A construção e o desenvolvimento
do currículo do Ensino Técnico –
Centro Paula Souza
F
ERNANDAM
ELLOD
EMAIDiretora do Grupo de Formulação e Análises Curriculares do Centro Paula Souza
Fórum da Educação Profissional do Estado de São Paulo: O
Currículo da Educação Profissional e Tecnológica
PLANO DE APRESENTAÇÃO
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1. O Grupo de Formulação e Análises
Curriculares
Um Departamento para:
• (re)formular;
• pesquisar;
• capacitar;
Do Grupo de Formulação e Análises Curriculares (GFAC)
Artigo 38‐B – O Grupo de Formulação e de Análises Curriculares tem as seguintes atribuições:
I ‐ desenvolver estudos e elaborar modelos de referência para os currículos;
II ‐ realizar estudos para a identificação, atualização dos perfis profissionais, em consonância com os diferentes setores produtivos e com o desenvolvimento social;
III ‐ adequar os cursos às diretrizes curriculares estabelecidas pelo conselho nacional de educação, às demandas sociais e dos setores produtivos;
IV ‐ elaborar matrizes curriculares organizadas em itinerários profissionais, promovendo a educação continuada;
V ‐ propiciar abertura de canais de comunicação com instituições diferenciadas para que todos possam a ser participantes da organização curricular;
VI ‐ pesquisar as competências, habilidades e aptidões exigidas pelas instituições públicas e privadas dos diferentes arranjos produtivos.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA. Deliberação CEETEPS – 3, de 30‐05‐2008. publicada no DOE de 31‐05‐2008, Seção I, p.35.
• Atualmente, o Gfac conta com o trabalho de:
08 profissionais com funções administrativo‐pedagógicas;
07 profissionais docentes responsáveis por currículos nos eixos tecnológicos (MEC), no Ensino Médio/ Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio;
107 profissionais docentes trabalhando em 36 projetos de Laboratório de Currículo, com sede em algumas das 204 Escolas Técnicas – Etecs – do Centro Paula Souza.
2. O Laboratório de Currículo:
Entendemos “Laboratório de Currículo” como o processo e os produtos relativos a: • pesquisa • desenvolvimento • implantação • avaliação de currículos escolares.
Frentes do “Laboratório de Currículo”:
• Elaboração de currículos inéditos: em parceria com o setor produtivo, com outras instituições públicas.
Média: 3 a 5 currículos novos/ ano.
• Reelaboração sistemática de currículos: a cada 3 ou 4 anos, em parceria com o setor produtivo e envolvendo as Etecs
Média: 25 a 30 currículos reelaborados/ ano.
• Acompanhamento da implantação de novos currículos: currículos inéditos ou reelaborados acompanhados anualmente por membros do GFAC e das Etecs.
Mapeamento da Infraestrutura para oferecimento dos cursos:
• laboratórios;
• equipamentos e materiais;
• oficinas;
3. Concepções de Currículo no
eixo histórico
Definições de Currículo
• Etimológica: jornada, caminhada
• Dicionarística: programação total ou parcial de um curso ou de matéria a ser examinada (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2001, 1ª ed., p. 894).
• Lei 5.692: o conjunto de disciplinas, áreas de estudo e atividades que resultam das matérias fixadas com as disposições necessárias ao seu relacionamento, ordenação e sequência; (Ensino Médio Integrado ao Ensino Médio).
• Lei 9.394/96: o conjunto de disciplinas que garante:
O desenvolvimento da capacidade de aprender (autonomia);
A compreensão do ambiente natural, cultural e social e dos valores em que se fundamenta a sociedade (contextualização);
O domínio dos fundamentos científico‐tecnológicos dos processos produtivos (formação para o trabalho).
Definição do GFAC – paradigma dos eixos tecnológicos propostos pelo CNCT/MEC:
• Sistematização e desenvolvimento de perfis profissionais, de atribuições, de atividades, de competências, de habilidades e de bases tecnológicas, organizados em componentes curriculares e por eixo tecnológico, a fim de atender a objetivos bem delimitados da Educação Profissional e Tecnológica.
Matriz Curricular do curso de Técnico em Portos
4. Construção e desenvolvimento de
Currículo
Âmbito institucional
• Educação por competências:
a união entre teoria e prática, não somente com o foco no conteúdo, e nem somente na prática;
formação de profissionais aptos a solucionar problemas em situações complexas no mundo do trabalho, com capacidades para planejamento, execução, controle e avaliação
Âmbito extrainstitucional
Prática de parcerias com o setor produtivo e com o setor público
consonância entre os currículos escolares e o mundo real das profissões.
Currículo e Cultura
1. Educação por projetos
2. Feteps – Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (projetos interdisciplinares)
3. Trabalhos de Conclusão de Curso obrigatórios
4. Aproveitamento de conhecimentos anteriores: atuação para solução de problemas reais da área profissional
Importância da relação entre currículo e cultura
a) evitar a fragmentação e a descontextualização do conhecimento b) evitar a criação aleatória de componentes curriculares
Currículo oculto
• relações sociais implícitas no ambiente no ambiente escolar, envolvendo ideologia e cultura;
• trajetória não explícita na construção do conhecimento escolar;
• socialização nas escolas ‐ voltada ao desenvolvimento da ética da cidadania.
Avaliação
• A avaliação por menções é constante e progressiva;
• avaliação diagnóstica;
• o aluno é também responsável por sua avaliação;
O GFAC organiza grupos de trabalho e cursos de:
• história e princípios da área curricular;
• construção e desenvolvimento de currículos;
• avaliação curricular;
• padronização da infraestrutura necessária ao desenvolvimento curricular;
Síntese da metodologia/ fontes do trabalho curricular:
• pesquisa dos perfis e atribuições profissionais na Classificação Brasileira de Ocupações – Ministério do Trabalho;
• pesquisa de perfis no setor produtivo;
• seleção de competências, de habilidades e de bases tecnológicas;
Estabelecimento dos componentes curriculares:
• função (processo produtivo);
• habilidades (capacidades práticas);
• bases tecnológicas e bases científicas (referencial teórico);
Alguns resultados de cursos elaborados em parcerias:
Cursos Instituição(ões) parceira(s) Ano
Técnico em Transporte Metrô, CPTM, SPTrans e CET 2000 Técnico em Análise e Produção de
Açúcar e Álcool
UDOP – Usinas e Destilarias do Oeste Paulista: Usinas
Associadas 2001
Técnico em Operação Rodoviária DER – Departamento de Estradas e Rodagens 2001 Técnico em Seguros SCBS – Sociedade Brasileira de Ciências dos Seguros 2001 Técnico em Processamento de Carnes Frigorífico Vangello Mondelli Ltda, Sadia S.A e
Frigorífico Bertin Lins 2004 Técnico em Órteses e Próteses IMREA – Instituto de Medicina de Reabilitação e USP 2005
Técnico em Reabilitação de Dependentes Químicos Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo, Hospital Geral de Taipas, CRATOD – Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas, CONEN – Conselho Estadual de Entorpecentes, e UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo 2005
Técnico em Dança e Técnico em Música Centro Cultural de Ourinhos/ Prefeitura Municipal de
Alguns resultados de cursos elaborados em parcerias:
Cursos Instituição(ões) parceira(s) Ano
Técnico em Serviços Jurídicos (anteriormente denominado “Técnico em Serviços
Judiciários” e “Técnico Jurídico”)
TJSP – Tribunal de Justiça de São Paulo 2007
Técnico em Industrial Madeireiro UNESP – Universidade Estadual de São Paulo 2008 Técnico em Estradas DER – Departamento de Estradas e Rodagens 2009 Técnico em Esportes e Atividade Física Fundação Gol de Letra 2011 Técnico em Fabricação de Instrumentos
Musicais e Técnico em Instrumento Musical
Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de
Campos – Tatuí 2011
Técnico em Finanças FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos 2011 Técnico em Multimídia e Técnico em
Produção de Áudio e Vídeo Rede Globo de Televisão 2011 Técnico em Administração Empresarial, Técnico em
Secretariado e Assessoria e Técnico em Gestão das Pequenas Empresas – Modalidade à Distância
Alguns resultados de cursos elaborados em parcerias:
Cursos Instituição(ões) parceira(s) Ano
Assessor Judiciário Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São
Paulo 2012
Técnico Legislativo Câmara Municipal de São Paulo 2012
35 cursos em parceria foram elaborados até junho de 2012, de um total de 120 habilitações oferecidas.
Inovação curricular
a) currículos em parceria;
b) processo de ensino e aprendizagem com foco na problematização; c) atualização permanente de professores;
d) desenvolvimento de disciplinas‐projeto; e) ensino a distância;
f) intercomplementaridade (desenvolvimento de currículos em instituições de ensino parceiras, com projeto pedagógico unificado);
g) avaliação de competências;
h) uso de tecnologias (TI): portais e livros didáticos (Fundação Padre Anchieta).