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Problematização inicial: Conversa sobre como foi a leitura do texto e apresentação da história: Piteco em O Mito da Caverna (10 min).

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SEMINÁRIO DE TESE II

Discussão do seminário, a partir do texto base:

A formação do professor – pesquisador e a criação pedagógica

Sandra Corazza

26 de março de 2015

Responsáveis pela dinamização: Joze e Juliana Salbego

Problematização inicial: Conversa sobre como foi a leitura do texto e apresentação

da história: “Piteco em O Mito da Caverna” (10 min).

Passos metodológicos:

1º momento: Dinâmica do quebra cabeça.

Cada pessoa pegará, aleatoriamente, uma peça do quebra-cabeça. Os

participantes deverão encontrar o seu grupo de discussão, encontrando a parte que

encaixa a sua peça. Atrás de cada peça terá um fragmento e/ou questionamento,

referente ao texto e/ou outros autores.

Cada quebra-cabeça terá 4

fragmentos/questionamentos (5 quebra-cabeças, com quatro peças cada um deles).

Todos os quebra-cabeças deverão conter 1 ou 2 peças em branco (frente do quebra

cabeça) e, um deles, estará todo em branco. Observar a “criação” de cada grupo.

Disponibilizar canetinhas e materiais diversos à disposição dos grupos.

2º momento: Discussão no grupo sobre as fragmentos/questionamentos e o

quebra-cabeça (20 min).

3º momento: Discussão e socialização das discussões no grande grupo (20 min).

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Referências

ALVES, Rubem. Histórias de bichos. 13. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2004.

_______. Conversas com quem gosta de ensinar. SP: Papirus, 2012.

BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. SP: Martins Fontes, 2008.

CORAZZA, Sandra Mara. O que se transcria em educação? POA: Doisa, 2013.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática

educativa. 7. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998 (Coleção Leitura)

OSTROWER, Faiga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes,

1987)

VEIGA NETO, Alfredo. É preciso ir aos porões. Revista Brasileira de Educação.

V.17; n.50. Maio-ago. 2012.

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Os educadores (...) insatisfeitos com o já-dito, o já-feito, o já-sentido, o já-pensado, o já-praticado da docência e das pesquisas modernas, e com os seus efeitos culturais e sociais, realizam um diagnóstico antenado e hiper crítico dos tempos, espaços, sujeitos e relações da contemporaneidade (CORAZZA, 2013, p. 96).

É o saber da História como possibilidade e não como determinação. O mundo

não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente,

interferidora na objetividade com que dialeticamente me relaciono, meu papel

no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem

intervém como sujeito de ocorrências (FREIRE, 1998, p. 85).

Entender o presente, abrir-se para o futuro, saber indagar e conseguir indignar-se são o combustível para um pensamento relevante e para uma ação consequente. Temos aí exatamente o combustível que ‘alimenta o circuito onde se situam as célebres questões nietzschianas acerca do presente – ‘ o que estão os outros fazendo de nós?, ‘que estamos nós fazendo de nós mesmos?’ (VEIGA NETO, P.280).

Te consideras um insatisfeito com os discursos, práticas e relações que se estabelecem na educação hoje? Por quê?

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Ao processarem a pesquisa-ensino, que procura-e-cria, eles (os educadores) têm, antes de tudo, de enfrentar o pior inimigo: o seu inimigo íntimo. Inimigo que é formado pela resistente e encravada tradição da pedagogia moderna, expressa nas ‘receitas’ e nos ‘manuais’ de auto-ajuda (CORAZZA, 2013, p. 96).

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se

encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando,

reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me

indago (FREIRE, 1998, p. 32).

O ensino-pesquisa que fazemos é, assim, impuro, pois mescla e cruza o que passou, o que nos afeta, e os mundos possíveis por vir. Extrai acontecimentos das coisas, dos corpos, dos estados de coisas: inventando personagens e estabelecendo ligações entre eles e os acontecimentos. Rejeita as

modelizações confinantes, que negam o novo e requerem, apenas regularidades, médias e métricas: priorizando a poética, o processual e a reversibilidade (CORAZZA, 2013, p.100-101).

Quais são os piores inimigos da educação hoje? Que estratégias poder criar para lutar contra estes inimigos?

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(...) para educar, pesquisamos, procurando e criando, para ensinar; ensinamos, pesquisando, para procurar e também para criar (CORAZZA, 2013, p. 97).

Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo me educo e me

educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou

anunciar a novidade (FREIRE, 1998, p. 32).

Mas o que é que procuramos? Como criamos? Quem somos?

Professor não é educador, assim como eucalipto não é jequitibá.

“Os educadores são como as velhas árvores (jequitibás). Possuem uma face, um nome, uma ‘estória’ a ser contada’. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno é uma entidade sui generis (...) E a educação é algo que pode acontecer nesse espaço invisível e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal (...) Mas professores são habitantes de um mundo diferente, onde o educador pouco importa, pois o que interessa é um ‘crédito’ cultural que o aluno adquire numa disciplina identificada por uma sigla, sendo que, para fins institucionais, nenhuma diferença faz aquele que a ministra (...) são descartáveis (...) O mundo mudou, as florestas foram abatidas. Em seu lugar, eucaliptos” (ALVES, 2012, p.18-19).

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Aquele que cria é aquele que adota um ponto de vista criador. Aquele que raspa, escova, faxina os clichês do senso comum e das formas legitimadas. Aquele que enfrenta o desafio de explicar suas criações, sem apelar para uma instância criadora, superior e extrínseca a ele e a seu fazer (CORAZZA, 2013, p. 97).

Sem nos darmos conta, nós nos orientamos de acordo com expectativas, desejos, medos, e sobretudo de acordo com atitudes do nosso ser mais íntimo, uma ordenação interior (...) Nessa busca de ordenações e significações reside a profunda motivação humana de criar (...) O homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim, porque precisa; e ele só pode crescer, enquanto ser humano, coerentemente, ordenando, dando forma, criando (Ostrower, p.9 e 10).

Fala-se hoje, com insistência, no professor pesquisador. No meu entender, o

que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de ser

ou de atuar que se acrescente a de ensinar. Faz parte da natureza da prática

docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que, em sua

formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque professor,

como pesquisador (FREIRE, 1998, p. 32).

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Como, em que condições, as verdades pedagógicas, transmitidas pela docência-sem-pesquisa e pela pesquisa-sem-docência, chegaram a ser verdadeiras? Quais relações de poder e formas de saber possibilitaram a sua construção? Quais seus efeitos sobre os educadores que assujeitaram? (CORAZZA, 2013, p.99)

Como professores-pesquisadores, o que podemos saber, o que podemos fazer, e o que devemos esperar da educação do século XXI? (CORAZZA, 2013, p.99)

Ensinar, aprender e pesquisar lidam com esses dois momentos do ciclo

gnosiológico: o em que se ensina e se aprende o conhecimento já existente e

o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente. A

“do-discência” – docência-discência – e a pesquisa, indicotomizáveis, são assim

práticas requeridas por estes momentos do ciclo gnosiológico (FREIRE, 1998,

p. 31).

Só na verdade, quem pensa certo, mesmo que, às vezes, pense errado, é quem

pode ensinar a pensar certo. E uma das condições necessárias a pensar certo

é não estarmos demasiado certos de nossas certezas (FREIRE, 1998, p. 30)

SUGESTÕES DE IMAGENS (folha papel desenho A4) –

falta uma

:

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Referências

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