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An´alise de Dados e Simula¸c˜ao

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Academic year: 2022

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An´alise de Dados e Simula¸c˜ao

M´arcia D’Elia Branco

Universidade de S˜ao Paulo Instituto de Matem´atica e Estat´ıstica

http:www.ime.usp.br/ mbranco

Simula¸c˜ao de Vari´aveis Aleat´orias Cont´ınuas.

(2)

O m´etodo da Transformada Inversa

TeoremaSejaU ∼U(0,1). Para qualquer fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao acumuladaF cont´ınua, a v.a. X definida por

X=F−1(U) tem distribui¸c˜aoF.

Prova: (em aula).

Exemplo 1: F(x) =xa , 0< x <1 ,com aum n´umero natural.

Ent˜ao

X=F−1(U) =U1/a tem distribui¸c˜aoF.

(3)

O m´etodo da Transformada Inversa

Exemplo 2: Distribui¸c˜ao exponencial X∼Exp(λ) Sua f.d.p. ´e dada por

f(x) =λe−λx, x >0, λ >0.

Sua f.d.acumulada ´e F(x) =

x

Z

0

λe−λtdt= 1−e−λx.

Portanto,

X= −ln(1−U)

λ = −lnU λ comU ∼U(0,1).

(4)

O m´etodo da Transformada Inversa

Exemplo 3: Simular da Poisson a partir da Exponencial N(t) n´umero de eventos at´e o instantet.

Xi tempo entre os eventos (i−1)ei.

SeN(t)´e Poisson ent˜aoX1, X2, . . . s˜ao ind. Exponenciais.

Fa¸cat= 1 e N(1) =max{n:Pn

i=1

Xi ≤1}. Usando o exemplo anterior temos que

N(1) =max{n:

n

X

i=1

ln(Ui)≥ −λ}

N(1) =max{n:U1×U2× · · · ×Un≥e−λ}

(5)

O m´etodo da Transformada Inversa

Exemplo 4: Distribui¸c˜ao GamaX ∼Gama(n, λ).

Sua f.d.p. ´e

λn

Γ(n)xn−1e−λx.

A f.d.a. da Gama n˜ao pode ser obtida analiticamente.

Sen´e um n´umero natural temos queX pode ser escrita como uma soma de exponencias.

Ent˜ao,

X=

n

X

i=1

−1

λln(Ui) =−1

λln(U1×. . . ,×Un).

(6)

O m´etodo da Rejei¸c˜ao/aceita¸c˜ao

Sejamf(x) uma f.d.p. de interesse eg(x) uma f.d.p. proposta.

Considere que exista uma constanteC tal que f(x)

g(x) ≤C , ∀x.

O algoritmo consiste em:

(i)Simular x da densidade g(x).

(ii) Simular um n´umero aleat´oriou.

(iii) Seu≤ Cg(x)f(x) ent˜ao fa¸ca x=x. Caso contr´ario, volte a (i).

(7)

O m´etodo da Rejei¸c˜ao/aceita¸c˜ao

Observa¸c˜oes:

A probabilidade de aceita¸c˜ao de um particular valor x deX ´e

f(x) Cg(x) .

E importante garantir a existˆencia da constante´ C. Pode n˜ao existir e ent˜ao o m´etodo n˜ao dever´a ser aplicado.

Os valores simulados usando o algoritmo formam uma amostra da distribui¸c˜ao de X (provar!).

O n´umero de itera¸c˜oes necess´arias para a simula¸c˜ao de uma unidade amostral ´e uma v.a. com distribui¸c˜ao geom´etrica com m´ediaC (provar!) .

1

C ´e denominada probabilidade de aceita¸c˜ao do algoritmo (m´edia ).

(8)

O m´etodo da Rejei¸c˜ao/aceita¸c˜ao

Exemplo 5: Distribui¸c˜ao Gama com parˆametro n˜ao natural X∼Gama(3/2,1).

Sua f.d.p. ´e

f(x) = 2

√πx3/2−1e−x , x >0.

Vamos considerar com proposta umaExp(23)com g(x) = 2

3e2x3 , x >0.

Note que

f(x) g(x) = 3

√πx1/2e−x/3. ExisteC ?

Maximizando a raz˜ao acima obtemosC= 1.257.

(9)

O m´etodo da Rejei¸c˜ao/aceita¸c˜ao

No exemplo 5, a probabilidade de aceita¸c˜ao ´e0.795e o algor´ıtmo consiste em

(i)Simular dois n´umeros aleat´orios u1 e u2. (ii) Fa¸cax=−32ln(u1) e α= 0.795f(xg(x))

(iii) Seu2< α fa¸cax=x e pare. Caso contr´ario, volte a(i).

O n´umero m´edio de itera¸c˜oes necessarias para obten¸c˜ao de um valor deX ´e 1.257.

(10)

O m´etodo da Rejei¸c˜ao/aceita¸c˜ao

Exemplo 6: Simulando da Normal via algoritmo de rejei¸c˜ao.

ConsidereZ ∼N(0,1)com f.d.p.

f(z) = 1

√2πe−x2/2 SeX =|Z|(modulo) ent˜ao

f(x) = 2

√2πe−x2/2 , x >0.

Essa distribui¸c˜ao ´e denominada normal positiva ouhalf-normal. Se soubermos simular deX usamos o esquema abaixo para obter amostras deZ

Z =X com probabilidade 1/2 Z =−X com probabilidade 1/2

(11)

O m´etodo da Rejei¸c˜ao/aceita¸c˜ao

Usamos o algoritmo de rejei¸c˜ao para simular deX com proposta Exponencial com m´edia 1, ent˜ao

g(x) =e−x e

f(x) g(x) =

r2

πex−x2/2. O ponto de m´aximo ´e obtido quandox= 1 e

C = f(1) g(1) =

r2e

π = 1.31.

(12)

O m´etodo da Rejei¸c˜ao/aceita¸c˜ao

Algoritmo

(i) Simuleu1 eu2 da U(0,1)

(ii) Calculex =−lnu1. Seu2> e12(x−1)2 volte para (i).

Caso contr´ario, fa¸ca x=x e siga.

(iii) Simuleu3 da U(0,1). Se u3 <1/2fa¸ca z=x.

Caso contr´ario, fa¸ca z=−x.

A probabilidade de aceita¸c˜ao do algoritmo ´e 0.76 e o n´umero esperado de itera¸c˜oes ´e 1.31.

(13)

O m´etodo de Box-Muller para simular da Normal

O m´etodo usa a id´eia de transforma¸c˜ao de vari´aveis bidimensional.

Considere duas v.a. X e Y com distribui¸c˜ao normal padr˜ao N(0,1)e a seguinte transforma¸c˜ao de vari´aveis:

D=X2+Y2 e θ=arctg Y

X

. Usando o m´etodo Jacobiano obtemos a f.d.p. de(D, θ)

f(d, θ) = 1

2e−d/2 1

2πI(0,2π)(θ) d >0, em queIA representa a fun¸c˜ao indicadora.

Portanto,θ tem distribui¸c˜ao Uniforme em(0,2π) e Dtem distribui¸c˜ao exponencial comλ= 1/2.

(14)

O m´etodo de Box-Muller para simular da Normal

Lembrando queD=−2lnU1 eθ= 2πU2 comU1 e U2 v.a. Uniformes no(0,1).

O algoritmo consiste em

(i)Simular u1, u2 n´umeros aleat´orios independentes.

(ii) Calcularx=√

−2lnu1Cos(2πu2) ey =√

−2lnu1Sen(2πu2) Se desejamos simular de uma normal qualquer com m´ediaµ e variˆanciaσ2 basta considerar a transforma¸c˜ao

W =µ+σX.

(15)

O m´etodo da Composi¸c˜ao

1. Mistura Finita

Suponha que seja poss´ıvel decompor uma f.d.a. como uma mistura finita de outras f.d.a

F(x) =

n

X

i=1

piFi(x)

com Pn

i=1

pi = 1.

Podemos ent˜ao considerar o seguinte esquema de simula¸c˜ao:

(i)Ordenar os pi´s tal que p(1)≤p(2)≤ · · · ≤p(n).

(ii) Simular um n´umero aleat´oriou. Seu < p(1) simula X deF1 e para.

Caso contr´ario, sep(1)+· · ·+p(j−1) ≤u < p(1)+· · ·+p(j) simula X deF e para.

(16)

O m´etodo da Composi¸c˜ao

2. Mistura Infinita F(x) =

Z

−∞

FX|Y=y(x|y)fY(y)dy

ComfY a f.d.p. de uma v.a. Y e

FX|Y=y a f.d.a. condicional da v.a. X dadoY =y

O algoritmo consiste em simulary deY e depois simularx de X|Y =y.

A rela¸c˜ao acima pode ser escrita em fun¸c˜ao das fun¸c˜oes densidades.

f(x) = Z

−∞

fX|Y=y(x|y)fY(y)dy.

Referências

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