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PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA SOBRE OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEIS

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Academic year: 2022

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PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA SOBRE OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEIS

MARIA HELENA FERRARI; VALÉRIA ARENHARD; ELISE MARQUES FREIRE CUNHA; ROBERTO SIMPLÍCIO GUIMARÃES

RESUMO

O sistema educacional deve envolver e contribuir para a formação de uma sociedade consciente definindo objetivos e propondo conteúdos de aprendizagem relacionados ao desenvolvimento sustentável. A escolha pela Agenda 2030 deu-se por entender a diferença significativa que o tema pode proporcionar ao estudante para expandir sua compreensão sobre o assunto e colocar em prática o que aprendem em sala de aula. Este trabalho foi desenvolvido no Instituto Federal de Rondônia Campus Vilhena envolvendo a turma do primeiro ano do Curso Técnico Integrado em Informática. Foi um projeto interdisciplinar que envolveu as disciplinas de Inglês, Informática, Empreendedorismo e Química Ambiental, baseado em atividades aplicadas por meio de metodologias ativas de aprendizagem para conhecer e compreender os ODS, relacionar e identificar os problemas nas comunidades, discutir esses problemas e por fim construir propostas de solução. O objetivo aqui é apresentar a análise do questionário fechado, contendo dados que caracterizam o público-alvo, e os eixos temáticos sustentabilidade, meio ambiente, ODSs e interdisciplinaridade, baseado na escala de Likert, aplicado aos participantes no início do projeto. Dados basilares para condução de todo o projeto. Concluiu-se que grande parte dos participantes não conheciam os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável bem como reconhecem que podem ser protagonistas juvenis, mas, não são, por desconhecimento de políticas públicas, por falta de motivação, ou outros fatores. Espera-se que as propostas apresentadas pelos estudantes sejam compartilhadas e colocadas em prática em próximas oportunidades, seja apoiada por seus mentores ou por incentivo de editas institucionais com captação de recursos ou estabelecimento de parcerias interna ou externa.

Palavras-chave: Agenda 2030; Educação; Interdisciplinaridade; Metodologia ativa;

Sustentabilidade.

ABSTRACT

The Educational System must involve and contribute to a educate a aware society defining aims and proposing learning subjectives related to sustainable development. Agenda 2030 was chosen by understanding the meaningful difference that this subject can make to students to spread his/her view about it and put it into practice what learned in class. This work was developed In the Federal Institute od Rondônia, Campus Vilhena approaching 40 students from the Technical Course in Computing. It was a inderdisciplinary project iinvolving English Language, Computing, Entrepreunourship, and Enviromental Chimistry, based in activities developed trough active learning methodologies to know and understand SDO, relate and identify problems in comunnities, discuss problems and finally build solutions proposals. The aim for this paper is to analyse a closed questionnaire, based in the Likert skale, applied to the

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participants in the beginning of the project. It was concluded that, most of the participants did not know the 17 objectives of sustainable development as well as recognize that they can be teen protagonists, but they are not, by not knowing public polices, or by the lack of motivation, or by other factors.

Key Words: 2030 Agenda; Education; Interdisciplinarity; Active Methodology;

Sustainability.

INTRODUÇÃO

A agenda 2030 é um plano de ação global com 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável que contempla diversas áreas do conhecimento para que os países trabalhem visando uma sociedade melhor. Os objetivos foram criados principalmente para erradicar a pobreza e promover uma vida digna para as pessoas, respeitando a natureza para não comprometer a qualidade de vida das atuais e futuras gerações. Questões globais de sustentabilidade exigem uma mudança no nosso estilo de vida e uma transformação do nosso modo de pensar e agir. Para que essa mudança ocorra será necessário estabelecer habilidades, valores e atitudes que levem a sociedade a pensar o futuro do planeta e das gerações. Pensar o desenvolvimento sustentável para a construção de uma sociedade melhor, socialmente inclusiva, ambientalmente sustentável e economicamente equilibrada, mais justa e igualitária é o papel da escola.

O sistema educacional pode e deve se envolver e contribuir para a formação de uma sociedade pensante definindo objetivos e propondo conteúdos de aprendizagem relacionados ao desenvolvimento sustentável. Propor metodologias que empoderem os educandos, ou seja, a sociedade do futuro. Estabelecer processos de confiança para fazer na prática e chegar em 2030 com pessoas comprometidas com o planeta e a sociedade.

Este relato de experiência justifica-se tendo em vista as mudanças de concepção sobre inúmeros assuntos na sociedade, bem como a necessidade de melhorar a educação brasileira, ativar a capacidade de participar da construção da sociedade o Ministério da Educação (MEC) formulou a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) buscando modificar o sistema de ensino. O documento estabelece que a educação do aluno deve ser integral, isto é, de maneira plena, de modo que venha a ser um bom cidadão (BRASIL, 2018).

A metodologia utilizada para esse projeto foi o de pesquisa-ação colaborativa, pois, segundo Thiollent (1994, p.18) consiste no relacionamento de objetivos práticos e objetivos do conhecimento, essa inter relação contribui para solucionar os problemas, resultando em possíveis soluções, por meio da obtenção de informações que seriam de difícil acesso com a utilização de outros procedimentos.O objetivo foi analisar o questionário dignóstico aplicado a uma turma de 40 alunos do Curso Técnico em Informática do Instituto Federal de Rondônia, Campus Vilhena, participantes do projeto de pesquisa integrado ao ensino intitulado “Aplicabilidade transdisciplinar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS 2030).

MATERIAIS E MÉTODOS

Para a construção do projeto foram utilizados instrumentos com base na identificação e solução de problemas que se caracterizam pela inter-relação entre educação, cultura, sociedade, política e escola, sendo desenvolvida por meio de métodos ativos e criativos, centrados na atividade do aluno com a intenção de propiciar a aprendizagem. O instrumento utilizado para fundamentar todo o processo de construção da aprendizagem foi o questionário fechado, dividido em duas sessões e por 4 eixos temáticos baseado na teoria de Likert. Sendo eles o primeiro eixo sobre Sustentabilidade, segundo meio ambiente, terceiro ODS 2030 e

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quarto eixo sobre interdisciplinaridade. As variáveis foram concordo, concordo totalmente, não concordo e nem discordo, discordo, discordo totalmente, não sei responder. O questionário foi construído via google forms e disponibilizado para a turma no ambiente virtual de aprendizagem. A análise foi realizada e a partir dela resultaram outras fases do projeto a conhecer em futuras publicações.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Antes de iniciarem as atividades do projeto os alunos foram convidados a responderem um questionário sobre o que entendiam sobre Sustentabilidade. A turma que a mentora 1 elegeu para participar do projeto foi o 1º A informática que iniciou o ano letivo com 40 alunos matriculados e deles 35 alunos responderam o questionário. Em relação à composição do gênero da turma 15 respondentes caracterizaram-se como do gênero masculino (43%) e 20 respondentes (57%) julgaram ser do sexo feminino. À questão levou em consideração as diferentes faixas etárias que os cursos técnicos podem atender. Sendo assim, os respondentes tinham a opção de marcar, se tivessem menos de quatorze anos, entre quatorze e dezoito anos, dezenove e vinte e nove anos, entre trinta e trinta e cinco anos e acima de 35 anos. Diante do resultado, 100% dos respondentes marcaram que estão entre 14 e 18 anos.

O primeiro eixo temático abordado foi sustentabilidade contendo seis itens. A escolha do tema levou em consideração que ao longo do tempo os produtos, as propagandas, textos em livros didáticos, enfim usam a palavra SUSTENTABILIDADE como chamamento midiático. Sendo assim, o primeiro item para análise foi “Eu tenho conhecimento sobre o que é e quais as dimensões da sustentabilidade”. Sendo assim, 2 participantes responderam que concordam totalmente; 15 concordaram; 5 não concordaram e nem discordaram, 1 discordou;

2 discordaram totalmente e 6 não souberam responder. Podemos perceber que grande parte dos alunos já ouviram falar sobre Sustentabilidade mas ainda precisamos permitir que o mesmo compreenda o que realmente é sustentabilidade.

O segundo item trouxe a seguinte afirmação: “Sustentabilidade é um tema restrito às questões ambientais”, no que diz respeito a esta afirmação 3 respondentes concordaram totalmente com a afirmação, 8 concordaram, 13 discordaram, 5 não concordaram e nem discordaram, 3 discordaram totalmente e 5 não souberam responder. Pode-se observar que ainda o tema tem uma proximidade significativa com questões ambientais. É preciso transcender essa visão empírica por meio de discussões, reflexão e competências atitudinais.

O terceiro item trouxe a seguinte afirmação: “Sustentabilidade tem pilares relacionados à economia, sociedade, ambiente e a política”. Nesse sentido, 9 respondentes marcaram que concordaram totalmente com a afirmação, 20 concordaram, 1 não concordou e nem discordou, 1 discordou e 5 não souberam responder. Apesar da maioria dos participantes concordarem com a relação dos pilares, há um desconhecimento parcial de como essa relação funciona, o que pode ser confirmado pela resposta do item anterior, onde cerca de 30% dos respondentes afirmaram ser sustentabilidade um tema restrito às questões ambientais e 27% dos respondentes não souberam ou não quiseram responder à questão.

A quarta assertiva abordou “As políticas públicas nas diversas esferas (federal, estadual e municipal) são eficientes para promover a sustentabilidade”. As marcações dos respondentes foram variadas: 6 concordam totalmente, 9 concordam, 10 não concordam e nem discordam, 5 discordam e 4 não souberam responder. Levando em consideração a faixa etária dos respondentes, bem como da necessidade de envolvimento dos discentes em temas que envolvem política revela que grande parte dos participantes não tem propriedade para discutir ou opinar sobre o tema, motivo pelo qual esse tipo de conteúdo precisa ser proposto e sua discussão deve ser incentivada com o objetivo de permitir aos nossos alunos o desenvolvimento do raciocínio crítico sobre questões que envolvem seu bem-estar e a vida em comunidade.

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A quinta questão trata da seguinte afirmação: “No município onde moro as políticas públicas são aplicadas com rigor pelos representantes do poder público visando o bem estar da população”. Logo, as respostas dos participantes foram 8 concordaram; 12 não concordaram e nem discordaram, 10 discordaram, 1 discordou totalmente e 4 não souberam responder; Como analisado na questão anterior, é necessário envolvê-los em questões políticas principalmente que envolvam o seu entorno, já que cerca de 45% dos respondentes não tiveram condições de opinar sobre questões que envolvem o poder público.

E por fim, a última assertiva do primeiro eixo diz “ No Município onde moro as leis relacionadas à sustentabilidade são respeitadas pela sociedade que pensa nas atuais e futuras gerações”, ao que 1 respondente concordou totalmente, 6 concordaram; 13 não concordaram e nem discordaram, 8 discordaram, 2 discordaram totalmente e 5 não souberam responder; Esse questionamento vêm corroborar com as questões no que diz respeito às questões políticas, grande parte não concordou e nem discordou com a afirmação, ou não souberam responder à questão. Esses dados mostram que é preciso inserir aos conteúdos abordados em sala de aula, como funciona, ou quais aportes políticos são ou estão em evidência ou não, no município em que vivemos, com o objetivo de permitir que o nosso aluno se coloque como agente ativo dentro da escola, da sua comunidade e município incentivando o protagonismo juvenil.

O enfoque do segundo eixo temático abordado foi sobre o conhecimento prévio dos respondentes através de seis afirmações. A primeira delas envolve a seguinte afirmativa:

“Tenho conhecimento suficiente sobre meio ambiente!”. As marcações dos respondentes foram: 8 concordaram totalmente, 14 concordaram, 4 discordaram totalmente, 6 não concordaram e nem discordaram, 3 discordaram; e 4 não souberam responder. A terminologia meio ambiente é familiar aos participantes desde o seu ingresso na vida escolar, porém apesar dessa familiaridade os estudantes, em grande parte acreditam que não tem conhecimento suficiente. Sendo assim, faz-se necessário que a escola repense as suas práticas pedagógicas, sempre trazendo para o eixo da discussão problemas em escalas global, nacional e local para que o aluno se sinta motivado a aprender, sendo colocado como protagonista na construção do saber.

A segunda afirmação foi “Meio ambiente é um tema restrito às questões da natureza e não envolve outros fatores (sociais, econômicos e políticos)”. A maioria dos respondentes discordaram. Os posicionamentos foram os seguintes 2 concordaram totalmente; 7 concordaram; 2 não concordaram e nem discordaram 11 discordaram; 11 discordaram totalmente, 5 discordam e 2 não sabem responder; Fica perceptível que os respondentes têm noção de que o tema meio ambiente não está restrito somente à natureza, podendo potencializar as discussões e diálogos durante as atividades do projeto e onde tiver que se posicionar quanto ao assunto na sociedade.

A terceira afirmação era sobre protagonismo juvenil, conforme transcrição: “Os meus conhecimentos sobre meio ambiente podem me tornar protagonista na sociedade”. De acordo com a resposta dos participantes, cerca de 26% dos respondentes concordam com a afirmação, 23% discordaram, 40% não concordaram e nem discordaram, e 11% não sabiam responder. O tema protagonismo para eles ainda parece ser algo distante, difícil de se aplicar ou vivenciar, visto que 51% dos alunos decidiram não se posicionar quanto ao tema. Dessa forma é importante que o educador atue como mediador na construção de referenciais ambientais e deve usá-los como instrumentos para o desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da natureza (Jacobi, 2003, p. 193), valorizando a aprendizagem do aluno e estimulando o raciocínio crítico, permitindo que ele se reconheça como peça fundamental para propor uma mudança em seu meio.

A quarta afirmação envolveu “O conhecimento leva o cidadão a atuar para melhorar seu entorno”. Com relação a esta afirmação, 17 respondentes concordaram totalmente, 8 concordaram; 4 discordaram totalmente, 1 discordou, 2 não concordaram e nem discordaram,

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3 não souberam responder. O nos leva a perceber que diante do conhecimento, as pessoas atuam nas suas comunidades.

A quinta afirmação: “Vivemos em uma sociedade que entende a importância de cuidar do meio ambiente”, ao que 05 respondentes concordaram, 14 não concordaram e nem discordaram, 9 discordaram, 5 discordaram totalmente, 2 não souberam responder. Percebeu- se que a maioria dos entrevistados entendem que a sociedade de modo geral não corrobora para os cuidados com o meio ambiente. Assim, precisamos por meio da educação em parceria com o protagonismo juvenil promover ações que mudem esse cenário.

A sexta afirmação abordou a importância de envolver-se para a promoção de uma realidade mais consciente e transformadora: “Eu me preocupo e me envolvo com ações sobre o meio ambiente na comunidade onde vivo”. De acordo com os respondentes 5 concordaram totalmente, 9 concordaram, 12 não concordaram e nem discordaram, 3 discordaram, 7 discordaram totalmente e 2 não souberam responder. Notou-se que o envolvimento com ações nas comunidades são realizados pela minoria. O que nos leva refletir sobre o motivo pelo qual os alunos não se envolvem. Seria falta de informação, falta de interesse, falta de estímulo, de motivação ou de tempo?

A sétima questão abordou a percepção que os estudantes têm do meio em que estão inseridos: “Eu percebo vários problemas no ambiente em que vivo”. De acordo com os participantes, 9 concordaram totalmente com a afirmação, 16 concordaram, 4 discordaram totalmente, 4 não concordaram e nem discordaram, 1 discordou, 1 não soube responder. Dessa forma, observou-se que a maioria dos respondentes consegue identificar os problemas na comunidade, entretanto, o problema está na falta de iniciativa em envolver-se com a solução.

A oitava assertiva envolveu investigar se há motivação no indivíduos para envolver-se em ações de melhoria de seu entorno, sendo ela: “Eu tenho vontade de contribuir para melhorar meu entorno”. De acordo com as respostas, cerca de 74% dos participantes concordaram a afirmação, 22% discordaram, 2% não concordaram e nem discordaram e 2%, não souberam responder. É possível observar que a maioria dos respondentes apresentaram o desejo de participar e se envolver, mostrando a importância de desenvolver a pesquisa, uma vez que ela propiciará ao estudante a oportunidade de envolver-se com os problemas da sua comunidade, permitindo que ele se torne protagonista da sua história, por meio da Educação, discutindo políticas, buscando soluções, compartilhando ideias e interagindo com colegas.

O conhecimento relacionado ao terceiro eixo direcionou toda a organização da pesquisa, Agenda 2030. Trata-se do tema que esteve em pauta durante as discussões.

Portanto, segue a análise da primeira afirmação: “Eu tenho conhecimento sobre os ODS 2030”, cerca de 23% dos participantes concordaram, 57% discordaram totalmente e 20% não souberam responder. De modo geral, observou-se que a minoria dos respondentes conheciam a terminologia referente às ODS.

O segundo item abordou a assertiva “Entendo que é importante lutar por um mundo igualitário e melhor para todos sem fome e pobreza (ninguém pode ficar para trás)”. Sendo que cerca de 85% dos respondentes concordaram, 8% discordaram e 7% não concordaram e nem discordaram. Notou-se que a maioria dos respondentes reconhecem a importância de uma sociedade sem pobreza e fome, porém, a região em que vivemos não enfrenta severamente essa realidade como em grandes metrópoles brasileiras, por mais que reconheçam a causa, não sabem o que realmente é a fome ou pobreza.

O terceiro item trouxe a afirmativa referente à “Vida saudável com água de qualidade, saneamento básico para evitar problemas de saúde é um direito de todos visando um mundo igualitário”, que apresentou como resposta posicionamento de 85% dos respondentes concordaram, 11% discordaram e 4% não souberam responder. O tema saúde e saneamento básico é um tema conflituoso pois depende de políticas públicas e infraestrutura bem alicerçadas para que elas realmente sejam implementadas, entretanto, no que tange a saúde e o

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bem-estar, temas que são mais amplamente discutidos nos jornais televisivos, nos programas de rádio, redes sociais, permitem que os alunos tenham uma opinião mais bem fundamentada sobre o tema.

A quarta assertiva envolveu a qualidade da educação, “Promover uma educação de qualidade é um direito de todos e um dever do estado”. É sabido por todos, que os estabelecimentos de ensino, tem inúmeros desafios, que são vivenciados pelos próprios estudantes ao longo de sua vida escolar, muitas vezes em mais de uma instituição. Portanto, 91% dos respondentes concordaram totalmente, enquanto 9% discordaram que a educação é um dever do estado.

O quinto item abordou a relação intrínseca entre o trabalho, o povo e a economia “O povo com trabalho digno promove o desenvolvimento econômico”. Quanto a essa afirmação, 51% dos respondentes concordaram, 29% discordaram e 20% não concordaram e nem discordaram ou não souberam responder.

A sexta afirmação abordou: “Promover a inovação significa melhorar processos e procedimentos visando o desenvolvimento sustentável”. Quanto a essa afirmação, 74% dos respondentes concordaram, 11% discordarm e 15% não souberam responder. Observou-se que a maioria vê a inovação como aliada para o desenvolvimento sustentável, indicando que a inovação está associada à mudança de processos e procedimentos e posturas alinhadas ao desenvolvimento sustentável, correspondente aos previstos nos ODS 2030.

A oitava assertiva envolveu a reflexão sobre “A falta de planejamento levou ao crescimento desordenado das cidades”. Sobre a afirmação, 60% dos respondentes disseram concordar, 20% discordaram, 11% não concordaram e nem discordaram e 9% não souberam responder. Apesar do desconhecimento sobre políticas e infraestrutura do entorno em que vivem, os respondentes, na sua maioria julgaram a falta de planejamento como um problema social.

A nona assertiva envolveu o “eu” no processo protagonista: “Eu sei o que é protagonismo juvenil”. Sobre essa afirmação 29% dos respondentes concordaram, 31%

discordaram e 40% não souberam responder. Diante da relevância em assumir um papel de protagonista em nossa sociedade, diante das respostas, percebeu-se que muitos ainda desconhecem o que é protagonismo juvenil e o seu papel na sociedade.

A décima afirmação abordou o envolvimento das empresas “As empresas também são protagonistas para melhorar a relação homem/natureza”, ao que 54% dos respondentes concordaram, 42% discordaram e 4% não souberam responder. Diante desse resultado, é possível afirmar que os respondentes divergem no entendimento quanto a esta questão, que precisa ser trabalhada e esclarecida ao longo das atividades do projeto.

A décima primeira assertiva envolveu “As alterações climáticas são reflexo das ações do homem sobre a natureza”. A opinião de 60% dos respondentes foi em concordância com a afirmação, enquanto 17% discordaram, 11% não concordaram e nem discordaram e 12% não souberam responder.

A décima segunda afirmação envolveu: “A poluição dos oceanos e mares leva a escassez dos recursos marinhos”. O posicionamento dos respondentes foram 74% de acordo com a afirmação, 20% discordaram, 3% não concorda e nem discorda e 3% não souberam responder. Diante dessas respostas, apesar da maioria concordar com a causa da poluição, muitos ainda não conseguem visualizar esse problema com propriedade e a décima terceira assertiva envolveu “A promoção da paz entre as nações está relacionada à justiça social para as atuais e futuras gerações”. Diante da afirmação, 58% dos respondentes concordaram, 11%

discordaram, 20% não concordaram e nem discordaram e 11% não souberam responder. Ao falarmos de paz e justiça social, é possível notar que os alunos ainda não conseguem se posicionar quanto ao tema que precisa ser melhor abordado em sala de aula.

A reflexão por parte dos alunos em relação à interdisciplinaridade envolvendo a sua

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visão em relação à aprendizagem é relevante no processo educacional. Portanto, a seguir veremos quatro afirmações a serem refletidas. O primeiro dele foi “Eu sei como a interdisciplinaridade pode me tornar um protagonista juvenil”. De acordo com os respondentes, 2 concordaram totalmente, 7 concordaram, 3 discordaram totalmente, 4 discordaram, 8 não concordaram e nem discordaram e 11 não souberam responder. O resultado mostrou que grande parte dos participantes não conhecem trabalho interdisciplinar, portanto, justifica-se mais uma vez a importância do desenvolvimento deste projeto no curso.

A segunda reflexão envolveu o conhecimento de língua estrangeira “ Eu entendo que saber inglês é um diferencial importante para a minha vida”. Segundo os respondentes 19 concordaram totalmente, 11 concordaram, 4 discordaram totalmente, 1 não concordou e nem discordou. Apesar da língua inglesa não ser próxima da língua materna, os respondentes em sua maioria reconhecem sua importância para a vida.

O terceiro ponto abordado foi “Os temas, empreendedorismo e desenvolvimento sustentável estão diretamente ligados”. O posicionamento dos respondentes foram 7 concordaram totalmente, 14 concordaram, 5 não concordaram e nem discordaram, 3 discordaram totalmente, 6 não souberam responder. É importante destacar que o empreendedorismo sustentável pode mudar paradigmas de consumo que gera o desenvolvimento responsável alinhado com os ODS 2030.

A quarta questão envolveu reconhecer: “A inovação tecnológica pode promover o desenvolvimento sustentável”. Sobre o posicionamento dos respondentes 11 concordaram totalmente, 12 concordaram, 1 discordou, 1 não concordou e nem discordou, 7 discordaram totalmente e 3 não souberam responder. Pode-se observar que grande parte dos respondentes corroboraram com a ideia de que a inovação está aliada ao desenvolvimento sustentável, porém, vale salientar que ainda é preciso amadurecer como a inovação tecnológica pode promover realmente a sustentabilidade envolvendo todos os segmentos sociais, econômicos e ambientais.

CONCLUSÃO

O espaço educacional hoje é tido como tradicional mas pode e precisa ser transformado. Sabemos que a metodologia com que os assuntos são tratados em espaços escolares são importantes. Apontamos a interdisciplinaridade, desconhecida pelos respondentes, como um meio para as discussões sobre ODS 2030, assunto esse desconhecido por grande maioria dos respondentes. É o espaço escolar que motiva os alunos a serem agentes transformadores na comunidade a qual pertencem, para que aprendam a trabalhar em equipe, desenvolvam o espírito de colaboração e cooperação se envolvam com os problemas relacionados a comunidade e aos ODS 2030, visando o bem comum para a atuais e futuras gerações, incentivando o protagonismo juvenil.

REFERÊNCIAS

BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F.de M. (Orgs.) Ensino Híbrido:

Personalização e Tecnologia na Educação. Porto Alegre: Penso, 2015. 270p. BRASIL.

Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos; apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

JACOBI, Pedro. Educação ambiental, Cidadania e sustentabilidade.Cadernos de Pesquisa.

n.118, março.2003. p. 193-195.

ONU, Organização das Nações Unidas. Transformando o Nosso Mundo: a agenda 2030

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para o desenvolvimento sustentável. 2018.

THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-Ação. São Paulo:Cortez,1985

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