BOLETIM PARDO Estresse Hídrico: a corda sempre arrebenta do lado mais fraco

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Abril de 2013

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BOLETIM PARDO

Estresse Hídrico: a corda sempre arrebenta do lado

mais fraco

Fonte: http://www.solidarites.org

Dionei Minuzzi Delevati Presidente do Comitê Pardo Verushka Goldschmidt Xavier Bióloga - Secretária Executiva do Comitê Pardo Com apenas 3% de água doce no planeta para suprir as necessidades de mais de 7 bilhões de pessoas, esse recurso natural, responsável pela sobrevivência das espécies, é usado intensamente para diversas finalidades. Quando utilizada com parcimônia, apresenta-se em abundância, quando utilizada com desperdício, é escassa.

Várias economias em crescimento, como a Índia e mesmo os Estados Unidos são exemplos de regiões geográficas onde a demanda por água já supera a oferta. A Índia, por exemplo, extrai mais água subterrânea que qualquer outro país. Enquanto a média mundial é de 56% para ser utilizada na agricultura, a Índia extrai 90% para a produção do arroz e outros

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gêneros alimentícios. Porém o bombeamento ainda é uma opção viável, visto que diminui politicamente o estresse hídrico entre as fronteiras.

Já os Estados Unidos, apesar de classificado como país com risco médio de abastecimento, já está passando por esgotamento das reservas de água e a inflação gerada pela escassez desse elemento na produção de alimentos pode influenciar na economia internacional, chegando até nós, brasileiros. Sendo assim, a água torna-se um fator limitante ao crescimento econômico e social, comprometendo a capacidade de produção de alimento aos habitantes do planeta.

Como se diz popularmente que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, o estresse hídrico se tornará um peso para os países mais pobres enquanto é apenas um transtorno, por enquanto, para os países ricos e os em crescimento. Isso pode acarretar conflitos políticos, sociais e militares, como o que ocorre em países do Oriente Médio.

Uma região não se desenvolve sem água, nem mesmo há um aglomerado de pessoas longe dos rios ou reservas hídricas que garantam, no mínimo, o abastecimento humano. Então, a água começa a ser definida como estratégia dos países para escoamento de produção, abastecimento, crescimento social e econômico e estoques de mananciais para futuros acordos de abastecimentos com outros países que, em longo prazo, proporcionarão poder, tornando-o forte politicamente e não necessitando de poder bélico.

Esses fatores são considerados de segurança nacional, para qualquer país que se possa imaginar e a água passa a ser fonte de tensão ou cooperação entre as nações. Para evitar o estresse hídrico, atitudes políticas e acordos diplomáticos são colocados em prática, amenizando conflitos. Quantos estados e municípios brasileiros já não entraram em acordo para que todos tivessem água para diversos fins em quantidade e boa qualidade?

O estresse hídrico, no final das contas, está deixando de ser um problema de luxo que só atinge países com histórico de divergências por questões hídricas para nos acompanhar em nosso cotidiano, inclusive quanto à soberania nacional, já que temos abundância de reservas hídricas e podemos ser alvo de especulações através dos recursos naturais disponíveis em nosso território. O Brasil está despertando para a melhor gestão desse elemento vital, de modo que consigamos evitar mais esse mal, afinal, estresse é ruim tanto para a saúde física quanto para a diplomacia entre as organizações e estados.

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3 Referências:

Barbosa, V. Mundo vive “estresse hídrico” e nem as grandes economias escapam, alerta estudo. Revista Exame. Editora Abril. Maio/2012.

Bastos, F.H.C. e Rochman, A.R. Geografia Política da Água e o Poder no Século XXI. 2010. Rodrigues Junior,G.S. Geografia Política e os Recursos Hídricos Compartilhados: O Caso Israelo-Palestino. Anais do XVI Encontro Nacional de Geógrafos. Porto Alegre: 2010.

ATIVIDADES DO COMITÊ PARDO EM ABRIL:

COMISSÃO PERMANENTE DE ASSESSORAMENTO (CPA)

No dia 04 de abril, os membros da CPA reuniram-se para debater sobre o projeto Revitalização do Rio Pardo, desenvolvida pela Naturalis Consultoria Ambiental e representada na reunião pelo senhor Ubirajara de Almeida. Após deliberar sobre o assunto, a CPA apontou que o Comitê Pardo, dentro das suas limitações, acompanhará a iniciativa desta comissão.

REUNIÃO CAMARA TÉCNICA DE PROGRAMAÇÃO, ORÇAMENTO E

ACOMPANHAMENTO DE PROJETOS DO FRH (CTPA)

Verushka Goldschmidt Xavier, secretária executiva do Comitê Pardo, participou da 20ª reunião da CTPA no dia 10 de abril, no auditório da CORSAN em Porto Alegre - RS. Dentre os assuntos tratados estava a deliberação sobre as definições do Orçamento 2013 aprovado pelo CRH/RS, tendo em vista as novas informações recebidas da Secretaria da Fazenda. Devido a importância do assunto, uma reunião extraordinária do Conselho de Recursos Hídricos (CRH) foi agendada para o dia 17/04/2013.

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4 REUNIÃO FÓRUM GAÚCHO DE COMITÊS (FGC) E CONSELHO DE RECURSOS

HÍDRICOS (CRH)

Em 17 de abril, o FGC reuniu-se na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre - RS, para debater sobre a adequação do orçamento do Fundo de Recursos Hídricos (FRH), resoluções do CONSEMA e informações sobre a Oficina da Agência de l’Eau Loire- Bretagne e Consórcio PCJ (23 e 24 de maio), além de iniciar a preparação para os Encontros Estaduais dos Comitês de Bacia.

REUNIÃO DA REDENÇÃO DO PARDO

No dia 24/04 houve reunião da Redenção do Pardo, onde a professora Cristiana Mueller, da Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais da UNISC, expôs ao público os critérios para participação da Viagem de Estudos ao Chile (Do Atlântico ao Pacífico) e após ocorreu a palestra sobre o Novo Código Florestal proferida pelo biólogo Nilmar Azevedo de Melo.

DOAÇÃO DE MUDAS NATIVAS PARA

PRODUTOR – REVITALIZAÇÃO DO

RIO PARDINHO

Em 26/05/2013 o Comitê Pardo recebeu a doação de 500 mudas nativas e repassou-as ao produtor Renê Tornquist, que se enquadrou nos critérios de seleção, que foram definidos

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em conjunto com a empresa doadora das mudas e a FEPAM/DEFAP. Senhor Renê alocará as mudas em sua propriedade, na fazenda São João da Serra, que está localizada às margens do rio Pardinho, configurando esta ação como uma atividade de revitalização do rio Pardinho.

AGENDA:

Reunião Comitê Pardo: 21 de maio

Curso Comitê de Bacia: Conceitos e Atribuições:

Período de inscrição: 15/04 a 15/05 Valor: R$5,00 (para certificado) Realização: 23 de maio de 2013. Local: UNISC

Local de inscrição: Secretaria de Pós-Graduação e Extensão da UNISC – sala 110 Telefone: (51) 3717-7343