O Orçamento do Estado para 2021 (Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro) introduziu inúmeras alterações à legislação incluída nesta obra, nomeada-mente aos Códigos do IRS, do IRC, do IVA e respetiva lista I, do IS, do IMI, do
IMT e Fiscal do Investimento, bem como ao Estatuto dos Benefícios Fiscais
e à Lei n.º 47/2020, de 24 de agosto.
Assim, surge esta 41.ª edição do livro Fiscal, que, para além de incluir uma seleção de artigos do Orçamento do Estado para 2021, com algumas normas e regimes transitórios e outras medidas relevantes em matéria tributária, considera também as alterações legais produzidas pelos se-guintes diplomas:
• Lei n.º 24/2020, de 6 de julho – introduziu alterações ao Código do IRC; • Lei n.º 26/2020, de 21 de julho – revogou o Decreto-Lei n.º 29/2008, de
25 de fevereiro;
• Lei n.º 47/2020, de 24 de agosto – introduziu alterações ao CIVA, ao RITI e à LGT;
• Lei n.º 48/2020, de 24 de agosto – introduziu alterações ao CIRS; • Lei n.º 49/2020, de 24 de agosto – introduziu alterações ao CIVA e ao RITI; • Lei n.º 58/2020, de 31 de agosto – introduziu uma alteração ao RGIT; • Portaria n.º 220/2020, de 21 de setembro – atualizou os coeficientes de
desvalorização da moeda aplicáveis aos bens e direitos alienados du-rante o ano de 2020;
• Decreto-Lei n.º 74/2020, de 24 de setembro – introduziu uma alteração à Lista II do CIVA;
• Despacho n.º 11886-A/2020, de 3 de dezembro – aprovou as novas ta-belas de retenção na fonte sobre rendimentos do trabalho dependente e pensões auferidas por titulares residentes no continente para vigorarem durante o ano de 2021;
• Portaria n.º 309-A/2020, de 31 de dezembro – introduziu alterações à Portaria n.º 105/2004, de 13 de fevereiro, que aprova a lista dos países, territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada, claramente mais favoráveis.
Por fim, nesta nova edição procedeu-se à inclusão:
• da Lei n.º 26/2020, de 21 de julho, relativa à obrigação da comunicação
à Autoridade Tributária e Aduaneira de mecanismos internos ou trans-fronteiriços com relevância fiscal;
• do novo diploma relativo aos regimes especiais do IVA aplicáveis aos
sujeitos passivos que prestem serviços a pessoas que não sejam sujei-tos passivos, efetuem vendas à distância e determinadas transmissões internas de bens, publicado em Anexo à Lei n.º 47/2020, de 24 de agosto.
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Se o texto de lei sofreu alterações, indica-se o diploma que introduziu a redação atual, em nota dos coordenadores do livro:
· no final do artigo (1), do número
(2), ou das alíneas, quando todo o
texto foi alterado; ou
· diretamente na sequência do artigo
(3), número (4) ou alínea, quando
apenas esses sofreram alterações. Nas notas, apresenta-se também: · data de entrada em vigor da
redação (5), quando não é aplicável
o prazo regra de vacatio legis; · datas de produção de efeitos e/ou de
aplicação no tempo, quando tal se justifique;
· diplomas que introduzem
revogações (6);
· esclarecimentos diversos (7).
Surgem ainda notas de rodapé (8)
para esclarecimentos mais extensos ou quando é necessário referir artigos de diplomas não incluídos na obra ou que entrarão em vigor mais tarde.
507
Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro (Novo Regime do Arrendamento Urbano)
histórico e cultural ou social local reconhecidos pelo município, nos termos do respetivo regime jurídico. [Redação: Lei n.º 42/2017, de 14-06; entr. vigor: 2017-06-24.] 5. Para efeitos da presente lei, «microempresa» é a empresa que, independen-temente da sua forma jurídica, não ultrapasse, à data do balanço, dois dos três limites seguintes:
a) Total do balanço: € 2 000 000; b) Volume de negócios líquido: € 2 000 000; c) Número médio de empregados durante o exercício: 10. [Redação do n.º: Lei n.º 79/2014, de 19-12; entr. vigor: 2015-01-19.]
6. O arrendatário que invoque uma das circunstâncias previstas no n.º 4 faz acom-panhar a sua resposta de documento comprovativo da mesma, sob pena de não poder prevalecer-se da referida circunstância.
7. É aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 6 a 10 do artigo 31.º. [Redação: Lei n.º 79/2014, de 19-12; entr. vigor: 2015-01-19.]
[Redação do art.: Lei n.º 31/2012, de 14-08; entr. vigor: 2012-11-13.]
Oposição pelo arrendatário e denúncia pelo senhorio
Sem prejuízo do disposto no artigo 54.º, é aplicável à oposição pelo arrendatá-rio e à denúncia pelo senhoarrendatá-rio, com as necessárias adaptações, o disposto no ar-tigo 33.º, com exceção do n.º 8. [Redação: Lei n.º 31/2012, de 14-08; entr. vigor: 2012-11-13.]
Denúncia pelo arrendatário
À denúncia pelo arrendatário é aplicável, com as necessárias adaptações, o dis-posto no artigo 34.º. [Redação: Lei n.º 31/2012, de 14-08; entr. vigor: 2012-11-13.]
Invocação de circunstâncias pelo arrendatário
1. Caso o arrendatário invoque e comprove uma das circunstâncias previstas no n.º 4 do artigo 51.º, o contrato só fica submetido ao NRAU mediante acordo entre as partes ou, na falta deste, no prazo de 10 anos a contar da receção, pelo se-nhorio, da resposta do arrendatário nos termos do n.º 4 do artigo 51.º. [Redação: Lei n.º 43/2017, de 14-06; entr. vigor: 2017-06-15.]
2. No período de 10 anos referido no número anterior, o valor atualizado da renda é determinado de acordo com os critérios previstos nas alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 35.º. [Redação: Lei n.º 43/2017, de 14-06; entr. vigor: 2017-06-15.]
3. Se o valor da renda apurado nos termos do número anterior for inferior ao valor que resultaria da atualização anual prevista no n.º 1 do artigo 24.º, é este o apli-cável.
4. Quando for atualizada, a renda é devida no 1.º dia do 2.º mês seguinte ao da receção, pelo arrendatário, da comunicação com o respetivo valor.
5. Nos anos seguintes ao da invocação da circunstância regulada no presente artigo, o inquilino faz prova dessa circunstância, pela mesma forma e até ao dia 30 de setembro, quando essa prova seja exigida pelo senhorio até ao dia 1 de se-tembro do respetivo ano, sob pena de não poder prevalecer-se daquela circuns-tância. [Redação: Lei n.º 79/2014, de 19-12; entr. vigor: 2015-01-19.]
6. Findo o período de 10 anos referido no n.º 1, o senhorio pode promover a tran-sição do contrato para o NRAU, aplicando-se, com as necessárias adaptações, o disposto nos artigos 50.º e seguintes, com as seguintes especificidades: [Redação: Lei n.º 43/2017, de 14-06; entr. vigor: 2017-06-15.] ARTIGO 52.º ARTIGO 53.º ARTIGO 54.º CIVIL_20183729_TEXTO_P0005_0632_2P.indd 507 04/12/2018 16:32 1 5 280 Código Civil
sentença que o haja decretado assim o determine. [Redação: Lei n.º 49/2018, de 14-08; entr. vigor: 2019-02-10; apl. tempo: ver art. 26.º da referida lei.]
2. O constituinte pode revogar a todo o tempo a procuração, mas é responsável pelo prejuízo que causar se, por culpa sua, o não fizer a tempo de evitar a celebra-ção do casamento.
SECÇÃO II
Casamentos urgentes
Celebração
1. Quando haja fundado receio de morte próxima de algum dos nubentes, ou imi-nência de parto, é permitida a celebração do casamento independentemente do respetivo processo preliminar e sem a intervenção do funcionário do registo civil. 2. Do casamento urgente é redigida uma ata, nas condições previstas na lei do registo civil.
3. [Revogado.]
[Redação do art.: DL n.º 324/2007, de 28-09; entr. vigor: 2007-09-29. De acordo com a al. a) do n.º 3 do art. 24.º deste diploma, o disposto neste art. produz efeitos desde 2006-01-25, quanto aos atos e processos lavrados em conserva-tórias informatizadas.]
Homologação do casamento
1. Lavrada a ata, o funcionário competente decide se o casamento deve ser ho-mologado.
2. Se não tiver já corrido, o processo preliminar de casamento é organizado ofi-ciosamente e a decisão sobre a homologação é proferida no despacho final deste processo.
[Redação do art.: DL n.º 324/2007, de 28-09; entr. vigor: 2007-09-29.]
Causas justificativas da não homologação
1. O casamento não pode ser homologado:
a) Se não se verificarem os requisitos exigidos por lei, ou não tiverem sido ob-servadas as formalidades prescritas para a celebração do casamento ur-gente; [Redação: DL n.º 324/2007, de 28-09; entr. vigor: 2007-09-29.]
b) Se houver indícios sérios de serem supostos ou falsos esses requisitos ou formalidades;
c) Se existir algum impedimento dirimente;
d) Se o casamento tiver sido considerado como católico pelas autoridades eclesiásticas e, como tal, se encontrar transcrito.
2. [Revogado pelo n.º 1 do art. 22.º do DL n.º 324/2007, de 28-09.]
3. Do despacho que recusar a homologação podem os cônjuges ou seus herdei-ros, bem como o Ministério Público, recorrer para o tribunal, a fim de ser decla-rada a validade do casamento.
ARTIGO 1622.º ARTIGO 1623.º ARTIGO 1624.º 4 272 Código Civil LIVRO IV Direito da família TÍTULO I Disposições gerais
Fontes das relações jurídicas familiares
São fontes das relações jurídicas familiares o casamento, o parentesco, a afini-dade e a adoção.
Noção de casamento
Casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida, nos termos das disposições deste Código.1[Redação: Lei n.º 9/2010, de 31-05.]
Noção de parentesco
Parentesco é o vínculo que une duas pessoas, em consequência de uma delas des-cender da outra ou de ambas procederem de um progenitor comum.
Elementos do parentesco
O parentesco determina-se pelas gerações que vinculam os parentes um ao outro: cada geração forma um grau, e a série dos graus constitui a linha de parentesco.
Linhas de parentesco
1. A linha diz-se reta, quando um dos parentes descende do outro; diz-se cola-teral, quando nenhum dos parentes descende do outro, mas ambos procedem de um progenitor comum.
2. A linha reta é descendente ou ascendente: descendente, quando se considera como partindo do ascendente para o que dele procede; ascendente, quando se considera como partindo deste para o progenitor.
Cômputo dos graus
1. Na linha reta há tantos graus quantas as pessoas que formam a linha de paren-tesco, excluindo o progenitor.
2. Na linha colateral os graus contam-se pela mesma forma, subindo por um dos ramos e descendo pelo outro, mas sem contar o progenitor comum.
Limites do parentesco
Salvo disposição da lei em contrário, os efeitos do parentesco produzem-se em qualquer grau na linha reta e até ao sexto grau na colateral.
Parentesco legítimo e ilegítimo
[Revogado pelo art. 41.º do DL n.º 496/77, de 25-11.]
1 De acordo com o art. 3.º da Lei n.º 9/2010, de 31-05:
“1 – O regime introduzido pela presente lei implica a admissibilidade legal e adoção, em qualquer das suas modalida-des, por pessoas casadas com cônjuge do mesmo sexo.
2 – Nenhuma disposição legal ou regulamentar em matéria de adoção pode ser interpretada em sentido contrário ao disposto no número anterior.” [Redação do art. Lei n.º 2/2016, de 29-02.]
ARTIGO 1576.º ARTIGO 1577.º ARTIGO 1578.º ARTIGO 1579.º ARTIGO 1580.º ARTIGO 1581.º ARTIGO 1582.º ARTIGO 1583.º CIVIL-18 CIVIL_20183729_TEXTO_P0005_0632_2P.indd 272 04/12/2018 16:30 3 1 2 5
LISTA DE ABREVIATURAS USADAS NAS NOTAS
Acórdão: Ac.; alínea/s: al./als.; aplicação no tempo: apl. tempo; artigo/s: art./arts.;
Declaração de Retificação: Decl. Ret.; Decreto-Lei: DL; Decreto Regulamentar: Dec. Reg.; Despacho: Desp.;
Despacho Normativo: Desp. Norm.; entrada em vigor: entr. vigor; Lei Orgânica: Lei Org.; número/s: n.º/n.os;
Orçamento do Estado: OE; Portaria: Port.; produção de efeitos: prod. efeitos; Tribunal Constitucional: TC.
6 7
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA
11CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA (Artigos selecionados) 12
LEI GERAL TRIBUTÁRIA
23DECRETO-LEI N.º 398/98, DE 17 DE DEZEMBRO (Aprova a lei geral tributária) 24
LEI GERAL TRIBUTÁRIA 27
CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS
PESSOAS SINGULARES (CIRS) E LEGISLAÇÃO CONEXA
77DECRETO-LEI N.º 442-A/88, DE 30 DE NOVEMBRO (Aprova o Código do IRS) 78
DECRETO-LEI N.º 198/2001, DE 3 DE JULHO (Revisão do Código do IRS) 83
LEI N.º 82-E/2014, DE 31 DE DEZEMBRO (Reforma da tributação das pessoas singulares, orientada para a família, para a simplificação e
para a mobilidade social) 85
CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES 90
PORTARIA N.º 1011/2001, DE 21 DE AGOSTO (Tabela de atividades do
artigo 151.º do CIRS) 216
DESPACHO N.º 11886-A/2020, DE 3 DE DEZEMBRO (2.ª SÉRIE)
(Aprova as tabelas de retenção do IRS) 219
TABELAS DE RETENÇÃO NA FONTE PARA O CONTINENTE – 2021 222
CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS
PESSOAS COLETIVAS E LEGISLAÇÃO CONEXA
231DECRETO-LEI N.º 442-B/88, DE 30 DE NOVEMBRO (Aprova o Código do IRC) 232
DECRETO-LEI N.º 198/2001, DE 3 DE JULHO (Revisão do Código do IRC) 239
LEI N.º 2/2014, DE 16 DE JANEIRO (Reforma da tributação das sociedades) 241
CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS 245 LEI N.º 61/2014 , DE 26 DE AGOSTO (Regime especial aplicável aos
ativos por impostos diferidos) 393
DECRETO REGULAMENTAR N.º 25/2009, DE 14 DE SETEMBRO
(Amortizações) 404
PORTARIA N.º 1446-C/2001, DE 21 DE DEZEMBRO (Preços de transferência) 428
CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO (CIVA)
445DECRETO-LEI N.º 394-B/84, DE 26 DE DEZEMBRO (Aprova o Código do IVA) 446
CÓDIGO DO IVA 448
REGIMES ESPECIAIS DO IVA APLICÁVEIS AOS SUJEITOS PASSIVOS QUE PRESTEM SERVIÇOS A PESSOAS QUE NÃO SEJAM SUJEITOS PASSIVOS, EFETUEM VENDAS À DISTÂNCIA E DETERMINADAS
TRANSMISSÕES INTERNAS DE BENS 551
DECRETO-LEI N.º 71/2013, DE 30 DE MAIO (Aprova o regime de IVA de caixa) 562
REGIME DE IVA DE CAIXA 565
REGIME DO IVA NAS TRANSAÇÕES INTRACOMUNITÁRIAS
569DECRETO-LEI N.º 290/92, DE 28 DE DEZEMBRO (Aprova o Regime do
IVA nas Transações Intracomunitárias) 570
REGIME DO IVA NAS TRANSAÇÕES INTRACOMUNITÁRIAS 576
IMPOSTOS SOBRE IMÓVEIS
595DECRETO-LEI N.º 287/2003, DE 12 DE NOVEMBRO (Aprova o CIMI e o CIMT) 596
CÓDIGO DO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS (CIMI) 610
CÓDIGO DO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE AS TRANSMISSÕES
CÓDIGO DO IMPOSTO DO SELO
697LEI N.º 150/99, DE 11 DE SETEMBRO (Aprova o Código do Imposto do Selo) 698
CÓDIGO DO IMPOSTO DO SELO 700
FISCALIDADE VERDE – REGIME DE TRIBUTAÇÃO DOS
SACOS DE PLÁSTICO LEVES
739FISCALIDADE VERDE – REGIME DE TRIBUTAÇÃO DOS SACOS DE PLÁSTICO LEVES (Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro – artigos
selecionados) 740
ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS (EBF)
745DECRETO-LEI N.º 215/89, DE 1 DE JULHO (Aprova o Estatuto dos
Benefícios Fiscais) 746
DECRETO-LEI N.º 198/2001, DE 3 DE JULHO (Revisão do Código do IRC) 753
DECRETO-LEI N.º 108/2008, DE 26 DE JUNHO (Alteração ao Estatuto
dos Benefícios Fiscais) 755
ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS 757
NOVO CÓDIGO FISCAL DO INVESTIMENTO
827DECRETO-LEI N.º 162/2014, DE 31 DE OUTUBRO (Aprova o novo
Código Fiscal do Investimento) 828
CÓDIGO FISCAL DO INVESTIMENTO 831
CÓDIGO DE PROCEDIMENTO E DE PROCESSO TRIBUTÁRIO
855DECRETO-LEI N.º 433/99, DE 26 DE OUTUBRO (Aprova o Código de
Procedimento e de Processo Tributário) 856
REGIME JURÍDICO DA ARBITRAGEM EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA
963 DECRETO-LEI N.º 10/2011, DE 20 DE JANEIRO (Regime Jurídico daArbitragem em Matéria Tributária) 964
ESTATUTO DOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS
977LEI N.º 13/2002, DE 19 DE FEVEREIRO (Aprova o Estatuto dos
Tribunais Administrativos e Fiscais) 978
ESTATUTO DOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS 980
REGIME COMPLEMENTAR DO PROCEDIMENTO DE
INSPEÇÃO TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA
1015DECRETO-LEI N.º 413/98, DE 31 DE DEZEMBRO (Aprova o Regime
Complementar do Procedimento de Inspeção Tributária e Aduaneira) 1016
REGIME COMPLEMENTAR DO PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA 1018
FISCALIZAÇÃO DA SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA POR INICIATIVA
DO SUJEITO PASSIVO OU DE TERCEIRO
1043DECRETO-LEI N.º 6/99, DE 8 DE JANEIRO (Regula o sistema de
inspeção tributária por iniciativa do sujeito passivo ou de terceiro) 1044
OBRIGAÇÃO DE COMUNICAÇÃO À AT DE MECANISMOS
INTERNOS OU TRANSFRONTEIRIÇOS COM RELEVÂNCIA
FISCAL
1047LEI N.º 26/2020, DE 21 DE JULHO (Obrigação de comunicação à AT de
mecanismos internos ou transfronteiriços com relevância fiscal) 1048
REGIME GERAL DAS INFRAÇÕES TRIBUTÁRIAS
1063LEI N.º 15/2001, DE 5 DE JUNHO (Aprova o Regime Geral das
REGIME GERAL DAS INFRAÇÕES TRIBUTÁRIAS 1067
LISTA DOS “PARAÍSOS FISCAIS”
1111PORTARIA N.º 150/2004, DE 13 DE FEVEREIRO 1112
PORTARIA N.º 1501/2004, DE 30 DE DEZEMBRO 1115
ORÇAMENTOS DO ESTADO – SELEÇÃO DE NORMAS
RESPEITANTES À LEGISLAÇÃO FISCAL
1117ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2011 (Lei n.º 55-A/2010, de 31 de
dezembro – artigos selecionados) 1118
ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017 (Lei n.º 42/2016, de 28 de
dezembro – artigos selecionados) 1120
ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2018 (Lei n.º 114/2017, de 29 de
dezembro – artigos selecionados) 1121
ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2019 (Lei n.º 71/2018, de 31 de
dezembro – artigos selecionados) 1122
ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2020 (Lei n.º 2/2020, de 31 de março
– artigos selecionados) 1125
ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2021 (Lei n.º 75-B/2020, de 31 de
dezembro – artigos selecionados) 1128
CÓDIGO CONTRIBUTIVO DA SEGURANÇA SOCIAL
1135LEI N.º 110/2009, DE 16 DE SETEMBRO (Aprova o Código dos
Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social) 1136
CÓDIGO DOS REGIMES CONTRIBUTIVOS DO SISTEMA PREVIDENCIAL
DE SEGURANÇA SOCIAL 1139
DECRETO REGULAMENTAR N.º 1-A/2011, DE 3 DE JANEIRO (Procede à regulamentação do Código dos Regimes Contributivos do Sistema
TABELAS OFICIAIS DAS TAXAS CONTRIBUTIVAS DE SEGURANÇA
SOCIAL 1242
Constituição da
República Portuguesa
Constituição da República Portuguesa
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA
1(ARTIGOS SELECIONADOS)
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Artigo 1.º República Portuguesa
Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
Artigo 2.º Estado de direito democrático
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na sobe-rania popular, no pluralismo de expressão e organização política democrática, no respeito e na garantia de efetivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.
Artigo 3.º Soberania e legalidade
1. A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição.
2. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade democrática. 3. A validade das leis e dos demais atos do Estado, das regiões autónomas, do poder local e de quaisquer outras entidades públicas depende da sua conformi-dade com a Constituição.
(…)
Artigo 9.º Tarefas fundamentais do Estado
São tarefas fundamentais do Estado: (…)
b) Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios do Estado de direito democrático;
(…)
d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efetivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das es-truturas económicas e sociais;
(…)
(…)
1 Apresenta-se uma seleção de arts. da Constituição da República Portuguesa considerados importantes no âmbito da
ARTIGO 1.º ARTIGO 2.º ARTIGO 3.º (…) ARTIGO 9.º (…)
PARTE I
Direitos e deveres fundamentaisArtigo 13.º
Princípio da igualdade
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei. 2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situa-ção económica, condisitua-ção social ou orientasitua-ção sexual.
(…)
Artigo 18.º
Força jurídica
1. Os preceitos constitucionais respeitantes aos direitos, liberdades e garantias são diretamente aplicáveis e vinculam as entidades públicas e privadas.
2. A lei só pode restringir os direitos, liberdades e garantias nos casos expressa-mente previstos na Constituição, devendo as restrições limitar-se ao necessário para salvaguardar outros direitos ou interesses constitucionalmente protegidos. 3. As leis restritivas de direitos, liberdades e garantias têm de revestir carácter geral e abstrato e não podem ter efeito retroativo nem diminuir a extensão e o alcance do conteúdo essencial dos preceitos constitucionais.
(…)
Artigo 29.º Aplicação da lei criminal
1. Ninguém pode ser sentenciado criminalmente senão em virtude de lei anterior que declare punível a ação ou a omissão, nem sofrer medida de segurança cujos pressupostos não estejam fixados em lei anterior.
2. O disposto no número anterior não impede a punição, nos limites da lei interna, por ação ou omissão que no momento da sua prática seja considerada criminosa segundo os princípios gerais de direito internacional comummente reconhecidos. 3. Não podem ser aplicadas penas ou medidas de segurança que não estejam expressamente cominadas em lei anterior.
4. Ninguém pode sofrer pena ou medida de segurança mais graves do que as pre-vistas no momento da correspondente conduta ou da verificação dos respetivos pressupostos, aplicando-se retroativamente as leis penais de conteúdo mais favo-rável ao arguido.
5. Ninguém pode ser julgado mais do que uma vez pela prática do mesmo crime. 6. Os cidadãos injustamente condenados têm direito, nas condições que a lei prescrever, à revisão da sentença e à indemnização pelos danos sofridos.
(…)
Artigo 66.º
Ambiente e qualidade de vida
(…)
2. Para assegurar o direito ao ambiente, no quadro de um desenvolvimento sus-tentável, incumbe ao Estado, por meio de organismos próprios e com o envolvi-mento e a participação dos cidadãos:
(…) ARTIGO 13.º (…) ARTIGO 18.º (…) ARTIGO 29.º (…) ARTIGO 66.º
h) Assegurar que a política fiscal compatibilize desenvolvimento com proteção do ambiente e qualidade de vida.
Artigo 67.º Família
(…)
2. Incumbe, designadamente, ao Estado para proteção da família: (…)
f) Regular os impostos e os benefícios sociais, de harmonia com os encargos familiares;
(…)
(…)
PARTE II
Organização económica
Artigo 81.º Incumbências prioritárias do Estado
Incumbe prioritariamente ao Estado no âmbito económico e social:
a) Promover o aumento do bem-estar social e económico e da qualidade de vida das pessoas, em especial das mais desfavorecidas, no quadro de uma estratégia de desenvolvimento sustentável;
b) Promover a justiça social, assegurar a igualdade de oportunidades e operar as necessárias correções das desigualdades na distribuição da riqueza e do rendimento, nomeadamente através da política fiscal;
(…)
(…)
Artigo 84.º Domínio público
1. Pertencem ao domínio público:
a) As águas territoriais com seus leitos e os fundos marinhos contíguos, bem como os lagos, lagoas e cursos de água navegáveis ou flutuáveis, com os respetivos leitos;
b) As camadas aéreas superiores ao território acima do limite reconhecido ao proprietário ou superficiário;
c) Os jazigos minerais, as nascentes de águas mineromedicinais, as cavidades naturais subterrâneas existentes no subsolo, com exceção das rochas, ter-ras comuns e outros materiais habitualmente usados na construção; d) As estradas;
e) As linhas férreas nacionais;
f) Outros bens como tal classificados por lei.
2. A lei define quais os bens que integram o domínio público do Estado, o domínio público das regiões autónomas e o domínio público das autarquias locais, bem como o seu regime, condições de utilização e limites.
(…) ARTIGO 67.º (…) ARTIGO 81.º (…) ARTIGO 84.º (…)
Artigo 90.º
Objetivos dos planos
Os planos de desenvolvimento económico e social têm por objetivo promover o crescimento económico, o desenvolvimento harmonioso e integrado de setores e regiões, a justa repartição individual e regional do produto nacional, a coordena-ção da política económica com as políticas social, educativa e cultural, a defesa do mundo rural, a preservação do equilíbrio ecológico, a defesa do ambiente e a qualidade de vida do povo português.
Artigo 91.º
Elaboração e execução dos planos
1. Os planos nacionais são elaborados de harmonia com as respetivas leis das grandes opções, podendo integrar programas específicos de âmbito territorial e de natureza setorial.
2. As propostas de lei das grandes opções são acompanhadas de relatórios que as fundamentem.
3. A execução dos planos nacionais é descentralizada, regional e setorialmente.
Artigo 92.º
Conselho Económico e Social
1. O Conselho Económico e Social é o órgão de consulta e concertação no domí-nio das políticas económica e social, participa na elaboração das propostas das grandes opções e dos planos de desenvolvimento económico e social e exerce as demais funções que lhe sejam atribuídas por lei.
2. A lei define a composição do Conselho Económico e Social, do qual farão parte, designadamente, representantes do Governo, das organizações representativas dos trabalhadores, das atividades económicas e das famílias, das regiões autóno-mas e das autarquias locais.
3. A lei define ainda a organização e o funcionamento do Conselho Económico e Social, bem como o estatuto dos seus membros.
(…)
Artigo 101.º
Sistema financeiro
O sistema financeiro é estruturado por lei, de modo a garantir a formação, a capta-ção e a segurança das poupanças, bem como a aplicacapta-ção dos meios financeiros necessários ao desenvolvimento económico e social.
(…)
Artigo 103.º
Sistema fiscal
1. O sistema fiscal visa a satisfação das necessidades financeiras do Estado e ou-tras entidades públicas e uma repartição justa dos rendimentos e da riqueza. 2. Os impostos são criados por lei, que determina a incidência, a taxa, os benefí-cios fiscais e as garantias dos contribuintes.
3. Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos que não hajam sido criados nos termos da Constituição, que tenham natureza retroativa ou cuja liquidação e co-brança se não façam nos termos da lei.
Artigo 104.º Impostos
1. O imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das desigualdades e
ARTIGO 90.º ARTIGO 91.º ARTIGO 92.º (…) ARTIGO 101.º (…) ARTIGO 103.º ARTIGO 104.º
será único e progressivo, tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado familiar.
2. A tributação das empresas incide fundamentalmente sobre o seu rendi-mento real.
3. A tributação do património deve contribuir para a igualdade entre os cidadãos. 4. A tributação do consumo visa adaptar a estrutura do consumo à evolução das necessidades do desenvolvimento económico e da justiça social, devendo onerar os consumos de luxo.
Artigo 105.º Orçamento
1. O Orçamento do Estado contém:
a) A discriminação das receitas e despesas do Estado, incluindo as dos fundos e serviços autónomos;
b) O orçamento da segurança social.
2. O Orçamento é elaborado de harmonia com as grandes opções em matéria de planeamento e tendo em conta as obrigações decorrentes de lei ou de contrato. 3. O Orçamento é unitário e especifica as despesas segundo a respetiva classifi-cação orgânica e funcional, de modo a impedir a existência de dotações e fundos secretos, podendo ainda ser estruturado por programas.
4. O Orçamento prevê as receitas necessárias para cobrir as despesas, definindo a lei as regras da sua execução, as condições a que deverá obedecer o recurso ao crédito público e os critérios que deverão presidir às alterações que, durante a execução, poderão ser introduzidas pelo Governo nas rubricas de classificação orgânica no âmbito de cada programa orçamental aprovado pela Assembleia da República, tendo em vista a sua plena realização.
Artigo 106.º Elaboração do Orçamento
1. A lei do Orçamento é elaborada, organizada, votada e executada, anualmente, de acordo com a respetiva lei de enquadramento, que incluirá o regime atinente à elaboração e execução dos orçamentos dos fundos e serviços autónomos.
2. A proposta de Orçamento é apresentada e votada nos prazos fixados na lei, a qual prevê os procedimentos a adotar quando aqueles não puderem ser cumpri-dos.
3. A proposta de Orçamento é acompanhada de relatórios sobre:
a) A previsão da evolução dos principais agregados macroeconómicos com in-fluência no Orçamento, bem como da evolução da massa monetária e suas contrapartidas;
b) A justificação das variações de previsões das receitas e despesas relativa-mente ao Orçamento anterior;
c) A dívida pública, as operações de tesouraria e as contas do Tesouro; d) A situação dos fundos e serviços autónomos;
e) As transferências de verbas para as regiões autónomas e as autarquias lo-cais;
f) As transferências financeiras entre Portugal e o exterior com incidência na proposta do Orçamento;
g) Os benefícios fiscais e a estimativa da receita cessante.
Fiscalização
ARTIGO 105.º
ARTIGO 106.º