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informa Societário &Mercado de Capitais Extra

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Academic year: 2021

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CVM EDITA INSTRUÇÃO SOBRE REGRAS DE PARTICIPAÇÃO E

VOTAÇÃO A DISTÂNCIA EM ASSEMBLEIAS DE ACIONISTAS DE

COMPANHIAS ABERTAS

Este Boletim é um informe destinado aos clientes e integrantes do Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados. Este Boletim não tem o objetivo de prover e não deve ser interpretado como aconselhamento legal sobre as matérias aqui tratadas.

Abril de 2015

A Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) editou, em 07 de abril de 2015, a Instrução CVM nº 561 (“Instrução CVM 561”), a qual altera a Instrução CVM n° 480, de 07 de dezembro de 2009 (“Instrução CVM 480”) e a Instrução CVM n° 481, de 17 de dezembro de 2009 (“Instrução CVM 481”).

Segundo a CVM, as alterações promovidas pela Instrução CVM 561 têm como objetivo facilitar a participação dos acionistas em assembleia gerais, tanto por meio do exercício do voto quanto por meio de apresentação de propostas de matérias adicionais para deliberação. Em linhas gerais, as principais alterações trazidas pela Instrução CVM 561 foram:

1. Votação a Distância. As regras inseridas na Instrução CVM 481 sobre

votação a distância aplicam-se (i) a partir de 1° de janeiro de 2016 para as companhias que, na data de publicação da Instrução CVM 561 (i.e., 09 de abril de 2015), tenham ao menos uma espécie ou classe de ação de sua emissão no Índice Brasil 100 - IBrX-100 ou Índice Bovespa - IBOVESPA e (ii) a partir de 1° de janeiro de 2017 para as demais companhias registradas na Categoria A e autorizadas por entidade administradora de mercado a negociação de ações em bolsas de valores.

Após a entrada em vigor das novas regras, a companhia sujeita a elas deverá, até 1 (um) mês antes da data marcada para a realização de determinadas assembleias gerais de acionistas (conforme detalhado

abaixo), disponibilizar um modelo de documento padronizado, www.scbf.com.br

Para mais informações sobre o conteúdo deste informativo, contate

Joaquim Oliveira

joaquim.oliveira@scbf.com.br Gyedre Oliveira

gyedre.oliveira@scbf.com.br Carlos Augusto Junqueira

carlosaugusto.junqueira@scbf.com.br Fernanda Montorfano fernanda.montorfano@scbf.com.br Mariana Borges mariana.borges@scbf.com.br Érika Carvalho erika.carvalho@scbf.com.br

informa

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semelhante a uma cédula de votação, nos moldes estabelecidos pela Instrução CVM 561, denominado Boletim de Voto a Distância.

Assembleias Gerais em que o Boletim de Voto Deverá ser Utilizado. O boletim de voto a distância pretende

contemplar o maior número de situações de ocorrência provável em assembleias gerais, de forma que, sempre que possível, possibilitará ao acionista a opção de aprovar com antecedência alterações previsíveis na proposta apresentada pela companhia, para que seu voto ainda possa ser considerado mesmo se houver alguma modificação na proposta original durante a assembleia. Nesse primeiro momento, por se tratar de sistema de votação ainda novo e, portanto, ainda não testado, a exigência do boletim se aplicará a todas as assembleias gerais ordinárias e, no caso das assembleias gerais extraordinárias, estará limitada àquelas convocadas para eleição de membros do Conselho Fiscal e do Conselho de Administração (neste último caso, no caso de vacância em conselho eleito por voto múltiplo ou de vacância de conselheiro indicado por minoritários ou preferencialistas em votação em separado prevista nos §§ 4º e 5º do artigo 141 ou no artigo 239 da Lei 6.404/76), que são mais previsíveis, tanto em relação à ocorrência quanto em relação às matérias discutidas.

Forma de Envio do Boletim à Companhia. Caso o acionista

opte por exercer o voto a distância, este deverá preencher o boletim de voto a distância e enviar, a seu critério, (i) diretamente à companhia ou (ii) a seu custodiante (caso as ações que detiver sejam objeto de depósito centralizado) ou ao escriturador das ações de emissão da companhia (caso tais ações não sejam objeto de depósito centralizado). O boletim de voto a distância deverá ser entregue pelo acionista até 7 (sete) dias antes da data da assembleia.

Os custodiantes, depositários centrais e escrituradores integrarão uma cadeia cujo objetivo é repassar as manifestações de voto dos acionistas recebidas diretamente por eles à companhia e assegurar que elas provêm do próprio titular das ações, tal como já ocorre em outros eventos societários como o pagamento de

custodiante ou pelo escriturador, seu conteúdo será processado por esta cadeia de intermediários e informado à companhia até 48 (quarenta e oito) horas antes da data da assembleia.

Sem prejuízo das formas de envio acima referidas, a companhia que desejar poderá contratar junto a terceiros a disponibilização de meios eletrônicos para participação e votação a distância em tempo real, bem como o recebimento e processamento dos boletins de voto recebidos diretamente por ela.

Ações Consideradas. O acionista que votar a distância

exercerá seu voto pessoalmente (isto é, sem a manifestação de vontade de um mandatário) em momento anterior à assembleia geral. O voto será atribuído a todas as ações detidas pelo acionista na data da assembleia, de acordo as posições acionárias fornecidas pelo escriturador à companhia, que deve refletir a posição acionária de, no máximo, 5 (cinco) dias antes da data de realização da assembleia.

Divulgação do Mapa Sintético de Votação a Distância.

A companhia deverá divulgar, antes da realização da assembleia, o mapa sintético consolidando os votos dos acionistas proferidos a distância, identificando quantas aprovações, rejeições ou abstenções recebeu cada matéria deliberada e quantos votos recebeu cada candidato ou chapa, conforme o caso.

Manifestação de Voto no Boletim x Comparecimento Pessoal. O acionista que comparecer fisicamente à

assembleia após a entrega do boletim de voto a distancia devidamente preenchido pode solicitar a desconsideração da instrução de voto a distância a fim de exercer o voto presencialmente.

Divulgação do Mapa Final de Votação Sintético. Após a

assembleia, a companhia deverá divulgar o mapa final de votação sintético, consolidando os votos proferidos a distância e os votos proferidos presencialmente, conforme computados na assembleia.

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e/ou ao Conselho Fiscal, em caso de eleição, desde que detenham a participação mínima prevista na Instrução CVM 561, que varia de 0,5% (meio por cento) a 2,5% (dois e meio por cento), dependendo do capital social da companhia; e (ii) propostas de matérias adicionais para deliberação quando da realização de assembleia geral ordinária, as quais podem ter como objeto tanto matérias de competência da própria assembleia geral ordinária quanto de assembleia geral extraordinária, desde que detenham a participação mínima prevista na Instrução CVM 561, que, neste caso, varia de 1% (um por cento) a 5% (cinco por cento), dependendo do capital social da companhia.

Manifestação da Companhia sobre a Solicitação de Inclusão de Propostas. Após o recebimento da

solicitação de inclusão acima indicada, a companhia deve informar a seus requerentes (i) que a inclusão cumpre os requisitos legais aplicáveis e a proposta ou os candidatos constarão do boletim de voto a distância a ser divulgado pela companhia; ou (ii) a lista completa de motivos pelos quais tal solicitação não cumpre os requisitos legais aplicáveis, indicando os documentos ou alterações necessários a sua retificação.

Possibilidade de Revogação da Inclusão de Propostas. A

solicitação de inclusão de propostas no boletim de voto a distância pode ser revogada a qualquer tempo até a data da assembleia pelo próprio proponente.

2. Comunicação sobre a Adoção do Processo de Voto Múltiplo. A partir de 1° de janeiro de 2016, passa a

ser obrigatória a recomendação da Superintendência de Relações com Empresas da CVM de comunicação, pelas companhias registradas na Categoria A, sobre a adoção do processo de voto múltiplo em assembleia imediatamente após o recebimento do primeiro requerimento válido de adoção deste procedimento, a fim de instruir a decisão a ser tomada pelos acionistas na assembleia.

3. Divulgação dos Votos Proferidos pelos Acionistas em Cada Matéria nas Assembleias. A partir de 1° de janeiro

de 2016, as atas das assembleias gerais ordinárias e/ ou extraordinárias das companhias registradas na Categoria A deverão indicar quantas aprovações, rejeições e abstenções cada deliberação recebeu, bem como o número de votos conferidos a cada candidato, quanto houver eleição de membro para o Conselho de Administração ou para o Conselho Fiscal.

4. Redução do Campo de Incidência da Instrução CVM 481. A partir da data de publicação da Instrução CVM

561 (i.e., 09 de abril de 2015), a Instrução CVM 481, anteriormente aplicável para companhias abertas que possuíam ações admitidas à negociação em mercados regulamentados, passou a ser aplicável apenas para companhias registradas na Categoria A e autorizadas por entidade administradora de mercado a negociação de ações em bolsas de valores. O objetivo da CVM foi limitar as obrigações de divulgação de informações da referida Instrução CVM 481 àquelas companhias com uma base acionária efetivamente relevante.

5. Registro Eletrônico ou Mecanizado de Determinados Livros Sociais. A partir de 1° de janeiro de 2016, as

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COLEGIADO DA CVM APROVA DELIBERAÇÃO DELEGANDO A ANÁLISE

DE DISPENSA DE REGISTRO DE OFERTAS DE CONDO-HOTÉIS PARA A

SUPERINTENDÊNCIA DE REGISTROS, COM BASE EM PRECEDENTES

O Colegiado da CVM aprovou a Deliberação CVM

nº 734 (“Deliberação”), que delega à Superintendência de Registros de Valores Mobiliários (“SRE”) competência para conceder dispensa de registro e requisitos relativos a ofertas públicas de Contratos de Investimento Coletivo (“CIC”) voltados à exploração de empreendimentos hoteleiros na modalidade Condo-Hotel.

Conceito de Condo-Hotel. A modalidade Condo-Hotel

envolve a oferta de unidades imobiliárias autônomas ou frações ideais de condomínios gerais com a transferência compulsória da posse das unidades autônomas ou frações ideais à administradora hoteleira, por meio de um pool de locação, para exploração do empreendimento hoteleiro. Os proprietários das unidades autônomas ou frações ideais cedidos para o pool remuneram-se de um aluguel e participação nos resultados do empreendimento.

Delegacão à SRE. Com a edição da Deliberação, a

própria SRE poderá conceder a dispensa de registro e de requisitos de registro das ofertas públicas referentes a Condo-Hotéis que se enquadrarem nos requisitos e condições expressos na Deliberação sem a necessidade de apreciação pelo Colegiado da CVM, agilizando o processo junto à Autarquia.

Precedentes. Em linhas gerais, a Deliberação reúne os

requisitos e condições que vinham sendo exigidos pela SRE e pelo Colegiado da CVM na análise dos pedidos de dispensa de registro de oferta de Condo-Hotéis (e.g. Processos CVM RJ2014/1503, RJ2014/6342, RJ2014/5323, RJ2014/6202, RJ2014/9466, RJ2014/10135, RJ2014/10139, RJ2014/10089 e RJ2014/10045) (“Precedentes”).

Requisitos. Dentre outros requisitos, a Deliberação

determina a apresentação dos seguintes documentos, que deverão conter o conteúdo mínimo que especifica: (i) prospecto resumido, descrevendo os fatores de risco envolvidos no empreendimento; (ii) estudo de viabilidade econômica do empreendimento hoteleiro,

de todos os instrumentos contratuais que compõem o CIC; (v) declaração dos ofertantes; e (vi) certidão de ônus reais do imóvel onde se situará o empreendimento. Além disso, a Deliberação determina que todas as peças de material publicitário a serem divulgadas no âmbito da oferta sejam aprovadas pela SRE e, ainda, observem as diretrizes nela especificadas.

Público-Alvo. No que se refere ao público-alvo da oferta

de Condo-Hotéis, os Precedentes até então apreciados pelo Colegiado da CVM envolveram unidades imobiliárias autônomas com valor superior a R$300 mil ou frações ideais de imóveis.

Nos referidos Precedentes, a CVM autorizou a dispensa de registro e de requisitos de ofertas públicas de valores mobiliários quando:

(i) oferta envolvesse unidades autônomas, com valor acima de R$300mil, sem a necessidade de que os investidores comprovassem sua condição de investidores qualificados, uma vez que o valor da unidade autônoma já estabeleceria uma prévia seleção de investidores; e

(ii) envolvendo frações ideais de imóveis, a oferta fosse restrita a Investidores Credenciados, isto é, investidores qualificados, nos termos do art. 109 da Instrução CVM 409/2004 que possuíssem, cumulativamente, (a) ao menos R$1,5 milhão de patrimônio ou (b) investissem ao menos R$1 milhão na oferta. Essa restrição deve-se ao fato de que o regime de frações ideais não atribui aos investidores as proteções da Lei de Incorporações Imobiliárias.

No entanto, até então, nenhuma posição havia sido formalizada pela CVM com relação à oferta de unidades autônomas com valor inferior a R$300 mil.

Nessa linha, a Deliberação determinou que a oferta: (i) de unidades imobiliárias autônomas: seja destinada

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(ii) de frações ideais de imóveis: seja destinada exclusivamente a investidores qualificados que possuam ao menos R$1,5milhão de patrimônio ou invistam ao menos R$1 milhão na oferta.

Para tanto, o investidor deverá assinar declaração atestando cumprir a qualificação referida acima e o ofertante deverá verificar tal atendimento por meio de (a) extrato ou comprovante emitido por instituições integrantes do sistema financeiro nacional; (b) declaração de imposto de renda; ou (c) escritura de imóvel registrada no Registro Geral de Imóveis.

Obrigações de divulgar informações adicionais pelos Ofertantes. A Deliberação prevê que os ofertantes deverão:

(a) enquanto a oferta estiver em curso: (i) disponibilizar em página na rede mundial de computadores os documentos da oferta (e.g. prospecto resumido, estudo de viabilidade, modelo da declaração do investidor e demais documentos exigidos pela CVM); (ii) obter dos adquirentes a declaração do investidor; (iii) fornecer cópia do prospecto resumido aos corretores de imóveis

que participem da intermediação da oferta; (iv) verificar que os adquirentes dos CICs cumprem a qualificação necessária; e (v) atualizar anualmente o estudo de viabilidade econômica e o prospecto resumido, disponibilizando no site as respectivas atualizações; e (b) durante a existência do empreendimento hoteleiro:

(i) elaborar e divulgar as demonstrações financeiras do Empreendimento em: (x) 60 (sessenta) dias contados a partir do encerramento do exercício para as demonstrações financeiras anuais; e (y) 45 (quarenta e cinco) dias da data de encerramento de cada trimestre para as demonstrações financeiras trimestrais referentes aos 3 (três) primeiros trimestres de cada exercício.

Todas as demonstrações financeiras devem ser auditadas por auditor independente registrado na CVM.

A Deliberação está disponível para consulta no site http://www.cvm.gov.br/legislacao/deli/deli734.html.

www.scbf.com.br

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