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Lúcia Dias Vargas Chefe de Divisão dos Julgados de Paz 13, de Novembro, 2010

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(1)

Lúcia Dias Vargas

Chefe de Divisão dos Julgados de Paz

(2)
(3)

Aspectos a considerar

- Apresentação genérica dos julgados de paz

- O papel das diversas Entidades que integram a Rede Nacional dos Julgados de Paz;

-A Lei 78/2001 de 13 de Julho (LJP) A) A competência dos JP

B) A tramitação processual nos JP

(4)

O que são ?

Os julgados de paz são tribunais com características especiais, competentes para resolver pequenas causas de natureza cível:

São tribunais de proximidade, onde as formalidades processuais são reduzidas ao mínimo;

Visam a resolução de conflitos de uma forma rápida e a custos reduzidos;

Visam a resolução do conflito por acordo, sempre que possível;

São criados através de parcerias entre o Ministério da Justiça e os municípios.

(5)

Julgados de Paz

INÍCIO: 4 Julgados de Paz em projecto experimental, instalados em Janeiro e Fevereiro de 2002.

SITUAÇÃO ACTUAL: 24 Julgados de Paz, abrangendo 60 Concelhos e cerca de 3.100.000 hab.

2002 - 4 Julgados de Paz 4 Concelhos (18 Freguesias) 2004 - 12 Julgados de Paz 28 Concelhos 2006 - 16 Julgados de Paz 32 Concelhos

2007 – Elaborado e apresentado o Plano de Desenvolvimento da Rede dos Julgados de Paz 2008 - 19 Julgados de Paz 41 Concelhos 2009 - 23 Julgados de Paz 57 Concelhos 2010 - 24 Julgados de Paz 60 Concelhos

(6)

Julgados de Paz

Competência em razão do valor: litígios até 5.000,00 €.

Competência material: conflitos entre proprietários, questões de condomínio, cumprimento de obrigações, arrendamento urbano, acções possessórias, responsabilidade civil, incumprimento contratual, acções que respeitem à garantia geral das obrigações e pedidos de indemnização cível em certos tipos de crimes.

Prazo médio de resolução do litígio: 2 meses.

Custas: taxa única de 70 Euros (50 Euros se alcançado acordo em sede de mediação).

Sentença: constitui título executivo (igual Tribunal de Primeira Instância).

Princípios: informalidade, oralidade e absoluta economia processual.

(7)
(8)

Criação de Julgados de Paz

Lei n.º 78/2001, de 13 de Julho (aprovada por

unanimidade);

• 3 passos para a criação de um Julgado de Paz: protocolo,

entre uma, ou mais, autarquia(s) e o Ministério da Justiça

(parceria); criação por Decreto-Lei e instalação por

(9)

O papel das diversas Entidades que

integram a rede dos Julgados de Paz

(10)

-O GRAL

-O Conselho de Acompanhamento dos Julgados de Paz

-As Autarquias

(11)

A gestão e o bom funcionamento dos Julgados de Paz requer das Entidades envolvidas

(12)

O GRAL tem por missão promover o

acesso ao direito, aos meios extrajudiciais

de resolução de conflitos, aos tribunais

arbitrais e aos julgados de paz.

(

I - O GRAL - Gabinete para a Resolução

Alternativa de Litígios

(13)

Simplificação no acesso à justiça Maior celeridade e participação do cidadão na justiça Desjudicialização de processos

(14)

(…)

d) Promover a criação e apoiar o funcionamento de centros de arbitragem, julgados de paz e sistemas de mediação.

(15)

Dupla missão dos JP:

A) retirar dos Tribunais Judiciais litigância de valor reduzido B) possibilitar a resolução de litígios que de outra forma não chegariam a ser dirimidos por não existir um meio directamente vocacionado para este tipo de conflitos

Preâmbulo da Lei Org. do GRAL Dec. Lei. n.º

127/2007, de 27 de Abril

(16)
(17)

O Conselho de Acompanhamento dos Julgados de Paz (CAJP) é um órgão que funciona na dependência da Assembleia da República, com mandato de Legislatura. (art.º 65 LJP)

II - O Conselho de Acompanhamento dos

Julgados de Paz

(18)

a) Uma personalidade designada pelo Presidente da Assembleia da República, que preside;

b) Um representante de cada Grupo Parlamentar representado na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República

(19)

c) Um representante do Ministério da Justiça; d) Um representante do Conselho Superior da Magistratura;

e) Um representante da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

(20)

a) Nomear os Exmos. Juízes de Paz;

b) Exercer sobre os Juízes de Paz o poder disciplinar (lato sensu);

(art.º 2.ºLJP)

c) Acompanhar a criação, instalação e o funcionamento dos Julgados de Paz;

Competências do Conselho de Acompanhamento dos Julgados de Paz

(21)

d) Apresentar relatório anual de avaliação à Assembleia da República entre 1 e 15 de Junho de cada ano

- formular sugestões de alteração legislativa relativas à organização, competência e ao funcionamento dos julgados de paz e outras recomendações que devam ser tidas em conta, designadamente, pelo Governo ou pela Assembleia da República, no desenvolvimento do projecto.

Competências do CAJP:

(22)

- Os julgados de Paz são descentralizados numa lógica de proximidade com o cidadão

A criação e instalação dos Julgados de Paz depende de uma parceira pública-pública entre o Poder Local e o Ministério da Justiça

(23)

O Plano de Desenvolvimento da Rede dos Julgados de Paz, é um plano a longo prazo que envolve a realização de investimento público, de forma:

• faseada e

• sustentada

traduzindo-se na criação de uma parceria pública/pública entre o Ministério da Justiça e as autarquias, através da celebração de

Protocolos

(24)

Definem a repartição de competências do Ministério da Justiça e da Autarquia

em relação ao Julgado de Paz.

Exemplos de Protocolos

(25)

Repartição de competências

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Proceder ao acompanhamento de instalação e funcionamento do julgado de Paz.

Promover a formação dos meios humanos que integram os Serviços de Atendimento e de Apoio Administrativo.

Suportar os encargos relativos à remuneração dos Juízes de Paz e deslocações em serviço.

Elaborar e actualizar, nos termos da lei, a lista dos Mediadores que prestam serviço no Julgado de Paz.

Suportar os encargos decorrentes da actividade dos Mediadores.

Proceder ao acompanhamento pós formativo dos meios humanos.

Instalar o sistema informático que permita a gestão integrada do Julgado de Paz.

Proceder à divulgação do Julgado de Paz.

MUNICÍPIOS

Disponibilizar as instalações necessárias ao regular funcionamento do Julgado de Paz.

Realizar e suportar os encargos com a execução das obras das instalações afectas ao Julgado de Paz, (privacidade, climatização e insonorização)

Dotar as instalações de mobiliário e equipamentos informáticos assegurando a sua manutenção.

Dotar as instalações com os meios de segurança adequados a proteger as instalações do Julgado de Paz.

Fornecer os bens consumíveis e documentação técnica necessária.

Suportar encargos com abastecimento de água,

fornecimento de electricidade e despesas de comunicação Assegurar a manutenção e limpeza das instalações

(26)

Disponibilizar os meios humanos para os Serviços de Atendimento e Apoio Administrativo e suportar os encargos referentes à remuneração.

Suportar os encargos com a aquisição de módulos ou passes de transportes públicos ou facultar o meio de transporte necessário, de forma a permitir a prática do acto de citação ou notificação pessoal das partes ou outras deslocações em serviço que se revelem necessárias.

Apoiar a divulgação do Julgado de Paz.

No âmbito da repartição de competências MJ/Autarquia cabe ainda à Autarquia

(27)

A coordenação, representação e gestão do Julgado de Paz compete ao juiz de paz que, de entre os que exerçam aí funções, tenha obtido a classificação mais elevada no respectivo concurso de recrutamento e selecção.

(28)

Cabe ao CAJP designar o Juiz Coordenador

Os JP de Sintra, Porto, Lisboa, Vila Nova de

Gaia e Seixal têm um movimento processual

que justifica a existência de dois juízes de paz

sendo um deles juiz coordenador.

(29)

A coordenação, do Serviço de Atendimento e do Serviço de Apoio Administrativo é assegurada por quem para o efeito vier a ser designado pelo juiz de paz-coordenador

(30)

Compete ao juiz de paz proferir, de acordo com a lei ou equidade, as decisões relativas a questões que sejam submetidas aos julgados de paz, devendo, previamente, procurar conciliar as partes.

Não está sujeito a critérios de legalidade estrita, podendo decidir segundo juízos de equidade se as partes assim acordarem

(31)

Os processos são distribuídos pelos juízes de paz de forma a garantir a repartição, com igualdade, do serviço do Julgado de Paz

(32)

O Juiz de Paz/Recrutamento

Requisitos cumulativos:

a) Ter nacionalidade portuguesa; b) Possuir licenciatura em Direito; c) Ter idade superior a 30 anos;

d) Estar no pleno gozo dos direitos civis e políticos;

e) Não ter sofrido condenação, nem estar pronunciado por crime doloso;

f) Ter cessado, ou fazer cessar imediatamente antes da assunção das paz, a prática de qualquer outra actividade pública ou privada.

(33)

O Juiz de Paz/Recrutamento

– O Director do GRAL é competente para autorizar a abertura do concurso através da publicitação na Internet e no D.R.

– Decorrido o prazo de candidatura de 10 dias o júri procede à verificação dos requisitos de admissão ao concurso, produzindo a lista de admitidos e excluídos.

– Os excluídos, após a participação dos interessados, podem recorrer. – Aos admitidos são aplicados os métodos de selecção. Após a

(34)
(35)

Hipótese

Imagine que vai ser criado um Julgado de Paz

1) Quem tem competência para elaborar o Decreto-Lei que o cria e a Portaria que o instala?

2) Quem nomeia o(s) Juiz(es) de Paz? 3) Quem disponibiliza as instalações?

4) Quem designa o coordenador do Serviço de

(36)

A Lei 78/2001, de 13 de Julho

• Regula a competência, organização e funcionamento

dos julgados de paz e a tramitação dos processos da sua competência.

• A competência e a tramitação do processo nos JP

espelha os princípios: simplicidade, adequação,

(37)

A Competência

Art.º 6/1 LJP - A competência dos julgados de paz é exclusiva a

acções declarativas.

JP competência exclusiva ou alternativa ?

• Competência exclusiva – A competência dos julgados de paz nas matérias estatuídas no art.º 9.º da LJP, cujo valor não exceda a alçada do Tribunal de Primeira Instância é exclusiva aquando da instauração da acção, sendo obrigatória a interposição da providência nos julgados de paz. A parte não tem a faculdade de escolher entre a instauração no julgado de paz ou no tribunal judicial;

• Competência alternativa - as partes podem optar entre os Julgados de Paz e os Tribunais Judiciais para dirimirem os seus conflitos.

(38)

Da competência

Durante algum tempo, coexistiram duas posições antagónicas sobre a competência dos Julgados de Paz: exclusividade ou alternatividade

- Uns, consideravam que o Julgado de Paz tinha competência exclusiva e outros defendiam a sua competência alternativa, para conhecer das acções a que se reporta o art. 9º da LJP.

(39)

A Competência

Na jurisprudência, os

Ac. do STJ de

03/10/2006 e 25/01/2007

, consideraram a

competência material exclusiva dos

Julgados de Paz e o

Ac. do STJ de

23/01/2007,

entendeu que essa

competência seria meramente alternativa

(40)

A Competência

Acórdão de Uniformização de Jurisprudência STJ

Nº 11/2007 de 24/05/2007

Defende que, a competência material dos julgados de paz para apreciar e decidir as acções previstas no art. 9, nº 1 da Lei 78/2001, de 13 e Julho, é alternativa relativamente aos tribunais judiciais de competência territorialmente concorrente

(41)

A Competência

Acórdão de Uniformização de Jurisprudência

do Tribunal da Relação de Lisboa 12/07/2007

Relançar a discussão em torno da competência dos Julgados de Paz, afirmando (contrariamente ao Acórdão de Uniformização do STJ) que esta é exclusiva e não alternativa.

(42)

A nossa posição: A competência nos Julgados de Paz é exclusiva

Trabalhos preparatórios da LJP

A intenção do legislador foi a de instituir os Julgados de Paz como meio alternativo, no sentido de complementar a via judicial, passando a responder a questões que até então não eram apreciadas – procura suprimida

} Se a competência fosse meramente alternativa (desvio à regra) justificava-se que o legislador tivesse prevenido da inexistência de obrigatoriedade de recorrer à jurisdição dos Julgados de Paz.

(43)

Regras gerais de direito processual civil, aplicáveis aos Julgados de Paz, por remissão do disposto no art. 63º da

LJP

A competência material é atribuída, por via negativa

Art.º 66º do CPC

São da competência dos tribunais judiciais as causas que não sejam atribuídas a outra ordem jurisdicional.

A nossa posição: A competência nos Julgados de Paz é exclusiva

(44)

A nossa posição: competência nos Julgados de Paz é exclusiva

Art.º 67º da LJP - “as acções pendentes à data da criação e instalação dos julgados de paz seguem os seus termos nos tribunais onde forem propostas”.

Se o legislador teve o cuidado de referir que, perante a criação dos julgados de paz, as acções pendentes nos tribunais judiciais ali permanecem, depois da criação e instalação dos julgados de paz, passam a pertencer, em exclusivo, à competência dos JP

Esta norma só faz sentido se os JP tiverem competência exclusiva

(45)

Artigo 9º LJP - competência dos Julgados de Paz em razão da matéria

1 — Os julgados de paz são competentes para apreciar e decidir:

a) Acções destinadas a efectivar o cumprimento de obrigações, com excepção das que tenham por objecto prestação pecuniária e de que seja ou tenha sido credor originário uma pessoa colectiva (prevenir a “colonização”);

b) Acções de entrega de coisas móveis;

c) Acções resultantes de direitos e deveres de condóminos, sempre que a respectiva

assembleia não tenha deliberado sobre a obrigatoriedade de compromisso arbitral para a resolução de litígios entre condóminos ou entre condóminos e o administrador

(prevalência em meios urbanos);

d) Acções de resolução de litígios entre proprietários de prédios relativos a passagem

for-çada momentânea, escoamento natural de águas, obras defensivas das águas, comunhão de valas, regueiras e valados, sebes vivas; abertura de janelas, portas, varandas e obras semelhantes; estilicídio, plantação de árvores e arbustos, paredes e muros divisórios (prevalência em meios de cariz mais rural);

(46)

Artigo 9º LJP - competência dos Julgados de Paz em razão da matéria

1 — Os julgados de paz são competentes para apreciar e decidir:

(…)

e) Acções possessórias, usucapião e acessão;

f) Acções que respeitem ao direito de uso e administração da compropriedade, da superfície,

do usufruto, de uso e habitação e ao direito real de habitação periódica;

g) Acções que digam respeito ao arrendamento urbano, excepto as acções de despejo; h) Acções que respeitem à responsabilidade civil contratual e extracontratual (direito do

consumo);

i) Acções que respeitem a incumprimento contratual, excepto contrato de trabalho e arrendamento rural;

(47)

Artigo 9º LJP n.º 2 — Os julgados de paz são também competentes para apreciar os pedidos de

indemnização cível

- Quando não haja sido apresentada participação criminalou após desistência, acções emergentes de:

a) Ofensas corporais simples;

b) Ofensa à integridade física por negligência; c) Difamação;

d) Injúrias;

e) Furto simples; f) Dano simples;

g) Alteração de marcos;

h) Burla para obtenção de alimentos, bebidas ou serviços.

3 — A apreciação de um pedido de indemnização cível, nos termos do número anterior, preclude a possibilidade de instaurar o respectivo procedimento criminal.

(48)

Tramitação nos JP

• 1- Requerimento inicial- art. 43.º • 2- Citação do demandado- art. 45.º • 3- Contestação- art. 47.º

• 4- Pré -Mediação- art. 49.º • 5- Mediação- art. 53.º

• 6- Homologação de Acordo art. 56.º • 7- Audiência de Julgamento- art. 57.º • 8- Conciliação- art. 26.º, n.º 1

• 7- Decisão- art. 60.º e 61.º

- homologação de acordo - sentença

(49)

Tramitação nos JP - Fase inicial (art.º 43.º LJP)

• Na presença do demandante, o técnico de atendimento do JP preenche:

• o requerimento inicial (quando apresentado verbalmente); • o formulário com os dados do demandante e do demandado;

• É atribuído um número de processo e é criada uma área de processo na plataforma, onde consta um resumo do mesmo.

• No caso de a parte ser cega, surda, muda, analfabeta, desconhecedora da língua portuguesa ou, se por qualquer outro motivo, se encontrar numa posição de manifesta inferioridade é obrigatória a assistência por advogado. Caso a parte não apresente, o técnico de atendimento nomeia um defensor oficioso através da plataforma (n.º 2 do art.º 38.º LJP) SINOA.

(50)

Tramitação nos JP - Fase inicial (art.º 43.º LJP)

• O técnico de atendimento imprime o requerimento inicial • O demandante assina o requerimento inicial

• É entregue uma cópia ao demandante e outra é

arquivada (art.º 43.º n.º 6 LJP – não há entrega de duplicados legais – princípio da simplicidade)

• O técnico de atendimento recebe o valor das custas

(51)

Adesão/recusa da pré-mediação (art.º 49.º e ss. LJP)

• O demandante decide se pretende a

pré-mediação

ou se a recusa

(n.º 7 do art.º 43.º LJP)

• O técnico de atendimento regista na plataforma

a escolha do demandante

(52)

Demandante afasta a pré-mediação (art.º 49.º e ss. LJP)

• O técnico de atendimento:

• regista a recusa da pré-mediação

• consulta a agenda do JP, disponível na plataforma • marcação da Audiência de Julgamento

• notificação do demandante e do demandado sobre a data/hora da Audiência de Julgamento

(53)

Demandante aceita recorrer à pré-mediação

• Selecção do mediador da pré-mediação (n.º 4 do art.º 50.º LJP)

• No JP existe uma lista com os mediadores que prestam serviço no JP (art.º 33.º LJP)

• Demandante selecciona o mediador

• Caso o demandante não tenha preferência por nenhum mediador, o JP selecciona um mediador (n.º 2 do art.º 51.º LJP)

• Marcação da sessão de pré-mediação - o técnico de atendimento: • Consulta a agenda do Julgado de Paz, disponível na plataforma

• Marca na agenda a sessão de pré-mediação (local, dia, hora e duração)

• Notifica o demandante (em princípio, presencialmente) da data da sessão de pré-mediação

(54)

Fase Citação + Articulados

(art.º 45.º LJP)

• O técnico de atendimento

cita

o demandado,

enviando cópia do requerimento inicial

• Indica as

cominações

em que incorre no caso

de não oferecer contestação

• Indica a data/local da sessão de

pré-mediação

(55)

Fase Citação + Articulados (art.º 45.º e ss. LJP)

• Apresentação de contestação (e reconvenção) –(art.º 48.º LJP)

• O técnico de atendimento regista na plataforma a apresentação da contestação (e reconvenção) pelo demandado ou a não recepção da mesma dentro do prazo legal

• O técnico de atendimento notifica o demandante sobre a recepção da contestação (e reconvenção)

(56)

Fase de Pré-Mediação

(art.º 50.º LJP- Objectivos)

• Sessão de pré-mediação

-

Resultados

possíveis:

• Sessão tem lugar e as partes

acordam

recorrer

à mediação

• Sessão tem lugar e as partes declaram

não

pretender a mediação

• Sessão não tem lugar devido à

falta justificada

de uma (ou ambas) as partes

• Sessão não tem lugar devido à

falta injustificada

(57)

Fase de Pré-Mediação

Partes acordam recorrer à mediação

– O mediador imprime, através da plataforma, o termo de consentimento

– As partes assinam o termo de consentimento

– O técnico de atendimento designa mediador escolhido pelas partes ou o seguinte da lista existente no JP

– O técnico de atendimento agenda a sessão de mediação e notifica as partes da data/hora da sessão de mediação

– Nota: o técnico de atendimento agenda tantas sessões de mediação quanto as indicadas pelos mediadores, seguindo a vontade das partes (art.º 53.º n.º 6 LJP)

(58)

Fase de Pré-Mediação

• Partes declaram não pretender a mediação

• O mediador dá conhecimento deste facto ao técnico de atendimento

• O técnico de atendimento:

• consulta agenda do JP

• marca a Audiência de Julgamento na agenda do JP • notifica as partes da data/hora da audiência de

julgamento

• informa o Juiz de Paz sobre a data/hora da audiência de julgamento deste processo

(59)

Fase da Mediação

(art.º 53.º n.º 1 LJP- Objectivos)

• Sessão de mediação - Resultados possíveis:

• Sessão(ões) tem(êm) lugar e as partes chegam

a um

acordo

(n.º 1 do art.º 56.º LJP)

• Sessão(ões) tem(êm) lugar e as partes

não

chegam a um acordo

(n.º 2 do art.º 56.º LJP)

• Sessão não tem lugar devido à

falta justificada

de uma (ou ambas) as partes

(n.º 2 do art.º 54.º LJP)

• Sessão não tem lugar devido

à falta injustificada

(60)

Fase da Mediação

• Partes chegam a um

acordo

na mediação

• O mediador introduz na plataforma o

acordo de mediação

• Especifica se o acordo foi total ou parcial

• O mediador imprime o acordo obtido na

mediação, que é

assinado

pelas partes

• O Juiz de Paz

homologa

o acordo de

(61)

Fase da Mediação

• Partes não chegam a um acordo na mediação

• O mediador introduz na plataforma a informação de que não foi possível obter o acordo na mediação

• O mediador dá conhecimento deste facto ao técnico de atendimento

• O técnico de atendimento:

• consulta agenda do JP

• marca a Audiência de Julgamento na agenda do JP

• notifica as partes da data/hora da Audiência de Julgamento

• informa o Juiz de Paz sobre a data/hora da audiência de julgamento deste processo

(62)

• O Juiz de Paz profere a Sentença (art.º 60.º e ss)

• No caso de remessa dos autos para outro Tribunal ou JP, o Juiz de Paz deve indicar qual o destino, assim como o motivo

• No caso de decidir a questão, o Juiz de Paz deve indicar se o demandado foi condenado ou absolvido (do pedido/da instância), assim como indicar por conta de quem correm as custas do processo

(63)

Fim do Processo no JP

Prova pericial (n.º 3 art.º 59.º LJP)

ou incidente processual (art.º 41.º LJP)

O Juiz de Paz:

– profere despacho que ordena a

remessa dos

autos para o Tribunal Judicial competente

– indica na plataforma a causa do termo do

processo e qual o tribunal judicial para onde

foi enviado o processo

(64)

Fim do Processo no JP

Incompetência – Outro Tribunal ou JP competente

• O Juiz de Paz profere despacho que ordena a

remissão dos autos para o Tribunal Judicial ou

JP competente

(art.º 7.º LJP)

• O Juiz de Paz indica na plataforma a causa do

termo do processo

• O Juiz de Paz indica na plataforma o Tribunal

Judicial ou JP para onde foi enviado o processo

(65)

Fim do Processo no JP

Recurso

art.º 62.º LJP

• Desde que o valor da acção seja superior

a

€2500

• Interposto pela parte no

tribunal judicial

(66)

Execução das sentenças

(

n.º 2 do art.º6.º LJP

)

• Execução da sentença do Julgado de Paz

• Para a execução das decisões dos JP

aplica-se o disposto no Código de

Processo Civil e legislação conexa sobre

execuções das decisões dos Tribunais de

1.ª instância

(67)

Diferenças entre o processo e os

procedimentos adoptados pelos

tribunais judiciais

e pelos

julgados de paz

(exercício)

(68)

1.

Na fase dos articulados

Nos Julgados de Paz:

• Cabe à Secretaria facultar às partes cópia das peças processuais - não há lugar à entrega de duplicados legais;

• A distribuição dos processos é feita por meios informáticos e determinada pela entrada dos processos; • Não há citação edital;

• As notificações podem ser efectuadas pelo telefone; • Aplica-se um regime de custas simplificado.

(69)

2.

Na fase da mediação

Em cada Julgado de Paz existe um serviço

de mediação, que disponibiliza a qualquer

interessado a mediação, como forma de

(70)

3.

Na fase do julgamento

Nos Julgados de Paz:

– A fase do saneamento do processo tem lugar em plena audiência de julgamento;

– As partes podem apresentar toda a prova até ao dia da audiência;

– O que se pretende é pacificar conflitos sociais – os diversos operadores nos JP tem de ter a preocupação de pacificar, estabelecendo o elo de comunicação entre os intervenientes e atribuindo-lhes a confiança para que resolvam o diferendo pelos próprios meios.

(71)

3.

Na fase do julgamento

(continuação)

– O juiz de paz pode julgar de acordo com juízos de equidade, desde que haja acordo das partes e o valor do processo não exceda metade da alçada da primeira instância;

– A sentença deve ser proferida na audiência de julgamento e é notificada às partes imediatamente, podendo ser notificada por carta em casos especiais; – A falta do demandante à audiência de julgamento

sem a consequente justificação implica a desistência do pedido;

– Se a falta é do demandado, os factos alegados no requerimento inicial consideram-se confessados.

(72)

4.

A competência (art. 9.º LJP)

Os Julgados de Paz:

• Não têm competência para julgar incidentes; • Não podem solicitar a prova pericial;

• Não têm competência executiva;

• Não têm competência em matéria de recursos.

As acções superiores a metade da alçada em 1ª instância são susceptíveis de ser revistas pelos tribunais judiciais por via do recurso.

(73)

5. As partes no processo

• Nos Julgados de Paz as partes têm de

comparecer pessoalmente, podendo

fazer-se acompanhar por advogado,

advogado estagiário ou solicitador.

(74)

6.

Quanto ao objecto do

processo

Nos Julgados de Paz:

• O processo é mais flexível e menos rigoroso quanto aos formalismos;

• Quer em mediação, quer em conciliação, a discussão entre as partes extravasa o objecto do processo.

(75)

Outras diferenças:

• Celeridade dos processos;

• Utilização de meios alternativos – mediação e conciliação;

• A comunicação é o meio para alcançar a verdade;

• As partes são, elas próprias, os principais artífices da solução do conflito;

• Proximidade e participação cívica e efectiva dos interessados.

(76)

Reflexões

• Precisar o âmbito das competências dos JP Art.º 9 LJP

- Alargamento das competências em razão do valor e da matéria - Decisões cautelares

Não faz sentido que uma parte careça de recorrer aos Tribunais Judiciais para a instauração de procedimentos cautelares (nas causas de matérias e valor abrangidas pela competência dos Julgados de Paz), quando a acção principal deva ser (posteriormente) deduzida nos Julgados de Paz.

Se estes são competentes para a acção definitiva também o deveriam ser para a decisão provisória

(77)

Reflexões

- Admissibilidade da dedução da Reconvenção

Se o desiderato dos Julgados de Paz é resolver o litígio entre as partes, não deve subsistir quaisquer questões que sejam um entrave ou criem limitações à obtenção de um acordo

A decisão deve ser o mais ampla possível, designadamente nas matérias conexas, passíveis de dedução de reconvenção.

(78)

Reflexões

É injustificável a remessa do processo ao Tribunal Judicial, apenas porque requer a realização de perícia.

A simples formulação de requerimento para realização de perícia, implica a remessa automática do processo para o Tribunal Judicial de Primeira Instância (art.º 59.º, n.º 3 da LJP).

Deturpação do princípio da sujeição do processo ao Julgado de Paz

(79)

Reflexões

Maior valorização da mediação dos Julgados de Paz

Lei n.º 29/2009, de 29 de Junho - Regime Jurídico do Processo de Inventário, aditou o artigo 279.º – A CPC “Mediação e suspensão da instância:

n.º 1 determina que o juiz pode remeter o processo para mediação, em qualquer estado da causa e sempre que o entenda conveniente,

suspendendo para tal a instância, ressalvando os casos de oposição expressa de alguma das partes,

n.º 2 que, desde que estejam de acordo, as partes podem optar por resolver o litígio por mediação, acordando na suspensão da instância nos termos e pelo prazo máximo de seis meses.

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Reflexões

Maior valorização da mediação dos Julgados de Paz

A mediação extra-competência veio permitir, a quem queira, superar um conflito, através da mediação, excluído da competência jurisdicional dos julgados de paz, utilizar para tal os serviços de mediação nos JP

Art.º 16 n.º 3 da Lei 78/2001

e

Artigo 14.º da Portaria n.º 1112/2005, de 28 de Outubro

(81)

Reflexões

Repensar o papel do Juiz de Paz Art.º 25.º a 28.º LJP

(82)

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Referências

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