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1. Crimes previsto no Estatuto da Criança e Adolescente Lei 8.069/90:

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DIREITO PENAL

DIREITO PENAL – ECA

PONTO 1: Crimes previsto no Estatuto da Criança e Adolescente PONTO 2: Crimes em Espécie

PONTO 3: Pedofilia

1. Crimes previsto no Estatuto da Criança e Adolescente – Lei 8.069/90: ► Art. 225, ECA – CAN.

Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem prejuízo do disposto na legislação penal.

Ex: art. 3°, “a1

”, Lei n°4898/65.

Art. 230, caput, ECA #

Art. 2432 , ECA #

Art. 333, caput, Lei de Drogas.

► Art. 230, caput do ECA:

Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

- art. 1°4 , CPP; - art. 125, CP.

1 Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: a) à liberdade de locomoção.

2 Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida:

Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.

3 Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 4 Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

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DIREITO PENAL

► Art. 227, ECA: Ação Penal Pública Incondicionada (artigo inócuo). Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública incondicionada

2. Parte Especial - Crimes em Espécie:

►Art. 228, ECA:

Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a paga ou recompensa.

Duas condutas - omissivas próprias: - não cabe tentativa; - participação.

- Norma penal em branco – art. 106 , ECA.

- Crime próprio (não se exige a pessoal e indeclinável figura típica, mas ter característica essencial).

Deixar o encarregado de atendimento a saúde da gestante de manter os registros das atividades desenvolvidas durante o parto pelo período de 18 anos.

Não fornecimento da parturiente ou ao responsável daquele documento chamado declaração de nascido vivo.

Parágrafo único: culpa. Art. 29, § 2°7, CP.

►Art. 229, ECA: Idênticas observações aos que foram feitas ao art. 228.

Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante de

6 Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos;

II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;

III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;

IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato; V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.

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DIREITO PENAL

identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei:

Pena - detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Se o crime é culposo: Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.

A primeira conduta consiste em não realizar o médico, o enfermeiro ou o dirigente de estabelecimento a atenção de saúde a gestante, a identificação correta da parturiente e do neonato.

Pode ser um crime meio para a pratica de um crime contra a família.

A segunda conduta: não realização dos exames obrigatórios. Não cabe concurso de pessoas contra crime omissivos próprios na forma culposa.

►Art. 230, ECA:

Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das formalidades legais.

- art. 3°, “a8

” da Lei n° 4898/65 e art. 230, parágrafo único está diretamente ligado ao art. 4°, “a9” da Lei 4898/65.

É crime a mera privação da liberdade.

Ele não é um crime de atentado, embora a doutrina entenda ao contrário.

No art. 230 a apreensão precisa ser feita, mas não pode sem formalidades legais. Ex: apreender e colocar no porta-malas da viatura.

8 Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: a) à liberdade de locomoção.

9 Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:

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DIREITO PENAL

Somente o adolescente pode ser vítima do art. 230, a criança não.

Em razão da pena cominada ser extremamente baixa, discute-se sobre a aplicação do ECA e do crime de sequestro previsto no art. 148, § 1°, IV10, do CP.

Primeira posição: Incide o art. 230 do ECA quando o sujeito ativo for autoridade, ao passo que se aplica o art. 148, § 1°, IV, CP, quando o sujeito ativo for particular.

Segunda posição: O que vai determinar se trata do crime do ECA ou do crime do CP é o tempo de duração da privação da liberdade: para curtas ou curtíssimas privações de liberdade no tempo (horas), aplica-se o art. 230, ECA. Quando a privação da liberdade for duradoura, aplica-se o art. 148, § 1°, IV, CP.

► Art. 231 ECA – art. 4º, “c11

” Lei 4898/65.

Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Art. 4°, “c”, Lei 4898/65: trata-se de crime omissivo próprio, somente podendo ser praticado pelo delegado de polícia, cuja a conduta consiste em deixar de comunicar primeiro ao juiz e segundo a familiar ou pessoa indicada a apreensão de adolescente. Requisitos: a apreensão do adolescente tenha sido válida.

Obs: quando o adolescente é apreendido em flagrante, deverá ser apresentado ao promotor da infância e da juventude.

Quando o adolescente é apreendido por força de ordem judicial, deverá ser apresentado ao juiz.

► Art. 232 ECA:

10 Art. 148, § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos. 11 Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:

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DIREITO PENAL

Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

A tipificação desse crime exige uma condição especial entre sujeito ativo e sujeito passivo, vale dizer, que detenha autoridade, guarda ou vigilância sob a criança ou adolescente e, valendo-se disso cause vexame ou constrangimento.

Independe de violência ou grave ameaça contra a pessoa, se houver ainda se sujeitara a pena relativa a violência ou a grave ameaça.

Diferença entre vexame e constrangimento:

- Vexame – humilhação passiva. Ex: ofensa verbal, xingamento.

- Constrangimento – a vitima é obrigada a praticar determinada conduta e a partir dessa conduta é considerada vítima. Ex: filhos na sinaleira obrigados pelos pais.

Pode incidir - Art. 4º, “b12

”, Lei 4898/65.

► Art. 234 ECA:

Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Pune-se a conduta daqueles que são responsáveis pelo contato de criança ou adolescente e que, ao tomarem conhecimento da ilegalidade, da apreensão de qualquer deles, não adotam quaisquer providencias para as suas imediatas liberações.

É o que diz o art. 175, §1º13

, parte final do ECA.

A regra é a liberdade.

12 Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:

b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei.

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DIREITO PENAL

► Art. 235 ECA – adolescente apreendido:

Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de adolescente privado de liberdade:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Trata-se de uma norma penal em branco, pois não há prazo estabelecido.

Prazos:

- Delegado de Polícia: que ao não liberar adolescente flagrado na pratica de ato infracional, deixa de fazer o imediato encaminhamento dele ao MP (se não for possível), tudo deverá ocorrer no prazo máximo de 24horas. – art. 175, §1º, parte final do ECA.

- Promotor de Justiça da Infância e Juventude: ao receber adolescente apreendido não procede a sua ouvida no mesmo dia, a fim de que adote as providências do art. 18014 do ECA (requerer arquivamento, oferecer representação ou oferecer medida de remissão cumulada ou não com medida socioeducativa). Art. 17915 ECA.

- Juiz da Infância e Juventude: que desconsidera o prazo de 45 dias de internação provisória previsto tanto no art. 10816 quanto no art. 18317 do ECA.

► Art. 122, §1º18 do ECA – criado especificamente para os 45 dias, mas aproveita-se para mais prazos.

14 Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo anterior, o representante do Ministério Público poderá: I - promover o arquivamento dos autos;

II - conceder a remissão;

III - representar à autoridade judiciária para aplicação de medida sócio-educativa.

15 Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial, devidamente autuados pelo cartório judicial e com informação sobre os antecedentes do adolescente, procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de seus pais ou responsável, vítima e testemunhas.

16 Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias.

17 Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando o adolescente internado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.

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DIREITO PENAL ► art. 121, §1º19

ECA – prazo de três meses quando a medida de internação é aplicada pelo descumprimento de três medidas anteriores (segundo STJ). O adolescente tem que ser ouvido – Súmula 26520 do STJ.

► Art. 121, §3º21

do ECA – prazo máximo de três anos.

► Art. 236 do ECA:

Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Trata-se de um tipo misto alternativo. É o próprio conflito aparente de normas, sendo um crime único.

É um crime formal prevê conduta e resulta, mas consuma-se somente coma conduta. Basta que haja um ato de impedimento ou embaraço total ou parcial haverá o crime.

► Art. 237 do ECA – furto = subtração:

Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto:

Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.

Família natural – família extensa ou ampliada – família substituta.

Pune-se a conduta de quem subtrai criança ou adolescente do poder de quem detenha a guarda em virtude de lei ou ordem judicial, desde que haja a finalidade de colocação em família substituta.

Com a reforma operada em 2009, que criou a figura da família extensa ou ampliada, reduziu-se o âmbito de incidência da presente infração penal. Isso porque agora a família

19 Art. 121, § 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.

20 Súmula 165 do STJ: É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida sócio-educativa.

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DIREITO PENAL

substituta é uma exceção, sendo objetivo do ECA a manutenção da criança ou adolescente com aquela pessoa com que com ela mantenha vinculo de afinidade ou afetividade.

Esse crime pode ser perpetrado pelo pai ou pela mãe, desde que não tenham mais a guarda.

O crime possui semelhança com o crime do art. 24922 do CP, ou seja, subtração de incapazes. Por essa razão, discute-se sobre a incidência do §2º23

a esse delito (que traz uma causa de perdão judicial para o caso da vítima ser restituída a salvo.

Duas posições:

- Minoritária: menciona que não, pois se aplicam ao ECA as normas da parte geral apenas – art. 22624 do ECA.

- Majoritária: por analogia “in bonam partem” aplica-se o §2º do art. 249 ao art. 23725

do ECA.

Há posição em que pai ou mãe, sem guarda do filho, peguem o filho para si, praticam o crime do art. 35926 do CP.

Casos concretos:

- Se a vítima é retirada de quem a cria não haverá crime – deve haver a guarda.

- Se a vítima foge por espontânea vontade também não haverá crime.

22 Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial:

Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime.

23 Art. 249, § 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena.

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Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal.

25 Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto:

Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.

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DIREITO PENAL

- se a vítima foge induzida por terceiros haverá o crime do art. 24827

do CP.

- Se o fim único for privação da liberdade haverá o crime do art. 148, §1º, VI28, CP.

- Se o objetivo for resgate haverá o crime de extorsão mediante seqüestro – art. 15929

do CP.

►Art. 238 do ECA:

Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a paga ou recompensa.

Trata-se de crime bilateral ou concurso necessário.

Trata-se de um crime formal porque a simples promessa de entrega do filho ou pupilo, bem como o só oferecimento de vantagem em troca deles já consumam o crime.

É um crime que se exige uma relação especial entre sujeito ativo e passivo, porque a lei refere filho ou pupilo. Sujeito Ativo - pai, mãe, tutor e guardião (quem detém a guarda detém parcela de poder familiar).

Diferença entre paga e promessa de recompensa: - paga: literalmente, o crime mercenário.

- recompensa: trata de qualquer outra vantagem, de qualquer outra natureza, ainda que não tenha conteúdo econômico.

27 Art. 248 - Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial; confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou interdito, ou deixar, sem justa causa, de entregá-lo a quem legitimamente o reclame:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

28 Art. 148, § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:

IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos.

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Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

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DIREITO PENAL

Se não houver finalidade econômica na promessa de entrega, o crime praticado será o do art. 24530 do CP, desde que a pessoa a quem se entregue o menor seja inidônea material ou moralmente.

No crime do art. 245 admite dolo direito (deve) e eventual (deva saber).

►Art. 245, §1º31

o CP prevê a conduta de entrega do filho com recebimento de vantagem - norma violada é 238 do ECA. Portanto, revogado o art. 245, §1º, do CP.

O nascituro pode ser sujeito passivo do crime do art. 238 do ECA, mas deve haver um ato concreto.

►Art. 239 ECA:

Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro:

Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.

É um crime formal, não precisará jamais ter havido a efetiva retirada da vítima do território nacional para que esteja consumado o crime.

Art. 23132 CP – acompanhados de crimes contra a fé pública – documentos falsos.

Para TJ, TRF e STJ crime único pelo principio da consunçao – são absorvidos pelo crime fim.

Por outro lado, para o STF não é absorvido. Não aplica Súmula 1733

do STJ.

30 Art. 245 - Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo:

Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos

31 Art. 245, § 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclusão, se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é enviado para o exterior.

32 Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:

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DIREITO PENAL

Art. 10934

CF – competência para o processo e julgamento dos crimes – art. 239 do ECA e 23135 do CP é sempre da justiça federal.

- Art. 239, parágrafo único – qualificadora.

Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.

Essa qualificadora traz uma hipótese de concurso material expressão ou explicito – “além da pena correspondente à violência”.

Questão do “bis in idem”:

Quando a violência do tipo penal decorrer de culpa – não utiliza concurso material expresso ou explicito, porque a pena é muito alta.

Apenas quando a violência é praticada de forma dolosa – penas somadas.

A maioria desses crimes que permitem o resultado que agravam a pena somente são 33 Súmula 17 STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.

34 Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;

VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

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DIREITO PENAL admitidos a título de culpa – Preterdolosos.

Violência compreende desde vias de fatos até a morte.

Quando há expressão “fraude” a doutrina comenta que implica no envio de vitimas menores de 18 anos sob a falsa promessa de trabalho fácil e lucro fácil e são obrigadas a se prostituir.

► Art. 231, §2º, I36, CP - entende-se que revogou tacitamente o art. 239 do ECA quando refere a fraude para exploração sexual.

3. Pedofilia: ► Art. 240 do ECA:

Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

§ 1o

Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

§ 2o

Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la; (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

III – prevalecendo-se de relações de parentesco consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento.

36 Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

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DIREITO PENAL Uso

sigilo sexo ou explícito pornografia – art. 244-E ECA.

Produz Internet falsa usuário

│__________________________│_________________│_______________│ comercializa

Diferença para Lei 11.343/06 – o ciclo é o mesmo. Porém, dentro do art. 33 caput e §1º37

e 3438

da LD existem crime único. Conflito aparente de normas.

Os crimes de pedofilia cada ciclo foi previsto em tipo penal diverso, dando concurso de crimes.

Porém, na essência são o mesmo.

Pune-se a conduta daquele que produz material pornográfico ou de sexo explicito envolvendo criança ou adolescente. As condutas principais são: reproduzir, produzir, fotografar, filmar, registrar imagens envolvendo criança ou adolescente. Ou seja, pune-se a origem da pedofilia que, ao depois, será difundida por meio do comércio ou da troca.

37 Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. § 1o Nas mesmas penas incorre quem:

I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;

II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;

III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.

38 Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

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DIREITO PENAL

► §1º do art. 240 é desnecessário em razoa do art. 2939

, caput do CP, pune a conduta daquele que intermedeia, opta, aproxima a vítima do local aonde serão feitas, gravadas as imagens envolvendo criança e adolescente. Podem ser, inclusive, pai e mãe, o que revela ser inócuo eventual consentimento por eles oferecido.

► §2º - causa de aumento de pena:

Trata-se de uma majorante que vai incidir na terceira fase de aplicação da pena. Há um certo temor da vitima em relação do agente.

Não precisa ser coabitação - desde que haja relação de parentesco (doação, curatela).

►Art. 241 do ECA:

Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

Tipo misto alternativo – praticado mais de uma conduta dentro de um mesmo contexto temporal haverá crime único.

A diferença entre vender e expor à venha: - Vender - pressupõe pessoa certa e determinada.

- Expor a venda – pressupõe pessoa indeterminada.

O que se discute na modalidade vender é o caráter formal ou material – Súmula 145 do STF.

Há duas correntes:

- O STF entende que basta a mera tradição, ou seja, somente se consuma a modalidade quando a pessoa entrega o produto.

- Outra corrente entende que basta o mero acerto do negócio, independente da tradição. .

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DIREITO PENAL

►Art. 241-A do ECA:

Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Momento consumativo do crime: publicar imagem pornografia ou de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente.

É um crime formal – basta lançar as imagens para que o crime tenha sido consumativa. Não há necessidade de alguém ter acessado as imagens. Assistir as imagens é mero exaurimento.

►Competência:

Para fins do art. 109, V40

, da CF, dois aspectos determinantes devem ser reconhecidos: 1) a existência de convenção ou tratado internacional assinado e aprovado pelo Brasil;

2) que se trate de crime à distância, com execução ou resultado em mais de um país.

O fato de o crime ser cometido pela Internet não é suficiente para firmar a competência da justiça federal, sendo necessária a prova de que houve execução ou consumação do delito no exterior.

É totalmente casuística, o site que tenha publica deve ser d eorigem estrangeiro ou a pessoa que tenha acessado o material deve ter acessado em país estrangeiro – justiça federal.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo.(Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

40 Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

(16)

DIREITO PENAL

§ 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são puníveis quando o responsável legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

- Condição objetiva de punibilidade: não permite a verificação do próprio tipo penal. ≠

- Condição de procedibilidade – tem haver com ação penal.

Condição objetiva de punibilidade: Art. 1º, Lei 8137/90; art. 168-A; art. 337-A, CP; crimes contra patrimônio e roubo para levá-lo para fora estado ou país.

Não existe tentativa em que crimes em que se exige condição objetiva de punibilidade porque:

- ou a condição se implementou e o crime já estava consumando, não podendo ser punido por questão de política criminal;

- ou a condição objetiva de punibilidade não se implementa e nunca haverá punição.

A prescrição somente começa a correr a partir do momento em que se implementa a condição objetiva de punibilidade.

►Art. 241-B ECA:

Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Trata-se da punição relativa ao usuário de material pornográfico envolvendo criança e adolescente.

§ 1o

A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena quantidade o material a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

(17)

DIREITO PENAL

I – agente público no exercício de suas funções; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes referidos neste parágrafo; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

III – representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Causa de exclusão da tipicidade.

A pessoa tem que ser funcionaria pública ou ter uma empresa com um dos propósitos de combater e denunciar a pedofilia.

§ 3o

As pessoas referidas no § 2o

deste artigo deverão manter sob sigilo o material ilícito referido. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Causa de exclusão da tipicidade desde que o material seja mantido em absoluto sigilo.

► Art. 241-C do ECA:

Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material produzido na forma do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

O fim é o mesmo. Porém, a criança não está presente.

► Art. 241-D do ECA:

Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso; (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

(18)

DIREITO PENAL

Pode ser um crime de corrupção de mero para fim sexual previsto no art. 21841 CP – participa a distância.

Quase sempre não se esgota nessa conduta.

►Art. 241-E do ECA.

Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)

Norma de cunho explicativo.

►Art. 242 do ECA:

Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, munição ou explosivo:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.

Este artigo só vale para armas brancas. O art. 242 do ECA foi derrogado pelo art. 16, parágrafo único, V42

, do Estatuto do Desarmamento.

Não se confunde com o art. 1343

do Estatuto do Desarmamento, que é conduta de impedir culposamente que criança ou adolescente se apodere de arma.

►Art. 243 do ECA:

Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida:

41 Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 42 Art. 16. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:

V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente. 43 Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:

(19)

DIREITO PENAL

Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)

A pri ncipla discussao, no art. 81 do ECA em incisos diferentes (II e III) arrola em incisos separados a venda de bebeida alcoolica e a complementação do art. 243 (norma penal em branco).

A jurisprudência menciona como esta em incisos diversos a bebida alcoólica não causa dependência, não caracteriza o crime do art. 243 do ECA. Assim, a venda de bebida alcoólica tipificaria a conduta do art. 63, I44, LCP – o verbo é servir.

TJ/RS e STJ entendem que vender bebida alcoólica a criança ou adolescente é fato atípico, sujeito ao autor do fato a uma multa.

O MP do RS propõe que seja revogada a contravenção penal do art. 63, I, LPC devido a importância do crime que é comparado a contravenção.

Para o MP vender bebida alcoólica é crime do art. 243 do ECA.

►Art. 244 ECA:

Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida:

Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.

►Art. 244 –A45, ECA – revogado pelo art. 218-B46 do CP.

44 Art. 63. Servir bebidas alcoólicas: I – a menor de dezoito anos;

Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.

45 Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual: (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)

Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa.

46 Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

(20)

DIREITO PENAL

Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Esse tipo penal criou uma norma forma de vulnerável, ou seja, qualquer pessoa menor de 18 anos. Alem disso excluir da condição de vulnerável aquele que não possa oferecer, por qualquer outro meio, resistência.

Além disso, as vítimas somente podem ser determinadas.

As condutas do Sujeito Ativo são – submeter que é dominar moralmente; induzir; Atrair; dificultar; facilitar ou impedir que alguém abandone.

A condutas do sujeito ativo são condutas instantâneas, mas para que se consumem é imprescindível que haja habitualidade na conduta da vítima.

§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Visar obtenção de vantagem aplica-se multa.

§ 2o

Incorre nas mesmas penas: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Quem se vale do serviço oferecido pela vítima.

Quando a vítima for menor de 14 anos, o sujeito irá praticar o crime do art. 217-A47 CP.

47 Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

(21)

DIREITO PENAL § 3o

Na hipótese do inciso II do § 2o

, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.

Art. 9148

do CP – efeito automático da sentença penal condenatória.

►Art. 244-B do ECA: corrupção de menores.

Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

A principal discussão é acerca do momento consumativo da infração penal. A posição pacifica no STJ diz que o crime é formal, pois o que se tutela é a totalidade de “menores”, que acabam sendo violados com a pratica de infrações penais, por isso, haverá crime, independentemente de estarem corrompidos.

§ 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

§ 2º As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

- Aumento de 1/3 Lei 8072/90.

Observação:

Publicar fotos de criança e adolescente no jornal: não é crime. Apenas uma infração administrativa.

48 Art. 91 - São efeitos da condenação:

I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;

II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:

Referências

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