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OAB Direito Civil Posse e Propriedade Nilmar de Aquino Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

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(1)

OAB

Direito Civil

Posse e Propriedade

Nilmar de Aquino

(2)

POSSE E PROPRIEDADE

(3)

DIREITO DAS COISAS

DIREITO DAS COISAS

I) POSSE

II) DIREITOS REAIS

A) Sobre Coisa Própria

Propriedade

B) Sobre Coisa Alheia

1. DE GOZO (ou fruição)

a) Enfiteuse b) Superfície c) Servidão Predial

d) Usufruto (englobando o Uso e a Habitação)

2. DE GARANTIA

a) Penhor b) Hipoteca c) Anticrese d) Alienação Fiduciária

3. AQUISIÇÃO

(4)

DIREITO DAS COISAS

OBRIGAÇÕES REAIS PROPTER REM

Outra observação importante diz respeito às

obrigações propter rem (ou obrigações reais, ou seja,

em razão da coisa). Situam-se em uma zona

intermediária entre o direito real e o direito

obrigacional. Surgem como obrigações pessoais de um

devedor, mas por ser ele titular de um direito real. Elas

acabam aderindo mais à coisa do que ao seu eventual

titular. Em outras palavras: elas recaem sobre uma

pessoa (daí direito pessoal), mas por força de um

direito real (como por exemplo, a propriedade).

Exemplos: obrigação de um proprietário de não

(5)

DA POSSE

CONCEITOS

Existem duas grandes escolas que procuram delimitar o conceito de posse.

I - Teoria Subjetiva (Friedrich Karl von Savigny)

Poder direto ou imediato que tem a pessoa de dispor fisicamente de um bem com a intenção de tê-lo para si e de defendê-lo com a intervenção ou agressão de quem quer que seja. Esta teoria possui dois elementos:

1) Corpus ⎯ elemento material ⎯ poder físico ou de

disponibilidade sobre a coisa.

2) Animus domini ⎯ intenção de ter a coisa para si; de exercer

sobre ela o direito de propriedade.

Observação - Para essa teoria, o locatário, o comodatário, o

(6)

DA POSSE

II - Teoria Objetiva (Rudolf von Ihering)

Para

constituir

a

posse

basta

dispor

fisicamente da coisa ou mera possibilidade de

exercer esse contato. Dispensa-se a intenção de

ser dono da coisa. Possui então apenas um

elemento:

Corpus ⎯ trata-se do elemento material; único

(7)

DA POSSE

TEORIA ADOTADA PELO CÓDIGO CIVIL

Nosso Código Civil adotou a Teoria Objetiva de Ihering. Desta forma o locatário e o comodatário, para o nosso direito, são possuidores e como tais podem utilizar as ações possessórias, até mesmo contra o próprio proprietário em determinadas situações.

O art. 1.196 do CC define a posse como sendo o exercício

pleno ou não de alguns dos poderes inerentes à propriedade.

Portanto posse não depende necessariamente de propriedade.

Uma pessoa pode ter a posse sem ser proprietário!! Ser

proprietário é ter o "domínio" da coisa. Já ter a posse de algo

é apenas ter a disposição da coisa, utilizando-se dela e tirando-lhe os frutos.

(8)

DA POSSE

FÂMULO NA POSSE ⎯ DETENÇÃO (art. 1.198 CC)

Fâmulo é o servidor, é o empregado. Não deve ser

confundido com o possuidor.

(9)

DA POSSE

O detentor exerce sobre o bem, não uma posse

própria, mas uma posse de outrem, em nome de

outrem. Como não tem posse, não lhe assiste o

direito de invocar, em nome próprio, as ações

possessórias. Nem o eventual direito de usucapião.

(10)

DA POSSE

(11)

DA POSSE

Classificação

A posse pode ser classificada em:

(12)

DA POSSE

(13)

DA POSSE

• Justa ⎯ é a que não é violenta, clandestina ou precária; ela

é adquirida de forma legítima, sem vício jurídico externo.

• Injusta ⎯ é a posse adquirida com vícios, por meio de

(14)

DA POSSE

a) Violenta ⎯ é a obtida através de esbulho, for força física

ou violência moral.

b) Clandestina ⎯ é a obtida sub-repticiamente, às

escondidas, às ocultas.

c) Precária ⎯ é a obtida com abuso de confiança, não

restituindo a coisa ao final do contrato (ex: locatário que,

(15)

DA POSSE

Observações

a) A posse, mesmo que injusta, ainda é posse e

pode ser defendida por ações, não contra aquele

de quem se tirou, mas contra terceiros.

(16)

DA POSSE

De boa-fé ⎯ quando o possuidor ignora os vícios ou

(17)

DA POSSE

(18)

DA POSSE

• Posse nova ⎯ é a que conta com menos de ano e dia. É

importante,

em

termos

processuais

(direito

processual), pois se uma invasão ocorreu há menos de

um ano e um dia poderá o prejudicado ingressar com a

ação de reintegração de posse pelo rito especial,

pleiteando liminar para desocupação.

(19)

DA POSSE

• Posse ad interdicta ⎯ é a que pode ser defendida pelas ações possessórias, mas impede a aquisição da propriedade por usucapião. O locatário pode defender a posse de uma turbação ou esbulho, mas não tem direito de usucapião contra o proprietário. Ele pode ser inquilino durante 10, 20, 30, 50 anos. Mas não terá direito a usucapião, por causa do contrato firmado. O mesmo ocorre no comodato Por isso é importante firmar um contrato escrito: uma das razões é que ele prova que realmente existe o contrato e impede eventual usucapião.

(20)

DA POSSE

Aquisição da Posse

Pelo artigo 1.204 do CC adquire-se a posse desde o

momento em que se torna possível o exercício, em nome

próprio,

de

qualquer

dos

poderes

inerentes

à

propriedade. A posse pode ser adquirida de forma: a)

originária – apresenta-se sem os vícios que a maculavam

em mãos do antecessor; b) derivada - recebe com os

mesmos vícios anteriores.

1 - Aquisição Originária

a) Apreensão da coisa ⎯ apreensão significa apossamento,

(21)

DA POSSE

Aplica-se:

- nas coisas de ninguém (res nullius) e nas coisas

abandonadas (res derelictae).

- nos bens retirados de outrem sem a sua

permissão.

b) Exercício de direito ⎯ significa estar se utilizando

(22)

DA POSSE

2 - Aquisição Derivada

a) Tradição ⎯ entende-se por tradição a entrega

da

coisa,

pressupondo

um

acordo

de

vontades. Basta que haja a intenção do

tradens (o que opera a tradição; entrega a

coisa) e do accipiens (o que recebe a coisa). A

tradição pode ser real (entrega efetiva e

material da coisa), simbólica (representada

por ato que traduz a alienação - ex: entrega

das chaves do carro, do apartamento, etc.) e

(23)

DA POSSE

b) Constituto Possessório ou cláusula constituti (art. 1.267,

(24)

DA POSSE

c) Acessão Temporal ⎯ a posse pode ser

(25)

DA POSSE

Pessoas que podem adquirir a posse

A posse pode ser adquirida (art. 1.205 CC):

a) pela própria pessoa que pretende, desde que

capaz; se ela não tiver capacidade deverá ser

representada ou assistida.

b)

por

seu

representante

ou

procurador

(mandatário), com poderes especiais.

(26)

DA POSSE

EFEITOS DA POSSE

(27)

DA POSSE

A) FACULDADE DE INVOCAR OS INTERDITOS ⎯

(28)

DA POSSE

• a) Interdito Proibitório ⎯ é a ação que visa

uma proteção preventiva da posse, ante a

ameaça de eventual turbação ou de esbulho.

(29)

DA POSSE

(30)

DA POSSE

• c) Reintegração de Posse ⎯ esta ação é usada

quando houver esbulho, que é o ato pelo qual

o

possuidor

é

despojado

da

posse,

injustamente, por violência, clandestinidade,

etc. Esbulho é a privação, a subtração da

posse. Observem que nestas hipóteses houve

a perda da posse e a ação serve para

(31)

DA POSSE

B) FACULDADE DA LEGÍTIMA DEFESA DA POSSE E DO

DESFORÇO IMEDIATO - art. 1.210, §1º CC) ⎯ Em

determinadas situações o exercício da autotutela é

admitido, desde que previsto em lei, como nos

exemplos:

a) Na legítima defesa o possuidor molestado pode

reagir contra o agressor, incontinenti, empregando

meios estritamente necessários para manter-se na

posse;

(32)

DA POSSE

C) PERCEPÇÃO DOS FRUTOS ⎯ art. 1.214 CC ⎯

a) Possuidor de boa-fé - tem direito aos frutos percebidos

tempestivamente. Pode usar a coisa e dela fruir,

retirando todas as vantagens. A boa-fé deve existir no

momento da percepção. No momento em que cessar a

boa-fé (a pessoa toma ciência dos vícios que maculam

sua posse) ela não tem mais direitos aos frutos

pendentes e se colhê-los antecipadamente deve

restituí-los, deduzidas as despesas de produção e custeio.

b) Possuidor de má-fé - responde por todos os prejuízos

(33)

DA POSSE

D) INDENIZAÇÃO DE BENFEITORIAS

a) Possuidor de boa-fé - tem direito de ser indenizado

pelas benfeitorias necessárias e úteis. Quanto às

voluptuárias,

pode

levantá-las,

desde

que

não

danifique a coisa. Se ele não for indenizado, tem o

direito de retenção pelo valor das mesmas, isto é, pode

reter (segurar, não devolver) o bem até que seja

indenizado pelas benfeitorias realizadas (art. 1.219 CC).

b) Possuidor de má-fé - tem direito à indenização

(34)

DA POSSE

E) Direito de indenização dos prejuízos, após ser manutenido ou reintegrado.

F) Faculdade de ser mantido sumariamente, se a posse for velha ⎯ (mais de ano e dia). São as liminares, que já foram

analisadas acima. Acrescente-se que elas somente serão concedidas se forem constatados o periculum in mora (perigo que oferece a decisão tardia) e fumus boni juris (fumaça do bom direito). Ou seja, o Juiz deve estar convencido de que, ao menos aparentemente, o possuidor turbado ou esbulhado está com a razão.

(35)

DA POSSE

PERDA DA POSSE (art. 1.223 e 1.224 CC) - Perde-se a posse nas

seguintes hipóteses:

• Abandono da coisa (res derelictae) ⎯ é a renúncia da posse, intenção de largar voluntariamente o que está em sua posse. • Tradição ⎯ trata-se da entrega da coisa; envolve a intenção

definitiva de transferir a coisa a outrem.

• Perda ⎯ ex: objeto que cai em um rio profundo, ou em alto-mar, etc.

• Destruição ⎯ inutilização total decorrente de evento natural ou caso fortuito ⎯ inundações, incêndios, etc. Perecendo o objeto extingue-se o direito.

• Colocação do bem fora do comércio.

• Posse de outrem, ainda que contra a vontade do possuidor, se este não for manutenido ou reintegrado em tempo competente.

(36)

DA PROPRIEDADE

CONCEITO

Propriedade (do latim - proprietas, derivado de

proprius, o que pertence a uma pessoa) é o direito

que a pessoa física ou jurídica tem de usar, gozar,

dispor de um bem ou reavê-lo de quem injustamente

o possua ou detenha (art. 1.228, caput CC). Trata-se

do mais completo dos direitos subjetivos sendo o

centro do direito das coisas, garantido pela

Constituição Federal (artigo 5º, XXII).

Atenção!!!

(37)

DA PROPRIEDADE

ELEMENTOS

• Direito de Usar (jus utendi) ⎯ consiste na faculdade que o dono tem de servir-se da coisa e utilizá-la da maneira que entender mais conveniente, sem modificação em sua substância, não podendo causar danos a terceiros (ex: morar em uma casa). • Direito de Gozar (jus fruendi) ⎯ consiste na retirada dos frutos

(naturais ou civis) e a utilização dos produtos da coisa (ex: locação).

• Direito de Dispor (jus abutendi ou disponendi) ⎯ consiste no poder de se desfazer da coisa a título oneroso (venda) ou gratuito (doação), abrangendo o poder de consumi-la ou gravá-la de ônus (penhor, hipoteca, servidão, etc).

(38)

DA PROPRIEDADE

CLASSIFICAÇÃO

A propriedade classifica-se em:

1 - Plena (ou alodial) ⎯ quando o proprietário

(39)

DA PROPRIEDADE

2 - Limitada (ou restrita) ⎯ quando a

(40)

DA PROPRIEDADE

Na verdade, o direito de propriedade é

composto de duas partes destacáveis:

(41)

DA PROPRIEDADE

• domínio útil ⎯ corresponde ao direito de usar, gozar e

dispor da coisa. Dependendo do direito que tem,

recebe nome diferente: enfiteuta, usufrutuário, etc.

(42)

DA PROPRIEDADE

PROTEÇÃO À PROPRIEDADE

A proteção da propriedade é obtida através da Ação

Reivindicatória (art. 95 do CPC), para retomada da coisa,

quando terceira pessoa a detenha, dizendo-se dono.

A ação reivindicatória é imprescritível, embora se trate de ação real. O domínio é perpétuo e somente se extingue nos casos expressos pela lei (ex: usucapião da outra pessoa, desapropriação, etc.) e pelo não-uso. No entanto, se a coisa for usucapida, não pode mais ser proposta ação reivindicatória pelo antigo proprietário.

(43)

DA PROPRIEDADE

A) DA PROPRIEDADE IMÓVEL

AQUISIÇÃO

Aquisição da propriedade é a incorporação dos

direitos de dono em um titular. A aquisição da

propriedade imóvel dar-se-á de forma:

a) Originária ⎯ quando não houver transmissão de uma

pessoa para outra; o indivíduo faz seu o bem sem que

este lhe tenha sido transmitido por alguém.

Subdivide-se em:

(44)

DA PROPRIEDADE

A) DA PROPRIEDADE IMÓVEL

AQUISIÇÃO

b) Derivada ⎯ quando houver transmissibilidade do

domínio; a propriedade passa de uma pessoa

para outra:

• Ato causa mortis ⎯ testamento - herança.

(45)

DA PROPRIEDADE

1 - Acessão

Acessão (art. 1.248 CC) é o modo originário de aquisição

em virtude do qual fica pertencendo ao proprietário tudo quando se une ou se incorpora ao seu bem. Há um aumento do valor ou do volume do objeto, devido a forças externas. São suas espécies:

(46)

DA PROPRIEDADE

• Aluvião ⎯ acréscimo paulatino de terras às margens do rio, mediante lentos e imperceptíveis depósitos naturais ou desvios das águas. Esses acréscimos pertencem aos donos dos terrenos marginais, seguindo a regra de que o acessório segue o principal. A doutrina costuma chamar este fato de aluvião própria. Já as partes descobertas pelo afastamento parcial das águas dormentes, como lagos e tanques, são chamadas de aluvião imprópria. Não se consideram como aluvião os aterros artificiais ou acréscimos de terra feitos pelo proprietário ribeirinho, sem prejuízo de terceiros (se houver prejuízo há obrigação de ressarcimento). Aluvião é obra da natureza e não do trabalho humano.

(47)

DA PROPRIEDADE

• Álveo abandonado ⎯ (ou abandono de álveo) ⎯ álveo

é o leito do rio. Secando ou desviando (fenômeno

natural), tem-se o abandono de álveo; dá-se a

mesma solução da formação de ilhas.

• Acessões artificiais ou físicas ou industriais ⎯

derivam de um comportamento ativo do homem,

como plantações, construções, etc. Possui caráter

oneroso e se submete à regra de que tudo aquilo

que se incorpora ao bem em razão de uma ação

qualquer, cai sob o domínio de seu proprietário

(presunção juris tantum do art. 1.253 CC).

(48)

DA PROPRIEDADE

2 - Usucapião

A palavra usucapião vem do latim (capio = tomar;

usu = pelo uso; tomar pelo uso, adquirir pelo uso). É

usada no gênero feminino ou masculino. No entanto

a Constituição e o Código Civil vem usando o termo

como uma palavra feminina: é a usucapião.

Usucapião também é chamada (impropriamente)

de prescrição aquisitiva. É uma situação de domínio

pela

posse

prolongada.

Permite

que

uma

(49)

DA PROPRIEDADE

A usucapião é um modo de aquisição da propriedade (e de outros direitos reais, como as servidões prediais) independente da vontade do titular anterior. Ocorre quando alguém detém a posse de uma coisa com ânimo de dono, por um tempo determinado, sem interrupção e sem oposição, desde que não seja posse clandestina, violenta ou precária.

Dentro dessas condições o possuidor requer ao Juiz (através de advogado) que lhe reconheça a propriedade. A sentença proferida (natureza declaratória) valerá como título e será registrada no Registro de Imóveis.

(50)

DA PROPRIEDADE

O possuidor pode, para fim de contar o tempo exigido, acrescentar à sua posse a do seu antecessor, contanto que ambas tenham as mesmas características (art. 1.243 CC).

Sem posse não há usucapião, pois este vem a ser a aquisição do domínio pela posse prolongada.

A posse deverá ser exercida com animus domini (intenção de dono) e deverá ser:

• Mansa e Pacífica ⎯ exercida sem contestação de quem tenha legítimo interesse (ou seja, do proprietário).

• Contínua ⎯ sem intervalos, porém admite a sucessão (art. 1.243 CC); o possuidor pode (não é obrigado, pois às vezes pode não interessar) acrescentar à sua posse a do seu antecessor para o fim de contar o tempo exigido, desde que ambas sejam uniformes.

(51)

DA PROPRIEDADE

Três são as modalidades de usucapião:

1 - EXTRAORDINÁRIA (ART. 1.238 CC)

• exige-se, inicialmente que a posse seja pacífica,

ininterrupta, com animus domini e sem oposição por

no mínimo 15 anos.

• o prazo pode cair para 10 anos se o possuidor houver

estabelecido no imóvel sua moradia habitual ou

houver realizado obras ou serviços de caráter

produtivo.

• não é necessário provar boa-fé ou justo título.

(52)

DA PROPRIEDADE

2 - ORDINÁRIA (ART. 1.242 CC)

• posse mansa, pacífica e ininterrupta com animus

domini por 10 anos.

• o prazo cai para 05 anos se o imóvel foi adquirido

onerosamente, desde que os possuidores nele

estabelecerem sua moradia ou fizerem investimentos

de interesse social e econômico (produtividade)

-posse- trabalho.

• justo

título,

ainda

que

contenha

alguma

irregularidade (ex: compromisso de compra e venda

não registrado).

• boa-fé ⎯ ignorância dos defeitos no título; crença de

que a coisa realmente lhe pertence.

(53)

DA PROPRIEDADE

3 - CONSTITUCIONAL

A Constituição de 1.988 (reforçada posteriormente pelo Código Civil e o Estatuto da Cidade), criou outras duas espécies de usucapião, não exigindo, em qualquer das espécies, o justo título ou boa-fé (há uma presunção juris et de jure de boa-fé):

a) Área Rural - pro labore (arts. 191 CF e 1.239 CC). Requisitos:

- área do imóvel não pode ser superior a 50 hectares.

- posse - 5 anos ininterruptos sem oposição, com animus domini.

- destinado para sua moradia ou de sua família.

- pessoa não ser proprietária de outro imóvel, seja na área rural ou urbana.

(54)

DA PROPRIEDADE

b) Área Urbana - pro moradia ou pro misero (arts.

183 CF e 1.240 CC). Requisitos:

- área do imóvel não pode ser superior a 250 m².

- posse - 5 anos ininterruptos sem oposição.

- destinado para sua moradia ou de sua família.

- a pessoa não ser proprietária de outro imóvel

(seja na área rural ou urbana).

(55)

DA PROPRIEDADE

A Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade) dispõe que as áreas urbanas com mais de 250 m², ocupadas por população da baixa renda para sua moradia, por 05 anos,

(56)

DA PROPRIEDADE

3 - Registro ⎯ Transcrição (art. 1.227 CC)

Praticamente todos os contratos constitutivos ou

translativos de direitos reais sobre imóveis têm de

ser feitos por escritura pública. Os contratos criam

os direitos e obrigações, mas a transmissão da

propriedade imóvel só se opera com o registro de

transferência.

(57)

DA PROPRIEDADE

(58)

DA PROPRIEDADE

4 - Direito Hereditário

(59)

DA PROPRIEDADE

B) DA PROPRIEDADE MÓVEL

Formas de aquisição e perda da propriedade

Aquisição da propriedade é a incorporação dos direitos de dono em um titular. Se de um lado uma pessoa adquire a propriedade de uma coisa móvel, por outro lado outra a perde, concomitantemente. Assim a aquisição e a perda são analisadas em um só momento. São modos aquisitivos e

extintivos: 1. Originário

a) Ocupação b) Usucapião

2. Derivado

(60)

DA PROPRIEDADE

A) Ocupação

É o assenhoramento de coisa móvel (inclui os

semoventes - animais) sem dono, por ainda não ter

sido apropriada (res nullius - coisa de ninguém) ou

por ter sido abandonada (res derelictae), não sendo

essa apropriação proibida pela lei. Não se confunde a

coisa sem dono ou abandonada com a coisa perdida.

Esta deve ser restituída ao dono ou entregue às

autoridades. A ocupação apresenta- se de três

formas:

• Ocupação propriamente dita;

• Descoberta; e

(61)

DA PROPRIEDADE

B) Usucapião

É modo também de aquisição originária de bens

móveis. O fundamento é o mesmo que inspira ao dos

bens imóveis. A diferença está no prazo. Pode o

possuidor, para efeito de usucapião, unir a sua posse

à do seu antecessor, desde que ambas sejam

contínuas e pacíficas.

1 - Extraordinária (art. 1.261 CC)

a) posse ininterrupta (contínua) e sem oposição

(pacífica); b)sem justo título e sem boafé. c) prazo

-05 (cinco) anos.

2 - Ordinária (art. 1.260 CC)

(62)

DA PROPRIEDADE

C) Especificação (arts. 1.269 a 1.271 CC)

(63)

DA PROPRIEDADE

D) Confusão, Comistão e Adjunção (arts. 1.272 a 1.274 CC)

Ocorrem quando coisas pertencentes a pessoas

diversas se mesclam de tal forma que é impossível

separá-las.

• Confusão ⎯ mistura entre coisas líquidas (não confundir

com confusão de dívidas, quando credor e devedor são a

mesma pessoa ⎯ direito pessoal e não real). Exemplo:

misturar suco de laranja com vodca, água e vinho; álcool

e gasolina, etc.

• Comistão ⎯ mistura de coisas sólidas ou secas. Exemplo:

areia, cal e cimento, formando uma só massa.

(64)

DA PROPRIEDADE

E) Tradição

Consiste na entrega da coisa móvel ao adquirente,

com a intenção de lhe transferir o domínio. Como vimos,

um contrato de compra e venda, por si só, não é apto

para transferir o domínio de coisas móveis (o contrato

somente cria a obrigação). Desta forma somente com a

tradição é que a declaração de vontade se torna efetiva,

transformando a obrigação em direito real. A tradição

pode ser classificada em:

• Real ⎯ entrega efetiva e material da coisa.

(65)

DA PROPRIEDADE

• Ficta ⎯ quando ocorre o constituto possessório;

não é necessário entregar aquilo de que ele já

tinha a posse.

Fala-se, ainda em:

- traditio longa manu - quando a coisa é posta à

disposição do adquirente, por ser impossível a

entrega manual (ex: máquinas de grande porte,

porção de terras, etc.).

(66)

DA PROPRIEDADE

Uso anormal da propriedade (art. 1.277 CC)

O código anterior falava em uso nocivo da

propriedade. O atual fala em uso anormal. O

proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito

de fazer cessar as interferências prejudiciais à

segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam,

provocadas pela utilização de propriedade vizinha. Só

serão atendidas as reclamações relativas a danos

considerados insuportáveis ao homem normal (homo

medius). Critérios que são levados em consideração: a)

(67)

DA PROPRIEDADE

Assim, para se saber quando a utilização ou exercício

é normal ou anormal é preciso considerar os

seguintes fatores:

• grau de tolerabilidade - se o incômodo for tolerável é

desprezada a reclamação, pois a convivência social,

por si só, cria a necessidade de cada um suportar um

pouco.

• usos e costumes locais - não se pode ter o mesmo

critério numa zona residencial ou industrial; numa

cidade de veraneio ou do interior, etc.

(68)

DA PROPRIEDADE

(69)

DA PROPRIEDADE

PROPRIEDADE RESOLÚVEL

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