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HISTÓRIA DA CIÊNCIA E DAS TÉCNICAS

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HISTÓRIA DA CIÊNCIA E DAS TÉCNICAS

O PENSAMENTO MEDIEVAL E

A DECADÊNCIA DAS TÉCNICAS

H. Bernardo:

ITEM N.º2

(2)

2

DIVISÃO DA IDADE MÉDIA

Alta Idade Média - séc. V ao séc. VIII

Idade Média Clássica – séc. IX ao séc. XIII

Baixa Idade Média – séc. XIV e XV

(3)

AMOSTRA CRONOLÓGICA DA IDADE MÉDIA

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4

O IMPÉRIO ROMANO E A IDADE MÉDIA

Roma foi fundada no séc. VIII a.C. e começou a expandir-se no séc. V a.C., levando à conquista grega e à formação de um grande império.

De início a expansão chocou com outro império (Cartago), vencido depois de três guerras.

Os rios Reno e Danúbio, tornaram-se as fronteiras naturais, o Mediterrâneo ficou um “lago romano” o

“Mare Nostrum”

(5)

A UNIDADE DO IMPÉRIO

O exército romano graças à sua disciplina foi o instrumento, para a expansão, bem como integração dos povos conquistados - a “pax romana”.

Além do exército, a língua (latim) a vasta rede de

estradas, o direito romano, o modelo de

administração local (igual a Roma), a existência de

um poder centralizado (Imperador), bem como o

direito de cidadania, tudo isto vai contribuir para

reforçar a unidade política, económica, social,

cultural e militar do mundo romano.

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6

MAPA DO IMPÉRIO ROMANO

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7

A CIDADE DE ROMA

A – Coliseu

B - Circo Máximo C – Fórum Romano

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8

A REDE DE ESTRADAS

As estradas romanas foram uma importante invenção tecnológica: Facilitavam a administração do poder e o comércio.

As estradas dividiam-se em:

Viae terranae (estradas em terra batida)

Viae glarea stratae ( estradas de saibro)

Viae silice stratae (calçadas)

Havia ainda as Mansiones e as Mutationes para descanso de pessoas e mudas de animais à distância de um dia de caminho.

Existiam também marcos de milha em milha, (1.480m) a indicar os kms percorridos.

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CONSTRUÇÃO DE ESTRADA

ROMANA

(10)

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Rede estradas na Península Ibérica

Via romana em Santiago do Cacém na actualidade

(11)

A ARQUITECTURA ROMANA

Os romanos introduziram inovações técnicas e artísticas na arquitectura. Os diversos tipos de construção:

Opus incertum (uso de pedras irregulares),

Opus quadratum (pedras em paralelepípedo),

Opus caementicium (pedras paralelas com cimento),

Tijolos de argila.

As inovações técnicas na arquitectura romana

são: o arco, a abóbada e a cúpula.

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12

O CIMENTO ROMANO

Os romanos descobriram que adicionando uma pequena quantidade de cinzas vulcânicas ao calcário, obtinham um betão duradouro e resistente.

Este cimento não se desagregava com a água, e ficava mesmo colado debaixo de água.

Chamaram-lhe “pozzuolana” ou “pozolana”,

porque as cinzas provinham de Pozzuoli perto

do Monte Vesúvio.

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O COLISEU DE ROMA

EXEMPLO ARQUITECTURA ROMANA

(14)

14

ARQUITECTURA ROMANA

AQUEDUTOS

(15)

AINDA A ARQUITECTURA ROMANA

A técnica de construção em arco, atingiu a máxima perfeição em Roma.

Da aplicação do arco resultam vários tipos de

abóbada e cúpulas – isto permite criar espaços

mais amplos e construir em altura, suportando o

peso por processos de relação entre pressão e

contra pressão.

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16

BARBEGAL – UMA FÁBRICA ROMANA

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AINDA

BARBEGAL-FRANÇA

(18)

18

A DIVISÃO DO IMPÉRIO E A PRESSÃO DOS BÁRBAROS

Devido a razões políticas e estratégicas, o Império Romano foi dividido em dois (Oriente e Ocidente)

O Império Romano face às contínuas guerras civis e à pressão dos povos bárbaros vai ser destruído.

Cai por três razões:

Instabilidade política

Falta de novas aquisições técnicas militares, novas armas, novas técnicas combate

Avanço técnico dos povos bárbaros – Melhores armas, melhor estrutura militar

E ainda, pela pressão de povos asiáticos (hunos)

sobre os povos bárbaros.

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O IMPÉRIO JÁ DIVIDIDO E A PRESSÃO DOS BÁRBAROS

OS BÁRBAROS E O IMPÉRIO

(20)

20

OS REINOS BÁRBAROS

(21)

O IMPÉRIO DEIXA-NOS UMA HERANÇA PROFÍCUA

O QUE ROMA NOS DEIXA

(22)

22

INÍCIO DA IDADE MÉDIA

Em 476 Odoacro informa Constantinopla que acabou o Império Romano no Ocidente

Começa a Idade Média que durará até 1453, ano da queda de Constantinopla.

Com a queda do Império em 476, são destruídas as estruturas:

Políticas, militares, policiais, culturais, administrativas, técnicas, intelectuais, comerciais, etc.

Há a regressão das técnicas não se transmite saber, deixa de haver estradas, aquedutos, pontes. É a decadência.

Neste caos a I

greja

é a única identidade que mantém a estrutura administrativa e intelectual.

(23)

AS INVASÕES E A DECADÊNCIA DAS TÉCNICAS

Decadência geral das técnicas

(24)

24

A IGREJA CRISTÃ

A religião baseada nos ensinamentos de Cristo, espalhou-se pelo Império, devido à rede de estradas e à língua comum e, após se ter transformado em religião oficial do Estado.

Após muitas igrejas destruídas, os invasores foram- se convertendo ao cristianismo e criaram novos Estados.

No entanto durante mais de 200 anos de clima de

insegurança houve uma grande regressão económica

e técnica. (É a decadência das técnicas)

(25)

A IGREJA E A INSTRUÇÃO

Com a anarquia geral que se viveu nos primeiros dois séculos da Idade Média e a decadência das técnicas, apenas a igreja tinha capacidade de ensinar.

As escolas onde se ensinava estavam nas igrejas, mosteiros e conventos, facilitando o ensino de matérias teóricas e práticas, música, ofícios, astronomia, etc.

Só “uns quantos” privilegiados, no entanto,

tinham acesso a esse ensino.

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A IGREJA E A INSTRUÇÃO – 2

“OS NÚMEROS ÁRABES”

Devemos a Gerbert D’Aurillac (940-1003) que seria Papa com o nome de Silvestre II, a introdução dos números árabes e do “zero” na Europa. A numeração, foi um dos maiores contributos dado pelos árabes ao ocidente.

Os 1ºs manuscritos europeus que contêm os números árabes são de Espanha, séc. X - o Codex Vigilanus e o Codex Aemilianensis.

A introdução do zero e dos números árabes “indianos”, na civilização muçulmana, deve-se ao matemático, Al Kuwarizmi.

Ao contrário dos números romanos, os números árabes, têm um valor diferente conforme a posição que ocupam.

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FIBONACCI E OS NÚMEROS ÁRABES

Leonardo de Pisa, conhecido ainda como Leonardo Bigollo ou Leonardo Fibonacci (1170-1250), o primeiro grande matemático europeu da Idade Média foi o principal promotor dos números árabes.

A sua principal obra, o “Liber Abaci”, além de discutir inúmeros problemas de matemática introduz os números hindo-arábicos na Europa.

Fibonacci é também conhecido pela sequência numérica, chamada “Sequência de Fibonacci” (não foi descoberta por ele) e que descreve o crescimento de uma população de coelhos e em que ao próximo número se somam os dois anteriores e assim sucessivamente. Ex: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, etc.

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28

OS

NÚMEROS

ÁRABES

(29)

NOVAS LÍNGUAS – NOVOS ESTADOS

Com a desagregação das estruturas romanas, acaba a escravatura e começa uma nova sociedade – a sociedade feudal, que é comum a todos os Estados.

A falta do poder centralizado na Europa e aos novos Estados, leva ao aparecimento de novas línguas, que têm como base o latim.

Apenas a estrutura da Igreja mantêm um poder

centralizado, cujo chefe máximo se encontra em

Roma.

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30

O LATIM E AS NOVAS LÍNGUAS

(31)

A SOCIEDADE TRINITÁRIA NA IDADE MÉDIA

A nova sociedade que surge é uma sociedade trinitária, são:

Oratores: Eclesiásticos (A Igreja)

Bellatores: Guerreiros (Nobreza)

Laboratores: Trabalhadores (O povo)

É a classe que reza, a que combate (protege)

e a que trabalha, o trabalho para seu

sustento e das outras classes.

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32

O SENHOR – A AGRICULTURA – A PLEBE

Na Idade Média de início há uma grande rusticidade dos instrumentos agrícolas.

Os metais eram caros, só os poderosos os possuíam, era fundamentalmente utilizado nas armas.

A principal força motriz era o trabalho humano.

Há falta animais e estrume, a rentabilidade da produção agrícola é fraca. Origina fomes e pestes.

O povo (camponeses, artesãos) trabalhavam a terra

do senhor, que os protegia com o seu castelo. O

povo tinha que pagar a corveia. Em troca da

protecção, tinha que arranjar estradas, o castelo, etc..

(33)

A IGREJA E A AGRICULTURA

É a Igreja que começa a desenvolver a agricultura de uma forma intensa. A partir do séc. VI, a colonização agrícola é realizada pelas ordens monásticas.

São os monges de S. Mauro, os Beneditinos, a Ordem de Cister e a Ordem de Cluny.

Fazem novos arroteamentos:

Tratam a terra, secam pântanos, abrem canais, desbravam florestas, queimam silvas e espinheiros, regulam o curso de rios.

Sem estrume, adubos, a cultura esgota os solos.

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34

AFOLHAMENTO TRIENAL

A rotação trienal, é uma das maiores inovações técnicas, na agricultura, na Idade Média.

Esta técnica permitia ultrapassar o cansaço dos solos e aumentar os quantitativos de produção.

Além disso há: - melhor selecção de sementes, aperfeiçoamento de vários instrumentos e aperfeiçoamento de várias técnicas agrícolas. São estas:

adubagem, irrigação, atrelagem e transporte, construção de utensílios agrícolas, um aumento da utilização do ferro, aumento da área cultivável.

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A ROTAÇÃO TRIENAL

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36

OS NOVOS SISTEMAS ATRELAGEM

O progresso nos sistemas de atrelagem dos animais, vai aproveitar melhor a sua força de tracção.

É assim que surge a coelheira e o balancim, bem como a canga.

Foi ainda aumentada a generalização da ferradura, que permitia aos animais suportar os terrenos difíceis.

O progresso destas e de outras técnicas leva

ao surgimento de novas aldeias.

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A COELHEIRA Sistema antigo

coelheira

Novos sistema atrelagem

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38

NOVOS INVENTOS NA IDADE MÉDIA

Além dos sistemas de atrelagem, o arado é aperfeiçoado, quer pela adaptação da Relha, bem como pela implantação da Aiveca. Surgem novos tipos de arados. (o arado já existia na Mesopotâmia).

Também a Charrua , que surge na Idade Média, vai revolucionar a agricultura, pois exerce uma acção de remoção e mistura das terras. É formada pelo chassis ou aipo, o teiró, a relha e a aiveca.

A Grade de bicos surge na Idade Média, serve para esmiuçar os torrões, enterramento de sementes ou mesmo adubagem dos solos.

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O ARADO

Vários tipos de arado

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40

A CHARRUA

Utilização da charrua

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A GRADE NA IDADE MÉDIA

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42

Relação entre os progressos técnicos e o crescimento demográfico

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NOVOS INVENTOS NA IDADE MÉDIA (Cont.)

A Sela Acolchoada e o Estribo, permitem um todo entre cavaleiro e cavalo.

O melhoramento das armaduras dos cavaleiros.

As chaminés, surgem no Norte da Europa.

O Moinho de Água é melhorado, passa a haver moinhos de propulsão inferior e propulsão superior.

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44

O MOINHO DE VENTO

Moinho de Vento, é talvez o invento mais

importante desta época. Permite levar os moinhos para longe da água.

É uma construção tecnicamente mais exigente de construir e laborar que o moinho de água.

É a nobreza e o clero que têm o monopólio quer dos moinhos de vento quer dos de água.

Havia moinhos para trabalhos específicos,

como por exemplo: os moinhos filatórios ou os

moinhos torcitórios.

(45)

PARA QUE SERVIAM OS MOINHOS

Moer o grão – pisar a azeitona – trabalhar o

fole – polir mármore – polir madeira –

serrar madeira – secar pântanos – fazer a

rega – trabalhar nas salinas – triturar

minérios – fazer pasta papel e pasta tecidos

– preparação da pólvora – mover o martelo

pilão.

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46

EXEMPLO ENGRENAGENS E MOINHO DE VENTO

As engrenagens de madeira, usadas nos moinho de vento, devido ao preço excessivo do ferro.

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EXEMPLOS DE MOINHOS DE VENTO

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48

MOINHO

HOLANDÊS A RETIRAR

ÁGUA DOS

POLDERS

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O

MARTELO PILÃO

Peça fundamental do ferreiro

Um exemplo da aplicação e aproveitamento, da energia dos moinhos.

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50

A ARQUITECTURA NA IDADE MÉDIA

A vida do homem da Idade Média caracteriza-se por uma fé profunda e uma intensa religiosidade, reflectindo-se isso na arquitectura.

A principal construção da Idade Média com excepção dos castelos são as igrejas. Os dois principais estilos de igrejas são:

O estilo românico (ligado ao mundo rural)

O estilo gótico (ligado ao burgo, à cidade)

Para segurar as igrejas imponentes quer do estilo

românico, quer do gótico, houve necessidade do

apoio do arcobotante e do contraforte.

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EXEMPLOS DO CONTRAFORTE

E ARCOBOTANTE

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52

A CAMBOTA OU CIMBRE

Para a construção dos arcos, arcos botantes

e contrafortes, usava-se uma técnica, que

consistia na utilização de um aparelho de

madeira: a cambota.

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EXEMPLOS DE CAMBOTAS OU

CIMBRE

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54

O FERREIRO E A IDADE MÉDIA

O Ferreiro, apesar de membro da plebe, é um homem muito importante, é ele que sabe trabalhar o ferro.

O ferro é muito caro, difícil de trabalhar, só os senhores (Igreja, nobreza) o podiam ter.

A Idade Média é fundamentalmente uma

civilização de madeira. (mesmo as rodas

dentadas eram desse material).

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NOVAS ARMAS

Na Idade Média há um grande desenvolvimento no armamento.

Em 1066 Guilherme o Conquistador vence a

“Batalha de Hastings”, devido a três inovações importantes:

A Alabarda – o Arco Galês - A Besta. (Utilizou-se também o “Pique”, já conhecido).

Houve ainda a utilização de novas técnicas de combate.

Começa o enfraquecimento da cavalaria, devido à

besta

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56

ILUMINURA DA BATALHA DE HASTINGS

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ALABARDAS

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58

TIPOS ALABARDAS

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AS NOVAS ARMADURAS E A BESTA OU BALESTRA

Armadura Normanda

Armadura de Cavalaria

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60

A

BALÍSTICA NA IDADE

MÉDIA

TREBUCHET

CATAPULTA

FUNDA CATAPULTA

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OUTRO EXEMPLO

DE

BALÍSTICA MEDIEVAL

Catapultas

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62

O

TRABUCO

Catapulta, Trebuchet ou Trabuco

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LANÇAMENTO DE UM PROJÉCTIL

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64

AS CRUZADAS

ACONTECIMENTO MARCANTE

Em 1095, o Papa Urbano II, prega as cruzadas contra os infiéis. Realizam-se 8 cruzadas ao longo de 175 anos.

É uma época de paz para a Europa, a guerra foi exportada para a Terra Santa.

Há um desenvolvimento da marinha genovesa e veneziana,

O acréscimo de capital vai permitir o capitalismo nas duas repúblicas,

São trazidas novas técnicas, novos conhecimentos, novos livros, para a Europa.

CONSEQUÊNCIAS DAS CRUZADAS

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A ARTE NAVAL NA IDADE MÉDIA

A arte naval vai ter um grande desenvolvimento

Surgem novos barcos, novas velas, velas mais resistentes, novas formas de as tecer, mastros mais resistentes para suportar o velame.

Surge a caravela portuguesa.

A pólvora faz o seu aparecimento

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66

A ARTE NAVAL – A BOLINA

Os árabes transmitiram aos portugueses a

“vela latina” ou vela triangular, que permitia a bolina ou navegação contra o vento.

A bolina, significa vaguear. Era a mareação

em que o navio ganha barlavento ou seja o

vento de frente.

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A ARTE DE BOLINAR

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PORTUGAL E OS DESCOBRIMENTOS

Portugal vai ser pioneiro nas descobertas devido a três ordens de razões:

Geográficas – Boas baías – localização face ao Atlântico – marinheiros experimentados,

Políticas – Não existiam conflitos, logo havia tempo e dinheiro para novas “aventuras”,

Técnico/científicas – Os novos progressos técnicos e inovações, deram-nos conhecimentos para as navegações; (a construção da Escola de Sagres por exemplo ou ainda o estudo dos ventos no Atlântico)

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PORTUGAL E OS DESCOBRIMENTOS

AS MOTIVAÇÕES DAS VÁRIAS CLASSES

(70)

70

A ESCOLA NÁUTICA DE SAGRES

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A IMPRENSA

Surge em 1450, já no fim da Idade Média.

Tal como a pólvora, será no princípio da

Idade Moderna, que mostrará todo o seu

potencial

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72

IMPORTANTE SOBRE A IDADE MÉDIA

Na Idade Média, o desenvolvimento dos ofícios foi uma das principais razões para a divisão do trabalho: A separação entre o artesanato e a agricultura.

As conquistas técnicas da Idade Média, distinguem-se das da antiguidade por dois motivos:

Aumentam o rendimento da força utilizada

Aumentam a economia do trabalho humano, assegurando uma maior eficácia.

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Principais acontecimentos históricos na Idade Média

711 – Invasão da Península Ibérica pelos árabes,

732 – Carlos Martel derrota os árabes em Poitiers,

771 – Carlos Magno Rei dos francos,

962 – Otão funda o Sacro Império,

1095 – As Cruzadas,

1181 – Luta contra os albigenses,

1232 – Fundada a Inquisição,

1309 – Cativeiro da Babilónia,

1378 – Grande Cisma do Ocidente,

séc. XIV – A peste negra.

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74

A IDADE MÉDIA E A FILOSOFIA

As duas principais filosofias da Idade Média são:

A filosofia agostiniana ou patrística

A filosofia escolástica

Estas duas filosofias estão ligadas à religião cristã.

A filosofia agostiniana surge com Santo Agostinho por altura da queda do Império Romano

A filosofia escolástica surge nos mosteiros e

conventos. S. Tomás Aquino é a principal figura.

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A FILOSOFIA AGOSTINIANA

Santo Agostinho (354-430), foi Bispo de Hipona.

No início professou a filosofia maniqueia, tendo-a combatido depois.

É uma das fontes do pensamento ocidental, nele opera-se a cristianização da herança greco-romana.

Sto. Agostinho segue muitas das ideias de Platão.

Pensadores tinham traçado fronteiras entre a fé e a razão, ele nunca se preocupou em traçar fronteiras entre fé e razão, ele diz que a verdade é única e encontra-se no cristianismo.

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76

Como é que conhecemos a alma? As ideias? Sto. Agostinho cria a sua “Teoria da Iluminação”, segundo o qual a alma conhece verdades universais, imutáveis e eternas por uma iluminação divina.

Para ele o cristianismo trouxe a liberdade individual como possibilidade de escolha entre o bem e o mal.

Há uma primazia da Igreja sobre o Estado, visto ser a única sociedade perfeita.

Fala em duas cidades a cidade de Deus e a cidade terrena.

Todas as substâncias excepto Deus têm matéria e forma.

OBRAS: Confissões, Cidade de Deus, A Trindade.

A FILOSOFIA AGOSTINIANA (cont.)

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A ESCOLÁSTICA

A escolástica é principal filosofia da Idade Média. Também é chamada de Tomismo.

S. Tomás afirma a imaterialidade do entendimento e portanto da alma, mas enquanto o intelecto está ligado à experiência sensível, o seu objecto adequado é a realidade sensível.

Ele diz “Nada está no nosso intelecto, que não tenha estado primeiro nos sentidos”.

O entendimento humano acha-se vinculado a um corpo material, dotado de determinados órgãos de conhecimento (sentidos), esta vinculação do entendimento ao corpo, radica na união substancial entre corpo e alma.

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A vinculação do entendimento Humano a um corpo dotado de órgãos de conhecimento (sentidos) impõe que o conhecimento intelectual comece com o conhecimento sensível e não possa ser exercido sem o concurso deste: o entendimento elabora os conceitos a partir dos dados fornecidos pela percepção sensível.

A teoria tomista do conhecimento pode ser encarada de um ponto de vista duplo:

1. Ela é universal – estende-se a todos os modos de conhecimento, indica as condições de todo o conhecimento.

2. Ela é crítica, determina os limites e as condições especiais do conhecimento humano.

A ESCOLÁSTICA (cont.1)

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Provas da existência de Deus: S. Tomás aceita em primeiro lugar, a demonstração da existência de Deus, baseada no movimento, “Deus como primeiro motor imóvel”.

Aceita a teoria das quatro causas, de Aristóteles (material, formal, eficiente e final).

Em política diz que o homem é um animal social e político. A vida é feita em sociedade.

Diz que o chefe não deve tornar-se um tirano.

OBRAS DE S. TOMÁS: Súmula teológica, Súmula contra gentios.

A ESCOLÁSTICA (cont.2)

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80

A filosofia escolástica, vai marcar a igreja católica, durante séculos, baseada em muitas das ideias de Aristóteles.

Mesmo a visão cosmológica medieval do geocentrismo, é baseada nas ideias aristotélicas, não havendo por parte da igreja, nenhuma flexibilidade, quando já havia provas de que algo não estava bem.

A ESCOLÁSTICA (cont.3)

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OUTROS ESCOLÁSTICOS

Outros escolásticos importantes: Duns

Escoto (1265-1308), Guilherme de Ockham

(1285-1347), Sto. Anselmo (1038-1109) e

Pedro Abelardo (1079-1142).

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82

OCKHAM E A “NAVALHA DE OCKHAM”

William de Ockham (1285-1347), padre franciscano, criou um princípio lógico, conhecido como “Navalha de Ockham”, este afirma: “Se houver várias explicações, igualmente válidas para um facto, devemos escolher a mais simples”. Este é também chamado “Princípio de Parcimónia”.

Dito de outra maneira, o “Princípio” afirma, que: a explicação para qualquer fenómeno, deve assumir apenas, só as premissas necessárias, à explicação do fenómeno e eliminar todas as outras, que não causariam qualquer diferença, nas explicações da teoria. Ou seja; nas várias explicações de um fenómeno, a mais simples é a melhor.

Vários filósofos, discordaram do conceito da “Navalha de Ockham, entre eles Leibniz e Kant. Einstein no entanto, diz que: “tudo deve ser feito da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso”.

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OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO

FIM

Referências

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