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Ministério da Cultura divulga raio-x das bibliotecas públicas municipais brasileiras

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Academic year: 2021

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Ministério da Cultura divulga raio-X das bibliotecas públicas municipais brasileiras

Pesquisa da FGV, encomendada pelo ministério, revela o perfil das Bibliotecas Públicas Municipais (BPMs) de todo o país. Mapeamento permitirá o aperfeiçoamento das políticas para o setor.

Brasília, 30 de abril de 2010 - O 1º Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais mostra que, em 2009, 79% dos municípios brasileiros possuíam ao menos uma biblioteca aberta, o que corresponde a 4.763 bibliotecas em 4.413 municípios.

Em 13% dos casos, as BPMs ainda estão em fase de implantação ou reabertura e em 8% estão fechadas, extintas ou nunca existiram. Considerando aquelas que estão em funcionamento, são 2,67 bibliotecas por 100 mil habitantes no país.

O levantamento aponta que as BPMs emprestam 296 livros por mês e têm acervo entre 2 mil e 5 mil volumes (35%). Quase a metade possui computador com acesso à internet (45%), mas somente 29% oferecem este serviço para o público. Os usuários frequentam o local quase duas vezes por semana e utilizam o equipamento preferencialmente para pesquisas escolares (65%). Quase todas as bibliotecas funcionam de dia, de segunda à sexta (99%), algumas aos sábados (12%), poucas aos domingos (1%). No período noturno, somente 24% estão abertas aos usuários. A maioria dos dirigentes das BPMs são mulheres (84%) e tem nível superior (57%).

Foram pesquisados todos os 5.565 municípios brasileiros. Em 4.905 municípios foram realizadas visitas in loco para a investigação sobre a existência e condições de funcionamento de BPMs, no período de setembro a novembro de 2009. Os 660 municípios restantes - identificados sem bibliotecas entre 2007 e 2008 pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e atendidos pelo Programa Mais Cultura com a instalação de BPMs - foram pesquisados por contato telefônico, até janeiro deste ano.

O Censo Nacional tem por objetivo subsidiar o aperfeiçoamento de políticas públicas em todas as esferas de governo – federal, estadual e municipal – voltadas à melhoria e valorização das bibliotecas públicas

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brasileiras. Segundo o levantamento, em 420 municípios as BPMs foram extintas, fechadas ou nunca existiram. O MinC - por meio da Fundação Biblioteca Nacional, com recursos do Programa Mais Cultura - em parceira com as prefeituras municipais, promoverá a implantação ou reinstalação dessas bibliotecas, com a distribuição de kits com acervo de dois mil livros, mobiliário e equipamentos, no valor de R$ 50 mil/cada, totalizando R$ 21 milhões. As BPMs receberão, ainda, Telecentros Comunitários do Ministério das Comunicações.

Região Sul tem mais bibliotecas por 100 mil habitantes

O Sul é a região brasileira com mais bibliotecas por 100 mil habitantes (4,06), seguida do Centro-Oeste (2,93), Nordeste (2,23), Sudeste (2,12) e Norte (2,01).

Tocantins (7,7 por 100 mil) é a unidade da federação com melhor índice, bem à frente das demais: Santa Catarina (4,5), Minas Gerais (4,1) e Rio Grande do Sul (4,0). Entre os piores índices estão Amazonas (0,70), Distrito Federal (0,76), Rio de Janeiro (0,86), Acre (1,44), Pará (1,60) e São Paulo (1,62).

Já o município brasileiro com maior número de bibliotecas neste quesito é Barueri/SP (4,07 por 100 mil habitantes), seguido por Curitiba/PR (2,97) e Santa Rita/PB (2,36). Entre os piores índices estão Fortaleza/CE (0,03), Manaus/AM (0,05) e Salvador/BA (0,06).

Segundo a pesquisa, a região Sudeste é a que possui mais municípios com bibliotecas abertas (92%), seguida do Sul (89%), Centro-Oeste (81%), Norte (66%) e Nordeste (64%).

O Distrito Federal, com apensas uma cidade (Brasília), é a unidade da federação que tem mais municípios com bibliotecas (100%), seguida pelo Espírito Santo (97%) e Santa Catarina (94%). O Piauí (34%) e o Amazonas (37%) têm os menores percentuais.

O Nordeste do país é a região que receberá mais kits do governo federal para a implantação de bibliotecas: 161 municípios, seguida pelo Sudeste (104), Sul (67), Norte (51) e Centro-Oeste (37). As cidades que não receberão kits já estão reabrindo ou implantando suas bibliotecas.

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Capitais têm índices baixos de bibliotecas por 100 mil habitantes

De uma lista com 263 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, as capitais têm índices mais baixos. A exceção é Curitiba (2,97). A 2ª melhor no ranking é Palmas/TO (1,06) – mas está em 28º na lista, enquanto a 3ª é Brasília/DF (0,76) – 100ª colocação. Todas as demais capitais ficam abaixo desta colocação. A única capital que não possuía BPM aberta na ocasião da pesquisa era João Pessoa/PB. O prédio encontrava-se em reforma e a BPM já havia recebido kit de modernização do Programa Mais Cultura.

Maioria usa BPMs para pesquisa escolar

Em todo o país, os frequentadores das bibliotecas municipais vão aos estabelecimentos para fazer pesquisas escolares (65%), pesquisas em geral (26%) e para o lazer (8%). Os nordestinos e os nortistas registram a maior frequência para pesquisa escolar (75%), enquanto os usuários do Sudeste são os que mais frequentam para o lazer (14%). Entre os estados em que o uso da biblioteca para pesquisas escolares é maior está o Amapá (91%) Por sua vez, os frequentadores de São Paulo são os que mais vão às bibliotecas para o lazer (22%).

Os assuntos mais pesquisados nas bibliotecas são Geografia e História (82%); Literatura (78%), e obras gerais – enciclopédias e dicionários – (73%).

Neste quesito, a resposta era de múltipla escolha e, portanto, a soma é superior a 100%.

Usuário visita biblioteca cerca de duas vezes por semana

Segundo o levantamento, a média de visita ao estabelecimento é de 1,9 vez por semana. Os moradores do Nordeste são os que mais frequentam bibliotecas municipais (2,6 vezes por semana), enquanto a média do Sul e do Sudeste é a mais baixa (1,6 por semana). Norte e Centro-oeste têm frequências de 2 e 1,8 vezes por semana, respectivamente.

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Roraima é o destaque, com ida de 4,1 vezes por semana, seguida por Pernambuco (3,7) e do Distrito Federal (3,5). Os piores índices de frequência ocorrem no Acre, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Sergipe (ambos com uma vez por semana).

Origem do acervo da maioria das bibliotecas é doação

O acervo da maioria das bibliotecas é constituído por doação (83%). O Nordeste é a região onde as doações são maiores (90%), seguido pelo Sudeste (85%) e Centro-Oeste (84%). Por outro lado, o Sul tem o maior índice de compra de acervo (28%), seguido pelo Norte (19%).

Na média brasileira, a maior parte das bibliotecas tem acervo entre 2 mil e 5 mil volumes (35%). Nas demais faixas: até 2 mil volumes (13%), entre 5 mil e 10 mil (26%) e mais de 10 mil (25%). É no Sudeste que se concentra a maior quantidade de bibliotecas com acervo superior a 10 mil volumes (36%). Por outro lado, a maior quantidade de bibliotecas com até 2 mil volumes está concentrada no Norte (25%).

Sudeste lidera média de empréstimos de livros

A média nacional de empréstimos domiciliares é de 296/mês. Os moradores do Sudeste são os que mais fazem empréstimos (421/mês), seguidos do Sul (351/mês), Centro-Oeste (157/mês), Nordeste (118/mês) e Norte (90/mês).

Entre os estados, São Paulo faz mais empréstimos (702/mês), seguido do Distrito Federal (559/mês) e Paraná (411/mês). As menores médias ocorrem no Amapá (11,7/mês), Tocantins (43,5/mês) e Maranhão (52/mês).

Menos de 10% das BPMs oferecem serviço para pessoas com deficiência

Apenas 9% das BPMs oferecem serviços para deficientes visuais (audiolivros, livros em Braille, etc.). No caso dos serviços especializados para surdo-mudos, deficientes mentais ou físicos, o índice cai para 6% das bibliotecas.

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Apenas 24% das BPMs funcionam à noite e 1% aos domingos

A grande maioria dos estabelecimentos funciona de dia, de segunda à sexta (99%). Somente 12% abrem aos sábados e 1% aos domingos. O Sudeste é onde existe um percentual maior de bibliotecas que funcionam aos sábados (14%), seguido do Centro-Oeste (13%), Sul (12%), Norte (11%) e Nordeste (6%).

À noite, 24% dos estabelecimentos estão abertos. No Nordeste é onde está a maior parte das bibliotecas que funciona à noite (46%), seguida do Norte (28%), Centro-Oeste (21%), Sul (18%) e Sudeste (12%).

Quase metade das bibliotecas tem acesso à internet

A pesquisa da FGV revelou também que 45% das bibliotecas têm computadores com acesso à internet. O Sul concentra o maior percentual de estabelecimentos com acesso à internet (65%), enquanto o Norte tem o menor (20%). No entanto, em apenas 29% das BPMs do país os usuários têm acesso direto à internet. Mais uma vez o Sul lidera este item (45%), enquanto o Norte tem a menor quantidade (15%).

Maioria das BPMs desenvolve programação cultural

A maioria das BPMs oferecem alguma atividade cultural (56%). Entre os serviços prestados a seus usuários, o mais recorrente é a Hora do Conto – ocasião em são contadas histórias para as crianças e jovens. Este serviço é oferecido em 29% dos estabelecimentos. Já 25% promovem oficinas de leitura e 24% realizam roda de leitura.

Dirigentes das BPMs são mulheres e têm nível superior

O levantamento mostra que 84% dos dirigentes das bibliotecas são mulheres. Em Santa Catarina, Acre e no Rio Grande do Norte o índice chega a 90%, seguidos por Paraná (88%) e Pernambuco (87%). A maioria dos

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dirigentes tem nível superior (57%). O Acre é onde o grau de instrução é maior (80%) e o Amapá, a menor (27%).

Na média nacional, as BPMs têm 4,2 funcionários – o Nordeste tem o maior índice (5,7), seguido do Norte (4,5), Sudeste (4,1), Centro-Oeste (3,5) e Sul (3,0). O Distrito Federal é a unidade da federação com a maior quantidade de funcionários (8,1) e Santa Catarina é a que tem a menor (2,4).

Mais informações

Neila Baldi, assessora de Imprensa da Diretoria do Livro, Leitura e Literatura, do MinC, pelos telefones 61 2024 2628/30, 61 9104.3514, ou pelo email neila.baldi@cultura.gov.br

Marcelo Lucena, assessor de Imprensa do MinC, no telefone 61 2024 2407 ou pelo email Marcelo.Silva@cultura.gov.br

Susanna Scarlet, assessora de Imprensa do MinC, no telefone 61 2024 2407 ou pelo email Susanna.scarlet@cultura.gov.br

Rafael Ely, assessor de imprensa da Secretaria de Articulação Institucional/MinC, pelos telefones 61 2024-2325/2345 ou pelo email Rafael.ely@cultura.gov.br

Referências

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