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Lignina é um bom preditor da resistência de espécies ao estresse hídrico?

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS

TAYSLA ROBERTA ALMEIDA DE LIMA

LIGNINA É UM BOM PREDITOR DA RESISTÊNCIA DE ESPÉCIES AO ESTRESSE HÍDRICO?

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TAYSLA ROBERTA ALMEIDA DE LIMA

LIGNINA É UM BOM PREDITOR DA RESISTÊNCIA DE ESPÉCIES AO ESTRESSE HÍDRICO?

Dissertação submetida à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais – PPGERN da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ecologia e Recursos Naturais.

Área de Concentração: Ecologia e Recursos Naturais

Orientadora: Profª. Drª. Francisca Soares de Araújo Co-orientadores: Prof. Dr. Fernando Roberto Martins/UNICAMP Profa. Dra. Jullyana Cristina Magalhães Silva Moura Sobczak /UNILAB

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Agradecimentos

Agradeço a Deus pelo dom da vida, e por me dar forças todos os dias para concluir essa etapa da minha vida.

A minha família que sempre me apoiou e em especial a minha mãe Nazaré Almeida, pelo amor, dedicação e grande incentivo aos estudos. Ao meu companheiro Felipe Macêdo, pelo amor e compreensão.

A minha orientadora professora Francisca Soares de Araújo, pela orientação, dedicação, incentivo, paciência, por sempre estar presente e disposta a ajudar, e aos ensinamentos da vida acadêmica.

Aos meus co-orientadores Prof. Dr. Fernando Roberto Martins e Profa. Dra. Jullyana Cristina Magalhães Silva Moura Sobczak e ao Prof. Dr. Rafael Oliveira pela colaboração da realização desse trabalho.

Ao professor Enéas Gomes Filho do departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, pelos ensinamentos e por disponibilizar o laboratório de Fisiologia Vegetal para a realização das análises da lignina.

A prof. Dra. Arlete Aparecida Soares do departamento de Biologia, por disponibilizar o laboratório de Anatomia Vegetal para a realização das análises. Ao prof. Dr Rafael Oliveira pela colaboração e ensinamentos.

Agradeço a Rafael Miranda por todo o ensinamento laboratorial, o qual esteve presente durante todas as análises, e pela enorme paciência.

A todos os colegas que fazem parte do laboratório de Fitogeografia, que sempre estiveram dispostos a ajudar, em especial a Ellen Dantas, Bruno Menezes, a Clemir Oliveira e George Tabatinga pela ajuda no campo.

A minha família de coração, pois sempre estiveram presente nos momentos que mais precisei; Dayse Teixeira, Monna Ramalho, Gustavo Nobre, Joemilia Macêdo e Joalana Macêdo.

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Resumo

Espécies de plantas de clima tropical sazonalmente resistem à seca por tolerância ou evitação, mantendo ou perdendo folhas, respectivamente. Atributos da madeira estão relacionados à resistência à seca e a lignina é um dos principais componentes da madeira. Investigamos se a lignina está relacionada ao tempo de retenção foliar (LR). Selecionamos 22 espécies, determinamos o teor de lignina do caule pelo ácido tioglicólico e quantificamos os monômeros guaiacil (G) e siringil (S) by thioacidolysis e GC-MS analysis. Dentre as espécies, selecionamos 15 espécies para medir a vulnerabilidade ao embolismo pelo método pneumático. Incluímos medidas da densidade da madeira, saturação de água no caule e potencial hídrico do caule na estação seca, publicadas por outros autores. Nossas análises mostraram haver duas maneiras de sobreviver à seca. Um pequeno grupo de espécies, para as quais a lignina parece não ter importância, armazena água no caule e perde folhas logo no final da estação chuvosa. Um grande grupo de espécies, que vão desde decíduas precoces até sempre verdes, retêm folhas na estação seca por tempos cada vez mais longos quanto maior a razão S/G. Maiores valores da razão S/G permitem maior LR por diminuir a vulnerabilidade ao embolismo.

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Abstract

Tropical plant species resist seasonal drought by avoidance or tolerance, keeping or losing leaves, respectively. Since drought resistance is influenced by wood attributes and lignin is a major component of wood, we investigated whether lignin is related to foliar retention time (LR). We selected 22 species, determined the stem lignin content by thioglycolic acid and quantified guaiacyl (G) and syringyl (S) monomers by thioacidolysis and GC-MS analysis. Among these species, we selected 15 species to measure vulnerability to embolism by pneumatic method. In our analyses, were considered measures of wood density, stem water saturation and stem water potential in the dry season, published by other authors. Our analyses showed that there are two ways of surviving drought. A small group of species, for which the lignin does not seem to matter, stores water in the stem and loses leaves right at the end of the rainy season. A large group of species, from early deciduous to evergreens, retains leaves in the dry season for increasingly longer periods the higher the S/G ratio is. Higher values of the S/G ratio allow greater LR by reducing vulnerability to embolism.

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Lista de figuras

Figura 1. Diagrama climático de Walter e Lieth (clima normal). Estação meteorológica da fazenda Experimental do Vale do Curu, município de Pentecoste, estado do Ceará, Brasil...14

Figura 2. Climatograma de Walter e Lieth do ano da coleta de dados. Estação meteorológica da Fazenda Experimental do Vale do Curu, município de Pentecoste, estado do Ceará, Brasil...15

Figura 3. Análise de componentes principais com lignina, S/G, guaiacil (G), densidade da madeira (WD) e potencial hídrico do caule na estação seca (Ψ dry

season) de espécies sempre verdes (EG), decíduas tardias (LD) e decíduas precoces (ED). Os números se referem às espécies da tabela 1...22

Figura 4. Análise de componentes principais para 15 espécies, com lignina, S/G, guaiacil (G), densidade da madeira (WD), potencial hídrico na estação seca (Ψ dry

season) e potencial com perda de 50% da condutividade (Ψ50). Espécies sempre verdes (EG), decíduas tardias (LD) e decíduas precoces (ED). Os números se referem às espécies da tabela 1...23

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Lista de tabelas

Tabela 1. Espécies analisadas com as classificações da fenodinâmica foliar, tempo de retenção foliar, LR (meses), densidade da madeira, WD (g cm−3), saturação de

água no caule, QWsat (%), potencial hídrico do caule na estação seca, Ψ Dry

season (Ψ-MPa), teor de lignina (µg mg-1 dry wt), siringil, S (µmol g-1 dry wt),

guaiacil, G (µmol g-1 dry wt), a razão S/G, valores da perda de 50% da

condutividade, Ψ50 e margem de segurança, Safety margins Ψ50. *dados Oliveira et al. (2015)...20

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Sumário

Introdução...10

Material e métodos...13

Área de estudo...13

Preparo do material vegetal para análise do teor e da composição da lignina...15

Dosagem de lignina pelo método do ácido tioglicólico...16

Análise da composição monomérica da lignina...16

Cromatografia gasosa com espectrometria de massas (GC-MS)...17

Vulnerabilidade ao embolismo...18

Análise de dados...18

Resultados...19

Discussão...24

Considerações finais...28

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10 Introdução

Durante a estação seca em clima tropical sazonalmente seco, onde a disponibilidade de água é periódica, o déficit hídrico pode ocasionar estresse hídrico nas plantas, e esse estresse pode gerar um aumento na tensão no xilema e consequentemente a possibilidade de falha no transporte de água pela formação de bolhas no xilema (Lens et al., 2013). A diminuição do transporte de água por embolismo altera o estado hídrico da planta e pode diminuir as taxas de crescimento e sobrevivência (Sperry; Tyree, 1988). Plantas de clima tropical sazonalmente seco apresentam estratégias de sobrevivência que variam desde a evitação até tolerância ao estresse hídrico (Markesteijn; Poorter 2009). A tolerância à seca pode ser definida como a capacidade de a espécie sobreviver à dessecação mediante ajustes metabólicos, mas esses ajustes podem levar a uma diminuição do crescimento e da aptidão (Engelbrecht; Kursar, 2003; Larcher, 2003). Espécies tolerantes apresentam maior resistência ao embolismo o que permite manter o transporte de água sob altas tensões, as trocas gasosas e sobrevivência celular com baixo conteúdo de água (Engelbrecht; Kursar, 2003, Tyree et al., 2003). A evitação do estresse hídrico envolve características que aumentam o acesso à água e reduzem a perda de água, que incluem raízes profundas, o precoce fechamento dos estômatos, a baixa condutância cuticular, o armazenamento de água, ajustes osmóticos, e a queda das folhas na estação seca (Tyree et al., 2003).

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11 desencadeada pela disponibilidade hídrica (Bullock; Solís-Magallanes, 1990; Justiniano; Fredericksen, 2000; Riveira; Borchert, 2001; Borchert et al., 2002; Russo et al., 2010; Kushwaha et al., 2011; Lima et al., 2012; Oliveira et al., 2015). Porém, segundo esses autores, espécies de baixa densidade de madeira podem brotar durante a estação seca, utilizando a água armazenada na madeira. Portanto, características da madeira são importantes tanto nas estratégias de tolerância quanto nas de evitação.

A madeira é composta por três polímeros estruturais: celulose, hemicelulose e lignina (Stephen et al., 1987), tendo a lignina um papel fundamental nas relações hídricas das plantas (Herbette et al., 2014), pois há indícios de que o teor e a composição da lignina estão relacionados à maior resistência ao estresse hídrico (Fan et al., 2006; Yoshimura et al., 2008; Moura et al., 2010). Lignina é um composto fenólico polimérico, amorfo e tridimensional (Sun et al., 2010), que se deposita principalmente nas paredes celulares secundárias de tecidos vegetais envolvidos no suporte mecânico e na condução de água (Baucher et al., 1998), encontrado em determinados tipos de células especialmente nas paredes celulares espessas secundárias de elementos traqueais e fibras (Baucher et al., 1998; Fromm et al., 2003; Awad et al., 2012; Li et al 2014). Sua deposição nas paredes celulares aumenta a rigidez, a impermeabilidade à água e, consequentemente, é importante na condução de água pelo xilema, no suporte mecânico e na proteção contra patógenos (Pilate et al., 2012). A lignina aumenta a rigidez da parede celular por sua característica mais hidrofóbica, mantendo as microfibrilas de celulose desidratadas e mais resistentes (Niklas, 1992). Por ser hidrofóbica, a lignina reduz a permeabilidade das paredes e a porosidade das células (Edwards; Axe, 2000). Essa rigidez e relativa impermeabilidade permite o transporte de água sob altas tensões sem que ocorra a implosão dos vasos e ainda permite relativa resistência à formação de embolia (Hacke et al., 2006)

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12 predominantemente nas fibras, ao passo que o guaiacil se deposita em maior quantidade nos elementos de vaso (Voelker et al., 2011). Angiospermas tropicais têm teores médios de lignina maiores que angiospermas de clima temperado e próximos dos encontrados nas gimnospermas (Albuquerque et al., 1995). Gimnospermas de clima temperado possuem os maiores teores de lignina (Telmo; Lousada, 2011).

Estudos indicam que a biossíntese de lignina pode ser alterada por estresse hídrico (Vincent et al., 2005; Fan et al., 2006; Bok-Rye et al., 2007; Yoshimura et al., 2008; Sobczak, 2013). Por exemplo, a deposição de lignina pode aumentar sob estresse hídrico (Fan et al. 2006), e alguns estudos têm mostrado o importante papel da lignina no transporte de água e resistência à embolia (Voekler et al., 2011; Herbette et al., 2014). A resistência à embolia está relacionada com o tipo de estratégia de sobrevivência à seca e, em consequência, com o tempo de retenção das folhas nas árvores (Choat et al., 2005).

A resistência à embolia também está relacionada com a densidade da madeira, que por sua vez, a densidade da madeira está inversamente relacionada à quantidade de água no caule e ao potencial hídrico do caule, que permitem à planta sobreviver à estação seca (Oliveira et al., 2015). Portanto, diante de todas essas relações de atributos da madeira, nós investigamos a hipótese de que o teor e a composição da lignina determinam o tempo durante o qual diferentes espécies de árvores retêm suas folhas em clima tropical estacionalmente seco. A partir dessa hipótese fazemos as seguintes predições.

1) O teor e a composição monomérica da lignina estão diretamente relacionados ao tempo durante o qual espécies arbóreas retêm suas folhas na estação seca.

2) À medida que o tempo de retenção das folhas aumenta, a composição da lignina se altera.

3) O teor e a composição monomérica da lignina influenciam na resistência ao embolismo do xilema.

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13 Material e métodos

Área de estudo

A zona tropical semiárida do Nordeste brasileiro ocupa uma área de 800.000 km2 com alta imprevisibilidade de chuva e sua concentração em um único período

de três a cinco meses no ano. A média de precipitação total anual é de 775 mm, com um coeficiente de variação de 30% (Minter, 1984). Ocupando 70% da região Nordeste, ocorre a Savana-Estépica, popularmente chamada de Caatinga (Veloso et al., 2012), geralmente abaixo de 650 m de altitude (Castelletti et al., 2003). A longa estação seca, chuvas concentradas em poucos meses e espacialmente heterogêneas e as altas temperaturas provocam uma evapotranspiração que atinge o dobro da precipitação (Nimer, 1989), provocando estresse hídrico nas plantas, que se reflete em seu funcionamento (Mooney et al., 1995; Silveira et al., 2013).

Selecionamos 22 espécies de árvores e arbustos (Tabela 1) na Fazenda Experimental Vale do Curu em uma savana-estépica nas coordenadas 3°47’S e

39°16 W, no município de Pentecoste estado do Ceará, nordeste do Brasil. Selecionamos as mesmas espécies estudadas por Oliveira et al. (2015), que mediram a densidade da madeira (WD, g/cm-3), a saturação de água no caule (QWsat, %) e o potencial hídrico do caule na estação seca (Ψ dry season, Ψ – MPa) segundo o método de Borchert (1994) e relacionaram essas variáveis à fenodinâmica foliar dessas espécies. A fenodinâmica foliar foi realizada conforme o método proposto por Fournier (1974).

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Figura 1. Diagrama climático de Walter e Lieth (clima normal). Estação meteorológica da

fazenda Experimental do Vale do Curu, município de Pentecoste, estado do Ceará, Brasil.

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Figura 2. Climatograma de Walter e Lieth do ano da coleta de dados. Estação

meteorológica da Fazenda Experimental do Vale do Curu, município de Pentecoste, estado do Ceará, Brasil.

Preparo do material vegetal para análise do teor e da composição da lignina

Para cada espécie selecionamos três indivíduos adultos reprodutivos com diâmetro do caule no nível do solo igual ou maior que 3 cm. De cada indivíduo coletamos três ramos adultos. De cada ramo retiramos um segmento de 10 cm de comprimento a partir do ápice caulinar.

Cada amostra de caule foi etiquetada com o nome da espécie e número do indivíduo, imediatamente congelada em N2 líquido e armazenada em freezer a -70

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16 deionizada. A mistura foi centrifugada a 12.000 rpm por 15 min e o precipitado

colocado para secar em estufa a 65ºC “overnight”. O precipitado seco foi utilizado

para as análises de teor de lignina por ácido tioglicólico e para extração de ligninas por tioacidólise.

Dosagem de lignina pelo método do Ácido Tioglicólico

O método do ácido tioglicólico envolve a formação de tioéteres do álcool benzílico, grupos tipicamente encontrados na lignina (Hatfield; Fukushima, 2005). Esse método causa pouca interferência nas amostras, mas o teor de lignina deve ser determinado a partir de uma amostra livre de extrativos (Sarkanen, 1975). Seguindo Barber; Ride (1988), colocamos 15 mg de material macerado (preparado conforme descrito anteriormente) de cada amostra em tubos de ensaio, e adicionamos 1 ml de ácido clorídrico (HCl) 2N e 0,2 ml de ácido tioglicólico. Após homogeneização, a solução foi mantida em banho-maria a 98ºC por 4 horas. Em seguida, o tubo foi resfriado em gelo e centrifugado a 12.000 rpm por 10 min, sendo descartado o sobrenadante. O precipitado (lignina insolúvel em ácido tioglicólico) foi lavado com 1,5 ml de água destilada e novamente centrifugado a 12.000 rpm por 10 min, e novamente o sobrenadante foi descartado. O precipitado foi solubilizado em

1,5 ml de hidróxido de sódio (NaOH) 0,5N e deixado “overnight” sob agitação a 150

rpm na temperatura ambiente, para posterior centrifugação (12.000 rpm por 10 min). O sobrenadante (lignina solubilizada em NaOH) foi transferido para um novo tubo, ao qual foram adicionados 200 µl de HCl concentrado. O tubo foi colocado em uma câmara fria a 4ºC, durante 4 horas. A adição de HCl permitiu uma nova precipitação da lignina insolúvel em ácido, processo que foi complementado por centrifugação (12.000 rpm por 10 min). Após a centrifugação, foi descartado o sobrenadante e feita solubilização do precipitado em 2 ml de NaOH 0,5N.

A lignina extraída pelo método do ácido tioglicólico teve sua absorbância lida em 280 nm, e sua concentração foi determinada por comparação com o padrão lignin alkali, 2-hydroxypropyl ether (Sigma-Aldrich). Os valores de lignina foram expressos em µg/mg de massa seca do tecido caulinar.

Análise da composição monomérica da lignina

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17 al., 2012). Este método extrai a lignina degradando-a por quebra seletiva das ligações β-O-4 e permite a quantificação específica dos monômeros envolvidos nessas ligações. A tioacidólise foi realizada segundo Lapierre et al. (1999) com algumas modificações em Sobczak (2013). Em tubo de ensaio com tampa rosqueada revestida com teflon, foram adicionados 10 ml de trifluoreto de boro eterato (BF3 eterato) / etanotiol (EtSH) / dioxano (2,5:10:87,5 ; v/v/v) a 15 mg de material macerado preparado como descrito anteriormente. O tubo foi incubado a 100°C (banho de glicerina) por 4 horas. Após o resfriamento, o volume da reação foi diluído com 30 ml de água deionizada e o pH ajustado para 4 com solução aquosa de 0,4 M de bicarbonato de sódio (NaHCO3). A mistura da reação foi extraída três

vezes com 30 ml de diclorometano (CH2Cl2). Para retirar a água presente, a este

extrato foi acrescentado sulfato de sódio anidro. Em seguida, realizamos a filtragem destas soluções com filtros de papel. Os filtrados foram colocados para secar

“overnight” no fluxo de uma capela, sob temperatura ambiente. O resíduo final foi ressuspendido em 0,2 ml de CH2Cl2. Em seguida retirou-se 20 µl de cada amostra e

foram adicionados 50 µl de N,O-bis (trimetilsilil) trifluoroacetamida e 10 µl de piridina, por 1 hora em temperatura ambiente. O produto desta reação foi analisado por cromatografia gasosa com espectrometria de massas (GC-MS).

Cromatografia Gasosa com Espectrometria de Massas (GC-MS)

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18 padrões de alcoóis coniferílico e sinapílico (Sigma-Aldrich) e comparados com espectros de referência previamente descritos na literatura (Rolando et al., 1992). Para a construção das curvas de calibração nos baseamos no método da calibração externa usando padrões comerciais dos monômeros de lignina.

Vulnerabilidade ao embolismo

Estimamos o potencial hídrico que induz perda de 50% (Ψ50) da condutância hidráulica do xilema com um aparelho pneumático (Pereira et al., 2015 submetido). O método pneumático foi escolhido por ser de fácil aplicação em condições de campo e possibilitar medir rapidamente uma grande quantidade de espécies. O aparato pneumático consiste de um vacuômetro conectado a um sistema de tubos e válvulas que permite aplicar uma tensão de vácuo com o uso de uma seringa, quando conectado à base de um ramo cortado. A tensão de vácuo é aplicada por 2,5 min e parte do ar contido dentro do ramo é extraído (ar descarregado, AD), reduzindo a tensão dentro dos tubos. A partir da equação de gases ideais é possível calcular o conteúdo extraído. Obtendo-se os conteúdos de AD mínimos, nos ramos hidratados, e máximo, nos ramos desidratados, é possível calcular a porcentagem de ar descarregado (PAD). Os valores foram ajustados seguindo a função logística: PAD = 100/(1 + exp(0.25 S (Ψx–Ψ50))

Onde Ψ50 é o Ψx quando PAD é igual a 50% e S é a inclinação da curva.

Porém, só foi possível medir a vulnerabilidade hidráulica em 15 espécies dentre as 22 selecionadas, pois a coleta foi realizada no final da estação chuvosa, e algumas espécies estavam perdendo folha. As medições de vulnerabilidade foram feitas em espécies sempre verdes, decíduas tardias e decíduas precoces.

Calculamos uma margem de segurança hidráulica de Ψ50 que foi definida como a

diferença entre Ψ na estação seca e Ψ50, onde quanto menor o valor dessa margem de segurança, maior o risco de falha hidráulica em comparação com uma margem de segurança mais elevada, segundo Choat et al. (2005).

Análise dos dados

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19 Shapiro), e o coeficiente de correlação de Spearman quando a distribuição não era normal. Adotamos o nível de significância menor que 0,05. Após esse procedimento,

retiramos uma variável de cada par com r ≥ 0.7, por serem colineares (Dormann et al., 2013). A seguir, aplicamos uma análise de componentes principais (PCA) como análise exploratória e indicativa de potenciais relações das espécies com as variáveis.

Então, realizamos uma análise de regressão múltipla com as variáveis não colineares, usando o tempo de retenção das folhas (LR) em meses como variável resposta e teor de lignina total, teor de guaiacil (G), razão entre siringil e guaiacil (S/G), densidade da madeira (WD), saturação de água no caule (QWsat) e potencial hídrico do caule na estação seca (Ψ Dry season) como variáveis fatores. Construído

o modelo completo, aplicamos o procedimento backward para selecionar o modelo mínimo. Testamos a normalidade dos resíduos com o teste de Shapiro e a homocedasticidade com o teste de Fligner. Todas as análises estatísticas foram realizadas no ambiente R (R Development Core Team, 2011).

Resultados

Nas 22 espécies analisadas, o teor de lignina caulinar variou de 5.81 µg/ mg-1 (0,58%) a 135.83 µg/mg-1 (13,58%) de massa seca (Tabela 1). As espécies com os maiores teores de lignina foram: Ximenia americana (135.83 µg/mg-1), Aspidosperma pyrifolium (112.55 µg/mg-1), ambas decíduas tardias, e Ziziphus joazeiro (132.94 µg/mg-1), sempre verde. As espécies com os menores teores de lignina foram Helicteres heptandra (5.88 µg/mg-1) e Cochlospermum vitifolium (5.81 µg/mg-1) ambas decíduas precoces.

A razão S/G no caule das espécies analisadas variou de 0.38 a 1.10 (Tabela 1). As espécies apresentaram, em média, maior quantidade de G do que de S (t= -2.1542 p < 0.05) (Tabela 1). Nas espécies sempre verdes (Zizyphus joazeiro, Piptadenia viridiflora e Cynophalla flexuosa), S/G foi igual ou maior que 1; nas demais espécies, foi menor que 1 (Tabela 1).

Nas 15 espécies selecionadas, a vulnerabilidade hidráulica do xilema Ψ50

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Tabela 1. Espécies analisadas com as classificações da fenodinâmica foliar, tempo de retenção foliar, LR (meses), densidade da madeira, WD

(g cm−3), saturação de água no caule, QWsat (%), potencial hídrico do caule na estação seca, Ψ Dry season (Ψ-MPa), teor de lignina (µg/mg-1 dry wt), siringil, S (µmol g-1 dry wt), guaiacil, G (µmol g-1 dry wt), a razão S/G, valores da perda de 50% da condutividade, Ψ

50 e margem de segurança, Safety margins Ψ50. *dados Oliveira et al. (2015).

Espécie Nº *Fenodiânmica

foliar *LR *WD *QWsat season *Ψ Dry Lignin S G S/G Ψ50 margins Safety

Ψ50

Ziziphus joazeiro Mart. 1 Sempre verde 12 0.55 85 -2.7 132.94 36.92 34.58 1.1 -3.39 0.69

Cynophalla flexuosa (L.) J. Presl 2 Sempre verde 12 0.56 79 -2.4 27.62 67.31 62.71 1.11 -4.46 2.06

Piptadenia viridiflora (Kunth) Benth. 3 Sempre verde 12 0.59 69 -3.2 34.7 141.86 139.11 1.08 -3.54 0.34

Libidibia ferrea (Mar. ex Tul.) L.P. Queiroz 4 Decídua tardia 10 0.65 55 -3.3 29.35 55.03 65.22 0.86 -3.47 0.17

Ximenia americana L. 5 Decídua tardia 10 0.58 74 -7 135.83 27.41 48.54 0.93 --- ---

Anadenanthera colubrina (Griseb.) Altschul 6 Decídua tardia 9 0.61 64 -7.3 94.11 64.23 83.41 0.8 -4.94 -2.36

Combretum leprosum Mart. 7 Decídua tardia 7 0.55 83 -4.5 35.06 126.07 175.4 0.72 -4.17 -0.33

Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke 8 Decídua tardia 7 0.57 76 -5.5 98.65 60.28 94.97 0.63 -2.17 -3.33

Aspidosperma pyrifolium Mart. 9 Decídua tardia 7 0.65 55 -6.5 112.55 50.68 55.39 0.95 -3.06 -3.44

Poincianella bracteosa (Tul.) L.P. Queiroz 10 Decídua precoce 6 0.65 54 -5.4 70.74 30.94 51.79 0.61 --- ---

Lafoensia pacari St. Hil. 11 Decídua precoce 5 0.62 62 -7.1 37.89 156.73 209.97 0.77 -3.6 -3.5

Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm. 12 Decídua precoce 5 0.46 118 -1.2 57.53 94.14 113.3 0.83 -2.3 1.1

Bauhinia cheilantha (Bong.) D. Dietr. 13 Decídua precoce 5 0.67 50 -8 90.01 60.78 96.82 0.61 --- ---

Cordia oncocalyx Allemão 14 Decídua precoce 5 0.55 83 -7.5 60.1 23.7 57.74 0.41 -1.66 -5.84

Helicteres heptandra L.B. Sm. 15 Decídua precoce 4 0.57 75 -8.3 5.88 48.66 86.71 0.56 --- ---

Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B. Gillett 16 Decídua precoce 4 0.30 236 -1.5 26.81 37.03 69.16 0.53 --- ---

Sebastiana macrocarpa Müll. Arg. 17 Decídua precoce 4 0.62 61 -6.8 17.48 79.45 99.30 0.83 --- ---

Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. exSteud. 18 Decídua precoce 4 0.55 82 -8 35.88 120.99 189.04 0.65 --- ---

Croton blanchetianus Baill. 19 Decídua precoce 4 0.62 61 -8.3 46.84 13.86 25.82 0.46 -3.89 -4.49

Mimosa caesalpiniifolia Benth. 20 Decídua precoce 4 0.65 54 -8.2 123.05 21.18 36.67 0.55 -1.46 -6.74

Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng. 21 Decídua precoce 3 0.20 416 -1.2 5.81 43.14 47.68 0.52 -1.05 -0.15

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21 Na análise de correlação entre as variáveis (Tabela 2), o teor total de lignina não apresentou correlação com nenhuma variável. As demais variáveis formaram dois grupos de correlações: um envolvendo os monômeros de lignina, a vulnerabilidade ao embolismo e o tempo de retenção foliar; outro, envolvendo as características da madeira e a margem de segurança do xilema. O teor de guaiacil correlacionou-se positivamente com o teor de siringil e negativamente com Ψ50. O teor de siringil correlacionou-se positivamente com S/G. A razão S/G foi positivamente correlacionada com o tempo de retenção foliar e negativamente com

Ψ50. Isso significa que quanto maiores os teores de S e a razão S/G mais baixos são os potenciais de vulnerabilidade e maior o tempo de retenção foliar. A densidade da madeira foi negativamente correlacionada com a saturação de água no caule, com o potencial hídrico do caule na estação seca e com a margem de segurança do xilema. Por sua vez, a saturação de água no caule e seu potencial hídrico do caule na seca correlacionaram-se positivamente.

Tabela 2. Correlação entre lignina, siringil (S), guaiacil (G), razão S/G do caule, densidade da

madeira (WD), saturação de água no caule (QWsat), potencial hídrico do caule na estação seca (Ψ Dry season ), tempo de retenção foliar em meses (LR), potencial hídrico com perda de 50% (Ψ50) da condutividade no xilema e margem de segurança (Safety margins Ψ50). *Valores significativos com * p < 0.05, ** p < 0.01, *** p < 0.001.

Lignin G S S/G WD QWsat Ψ Dry season LR Ψ50

Lignin

G -0.342

S -0.289 0.749***

S/G 0.203 0.04 0.513*

WD 0.367 -0.167 -0.011 0.219

QWsat -0.344 0.16 0.024 -0.171 -0.994***

Ψ Dry season -0.299 0.131 0.158 0.22 -0.553* 0.59**

LR 0.408 -0.115 0.271 0.807*** 0.247 -0.19 0.16

Ψ50 -0.071 -0.468 -0.754** -0.636* -0.205 0.159 0.013 -0.723**

Safety margins -0.346 0.321 0.375 0.439 -0.626* 0.676* 0.924*** 0.318 -0.221

(23)

22 relações são reforçadas pela correlação positiva entre o potencial hídrico do caule na estação seca e a margem de segurança do xilema.

Considerando o total das 22 espécies o primeiro e o segundo componentes da PCA, representados pelos eixos 1 e 2, explicaram 41% e 24% da variação da distribuição das espécies, respectivamente (Figura 3).

Figura 3. Análise de componentes principais com lignina, S/G, guaiacil (G), densidade da madeira (WD) e potencial hídrico do caule na estação seca (Ψ dry season) de espécies

sempre verdes (EG), decíduas tardias (LD) e decíduas precoces (ED). Os números se referem às espécies da tabela 1.

O primeiro eixo da PCA opôs Ψ Dry season a WD, confirmando a correlação

(24)

23 significando que os valores de todas as variáveis variam continuamente e se sobrepõem entre essas espécies.

Considerando as 15 espécies com os valores de Ψ50, o primeiro e o segundo componentes da PCA, representados pelos eixos 1 e 2, explicaram 38% e 31% respectivamente, da variação do tempo de retenção foliar (Figura 4).

Figura 4. Análise de componentes principais para 15 espécies, com lignina, S/G, guaiacil

(G), densidade da madeira (WD), potencial hídrico na estação seca (Ψ dry season) e potencial com perda de 50% da condutividade (Ψ50). Espécies sempre verdes (EG), decíduas tardias (LD) e decíduas precoces (ED). Os números se referem às espécies da tabela 1.

(25)

24 dessa PCA são coerentes com os resultados da PCA considerando as 22 espécies (Figura 3).

O modelo mínimo da regressão múltipla considerando as 22 espécies reteve apenas a razão S/G: LR = 11,63 S/G (r2= 0.71, p < 0.001, F = 50.27). Esse modelo indica que quanto maior a razão S/G, maior o tempo de retenção foliar (Figura 5). A razão S/G foi também à única variável retida no modelo mínimo considerando as 15 espécies com valores de Ψ50, LR = 11,52 S/G (R2 = 0.76, p < 0.001, F = 42.57).

Figura 5. Análise de regressão linear entre retenção foliar (número de meses de

permanência das folhas na árvore) e a razão S/G. Sempre verde (EG), decíduas tardias (LD) e decíduas precoces (ED).

Discussão

(26)

25

Ψ50 e Ψ88 que foram muito similares aos obtidos pelo método hidráulico tradicional. Investigando espécies de florestas secas na Austrália pelo método hidráulico, Choat

et al. (2005) encontraram valores de Ψ50 = -5.0 MPa para espécies sempre verdes e

Ψ50 entre -1.4 MPa e -3.1 MPa para espécies decíduas. Nossos valores entre –

2.17 MPa e – 4. 94 MPa para espécies sempre verdes e decíduas tardias e entre –

1.05 MPa e – 3.89 MPa para decíduas precoces aproximam-se dos obtidos por Choat et al. (2005).

As espécies que investigamos apresentaram variado teor de lignina total, que são bem mais baixos que os encontrados por Albuquerque et al. (1995) em árvores angiospermas pelo método de Klason. Provavelmente, os valores mais baixos que obtivemos decorem do método do ácido tioglicólico, que sabidamente fornece valores bem menores que outros métodos (Brinkmann et al., 2002; Moreira-Vilar et al., 2014). Brinkmann et al. (2002) obtiveram teores de lignina total dosados pelo método acetilbromida que foram 2.58 vezes maiores que os dosados pelo ácido tioglicólico. Não conhecemos outros estudos que dosaram teor de lignina total em caule de plantas da Caatinga, e é possível que espécies arbóreas da Caatinga realmente tenham baixos teores de lignina total.

O teor de lignina não se correlacionou com nenhuma das variáveis investigadas. O teor de lignina das espécies da Caatinga não apresentou correlação com a composição monomérica, tal como observado por Wallis et al. (1996) para Eucalyptus globulus, provavelmente porque os teores de lignina não são afetados pelos monômeros que a compõem (Lapierre et al., 1999). A lignina é o segundo composto mais abundante da madeira, mas não encontramos correlação significativa do teor de lignina com a densidade da madeira, assim como observado por Soares et al. (2014) em híbridos de Eucalyptus.

(27)

26 trabalhamos é muito baixa e, tal como espécies de Cactaceae, nossas espécies ocorrem em clima com forte deficiência hídrica anual. Assim, é possível que espécies de baixa latitude em ambientes áridos e semiáridos tenham como características uma baixa razão S/G.

A forte correlação positiva entre a razão S/G e o teor de S indica que esse monômero é o principal determinante da variação dessa razão. A forte correlação negativa do teor de S com a variação da vulnerabilidade ao embolismo entre as espécies indica que quanto maior o teor de S menor a vulnerabilidade da espécie. Realmente, a vulnerabilidade ao embolismo mostrou uma correlação negativa mais forte com o teor de S do que com a razão S/G. A variação da razão S/G está fortemente correlacionada com variações estruturais da lignina (Akiyama et al., 2005; Santos et al., 2012). Além disso, o monômero S deposita-se principalmente na parede secundária das fibras (Voelker et al., 2011) e forma um polímero mais resistente porém flexível em relação ao polímero enriquecido por unidades G, mais rígido e hidrofóbico (Koehler; Telewski, 2006; Bonawittz; Chapple, 2010). As fibras em torno dos vasos podem desempenhar um papel na resistência ao embolismo (Hacke et al., 2001; Jacobsen et al., 2005), possivelmente aumentando a resistência dos vasos quando submetidos à grandes tensões e evitando a formação de micro-fraturas nas paredes dos vasos (Jacobsen et al., 2005). Possivelmente essas propriedades de S explicam por que a razão S/G correlacionou-se fortemente e positivamente com o tempo de retenção foliar. De fato, as espécies sempre verdes e decíduas tardias que estudamos apresentaram maior resistência ao embolismo, corroborando Choat et al. (2005).

(28)

27 maior teor de água no caule pode explicar as maiores margens de segurança que observamos nessas espécies. A QWsat esteve negativamente correlacionada com a WD das espécies que estudamos, um resultado esperado, pois espécies com alta WD têm baixa capacidade de armazenamento de água (Meinzer et al., 2008). Da mesma forma que Hoffmann et al. (2011), também observamos que WD correlacionou-se negativamente com a margem de segurança.

Quando analisamos o tempo de retenção foliar das espécies que estudamos em relação a todos os atributos da madeira, encontramos que na maior parte das espécies a variação do teor de lignina, dos seus monômeros, da razão S/G e das outras variáveis foi contínua, de modo que apenas um grupo de poucas espécies (Commiphora leptophloeos, Cochlospermum vitifolium e Manihot carthaginensis) se isolou das demais. Esse grupo de espécies apresentou os valores mais baixos de densidade da madeira e de potencial hídrico na seca e os valores mais altos de saturação de água no caule. Essas características indicam que essas espécies armazenam água no caule e conseguem sobreviver na estação seca. Amburana cearensis ocupou uma posição intermediária entre esse grupo de espécies e as demais que formaram um gradiente desde as decíduas precoces até as sempre verdes. Portanto, o grupo das espécies decíduas precoces pode resistir à estação seca de duas maneiras, ou armazenando água no caule ou tendo teores de lignina total semelhantes aos das sempre verdes. Para as demais espécies, ao redor de 71-76% da variação do tempo de retenção das folhas pode ser explicada unicamente pela variação da razão S/G. Nossos dados mostraram que maiores teores de lignina total não estão relacionados ao tempo durante o qual espécies arbóreas retêm suas folhas na estação seca, mas à medida que o tempo de retenção das folhas aumenta, a composição da lignina se altera. Os teores de lignina total não conferem maior resistência ao embolismo do xilema, mas a composição da lignina influencia na vulnerabilidade ao embolismo. O teor de lignina total e sua composição monomérica não estão relacionados com outros atributos da madeira, como densidade da madeira, saturação de água no caule e potencial hídrico do caule na seca. Nossos resultados mostraram claramente a existência de dois grupos de correlações entre as variáveis que analisamos. Num dos grupos, a composição da lignina, representada pelos teores de siringil e a razão S/G, correlacionou-se positivamente com o tempo de retenção foliar e com a maior segurança do xilema, indicada por

(29)

28 saturação de água no caule, o potencial hídrico do caule na seca e a margem de segurança do xilema, ao passo que a saturação hídrica do caule e seu potencial hídrico na seca correlacionaram-se positivamente com a margem de segurança do xilema. Análises de componentes principais confirmaram a separação de dois grupos de espécies. Um dos grupos sobrevive à seca armazenando água no caule e perdendo as folhas logo no final da estação chuvosa, de modo a apresentar maiores potenciais hídricos do caule e maiores margens de segurança do xilema na estação seca. O outro grupo sobrevive investindo na composição da lignina, que varia continuamente entre as espécies. Neste grupo, o aumento do teor de siringil em relação à guaiacil possibilita menor vulnerabilidade ao embolismo do xilema e a retenção das folhas por mais tempo na estação seca.

Considerações finais

(30)

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