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23601941 Aleister Crowley O Taro de Thoth Interpretacao Dos Arcanos

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Academic year: 2021

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Um Ensaio Descritivo por Aleister Crowley, editado por Frieda Harris, com prefácio de Hymenaeus Beta

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ÍÍNDICE

Prefácio

Introdução

Os Vinte e Dois Trunfos ou Arcanos Maiores

OS ARCANOS MAIORES

0 O Louco

1 O Mago

2 A Sacerdotisa

3 A Imperatriz

4 O Imperador

5 O Papa

6 Os Apaixonados

7 O Carro

8 A Força

9 O Eremita

10 A Roda da Fortuna

11 A Justiça

12 O Enforcado

13 A Morte

14 A Temperança

15 O Diabo

16 A Torre

17 A Estrela

18 A Lua

19 O Sol

20 O Julgamento

21 O Mundo

As Cartas Menores e as Cartas da Corte

OS ARCANOS MENORES

Naipe de Paus

Naipe de Ouros

Naipe de Espadas

Naipe de Copas

Ás Ás Ás Ás

Dois Dois Dois Dois

Três Três Três Três

Quatro Quatro Quatro Quatro

Cinco Cinco Cinco Cinco

Seis Seis Seis Seis

Sete Sete Sete Sete

Oito Oito Oito Oito

Nove Nove Nove Nove

Dez Dez Dez Dez

Princesa Princesa Princesa Princesa

Príncipe Príncipe Príncipe Príncipe

Rainha Rainha Rainha Rainha

Cavaleiro Cavaleiro Cavaleiro Cavaleiro

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Edição revisada em 1998 e.v., editada por Hymenaeus Beta. Tradução por Marcelo Santos.

Livreto, Copyright © 1942, 1997 Ordo Templi Orientis, Sede Internacional, POBox 684098, Austin, TX78768. Edição portuguesa © 1998 AGM AGMüller, Neuhausen, Suiça. Todos os direitos reservados.

Nota: O Tarô de Thoth é composto de 78 cartas. Segundo a

tradição, o baralho contém duas cartas adicionais, uma com o "hexagrama de invocação da Besta" e outra com uma declaração da O.T.O. Estas cartas devem ser retiradas do baralho antes do seu uso, pois elas não têm lugar no sistema nem significado na divinação.

Art. 12.575 ISBN 3-905219-09-3

Produzido na Suíça por AGM AGMüller, CH-8212 Neuhausen

PREFÁCIO

Aleister Crowley nasceu Edward Alexander Crowley, em Leamington Spa, Inglaterra, em 1875. Poeta educado em Cambridge, hoje em dia ele é amplamente conhecido como o maior instrutor de esoterismo do século XX. A filosofia religiosa por ele fundada, Thelema, está entre as que mais rapida-mente crescem no mundo.

Em 1904, o evento mais importante na vida de Crowley ocorreu. Enquanto no Cairo, ele recebeu uma comunicação verbal direta de um emissário dos Chefes Secretos, a Grande Irmandade Branca que guia a evolução planetária. Esse emissário, cha-mado Aiwass ou Aiwaz, ditou, e Crowley escreveu, um curto trabalho de três partes, intitulado Liber AL ou LiberLegis: O Livro da Lei. Este livro anunciava o início de uma Nova Era, ou aeon, regida por Hórus, a divindade egípcia da cabeça de falcão.

Desde 1904, este Novo Aeon de Hórus tem gra-dualmente suplantado o aeon passado, de Osíris. A humanidade se desenvolve à medida que sua fórmula mágica evolui, e O Livro da Lei introduziu a nova fórmula e simbolismo que continuarão a esti-mular a evolução por milhares de anos. Esta nova fórmula permeia o simbolismo do Tarô de Thoth,

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assim como o do seu texto companheiro, O Livro de

Thoth.

Crowley estudou o Tarô por quarenta anos, antes de encontrar sua colaboradora artística, Frieda Lady Harris. Nascida em 1877, Lady Harris (née Bloxam) foi a mulher de Sir Piercy Harris, do Parlamento Britânico.

O Tarô de Thoth gradualmente veio à existência, de 1938 a 1942, enquanto Harris preparava suas aquarelas a partir dos esboços e descrições de Crowley. Este permitiu que ela exercitasse ampla-mente o seu notável senso visual; porém os títulos, os desenhos em geral, os símbolos e esquemas de coloração, enfim, tudo que é derivado da teoria esotérica, veio de Crowley, que teve a aprovação final. Crowley fez com que ela redesenhasse ou

repintasse algumas cartas cinco ou seis vezes. As atribuições cabalísticas das cartas do Tarô estiveram entre os mais bem guardados segredos do século XIX e do começo do século XX. Quando escritores continentais, como Eliphas Lévi, Papus e Maxwell ensinavam as atribuições do Tarô e sua conexão com a Qabalah, deliberadamente eram introduzidos "disfarces" para desviar o não-iniciado. Crowley, entretanto, tornou o trabalho de sua vida fazer com que as chaves para o Caminho, tão mara-vilhosamente simbolizado no Tarô, fossem aces-síveis para todos. Ele chegou à conclusão de que, já que os segredos místicos e mágicos somente são

conhecidos verdadeiramente através da experiência direta, e a experiência direta somente é alcançada através da consecução individual, os segredos po-deriam guardar-se a si mesmos adequadamente,

mesmo quando claramente publicados.

O Tarô de Thoth foi o primeiro a fazer explícitas essas atribuições iniciáticas. Crowley renomeou algumas cartas para assegurar que a doutrina do Novo Aeon se fizesse explícita. O Trunfo XI foi reno-meado "Volúpia", o Trunfo VIII foi renoreno-meado "Ajusta-mento", e o Trunfo XIV foi renomeado "Arte" (origi-nalmente, "Força", "Justiça" e "Temperança", res-pectivamente).

Ele também incorporou uma importante correção às atribuições ocultas tradicionais das letras he-braicas aos Trunfos do Tarô, envolvendo os Trunfos IV e XVII ("O Imperador" e "A Estrela"). Tal correção foi proporcionada por uma instrução d'O Livro da Lei. Explicações para essas mudanças devem ser bus-cadas no trabalho do próprio Crowley, O Livro de

Thoth (The Book of Thoth, publicado em Inglês por

Samuel Weiser, Inc., e em Alemão e Francês por Urania Verlag AG), ou num de seus vários livros póstumos que lidam exclusivamente com o Tarô de Thoth e seu simbolismo.

Lady Harris promoveu exibições das pinturas em galerias, no início dos anos 40, e o catálogo prepa-rado para a Nicholson and Venn Gallery, em Oxford, foi baseado nas notas de Crowley, tendo encontrado

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a sua aprovação. Isto forma a base do presente li vreto, no qual os nomes das cartas (dados em negrito) estão em conformidade com os seus títulos finais, tal como dado em O Livro de Thot e nas próprias cartas. Atribuições hebraicas, astrológicas e elementais também foram adicionadas, e alguns erros e omissões óbvios foram remediados, fiando-se no próprio trabalho de Crowley.

O texto companheiro de Crowley para as cartas é

O Livro de Thoth, hoje geralmente reconhecido como

o clássico moderno sobre o Tarô, publicado original-mente em 1944 pela fraternidade mágica da qual ele foi o chefe mundial, o Ordo Templi Orientis (O.T.O.). Crowley morreu em 1947, e a primeira publicação das cartas ocorreu postumamente, em 1971, pela O.T.O. em cooperação com Gerald J. Yorke.

Crowley pretendia que o Tarô de Thoth servisse como um Atlas Mágico e Guia do Universo para este Novo Aeon de Hórus, escrevendo que: – "para mim, este Trabalho sobre o Tarô é uma Enciclopédia de toda a filosofia "oculta" séria. Ele é um Livro de Referência padrão, que determinará o curso inteiro do pensamento místico e mágico para os próximos 2.000 anos". Este foi o primeiro Tarô global, retra-tando o simbolismo de várias culturas e períodos, passados e presentes, orientais e ocidentais. Crow-ley também pretendia que sua verdade inegável, poder e beleza fossem uma justificativa tangível do trabalho de sua vida, o qual foi mui freqüentemente

mal entendido. Nisto, com a ajuda de Lady Harris, ele obteve sucesso.

Este baralho deve ser estudado em conjunto com

O Livro de Thoth, de Crowley, que é a autoridade

máxima no que se refere ao seu significado. Esse livro é um tanto avançado; felizmente, numerosos livros introdutórios, lidando especificamente com o

Tarô de Thoth, são atualmente disponíveis.

Hymenaeus Beta

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INTRODUÇÃO

A origem do Tarô é desconhecida, mas, de toda sorte, ele foi introduzido na Bacia Mediterrânea antes do final do século XIV. Nós temos maços já exis-tentes no século XV.

Admite-se geralmente que as cartas eram uma classificação ou mapa do universo. O universo mate-rial sempre foi dividido da primeira à quarta instância, e o número quatro é a base do baralho.

Há quatro naipes correspondentes aos quatro elementos, quatro pontos cardeais, quatro posições do sol, quatro estações do ano e assim por diante. Disto derivam diretamente os outros números envol-vidos nesta classificação.

O número dos Trunfos (22) está de acordo com o dos Atus, ou Casas, ou Chaves. O tema das cartas e do livro (o Tarô é chamado o livro de Thoth ou Tahuti, o Mercúrio Egípcio) refere-se à influência dos 10

números e das 22 letras sobre o homem, e o melhor método para que este manipule as forças daqueles.

Parece, a partir da classificação, que o sistema do Tarô é o da Qabalah hebraica. Qabalah significa "recebido(a)", isto é, uma tradição recebida por meio da iniciação. A Qabalah hebraica sustenta ser ba-seada na Qabalah egípcia. Supunha-se que Moisés, o grande magista dos hebreus, havia sido iniciado pelos hierofantes daquele país. Esta teoria é con-firmada pelos traços fortemente marcados de figuras e idéias egípcias nos próprios desenhos tradicionais, mas há também uma múltipla expressão da influên-cia das religiões indianas. Em particular, o Deus indiano Ardha-nari é representado com quatro armas dos quatro naipes, Bastões, Taças, Espadas e Dis-cos. Parece, portanto, provável que os adeptos egípcios e indianos tenham sido os responsáveis pela forma primitiva do baralho, atualmente perdida. O que é inegável é que o maço deve ter sido reunido, em sua forma medieval, pelos cabalistas hebreus.

O simbolismo geral dos Atus é baseado nas idéias de Igreja e Estado correntes naqueles tempos. Isto está especialmente manifestado em títulos de Atus tais como o Louco, o Magista (Conjurador ou

Pres-tidigitador), a Papisa, o Imperador, a Imperatriz, o Papa, o Eremita, o Pendurado, Justiça, Morte, o Diabo, a Torre Fulminada, o Julgamento Final. Há

uma certa evidência da influência greco-romana e, possivelmente, assíria ou caldéia, pois, nos baralhos

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antigos, o lmperador era por vezes chamado Júpiter, e nós temos a tríade astronómica do Sol, da Lua e da

Estrela, enquanto talvez a Torre Fulminada possa ser

tomada como um símbolo de Agni, Fogo ou Relâm-pago.

Estas origens misturadas não são, entretanto, de grande significado. O que é certo é que o baralho, tal como era, foi habilmente moldado por Iniciados, como um meio de preservar e transmitir a tradição da sabedoria iniciática; salvaguardas contra a traição dos segredos foram introduzidas, especialmente com respeito às atribuições dos Atus ou Trunfos.

Através dos séculos, as cartas têm sido muito famosas. Centenas de livros foram escritos sobre elas. Elas foram usadas pelos "Boêmios" ou Ciganos para prever a sorte, e, de uma forma mutilada, são usadas como vários jogos de carteado em todos os países latinos, em ambos os hemisférios. Mas estas são degradações do seu verdadeiro uso, a nobre contemplação das Energias Secretas da Natureza.

OS VINTE E DOIS TRUNFOS

0. O Louco (aleph hebraico, Ar).

O Louco é o Ar, ou Vácuo, ou Poderosa Inocência.

Ele carrega o elemento masculino do fogo, o elemen-to feminino da água, a espada do ar e o disco da ter-ra. Ele é o Homem Verde da Primavera, o Grande Louco dos Celtas (Daluah) e Parsifal. Ele também é Zeus Arrhenothelus, Dionisus Zagreus, Bacchus Di-fues e Baphomet.

I. O Mago, o Magista, ou o Prestidigitador (beth

hebraico, Mercúrio).

Mercúrio, que é Sabedoria, Vontade e Palavra, por quem o mundo é criado, simboliza a base fluídica de toda transmissão de atividade. Atrás dele, está o Ma caco, Hanuman, que é uma concepção hindu. A sua contraparte egípcia, Thoth, também é sempre segui-da pelo Macaco Cinocéfalo.

II. A Alta Sacerdotisa (gimel hebraico, Lua).

Ela é Isis, a eterna virgem, e também Artemis. Por esta razão, ela está vestida no luminoso véu de luz, sendo a luz vista, não como a manifestação, mas como o véu do espírito.

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Ill. A Imperatriz (daleth hebráico, Vênus).

Ela está sentada em postura tradicional. Essa postu-ra representa o sal, o princípio inativo da natureza. O lótus tipifica o poder feminino ou passivo. As Abelhas no robe podem ser comparadas com a flor de lis, su-gerindo a origem francesa do símbolo. A faixa é o Zo-díaco. O Pelicano pode ser identificado com a Gran-de Mãe e sua prole, representando a continuidaGran-de da vida e a herança do sangue unindo todas as formas da natureza. A Águia Branca tipifica o Sal Alquímico e a Tintura Branca, da natureza da prata.

IV. O Imperador (tzaddi hebraico, Áries).

Esta carta significa Governo, por meio de dois sím-bolos contrastantes. Estes são o Carneiro, o qual, quando selvagem, é solitário e corajoso, e o Cordei-ro, que é doce e covarde, sendo, na verdade o Car-neiro amansado pela autoridade. A Postura tipifica o Enxofre Alquímico, o elemento ígneo do universo. A Águia Vermelha representa a Tintura Vermelha dos Alquimistas, que é da natureza do ouro.

V. O Hierofante (vau hebraico, Touro).

A referência nesta carta é a Taurus, o Boi, e seu equi-valente indiano, o Elefante. O pentagrama, com sua criança masculina dançante, simboliza o Novo Aeon da Criança, Hórus, que toma o lugar do Velho Aeon, que nos governou por 2.000 anos. 0 Hierofante so

-mente se move em intervalos de 2.000 anos. As qua-tro máscaras são os guardiães de todo mistério, cul-minando no Grande Mistério da união do microcos-mo com o macrocosmicrocos-mo. A mulher na frente do hiero-fante representa Vênus, agora armada e militante. A Baqueta, com seus anéis entrelaçados, mostra os três Aeons, de Ísis , Osíris e Hórus.

Vl. Os Amantes ou Os Irmãos (zain hebraico, Gêmeos).

Esta carta especificamente alquímica é um símbolo da procriação, as espadas chamando à atenção para o processo de divisão que na verdade ocorre. Cain e Abel representam a recusa de Deus de ouvir os filhos de Eva até que o sangue seja derramado. Este pare-ce ser o símbolo da religião externa. Foi através do derramamento de sangue e das religiões externas que Cain pôde ter contato com seus companheiros.

Neste sentido, o significado da carta é dar ciência à humanidade, posto que o assassinato simboliza aná-lise e subseqüente contato, síntese.

VII. A Carruagem (cheth hebraico, Câncer ).

As quatro Esfinges nesta carta, puxando a carrua-gem, são o Boi, o Leão, a Águia e o Homem, o con-junto representando os dezesseis sub-elementos. A função do Cocheiro é carregar o Santo Graal, em cujo centro está o sangue radiante, simbolizando a presença da Luz na Escuridão.

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Vlll. Ajustamento, ou, tradicionalmente, Justiça

(Lamed hebraico , Libra).

Esta carta representa a mulher satisfeita. Esta con-dição é simbolizada pelos pratos da balança, nos quais ela pesa o universo. Alfa, o primeiro, equilibra exatamente contra ômega, o último. Estes pratos re-presentam as duas "testemunhas". Cada "testemun-ha" é uma autêntica manifestação de Maya, uma pre-enchendo a outra por um processo de contradição, pois a natureza não é Justiça – ela é, sim, através de seu processo de equilíbrio, "Ia Justesse". Finalmente, esta Mulher é o Arlequim original, pois a mistura sel-vagem de cor e de movimento se resolve no equilí-brio de todas as possibilidades de sensação.

IX. O Eremita (iod hebraico, Virgem ).

A letra à qual esta carta é atribuída é iod, o funda-mento de todas as outras letras do alfabeto hebraico. O simbolismo é o do Criador da Vida, sendo o esper-matozóide o seu representante. Por tal razão, a carta é chamada o Eremita. Na mesma ordem de idéias, o Eremita segura a lâmpada cujo centro é o Sol. O Ovo, circundado pelos anéis de uma cobra, tipifica o Universo, enquanto a cobra significa a essência fluí-dica da luz, que é a vida do Universo. Nesta carta, há traços da lenda de Perséfone. A Baqueta de serpen-te, que aqui parece crescer do Abismo, é a Baqueta de Mercúrio, o guia da alma através das regiões mais

baixas. A letra iod significa "uma mão", e a mão é o centro do desenho.

X. Fortuna ( kaph hebraico, Júpiter).

Pela atribuição desta carta ao planeta Júpiter, ela re-presenta o Universo em seu aspecto de mudança contínua. A presença de todo tipo de fenômeno ce-lestial enfatiza isto. No centro, está a roda de dez ra-ios, o símbolo aceito da Fortuna. As três figuras pre-sas à roda simbolizam as três formas de energia, ex-pressadas no Sistema Hindu pelo termo guna. No topo, está sentada a Esfinge, tipificando inteligência e equilíbrio (sattvas); Hermanubis, no semblante de um macaco, representa a inquietação da razão bril-hante, movediça (rajas); e, no fundo, quase caindo da roda, está Tifon, o de cabeça de reptil (tamas), o símbolo da destruição, da preguiça e da ignorância. As atribuições alquímicas dos gunas são Enxofre, Mercúrio e Sal.

XI. Volúpia (teth hebraico, Leão).

Esta carta foi originalmente chamada Força. Ela re-presenta, entretanto, não apenas força, mas alegria na força exercitada. As sete cabeças do leão são, respectivamente, a de um anjo, um santo, um poeta, uma adúltera, um guerreiro, um sátiro e um leão-ser-pente. A figura central é a mulher, que se cercou de todas as forças da criação e que cavalga a Besta

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com as pernas abertas. Em sua mão esquerda, ela segura as rédeas, representando a paixão que os une, e, em sua mão direita, ela segura no alto a Taça inflamada com amor e morte. Nesta taça, estão mis-turados os elementos do sacramento do Aeon. No plano de trás, estão as figuras anêmicas dos santos sobre os quais essa miragem opera, pois suas vidas

inteiras foram absorvidas no Santo Graal.

XII. O Pendurado ou Deus Moribundo (mem hebraico,

Água).

A postura do homem enforcado ou pendurado é da maior importância. As pernas estão cruzadas, de modo que a direita forma um ângulo reto com a es-querda, e os braços estão esticados num ângulo de sessenta graus, de modo a formar um triângulo equi-látero. Isto dá o símbolo do triângulo sobreposto por uma cruz, que representa a descida da luz às trevas, de modo a redimi-las. Toda a idéia de sacrifício decor-re de uma má concepção da natudecor-reza, e o elemento da água, ao qual a carta é atribuída, é o elemento da il usão.

XIII. Morte (nun hebraico, Escorpião).

O sentido alquímico da Morte é mais o de mudança do que de destruição. Então, nós temos, nesta carta, o Escorpião representando a energia primitiva, sem-pre pronto a cometer suicídio (de acordo com a len-da) quando duramente cercado, mas preparado para

se submeter a qualquer transformação, que permitirá a continuação de sua existência sob uma forma dite-rente. Assim, o potássio, jogado sobre a água, acen-de e aceita o abraço do radical hidroxil. O peixe e a serpente, aqui representados, foram objetos de ado-ração em cultos que ensinavam a doutrina da ressur-reição ou reencarnação. A figura central está exe-cutando a Dança da Morte (esqueleto e foice são fi-guras saturninas), e usa sobre sua cabeça a coroa de Osíris. A influência de Saturno é expressa no as-pecto negativo da Morte, como representante das formas essenciais que não são destruídas pelas mu-danças ordinárias da natureza; o lado positivo e cria-tivo é visto no ceifar da foice, trazendo bolhas à existência, simbolizando novas vidas. O aspecto mais alto da carta é a Águia, que representa a exal-tação sobre a matéria sólida.

XIV. Arte, originalmente chamada Temperança

(sam

e(samek hebraico, Sagitário).

A mais alta consecução da alquimia foi a efetivação da mudança, a transmutação de objetos, qualidades, cores e assim por diante, nos seus opostos. Assim, nesta carta, o leão vermelho se tornou branco, e a águia branca se tornou vermelha. Na figura principal, as personagens preta e branca, que eram os Aman-tes na carta VI, agora combinaram e se fundiram numa figura andrógina. Esta é a consumação do Ca-samento Real. O arco-íris simboliza outro estágio no

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processo alquímico, pela aura das luzes multicolori-das surgindo da putrefação. A própria putrefação é mostrada pelo corvo empuleirado sobre uma caveira no caldeirão. A consumação de toda a arte da Alqui-mia é proclamada em glória com sua inscrição "visita

interiora terrae rectificando invenies occultem lapi-dem" ("visita o interior da terra; retificando, tu

encon-trarás a pedra oculta"). O conselho de visitar o interi-or da terra é uma recapitulação (num plano mais alto) da primeira fórmula do Trabalho. A palavra importan-te é rectificando, que indica a correta condução da nova substância viva no caminho da Verdadeira Von-tade.

XV. O Diabo (ayin hebraico, Capricórnio).

O Diabo é aqui representado na forma tradicional do Bode. O culto ao Bode representa o impulso à cri-ação descuidada, sem qualquer preocupcri-ação com o resultado. Atrás do Bode, está a Árvore da Vida, que penetra nos Céus numa mistura de formas fantásti-cas, lembrando as marcas do planeta Marte, sempre associado às energias ígneas materiais da criação. Nas raízes transparentes, vê-se a seiva, fervendo e pulando em toda direção. O anel no topo é um dos anéis de Saturno ou Set, o deus de cabeça de burro dos egípcios. A forma espiral dos chifres é uma alu-são às coisas mais altas e remotas. Zoroastro define Deus como "tendo uma força espiral".

XVI. A Torre, ou Torre Fulminada, A Casa de Deus,

ou Guerra( pé hebraico, Marte).

Esta carta é associada à letra hebraica pé, que signi-fica uma boca. A carta, que admite duas interpre-tações em uma, é a manifestação na sua forma mais rude, de pura destruição, a destruição do antigo Aeon estabelecido, por meio de relâmpagos, cha-mas e engenhos de guerra. A outra interpretação é retirada do culto a Shiva. No topo da carta, aparece o Olho de Shiva. De acordo com isto, a carta repre-senta perfeição, a perfeição da aniquilação pela emancipação da prisão da vida organizada. A pomba e a serpente representam os impulsos masculino e feminino. Na linguagem de Schopenhauer, "A Vonta-de Vonta-de Viver e a VontaVonta-de Vonta-de Morrer".

XVII. A Estrela (hé hebraico, Aquário).

Toda forma de energia na carta é espiral: isto é uma antecipação do presente Aeon, o de Hórus, a Cri-ança coroada e conquistadora, sucessora do "deus moribundo", Osíris. O Aeon que se vai é mostrado nas formas retilíneas de energia, emitidas da taça de baixo. Estas formas representam a atualmente aban-donada geometria Euclidiana. A figura da deusa pode ser tomada como uma manifestação do espaço

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XVIII. A Lua (qoph hebraico, Peixes).

Esta carta representa o estado de horror impuro, de escuridão oculta, através do qual se deve passar para que a luz possa renascer. A Lua é, portanto, o mais universal dos planetas, participando, de uma só vez, do mais alto e do mais baixo. No fundo da carta, move-se o Besouro Sagrado, carregando o Sol pela escuridão da noite. Acima está o cenário maligno da Lua. Um rio, ou caminho de soro, tingido de sangue, flui por entre duas montanhas áridas. Sobre os mon-tes, encontram-se torres sinistras. Na entrada, está o deus de cabeça de chacal, Anúbis, em dupla forma; aos seus pés, estão os chacais, esperando para de-vorar aqueles que caírem ao longo do caminho.

XIX. O Sol (resh hebraico, Sol).

Esta carta representa o Senhor do novo Aeon, o Senhor da Luz, Vida, Liberdade e Amor, e a completa emancipação da raça humana. O monte verde repre-senta a terra fértil, mas a presença de um muro mos-tra que o novo Aeon não implica em ausência de controle. As crianças gêmeas são representadas dançando além do muro, porque elas tipificam o novo estágio na história da humanidade, o estágio de completa liberdade das restrições impostas por idéi-as tais como a de pecado e morte.

XX. O Aeon, ou O Anjo, ou O Julgamento Final (shin

hebraico, Fogo e Espírito).

A carta é cingida com o corpo de Nuit, a deusa das estrelas, representando possibilidade ilimitada. Ela envolve o globo de fogo, seu par, Hadit, representan-do a energia eterna. No meio, está sentarepresentan-do seu filho, Hórus, também uma divindade solar, que é a encar-nação do novo Aeon. A mão esquerda, estendida e vazia, nos lembra que o Deus destruiu o antigo Uni-verso, mas ainda é jovem demais para formar seu sucessor. No fundo aparece uma letra hebraica, shin, que é atribuída a esta carta. Os três iods são ocupa-dos por três figuras humanas, que chegam para par-ticipar da Essência do Novo Aeon.

XXI. O Universo (tau hebraico, Terra e Saturno).

Esta carta é atribuída à letra tau. Juntamente com a primeira carta, o Louco, a palavra Ath é pronunciada, significando "Essência". Assim, toda a realidade é compreendida na série da qual estas duas cartas são o começo e o fim. A letra tau simboliza uma extensão quádrupla, aplicável à transcendência do espaço e do tempo por uma mudança continuamente auto-compensante. Além disso, a carta é atribuída a Sa-turno, o mais lento dos planetas, e, por conta disto, associada com o elemento Terra. Saturno é o velho 'deus, o deus da fertilidade. A posição da letra tau so-bre a Árvore da Vida indica um estado de equilíbrio entre a mudança e a estabilidade. O glifo sobre a

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car-ta, portanto, simboliza a conclusão da Grande Obra. A imagem do Universo é uma donzela, a letra final do Tetragramaton. Ela é representada dançando com a grande Serpente espiral ou Sol. Ela é cercada por dez símbolos. Ao seu redor, está uma elipse com-posta de setenta e dois círculos para os quinários do Zodíaco. Nos cantos da carta, estão os quatro Que-rubins, mostrando o Universo estabelecido. No cen-tro, está a Roda da Vida, dando início à forma da Ár-vore da Vida, que somente pode ser vista pelos pu-ros de coração. Na parte inferior da carta, está o bem conhecido mapa dos elementos químicos, de J.W.N. Sullivan.

AS CARTAS MENORES E AS

CARTAS DA CORTE

BASTÕES

Ás de Bastões representa a essência do elemento

Fogo em seu começo. As chamas são iods, arruma-dos na forma da Árvore da Vida. É a energia primor-dial manifestada na matéria.

Dois de Bastões = Domínio. Chokmah no naipe do

Fogo. Marte em Áries. Há, aqui, dois dorjes cruza-dos. O dorje é o símbolo tibetano da destruição. Mas a destruição pode ser vista como o primeiro passo no

processo criativo.

Três de Bastões = Virtude. Binah no naipe do Fogo.

Sol em Áries. Os Bastões tomam a forma do Lótus, representando o estabelecimento da energia primor-dial.

Quatro de Bastões = Conclusão. Chesed no naipe

do Fogo. Vênus em Áries. Os Bastões têm, numa ponta, o Carneiro sagrado de Aries e, na outra, as pombas de Vênus. A Vontade original de Dois foi

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transmitida através de Três, e é agora erigida num sólido sistema de ordem, lei e governo.

Cinco de Bastões =Disputa.Geburah no naipe do Fogo. Saturno em Leão. Estes Bastões são o do Chefe Adepto (ou Caduceus), segundo Adepto (ou Fênix) e terceiro Adepto (ou Lótus). Cinco chamas duplas demonstram energia balanceada. Isto é pura-mente força ativa.

Seis de Bastões = Vitória.Tiphareth no naipe do Fogo. Júpiter em Leão. Os três Bastões dos três adeptos, dispostos em ordem. Nove chamas quei-mam como lâmpadas. A energia, com sua recepção e reflexão pelo Feminino, é tipificada.

Sete de Bastões =Valor.Netzach no naipe do Fogo. Marte em Leão. Os Bastões dos Adeptos são afasta-dos para o fundo; na frente, está uma clava crua e áspera; as chamas são dispersas. Isto demonstra a degeneração da Energia inicial e a perda do equilí-brio.

Oito de Bastões =Rapidez.Hod no naipe do Fogo. Mercúrio em Sagitário. Esta carta apresenta os Bastões de Luz transformados em raios elétricos, constituindo a matéria com sua energia. Acima des-se Universo restaurado, está o Arco-íris, repredes-sen- represen-tando interação e correlação. Também demonstra energia de alta velocidade.

Nove de Bastões = Força. Yesod no naipe do Fogo.

Lua em Sagitário. Os Bastões se tornaram flechas, em número de oito, e urna flecha Mestra, que tem a Lua como ponta e, acima, o Sol como a força impul-sora. Esta carta dá o mais completo desenvolvimen-to da Força em sua relação com as Forças acima dela.

Dez de Bastões =Opressão.Saturno em Sagitário. Malkuth no naipe do Fogo. Os Bastões estão cruza-dos, mostrando os poderes das energias aperfeiçoa-das do Fogo, mas perderam suas patentes de nobre-za. Na frente, estão dois dorjes alongados como bar-ras. Esta carta mostra a Força desligada de suas fon-tes espirituais.

Princesa de Bastões (rege um quadrante dos céus

em torno do Pólo Norte) = a parte térrea do Fogo, ou a atração química irresistível da substância combus-tível. Ela tem as plumas da Justiça saindo da sua so-brancelha e segura um Bastão coroado pelo Sol.

Príncipe de Bastões (rege de 20° Câncer a 20°

Leão) = parte aérea do Fogo, com sua faculdade de expansão e volatilidade. Ele está sentado numa Car-ruagem de Chamas e segura o Bastão da Fênix, de Poder e Energia.

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Rainha de Bastões (rege de 20° Peixes a 20° Áries)

= parte aquosa do Fogo, sua fluidez e cor. A carta mostra uma Rainha com a coroa do globo alado. Ela está sentada num trono de chamas, ordenadas em luz geométrica por seu poder material. Ela carrega um Bastão com um cone de pinho no topo, sugestivo dos mistérios de Baco.

Cavaleiro de Bastões (rege de 20° Escorpião a 20°

Sagitário, incluindo parte de Hércules) = parte ígnea do Fogo. Esta carta apresenta um guerreiro em ar-madura completa. No seu elmo, como crista, ele tem um cavalo negro. Em sua mão, ele carrega uma to-cha ardente; há uma flama, também, em sua capa; e ele cavalga sobre as chamas. Seu corcel é negro e está saltando.

DISCOS

Ás de Discos representa o último dos símbolos

fe-mininos; é a irmã gémea do Ar, e sua noiva. Não é apenas a Terra, mas a própria matéria. Per contra, o Disco é o símbolo rodopiante do Espaço. O Disco é alado para indicar a sua origem espiritual.

Dois de Discos = Mudança. Chockmah no elemento

da Terra. Júpiter em Capricórnio. A carta apresenta dois pantáculos, um acima do outro, que são os sím-bolos chineses do yang e yin. A sua volta está uma Serpente verde, formando a figura 8. Esta carta re-presenta a doutrina: "a Mudança é o suporte da esta-bilidade".

Três de Discos = Trabalho. Binah no elemento da

Terra. Marte em Capricórnio. Esta carta representa uma pirâmide vista de cima. A base é formada de três rodas, representando Mercúrio, Enxofre e Sal;

sattvas, rajas e tamas; aleph, shin e mem. Isto

signifi-ca o estabelecimento material da idéia do universo.

Quatro de Discos = Poder. Chesed no naipe da

Ter-ra. Sol em Capricórnio. Os Discos são muito grandes e sólidos, sugerindo uma fortaleza. Esta carta simboliza a Lei e a Ordem, mantidas pela constante vigilância.

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Cinco de Discos= Preocupação. Geburah no naipe

da Terra. Mercúrio em Touro. Esta carta mostra cinco discos num pentagrama invertido. O efeito geral é o de tensão, embora o símbolo seja o de uma longa continuidade de inação. Seu significado natural é o da inteligência aplicada ao labor.

Seis de Discos = Sucesso. Tipharet no naipe da

Ter-ra. Lua em Touro. Os Discos estão num hexagrama. Os planetas estão arrumados em sua atribuição usual; no Centro está o Sol como Rosa e Cruz. Isto representa o estabelecimento harmonioso da ener-gia dos Elementos.

Sete de Discos = Fracasso. Netzach no naipe da

Terra. Saturno em Touro. Os Discos estão arruma-dos como na figura geomântica Rubeus. Esta carta representa enfraquecimento e influências nefastas.

Oito de Discos = Prudência. Hod no naipe da Terra.

Sol em Virgem. Os Discos estão arranjados como a figura geomântica Populus, e representam o fruto de uma grande árvore. Significa inteligência aplicada a questões materiais.

Nove de Discos = Ganho. Yesod no naipe da Terra.

Vênus em Virgem. Os Discos estão dispostos como três triângulos equiláteros, ápice para cima, envolvi-dos por um anel. Seis Discos maiores formam um

hexágono. Isto significa a multiplicação do Mundo original, a mistura de boa sorte e boa administração.

Dez de Discos = Riqueza. Malkuth no naipe da

Ter-ra. Mercúrio em Virgem. Os Discos se tornaram moe-das, e estão dispostos sobre a Árvore da Vida, sendo o décimo Disco maior que os outros. A imagem indi-ca a futilidade do ganho material.

Princesa de Discos (rege um quarto quadrante dos

céus em torno de Kether) = parte térrea da Terra, ou o elemento à beira da Transfiguração. Ela está de pé; sua crista é a cabeça do carneiro; seu cetro desce pela terra, onde sua ponta se torna um diamante. Atrás, há um bosque de árvores e um altar seme-lhante a um molho de trigo. Ela carrega um Disco, em cujo centro está o ideograma chinês que denota a dupla força espiral da Criação em perfeito

equilí-brio.

Príncipe de Discos (rege de 20° Áries a 20° Touro) =

parte aérea da Terra, ou a florescência e frutificação desse elemento. Ele está sentado numa carruagem puxada por um touro. Seu elmo é coroado por um touro, e ele carrega um Disco que se assemelha a um globo marcado com símbolos matemáticos. Na outra mão, ele carrega um cetro coroado por uma cruz. A carta simboliza a função de fazer surgir, da terra, a vegetação, que é a substância do próprio Espírito.

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ESPADAS

Ás de Espadas. Esta carta representa o primeiro

dos elementos misturados, sendo o resultado da União da Água com o Fogo. No centro, está uma espada, implicando realeza, que atravessa uma co-roa com doze pontas, os doze signos do Zodíaco.

Dois de Espadas = Paz. Chokmah no naipe do Ar.

Lua em Libra. Nesta carta, há duas espadas cruza-das, unidas por uma rosa azul com cinco pétalas, que emite raios brancos, produzindo um padrão geo-métrico que sugere uma energia além da luta da per-turbação do intelecto.

Três de Espadas = Dor. Binah no naipe do Ar.

Satur-no em Libra. A carta representa a Grande Espada do Magista, com a ponta para cima, cortando a junção das duas espadas curtas. O fundo mostra cristaliza-ção e tempestade. Esta é a escuridão do Grande Mar.

Quatro de Espadas = Trégua. Chesed no naipe do

Ar. Júpiter em Libra. As quatro espadas nesta carta estão nos cantos de uma Cruz de Santo André. Suas pontas estão embainhadas numa rosa de quarenta e nove pétalas. Isto representa o estabelecimento de dogma e convenção no reino do intelecto.

Rainha de Discos (rege de 20° Leão a 20° Virgem) =

a parte aquosa da Terra, ou fertilidade. Ela está ent-ronada em meio à vegetação e é coroada com os chifres espirais de Markhor. Seu cetro é coroado por um cubo, e ela segura seu próprio Disco – uma esfe-ra de círculos e laços. Ela representa a ambição da matéria quanto a tomar parte no trabalho da criação.

Cavaleiro de Discos (rege de 20° Leão a 20°

Vir-gem) = a parte ígnea da Terra. Montanhas, terremo-tos, assim como gravitação e a atividade da Terra como a criadora da Vida. Ele está vestido como um guerreiro, e seu elmo tem um cervo na crista. Ele está armado com um mangual, carrega um Disco ex-cepcionalmente sólido e está montado num cavalo de trato.

(18)

Cinco de Espadas = Derrota. Geburah no naipe do

Ar. Vénus em Aquário. Os punhos das espadas for-mam um pentagrama invertido e são diversos, as lâ-minas estão quebradas e tortas, tipificando intelecto enfraquecido pelo sentimento.

Seis de Espadas = Ciência. Tipharet no naipe do Ar.

Mercúrio em Aquário. Os punhos ornamentais das Espadas formam um hexágono na carta. Suas pon-tas tocam as pétalas externas de uma rosa vermelha sobre uma Cruz Dourada de seis quadrados. O equi-líbrio perfeito das faculdades mentais e morais, difi-cilmente obtido e impossível de se manter, interpreta a idéia da Ciência.

Sete de Espadas = Futilidade. Netzach no naipe do

Ar. Lua em Aquário. A carta mostra seis Espadas com seus punhos em crescente formação. Suas pontas se chocam com uma Espada muito maior, movendo-se para cima. Aqui, vacilação e compro-misso são retratados.

Oito de Espadas = Interferência. Hod no naipe do

Ar. Júpiter em Gêmeos. O centro da carta contém duas longas Espadas apontando para baixo, en-quanto seis menores, sugerindo armas orientais, as cruzam, três de cada lado. A carta sugere falta de persistência em matérias intelectuais e interferência acidental.

Nove de Espadas = Crueldade. Yesod no naipe do

Ar. Marte em Gêmeos. As nove Espadas são de ta-manhos diferentes, apontando para baixo; sangue pinga de suas pontas irregulares. O fundo é craveja-do de lágrimas e formas de cristal. Nesta carta, o in-telecto é substituído por paixão cruel.

Dez de Espadas = Ruína. Malkuth no naipe do Ar.

Sol em Gêmeos. As Espadas são ordenadas sobre a Árvore da Vida, mas as pontas de um a cinco e de sete a nove racham a Espada central, que represen-ta o Sol, o Coração. O fundo é inflamado com destru-ição explosiva. Esta carta mostra a razão enlouqueci-da e um excesso de mecanismos desalmados.

Princesa de Espadas (rege um terceiro quadrante )

= a parte térrea do Ar; a fixação do volátil, ou a mate-rialização da idéia. Ela aparece nesta carta defronte a um altar estéril, tendo um elmo de Medusa sobre sua cabeça.

Príncipe de Espadas (rege de 20° Capricórnio a 20°

Aquário) = a parte aérea do Ar. Esta carta tipifica o intelecto. O Príncipe está sentado numa carruagem puxada por fadas semelhantes a crianças.

Rainha de Espadas (rege de 20° Virgem a 20° Libra)

= a parte aquosa do Ar, isto é, sua elasticidade e seu poder de transmissão. Ela está entronada sobre as

(19)

nuvens, e seu elmo leva a cabeça de uma criança. Em uma mão, uma espada; na outra, a cabeça de um homem. Representa a percepção clara de uma idéia, a Libertadora da mente.

Cavaleiro de Espadas (rege de 20° Touro a 20°

Gê-meos) = a parte ígnea do Ar, vento e tempestade; o poder violento do movimento aplicado a um elemen-to manejável. Ele é representado como um guerreiro com um elmo que tem uma asa giratória, montando um corcel enlouquecido. Ele carrega uma Espada e um Punhal.

COPAS

Ás de Copas = o elemento da Água, em sua forma

secreta e original. É o complemento feminino do Ás de Bastões. Esta é a carta primordial na forma

es-sencial do Santo Graal.

Dois de Copas = Amor. Chockmah no Naipe da

Água. Vênus em Câncer. A carta apresenta duas taças transbordando sobre um mar calmo. Elas são preenchidas a partir de um Lótus, flutuando sobre o mar, unido a dois golfinhos, demonstrando a harmo-nia do macho e da fêmea, interpretada no mais alto e amplo sentido.

Três de Copas = Abundância. Binah no Naipe da

Água. Mercúrio em Câncer. As Taças são romãs, ge-nerosamente transbordando num mar calmo, tipifi-cando o cumprimento da Vontade de Amar.

Quatro de Copas = Luxúria. Chesed no Naipe da

Água. Lua em Câncer. As quatro Taças estão sobre o mar, já não mais estável, mas sim encrespado. O Lótus tem uma haste múltipla. A energia do elemen-to, apesar de ordenada, perdeu a pureza original da concepção.

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Cinco de Copas = Desapontamento. Geburah no

Naipe da Água. Marte em Escorpião. As Taças estão vazias. Elas estão dispostas como um pentagrama invertido. Simbolizam o triunfo da matéria sobre o espírito.

Seis de Copas = Prazer. Tiphareth no naipe da

Água. Sol em Escorpião. As hastes do Lótus estão agrupadas num movimento elaborado. A água jorra, através das flores, para dentro das Taças; estas es-tão cheias, mas não transbordando. Isto mostra a in-fl uência do Sol sobre a Água. Sua força ígnea, mas balanceada, opera sobre um tipo de putrefação que é a base da fertilidade.

Sete de Copas = Deboche. Netzach no naipe da

Água. Vênus em Escorpião. Os Lótus se tornaram venenosos; Iodo verde escorre deles. Eles estão dispostos em dois triângulos descendentes, com uma taça embaixo, muito maior do que as demais. Isto demonstra esplendor externo e corrupção inter-na.

Oito de Copas = Indolência. Hod no naipe da Água.

Saturno em Peixes. Os Lótus murcharam; as Taças são rasas e velhas, estando ordenadas em três filei-ras. A fileira de cima está vazia.

Nove de Copas = Felicidade. Yesod no naipe da

Água. Júpiter em Peixes. As nove Taças estão perfei-tamente arranjadas em um retângulo. Elas estão cheias e transbordando de água. Este é o aspecto

mais benéfico da água.

Dez de Copas = Saciedade. Malkuth no naipe da

Água. Marte em Peixes. As Taças são arranjadas como na Árvore da Vida, mas estão instáveis e der-ramam a água do grande Lótus que está acima de-las. Isto tipifica a força desordenada e violenta que, inevitavelmente, ataca toda suposta perfeição.

Princesa de Copas (rege outro quadrante) = parte

térrea da Água, ou a sua faculdade de cristalização; também, sua faculdade de dar substância à idéia, de suportar a Vida e de formar a base da combinação química. Ela é representada como uma figura dançante e possui, na crista, um cisne com as asas abertas. Ela carrega uma Taça com uma tartaruga. O golfinho simboliza o poder de criação.

Príncipe de Copas (rege de 20° Libra a 20°

Escor-pião) = parte aérea da Água, ou sua elasticidade e volubilidade, e a energia do vapor. Nesta carta, ele está sentado numa carruagem, cercado por nuvens e puxado por uma águia. Ele carrega um Lótus e uma Taça, da qual sai uma serpente espiral.

(21)

Rainha de Copas (rege de 20° Gêmeos a 20°

Cân-cer) = parte aquosa da Água, ou o seu poder de re-flexão e recepção. Ela está entronada sobre a água parada e carrega uma Taça em forma de concha, contendo uma lagosta. Na sua outra mão, ela segura o Lótus de ísis.

Cavaleiro de Copas (rege de 20° Aquário a 20°

Pei-xes, incluindo grande parte de Pégaso.) = parte íg-nea da Água, ou o poder de solubilidade da água. A carta o apresenta como um guerreiro numa armadu-ra negarmadu-ra, com asas barmadu-rancas, sobre um cavalo barmadu-ran- bran-co. Em sua mão, ele carrega uma Taça, da qual sai um Caranguejo, símbolo da agressividade d'água. O pavão simboliza o brilho da água.

(22)

Bahnhofstrasse 21

CH-8212 Neuhausen am Rheinfall

Suíça

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