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M I N I S T É R I O DA E D U C A Ç Ã O E C U L T U R A
S E C R E T A R I A DE E N S I N O DE 1º E 2º G R A U S
S E C R E T A R I A A D J U N T A DE C O O R D E N A Ç Ã O
E N S I N O R E G U L A R DE 19 GRAU NO
MEIO R U R A L - B R A S I L 1979
P R E S I D E N T E DA R E P Ú B L I C A João Figueiredo M I N I S T R A DA EDUCAÇÃO E C U L T U R A E s t e r de F i g u e i r e d o F e r r a z S E C R E T Á R I O - G E R A L S é r g i o M á r i o P a s q u a l i S E C R E T A R I O DE E N S I N O DE 1º E 2º G R A U S A n t ô n i o de A l b u q u e r q u e S o u s a Filho S E C R E T A R I O A D J U N T O DE C O O R D E N A Ç Ã O J o i r s o n M e d e i r o s C u n h a
E Q U I P E DE C O O R D E N A Ç Ã O DE ESTUDOS E A N A L I S E S DE DADOS E D U C A C I O N A I S E PARAED U C A C IONAIS
ELABORAÇÃO: Godeardo Baquero M i g u e l
Iara Maria de A l m e i d a Marques Vera Lúcia Marucci de Menezes Célia Porto C a p p e l l e t t i
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ... 4
Ensino R e g u l a r de 1º Grau na Zona Rural (matrí
cula Inicial) ... 5-8
Ensino Regular de 1º Grau na Zona Rural (pré
dios e s c o l a r e s ) ...
Ensino Regular de 1º Grau na Zona Rural (Pesso
12-22
al Docente) ...
23—29
Índices de Sobrevivência Escolar (1972/1979)..
I N T R O D U Ç Ã O
ENSINO REGULAR DE_ ]º GRAU NO MEIO RURAL B R A S I L 1979
Neste documento apresentamos dados estatís t i c o s do E n s i n o R e g u l a r de 19 G r a u no meio Rural.
Os ú l t i m o s dados o f i c i a i s de que dispomos são de 1979. E m b o r a desejássemos dados estatísticos mais recentes, este desejo não c o n s t i t u i um g r a n d e p r o b l e m a para entender m e l h o r em termos q u a n t i t a t i v o s o e n s i n o na zona rural já que os dados e d u c a c i o n a i s na zona rural se_ guem um ritmo bem c o n h e c i d o q u e d e f i n e l i n h a s de tendên_ cia estatísticas fáceis de serem i n t e r p r e t a d a s .
Os dados estatísticos serão apresentados, também, em termos de percentagens p o s s i b i l i t a n d o , assim, uma a p l i c a ç ã o geral para os anos m a i s p r ó x i m o s de 1982 e 1983.
MATRICULA I N I C I A L .
PELOS DADOS DA T A B E L A "I" PODEMOS V E R I F I C A R A N Í V E L B R A S I L QUE:
- 26% da m a t r í c u l a i n i c i a l no e n s i n o r e g u l a r de 19 grau se c o n c e n t r a na zona rural;
- l e v a n d o em conta a esfera a d m i n i s t r a t i v a , o en_ sino M u n i c i p a l apresenta uma percentagem supe_ rior (58%) de m a t r í c u l a s na zona rural compara_ do com o Federal, E s t a d u a l e P a r t i c u l a r . A rede M u n i c i p a l é a ú n i c a em q u e a m a t r í c u l a na zona rural é s u p e r i o r ã m a t r í c u l a na zona u r b a n a (42%); - o e n s i n o P a r t i c u l a r apresenta percentagemmais b a i x a n - podemos verificar na t a b e l a " I I " a p a r t i c i p a ç ã o na m a t r í c u l a i n i c i a l no e n s i n o r e g u l a r de 1º grau na Zona R u r a l por U n i d a d e Federada;
- a n a l i s a n d o o número de a l u n o s m a t r i c u l a d o s na Zona Rural como um todo, v e r i f i c a m o s os seguin_ tes resultados em termos de esfera administrati_ va :
72% estão na rede Municipal 25% estão na rede Estadual 02% estão na rede Particular 01% estão na rede Federal
TABELA "I"
ENSINO REGULAR 1º GRAU
MATRÍCULA INICIAL POR LOCALIZAÇÃO
BRASIL — 1979
URBANA % RURAL % TOTAL
FEDERAL 9 5 . 1 2 7 59 65.259 41 1 6 0 . 3 8 6 ESTADUAL 1 0 . 5 1 5 . 0 6 3 88 1 .470.210 12 11 . 9 8 5 . 2 7 3 MUNICIPAL 2 . 9 6 2 . 5 4 8 42 4 . 1 3 6 . 8 1 4 53 7.099 .362 PARTICULAR 2 . 6 6 9 . 2 6 6 96 111.16 2 04 2 . 7 8 0 . 4 2 8 T O T A L ■ 1 6 . 2 4 2 . 0 0 4 74 ' 5 . 7 8 3 . 4 4 5 26 2 2 . 0 2 5 . 4 4 9
TABELA "II"
E N S I N O R E G U L A R DE 1º GRAU
Z O N A R U R A L BRASIL
1979
PRÉDIOS ESCOLARES
PELOS DADOS DA T A B E L A " I I I " V E R I F I C A M O S QUE;
- o número de e s c o l a s na Z O N A R U R A L é de 151.071 s e n d o que, 1 3 1 . 9 1 5 de uma s a l a de aula só e 19.156 de duas ou m a i s s a l a s de aula;
- 95% das u n i d a d e s escolares de uma sala só que e x i s t e m no B r a s i l e s t ã o s i t u a d a s na Zona Ru ral ;
- 36% das u n i d a d e s escolares com duas ou mais sa_ las que e x i t e m no B r a s i l estão s i t u a d a s na Zo_ na Rural;
- 87% das e s c o l a s q u e f u n c i o n a m na Zona Rural são de uma sala de a u l a só, a p e n a s 13% das es_ colas r u r a i s têm d u a s ou m a i s salas de aula;
- a Rede M u n i c i p a l p o s s u e m a i o r número de esco_ las r u r a i s (113.759) s e g u i n d o a rede E s t a d u a l ( 34.484), s e n d o a R e d e P a r t i c u l a r a que po_s sue m e n o r n ú m e r o de e s c o l a s r u r a i s .
PESSOAL DOCENTE
NA ZONA
ENSINO REGULAR DE 1º GRAU NA ZONA RURAL
PESSOAL DOCENTE L E I G O BRASIL
— 1979
Entendemos por PROFESSOR LEIGO a q u e l e profes_
sor que leciona no ensino regular de 1º grau, e tem formação
de:
a ) 1º grau completo apenas b
) 1º grau incompleto c ) 2º
grau incompleto
Não consideramos professor leigo aquele que le_
ciona no 1º grau regular com formação de 29 grau completo- ou
com formação de 39 grau, mesmo que não tenha formação
pedagó-gica.
Levando em conta as restrições acima, tratare_
mos a seguir do problema dos professores leigos a nível nacio_
nal, r e g i o n a l e de U.F.
ENSINO REGULAR DE 1º GRAU
PROFESSORES LEIGOS
BRASIL 1979
A) NÚMERO DE PROFESSORES LEIGOS
Nas tabelas em anexo, verificamos que para o Brasil, o nº de Professores Leigos é 196. 9 2 9 , correspondendo a 22,81% do total de p r o f e s s o r e s que atuam no ensino regular de 1º grau que é 8 6 3 . 3 2 7 .
B) PROFESSORES LEIGOS POR L O C A L I Z A Ç Ã O :
Se l e v a r m o s em c o n t a a l o c a l i z a ç ã o , v e r i f i c a r e m o s que o total de p r o f e s s o r e s l e i g o s no e n s i n o r e g u l a r de 1º grau, em valores absolutos, se d i s t r i b u i da s e g u i n t e forma:
URBANA
RURAL
TOTAL
PROFESSORE
S L E I G O S
47 . 9 5 5
( 2 4 ,35%)
148.974
(75,65%)
196.929
(100%)
Na z o n a rural r a d i c a a m a i o r i a dos Professores Leigos, e n t r e t a n t o um número equivalente a 4 7 . 9 5 5 professores atuando na zona urbana é também bastante signif i c a tivo.
Levando em conta os v a l o r e s r e l a t i v o s o número de
Pro-fessores Leigos no Brasil é o seguinte, em termos percentuais;
PROFESSORES URBAN0S PROFESSORES RURAIS
LEIGOS NÃO LEIGOS LEIGOS NÃO L E I G O S
% 7,3 5'. 9 2,6 5:.; 70,49% 29,51%
ENSINO REGULAR DE 1º GRAU
PROFESSORES LEIGOS - POR REGIÃO
B R A S I L - 1979
A) NUMERO DE PROFESSORES LEIGOS POR REGIÃO E
LOCALIZA-ÇÃO - VALORES ABSOLUTOS :
Se levarmos em conta as regiões b r a s i l e i r a s , os
pro-fessores leigos que atuam no ensino regular de 1º grau, se distribuem
de acordo com a seguinte tabela:
PROFESSORES LEIGOS (VALORES ABSOLUTOS)
B R A S I L - 1979
PROFESSORES LEIGOS POR REGIÃO
BRASIL 1979B)NUMERO DE PROFESSORES LEIGOS EM VALORES RELATIVOS:
; Se verificarmos as percentagens de p r o f e s s o r e s l e i g o s por
r e g i ã o , obteremos os s e g u i n t e s r e s u l t a d o s :
R E G I Ã O TOTAL P R O F E S S O R E S P R O F E S S O R E S L E I G O S
URBANA RURAL URBANA R U R A L
NORTE 22.665 ( 1 0 0 % ) 1 1 . 9 2 3 ( 1 0 0 % ) 4.730 ( 2 0 , 8 6 % ) 10.733 ( 8 7 , 0 % ) N O R D E S T E 137 . 0 4 4 (100%) 8 5 . 5 70
(100%)
2 0 . 7 3 0 (15,12%) 72.913 ( 8 5 , 2 0 % ) S U D E S T E 3 4 0 . 2 3 2 (100"'.) 53 . 0 0 7 ( 1 0 0 % ) 7 . 7 32 (2,27%,) 2 7.613 ( 5 2 , 0 9 % SUL 113 . 1 8 6 (100%) 5 0 . 8 6 8 ( 1 0 0 % ) 9 . 1 2 9 ( 8 , 0 6 % ) 29.655 ( 5 8 , 2 9 % ) ! C. O E S T E 38.882 (100%) 9.945 ( 1 0 0 % ) 5 . 6 34 ( 1 4 , 4 8 % ) 8.415 ( 8 4 , 6 1 % ) BRASIL652.009 (100% ) 211 . 3 1 8 ( 1 0 0 % ) 47.955 ( 7 , 3 5 % ) 148.974 ( 7 0 , 4 9 %
ENSINO REGULAR DE 1º GRAU
PERCENTAGEM DE PROFESSORES LEIGOS POR REGIÃO
ENSINO REGULAR DE 1º GRAU
PROFESSORES LEIGOS POR UNIDADE FEDERADA
Apenas queremos ressaltar que as U.F. com maior
número de professores leigos em valores absolutos são as se g u
i n t e s :
ÍNDICES DE SOBREVIVÊNCIA
FLUXO ESCOLAR NA ZONA RURAL
ÍNDICES DE SOBREVIVÊNCIA ESCOLAR
BRASIL - 1972-1979
Nesta parte apresentamos dados estatísticos refe_
rentes ao período 1972-1979 e trataremos de a n a l i s a r o fluxo
e s c o l a r no meio e d u c a c i o n a l rural.
Tomamos como amostra uma cohorte de alunos que
i n i c i o u a 1. serie no ano de 1972 e que deveria terminar a
8. série no ano de 1979.
A metodologia do trabalho é a seguinte:
— verificar
o
número de alunos matriculados na
1. serie por E s t a d o no ano X.
— verificar
o
número de alunos matriculados na
4ª ou 8ª série no ano X+3 ou X+7.
— a diferença entre os alunos matriculados no
início do ano escolar na 1. série no ano X e
os alunos matriculados no início do ano em
X+3 ou X+7 nos mostrará de uma m a n e i r a sim_
ples quantos alunos dos que iniciaram a 1ª
séire, chegaram à 4ª série no período regular
de 4 anos ou a 8ª no período r e g u l a r de 8
anos .
Se todos os alunos m a t r i c u l a d o s na 1ª série no
ano X conseguiram chegar ã 4ª série três anos após (X+3), o
índice de eficiência seria equivalente a 100%.
Indice de Eficiência = Matrícula Inicial 4ª série. 100
Matrícula Inicial 1ª série
3 anos atrás.
Neste documento, um í n d i c e de e f i c i ê n c i a igual a 30% não s i g n i f i c a que 70% (100-30 = 70) s a i r a m do s i s t e m a e d u c a c i o n a l , s i g n i f i c a a p e n a s que 30% dos a l u n o s que i n i c i a _ ram a 1ª serie c o n s e g u i r a m c h e g a r à 4ª série no período regu_ lar de q u a t r o anos.
0 que a c o n t e c e u c o m os 70% restantes? A r e s p o s t a a esta q u e s t ã o não é e s t u d a d a neste d o c u m e n t o . C e r t a m e n t e uns serão a l u n o s repetentes q u e c o n t i n u a r ã o no sistema mais tarde, outros serão a l u n o s e v a d i d o s que t a l v e z estudarão em outros s i s t e m a s p a r a e d u c a c i o n a i s, outros t a l v e z , v o l t a r ã o mais t a r d e ao s i s t e m a v i a c u r s o s s u p l e t i v o s .
Pela t a b e l a " I V " v e r i f i c a m o s q u e o I n d i c e de sobre_
v i v ê n c i a a nivel de B r a s i l na z o n a r u r a l a p r e s e n t a os s e g u i n t e s
result a d o s :
INICIAM A 1ª SERIE CHEGAM À 4ª SERIE CHEGAM Á 8ª SERIE
VALORES ABSOLUTOS 3 . 0 2 4 . 5 7 0 3 9 7 . 4 4 4 20.370
VALORES RELATIVOS 1 0 0 % 13% 0,68%
R e p r e s e n t a n d o de uma m a n e i r a g r á f i c a o ín d i c e de
S o b r e v i v ê n c i a e s c o l a r na zona r u r a l , o b t e r í a m o s o s e g u i n t e dia
T A B E L A
"
IV"
E N S I N O R E G U L A R DE1º
GRAU FLUXO ESCOLAR NO MEIQ RURALÍ
N D I C E S DE S O B R E V I V Ê N C I AB R A S I L - 1 9 7 2 - 1 9 7 9
Pela tabela "IV" e diagrama verificamos que, a nível de B r a s i l , apenas 13% dos a l u n o s do meio rural m a t r i c u _ lados na 1. série c o n s e g u e m c h e g a r a 49 serie e somente 1% (exatamente 0,68) c o n s e g u e m c h e g a r ã 8ª série.
A v a r i a b i l i d a d e dos índices de sobrevivência dos Estados é relativament e s i g n i f i c a t i v a a nível de 4. serie: Santa C a t a r i n a apresenta um í n d i c e de 41% em
c o n t r a p o _
s i ç ã o o P i a u í com um í n d i c e de 3%.
No que diz respeito a e f i c i ê n c i a a nível de 8. serie no meio r u r a l , as U n i d a d e s F e d e r a d a s r e v e l a m í n d i c e s de s o b r e v i v ê n c i a b a i x í s s i m o , comprovando, assim, que na prá_ tica nao e x i s t e 8. s e r i e no e n s i n o r e g u l a r de 19 grau na zo_ na rural.
CONCLUSÃO
A n a l i s a n d o a relação população total do Brasil residente na zona rural, v e r i f i c a m o s que 15% dessa p o p u l a ç ã o rural (38.616.153 em 1980) forma p a r t e da m a t r í c u l a i n i c i a l no e n s i n o regular' de 19 g r a u no m e i o r u r a l (5.783.445 de alu_ nos m a t r i culados).
A relação de 15% de p a r t i c i p a ç ã o na m a t r í c u l a i n i c i a l é p r a t i c a m e n t e a m e s m a em todas as U n i d a d e s Federa das. demostrando, a s s i m, q u e o e n s i n o de 19 grau na zona ru_ ral , apresenta a mesma s i t u a ç ã o em todos os Estados do Brasil.
Observando a relação p o p u l a ç ã o total do B r a s i l na zona u r b a n a , v e r i f i c a m o s q u e 20,18% dessa p o p u l a ç ã o urba_ na (80.454.712 em 1980) forma p a r t e da matrícula i n i c i a l no e n s i n o r e g u l a r de 19 g r a u na zona u r b a n a .
Tentando fazer a l g u m a s e s t i m a t i v a s para 1980, p o d e r í a m o s c o n c l u i r q u e na zona r u r a l e x i s t e m perto de 3.000.000 a l u n o s na f a i x a e t á r i a de 07 a 14 anos fora da es_ cola e que na zona u r b a n a e x i s t e m p o r v o l t a de 4.000.000 alu_ nos na f a i x a e t á r i a de 07 a 14 a n o s fora da e s c o l a .
L e v a n d o em conta q u e 1/3 da p o p u l a ç ã o residen_ te do B r a s i l está s i t u a d a na zona r u r a l , p o d e m o s c o n c l u i r que dos sete m i l h õ e s de a l u n o s na f a i x a e t á r i a de 07 a 14 anos que estão fora da e s c o l a , c a b e uma m a i o r p r o p o r ç ã o ã zo_ na rural.
A l i n h a de t e n d ê n c i a d e s c e n d e n t e que se obser_ va na p o p u l a ç ã o r u r a l no B r a s i l nos ú l t i m o s anos, nos permi_ te concluir que o problema educacional, quantitativamente fa_ lando, tende a d i m i n u i r nas escolas do m e i o rural mas em c o n t r a p a r t i d a , essa p o p u l a ç ã o e s t u d a n t i l que se d e s l o c a do campo aumentará, q u a n t i t a t i v a m e n t e falando, o p r o b l e m a educa_ c i o n a l na zona u r b a n a .
A l i n h a de t e n d ê n c i a na m a t r í c u l a i n i c i a l de 19 grau r e g u l a r na zona rural permanece p r a t i c a m e n t e constan_
te nos ú l t i m o s 10 anos ( a p r o x i m a d a m e n t e 5.000.000 de a l u n o s ) . Em c o n t r a p o s i ç ã o , a m a t r í c u l a i n i c i a l na zona u r b a n a segue uma linha de t e n d ê n c i a f r a n c a m e n t e a s c e n d e n t e (de onze mi lhõe s m a t r i c u l a d o s em 1971 p a s s a r a m p a r a 16 m i l h õ e s em 1979).
Espera-se, mesmo com o aumento p o p u l a c i o n a l , que a m a t r í c u l a i n i c i a l no e n s i n o de 1º g r a u na zona rural, conti_ nue a mesma ou i n f e r i o r ã a p r e s e n t a d a nos ú l t i m o s anos. Por sua vez a m a t r í c u l a i n i c i a l no e n s i n o r e g u l a r nas zonas urba_ nas c o n t i n u a r a a u m e n t a n d o s i g n i f i c a t i v a m e n t e .
Este aumento e ou decréscimo das matrículas nas zonas r u r a i s e u r b a n a s d e v e ser l e v a d o m u i t o em c o n t a para um planejamento na zona rural q u e certamente devera ser consi_ derada a e x i s t ê n c i a de escolas suficientes para atender ã de_ m a n d a , mas sem e s q u e c e r q u e n u m f u t u r o p r ó x i m o a l g u n s pré_ dios e s c o l a r e s possam f i c a r fechados por f a l t a de c l i e n t e l a .
A e l e v a d a percentagem de professores l e i g o s le c i o n a n d o na zona rural, pode ser c o n s i d e r a d a por muitos edu_ cadores como uma das causas que e x p l i c a m a q u a l i d a d e do ensi_ no no meio rural.
Se l e v a r m o s em conta que apenas 13% dos a l u n o s que i n i c i a m a 1ª serie no m e i o rural, chegam a 4ª série e que, p r a t i c a m e n t e não e x i s t e 8ª série, podemos c o n c l u i r que, o en sino r e g u l a r no m e i o rural p r e c i s a de urgentes estudos.
A p a r t i c i p a ç ã o da Rede Federal e da Rede Parti_ cular no e n s i n o r e g u l a r de 1º grau no m e i o rural, é pratica_ mente i n e x i s t e n t e , a mesma Rede E s t a d u a l a p r e s e n t a percenta_ gens b a i x a s de p a r t i c i p a ç ã o . A s s i m sendo, a Rede M u n i c i p a l carrega p r a t i c a m e n t e todo o peso da educação no meio rural. Pode-se questionar se o município dispõe de meios para desem_ p e n h a r tal tarefa.
Seria i n g ê n u o e x p l i c a r o funcionamento do ensi_ no r e g u l a r de 19 g r a u no m e i o rural por causas especificamen-te i n t r í n s e c a s ã e d u c a ç ã o . Na r e a l i d a d e a e d u c a ç ã o no meio rural d e p e n d e também em g r a n d e parte, de fatores exógenos que na-maioria das vezes, são incontroláveis p e l o p r ó p r i o siste_ ma e d u c a c i o n a l .
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
DO Secretario Adjunto de Coordenação AO
Secretário Particular do Ministro
Assunto