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Informativo Mensal nº 13. Novembro/2014

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Informativo Mensal nº 13 Novembro/2014

AMÉRICA/ EUROPA OCIDENTAL

DIÁLOGOS DE PAZ ENTRE GOVERNO COLOMBIANO E FARC

A libertação do general colombiano Rubén Dário Alzate, em poder das FARC, sinalizou uma retomada dos diálogos de paz entre o governo colombiano e a guerrilha. As negociações, sediadas em Havana, foram interrompidas unilateralmente em 16 de novembro, porém, após o anúncio da soltura de Alzate, uma delegação colombiana já viajou para a capital cubana, em uma tentativa de retomar as discussões de paz.

CRISE POLÍTICA NO MÉXICO

O desaparecimento e a confirmação da morte de 43 jovens na cidade mexicana de Iguala motivaram uma série de manifestações por todo o país. Os manifestantes pedem a renúncia do presidente Peña Nieto, acusado de adotar uma postura leniente diante da situação. Nieto propôs uma reforma constitucional na tentativa de amenizar a crise que contribui para que sua aprovação popular seja a menor desde que assumiu o poder.

ÁSIA/ LESTE EUROPEU

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RÚSSIA AINDA RECEBE SANÇÕES E ACUSAÇÕES DEVIDO À CRISE UCRANIANA, MAS PROCURA PROXIMIDADE COM OUTROS PAÍSES.

As sanções em consequência da crise na Ucrânia continuaram a ser impostas à Rússia, prejudicando sua economia e fazendo com que Putin declarasse que as mesmas infringem leis internacionais assim como contrariam princípios do G20. Acerca do conflito ucraniano, acusações sobre a interferência russa também se repetiram, inclusive sobre o movimento de tropas na fronteira. Como resposta às acusações, o Ministro de Relações Exteriores russo declarou que os líderes ucranianos têm que negociar diretamente com os separatistas no leste do país e não devem ameaçar Moscou como se a Rússia fizesse parte do conflito. Putin acusou Kiev de não respeitar o acordo feito com os separatistas ao colocarem mais tropas na região e afirmou que a Rússia está disposta a cooperar com os EUA. Na Geórgia, milhares de pessoas protestaram contra a Rússia, acusando-a de tentar anexar seus territórios, e contra o próprio governo, acusando-o de não defender os interesses nacionais do país. Em contrapartida, houve uma manifestação em Moscou, onde as pessoas exaltaram a pátria como potência num ato de união e desafio ao Ocidente em relação à questão ucraniana. A Rússia ainda se aproximou de outros países: defendeu laços mais estreitos com a Coreia do Norte para aprimorar a segurança regional; está realizando um acordo nuclear com o Irã e declarou que continuará apoiando o Presidente sírio Bashar Al-Assad contra o terrorismo.

UCRANIA NÃO SE MOSTRA DISPOSTA A NEGOCIAR COM SEPARATISTAS, MAS PEDE AUXILÍO AOS EUA E PROPÕE DIÁLOGO

COM RÚSSIA

Os conflitos na região Leste do país tiveram continuidade, principalmente em Donetsk.

Mesmo assim o Premiê ucraniano descartou uma negociação direta com os separatistas.

O governo ucraniano deve receber um aumento de auxílio não letal, solicitado aos EUA pelo próprio presidente Poroshenko, que teria pedido um auxílio letal, mas os norte- americanos ainda apostam em uma solução diplomática para o conflito. A OTAN e Kiev denunciaram a entrada de mais comboios militares russos no Leste ucraniano, fazendo com que a Ucrânia mobilizasse mais tropas. Poroshenko convidou o governo russo para realizar negociações sobre o conflito numa região neutra. As regiões do Leste foram isoladas fisicamente e economicamente, perderam o status “de zona especial”

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devido às eleições realizadas para escolha de um líder local. Em consequência, os rebeldes acusaram o governo de violar os acordos estabelecidos. Essas eleições acarretaram repúdio por parte da UE e ONU e países como Alemanha, França e Ucrânia pediram ao Presidente russo que não reconheça o seu resultado. Contudo, isso não impediu que a região elegesse seu representante, que ainda espera reconhecimento russo. Segundo a ONU, o conflito já deixou mais de 4 mil mortos e centenas de milhares de refugiados.

ATAQUES DO TALIBÃ FOCAM NO SETOR INTERNACIONAL

Os ataques reivindicados pelo Talibã no Afeganistão tiveram continuidade durante todo o mês e ocorreram próximos a lugares como o complexo de segurança estrangeira, setor internacional de Cabul, complexo de agentes humanitários internacionais, residências de estrangeiros, embaixadas, bases policiais e até mesmo um evento esportivo. Nota-se que o novo alvo do grupo terrorista é o setor estrangeiro no país. Muitos dos ataques começaram após o Presidente Obama dar aval para os comandantes militares norte–

americanos terem maior poder de combate frente ao Talibã e o Secretário-Geral da OTAN reafirmar o comprometimento da aliança militar com estabilização do país. Foi divulgado que os EUA pretendem deixar algumas centenas de soldados no país para suprir a lacuna deixada por outros países da OTAN.

CHINA SE MOSTRA INTOLERANTE COM PROBLEMAS INTERNOS MAS SE DISPÕE À SOLUCIONAR QUESTÕES EXTERNAS DE FORMA PACÍFICA As manifestações em Hong Kong tiveram continuidade, houve mais confrontos, nova tentativa de diálogo dos manifestantes com autoridades de Pequim, invasão do prédio do legislativo, prisões de dezenas de manifestantes e até pedido da Anistia Internacional para que 76 presos políticos dos protestos fossem liberados. Ordens de expulsão foram autorizadas para os policiais liberarem as áreas ocupadas pelos manifestantes, mas isso não fez com que os ocupantes deixassem o local, correndo o risco de serem presos. Um dos lugares ocupados foi as imediações do consulado britânico, a fim de denunciar a passividade britânica diante da situação. O governo chinês aprovou medidas repressores, proibiu práticas religiosas e passou a multar funcionários que usam a

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internet para “minar a unidade nacional” a fim de combater o separatismo na província do Noroeste da China, além de punições mais rigorosas para funcionários públicos tibetanos envolvidos em corrupção e que demonstrarem apoio ao Dalai Lama. Em relação às questões externas, o Presidente Xi Jinping afirmou que deseja resolver as questões marítimas com os vizinhos de forma pacífica e que nunca utilizará a força para alcançar seus objetivos.

ORIENTE MÉDIO

POR QUE KOBANI?

Localizada há poucos quilômetros da fronteira com a Turquia, a cidade de Kobani, na região norte da Síria tem maioria populacional de curdos, mas também possui árabes, turcomanos e armênios. A cidade vem travando uma violenta batalha contra os extremistas do Estado Islâmico (EI). O local é há meses alvo de ferozes ataques por parte do EI e da Coligação que já tomou momentaneamente a região. Kobani se tornou parte essencial da estratégia de consolidação do EI, pois está localizada numa região que é importante porta de entrada de novos recrutas e faz parte da rota usada pelos jihadistas para a exportação de barris de petróleo no comércio ilegal por conta do controle de diversas usinas de petróleo no local. O governo turco por sua vez, declarou que não irá se mobilizar sozinho para uma invasão por terra ao território da Síria. Tampouco permitiu que ativistas e refugiados cruzassem a fronteira para levar suprimentos ou ajudar na luta. Enquanto isso, Kobani sucumbe “sozinha”: a parcela da população que restou se encontra sem comida ou acesso à água potável, a ajuda humanitária tem dificuldades de chegar ao local e seus combatentes estão na iminência de ficarem sem munição.

ÁFRICA

CONFLITOS DO BOKO HARAM

As negociações entre o governo nigeriano e os radicais islâmicos do Boko Haram tem sido marcadas pela grande quantidade de atos de violência apesar de o governo ter

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afirmado a ocorrência de um cessar-fogo entre as partes, que foi desmentido pelo líder do grupo islamita. Há informações que o grupo está melhor equipado que os militares.

Na região central da Nigéria homens armados, que fazem parte do Boko Haram, explodiram uma penitenciária. O exército nigeriano abriu fogo contra o grupo após a explosão, mas segundo testemunhas não ficou clara a estratégia dos militares, em mais uma falha protagonizada por eles. No nordeste da Nigéria, várias pessoas, na maioria adolescentes, morreram e ficaram feridos depois de uma explosão realizada por um homem-bomba. O local atingido é um dos três estados do país que se encontra em estado de emergência devido às ações do grupo. Também nesta região do país, cerca de 47 estudantes morreram em atentado em um colégio de rapazes. O massacre aconteceu no dia seguinte à publicação de um vídeo no qual o chefe do grupo aparece afirmando sua intenção de criar um califado nas regiões que estão dominadas pelo Boko Haram.

Além disso, o grupo assassinou 48 vendedores de peixe, que foram afogados ou degolados. Já no estado de Borno, foram dois ataques a bomba em um mercado.

ATENTADOS DO AL SHABAAB

O grupo Al-Shabab, uma ramificação da Al Qaeda na Somália, vem perdendo militantes e território. Seu líder foi morto em setembro e seu substituto tem pouco poder de atração. O grupo controlava parte do sul da Somália, mas perdeu esse controle pela ação das forças da União Africana. Já em Mombassa a polícia executou uma operação contra islamistas, na qual duas mesquitas da cidade foram fechadas após a tentativa de neutralização de vários grupos ligados ao Al-Shabab. Além disso, os militantes reivindicaram o assassinato de 28 passageiros que estavam dentro de um ônibus no Quênia. O ataque foi em resposta às operações antiterroristas realizadas na cidade de Mombassa, que destruiu um campo do grupo e matou centenas de seus militantes.

QUÊNIA, LÍBIA E TUNÍSIA

No Quênia pelo menos 22 pessoas morreram em uma emboscada contra policiais. A região atacada é utilizada para o acerto de contas entre comunidades que estão em atrito por causa da falta de poços de água e de áreas pecuárias. Na Líbia a Suprema Corte invalidou o Parlamento eleito em junho, reconhecido pela comunidade internacional,

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após um deputado islâmico ter apresentado um recurso. A Câmara não é reconhecida pelos islamitas que governam a capital, Trípoli, base do governo islâmico instalado paralelamente ao governo oficial. O líder do governo paralelo pediu a convocação de novas eleições legislativas para acabar com a crise política iniciada após a saída de Gaddafi. Na Tunísia ocorreram as primeiras eleições livres e democráticas para a escolha do presidente. Esta é a etapa final do processo de transição desejado pela Primavera Árabe. Após a independência da França, a Tunísia teve apenas dois presidentes; o primeiro foi deposto por Ben Ali em um golpe de Estado e este permaneceu no poder até 2011.

Referências

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