprimir a ociosidade que viemos aqui analisando, quanto no Código Penal de 1890, está clara a percepção de que as classes pobres eram consideradas as classes perigosas. Era o 1 TEIXEIRA, A.; SALLA, F. A.; MARINHO, M. G. S. M. C. Vadiagem e prisões correcionais em São Paulo:

Mecanismos de controle no firmamento da República. Estudos Históricos Rio de Janeiro, vol. 29, no 58, p.

381-400, maio-agosto 2016.

2 A colocação do substantivo vadios, que remete às pessoas em estado de vulnerabilidade social, vem decorrente da nomenclatura encontrada nas pesquisas realizadas para o embasamento do trabalho, e foram utilizadas para trazer o reflexo de como eram chamados e taxados na época dos acontecimentos citados no texto.

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estado de pobreza que gerava os malfeitores e viciados, o que era altamente perigoso para o conjunto da população. Neste momento, a relação entre ociosidade e criminalidade tomou os libertos como principais suspeitos.” (Silva. Anne Cacielle, 2009 P. 04)

De acordo com Teixeira, Salles e Marinho (2016), ao decorrer dos anos as punições previstas nos estatutos jurídicos foram ficando com as punições para vadiagem cada vez mais severas, se tornando atividades no cotidiano dos policiais. Durante a Era Vargas, a perseguição aos vadios foi intensificada e, como resultado, houve uma maior especialização do aparelho policial com a finalidade de controlar esses indivíduos. Para se ter ideia da amplitude da perseguição, 2.537 pessoas foram presas por vadiagem apenas no município de São Paulo em 1935, o que correspondia a uma taxa de 229,2 a cada 100 mil habitantes. BARBOSA, José. C. G. (2018)

A Lei das Contravenções Penais Nº 3.688, de 3 de outubro de 1941. Previa no artigo 59 a prisão de quinze dias a três meses a pessoas que estava habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à própria subsistência. No artigo 60 desta mesma lei aplicava a mesma pena aos que mendigavam. Barbosa (2018).

Segundo a percepção de Barbosa 3, a repressão e controle do Estado as pessoas que estavam em situação de rua, remonta ao período colonial e continuou durante o século XX. Outro aspecto a se destacar é a ausência do Estado em ralação aos serviços de assistências social. Nessa época, as iniciativas de ofertas a esses serviços vinham de empresas privadas, que tinha características caritativas que, na maioria das vezes, estava vinculado à Igreja Católica.

A população em situação de rua ficou à mercê da vontade do Estado por um longo período. De acordo com Barbosa (2018), esses sujeitos ficaram à margem da agenda do poder público, no que se refere a políticas públicas de inclusão social, até a década de 1990, é quando surge as primeiras iniciativas por parte de algumas prefeituras municipais. Antes disso as iniciativas de apoio estatal para esse público eram resumidas em iniciativas assistencialistas e práticas higienistas e de gentrificação. Como forma de controlar essas pessoas.

Com a iniciativa de apoio às pessoas em vulnerabilidade social, destaca-se a ação municipal que teve como resultado a criação do Consultório de Rua na cidade de Salvador, na

3 BARBOSA, JOSÉ CARLOS GOMES. IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS

PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: DESAFIOS E APRENDIZADOS. Orientador: Prof.ª

Drª. Luciana de Barros Jaccoud. 2018. Dissertação (pós graduação) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Brasília-DF, 2018.

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Bahia em 1999.

Entre as iniciativas municipais que surgiram destaca-se a criação do Consultório de Rua na cidade de Salvador, na Bahia em 1999. A proposta foi desenvolvida pelo Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas (CETAD) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e tinha como objetivo atender pessoas que viviam nas ruas e sob o uso problemático de drogas. A partir de 2004, outros municípios passaram a replicar essa iniciativa, até que o governo federal criou o programa Consultório na Rua em 2011. Outra iniciativa que se destaca consiste na criação do Centro de Referência da População em Situação de Rua, em 1996, no município de Belo Horizonte. Este Centro oferece espaço para que essas pessoas possam tomar banho, lavar suas roupas, guardar seus pertences, receber orientações para tirar documentos e se cadastrar em listas de buscas de empregos (RODRIGUES, 2014). A metodologia adotada nesse Centro se consolidou e, posteriormente, inspirou a criação do Centro Pop. (BARBOSA, José. C. G. ,2018. P.46)

Esse problema permaneceu esquecido pelo governo federal por muito tempo, tendo a iniciativa de mudança a partir da Constituição Federal de 1988. Barbosa sita um artigo da Egídia Maria de Almeida Aiexe. Onde ela fala que A partir da Constituição Federal de 1988, trouxe os direitos sociais como direitos fundamentais de todo cidadão, e com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), que regulamentou os artigos 203 e 204 da Constituição, reconhecendo-a como política pública, o panorama político e o tratamento desse fenômeno pelo Estado começaram a se alterar.

Esse problema permaneceu esquecido por muito tempo, onde passou a ser discutida após a constituição federal de 1988, que trouxe os direitos sociais como direitos fundamental de todo cidadão, tendo os artigos 203 que diz que a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social e o artigo 204 que garante recursos orçamentários destinado a assistência social.

O Poder Público passou a ter a responsabilidade de manter serviços e programas de atenção voltados para esse segmento populacional, garantindo padrões éticos de dignidade e não violência na consolidação de "mínimos sociais" e de direitos de cidadania. No bojo dessa agenda política, em dezembro de 2009 foi publicado o Decreto Federal 7.053, instituindo a Política Nacional para a População em Situação de Rua (AIEXE ET AL, 2011 p.10). Após esse primeiro passo na abordagem da assistência social presenta na constituição

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federal. É homologada a LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993, Lei orgânica da assistência social. Que traz diretrizes e garantias as pessoas que necessitem de assistência social. O que abre as portas para outras medidas de amparo a essa população em vulnerabilidade social. Como exemplo a criação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e o Centro POP4 localizados em Brasília e Taguatinga.

Assim, pode-se afirmar que teve uma mudança nas relações entre o Estado e a população de rua. De acordo com Barbosa (2018). Se antes as ações do poder público destinadas a esse público eram marcadas pelo controle e repressão, pela ausência de diretrizes nacionais e pelo assistencialismo, a partir de meados dos anos 2000, o governo federal passa a dialogar com esse segmento, criar espaços de participação e controle social e formular políticas nacionais com o intuito de incluí-la socialmente.

O quadro a seguir produzido por Barbosa em sua dissertação de mestrado traz a linha cronológicas das ações voltadas para a população de rua, podemos verificar na tabela que historicamente as ações voltadas a população de rua são recentes e só foram desencadeadas após estar presente na constituição federal de 1988.

Tabela 1-Iniciativas do governo federal para a População em Situação de Rua.

2003 – Natal com o Presidente. A partir de 2003, o presidente Lula decide passar o natal com os catadores de material reciclável e com pessoas em situação de rua. Esta prática foi realizada até 2014. O MNPR aproveita para apresentar propostas e cobrar iniciativas do governo federal.

2004 – Instituição da Política Nacional de Assistência Social – assegura a cobertura da Assistência Social para a População em Situação de Rua.

2005 – Realização do I Encontro Nacional sobre População de Rua em Situação de Rua.

2005 – Promulgação da Lei 11.258 de 30 de dezembro de 2005 – Altera a LOAS e estabelece a obrigatoriedade de criação de programas direcionados à população em situação de rua.

2006 – Governo federal cria o Grupo de Trabalho Interministerial – GTI, com a finalidade de elaborar estudos e propor políticas públicas para a inclusão social da população em situação de rua.

2007/2008 – Realização da Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua.

4 Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) é uma unidade pública da Assistência Social para atendimento a pessoas em situação de rua. Neste local são ofertados atendimentos individuais e coletivos, oficinas, atividades de convívio e socialização, além de ações que incentivem o protagonismo e a participação social. Sedes

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2009 – Realização do II Encontro Nacional sobre População em Situação de Rua.

2009 - Decreto 7.053 de 23 de dezembro de 2009 - instituiu a Política Nacional para a População em Situação de Rua e o seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento.

2010 - Instrução Operacional conjunta SNAS e SENARC nº 07 – traz orientações aos municípios e ao Distrito Federal para a inclusão de pessoas em situação de rua no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal.

2010 - Portaria n° 843 de 28 de dezembro de 2010 – Dispõe sobre o cofinanciamento federal dos serviços socioassistenciais ofertados pelos CREAS e pelos Centros Pop.

2012 – Resolução n° 3 de março de 2012 – Trata do cofinanciamento federal do PFMC para oferta pelo Centro Pop do Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua e da quantidade máxima de Centro Pop recebendo incentivo financeira em cada município.

2011 - Portaria 122 de 25 de janeiro de 2011. Definiu as diretrizes de organização e funcionamento das Equipes de Consultório na Rua.

2011 - Programa Crack, é possível vencer! Lançado em dezembro de 2011, previa a estruturação da rede de cuidados e a implantação de diversos serviços destinados ao atendimento da população em situação de rua.

2012 - Portaria 123 de 25 de janeiro de 2012. Definiu os critérios de cálculo do número máximo de equipes de Consultório na Rua por Município.

2015 – III Encontro Nacional da População em Situação de Rua. Realizado em outubro de 2015 em Brasília.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1. O DIREITO À CIDADE E DIREITO Á MORADIA.

Diante da fragilidade das políticas públicas, a população em situação rua tem no seu cotidiano, o desafio de conviver com a vulnerabilidade social e a negligência com ações que combatam a falta de acolhimento social. Essas pessoas, que muitas vezes não possuem água para beber, comida, local adequado para se proteger do frio, sol ou chuva, buscam formas para adquirir o mínimo para não morrerem. Assim como forma de sobrevivência esses indivíduos usam da apropriação do espaço público e o mecanismo da cidade viva como recurso para enfrentar mais um dia.

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percebe-se que, no centro político das cidades são os locais mais depercebe-senvolvidos em infraestrutura, tendo investimento em obras de manutenção e preservação da estrutura presente na região, além de equipamentos e mobiliários urbanos. Por consequência, o mercado imobiliário usa da ocasião para elevar os preços dos imóveis nos centros urbanos. Ling, Anthony diz que para entender o que move os preços dos imóveis em uma cidade e a lei de oferta e procura, os fatores fundamentais são a atratividade da cidade ou bairro em relação aos novos moradores (demanda) em questão e a limitação do estoque de imóveis (oferta). Ling conclui sobre a demanda de oferta e procura.

Indo para a escala do bairro vemos diversos fatores locais que atraem demanda por moradores: acesso à infraestrutura, qualidade social, ambiental e visual do entorno e a conectividade: tanto entre os moradores como entre eles e o resto da cidade. Tais qualidades podem levar a uma ótima disponibilidade de empregos, serviços e opções de entretenimento ou, por outro lado, qualidades habitacionais como silêncio, áreas verdes e boa incidência de sol. Isso explica por que bairros “revitalizados” sofrem aumento de preços, muitas vezes mesmo com aumento do estoque imobiliário: há um aumento em outras qualidades da região que aumentam sua atratividade e, assim, a demanda pela região supera o aumento da oferta, que ocorre em uma área “revitalizada” limitada. Ling, Anthony,2019.

Dessa forma, com a elevação dos preços e a especulação imobiliários nos centros das cidades, torna-se quase impossível para uma pessoa de renda baixa adquirir um imóvel nas regiões centrais. Com isso, as cidades tentem a ter gentrificação5 entre as classes, o que acarreta as pessoas mais pobres irei para a zona periférica. Onde muitas vezes durante a etapa de gentrificação acontece atos higienistas contra pessoas em estado de vulnerabilidade social, que moram na rua e que tem seus direitos negados, extraindo a possibilidade de usufruir do espaço urbano e removendo o direito à cidade desses indivíduos.

5 Definição de gentrificação de acordo com o Dicio, Dicionário Online de Português: Ação que consiste no restabelecimento do setor imobiliário degradado que, constituído pela restauração de imóveis, faz com que esses lugares, supostamente populares, sejam enobrecidos.

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Figura 1- A charge do cartunista Latuff mostra o Prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes “limpando” os morros através dos especuladores imobiliários.

Lefebvre, no seu livro Le droit à la ville, traz pela primeira vez o termo Direito à cidade, no seu entendimento o desenvolvimento da sociedade só pode ser concebido na vida urbana, pela realização da sociedade urbana. O que significa que as cidades têm características próprias e são moldadas por quem nela toma posse, tendo o usuário como protagonista pela luta da cidade, protagonista na criação de espaços de convívio. De acordo com Lefebvre os direitos mal reconhecidos, antes de serem formalizados eles passam pela prática social. Como o direito ao trabalho, à instrução, à educação, à saúde, à habitação, aos lazeres, à vida. o autor cita como direito em formação, o direito à cidade “(não à cidade arcaica, mas à vida urbana, à

centralidade renovada, aos locais de encontro e de trocas, aos ritmos de vida e empregos do tempo que permitem o uso pleno e inteiro desses momentos e locais etc.).” Assim, no

entendimento do sindicato das arquitetas e arquitetos do Distrito Federal, “o Direito à Cidade

é, portanto, um direito comum antes de individual e depende da ação do coletivo para atuar no sentido de transformar os espaços e de moldar o processo de urbanização.”

4.2. PROPOSTA VIVA CENTRO

Viva Centro é uma Projeto de Lei Complementar-PLC que dispões sobre o programa de requalificação do Setor Comercial Sul- SCS, na qual foi denominado de “Viva Centro!”. da Região Administrativa do Plano Piloto do Distrito Federal – RA-I. O programa possui como área de intervenção as quadras de 01 a 06 de do SCS. De acordo com a Minuta do PLC, o objetivo do programa é dinamizar a área e resgatar a função de centro urbano, elemento

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fundamental da Escala Gregária do Conjunto Urbanístico de Brasília, aliado à promoção do desenvolvimento econômico e à apropriação cultural e social do espaço.

A autorização para flexibilizar o uso dos imóveis comerciais no SCS faz parte de uma estratégia que traz de forma conjunta, entre o Governo do Distrito Federal, Sindicato dos Arquitetos, Instituto No Setor e vários outras entidades de interesse, em uma tentativa de estimular o desenvolvimento da região, inserindo a população local do SCS, incluindo pessoas em vulnerabilidade social, dando mais espaço para a Cultura e lazer na região, de forma a resgatar a importância histórica da área central de Brasília.

De acordo com o texto da minuta estas são as principais diretrizes para habitação que serão debatidas com a população.

I – Dinamização do setor com a inserção do uso habitacional em até 30% da área total construída da área de abrangência do Programa definida no art. 2o desta lei complementar;

II – Oferta de uso habitacional vinculada primordialmente ao atendimento da população com faixas de renda definidas na Política Habitacional do Distrito Federal;

III – adoção de contrapartidas para viabilização de habitação de interesse social no âmbito da Política Habitacional do Distrito Federal, na forma de doação de imóveis ou pecúnia para utilização em programas sem transferência de propriedade;

IV – Priorização, como público alvo, dos atores que contribuem para a vitalidade e manutenção das atividades e serviços característicos do local;

V – Oferta de linhas específicas de financiamento para aquisição do imóvel e adequação para uso habitacional em caso de interesse social e para reabilitação de edifícios;

VI – Limitação de 60m² como área máxima da unidade habitacional;

VII – dispensa da exigência de vagas de estacionamento para uso residencial e proibição de acréscimo de novas vagas nos edifícios existentes;

VIII – obrigatoriedade de uso comercial ou de serviços no pavimento térreo.

Parágrafo único. A área total de que trata o inciso I deste artigo exclui área de térreo, sobreloja e subsolo.

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5. ESTUDO DE CASOS 5.1. Edifício Dandara

O Edifício Dandara, localizado na avenida Ipiranga, região central de São Paulo, é um dos três edifícios cedidos ao movimento Unificação das Lutas de Cortiço (ULC) que passaram por um retrofit e foram reformados por meio de recursos do Minha Casa Minha Vida. De acordo com os dados do jornal Folha de são Paulo, o prédio abrigou a Justiça do Trabalho a partir da década de 1970 e ficou mais de dez anos vazio até receber as famílias sem-teto que se mudaram para lá em janeiro, após uma reforma completa.

Apontada por urbanistas como exemplo do que poderia ser feito em prédios abandonados no centro, como o que desabou (edifício Wilton Paes de Almeida), a revitalização de edifícios ociosos para moradia social é uma exceção no país.

Figura 2- Prédio vazio e pichado, em 2011 - Adriano Vizoni - 26.mai.2011/Folhapress

De acordo com as autoras Pedro, Carina e Teixeira, Maria6 o prédio tinha uso institucional e teve seu uso alterado para residencial, transformando em 120 apartamentos que contemplam famílias de até cinco pessoas com faixa de renda entre 0 e 3 salários mínimos, conforme as regras do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ faixa 1, destinado às camadas de mais baixa renda. As autoras concluem que o processo se deu de forma participativa, onde os moradores selecionados para o edifício participaram da formação do layout dos apartamentos

6 PEDRO, Carina Castro; TEIXEIRA, Maria Cristina Villefort. A produção do espaço nas centralidades

urbanas: O caso do edifício Dandara, [S. l.], p. 5, 27 maio 2019. Disponível em:

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(personalizados inclusive em metragem para o tamanho7 de cada família), escolha dos revestimentos e formação do condomínio e suas regras.

Figura 3- Fachada do Ed. Dandara antes e após a reabilitação, fonte: Adriano Vizoni e Marlene Bergano

O prédio era Pertencente à União, foi cedido à ULC após ser invadido em 2009 e teve a possibilidade de os moradores escolherem os detalhes do acabamento e as regras impostas no condomínio. As obras começaram 5 anos depois, com o financiamento da Caixa Econômica Federal, do governo paulista e da prefeitura. Até que as obras fossem entregues, moradores se revezaram em uma vigília. Pinho, Ângela 2018.

O medo, contam Marli e Wemerson (síndica e subsíndico, respectivamente), era que o prédio fosse ocupado por outros movimentos, como havia acontecido com outro reformado pela ULC na rua Conselheiro Crispiniano —os invasores acabaram deixando o imóvel, mas o incidente acabou por atrasar a entrega.

Para não deixar que isso ocorresse de novo, os futuros moradores do Dandara fizeram um revezamento. Quem trabalhava à noite, ia para lá de dia, e vice-versa. Colchonetes e sacos de dormir se espalharam pelo salão de festas, que ainda mantém o piso de madeira e o janelão de vidro originais da construção.

Ao mesmo tempo, uma assistente social organizava uma espécie de curso de noções básicas sobre a vida em condomínio: que destino dar ao lixo e como passar de um andar para o outro, por exemplo. “Muita gente ainda tem medo de andar de elevador”, comenta Marli.

7 PEDRO, Carina Castro; TEIXEIRA, Maria Cristina Villefort. “Os apartamentos apresentam área total mínima de 25,29 m² (kitnets) e área total máxima de 63,48 m² (destinados a famílias maiores e/ou com deficientes e idosos).

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Figura 4- Hall principal do Edifício Dandara após a reforma participativa dos sem tetos.

O Edifício Dandara se torna um ótimo exemplo para uma solução aos prédios abandonados ou subutilizados nos centros das cidades. Quando os próprios moradores futuros, no caso os sem tetos, participam diretamente das tomadas de decisões nas obras, eles criam um sentimento de posse, e passam a zelar o local, e valorizam ainda mais o prédio reformado. Arquitetonicamente, a reforma manteve na fachada a as características originais do prédio, preservando a história da edificação, outro ponto positivo é cada morador ter autonomia na escolha do material na hora do detalhamento, tornando cada apartamentos mais aconchegantes para os moradores e respeitando a diversidade de gosto.

6. ANÁLISE DO SÍTIO 6.1. LOCALIZAÇÃO

O sítio escolhido para o projeto, é o Edifício Jamel Cecílio, localizado no Setor Comercial Sul Quadra 2 Bloco C Lote 34/35 da Região administrativa Nº I – Plano Piloto, área tombada de Brasília, onde atualmente está em fase de aprovação do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília PPCUB8. A escolha do local é pelo fato da região

8 Minuta e nexos do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) disponível em: <http://www.seduh.df.gov.br/conheca-a-proposta-de-minuta-do-ppcub/>

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administrativa do Plano Piloto estar entre as 4 cidades com o indicie mais elevado de pessoas morando na rua. De acordo com o jornal Brasiliense ao menos 3 mil pessoas moram nas ruas do Distrito Federal, segundo a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh). Gama, Ceilândia, Taguatinga e Brasília (figura 5) são os pontos com maior incidência.

Figura 5- Mapa macro, limitação do Distrito Federal, (fonte: Google Earth)

Figura 6- Mapa meso, Região Administrativa do Plano Piloto (fonte: Google Earth)

Estudo realizado pelo Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB) mostrando que essa população localizada em Brasília se concentra no centro da capital federal, na Rodoviária do Plano Piloto e nas proximidades do Setor Comercial Sul. De acordo com dados fornecidos pelo Instituto No Setor, atualmente a SCS tem 193 pessoas cadastradas que

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moram na rua e são amparadas pelo instituto. o SCS possui 7 Edifício abandonados.9

Infelizmente não possui publicidade em relação a quais são os prédios vazios. Assim, em visita in loco foram identificados apenas 5 edifícios que potencialmente não estão cumprindo sua função social. Devido à dificuldade encontrada para adquirir as plantas de projeto dos edifícios vazios, não foi possível desenvolver o projeto em um prédio subutilizado. Dessa forma foi utilizado um edifício com características semelhante dentro do SCS.

Figura 7 - identificação dos prédios subutilizados mais edifício escolhido (fonte google Earth com modificação do autor)

Figura 8- mapa micro, Setor Comercial Sul - quadras 1 a 6 (fonte: Google Earth)

9 Dos 7 prédios abandonados apenas consegui identificar 5 prédios abandonados ou subutilizados. São eles: Edifício Eduk; Edifico Bittar; Edifício Jamel Cecílio; Edifício Anápolis e Edifício Araguaia

EDIFÍCIO JAMEL CECÍLO

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Figura 9- Jamel Cecílio, Setor comercial Sul-Brasília (fonte: foto autoral)

6.2. Situação legal

Devido a localização do edifício, que está situado em uma área tombada de Brasília, o prédio não possui vigente uma legislação normativa detalhada, assim as diretrizes legais para o desenvolvimento do projeto será embasada em normativas ainda não vigentes, mas que estão em processo de desenvolvimento do texto legal, onde são nomeadas como projeto de lei complementar- PLC. Dessa forma, No Art. 105 do texto da minuta do PPCUB institui a ZEIS do Setor Comercial Sul, conforme indicado no Anexo XVII, compreendendo os seguintes

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objetivos específicos:

I – O combate ao processo de esvaziamento e deterioração das edificações do setor, de modo a resgatar a função agregadora própria do centro urbano;

II – A manutenção do uso comercial e de prestação de serviços no pavimento térreo e sobreloja incentivando a implantação de fachada ativa, promovendo vitalidade e diversidade de usos nas edificações;

III – a reabilitação dos edifícios a serem destinados à inserção de habitação de interesse social, que deverá respeitar a composição das fachadas originais e buscar estratégias de preservação da paisagem urbana histórica;

IV – A preservação das relações sociais estabelecidas no setor, possibilitando o empoderamento dos atores que contribuem para sua vitalidade, garantindo a manutenção e a diversificação dos serviços e atividades relacionados à escala gregária; V – A proposição de incentivos e medidas direcionadas à manutenção da historicidade morfológica e à percepção dos diversos atributos a ela relacionados.

Parágrafo único. O PIHIS da ZEIS SCS será regulamentado no prazo de 180 dias a contar da publicação desta Lei Complementar.

Além do PPCUB, será utilizada como base o PLC “Viva Centro”. Que traz em um dos seus eixos de intervenção a parte habitacional que buscar solucionar o problema de abandono do SCS e de conflitos sociais entra a população vulnerável e comerciantes, assim no Art. 7º do PLC traz diretrizes a serem respeitadas no Setor:

Art. 7º O Eixo Habitação tem como diretrizes:

I - Dinamização do Setor com a inserção do uso habitacional em até 30% da área total construída da área de intervenção do Programa, excluídos térreo, sobreloja e subsolo dos edifícios;

II - Oferta de uso habitacional vinculada ao atendimento prioritário da população com faixas de renda familiar de até 12 salários mínimos;

III - adoção de incentivos e contrapartidas que viabilizem a destinação de, no mínimo, 25% da área admitida para uso habitacional em unidades para moradia da população de baixa renda, na forma de doação de imóveis à Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal – CODHAB para utilização em Locação Social ou outros programas sem transferência de propriedade;

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atendimento aos ambulantes, comerciários e outras pessoas que contribuem para a vitalidade do SCS;

V - Oferta de linhas específicas de financiamento destinadas à aquisição do imóvel e à adequação ao uso habitacional, para as unidades imobiliárias de interesse social; VI - definição de instrumentos urbanísticos e regramentos específicos para compatibilização entre os diversos usos e atividades;

VII - Limitação de 60m² como área máxima da unidade habitacional, excluindo área comum e garagem;

VIII - dispensa da exigência de vagas de veículos para uso residencial e proibição de acréscimo de ampliação de área de estacionamento nos edifícios existentes;

IX - Obrigatoriedade de atividade econômica no pavimento térreo.

§1º Entende-se como Locação Social o definido nos termos do Programa Habita Brasília, no âmbito do Plano Distrital de Habitação de Interesse Social – Plandhis; §2º Na aplicação de doação de imóvel, nos termos do inciso III deste artigo, em que venha a ocorrer a hipótese do resíduo de valor não corresponder a uma unidade habitacional integral, a quantia respectiva deve ser paga mediante pecúnia.

6.3. Vias de acesso

A área está localizado entre dois eixos de vias, via W3 SUL, ERW SUL e o EIXO RODOVIARIO SUL, possuindo fácil acesso para o transporte público, possibilitando um menor deslocamento para os pontos de ônibus, o terreno se encontra próximo da Rodoviária, o que torna mais acessível para os usuários o deslocamento para outras regiões administrativas.

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6.4. Análise climático

No bioclimatismo o sitio está localizado na zona bioclimática 4, tendo bastante incidência solar o requer um cuidado maior para as fachadas norte, onde será necessário utilizar tecnologias passivas para reduzir a temperatura interna do edifício evitando o uso de tecnologias ativas que não tem características ecológicas e ainda implica custos para gerar o conforto essencial. Os ventos dominantes veem do Leste, sendo necessária a observação da orientação do prédio, para que se busque a ventilação cruzada.

Figura 11- Carta solar (fonte: Google Earth com modificação do auto e colaboração da Rayelli Bárbara)

7. DIRETRIZES DE PROJETO

7.1. Diretrizes

▪ Facilitar e promover formas alternativas de acessos à moradia digna, direcionada a população da faixa zero da athis, classificação que se enquadra a população mais vulnerável;

▪ A reabilitação do edifício a serem destinados à inserção de habitação de interesse social; ▪ Tornar o projeto um modelo de uso residencial para o setor comercial Sul, e que influencie na

intervenção para moradias de interesse social em outros prédios vazios ou subutizados nos centros urbanos;

▪ Implementar moradias que permitam um alcance de acolhimento do público a quem será destinado, tornando a destinação do prédio mais flexível a diversidade populacional;

▪ Respeitar a composição das fachadas originais e buscar estratégias de preservação da paisagem urbana histórica;

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▪ Aplicar estratégias bioclimáticas com sistema passivas para tornar o edifício mais sustentável; ▪ Inserir fachada ativa nos pavimentos térreo e sobreloja;

▪ Inserir áreas de uso comum, como: lavanderia comunitária, cozinha, e banheiros comunitários; ▪ Utilizar uma palheta de cores, textura e materiais para dar identidade visual para o prédio; ▪ Acrescentar horta orgânicas.

8. PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades foi desenvolvido utilizando a área aproximada do edifício de 2160m², valor encontrado utilizando as medida tiradas do Geoportal, que consta que a edificação está locado em dois lotes de 8m x 15m, o que totaliza 240m² por andar, assim multiplicando esse valor pelo a quantidade de pavimentação, chegou-se a valor de 2160m². Entretanto, optou-se de não utilizar a área total encontrada devido a falta de precisão da metragem quadra e para ter espaço para a circulação interna.

Assim o programa se divide em 4 grupos. Habitacional, que terá apartamentos de 2 e 3 quartos além de kitnets; setor de apoio e serviços, que há um estoque de pertences que são direcionadas as pessoas que esteja do setor comercial, sento morador ou não; setor de comercio, que possuirá um restaurante comunitário e quiosques como forma de incentivar a atividade econômica e geração de renda para os moradores; e no setor comunitário, onde será mais direcionada a população local, dessa um morador de rua que não tenha sido contemplado com um apartamento, poderá buscar alguma de auxilio dentro do prédio, podendo comer alguma coisa no refeitório, tomar banho, lavar as roupas, guardar algum pertence ou buscar auxilio na sala de atendimento psicossocial.

Dessa forma, o projeto traz várias medidas que auxilia os mais vulneráveis dentro do setor, que segundo o Instituto no Setor são no total 193 moradores de rua. Permitindo um acolhimento mais abrangente a quem necessitar.

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9. DIAGRAMAS 9.1. Fluxograma

O fluxo foi pensado buscando um eixo principal que de circulação direta por todo o edifício, onde é possível ir ao setor de interesse sem precisar passar por outros presentes no prédio, tornando mais rápido a chega em seu destino. Além disso, foram colocados próximo ao hall de entrada os setores que será mais movimento e que também atenderão ao público, como por exemplo o comercio e o setor comunitário.

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9.2. Setorização

Setor comunitário e comercial foram colocados no térreo e sobreloja, obedecendo as diretrizes legais. Mas com o principal motivo de interação com o a população local, assim o prédio tem fachada ativa que impulsiona o comercio local, artesanal e dão aos vendedores ambulantes um espaço mais adequado para vender seus produtos. O setor de apoio e Serviço foi locado no subsolo por ter grandes áreas nos ambientes e ser locais de curta permanência, o que permite ter uma quantidade menor de iluminação natural, porém, será aplicado algumas medidas que evite de o local ficar insalubre. No primeiro ao sétimo pavimento foram das habitações de kitnets e apartamentos de 2 e 3 quartos; no terraço encontrasse a creche e horta.

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10. PROJETO - DEMOLIR/ CONTRUIR

Como o projeto já é edificado será apresentado plantas de demolir/construir de todos os pavimentos para que seja identificado o que foi modificado no prédio. Vale ressaltar que as divisões dos ambientes foram distribuídas de acordo com a estrutura do prédio, preservando o esqueleto estrutural e

10.1. Subsolo 2

No subsolo 2 será destina áreas de uso coletivo. Para a distribuição dos ambientes, será preservado apenas a parte estrutural do prédio e a área técnica, onde encontra-se a caixa de escada, elevadores, medição e casa de máquinas.Devido ao setor comercial ter muitas pessoas em estado de vulnerabilidade social e pouco local para a higiene, foram colocados os banheiro e vestiários nesse pavimento permitindo um fácil acesso. Também nesse pavimento da possibilidade de guarda de objetos no local de estocagem de pertences, esse ambiente foi pensado para que a população local; vendedores ambulantes; ou quaisquer pessoas que necessite possa guardar seu material/objetos sem precisar ficar se

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deslocando com peso por longos caminhos. 1. MEDIÇÃO 2. RECEPÇÃO 3. ESCADA 4. BANHEIRO/VESTIÁRIO 5. ELEVADORES 6. ESTOQUE DE PERTENCES 7. LAVANDERIA COMUNITÁRIA 8. ALMOXARIFADO

1

3

6

2

5

7

8

4

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10.2. Subsolo 1

No subsolo 1 será voltada para a área de capacitação, onde haverá um grande espaço multitarefas, que permite ter a possibilidades de virar ateliê/oficinas. Além da cozinha do restaurante comunitário, o pavimento é aberto sem divisões interna, onde não será necessário demolir grande quantidade de parede.

1. BANHEIRO 2. ESCADAS 3. ESPAÇO MULTIUSO 4. ELEVADORES 5. FRIGORIFICO 6. DESPENSA DE ALIMENTOS 7. DESPENSA DE UTENSÍLIOS 8. PREPARO DE ALIMENTOS 1 3 2 4 5 6 7 8

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10.3. Térreo

No térreo está o setor comercial, será um local de convívio, na qual será implantada lojas para auxiliar e incentivar a atividade econômica dos moradores. Parte do aluguel das lojas, das cabines de armazenagem e do restaurante comunitário, será destinado para as manutenções necessárias do prédio. O Edifício possuindo um pequeno pátio interno que terá um rasgo na laje, permitindo a iluminação e ventilação no seu centro, feita em todos os pavimentos acima do térreo. Além de possuir um pé direito dublo para dar mais amplitude.

1. BANHEIROS 2. ESCADA 3. BALÇÃO DO RESTAURANTE 4. GALERIA COMERCIAL 5. LOJAS 6. ELEVADORES 7. RECEPÇÃO 8. GALERIA 1 2 6 5 4 3 7 8

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10.4. Sobreloja

Na sobre loja, encontra-se a sala da assistência social para quem procurar atendimento psicossocial, se tornando um espaço de acolhimento, a parte administrativa do prédio, com sala de reuniões pequenas; sala de estudo, que permite o acesso a um local que tenha uma pequena biblioteca e possível acesso a internet para estudo, propiciando um local adequado para passa um período aprendendo. No centro do pavimento tem o rasgo na laje auxiliando na iluminação e ventilação.

1. BANHEIROS 2. SALA DE ESTUDO

3. SALA DE ATENDIMENTO PSICOSOCIAL 4. ESPERA 5. ELEVADORES 6. SALA DE REUNIÕES 7. ADMINISTRAÇÃO 1 2 3 6 5 4 7

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10.5. Pavimento tipo

No pavimento tipo, será preservado no primeiro momento, apenas as estruturas do prédio, e a caixa de escada e elevadores, possibilitando uma subdivisão não tão presa e limitada. Devido à falta de possibilidade de ventilação e iluminação dos ambientes, pensou-se em abrir uma grande abertura no centro do edifício, e inserir a uma passarela que dá acesso aos apartamentos. Dessa forma, será possível ter o remanejamento das instalações hidráulicas, que permite a ventilação cruzada, fazendo um efeito chaminé e maior luminosidade nos pavimentos residenciais; térreo e sobreloja. Foi desenvolvido 4 plantas diferente para atender melhor a variação de cada família:

Planta A: kitnets

Planta B: Apartamento com 2 quartos amplos Planta C: Apartamento com 2 quartos menores Planta D: Apartamento de 3 quantos

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10.6. Terraço

No terraço será implantado uma pequena creche para que os moradores possam deixar seus filhos no local e horta comunitária para os residentes. A creche terá duas salas, uma para bebês, que conta com berçário, fraldário, lactário e uma parte para desenvolvimento, e a outra para crianças maiores.

1 2 6 5 4 3 7 8 9 10 11 1. ESCADA

2. AREA RECREAÇÃO COBERTA 3. SALA CRIANÇA MAIORES QUE 1 4. ELEVADORES 5. SECRETARIA 6. ALMOXARIFADO 7. DML 8. BANHEROS 9. LIXEIRA

10. SALA DE CRIANÇAS ATÉ 1 11. HORTA

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10.7. Cobertura

A cobertura conta com laje impermeabilizada e de um sistema de pergolado com seu eixo pivotante, que em sua extremidade possui uma calha para a captação e direcionamento da água pluvial, assim mantem protegido o poço de ventilação protegido aos intemperes do clima.

Figura 17 detalhe pergolado aberto

Figura 18 - detalhe pergolado fechado Figura 16 detalhe pergolado com calha

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10.8. Cortes

Podemos fazer a comparação dos cortes na figura a seguir, é perceptível as mudanças que a intervenção fez, é nítida possibilidade de iluminação e ventilação que o rasgo na laje traz, é possível ver também as passarelas usadas para acesso aos apartamentos e os elementos de cobogós nos corredores.

Figura 19 corte

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10.9. PERSPECTIVAS

Figura 20- fachada principal

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Figura 22 - vista do pátio com o balcão de atendimento do restaurante

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Figura 24- passarelas que dão acesso aos apartamentos

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Figura 26 - vista imediata saindo dos apartamentos

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Figura 28 - imagem do estoque de pertences

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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse projeto de pesquisa buscou trazer a reflexão sobre a desigualdade social que o país tem, e que os governantes fecham os olhos e oprimem a todos que tentam fazer algo. Diante de todo o percurso do desenvolvimento do trabalho buscou-se aplicar o conhecimento privilegiado de um estudante de arquitetura e urbanismo para tentar inserir uma moradia digna a quem mais necessita. Diante das pesquisas feitas, é fácil perceber a segregação que existe nas grandes cidades, que mostra o reflexo de um sistema extremamente segregado, celetista e que opõem seu poderio em cima dos menos favorecidos. Onde pessoas ricas ficam cada dia mais rica, e as pessoas pobres cada vez mais pobre. Infelizmente essa é a realidade.

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12. REFERÊNCIAS

BARBOSA, JOSÉ CARLOS GOMES. IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS

PÚBLICAS VOLTADAS PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: DESAFIOS E APRENDIZADOS. Orientador: Prof.ª Drª. Luciana de Barros Jaccoud.

2018. Dissertação (pós graduação) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Brasília-DF, 2018.

BRASIL. Decreto-Lei Nº 3.688, de 3 de outubro de 1941. Leis das Contravenções Penais. Rio de Janeiro, 1941.

CUNHA, Júnia Valéria Quiroga da; RODRIGUES , Mônica. Rua, aprendendo a contar: Pesquisa nacional sobre a população em situação de rua. Brasília-DF: [s. n.], 2009.

LEFEBVRE, Henri. LE Droit à la ViIlle: O direito à cidade. Tradução: Rubens Eduardo Fria. 5. ed. rev. São Paulo: Conexão editorial, 2001.

MARICATO, Ermínia. Metrópole, legislação e desigualdade1. Texto de estudos

avançados, [S. l.], 16 jun. 2013. Texto recebido e aceito para publicação em 16 de junho de

2003

PEDRO, Carina Castro; TEIXEIRA, Maria Cristina Villefort. A produção do espaço nas

centralidades urbanas: O caso do edifício Dandara, [S. l.], p. 5, 27 maio 2019.

Disponível em: http://anpur.org.br/xviiienanpur/anaisadmin/capapdf.php?reqid=1009. Acesso em: 16 out. 2020.

ROLNIK, Raquel. O que é Cidade. Editora Brasiliense – Série Primeiros Passos, São Paulo, p. 84, 17 out. 1988.

TEIXEIRA, A.; SALLA, F. A.; MARINHO, M. G. S. M. C. Vadiagem e prisões

correcionais em São Paulo: Mecanismos de controle no firmamento da República.

Estudos Históricos Rio de Janeiro, vol. 29, no 58, p. 381-400, maio-agosto 2016.

VAZIO POR ANOS, PRÉDIO É REFORMADO POR SEM-TETO E AGORA VIRA EXEMPLO EM SP: Políticas tendem a preferir construções novas; edifício tem síndicos linha dura. PINHO, Angla. São Paulo: Folha de São Paulo, 2018- . Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/05/vazio-por-anos-predio-e-reformado-por-sem-teto-e-agora-vira-exemplo-em-sp.shtml?origin=folha. Acesso em: 17 out. 2020.

VOCÊ SABE O QUE É “ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA”?. [S. l.]: Anthony Ling, Arch Daily, 2019-2019. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/928636/voce-sabe-o-que-e-especulacao-imobiliaria. Acesso em: 16 out. 2020.

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