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O BARROCO TARDIO E SUA EXPANSÃO. Algumas considerações

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(1)

O B

ARROCO TARDIO E SUA EXPANSÃO

(2)

I

GREJA DE

S

UPERGA

- T

URIM

Planejada por Juvarra, um

dos arquitetos mais

fluentes e versáteis do

século XVIII, a Igreja do

Mosteiro de Superga é

uma das mais importantes

do barroco tardio. A planta

é centrada e a igreja

pequena, mas concebida

em proporções grandiosas.

Os seus principais

elementos são o enorme

pórtico que se projeta à

frente com quatro colunas,

uma cúpula sobre um

tambor maciço, ladeada

por campanários

pontiagudos formando um

conjunto memorável

(3)

C

A

’ P

ESARO

- V

ENEZA

O Ca’ Pesaro é um dos

palácios barrocos mais

exuberantes e bem

sucedidos de Veneza. O

exterior é simples: um

andar inferior, de aspecto

rústico, e dois outros

andares da mesma altura,

todos com sete janelas

altas com arcos de volta

inteira. O telhado é

piramidal, ao estilo

veneziano. O destaque é a

riqueza da ornamentação, a

pedra rústica do andar

inferior é entalhada de

modo excepcional. Figuras

e cabeças agrupam-se nas

entradas e circundam as

janelas. Nos andares

superiores alternam-se

colunas duplas e simples.

(4)

A E

XPANSÃO DO

B

ARROCO

Por meio de casamentos dinásticos, guerras e viagens

crescentes o barroco expandiu-se pela Europa

rapidamente, sendo o barroco bávaro uma arquitetura

profundamente sensual e prazerosa.

(5)

A EXPANSÃO DO BARROCO - Á

USTRIA

 O estilo criado por Borromini e

desenvolvido por Guarini alcançou a Áustria e o sul da Alemanha, onde a

síntese do Gótico com o

Renascimento trouxe a inovação em locais onde pouco havia sido

construído de novo até quase o fim do século XVII. Dessa forma, se o traçado de Borromini sugere, por vezes, uma síntese de gótico e de renascimento, é Guarini quem intensifica essa relação,

ao esclarecer em seus escritos que ele

colocava em contraste a “arquitetura muscular” dos antigos com o efeito oposto das igrejas góticas,

extremamente frágeis. Guarini dedicava

admiração a ambos os estilos, e sua atitude, bem como a prática se

disseminou especialmente na Áustria e sul da Alemanha. O barroco foi um

estilo importado, trazido por viajantes italianos, mas os arquitetos locais começaram a sobressair a partir de 1690, construindo para glorificar os seus príncipes. Entre eles, Jakob Prandtauer e o Mosteiro de Melk, na Áustria. Nesta obra, seu arquiteto deixou

a fachada de torres gêmeas atrás da projeção dos braços dos edifícios monásticos, que se estendem para a frente formando um pátio interno.

 Mosteiro Beneditino – Melk ( Áustria ) 1702-14. O seu

(6)
(7)

A

INDA A

E

UROPA

C

ENTRAL

- Á

USTRIA

 S. Carlos Borromeu ( 1716 – 1737 )

Johann Fisher von Erlach foi o primeiro grande arquiteto austríaco do barroco na sua fase de expansão, diretamente ligado à tradição italiana, como mostra o traçado para a Igreja de S. Carlo

Borromeu em Viena, que combina a fachada da S. Agnesi de Borromini da Piazza Navona com o pórtico do

Panteão e um par de colunas gigantes derivadas da coluna de Trajano, em conjunto com as torres da fachada.

Através da integração desses elementos rígidos da arquitetura romana do período do Império com as curvaturas flexíveis “a la” Borromini e Guarnini, expressando a capacidade do cristianismo de assimilar e recriar o esplendor da Antiguidade,

como vemos ao lado na imagem. Ela é uma combinação sem precedentes de elementos do barroco romano com características da Roma clássica. Os relevos das colunas simbolizam a vitória da fé sobre uma epidemia de 1713. A vida do santo das Epidemias, Carlos

(8)
(9)

P

ALÁCIO DE

S

CHONBRUNN

DE

E

RLACH EM

V

IENA

 O Palácio de Schonbrunn é mais

conhecido por ter servido de moradia à Imperatriz Elizabeth, “Sissi”, ao Imperador da Áustria Francisco José. A imperatriz foi assassinada em

Genebra, em 10 de setembro de

1898, por um anarquista italiano. Mas a história do palácio vem desde o tempo de Leopoldo I, em 1686, passando pelo reinado de Maria Tereza (1749). O castelo foi sendo

ampliado ao logo dos anos.

Criaram o Jardim Zoológico (1752), as Ruínas Romanas (1778), o

Pavilhão na Fonte Bela em 1779, Monumento Gloriette (1775), a

Fonte de Netuno em 1780, e a Casa das Palmeiras (Palmenhaus) em 1883. Outras alas foram criadas e foi

nesse castelo que Francisco José I nasceu e faleceu (1830-1916).

Schonbrunn assistiu a abdicação da coroa do último imperador austríaco, pondo fim a monarquia nesse país.

(10)
(11)

N

A

A

LEMANHA

: N

EUMANN E

T

IEPOLO

 O Palácio Episcopal de Würzburg e o salão Kaisersaal ( 1751 ), decorado com branco, ouro e tons pastel – a combinação preferida do barroco nos meados do século XVIII e do rococó no momento seguinte. Elementos estruturais como colunas, pilastras e arquitraves foram reduzidos ao mínimo. As superfícies brancas são totalmente cobertas por desenhos ornamentais irregulares, rendilhados e ondulados. Um repertório nascido na França de 1700 e que é a marca característica do estilo rococó, que em conjunto com o barroco alemão, se mostra combinado à tradição ilusionista a partir do domínio da luz e da cor nos afrescos de Tiepolo no Palácio

(12)

O P

ALÁCIO EPISCOPAL

W

ÜRZBURG E A

K

AISERSAAL

/ H

ALL

DOS

I

MPERADORES

- B

ERLIM

(13)

I

GREJA DE

D

IE

W

EIS

-

DE

Z

IMMERMANN

 Esta Igreja apresenta o melhor traçado espacial dos meados do século XVIII. Sua fachada é simples perto da riqueza do seu interior, indicando uma revalorização, ao extremo, da arquitetura gótica, a qual Guarini se referira.

(14)

O B

ARROCO NA

I

NGLATERRA

 Na Grã-Bretanha, o barroco tornou-se um estilo bem diferente do que se praticava na Itália, na Áustria e na

Alemanha. A diferença fundamental era o fato de que o Reino Unido era um

país protestante, portanto este barroco inglês era mais discreto, mas não menos relevante. Nesse

sentido, a nova Catedral de São Paulo ( 1675 – 1710 ), na cidade de Londres é um exemplo interessante. Tendo a Igreja sido realizada pelo matemático

Christofer Wren, ela possui uma cúpula, encimando um edifício longo, em forma de cruz e feito de pedra portland branca. As colunas da

fachada são colocadas em pares independentes, e as estátuas estão colocadas em posições elevadas, S. Paulo está acima do pórtico central, flanqueado por S. Pedro ( esq. ) e S. João ( dir. ). O frontão do pórtico

representa a cena da conversão de S. Paulo ao cristianismo.

(15)

C

ASAS DE

C

AMPO E EDIFÍCIOS CÍVICOS

– O

BARROCO NA

I

NGLATERRA

Wren, Hawksmoor e John

Vanbrugh ( soldado,

dramaturgo e viajante ),

projetaram uma série de

palácios, casas de campo e

edifícios cívicos. Mais

modestos e de construção

delicada, se comparados a

outras edificações barrocas

do continente. O barroco

inglês funcionava bem em

uma escala mais modesta,

como demonstram a Casa

Chettle em Dorset de

Thomas Archer, o Hospital

Real de Wren em Chelsea,

além do Mausoléu Castle

Howard em Yorkshire. Este

com uma capela, abaixo da

qual se encontra uma cripta

com abóbada circundada por

64 nichos para os mortos.

(16)
(17)

O B

ARROCO NO

F

RANÇA

: V

ERSALHES

 Os franceses adotaram a

arquitetura renascentista à medida em que o poder da Monarquia

aumentava de uma maneira sem precedentes durante o Reinado de Luís XIV, o “Rei Sol” ( 1643 – 1715 ). O absolutismo francês pedia o tipo de arquitetura romana,

grandiosa. Mas Versalhes ( 1661 – 1756 ) foi algo diferente. Um

palácio colossal situado em uma paisagem infinita, e com seu

famoso salão dos espelhos. Além dos pares de colunas coríntias dispostas repetidamente na

fachada com frontão, tornou-se marca de boa parte da

arquitetura clássica francesa ao longo do século XVIII. Além de

enormes jardins que se estendem pela parte externa do Palácio. Foi o arquiteto Jules Mansard quem

ampliou a fachada, e acrescentou a galeria de espelhos com 70 m de comprimento e a suntuosa capela real no início do século XVIII.

(18)

C

ARACTERÍSTICA DO BARROCO EM VERSAILLES

 As características barrocas, ainda que não oficialmente reconhecidas, podem ser compreendidas no esforço de

utilizar o trabalho combinado de arquitetos, escultores, pintores e

artífices na criação de conjuntos de um esplendor jamais atingido. Subordinar

todas as artes a um único fim – no caso a glorificação de Luís XIV – já era um conceito do barroco. Lebrun,

o pintor a quem coube a

superintendência de todos os projetos artísticos do monarca, serviu-se

livremente das reminiscências de

Roma. O Salão de Guerra do Palácio

parece próximo à Capela Cornaro.

Le Vau desenhou o plano da fachada do jardim, e com Jules Mansard,

como já dito, o projeto sofreu

grande ampliação, com o Salão de Guerra em uma das extremidades e o Salão de Paz na outra.

(19)
(20)
(21)

A I

GREJA DOS INVÁLIDOS

Assim como Versalhes,

os Inválidos, a igreja do

complexo construído por

Luís XIV para os

soldados veteranos, foi

projetada para

impressionar. O seu traço

mais importante é a

fachada dominada por

uma enorme cúpula

encimada por uma

lanterna dourada que

se ergue a 106 m do

solo. Na parte inferior

há colunas duplas. A

seção central da

fachada, que abrange os

dois pisos, é sustentada

por enormes colunas

encimadas por um

frontão grandioso.

(22)

A P

LACE

V

ENDÔME

A Place Vendôme marca um momento fundamental em que o planejamento urbano francês do final

do século XVII pretende apresentar os espaços públicos de forma retangular, totalmente uniforme, rodeado de fachadas harmoniosas com gigantescas pilastras. Ao centro ergue-se a coluna de Napoleão, que originalmente ostentava uma estátua de Luís XIV em seu cavalo.

(23)
(24)

R

OCOCÓ

: 1730 - 1780

França, Irlanda, Espanha, Portugal e Brasil

A Alemanha e o ápice do Rococó

(25)

O

SURGIMENTO DO ROCOCÓ NA FRANÇA

O rococó – termo que deriva

de rocaille ( tendência

decorativa francesa para

mexilhões e conchas de

gesso invertidas ) surgiu na

corte do Rei Luís XIV. O

primeiro exemplo existente

foi um quarto decorado

com uma delicada fantasia

de pássaros, macacos,

máscaras e outros pelo

pintor Claude Audran no

Château de la Menagerie

para a noiva de treze anos

de um dos netos do Rei Sol.

Isto ocorreu em 1690, mas o

estilo só se firmou realmente

anos depois, nos salões,

régios ou não, de Paris no

século XVIII. Marcado por

montes de gesso decorativo

e dourado, além de e

(26)

A

S RESIDÊNCIAS URBANAS DA NOBREZA

-

HÔTELS

Place des Vosges, com nove

casas de cada lado, de

arquitetura intacta há 400 anos.

Depois da morte de Luís XIV,

muitos nobres decidiram não

mais voltar aos seus châteaus

e continuar morando em Paris,

onde construíram elegantes

residências, conhecidas como

hôtels. Como os terrenos da

cidade eram geralmente

pequenos e irregulares, não

oferecendo grandes

oportunidades para exteriores

grandiosos, de modo que a

disposição e a decoração

das salas logo se tornou a

preocupação principal dos

arquitetos. Neste momento,

os “projetos para residências

particulares” ganharam nova

importância, para além das

encomendas advindas do

Estado. Em resposta às novas

necessidades, os arquitetos

franceses criaram o estilo

rococó, ou o estilo Luís XV.

(27)

A

EXCENTRICIDADE DO ROCOCÓ FRANCÊS

O nome rococó é adequado,

embora tenha sido dado

como caricatura de rocaille,

que era um eco do barroco

italiano que designava a

alegre decoração de grutas

com conchas e pedras

irregulares. O rococó

corresponde a um requinte

em tom menos sóbrio do

barroco curvilíneo e “elástico”

de Borromini e de Guarini, por

isso combinava-se bem com

a arquitetura barroca tardia da

Áustria e da Alemanha. Na

verdade, o rococó não foi

um estilo exatamente

arquitetônico. Foi uma

espécie de barroco

exercido com um toque

alegre, excêntrico e

exagerado nos detalhes.

 A casa chinesa - pavilhão no estilo Chinoiserie. Este estilo consiste numa mistura do rococó com

(28)

P

RINCIPAIS ELEMENTOS DO ROCOCÓ

Portanto, em sua melhor

expressão, o rococó foi um

movimento que acrescentou

leveza e graça à arquitetura

clássica. Externamente, sua

melhor expressão aparece no

desenho de extravagantes

torres de Igrejas e Palácios,

além das grutas feéricas

espalhadas pelos parques

ajardinados das mansões

rurais. Os seus principais

elementos foram os espelhos

decorados, muitos deles

colocados em galerias, os

trabalhos em estuque, os

tons pastéis, brancos e

dourados, como dito, e nas

fachadas o excesso de

torreões, pináculos e

estátuas, muitas delas de

alegres querubins.

(29)

O

ÁPICE DO ROCOCÓ NA ARQUITETURA BÁVARA

(

RETORNANDO À

A

LEMANHA BARROCA

)

 Salão dos espelhos, Pavilhão de

Amalienburg / Munique 1734-9

de François de Cuvilliés Na decoração dos exteriores

do estilo rococó, utilizavam-se comumente motivos

ornamentais para rodear

portas e janelas, nas paredes e tetos. Geralmente de

madeira ou estuque, os motivos rococó típicos incluem ornatos em C e S,

conchas, flores, samambaias e formas coralinas. Dessa forma,

o espírito do rococó é

exemplificado nos vários ramos das artes decorativas. Não era incomum pintores e escultores produzirem desenhos para tapeçarias e porcelana. Vale ressaltar que na Alemanha, o rococó foi utilizado de forma exagerada nos interiores das Igrejas, como na Igreja Abacial de Johann Fischer von Erlach de 1737, ou a

(30)
(31)

O Z

WINGER EM DRESDEN

- A

LEMANHA

 O Zwinger é um edifício único na

Europa, um complexo que associa

jardim, teatro e galeria de arte. No

entanto, seu objetivo como lugar de entretenimento da nobreza é claro: é um edifício elaborado a partir da mistura de

Barroco tardio e Rococó emergente, em que a arquitetura e a escultura se combinam e se fundem. O Zwinger foi

construído para um príncipe abrigar a sua coleção de arte e acolher festivais de teatro. Feito pelo arquiteto Daniel Pöppelmann, que denominou-o como “arena romana”. Foi grande a sua

influência para o desenvolvimento do rococó, tanto na arquitetura eclesiástica

quanto na secular. A planta do Zwinger é simples: um grande jardim quase

quadrado, com curvas em abside (ala

de um edifício que se projeta para fora de forma semi-cilíndrica ou

poliédrica e em que o remate superior

é geralmente uma semi-cúpula ou

abóbada ) em cada extremidade,

abrigando pavilhões de dois andares que também serviam de entrada. Os

pavilhões são repletos de

(32)
(33)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TEXTO E IMAGENS

KOCH, Wilfried. Dicionário dos Estilos Arquitetônicos. São Paulo,

Martins Fontes, 2009.

JANSON, H. W., História Geral da Arte – Renascimento e Barroco.

São Paulo: Martins Fontes, 2001.

GLANCEY, Jonathan, Arquitetura – Guia Ilustrado Zahar. Rio de

Janeiro: Zahar, 2012.

________________, A História da Arquitetura. São Paulo: Edições

Loyola, 2001.

HINTZEN-BOHLEN, Brigitte, Arte e Arquitectura Roma. Lisboa:

DinaLivro, 2006.

MELLO, Magno Moraes (org. ), A Arquitetura do Engano. Belo

Horizonte: Fino Traço, 2013.

http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.123/3514

http://viagemearquitetura.com.br/destinos/conhecendo-o-melhor-de-roma-em-4-dias/

http://arquitetofala.blogspot.com.br/2011/12/arquitetura-barroca-e-rococo.html

http://www.istoe.com.br/reportagens/5942_NA+CORTE+DO+REI+SOL

Referências

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