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EXPORTAÇÃO E OPERAÇÕES PORTUÁRIAS DO MILHO PELO PORTO DE SANTOS

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EXPORTAÇÃO E OPERAÇÕES PORTUÁRIAS DO MILHO PELO

PORTO DE SANTOS

Gislaine Galotti Sant’Ana (Fatec Santos) gislaine.ana@fatec.sp.gov.br Guilherme José Rita (Fatec Santos) guilherme.rita@fatec.sp.gov.br

João Paulo Neto (Fatec Santos) joao.neto@fatec.sp.gov.br Ysla Chaves Bicudo (Fatec Santos) ysla.bicudo@fatec.sp.gov.br Resumo

Este artigo demonstra que o porto de Santos é um dos principais portos na exportação do milho, nele são apresentadas análises e estatísticas entre os anos de 2015 e 2016 sobre as operações portuárias do milho, bem como as máquinas e processos utilizados em sua produção; Seu calendário agrícola entre a safra e safrinha; Seus principais insetos-pragas e métodos de prevenção, combate e controle; Suas pincipais rotas de escoamento no estado de São Paulo; Os serviços de capatazia e suas denominações nos portos; Informações sobre a regularização de veículos; Períodos de exportação do milho e sua balança comercial; E por fim, os equipamentos utilizados para granéis sólidos no porto de Santos. Todos estes itens sendo necessários para controle da realização de todos os processos de plantio, colheita e exportação do milho.

“À pesquisa bibliográfica obtém os dados a partir de trabalhos publicados por outros autores, como livros, obras de referência, periódicos, teses e dissertações e a pesquisa de levantamento: analisa comportamento dos membros de uma população por meio da interrogação direta a uma amostra de pessoas desta população”. (Gil 2008, p. 50)

Palavras-chave: Porto de Santos, Milho, Exportação.

Abstract

This article demonstrates that the port of Santos is one of the main ports in the export of maize, it presents analyzes and statistics between the years 2015 and 2016 on the maize port operations, as well as the machines and processes used in its production; Its agricultural calendar between the harvest and the second crop; Its main insect-pests and methods of prevention, combat and control; Its main flow routes in the state of São Paulo; Capatazia services and their names in ports; Information on the regularization of vehicles; Periods of export of maize and its trade balance; And finally, the equipment used for solid bulk in the port of Santos.

All these items are necessary to control the implementation of all the processes of planting, harvesting, importing and exporting the corn.

“The bibliographic research has datas from studies publisheds by other authors, as books, reference work, periodics, thessis and disertation and the lifting research: Analisys the members comportament from a population through a direct interrogation and a people sample from this population”. (Gil 2008, p. 50)

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1. Introdução

O milho é o cereal de maior amplitude de produção no Brasil perdendo somente para os EUA e para a China, metade de sua produção é feita por pequenos produtores e a outra metade por latifundiários, a maior demanda de sua produção destina-se para a fabricação de rações para animais.

Sua produção a cerca de 10 anos atrás correspondia a uma produção de milho de 35 milhões de toneladas em uma área de plantio aproximada de 12,3 milhões de hectares, atualmente sua produção é de 82 milhões de toneladas em 15,12 milhões de hectares, demonstrando um considerável aumento de área de plantio em 30% e de produção em mais de 200%. Isso mostra o incontestável crescimento da qualidade tecnológica da cultura do milho no Brasil.

Com duas safras: normal e safrinha, suas características fisiológicas fazem com que a cultura do milho tenha um grande potencial produtivo, no entanto o nível médio nacional é muito baixo, cerca de 4.417kg/ha-1 na safra e 4.405kg/ha-1 na safrinha, demonstrando que os diferentes sistemas de produção do milho deverão ser ainda aprimorados para maior aumento da produtividade e rentabilidade que a cultura pode proporcionar. Embora apresente um grande potencial de produção, comprovados nos concursos de produtividade e apresentados por agricultores que utilizam alto nível tecnológico, o rendimento do milho, no Brasil, ainda é muito baixo.

Este estudo tem o objetivo de diagnosticar os problemas logísticos que o porto de Santos enfrenta em época de safra do milho por falta de investimentos. Foram coletados por meios de pesquisas bibliográficas em sites sobre portos brasileiros, livros, reportagens, foram usados sites de órgãos governamentais como fonte de pesquisa sobre a movimentação do porto de Santos por isso são fontes confiáveis que nos permitiu coletar diversas informações dos quais apresenta todo o processo do milho até o porto de Santos.

1.2 Definição e características

Caracterizadas por serem produtos de origens primárias que são transacionados nas Bolsas de Mercadorias, as commodities são conhecidas por suas características únicas, tais quais: produtos em estado bruto ou com baixo grau de industrialização, com qualidade quase uniforme e produzidos e comercializados em grandes quantidades. Esses produtos podem ser armazenados sem perdas significativas durante grande período. Comumente essas mercadorias são transacionadas com entrega futura (BRANCO, 2008). As commodities são uma opção de investimento dentre outras tantas disponíveis no mercado financeiro. O milho é uma das principais commodities agrícolas produzidas no mundo, apresentando desempenhos classificados como cíclicos ou sazonais, alternando períodos de crescimento e redução dos preços. Tais oscilações se devem às questões que influem diretamente sobre o preço físico, como clima, previsões, colheitas de safras, estoques e até mesmo movimentações especulativas nas Bolsas de Mercadorias onde são negociadas. Diferentemente da soja, que tem commodities processadas, como o farelo de soja e o óleo de soja, que são negociadas nas Bolsas de Mercadorias, o milho só é negociado pura e exclusivamente em seu valor em grão, ou seja, basicamente “in natura”. Atualmente o milho é a cultura mais produzida no planeta, e com tamanha quantidade e disposição no mercado, o cereal se torna um ativo de alta liquidez para negócios. Apesar da propagação quanto a seus valores nutricionais, cerca de 70% do milho produzido no mundo é destinado para consumo animal (DIAS PAES, 2006). O cereal é um dos principais ingredientes nas rações utilizadas na alimentação de aves, bovinos, peixes e suínos pelo mundo. Um grão de milho pesa em média de 250 a 300 mg e sua composição média e em base seca é de 72% de amido, 9,5% proteínas, 9% fibra e 4% de óleo. O grão é formado

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basicamente por quatro estruturas físicas, que são: endosperma (82%), gérmen (11%), pericarpo (casca-5%) e ponta (2%). A proteína, principal fonte nutricional para alimentação animal, se encontra principalmente no endosperma e no gérmen (DIAS PAES, 2006). (Figura 1)

Figura 1 - Estrutura do grão de milho

Fonte: Adaptado de Britannica (2006). 1.3 Calendário agrícola

O milho atualmente é produzido em larga escala basicamente em três países no mundo: EUA, China e Brasil, como já dito. No entanto, o seu período de semeadura e colheita varia entre esses países, devido basicamente à localização e ao clima dessas nações. Os EUA e a China se encontram no hemisfério Norte, e isso significa que o verão e a primavera ocorrem em período inverso ao do hemisfério Sul. E são essas estações que reúnem as condições ideais para o cultivo do milho. Dado isso, a semeadura do cereal nesses países costuma ocorrer entre os meses de abril a junho, e a colheita, durante os meses de setembro e novembro. Devido ao fato de ser mais resistente contra geadas que a soja, o milho nesses países costuma ser semeado um pouco antes do que a oleaginosa.

Enquanto isso, no hemisfério Sul, e particularmente no Brasil, existe a semeadura do milho de duas formas, o milho de primeira safra e o milho de segunda safra. O primeiro se caracteriza por disputar área com a soja no Sul e Sudeste do Brasil, principais regiões produtoras desse milho no país, e representará 38,44% da produção do cereal brasileiro na safra 14/15 (Conab, junho/15). A semeadura ocorre entre setembro e dezembro e a colheita, durante janeiro e maio. O milho semeado nesse período costuma receber melhores condições climatológicas e, assim como o cereal norte-americano, tende a demonstrar uma produtividade maior. Já o milho de segunda safra, também conhecido como milho “safrinha”, que representará 62,66% da produção nacional na safra 14/15, é produzido principalmente na região Centro-Oeste e no Estado do Paraná. A semeadura desse milho costuma ocorrer durante os meses de janeiro a março, e a colheita, nos meses de maio a agosto.

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Figura 2 - Calendário agrícola do milho nos principais países produtores, e no Brasil, nas principais regiões.

Fonte: USDA, ODS 1.4 Principais insetos-pragas dos grãos armazenados

A qualidade do grão de milho armazenado pode ser afetada pela ação de diversos fatores. Entre esses, os insetos-pragas de grãos armazenados, em especial os carunchos ou gorgulhos e besouros Sitophilus zeamais, Sitophilus oryzae, Rhyzopertha dominica, Cryptolestes ferrugineus, Oryzaephilus surinamensis, Tribolium castaneum, Lasioderma serricorne e as traças Sitotroga cerealella, Ephestia kuehniella, E. elutella e Plodia interpunctella, podem ser responsáveis pela deterioração da qualidade do milho armazenado.

O conhecimento do hábito alimentar de cada praga constitui elemento importante para definir o manejo a ser implementado nos grãos durante o período de armazenamento. Segundo esse hábito, as pragas podem ser classificadas em primárias ou secundárias.

a) Pragas primárias: são aquelas que atacam sementes e grãos inteiros e sadios e, dependendo da parte que atacam, podem ser denominadas pragas primárias internas ou externas. As primárias internas perfuram as sementes e nestas penetram para completar seu desenvolvimento. Alimentam-se de todo o tecido de reserva da semente ou grão e possibilitam a instalação de outros agentes de deterioração (fungos, por exemplo). Exemplos dessas pragas são as espécies R. dominica, S. oryzae e S. zeamais. As pragas primárias externas destroem a parte exterior da semente e grãos e, posteriormente, alimentam-se da parte interna sem, no entanto, se desenvolverem no interior da mesma. Há destruição da semente e dos grãos apenas para fins de alimentação.

b) Pragas secundárias: são aquelas que não conseguem atacar sementes e grãos inteiros, pois depende que estes estejam danificados ou quebrados para deles se alimentarem. Essas pragas ocorrem nas sementes quando estão trincadas, quebradas ou mesmo danificadas por pragas primárias, e geralmente ocorrem desde o período de recebimento até o beneficiamento do milho. Multiplicam-se rapidamente e causam prejuízos elevados. Como exemplo cita-se as espécies C. ferrugineus, O. surinamensis e T. castaneum.

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A atividade dos insetos é muito sensível à temperatura e pode ser controlada mantendo a massa de grãos ao redor de 19-20 °C, o que se torna difícil nos climas tropicais ou subtropicais durante os meses mais quentes. Além da influência da temperatura, também deve ser observada a correta identificação dos insetos em questão, tendo em vista seus ciclos evolutivos diferenciados, bem como longevidade dos adultos e capacidade de postura, o que determinará a adoção de estratégias de controle e desenvolvimento de modelos de programas de crescimento populacional em massa de grãos. Na Tabela 1, estão apresentados, de maneira geral, algumas características biológicas dos principais insetos que atacam grãos de milho armazenado, segundo Loeck (2002). (Tabela 1.)

Tabela 1. Características biológicas dos principais insetos de grãos armazenados.

Inseto Temperatura desenvolvimento (ºC) Ciclo evolutivo (dias) Longevidade (dias) Capacidade de postura (n° ovos) Lasioderma serricorne 32-20 25-100 85 100 Rhyzopertha dominica 34-22 25-84 120 400 Tribolium castaneum 34-22 22-75 360 500 Sitophilus zeamais 28 34 140 280 Sitophilus oryzae 29 25 140 280 Oryzaephilus surinamensis 30 22 250 370 Sitotroga cerealella 28-30 30-35 10-52 100-150 Fonte: LOECK (2002). 1.5 Métodos de Controle

O manejo das pragas de grãos armazenados depende praticamente de três métodos de controle: inseticidas químicos (tratamento preventivo), inseticidas naturais a base de terra de diatomáceas (tratamento preventivo), e o expurgo com o inseticida fosfina (tratamento curativo). Esses três métodos podem ser usados isoladamente ou em combinação.

1.6 Controle químico com inseticidas protetores (tratamento preventivo)

As sementes e os grãos, após terem sido beneficiados, expurgados ou não, podem ser tratados preventivamente para obter proteção contra o ataque das pragas durante o armazenamento. Se o período de armazenagem for superior a 60 dias, pode-se fazer este tratamento químico preventivo, que consiste em aplicar inseticidas líquidos sobre os grãos, na correia transportadora ou na tubulação de fluxo do produto, no momento de ensacar ou de armazenar os grãos nos silos. O inseticida aplicado deverá ser homogeneizado, de forma que toda semente receba o inseticida. A homogeneização do inseticida nas correias transportadoras dá-se pelo uso de tombadores que tem objetivo de misturar os grãos tratados. Esse inseticida protegerá os grãos contra o ataque de pragas que tentarão se instalar durante a armazenagem.

Para o tratamento é necessário instalar adequadamente o equipamento de pulverização, que pode ser específico para armazéns ou adaptado a partir de um pulverizador de campo. Deve-se instalar uma barra de pulverização, sobre a correia transportadora, com 3 até 5 bicos, distribuídos de maneira que todos os grãos recebam o inseticida. Também devem ser colocados tombadores sobre a correia transportadora para que as sementes sejam misturadas quando estiverem passando sob a barra de pulverização. Durante esse processo, devem ser verificadas

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a vazão dos bicos e a da correia transportadora. Se houver necessidade, deve-se fazer o ajuste de acordo com as doses de inseticidas e de calda por tonelada de sementes.

Os bicos de pulverização devem sofrer inspeção periódica devido a possibilidade de entupimento ou mal funcionamento que pode afetar significativamente a uniformidade de aplicação assim como o volume de calda que deverá ser aplicado. Para se calcular qual a vazão necessária em cada bico, podemos empregar a equação a seguir (Equação 1):

Vazão (bico min-1) = Volume de calda (ml min-1) x capacidade de transporte da correia (t h-1) / (60 min x número de bicos) (Equação 1)

Um exemplo para simulação do cálculo da vazão pode auxiliar na escolha dos bicos mais adequados. Considerando os dados a seguir de volume de calda desejado de 1.500 ml min-1, capacidade de transporte da correia de 200 t h-1 e considerando três bicos instalados para aplicação do inseticida. Utilizando a fórmula obtêm-se vazão de 1.666,7 ml bico-1. Assim, deve-se optar por um bico que apresente capacidade de aplicação do volume desejado por minuto. Para verificar a calibração dos bicos, deve-se medir o volume aplicado utilizando uma proveta graduada e coletar a calda aplicada durante 30 segundos, por pelo menos três vezes (três repetições).

Para verificar se o conjunto de pulverização está aplicando a dosagem correta preconizada pelos fabricantes dos inseticidas, pode-se utilizar a seguinte equação (Equação 2):

Dosagem de inseticida aplicada (ml t-1) = (vazão total dos bicos x dosagem de inseticida desejada t-1) / [capacidade de transporte da correia (t min-1) x volume de calda t-1] (Equação 2) Utilizando como exemplo vazão dos 3 bicos de 2.500 ml min-1, dosagem de inseticida desejada de 16 ml t-1, capacidade de transporte da correia de 2,5 t min-1 e volume da calda por tonelada

de 1.000 ml, obtem-se exatamente 16 ml t-1. Assim, observa-se que o conjunto de pulverização está aplicando a dosagem preconizada pelo fabricante do inseticida.

Para o cálculo do volume de inseticida que será utilizado para mistura no tanque de pulverização pode-se utilizar a seguinte equação (Equação 3):

Volume de inseticida no tanque = [capacidade do tanque (ml) x dosagem de inseticida t-1] / volume de calda por tonelada (ml t-1) (Equação 3)

Em um exemplo hipotético desejando aplicar 1,5 litro (1.500 ml) de calda, com 20 ml de inseticida por tonelada de grãos e considerando um tanque de pulverização com capacidade de 300 litros, obtêm-se que o volume de inseticida necessário no tanque para os dados acima é de 4.000 ml ou 4,0 litros de inseticida.

Para pulverização protetora dos grãos na correia antes do armazenamento recomenda-se a dosagem de 1,0 a 2,0 litros de calda por tonelada, a ser pulverizada sobre os grãos, e uso dos inseticidas pirimifós-metílico, fenitrotiona, deltametrina ou bifentrina (Tabela 2), de acordo com a espécie-praga. Não se deve realizar tratamento via líquida na correia transportadora, caso exista infestação de qualquer praga, pois poderá resultar em falhas de controle e início de problema de resistência das pragas aos inseticidas.

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Os inseticidas indicados são deltametrina e bifentrina, para controle de R. dominica, e pirimifós-metíll, para S. oryzae e para S. zeamais. Para as demais pragas, geralmente se obtém elevada eficácia usando-se um dos inseticidas indicados na Tabela 2, salientando-se que são poucos trabalhos existentes na literatura que tratam da eficácia de inseticidas sobre outras espécies-pragas, uma vez que, normalmente, não são alvo direto de controle. Detalhes sobre os inseticidas citados, como doses, nomes comerciais, intervalo de segurança, entre outros, podem ser obtidos na Tabela 2.

Tabela 2- Inseticidas químicos de contato utilizados na proteção de grãos e sementes de milho armazenado.

Inseticidas Interv alo de Segura nça (dias) Concen tração (g/litro ou kg) Aplicação direta nos grãos (doses/1000 kg) Aplicação em instalações e sacarias (doses/100 m2)

Comercial Princípio ativo Dose i.a. (g t-1)

Grãos Sementes Sacari as Insta laçõe s K-Obiol 25 EC 1 Deltametrina 0,35-0,50 30 25,0 14-20 ml 40-80 ml 53-80 ml 53-80 ml K-Obiol 2P 1 Deltametrina 00,2 30 2,0 250-500 g 500-1.000 g - Actellic 500 EC 2 Pirimifós-metílico 4,0-8,0 30 500,0 8-16 ml - 50 ml 100-200 ml Actelliclambda 3 Lambdacialo-trina 0,35-0,50 30 50,0 7-10 ml - - - Prostore 25 CE 4 Bifentrina 0,40 30 25,0 16 ml - - - Piredan 2 Permetrina 4,03 60 384,0 10,5 ml - - - Pounce 384 EC 1 Permetrina 4,0 60 384,0 10,5 ml - - - Starion 4 Bifentrina 0,40 30 25,0 16 ml - - - Insecto 4 Terra de diatomácea - - 867,0 1.000 g - - 500-1.000 g Keepdry Terra de diatomácea - - 860,0 1.000 g - - -

Fonte: AGROFIT (1998) e ANDREI (2009).

1 Recomendado para Sitophilus zeamais, Rhyzopertha dominica e Sitotroga cerealella em milho armazenado. 2 Recomendado para Sitophilus zeamais e Sitotroga cerealella em milho armazenado. 3 Recomendado para Rhyzopertha dominica em milho armazenado. 4 Recomendado para Sitophilus zeamais e Rhyzopertha dominica em milho armazenado.

Dentre as pragas, S. oryzae e S. zeamais são as mais preocupantes economicamente e justificam a maior parte do controle químico praticado nos armazéns. Além dessas pragas, há roedores e pássaros causadores de perdas, principalmente qualitativas, pela sujeira que deixam no produto final, que também devem ser considerados no Manejo Integrado de Pragas (MIP).

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1.7 Máquinário agricola

Com o aumento da população mundial, e a crescente demanda por alimentos, os produtores rurais brasileiros tiveram que se modernizar para dar conta de produzir cada vez mais e com melhor qualidade, atingindo assim safras maiores ano após ano. O Brasil, que é uma Potência Agricola, e fornece para muitos países uma variedade de produtos, teve de se modernizar, tanto em sua frota, como em seu gerenciamento.

Para isso, tiveram auxilio de veículos de ultima geração e tecnologia de gerenciamento desenvolvido exclusivamente para a área rural, que permite uma análize de dados em tempo real, e total controle de frota, permitindo assim um melhor rendimento na produção, e contribuindo para maior produção. (Tabela 3)

Tabela 3 - Principais equipamentos utilizados no Brasil.

Inceticidas Descrição

Distribuidores de Sólidos Movimentam o solo antes do plantio, para que os nutrientes sejam igualmente distribuídos.

Plantadeiras Movimentam o solo antes do plantio, para que os nutrientes sejam igualmente distribuídos.

Pulverizadores São responsáveis pela pulverização de agrotóxicos.

Tratores Subdividos em porte pequeno, médio e grande.

Colheiradeiras Tem o papel de colher o produto.

Tecnologia de

Gerenciamento Descrição

Gerenciamento de frota

Contém o registro dos veículos, motoristas e rotas. Também emite notas com avaliação dos motoristas.

Gerenciamento de informações

Permite o gerenciamento da área de plantio, por meio de imagens e dados. Sistemas de direcionamento Atua como GPS e possibilita o piloto

automático dos veículos. Fonte: Adaptado a partir de site deere.com.br. 1.8 Principais rotas de escoamento do milho no estado de São Paulo

Segundo Imea (2015) caracterizado como o terceiro maior produtor e segundo maior exportador mundial de milho, o Brasil, como já citado, sofre com grandes problemas nos gargalos logísticos. A competitividade ganha dentro da porteira se evade após a produção tomar como rumo a exportação. Atualmente, o principal modal utilizado no país é o rodoviário, com 61,1% de participação no total de cargas transportadas, e com a distância média entre as regiões produtoras e os portos sendo de aproximadamente 1000 km, é de se esperar boas condições nas estradas do país, o que não é realidade. No Brasil, cerca de 49,9% das rodovias apresentam deficiências no pavimento, e essas inadequações elevam o custo operacional dos transportadores em 26,0% em média (CNT, 2015). Entraves como baixa densidade da malha, idade avançada da frota de caminhões, falta de investimento, ausência de manutenção adequada das rodovias, baixa extensão duplicada e até mesmo a falta de pavimentação são os principais fatores de desestímulo às rodovias.

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Figura 3 - Mapa brasileiro de escoamento de grãos.

Fonte: CNT 2015. 2. Serviço de capatazia e sua denominação nos Portos

Denomina -se serviço de capatazia a atividade prestada por pessoas que são ligadas ao Órgão Gestor de mão de obra (OGMO), que tem a responsabilidade de movimentação de cargas ou mercadorias no porto, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno a abertura de volumes para conferência aduaneira, a manipulação a arrumação e a entrega bem como a descarga e o carregamento efetuados por equipamentos como guindastes portuários.

Os trabalhadores de capatazia exercem suas funções no porto somente em terra, eles não sobem ao navio, o serviço de capatazia é executado no costado dos navios, dentro dos armazéns e nos portões e pátios, é um serviço braçal e também com a operação de equipamentos de movimentações de carga como empilhadeiras, pá carregadeiras, transportador de contêiner e carretas. Esse serviço sempre é realizado em terra na movimentação entre dois pontos do porto organizado.

Antes da lei 8630/93 os serviços de capatazia eram prestados pelas administradoras portuárias onde utilizavam seus próprios empregados na movimentação das mercadorias, em não possuindo funcionários ou com a quantidade suficiente para a realizam dos trabalhos, a administradora portuária realizava os trabalhos com os trabalhadores avulsos, denominados de arrumadores, mediante a contrato celebrado com o respectivo sindicato, eles eram a força supletiva.

A lei 8630/93 artigo 70, estabeleceu que todo trabalhador com vínculo empregatício comprazo indeterminado, demitidos sem justa causa podem ter acesso ao registro do OGMO, passando a integrar o serviço de avulsos.

Como sindicato avulso essa categoria na maioria dos portos denomina-se arrumadores, essa categoria de avulso de capatazia passa a existir nos portos a partir da lei 8630/93.

2.1 Pátios Regularizadores Porto de Santos

O porto de Santos vem se reestruturando e se adequando para poder oferecer um melhor serviço, com isso poder diminuir os grandes congestionamentos que antes aconteciam nas vias do porto

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quando começava a safra de grãos, onde os terminais não davam conta da grande demanda de carretas que chegavam no porto para descarga.

Com isso a Codesp (companhia Docas do Estado de São Paulo), veio a abrir licitação para a criação de pátios regularizadores afim de absorver estes veículos que vem do Centro do Brasil e Interior de São Paulo ao porto de Santos.

A Codesp abriu licitação para interessados em explorar pátios regularizadores afim de disciplinar e regulamentar e obter maior controle e fluidez de caminhões pelo porto, esta triagem vem por meio de recepção do veículo, leitura eletrônica da carga contida no caminhão, disponibilidade no sistema e controle e controle da CODESP junto com os terminais, totalmente on line para posterior envio ao terminal de destino.

Somente empresas credenciadas pela CODESP poderão prestar este serviço juntamente com os terminais e ao centro de controle operacional. A empresa que obter o credenciamento para exploração de pátio regularizador irá receber um certificado com duração de 10 anos podendo ser renovado por sucessivos períodos, desde que as exigências forem obedecidas, a CODESP reserva o direito de alterar ou complementar ou de até substituir as exigências sempre que for necessário sem que caiba ao pátio regularizador qualquer direito de reclamação, indenização ou questionamento sendo definido em comum acordo e respeitando o prazo para atendimento das novas exigências.

Os serviços mínimos exigidos para atendimento das empresas credenciadas são:

 Quantidade de cabines de acesso, bem como tempo do cadastro de entrada e saída do veículo suficiente para impedir formação de fila em vias publicas;

 Recepção do veículo por meio magnético das características da carga, dados do veículo e condutor;

 Dispor de centro de controle operacional, interligado por sistema informatizado com as cabines do pátio regularizador junto a CODESP e os terminais de exportação;

 Dispor de sistema de informação ao motorista, para que ele possa receber orientações e instruções quanto aos procedimentos do pátio regularizador;

 Encaminhar os veículos ao estacionamento onde deverá ser murado com altura mínima de 2 metros, ter vias de circulação com pavimentação dimensionada para trafego pesado, com drenagem pluvial e dotado de iluminação e instalações sanitárias;

 Liberar os veículos à medida que os terminais fizerem as solicitações;

 Dispor de vigilância permanente em todo o pátio seja volante e fixo, monitoramento do pátio através de câmeras com circuito fechado de TV.

Para solicitação do credenciamento as empresas deverão apresentar alvará de funcionamento expedido pela prefeitura municipal competente.

Os pátios regularizadores precisam ter no mínimo 50mil metros quadrados e estar localizado próximo as rodovias Anchieta e Imigrantes ou ao Rodoanel Mario Covas e em áreas de planalto, pode estar também na rodovia Conego Domênico Rangoni e deverão ter capacidade pelo menos de 400 vagas para caminhões.

Já foram apresentadas a CODESP 23 áreas com interesse na exploração dentre elas 9 foram indicadas por seus proprietários e outras 14 áreas foram inscritos.

2.2 Pátios regularizadores que atuam no Porto de Santos

Hoje no porto de Santos temos 2 grandes e importantes pátios regularizadores onde vem evitando os congestionamentos que antes eram constantes na região, são eles o Terminal da Ecopátio situado em Cubatão -SP e o Terminal Logístico Velopark.

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O Terminal da Ecopátio tem uma área de 450 mil metros quadrados onde possuem um armazém com 10 mil metros quadrados, 2 armazéns lonados para recebimento de minérios de ferro, 1 armazém lonado para recebimento de algodão, contem também 1 oficina de reparos e lavagem de containeres.

O terminal da Ecopátio tem capacidade de estacionar 1300 caminhões que trazem milho, soja, açúcar, ferro e celulose, tem uma média diária de 800 caminhões por dia, capacidade de armazenamento de 10 mil containeres.

O custo diário cos caminhões no Ecopátio gira entorno de R$60,00, a média de tempo desde a chegada do caminhão ao terminal Ecopátio até a descarga no terminal de destino é em média de 2 dias isso nos grandes períodos de safra.

O terminal Ecopátio tem 8 anos de existência fica situado na rodovia Conego Domênico Rangoni S/N KM263, parque Industrial.

Outro pátio regularizador que temos em nossa região é o Velopark pátio de caminhões e logística, fica situado na rodovia Conego Domênico Rangoni – SP55, está próximo da Avenida perimetral da margem esquerda e de todos os terminais da região. Sua Instalação possui portaria de entrada com 2 acessos através da marginal da rodovia e uma outra portaria de saída com ligação direta a nova via de ligação ao porto, essa facilidade permite acessar os terminais em poucos minutos economizando com isso mais de 11 km de percurso adicional.

O velopark ao longo desses anos e até hoje exerce varas atividades logísticas tendo servido ao porto de Santos como Redex, terminal Consolidador de Cargas, Armazéns Gerais e Depósito para containeres vazios.

Para atender as atuais demandas de mercado onde hoje tem carência de pátio regularizador para caminhões onde transportam grande parte da safra agrícola brasileira. O velopark exerce essa atividade colaborando com a permanência destes veículos em local abrigado dotado de conforto, deixando de congestionar as vias públicas e interferindo no dia dia dos habitantes do município.

O velopark tem capacidade de receber os caminhões onde possui 220 vagas estáticas tanto carregados ou não, possui segurança armada para garantir a integridade dos motoristas, veículos e suas cargas no período de estadia no terminal, dispõe de sanitários, vestiário afim de garantir conforto, higiene e segurança ao motorista, é dotado de balança rodoviária para 100 toneladas, além de balança exclusiva para pesagem de containeres.

2.3 Balança Comercial

Com base nos dados analisados, nota-se que primeiros meses do ano há um aumento exponencial nas exportações de milho, isso é devido á fase de colheita da safra do grão, porém entre os meses de abril e junho há uma brusca queda nas exportações, por se tratar do período denominado “entre safra”, onde só volta a tomar força a partir de julho, com a colheita da “safrinha”. Em relação as importações do grão, uma crescente é observada de janeiro a novembro, seguido de uma queda no mês de dezembro.

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Figura 4 – Gráfico da Balança Comercial do milho.

Fonte: Elaborado a partir de dados do AliceWeb.

2.4 Equipamentos utilizados no porto de Santos para granéis sólidos

O porto necessita de muitas máquinas para que tudo ocorra de acordo com o estimado, são máquinas muito poderosas que além de reduzir esforços braçais reduz o de máquinas menores, também ajudam na redução da avaria dos produtos. Entre eles estão:

Caminhões e Vagões Graneleiros: utilizados para transporte pesado de grãos e grandes movimentações dentro e fora de área portuária. (Figura 5)

Figura 5 – Caminhões e Vagões Graneleiros.

Fonte: Dinheiro Rural.

Silos: Existem vários tipos de silos entre eles estão os horizontais e semiesféricos, esses usados especialmente para armazenagem e estocagem de grãos, existe também a Moega, uma espécie de silo em funil onde caminhões e vagões graneleiros ficam abaixo de sua estrutura para receber a carga. (Figura 6)

0 100.000.000 200.000.000 300.000.000 400.000.000 500.000.000 600.000.000 700.000.000 800.000.000 900.000.000 1.000.000.000

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Balança Comercial do Milho

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Figura 6 – Silos.

Fonte: SPT Engenharia.

Shiploaders: O Shiploader é uma máquina de grande porte geralmente utilizada para o carregamento de sólidos a granel nas embarcações marítimas, seu funcionamento consiste em um braço extensível com uma correia para transporte e uma estrutura de movimentação, movimentação essa que pode ser feita por trilhos ou pneus. (Figura 7)

Figura 7 – Shiploaders.

Fonte: Revista Globo Rural.

Esteiras de Carga: As esteiras consistem em um conjunto de rolos fixados, trabalha de forma simples em um único ciclo, o qual é posto por exemplo sacarias que segue o percurso da esteira e é despejada no local assim designado. (Figura 8)

Figura 8 – Esteiras de Carga.

Fonte: Max Belt.

Dala (Grab): Equipamento em formato de garra utilizado para carregamento e descarregamento. (Figura 9)

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Figura 9 – Dala (Grab).

Fonte: Guven Grab. 3. Considerações Finais

A partir do conteúdo abordado neste artigo conclui-se que o milho é uma das principais mercadorias exportadas do Brasil, sendo comercializado o ano inteiro e com uma grande demanda de procura por outros países, em principal entre os meses de janeiro a fevereiro e de agosto a setembro, contribuindo assim grandemente para o crescimento de sua economia. Com métodos e padrões já solidificados e utilizados a tempos, a produção do milho fica dependente apenas das condições climáticas e de terreno, ou seja, com todos os itens necessários para seu plantio e controle a obtenção do grão é certa. Todas as suas pragas e métodos de controle das mesmas são conhecidos, tendo-se assim uma grande proteção contra qualquer um desses fatores. Havendo um grande investimento e seu retorno maior ainda, o grão é indispensável para o país.

Referências

COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO - CODESP. Regulamento geral de credenciamento e exploração de pátios reguladores de caminhões. Disponível em:

<http://www.portodesantos.com.br/down/licitacoes/Regulamento_de_Patios_CODESP.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2017.

DINHEIRO RURAL. Negócios. Disponível em: <http://www.dinheirorural.com.br/secao/agronegocios/safra-entra-nos-trilhos>. Acesso em: 03 jun. 2017.

EMBRAPA. Colheita e pós colheita. Disponível em:

<http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_7_ed/colpragas.htm>. Acesso em: 01 jun. 2017. GUVEN GRAB. Mecanico grab clamshell casal com fios. Disponível em:

<http://www.guvengrab.com/pr/urunler/mecanico-grab-clamshell-casal-com-fios-pr.html>. Acesso em: 05 jun. 2017.

IMEA, . Jornalismo Agropecuário. Entenda o mercado do milho, [S.L], 01./jun. 2017. JOHN DEERE. Máquinas agrícolas. Disponível em:

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JORNALISMO AGROPECUÁRIO: UMA OPORTUNIDADE PARA SUACARREIRA. Entendendo o mercado do milho. Disponível em: <http://www.imea.com.br/upload/pdf/arquivos/Paper_jornalistas_Milho_AO.pdf>. Acesso em: 17 mai. 2017.

REVISTA GLOBO RURAL. Na direção do futuro. Disponível em:

<http://revistagloborural.globo.com/revista/common/0,,ert308122-18283,00.html>. Acesso em: 03 jun. 2017. ROJAS, ; PABLO, . Introdução e logística. [S.L.: s.n.], 2014. 88 p.

SPT ENGENHARIA. Obras. Disponível em: <http://sptengenharia.net/?page_id=59>. Acesso em: 04 jun. 2017. MAX BELT. Correias transportadoras. Disponível em: <http://www.maxbelt.com.br/www/site/correias/29>. Acesso em: 02 jun. 2017.

MORAES, ; GIOVANNI, . Normas regulamentadoras comentadas e ilustradas. [S.L.: s.n.], 2014. VELOPARK PÁTIO DE CAMINHÕES E LOGÍSTICA. Pátio regulador. Disponível em: <http://veloparkguaruja.com.br/#sobre>. Acesso em: 18 mai. 2017.

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