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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Engenharia Civil Trabalho de Conclusão de Curso

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Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Engenharia Civil

Trabalho de Conclusão de Curso

ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE E DA QUALIDADE DO

SISTEMA DE PROJEÇÃO DE ARGAMASSAS.

Autores: Daniel de Sousa dos Santos

Leonardo Montalvão de Araújo

Orientador: MSc. Nielsen José Dias Alves

Brasília – DF

2016

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DANIEL DE SOUSA DOS SANTOS & LEONARDO MONTALVÃO DE ARAÚJO

ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE E DA QUALIDADE DO SISTEMA DE PROJEÇÃO DE ARGAMASSAS.

Artigo apresentado ao curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção de Título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: MSc. Nielsen José Dias Alves

Brasília 2016

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Artigo de autoria de Daniel de Sousa dos Santos e Leonardo Montalvão de Araújo, intitulado “ANALISE DA PRODUTIVIDADE DO SISTEMA DE PROJEÇÃO DE ARGAMSSAS.”, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, em (15/11/2016), defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:

__________________________________________________ Prof. (MSc). (Nielsen José Dias Alves)

Orientador

Curso de Engenharia Civil – UCB

__________________________________________________ Prof. (MSc). (Robson Donizeth Gonçalves da Costa)

Examinador

Curso de Engenharia Civil – UCB

Brasília 2016

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ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE E DA QUALIDADE DO SISTEMA DE PROJEÇÃO DE ARGAMASSAS.

DANIEL DE SOUSA DOS SANTOS & LEONARDO MONTALVÃO DE ARAÚJO

RESUMO

O trabalho tem como foco a análise da produtividade e da qualidade do sistema de projeção de argamassas, uma vez que a tecnologia tem ajudado cada vez mais a área da construção civil, diminuindo na maioria das vezes tempo de serviço e o custo, o que hoje a maioria das empresas de construção civil buscam, uma vez que atrasos na entrega geram prejuízos. Para este trabalho será analisado a qualidade de execução de serviço, o tempo de execução da projeção de argamassa, uma vez que essa tecnologia tem dominado cada dia mais as obras de grande porte, pois ajuda a diminuir consideravelmente o tempo de serviço quando se trata de revestimento da alvenaria. Depois da busca e a coleta de dados fornecidos no canteiro de obra, iremos fazer uma análise do sistema de argamassa projetado, as principais análises serão, tempo de serviço, agilidade de serviço, qualidade de mão de obra. Com base nos dados, teremos noção se o revestimento projetado é uma tecnologia que realmente veio para ajudar na construção civil.

Palavras-chave: Projeção de argamassas; Analise de qualidade; Analise de produtividade;

1.0 INTRODUÇÄO

Com o passar dos anos os métodos executivos vem evoluindo diariamente, muitos processos construtivos que eram vistos regularmente em canteiros de obras, hoje já são difíceis de encontrar, com o passar do tempo à construção civil vai se adaptando de acordo com o que o mercado exige, isto é, quem não evolui seus métodos fica para trás com relação ao mercado, tanto para obras de pequeno porte quanto as de grande porte.

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A adaptação dos métodos construtivos pode trazer vários benefícios, tais como, uma garantia maior na data prevista para a entrega de um determinado empreendimento. O que hoje em dia é um requisito muito importante, uma vez que, qualquer atraso em obra, pode ocasionar prejuízo. Outro exemplo importante, é que serviços executados onde há dependência quase que exclusivamente do trabalho manual, pode ocasionar um índice bastante elevado de execução mal feita, grande desperdício de material e também exige uma maior supervisão sobre a mão de obra.

Para melhorar o desempenho em obra, empresas de construção civil vêm adotando o sistema de projeção de argamassa. Neste trabalho será feita uma análise desse sistema.

Para essa analise será buscado no canteiro de obras todas as informações possíveis sobre o sistema de argamassa projetado, com os dados em mãos serão analisados vários quesitos da argamassa projetada, como a homogeneidade da aplicação na base sejam completamente uniformes, será avaliado o índice de desperdício de material e a produtividade do serviço.

2.0 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Buscar informações a respeito dos métodos de execução de argamassa projetada, analisar cada aspecto do ciclo de execução em obra, e determinar se esse método é realmente eficaz.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Avaliar a empregabilidade da argamassa projetada.

b) Acompanhar o método construtivo de argamassa projetada. c) Identificar possíveis problemas na aplicabilidade deste método. d) Verificar e analisar a produtividade deste método.

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Com o crescimento do mercado imobiliário, verificado nos últimos anos, surge a necessidade da construção civil (CC) acompanhar esta expansão. Com isso, as indústrias deste setor vêm desenvolvendo tecnologias para acompanhar esta evolução, através de processos e equipamentos para agilizar e baratear este desenvolvimento.

Os revestimentos tem suma importância no custo de construção de edifícios, pois tem uma parcela significativa. Segundo a Revista Construção Mercado (março 2003, apud ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, p.4), tais custos representam cerca de 10 a 30% do total da construção, dependendo do tipo da edificação e do seu padrão. Os revestimentos de argamassa, muitas vezes, podem representar a maior parte dos custos citados.

“A decisão pela implantação de novas tecnologias é um processo através do qual um indivíduo conhece uma inovação, forma a opinião de rejeitar ou adotar uma nova ideia, e confirma esta decisão” (ROGERS, 1995).

“A necessidade da Indústria da Construção Civil (ICC) de se atentar para a evolução do Controle de Qualidade, importância e necessidade de sua aplicação imediata na construção civil, pelo fato de se constituir o fator preponderante na redução do Custo Unitário Básico (CUB) e, principalmente, no aumento de durabilidade das obras.” (BAUER, 2008).

Desde o seu descobrimento a argamassa de revestimento vem sofrendo reais evoluções na sua estrutura como na sua aplicação, mas mesmo assim nos últimos anos tem se observado a real necessidade da implantação de novos instrumentos para sua aplicação, ou da adequação de tecnologias anteriores. A necessidade de mão de obra cada vez mais qualificada e adequada para as necessidades propostas, tem se tornado mais difícil, portanto tem se procurado novas alternativas.

Visto que, além de substituir a mão de obra drasticamente, os equipamentos tecnológicos reduzem substancialmente a descontinuidade de serviços mecanizados, e consequentemente estabelece um melhor aproveitamento da argamassa, evitando desperdícios inadequados e garantindo uma melhor qualidade de sua aplicação.

A produtividade e aplicabilidade de argamassa em grande escala, tem sido cada vez mais frequente e a cada vez precisa de estudos mais aprofundados, pois é por meios de serviços mais rápidos com qualidade, que se vem garantindo baixo custo no seu

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desenvolvimento e uma maior vida útil. São alguns dos fatores determinantes para o desenvolvimento e consistência do mercado da Indústria da Construção Civil.

4.0 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

4.1 REVESTIMENTO ARGAMASSADO

“As argamassas são definidas como sendo a mistura de aglomerantes e agregados com água, possuindo capacidade de endurecimento e aderência” (FIORITO, 1994). As argamassas utilizadas em obras são comumente compostas de areia natural lavada, e os aglomerantes são em geral o cimento Portland e cal hidratada. Sua denominação é função do aglomerante utilizado. Assim, temos argamassa de cal, de cimento ou mista de cal e cimento.

Segundo a NBR 13529/1995 os revestimentos em argamassa têm como função cobrir superfícies que podem ser executados com uma ou mais camadas superpostas e geralmente receber acabamentos como, revestimento cerâmico, pintura, laminados e etc.

Os revestimentos argamassados têm também como função vedação, protegendo o ambiente interno ou externo contra chuva, umidade, vento entre outros. Segundo a NBR 13529/1995, os revestimentos de argamassa têm como função os seguintes aspectos:

 Proteger os elementos de vedação da ação direta dos agentes agressivos;  Auxiliar a vedação no cumprimento das funções como, por exemplo, o isolamento termo-acústico e da estanqueidade de água e dos gases;

 Regularizar a superfície dos elementos de vedação, podendo servir de base para regular e adequar a superfície ao recebimento de outros revestimentos ou constituir-se no acabamento final.

4.2 REVESTIMENTO PROJETADO DE ARGAMASSA

O revestimento projetado foi um grande avanço da tecnologia na construção civil, a projeção diminuiu a falha humana, o desperdício de material e aumentou consideravelmente a velocidade na produção de revestimento.

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4.2.1 Tipos de argamassa

No mercado atual da construção civil, algumas empresas estão enfatizando na compra de argamassas prontas que são armazenadas em silos, a argamassa é bombeada como pasta aglomerante, isso evita o entupimento do mangote. Em função do controle de material as empresas preferem a argamassa industrializada.

4.2.2 Silos

Os silos tem como função armazenamento da argamassa industrializada, e bombeamento da argamassa para todos os níveis da obra, tem uma capacidade de armazenamento de 24 toneladas, podendo alimentar até dois misturadores simultaneamente.

4.2.3 Misturados de argamassa

Os misturadores ficam localizados no ambiente onde haverá a projeção de argamassa, eles são conectados aos silos através de uma mangueira. Outra função dos misturadores como o nome mesmo diz, é misturar á argamassa industrializada com água, e deixar pronta para o bombeamento pelo projetor de argamassa.

4.2.4 Bomba projetora de argamassa

A bomba projetora de argamassa serve para aplicar a argamassa na alvenaria, à aplicação é feita no sentido horizontal, começando na parte superior da parede e terminando na parte inferior. O compressor de ar da bomba faz com que a argamassa tenha uma força de aplicação constante, aumentando assim a homogeneidade do revestimento.

4.2.5 Preparação da Alvenaria

A alvenaria que vai ser projetada deve ser limpa, livre de matérias que possam diminuir a adesão da argamassa na alvenaria. Antes da projeção, a parede deve esta

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encunhada, e com todas as instalações elétricas e hidráulicas embutidas, para evitar um retrabalho sobre essa superfície.

4.2.5.1 Execução de Taliscas

A execução de taliscas tem como função, demarcar a espessura do revestimento, essas taliscas devem esta bem alinhadas e aprumadas para garantir um acabamento perfeito.

De acordo com o Manual de Revestimentos (ACP), o taliscamento é feito usualmente com cacos cerâmicos ou azulejos fixando-os com a mesma argamassa que será utilizada no revestimento. As taliscas devem ser espaçadas de 1,5m á 1,8m em ambas as direções, considerando o comprimento da régua de alumínio.

4.2.5.2 Projeção

A argamassa é projetada no sentindo horizontal, o inicio da projeção tem que ser sempre no sentindo de cima para baixo, a espessura deve ser de no mínimo 0,5 cm e no máximo 2,0 cm. Caso a espessura seja maior que 2,0 cm, esta projeção deve ser feita por camadas, sempre esperando que uma etapa seja curada antes de se projetar a outra camada.

4.2.5.3 Sarrafeamento

O sarrafeamento deve ser feito pela régua de alumínio, tipo H, sempre no sentindo vertical e debaixo para cima, isso evita com que o material excedente caia no chão. Se após o sarrafeamento, o revestimento apresentar falhas, deve ser projetar novamente em cima dessas falhas a fim de corrigi-las.

5.0 QUALIDADE DO REVESTIMENTO

A projeção mecânica de argamassa gera uma grande possibilidade de melhoria no revestimento, quanto mais homogeneidade o revestimento tiver, maior será sua qualidade. A

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projeção de argamassa tem uma força de aplicação constante, uma velocidade de aplicação alta, isso garante tanto homogeneidade quando velocidade de produção.

6.0 LEVANTAMENTO DA PRODUTIVIDADE

A medição da produtividade torna-se um instrumento importante para a gestão da mão de obra, podendo subsidiar políticas para redução de custos e aumento da motivação no trabalho. (THOMAS & YAKOUMIS, 1987).

O modelo de media RUP, será usado como base para comparação de valor médio de produtividade, “a produtividade é a medida por um índice imparcial, denominado Razão Unitária de Produção (RUP), em que a razão entre entradas e saídas é expressa como homens-hora despendidos por quantidade de serviço realizado.” (UBIRACI, 2001).

A Razão Unitária de Produção (RUP) é a parte prática da quantificação da mão de obra, expressa em homens-hora da demanda, para a produção da unidade de saída do estudo, RUP sujeita a variações relacionadas à dedicação ao trabalho. Podem ser apresentados o valor mínimo (que representa o melhor desempenho), o máximo (representante do pior desempenho), ou ainda o potencial, que diz respeito à produtividade que se pode conseguir corriqueiramente com a tecnologia e a forma de gestão disponíveis na obra em avaliação (SOUZA & CARRARO, 1999).

Souza (1998) afirma que produtividade é a eficiência em transformar entradas em saída em um processo produtivo. As entradas seriam dinheiro, mão de obra, material e as saídas seria produtos, serviços, dinheiro e outros.

De acordo com ARAÚJO(2000) o termo produtividade é referente á eficácia com que se transformam as entradas de um processo produtivo em saídas, como se mostra na figura 1.

Figura 01 – Transformação de entradas e saídas em um processo produtivo.

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Do esquema acima chega-se a uma nova relação para produtividade em função das saídas geradas e as entradas consumidas:

O modelo de medida RUP indica uma faixa de valores possíveis, composta por valores máximos e mínimos, tornando mais eficaz do que um levantamento médio de valores.

“A produtividade de mão de obra é mensurada através de um indicador RUP, esse indicador relaciona os homens-hora (Hh) despendidos (entradas do processo) às quantidades de produtos obtidos (Quantidade de serviço), ou seja, as saídas do processo.” (UBIRACI, 2008).

Matematicamente o RUP é calculado pela equação 01 a seguir:

Equação 01 Hh RUP QS  Onde:

Hh = Homens-horas demandada pelo serviço

QS = Quantidade de serviço executado pela mão-de-obra em um determinado tempo

7.0 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo se delimita a pesquisa bibliográfica, e a pesquisa de campo, a pesquisa bibliográfica buscou meios de analisar o sistema de projeção de argamassa em uma mesma as fontes para essa pesquisa foram livros, teses, revistas e sites.

A pesquisa de campo foi feita em Brasília – DF, acompanhamos uma obra que usa o método de projeção de argamassa e analisamos a qualidade de homem hora por metro quadrado mais conhecido como razão unitária de produtividade (RUP).

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8.0 COLETA DE DADOS

Com esses conhecimentos será realizado o início da coleta de dados, para melhor análise do método de projeção de argamassa. Para uma análise perfeita, foram coletados os dados de um apartamento inteiro, desde o inicio do revestimento até os acabamentos finais.

A coleta de dados foi feita através da observação continua e também por meio de informações conseguidas através de conversas com o encarregado do serviço, as duas coletas tem como objetivo a precisão dos dados. Os dados coletados serviram para analisar a produtividade homens/hora e/ou equipe de serviço m²/dia da projeção de argamassa.

Os dados coletados em obra serão planilhados conforme a Tabela 01. Tabela 01 – Projeção de Argamassa

9.0 MATERIAL E MÉTODOS

9.1 REVESTIMENTO PROJETADO

Para o estudo da produtividade e aplicabilidade da argamassa projetada, foi avaliada a execução da argamassa em uma obra da Construtora Brasal situada em Sqnw 102 Bloco A,

Residencial Reserva das Artes, Setor Noroeste. Onde foram observadas a exequibilidade e

produtividade da argamassa projetada. Inicialmente foram verificados o sistema de projeção, para se ter um conhecimento do equipamento a ser utilizado, em seguida foram observados o tipo de alvenaria que receberia o sistema de projeção também foram cronometrado o tempo de aplicabilidade e observado assim seu processo de aplicação conforme a figura 04a e 04b:

DIA ENTRADA SAÍDA EQUIPE

ENVOLVIDA

HORAS

TRABALHADAS INTERVALO PRODUTIVIDA

Rup (Hh/m²) Projeção de Argamassa

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Figura 02 – Reserva das Artes – Setor Noroeste

Fonte: Incorporações Brasal

Para a verificação do sistema de projeção foi observado todo o trajeto da argamassa após o armazenamento no silo. Foram verificadas eventuais preparações da alvenaria antes da projeção da argamassa, onde os motivos da construtora de lançamento da argamassa sem chapisco, e inicialmente foi verificado que a construtora enfatizou a projeção de argamassa direto na alvenaria, para acelerar o tempo de execução de revestimento, observando que não é a primeira obra que a construtora utiliza esse método, em seus empreendimentos.

Os silos de armazenamento estão localizados em frente ao edifício, distribuídos de maneira centralizada para que assim facilite a distribuição da argamassa para todo edifício, na ocasião a obra é abrangida por dois, com capacidade de armazenamento cada um com 24 toneladas de argamassa, os silos bombeiam automaticamente para três misturadores, conforme a figura 03a e 03b:

a) b)

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As equipes foram dividas por bomba de projeção, onde foi designada uma equipe de quatro homens, sendo dois pedreiros, para serviços de sarrafiamento, taliscamento, nivelamento de pequenas uniformidades no revestimento e outros serviços, a equipe também conta com um operador do equipamento projetor, desde que seja treinado para manusear o equipamento, e por ultimo um servente, com a função específica de recolher argamassa que eventualmente cai sobre o piso para que seja reutilizada, e propor que o desperdício de material seja praticamente nulo.

A projeção de argamassa é feita no sentindo horizontal por uma bomba projetadora, tendo inicio parte superior da alvenaria, seguindo o nível das taliscas eventualmente já aplicadas, não precisando das mestras para isso conforme a figura 04a e 04b:

a) b)

Figura 04 – a) Projeção de Argamassa; b) Projeção de Argamassa

Após a projeção de argamassa e um pequeno tempo de aderência, que varia de dois a cinco minutos um operário com auxilio da régua H, e uma colher de pedreiro, vem corrigindo sarrafeando toda a parede, sendo que a régua H tem a função de sarrafear e não permitir que o material venha cair sobre o piso conforme a figura 05a e 05b, caso isso venha ocorrer, o profissional responsável recolhe a massa do piso faz uma breve homogeneização e joga na máquina de projeção, observando que esta massa só poderá ser reutilizada se, recolhida dentro do intervalo de dez minutos após a queda sobre o piso.

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a) b)

Figura 05 – a) régua H; b) Sarrafiamento

Figura 06 – Parede projetada

Depois desse processo, os outros operários vêm fazendo acabamentos finais no revestimento conforme a figura 06, para deixar pronto, para o ultimo acabamento, que pode ser pintura, revestimento cerâmico, laminado entre outros. Para cada apartamento a equipe de quatro homens gasta em média de três á cinco dias, pois alguns fatores podem alterar a produtividade.

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Figura 07 – Ambiente Pronto

Usamos como exemplo as paredes da sala do apartamento conforme a figura 07, mais para a comparação dos resultados, foi acompanhado todo o processo em um apartamento de 506,87 m² de revestimento, desde o inicio da projeção até o acabamento final.

A tabela 02 a seguir mostra a produtividade de um apartamento, foi uma metragem quadrada analisada por hora, para minimizar a interferência dos fatores internos.

Tabela 02 – Produtividade da Projeção de Argamassa Projeção de Argamassa

DIA ENTRADA SAÍDA PESSOAS

ENVOLVIDAS

HORAS

TRABALHADAS INTERVALO PRODUTIVIDA

Rup (Hh/m²) 10/out 08:00 17:00 4 08:00 01:00 121,10 m² 0,26 11/out 08:00 17:00 4 08:00 01:00 128,23 m² 0,24 12/out 08:00 17:00 4 08:00 01:00 125,82 m² 0,25 13/out 08:00 17:00 4 08:00 01:00 131,72 m² 0,24

Os dados coletados foram calculados pelo sistema RUP (razão unitária de produção) que expressa à razão de Homens-hora/quantidade de serviços executado em 4 dias de serviço, foram coletados todos os dados desde o início da projeção até o final

10.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO 10.1 PRODUTIVIDADE

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Inicialmente foi calculada a RUP diário oficial, que é aquela obtida com base na avaliação de dia de produtividade da mão de obra. A coleta é feita ao final de cada dia de execução do serviço, se avaliaria os homens-hora utilizados e a quantidade de serviço produzida. A Figura 08 ilustra a variação da RUP diário de trabalho no acompanhamento do serviço da equipe de produção do apartamento de 506,87 m².

Os resultados foram obtidos a parti da equação 01, como forma de auxílio para melhor entendimento, será calculado o primeiro dado da figura 08 conforme a equação 02:

Equação 02

 

2 8 .(4 ) 0, 26 / ² 121,10 h pessoas Hh RUP Hh m QS m   

Figura 08 – Rup Diario

Após o calculo da RUP diário oficial, foi calculada a RUP cumulativa oficial, a cada dia, a partir do acúmulo das quantidades de homens-hora e de serviço desde a primeira hora de trabalho. Portanto, representa a eficiência acumulada ao longo de todo o período de execução do serviço, contemplando as melhores horas em certo dia, assim como aqueles não tão bons. A Figura 07 ilustra a variação da RUP cumulativa ao longo de todos os dias de coleta.

Como forma de auxílio para melhor entendimento, será calculado o segundo dado da figura 09 conforme a equação 03:

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Equação 03

 

2 16 .(4 ) 0, 25 / ² 249,33 h pessoas Hh RUP Hh m QS m   

Figura 09 – RUP Cumulativa

De posse da RUP cumulativa oficial calculou-se a RUP potencial oficial. Ela indica uma produtividade potencialmente alcançável desde que seja mantido um determinado conteúdo de trabalho. Ela é obtida matematicamente calculando-se a mediana entre os valores de RUP diárias inferiores ao valor da RUP cumulativa para o final do período de estudo, conforme a equação 04: Equação 04 0, 24 0, 24 0, 24 / ² 2 potêncial RUP    Hh m

A equipe de trabalho teve uma RUP potencial oficial de 0,24 Hh/m². Com a finalidade de auxiliar no processo de avaliação de gestão do serviço de revestimento argamassado interno, foi elaborado o gráfico da Figura 10, o qual traz a RUP diária, cumulativa e potencial da equipe em análise para RUPs Oficiais. A figura 10 a seguir mostra todos os valores de RUP calculados, para uma melhor demonstração de resultados.

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Figura 10 – RUP’s Oficiais

Uma vez que a equipe analisada não depende de uma equipe de apoio, pois o transporte de argamassa até os pavimentos é feito de forma automática, sendo assim não se calcula o Rup global.

A Tabela 03 mostra uma comparação de RUP oficiais obtidos no estudo com os dados fornecidos pela TCPO14.

Tabela 03 – Indicador de Produtividade

Portanto, a equipe em estudo se encontra na média dos limites estabelecidos pela TCPO14, demonstrando que a mesma está produzindo o que se esperava de acordo com a média obtida pelo TCPO14.

10.2 QUALIDADE

A avaliação da qualidade foi feita de forma superficial, ou seja, avaliando apenas o acabamento final, verificando assim a homogeneidade do revestimento e se foi respeitada a espessura de projeto. Lembrando que esse acabamento é feito manualmente, ou seja, caso venha ocorrer algum erro, pode não ser por causa da máquina de projeção.

0,23 0,24 0,25 0,26 0,27 0,28

Rup Diario (Hh/m²) Rup Cumulativo (Hh/m²) Rup Potencial (Hh/m²)

Rup Equipe

Minimo Médio Maximo Média

0,23 0,24 0,26 0,24

Indicador de Produtividade - Rup (Hh/m²) Rup TCPO14

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Com auxilio da régua H, foram verificadas todas as paredes do apartamento, a verificação é feita da seguinte forma, colocasse a régua H em cima do revestimento para verificar uma possível deformação, não foram encontrados nenhuma deformidade, todas as paredes apresentaram uma qualidade de homogeneização alta.

Com auxílio da trena foi verificado a espessura do revestimento de cada parede, assim que o revestimento era projetado e sarrafeado, usamos a trena para medir a espessura de todas as paredes, todas apresentaram uma espessura de 2,0 cm. A espessura apresentada foi à mesma especificada no projeto.

11.0 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Os dados gerados por essa pesquisa possibilitaram avaliar a implantação de uma nova tecnologia para as empresas, contribuindo para identificação de possíveis melhorias.

Conclui-se que o sistema de bomba de projeção de argamassa avaliado nesta pesquisa apresentou um índice de produtividade bom, isso comparado com o valor cedido pelo TCPO14, tendo em vista que a média da Rup da equipe foi de 0,24 Hh/m² e a média padrão estabelecida pela TCPO14 é também de 0,24Hh/m². Tendo em vista isso percebeu-se que este sistema sempre se mantem próximo do esperado para produção.

Outros benefícios que foram verificados com a pesquisa é a redução dos processos manuais tanto na produção da argamassa quanto em seu lançamento, onde com a utilização deste processo obteve-se uma notória redução nos índices de perdas. E visto que até a dosagem de agua é feita de forma automática pelo próprio misturador no caso de argamassa em sacos, e direto de silos quando a concreteira produz, isto vem a garantir ganho de qualidade na argamassa projetada.

Agora entende-se que ao se tratar de padrão de acabamento as variações ocorrem, pois para o acabamento final ainda há dependência da mão de obra manual, logo foi visto que essa variação ocorrerá, quanto maior for a capacitação do profissional que está realizando os trabalhos melhor será o padrão de acabamento.

Portanto conclui-se neste trabalho que a projeção de argamassa é uma tecnologia na construção civil que veio aumentar a qualidade e produtividade do revestimento sobre a

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alvenaria, influenciando diretamente no prazo de entrega da obra, uma vez que, qualquer aumento de produtividade e qualidade pode ocasionar lucros a construtora e garantia de um serviço bem executado.

Para trabalhos futuros, uma sugestão de pesquisa, seria fazer a análise de todo o sistema de projeção em construções de médio a pequeno porte, para verificar a viabilidade desse sistema nessas empresas.

Analysis of productivity and quality of the mortar projection

Abstract: The monograph focuses on the analysis of the productivity and quality of the mortar projection, since technology has increasingly helped the construction industry, decreasing service time and cost, which today most construction companies search, because delays in delivery generate losses. For this monograph will be analyzed the quality of service execution, the execution time of the the mortar projection, since this technology has increasingly dominated the large works, as it helps to considerably reduce the time of service when it comes to masonry coating. After the search and data collection provided at the construction site, we will compare the the mortar projection with an estimate of the coating mortar method, the main comparisons will be, time of service, service agility, quality of workmanship. Based on the data, we will have notion if the mortar coating is a technology that really came to assist in construction.

Keywords: Mortar projection; Quality analysis; Productivity analysis;

12.0 REFERÊNCIAS .

ARAÚJO (2000) - Araújo, Luís Otávio Cocito. Método para a previsão e controle da produtividade da mão-de-obra na execução de fôrmas, armação, concretagem e alvenaria. Dissertação de Mestrado/Doutorado, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2000.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ACP). Manual de

Revestimento de Argamassa, (s/d). Disponivel

<http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/ativos/279/manual-de-revestimentos-de-argamassa.html.> Acesso em: 11 set. 2016.

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Referências

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