Universidade Ibirapuera Arquitetura e Urbanismo
CONFORTO AMBIENTAL: INSOLAÇÃO E ILUMINAÇÃO
Docente: Claudete Gebara J. Callegaro 2º semestre de 2014
ILUMINAÇÃO HÍBRIDA
REVISÃO DE CONCEITOS
LÂMPADAS
ALGUNS ELEMENTOS DE AULAS ANTERIORES,
DA DISCIPLINA ERGONOMIA
E ALGUMAS NOVIDADES
CAII - Profª Claudete Gebara J. Callegaro. Última alteração em 19/11/2014.
CAII - Profª Claudete Gebara J. Callegaro. Última alteração em 19/11/2014.
A quantidade e a qualidade da luz interferem na saúde e no conforto humano
de várias maneiras.
Os projetos de arquitetura devem considerar, primeiramente, a luz natural,
para então complementá-la com processos artificiais.
Ver bem depende de:
•nível ou quantidade de luz,
•ausência de distúrbios visuais ou incômodos (reflexos, p.ex.),
•contrastes ou luminosidade excessiva que obrigue a forçar os músculos da visão.
O esforço repetitivo para adaptação ao ambiente visual leva a:
•cansaço visual,
•falta de atenção ou concentração,
•queda do rendimento e produtividade no trabalho,
•fadiga, irritabilidade e dores de cabeça,
•aumento dos índices de acidentes de trabalho.
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O conceito de cor está associado à frequência da onda eletromagnética.
O número de oscilações completas (compressão e descompressão) por segundo chama-se frequência (f), que é medida em ciclos por segundo (c.p.s.) ou em hertz (Hz).
A frequência é função do comprimento de onda (λ) e da velocidade de propagação (c = 300.000 km/segundo no vácuo).
velocidade da luz no vácuo (c) comprimento de onda (λ) frequência (f) =
No caso da luz:
c = 300.000 km/s (no vácuo)
380 nm < λ < 740 nm (no vácuo)
c = 300 mil km/seg = 3×108 m/s 1 terahertz (THz) = 1×1012 ciclos/seg 1 nanômetro (nm) = 1 milionésimo de milímetro = 1×10−9 metro
f = c / λ
Mas...
somente essas informações não explicam nossas
sensações cromáticas.
www.sbfisica.org.br_fne_Vol8_Num1_v08n01a06
As cores são percebidas por sensores
chamados cones que se encontram na fóvea, parte da retina correspondente ao centro visual do olho, bem próximo ao nervo ótico.
Temos cones sensíveis a diferentes faixas de comprimento de ondas luminosas, que, para efeito de estudo, são agrupados em sensíveis a:
•Vermelhos e laranjas (R - red/vermelho),
•Verdes e amarelos (G - green/verde),
•Azuis e violetas (B - blue/azul). Anatomia do olho humano. Imagem obtida em http://www.afh.bio.br/sentidos/sentidos1.asp
Consideramos serem “cores reais” aquelas percebidas quando o objeto é visto sob a luz do Sol, pois é a ela que nossos olhos vêm se
adaptando há milhares de anos.
Imagem extraída de OSRAM, s/data.
A luz é composta por três cores primárias:
•vermelho (Red)
•verde (Green)
•azul (Blue)
A combinação dos comprimentos de onda que nos fazem perceber as luzes de cor vermelho, verde e azul permite obtermos o branco.
A combinação de duas cores primárias produz as cores secundárias:
•magenta
•amarelo
•cyan
A gama de cores que conhecemos deriva das múltiplas combinações possíveis entre as cores primárias e secundárias.
ATENÇÃO: Essas combinações NÃO VALEM para tintas, p.ex.
A mistura em geral produz um bege sujo, indefinido, que chamamos de “cor de burro quando foge”!
Nós associamos a luz com a natureza e com a cultura que desenvolvemos para nos adaptarmos a ela !!!
Radiações de menor comprimento de onda (violeta e azul) geram maior intensidade de sensação luminosa quando há pouca luz (ex. crepúsculo, noite, etc.), que correspondem aos horários mais frios.
As radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se comportam ao contrário, sendo
necessária alta intensidade luminosa (muita luz, muitos fótons, maior
radiação solar) para serem
percebidas; ou seja, nos horários mais quentes do dia.
Imagem extraída de OSRAM, s/data.
Radiometria
Mede transferência de energia emitida por uma fonte e que chega a um receptor.
Envolve os conceitos de:
• Fluxo radiante: quantidade de energia Unidade: watt (símbolo: W)
• Ângulo sólido: direção no espaço
Unidade: esterradiano, ou esferorradiano
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Fontes com o mesmo fluxo radiante podem ter diferente fluxo luminoso.
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vermelho
255 verde
255
azul 255 Vm 85
Vd 85 Az 85
verde 200
azul 200 transparên
cia 50%
vermelho 200 transparên
cia 45%
azul 255 transparên
cia 50%
Vm 85 Vd 85
Az 85 transparên
cia 30%
vermelho 255 transparên
cia 45%
Cores e matizes pelo sistema Red- Green-Blue
(RGB)
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Fotometria
Mede ondas que provocam
sensação visual num observador humano.
Envolve os conceitos de:
•Fluxo luminoso (lúmen),
•Intensidade luminosa (candela),
•Iluminância (lux),
•Luminância (candela/m²).
fluxo intensidade
luxímetro
O homem percebe o mundo através dos contrastes das luminâncias.
A luminância é função:
•da iluminância sobre a superfície
•e da refletância dessa superfície.
Tanto a ausência de contrastes quanto os contrastes excessivos são inadequados para o conforto visual, mas podem ser
usados em situações especiais controladas.
A percepção do observador também depende de sua posição em relação ao objeto e de suas condições físicas (idade, características dos olhos, saúde geral).
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De um modo geral, a iluminação precisa ser bem planejada nos ambientes de trabalho, para que resultem:
poucos contrastes entre luz e sombra, ou seja, certa uniformidade de iluminação nos planos de trabalho,
contraste suficiente entre os elementos do plano de trabalho, para que letras,
objetos, etc. sejam distinguíveis em relação ao fundo.
Convém que a iluminância em qualquer ponto do campo de trabalho não seja inferior a 70% da iluminância média do
ambiente.
(recomendação da NBR 5382/84 mantida na ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013)
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Para a maior parte das atividades de convívio e trabalho, a
iluminação recomendada como suficiente e confortável varia na
faixa
de 300 a 750 lux.
Se a configuração espacial não permitir uma iluminação natural
uniforme e suficiente, Se os artifícios arquitetônicos
não forem suficientes para equilibrar essa situação,
Então será necessária a complementação com
iluminação artificial.
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ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL
Colaboração do
Eng. Antonio Gebara José
com as imagens sem indicação da fonte original.
CAII - Profª Claudete Gebara J. Callegaro. Última alteração em 20/11/2014.
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Luminotécnica, ou luminotecnia , é o estudo da aplicação da iluminação artificial em espaços interiores e exteriores.
Consiste basicamente em:
•Escolha da lâmpada e da luminária mais adequada,
•Cálculo da quantidade de luminárias,
•Disposição das luminárias no recinto,
•Cálculo de viabilidade econômica.
Como a luz deverá ser distribuída pelo ambiente?
Como a luminária irá distribuir a luz?
Qual é a ambientação que queremos dar, com a luz, a este espaço?
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Sistema de iluminação PRINCIPAL
Sistema de iluminação SECUNDÁRIO
Geral: distribuição homogênea Localizada: área restrita
Tarefa: plano de trabalho
Destaque: spot
Efeito: fachos, contrastes Decorativa: lustres de estilo Arquitetônica: sancas, escadas Modulação: dimmer
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OSRAM, p. 11
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OSRAM, p. 12
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OSRAM, p. 14-15
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LÂMPADAS
Incandescentes
De descarga
Diodo emissor de luz
comum
halógena (pode ser simples ou dicróica)
fluorescente (convencional ou compacta) luz mista
vapor de mercúrio vapor de sódio
multivapores metálicos luz negra
LED (Light Emitting Diode) (pode ser simples ou dicróica)
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LÂMPADA INCANDESCENTE
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LÂMPADA FLUORESCENTE:
Índice de Reprodução da Cor (IRC)
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REATORES
São equipamentos auxiliares necessários para o acendimento de lâmpadas de descarga.
Servem para limitar a corrente e adequar as tensões ao perfeito funcionamento das lâmpadas.
Podem ser eletromagnéticos (pesados) ou eletrônicos (compactos e leves).
Vida útil da lâmpada Eficiência energética
Cintilações Ruídos
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Lâmpada fluorescente compacta, com reator incorporado
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OSRAM, p. 20
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LER: “Capítulo 3 – Tipos de Lâmpadas”
da apostila de Luminotécnica elaborada pela Profª Jeanine Marchiori da Luz,
do Laboratório de Iluminação do Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes da Unicamp,
disponível em:
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/Luminotecnica.pdf
LER: “Desafios da iluminação: Eficiência energética e desempenho térmico de luminárias com lâmpadas a LED atraem projetos de inovação.” Artigo
postado em 18/11/2011 no portal de Notícias do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, acessível em http://www.ipt.br/noticias_interna.php?id_noticia=438
FONTES CONSULTADAS
FERREIRA, Rodrigo Arruda Felício. Manual de Luminotécnica. Apostila do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Juiz de Fora. 2010. Disponível em
<http://www.ufjf.br/ramoieee/files/2010/08/Manual-Luminotecnica.pdf>
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Desafios da iluminação: Eficiência energética e desempenho térmico de luminárias com lâmpadas a LED atraem projetos de inovação. Artigo postado em 18/11/2011 no portal de Notícias.
Acessível em http://www.ipt.br/noticias_interna.php?id_noticia=438
LUZ, Jeanine Marchiori da. Apostila de Luminotécnica. UNICAMP: Instituto de Artes: Departamento de Artes Cênicas: Laboratório de Iluminação: s/ data.
Disponível em http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/Luminotecnica.pdf OSRAM. Manual Luminotécnico Prático. Osram, s/data. Disponível em
<http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/ManualOsram.pdf>