GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL
REGISTRO DE FUNCIONÁRIOS E FIXAÇÃO DE SALÁRIOS
TIAGO MENDONÇA SCAVONE
U N I D A D E 0 2
Unidade 2 | Introdução
• Iremos ensinar sobre tomar decisões sobre as práticas
voltadas a Admissão do Empregado e oferecer estudos de
caso e exemplos práticos de empresas pequenas, médias e
de grande porte.
Unidade 2 | Apresentação
Nesta unidade você aprenderá :
• sobre as características dos valores que compõe os salários
• oferecer estudos de caso e exemplos práticos de empresas pequenas, médias e de grande porte.
Unidade 2 | Objetivos
• Entender os tipos, natureza jurídica e características dos documentos de admissão.
• Realizar os procedimentos de registro de empregado.
• Identificar formas alternativas de registro de funcionários.
• Identificar quais os salários fixos e variáveis mais utilizados e ainda se aprofundar no salário dos empregados.
Compreendendo sobre Admissão do empregado
• Veremos que a admissões trabalhistas englobam várias áreas, não somente ao administrativo
• Apresentaremos uma visão global das relações de trabalho proporcionando uma visão crítica e construtiva frente as novas formas de registro do empregado
• Além de conhecer sobre a importância da tecnologia.
Documentos de admissão
• Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS;
• Atestado de Saúde Ocupacional – ASO;
• Título de eleitor, para os maiores 18 de anos;
• Certificado de reservista ou de alistamento militar;
• Certidão de nascimento, casamento ou Carteira de Identidade – RG, conforme o caso;
• Cartão de Identificação do Contribuinte – CIC/CPF;
• Documento de Inscrição no PIS/PASEP – DIPIS - Programa de Integração
Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, ou anotação correspondente na CTPS;
• Cópia da certidão de nascimento de filhos menores de 14 anos, para fins de recebimento de salário-família;
• Cartão da Criança, que substitui a carteira de vacinação;
• Comprovante de endereço;
• fotos 3x4.
Documentos de admissão
• O registro na CTPS, em que são previstas obrigações adicionais ao empregado, com a função de estabelecer as regras da prestação de serviços.
Documentos de admissão
• Efetuar as anotações e devolvê-la no prazo máximo de 48 horas;
• Preencher o livro ou ficha de registro de empregados;
• Formalizar o contrato de trabalho e, caso haja cláusulas específicas que rejam o vínculo empregatício e registrá-la na CTPS;
• Preencher a ficha de salário família;
• Celebrar acordo coletivo com o sindicato da categoria;
• Preencher a declaração de dependentes para fins de Imposto de Renda;
• Preencher a ficha referente ao Programa Controle Médico de Saúde;
• Cadastramento no PIS;
• Incluir o nome do empregado no cadastro de Empregados e Desempregado – CAGED.
Documentos de admissão
"A empresa que receber Carteira de Trabalho e Previdência Social para anotar e a retiver por mais de 48 horas ficará sujeita à multa de valor igual à metade do salário- mínimo regional." (Artigo 53 da CLT).
• RECOMENDA-SE:
• RECIBO DE ENTREGA DE CARTEIRA PROFISSIONAL PARA ANOTAÇÕES
• COMPROVANTE DE DEVOLUÇÃO DA CARTEIRA PROFISSIONAL
Documentos de admissão
Durante o contrato de trabalho é necessária a realização de exames médicos:
• Admissional (antes do início das atividades, podendo ser geral, auricular, teste de visão, entre outros);
• Periódico (conforme laudo do médico do trabalho);
• Retorno de afastamento (doença ou acidente de trabalho);
• Mudança de função (dependendo da função, exames específicos);
• Qualquer tipo de dispensa (pedido de demissão ou dispensa com justa causa e sem justa causa).
Conhecendo a importância do Registro de Empregado
• Dados de identificação do funcionário;
• Dados da Carteira de Trabalho (CTPS);
• Cargo;
• Data de Admissão e Demissão;
• Salário e forma de pagamento;
• Local e horário de trabalho;
• Sobre férias;
• Banco para depósito do FGTS e número de cadastramento no PIS/PASEP.
• Registro no PIS e Relação da RAIS
Preenchimento da Carteira de Trabalho e Registro do Empregado
• Em qualquer sistema adotado pelo empregador, o registro de empregados, deverá ser sempre atualizado e numerado sequencialmente por estabelecimento, cabendo ao empregador ou seu representante legal a responsabilidade pela autenticidade das informações nele contidas.
• Portaria nº. 3.626/91 art. 2º, do Ministro do Trabalho e da Previdência Social.
a) Preenchimento do Contrato de Trabalho b) Alterações de Salários
c) Anotações Gerais d) Anotações de Férias
Preenchimento da Carteira de Trabalho e Registro do Empregado
Anotações Gerais: Como o próprio nome diz, esta página pode ser utilizada em algumas situações, como segue:
• Contrato de experiência (se existir);
• Contrato de inscrição no PIS;
• Contrato por prazo determinado;
• Afastamentos (exemplo: doenças, licença maternidade) entre outras;
• Contribuição Sindical
Conforme artigo 29, § 4º da CLT, não podem ser escritas situações desabonadoras na CTPS do empregado, sob pena de fiscalização do trabalho, como:
• Anotações de atestados médicos;
• Inserir justa causa;
• Informar o motivo do afastamento por auxílio-doença.
Legislação para Contratação de Estágio
• “A realização do estágio remunerado não acarretará vínculo empregatício de qualquer natureza”.
• O comprovante da inexistência de vínculo empregatício é a celebração do Termo de Responsabilidade, entre a concedente (empresa), interveniente (instituto de ensino) e o estagiário (estudante).
Legislação para Contratação de Trabalho Temporário
O Contrato de trabalho temporário é aquele que:
• por intermédio de empresa de trabalho temporário,
• o trabalhador presta serviço para uma determinada empresa (tomadora de serviço),
• visando atender a necessidade transitória de substituição de empregados de seu quadro regular
• e permanente, ou acréscimo extraordinário de serviço.
Legislação para Contratação de Trabalho Temporário
• O prazo inicial do contrato é de três meses, podendo ser prorrogado por uma única vez, por igual prazo, em relação ao mesmo trabalhador, desde que atendido os seguintes pressupostos:
a) Prestação de serviços destinados a atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente que exceda três meses; ou
b) Manutenção das circunstâncias que geraram o acréscimo extraordinário dos serviços e ensejaram a realização do contrato de trabalho temporário.
Legislação para Contratação de Trabalho Temporário
A empresa prestadora do serviço é a responsável por assegurar ao trabalhador temporário os direitos:
a) Remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora, calculados a base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional;
b) Jornada de oito horas;
c) Adicional de horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 50%.
d) Férias proporcionais, de 1/12 por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias, exceto em caso de justa causa e pedido de demissão.
e) Repouso semanal remunerado;
f) Adicional por trabalho noturno;
g) Seguro contra acidentes do trabalho;
h) Proteção previdenciária;
i) Depósitos do FGTS;
j) Anotação na CTPS da condição de trabalhador temporário.
Exigências legais do Livro de Inspeção, Quadro de Horário e CAGED
Todas as empresas sujeitas à inspeção do trabalho são obrigadas a possuir livro denominado “Inspeção do Trabalho”, para que nele seja registrada, pelo agente de inspeção, a visita ao estabelecimento, declarando no mesmo a data e a hora do início e término desta, assim como o resultado da inspeção.
(CLT Art. 628 § 1º e 2º)
Exigências legais do Livro de Inspeção, Quadro de Horário e CAGED
As empresas atualmente estão dispensadas do registro do livro nas Delegacias Regionais do Trabalho. As microempresas encontram-se desobrigados da manutenção do livro “Inspeção do Trabalho”.
Exigências legais do Livro de Inspeção, Quadro de Horário e CAGED
• CAGED – Cadastro Geral de Empregos e Desemprego
• Deve-se registrar os movimentos de empregados (admissão e desligamento) que devem informar ao Ministério do Trabalho, até o dia 07 (sete) do mês seguinte, os movimentos havidos no mês. (Lei 4.923-65)
• Por meio da Internet, utilizando-se o ACI (Aplicativo do GAGED Informatizado), disponível na página www.mte.gov.br.
Registro do Cartão Ponto
• É obrigatória a marcação do “Ponto”, para estabelecimento com mais de 20 (vinte) empregados, com a anotação da hora de entrada e saída, devendo ser assinalados os intervalos para intervalo.
• A marcação do ponto pode ser feita, mediante relógio de ponto, ou manuscrita em livro ou cartão-ponto, em registros:
• manuais,
• mecânicos ou
• eletrônicos.
Salários fixos e variáveis
Há pagamentos fixos como pagamentos variáveis, tais como:
• horas extras,
• horas noturnas,
• periculosidade,
• insalubridade,
• comissões, etc.
Piso Salarial e Categorias
O contrato de trabalho assinado, poderá ser estipulado uma forma de pagamento:
• por mês,
• por hora ou
• por dia
(Artigos 64 e 65 da CLT.)
Piso Salarial e Categorias
O valor de um salário fixo, que não poderá ser inferior ao salário estabelecido pela categoria em Convenção Coletiva de Trabalho, exceto se:
• Caso haja pagamento de outras verbas habituais, como comissões que são agregadas ao salário mínimo, o valor-piso;
• caso o serviço prestado seja realizado em período inferior à jornada legal.
Piso Salarial e Categorias
• O artigo 7° inciso V da Constituição Federal determina que:
• “Nenhum empregado pode receber menos que o valor do piso salarial, que é realizado pelas normas convencionais (acordos coletivos e convenções)”.
Há Estados, através de Leis Estaduais estabeleceram piso salarial para profissões não abrangidas por Sindicatos, como é o caso da doméstica. São eles:
• Rio de Janeiro,
• Rio Grande do Sul,
• Santa Catarina,
• São Paulo e o
• Paraná.
Periculosidade
As atividades ou operações perigosas, são aquelas que pelos métodos de trabalho ou natureza, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e tenham o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado, como:
• frentista de posto de combustível,
• operador em distribuidora de gás,
• produtos químicos,
• produtos elétricos, entre outros.
• O trabalho realizado em ambientes periculosos é assegurado ao colaborador um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. (§ 1º do art. 193 da CLT – NR16).
Insalubridade
• São consideradas operações ou atividades s insalubres aquelas que em condições ou métodos de trabalho, por sua natureza, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. (art. 189 e 193 da CLT – NR15).
• O perito do MTE - Ministério do Trabalho indicará o adicional devido, podendo ser, conforme art. 192 da CLT, de 10%, 20% ou de 40%, nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho.
Horas Extras
• A remuneração do serviço extra superior, no mínimo em cinquenta por cento ao horário normal, salvo convenção ou acordo coletivo de trabalho determinando valor maior que 50% (cinquenta por cento). (o artigo 7° inciso XVI)
• Todo trabalhador, maior de 18 (dezoito) anos, poderá ter seu horário de trabalho prorrogado de no máximo 2 (duas) horas diárias, mediante acordo entre empregado e empregador por escrito ou conforme contrato coletivo de trabalho.
• Como dispõe Súmula 264 do TST:
• “A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa”.
• Alguns exemplos de parcela salarial: adicional de periculosidade, insalubridade, adicional noturno, comissões, porcentagens, gratificações, abonos e diferenças de salário.
Horas Noturnas
• São consideradas operações ou atividades s insalubres aquelas que em condições ou métodos de trabalho, por sua natureza, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. (art. 189 e 193 da CLT – NR15).
• O adicional noturno é calculado sobre a remuneração da hora diurna, aplicando-se o percentual de 20% para trabalho urbano e 25% em trabalho rural
• Os percentuais acima estipulado são o mínimo estabelecido, mas a Convenção Coletiva da Categoria poderá indicar percentuais maiores, que deverão ser aplicados, pois no Direito do Trabalho, aplica-se à regra da norma mais benéfica ao empregado.
Conclusão
O administrador precisa saber que:
• O processos de admissão e registro do empregado
• O preenchimento da documentos e importância de conhecer a legislação para se prevenir de futuras reclamatórias trabalhistas.
• Salários e adicionais que fazem parte da remuneração do empregado, e seus cálculos necessários.
• Você deve ter aprendido que para poder estar alinhado ao mercado e ser um diferencial frente aos concorrentes analisar suas ações preventivas para verificar se está tendo um grande redução de possíveis custos desnecessários.