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PANORAMA GERAL DA CERTIFICAÇÃO DE SEMENTES NO ESTADO DE GOIÁS

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SEMENTES

PANORAMA GERAL DA CERTIFICAÇÃO DE SEMENTES NO

ESTADO DE GOIÁS

JUNIOR MOISÉS DA SILVA

PELOTAS

RIO GRANDE DO SUL – BRASIL 2011

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SEMENTES

PANORAMA GERAL DA CERTIFICAÇÃO DE SEMENTES NO

ESTADO DE GOIÁS

JUNIOR MOISÉS DA SILVA

Dissertação apresentada à Universidade Federal de Pelotas, sob orientação do Eng. Agr. Dr. Géri Eduardo Meneghello, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, para obtenção do título de Mestre Profissional.

PELOTAS

RIO GRANDE DO SUL – BRASIL 2011

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Dados de catalogação na fonte:

(Marlene Cravo Castillo – CRB-10/744)

S487p Silva, Junior Moisés da

Panorama geral da certificação de sementes no Estado de Goiás / Junior Moisés da Silva; orientador Géri Eduardo Meneghello. - Pelotas, 2011.-37f.: il..- Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, 2011.

1.Sementes 2.Produção 3.Comercialização 4.Perspectivas da certificação I.Meneghello, Géri Eduardo (orientador) II .Título.

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PANORAMA GERAL DA CERTIFICAÇÃO DE SEMENTES NO

ESTADO DE GOIÁS

AUTOR: Junior Moisés da Silva, Engo Agro ORIENTADOR: Dr. Geri Eduardo Meneghello

CO-ORIENTADOR: Prof. Dr. Orlando Antonio Lucca Filho

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________ Engo Agro Geri Eduardo Meneghello, Dr.

___________________________________________________ Prof. Orlando Antonio Lucca Filho, Dr.

___________________________________________________ Prof. Francisco Amaral Villela, Dr.

___________________________________________________ Profa Beatriz Helena Gomes Rocha, Dra

___________________________________________________ Engo Agro Demócrito Amorim Chiesa Freitas, Dr.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, a Deus...

A toda minha família, principalmente aos meus pais, minha esposa e meus filhos.

Ao Eng. Agr. Dr. Geri Eduardo Meneghello, sempre muito atencioso e prestativo.

Ao Prof. Dr. Silmar Teichert Peske, pelo apoio ao tema do trabalho escolhido. A todos os professores do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, do Departamento de Fitotecnia, da Faculdade de Agronomia “Eliseu Maciel”, da Universidade Federal de Pelotas, pela dedicação, devoção e boa vontade com que ministraram o curso, em especial aos da banca examinadora.

Aos Técnicos do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), pela grande disposição em todos os momentos solicitados.

Aos Representantes das Entidades Certificadoras pela atenção com que me atenderam.

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LISTA DE FIGURAS

Página

Figura 1. Registro de Campos de sementes no ano agrícola 2008/09 e

2009/10 para semente de categoria básica ... 16 Figura 2. Registro de Campos de sementes no ano agrícola 2008/09 e

2009/10 para semente de categoria C1 ... 17 Figura 3. Registro de Campos de sementes no ano agrícola 2008/09 e

2009/10 para semente de categoria C2 ... 18 Figura 4. Registro de Campos de sementes no ano agrícola 2008/09 e

2009/10 para semente de categoria S1 ... 19 Figura 5. Registro de Campos de sementes no ano agrícola 2008/09 e

2009/10 para semente de categoria S2 ... 20 Figura 6. Produção de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para

categoria Básica ... 22 Figura 7. Produção de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para

categoria C1 ... 23 Figura 8. Produção de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para

categoria C2 ... 24 Figura 9. Produção de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para

categoria S1 ... 25 Figura 10. Produção de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para

categoria S2 ... 26 Figura 11. Comercialização de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10

em Goiás e para outras unidades da Federação para Categoria

Básica ... 27 Figura 12. Comercialização de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10

em Goiás e para outras unidades da Federação para Categoria

C1 ... 28 Figura 13. Comercialização de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10

em Goiás e para outras unidades da Federação para Categoria

C2 ... 29 Figura 14. Comercialização de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10

em Goiás e para outras unidades da Federação para Categoria

S1 ... 30 Figura 15. Comercialização de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10

em Goiás e para outras unidades da Federação para Categoria

S2 ... 31 Figura 16. Número de Campos registrados e aprovados nos anos agrícolas

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LISTA DE TABELA

Página

Tabela 1. Discriminação das entidades certificadoras no Estado de Goiás e

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RESUMO

Silva, Junior Moisés da. Panorama geral da certificação de sementes no Estado de Goiás. 2011. 37f. Dissertação (Mestrado Profissional), Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de sementes. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, RS.

O presente trabalho teve o de objetivo identificar a estrutura que envolve a certificação de sementes no Estado de Goiás, levando em conta a área aprovada, a produção e a comercialização de sementes das espécies mais importantes para o Estado durante os anos agrícolas de 2008/09 e 2009/10. Para tanto, foram feitos levantamentos de dados no Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento, quanto as certificadoras, laboratórios credenciados e particulares e laboratórios oficiais, certificadores de produção própria, comerciantes, reembaladores e amostradores. Por outro lado, as certificadoras também foram questionadas a respeito da qualidade de suas certificações, com indagações sobre corpo técnico, laboratórios próprios, custo para certificar as diferentes espécies/categoria, atuação em Goiás e outros estados; e demais assuntos pertinentes, tais como entraves e perspectivas da certificação em Goiás e expectativas quanto ao mercado de sementes. Com as informações obtidas concluiu-se que a cadeia de produção está adequadamente aparelhada, tanto estrutural como tecnicamente, necessitando, porém de uma melhor organização entre seus vários elos. Verificou-se também em Goiás que dentre as categorias, a maior produção de sementes está voltada para milho e soja, por isso tanto o registro de áreas como a comercialização destas sementes também seguem a mesma tendência.

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ABSTRACT

Silva, Junior Moisés. General panorama of the certification of seeds in the Goiás State. 2012. 37f. Dissertação (Mestrado Profissional). Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de sementes. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, RS.

This study aimed to identify the structure surrounding the certification of seeds in the State of Goiás, tacking into account the approved area, production and commerce of seeds of the most important species for the State during the agricultural years of 2008/09 and 2009/10. For both data collections were made at the Ministry of Agriculture and Supplying as the certification, the credential and particular certifiers laboratories and official laboratories, certifiers own production, traders, repackaged and samplers. On the other hand certifiers were also questioned about quality of its certifications, with questions about staff, its own laboratories, certify the cost to the different species/category, activity in Goiás and other states and pertinent subjects as impediments and perspectives to the certification in Goiás and expectations to the trade of seeds. With the gotten information it was concluded that the production chain is adequately equipped, structurally as technical, needing however of one better organization between its some links. It was also verified in Goiás toward all the categories the biggest production of seeds is come back toward maize and soy, therefore in such a way the register of areas and the commercialization of these seeds also follows the same trend.

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SUMÁRIO

Página BANCA EXAMINADORA ... 2 AGRADECIMENTOS ... 3 LISTA DE FIGURAS ... 4 LISTA DE TABELA ... 5 RESUMO ... 6 ABSTRACT ... 7 1 INTRODUÇÃO ... 9 2 MATERIAIS E MÉTODO ... 13 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 14 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 33 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 35 ANEXO ... 36

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1. INTRODUÇÃO

A certificação de sementes é uma prática há muitos anos consolidada nos países de agricultura mais desenvolvida, pois esta representa um elo extremamente importante na cadeia produtiva de grãos. Na Europa, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) adota procedimentos muito bem definidos, regulando a atividade de produção de sementes certificadas no âmbito dos países membros dessa instituição. Na América do Norte, os Estados Unidos e o Canadá, por sua vez, desenvolveram e praticam sistemas de certificação que dão suporte às suas pujantes agriculturas. Outros países de agricultura desenvolvida adotaram política semelhante (REVISTA PLANTIO DIRETO, 2006).

A organização da produção de sementes e mudas iniciou, no Brasil, em 1934. Neste período o Estado de São Paulo, através do decreto nº 7.815 de 1936, deu inicio a fiscalização do comércio de sementes e estabeleceu, por meio de portaria do Instituto Biológico, normas sobre produção e comércio de mudas.

Com base nas regras da ISTA (Internacional Seed Testing Association) e da AOSA (Association of Official Seed Analysts), em 1967 o Ministério da Agricultura editou as primeiras Regras para Análise de Sementes - RAS. Estas normas tiveram várias revisões, sendo que a última atualização disponibilizada em 2009.

Até o ano de 1965, a produção de sementes no Brasil era feita, em sua maior parte, pelos órgãos oficiais, através do Ministério da Agricultura ou das Secretarias da Agricultura. A produção de semente básica tinha volume muito pequeno e por isso era destinada a poucos produtores, o que limitava a distribuição e ainda causava pouco interesse dos agricultores pela procura de sementes.

Em 13 de julho de 1965 foi promulgada a Lei nº 4.727, a qual foi regulamentada pelo decreto nº 57.061 de 15 de outubro de 1965, tratava sobre a fiscalização do comércio de sementes e mudas, tendo como objetivos principais o incentivo da produção e a proteção dos consumidores de sementes e mudas contra eventuais fraudes e prejuízos, de modo que houvesse uma melhoria da qualidade das sementes que a partir de então fossem produzidas.

Em 1967, com a edição da portaria nº 524 referente à Política Nacional de Sementes, houve um maior enfoque no sentido de promover, fiscalizar, incentivar a produção, a organização e a comercialização da boa semente, com o intuito fornecer

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10 aos agricultores sementes e mudas selecionadas, bem como introduzir novas variedades. Neste sentido foram dados os primeiros passos, por parte do Ministério da Agricultura, em definir uma política de produção de sementes para o Brasil. A política então adotada, que prevalece até os nossos dias, deixou a cargo da iniciativa privada a produção e a comercialização de sementes destinadas ao cultivo comercial (SANTOS et al., 1985).

Com a edição da Portaria nº 146, de três de maio de 1968, houve a obrigatoriedade do registro de todas as pessoas e entidades que se dedicassem à produção de sementes no país. Houve, também um repasse gradativo da responsabilidade por executar os programas de produção de sementes para os estados, através de suas secretarias.

A criação das Entidades Certificadoras e Fiscalizadoras, do CONASEM e das CESM’S, proporcionou por um longo período a estabilidade na oferta de sementes de alta qualidade e a flexibilidade necessária às normas de produção e comércio (ARAÚJO, 1998).

O Decreto Federal nº 81.771, de sete de junho de 1978, que regulamenta a Lei nº 6.507 de 19 de dezembro de 1997, estabeleceu vários temas, mas principalmente definiu os sistemas de produção de sementes ou mudas certificadas e fiscalizadas, ou seja a inspeção obrigatória e a fiscalização do comércio de sementes e mudas, a obrigação do registro para os produtores e comerciantes, o estabelecimento de procedimentos relativos à análise de sementes e ao exame de mudas e ainda ao credenciamento de laboratórios oficiais e os de produção; a identificação de sementes e mudas; o comércio interestadual e internacional de sementes e mudas; as proibições, isenções e penalidades e ainda criou a Comissão Nacional de Sementes e Mudas – CONASEM.

Com a lei federal nº 10711 de cinco de agosto de 2003 e posteriormente com a homologação desta através do decreto 5153 de 23 de agosto de 2005 houve por parte do MAPA uma reavaliação dos seus trabalhos e com isso uma divisão melhor dos direitos e deveres do chamado sistema de produção de sementes. Em tese isto melhorou o sistema de certificação, pois fez com que quem produz o material seja extremamente responsável pela identidade e qualidade do material. Todavia, em contrapartida concede maior liberdade sobre como serão atingidas estas duas metas, o que foi uma tentativa de agilizar o processo de produção e

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11 certificação como um todo, pois o MAPA deixa de ser apenas um agente especificamente fiscal e passa a ser um supervisor de um sistema que se auto-regula.

Em Goiás, através da Portaria nº 289 de 11 de setembro de 1980, o Ministério de Estado da Agricultura – MAPA credenciou a Secretaria da Agricultura do Estado de Goiás – SAGRIA/GO como entidade Certificadora e Fiscalizadora do Sistema de Produção de Sementes e Mudas Fiscalizadas e Certificadas.

Em 10 de setembro de 1987, através da Portaria GA-459/87, o Estado do Goiás adota, através da SAGRIA/GO, e aprova as Normas de Produção de Sementes Básica, Registrada, Certificada e Fiscalizada (SAGRIA, 1987).

Também em Goiás, através da Portaria GA nº 260/92 a SAGRIA/GO aprova nova Normas de Produção de Sementes e mudas, que dentre outras mudanças contemplou a normalização da produção e do comércio de mudas produzidas em viveiros.

Com a Criação do Instituto Goiano de Defesa Agropecuária - IGAP, aos 17 dias do mês de outubro de 1997, a SAGRIA/GO tendo em vista o Decreto Federal nº 81.771, de 7 de junho de 1978 e através da Portaria 241/97 credencia o IGAP para executar atividades inerentes ao Programa de Inspeção e Certificação de Sementes.

No ano de 2000, com a fusão do IGAP e da empresa de Extensão Rural do Estado de Goiás – EMATER um novo órgão chamado de Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário – AGENCIARURAL foi criado. Sendo que em 04 de setembro de 2000, através da Portaria GAB nº 129/2000 a AGENCIARURAL é credenciada para executar atividades inerentes ao Programa de Inspeção e Certificação de Sementes.

Com o fim da fusão dos órgãos de Defesa Agropecuária e extensão rural, em dezembro de 2003 foi criada a Agência Goiana de Defesa Agropecuária – AGRODEFESA, a qual ficou responsável pela execução de atividades inerentes ao Programa de Inspeção e Certificação de Sementes até a homologação do decreto Federal 5153 de 23 de julho de 2004.

A partir de então e ainda com a homologação do Decreto Estadual nº 6.295 de 16 de novembro de 2005, o qual regulamenta a Lei Estadual 14.245 de 29 de julho de 2002 a AGRODEFESA passou a ser responsável pela elaboração de normas e procedimentos complementares relativos à produção de sementes e

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12 mudas, bem como exercer fiscalização do comércio estadual e ainda realizar a fiscalização do trânsito interno de sementes (AGRODEFESA, 2009). Ficando as demais atividades a cargo do MAPA e/ou ainda da iniciativa privada. Esta Agência atua também na prestação de serviços, visto que possui laboratório que realiza analises de classificação, certificação e fiscalização.

Assim, o elo entidades privadas (certificadoras e laboratórios credenciados ao MAPA e outros) e órgãos oficiais (Ministério de Agricultura, Secretarias de Agricultura e outros) se consolida de modo que atendam aos requisitos legais e que correspondam à demanda do segmento de produção de sementes. Esta união certamente tem e terá uma grande contribuição a prestar para o desenvolvimento do que a legislação definiu como sistema nacional de sementes e mudas, que nada mais é do que a qualificação de um sistema econômico responsável pela 4ª Colocação do Estado de Goiás na produção de grãos (SEPLAN, 2011).

Nesse sentido, o presente trabalho teve o de objetivo identificar a estrutura que envolve a certificação de sementes no Estado de Goiás, levando em conta a área aprovada, a produção e a comercialização de sementes das espécies mais importantes para o Estado durante os anos agrícolas de 2008/09 e 2009/10.

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2. MATERIAIS E MÉTODO

Para realizar este trabalho foram realizados levantamentos junto ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, através do sistema de cadastramento – Registro Nacional de Sementes e Mudas – RENASEM, sobre quantidade de certificadoras, laboratórios, laboratórios oficiais, certificadoras de produção própria, comerciantes, reembaladores e amostradores. Salienta-se que este sistema pode ser acessado por qualquer pessoal através do Portal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2011).

Também foram feitos levantamentos junto ao Ministério de Agricultura referente a quantidade de áreas aprovadas, a quantidade de semente produzida e comercializada durante os anos agrícolas 2008/09 e 2009/10, de acordo com as diversas categorias. Estes dados obtidos junto ao MAPA foram agrupados em planilhas eletrônicas e posteriormente organizados e apresentados em figuras, com o objetivo de facilitar a visualização, comparação e interpretação dos resultados.

Estes levantamentos foram coletados pessoalmente no Departamento de Sanidade Vegetal - DSV da Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA da Superintendência Federal de Agricultura do Estado de Goiás, do Ministério de Agricultura – MAPA.

Da mesma forma foram elaborados questionários para as certificadoras sobre diversos temas, os quais foram respondidos via telefone por seus principais representantes. Estes questionamentos estão elencados no Anexo 1.

A seguir, os dados foram compilados e detalhados de modo a se ter uma ampla visão do sistema da produção de sementes no Estado de Goiás, relatando sobre a estrutura de produção (Certificadoras, laboratórios etc...) e realizada uma comparação entre o que foi registrado, produzido e comercializado durante os anos agrícolas 2008/09 e 2009/10, de forma a se verificar a evolução deste sistema.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A certificação de sementes no Estado de Goiás, atualmente é realizada por sete empresas, conforme informação apresentada na Tabela 1.

TABELA 1 – Discriminação das entidades certificadoras no Estado de Goiás e respectivas localizações

EMPRESA MUNICIPIO ESTADO

Germinax Formosa Goiás

Rep. Sementes Ltda JF Nova Veneza Goiás

Laboratório Agropecuário Agronômico Silvânia Goiás

L.A.S. Provigor Goiatuba Goiás

Monsoy Ltda Morrinhos Goiás

Werhtec Cristalina Goiás

Fundação Pró-Sementes Passo Fundo Rio Grande do Sul

A atuação destas empresas não está limitada somente ao Estado de Goiás, mas também em outras unidades da federação, principalmente àquelas próximas ao Estado a exemplo: BA, DF, MG,MT, PA e TO. No entanto, visando focar no objetivo do trabalho, são apresentados, com exceção da comercialização, dados referentes somente para o Estado de Goiás.

A certificação é realizada para todas as categorias de sementes, ou seja, genética, básica e certificada de 1ª e 2ª geração e para todas as culturas cultivadas no estado, representadas pelas seguintes espécies: arroz, feijão, milho, soja, sorgo, trigo e algodão.

No Estado há também 11 certificadores de produção própria e 22 laboratórios credenciados junto ao RENASEM, além dos dois laboratórios oficiais, o LANAGRO – Laboratório Nacional Agropecuário e o laboratório da AGRODEFESA – Agência Goiana de Defesa Agropecuária, ambos localizados em Goiânia. É importante ressaltar que todas as certificadoras questionadas informaram que dispõem de laboratório próprio, portanto não terceirizam o serviço, ou seja, possuem

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15 funcionários próprios, sendo ainda que algumas informaram que executam trabalho amplo, com maior proximidade possível do responsável técnico do campo e que procuram ir a campo o maior número de vezes possível, de forma que além das vistorias obrigatórias (emergência, florescimento e pré-colheita), acompanham também o pós-colheita com a finalidade de se certificar da qualidade do produto.

No tocante a cobrança de serviços por estas certificadoras, sendo este um dos fatores limitantes da certificação, há distintas formas de realizá-la. De acordo com questionamentos, para algumas depende da distância, sendo cobrado de R$25,00 a R$30,00 por hectare de área cultivada e não havendo cobranças de taxas de análise e nem de emissão de documentação. Outras cobram somente R$30,00, independentemente da distância e ainda outra cobra R$15,00 por hectare de área cultivada, e acima de 200 km, R$0,80 por km rodado. Cabe ressaltar, conforme as figuras relacionadas que em torno de 70% da área aprovada é de categorias não certificadas, ou seja, S1 e S2, sendo que estas não precisam necessariamente das certificadoras, o que apesar de oferecer mais material para o mercado, encarece o serviço prestado pelas certificadoras e também pode comprometer a qualidade destas sementes. Cabe ressaltar que as categorias S1 e S2 são também registradas no MAPA no momento do cultivo, porém a sua fiscalização de certificação será realizada mais intensamente somente por este órgão.

No RENASEM há 371 produtores de sementes credenciados, enquanto os Responsáveis Técnicos são 344, alcançando praticamente um técnico para cada produtor. Se for levado em conta ainda que a área aprovada de sementes do ano 2008/2009 foi em torno de 150.000ha, tem-se uma média de 436 ha por técnico, sendo que a área em questão é bastante significativa, mas podendo ainda ser facilmente acompanhada, mesmo considerando todos os cuidados que um campo de semente necessita.

No Estado de Goiás há 91 Armazenadores de Sementes.

No tocante aos Reembaladores de Semente há 62, fato atribuído principalmente à produção de sementes de espécies forrageiras que, as vezes, são comercializadas de um ano para o outro.

No Estado, há o credenciamento de 284 comerciantes de Sementes, incluindo aí as empresas que fazem vendas diretas. Vale destacar a reduzida

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16 quantidade de amostradores credenciados, em número de 03, consequência do fato do próprio produtor poder fazer a amostragem.

Na sequência, após apresentação do panorama geral do status atual do setor sementeiro, serão apresentados a compilação de resultados obtidos a partir do levantamento realizado junto às entidades certificadoras e órgãos oficiais fiscalizadores eregulamentadores de setor.

A seguir são apresentadas as Figuras 1, 2, 3, 4 e 5, descrevendo áreas aprovadas de acordo com as categorias de sementes nos anos agrícolas de 2008/09 e 2009/10.

Na Figura 1 é apresentada a área total de campos inscritos e aprovados para produção de sementes categoria básica. Observa-se que em 2008/2009 não houve registro de campos de sementes na categoria básica para a maioria das espécies cultivadas, com exceção para campos de sementes de arroz, Brachiaria brizantha, soja e soja Geneticamente Modificada - GM. Esta última cultura respondendo por mais de 90% da área inscrita, apresentando aumento da área de Soja GM em relação à área de soja, tendo inclusive decréscimo de soja. Da mesma forma, no ano 2009/2010, a área de campos inscritos para esta categoria ficou restrita às mesmas espécies, com forte incremento na área de soja GM em detrimento da soja. Em arroz observou-se significativa redução na área inscrita.

Figura 1 – Inscrição de campos de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para semente de categoria básica, no Estado de Goiás.

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17 Na Figura 2 é apresentada a área total de campos inscritos e aprovados para produção de sementes categoria C1. Verifica-se que em 2008/2009 houve pouco registro de campos de sementes na categoria C1 para a maioria das espécies cultivadas, com exceção para campos de sementes de arroz, feijão, Panicum maximum, soja, soja GM, milho e milho GM. Esta última cultura respondendo por mais de 68% da área inscrita, apresentando maior de área de milho em relação ao milho GM. Houve incremento da área de soja GM em relação à soja. Entretanto, no período 2009/2010, com a introdução efetiva do milho GM houve forte incremento da área inscrita com relação à área de milho, sendo que também houve um aumento da área de soja GM com relação à soja. Para as demais culturas houve produção pouco significativa, com decréscimo da área de feijão.

Figura 2 – Inscrição de campos de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para semente de categoria C1, no Estado de Goiás.

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18 Na Figura 3 é apresentada a área inscrita total de campos inscritos e aprovados para produção de sementes categoria C2. Em 2008/2009 não houve registro de campos de sementes na categoria C2 para a maioria das espécies cultivadas, com exceção para campos de sementes de arroz, feijão, soja e soja GM. Esta última cultura respondendo por mais de 95% da área inscrita, apresentando aumento da área de Soja GM em relação à área de soja. Da mesma forma, no ano 2009/2010, a área inscrita de campos para esta categoria ficou restrita às mesmas espécies, com forte incremento na área de soja GM em detrimento da soja. Em feijão observou-se expressivo aumento na área inscrita.

Figura 3 – Inscrição de campos de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para semente de categoria C2, no Estado de Goiás.

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19 Na Figura 4 é apresentada a área total de campos inscritos e aprovados para produção de sementes categoria S1. Nota-se que nesta categoria há registro de produção de semente de espécies forrageiras, porém com pouca expressividade. Observa-se que em 2008/2009 houve inscrição de campos de sementes na categoria S1 para a maioria das espécies cultivadas, porém com ênfase maior para campos de sementes de feijão, milho, milho GM, sendo que as áreas inscritas de soja e soja GM se equipararam. Com relação ao ano 2009/2010, a área inscrita de campos para esta categoria ficou restrita às mesmas espécies, com forte incremento na área de soja GM em detrimento da soja. Pela área inscrita de sementes S1, infere-se que será uma categoria bastante utilizada pelos agricultores para a produção grãos.

Figura 4 – Registro de campos de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para semente de categoria S1, no Estado de Goiás.

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20 Na Figura 5 é apresentada a área total de campos inscritos e aprovados para produção de sementes categoria S2. Nota-se que nesta categoria, em 2008/2009, há inscrição de áreas de forrageiras, tendo inclusive uma expressividade para Brachiaria brizhanta e Brachiaria humidicola. Neste mesmo período houve inscrição de campos de sementes na categoria S2 para as várias espécies cultivadas, porém com ênfase maior para campos de sementes de forrageiras, feijão, milho GM, soja e soja GM, sendo que a área inscrita de soja GM teve um incremento maior com relação à de soja. No ano 2009/2010, a área inscrita de campos para esta categoria ficou restrita às mesmas espécies, com forte incremento na área de soja GM em detrimento da soja, sendo ainda que houve decréscimo nas áreas de Andropogon gayanus, Brachiaria brizhanta, feijão e milho GM. Pela área inscrita de sementes S2, infere-se que esta também será uma categoria bastante utilizada pelos agricultores com a finalidade de produzir grãos.

Figura 5 – Inscrição de campos de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para semente de categoria S2, no Estado de Goiás.

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21 OBSERVAÇÕES:

Com relação à inscrição de áreas, no levantamento do MAPA é irrelevante se a produção de sementes vem de áreas de produtor individual, empresas produtoras ou cooperantes. Nestas mesmas inscrições também não há distinção dos produtores quanto à sua tecnificação e organização, o que seria mais bem visto “in loco”, ou seja, com um levantamento melhor das características de cada propriedade, repassadas ao MAPA pelos técnicos que acompanham estes campos.

De acordo com a lei 10711/2003, a produção de sementes de categoria não certificada S1 e S2 poderá ser feita sem comprovação de origem genética, sendo este um dos fatores que contribuem para baixa disponibilidade de semente certificada, principalmente para forrageiras. Outro fator que interfere na baixa quantidade de certificação de forrageiras é a baixa exigência dos produtores por sementes de qualidade.

A seguir seguem as Figuras 6, 7, 8, 9 e 10, com a descrição da produção de sementes de acordo com as categorias nos anos agrícolas de 2008/09 e 2009/10.

Na Figura 6 é apresentada a produção de sementes categoria básica. Observa-se que em 2008/2009 houve pouco registro de produção de campos de sementes na categoria básica para a maioria das espécies cultivadas, com exceção para produção de campos de sementes de arroz, soja e soja GM. Esta última cultura respondendo por mais de 90% da produção de sementes, apresentando aumento da produção de soja GM em relação à produção de soja. Da mesma forma, no ano 2009/2010, a produção de sementes para esta categoria ficou restrita às mesmas espécies, com forte incremento na produ ção de soja GM em detrimento da soja. Em arroz, observou-se redução na produção.

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Figura 6 – Produção de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para categoria Básica, no Estado de Goiás.

Na Figura 7 é apresentada a produção de sementes para categoria C1. Verifica-se que em 2008/2009 houve baixo registro de produção de sementes na categoria C1 para a maioria das espécies cultivadas, com exceção da produção para sementes de arroz, feijão, Panicum maximum, soja , soja GM, milho e milho GM. Esta última cultura respondendo por mais de 70% da produção, apresentando maior produção de milho em relação a milho GM. Houve também incremento da produção de soja GM em relação à soja. Entretanto, no período 2009/2010, com a introdução efetiva do milho GM houve forte incremento da produção em detrimento da produção de milho. Com relação a ambos os períodos a produção de soja e soja GM apresentaram aumento.

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Figura 7 – Produção de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para categoria C1, no Estado de Goiás.

Na Figura 8 é apresentada a produção de sementes na Categoria C2. Em 2008/2009 houve baixa produção de sementes na categoria C2 para a maioria das espécies cultivadas, com exceção da produção de sementes de arroz, feijão, soja e soja GM. Esta última cultura respondendo por mais de 95% da produção, apresentando aumento da área de soja GM em relação a área de soja. Da mesma forma, no ano 2009/2010 a produção de campos inscritos de sementes ficou restrita às mesmas espécies, com forte incremento na produção de soja GM em relação à soja, sendo que para soja também houve incremento. Em feijão, observou-se aumento da produção, sendo que para arroz não houve produção.

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Figura 8 – Produção de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para categoria C2, no Estado de Goiás.

Na Figura 9 é apresentada a produção de sementes na categoria S1. Observa-se que para esta categoria há registro de produção de sementes de forrageiras, porém com pouca expressividade. Consta-se que em 2008/2009, houve produção de sementes na categoria S1 para a maioria das espécies cultivadas, porém com ênfase maior para produção de sementes de feijão, milho, milho GM, soja e soja GM, sendo que a produção de milho foi bastante expressiva em relação ao milho GM. Da mesma forma a produção de soja GM foi bem maior se comparada com a soja. Com relação ao ano 2009/2010, a produção para esta categoria ficou restrita às mesmas espécies, com forte incremento na produção de soja GM em relação à soja, sendo que o milho GM também teve incremento com relação ao

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25 milho. Pela elevada produção de sementes S1 infere-se que será uma categoria a qual poderá ser utilizada pelos agricultores com a finalidade de produzir grãos.

Figura 9 – Produção de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para categoria S1, no Estado de Goiás.

Na Figura 10 é apresentada a produção de sementes categoria S2. Consta-se que nesta categoria, em 2008/2009, ocorreu registro de produção de Consta-sementes de espécies forrageiras, tendo inclusive uma expressividade para Brachiaria brizantha e Panicum maximum. Neste mesmo período, houve produção de sementes na categoria S2 para a maioria das espécies cultivadas, porém com ênfase maior para produção, além das culturas já mencionadas, de sementes de soja e soja GM, sendo que a produção de soja GM teve um incremento maior com relação à soja. No ano 2009/2010, a produção desta categoria ficou restrita às mesmas espécies, com forte aumento da produção de soja GM em relação à da soja. Todavia houve decréscimo da produção para arroz, Brachiaria brizantha,

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26 Brachiaria ruziziensis, feijão, milho e Panicum maximum e acréscimo da produção para Brachiaria humidicola e milho GM, não apresentando grande variação para as demais culturas. Pela produção de sementes S2 infere-se que esta também é uma categoria a qual poderá ser utilizada pelos agricultores com a finalidade de produzir grãos.

Figura 10 – Produção de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 para categoria S2, no Estado de Goiás.

A seguir, as Figuras 11, 12, 13, 14 e 15 apresentam os dados de comercialização de acordo com as categorias nos anos agrícolas de 2008/09 e 2009/10.

Na Figura 11 é apresentada a comercialização das sementes certificadas categoria básica em Goiás e em outras unidades. Observa-se que em 2008/2009 não houve registro de comercialização de sementes na categoria básica para a maioria das cultivares, com exceção para a comercialização de arroz, soja e soja GM. Com relação à soja houve maior comercialização em Goiás de que para outros estados e para soja GM ocorreu o inverso, havendo comercialização maior para

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27 outros estados. No ano 2009/2010, a comercialização de sementes para esta categoria ficou restrita às mesmas espécies, sendo que a comercialização da soja continuou maior dentro do estado. Com a soja GM diferentemente do período anterior houve maior comercialização dentro da unidade da Federação. Em arroz, o registro de comercialização foi pouco expressivo para ambos os períodos.

Figura 11 – Comercialização de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 em Goiás e para outras unidades da Federação para Categoria Básica, no Estado de Goiás.

Na Figura 12 é apresentada a comercialização das sementes certificadas categoria C1 em Goiás e em outras unidades. Observa-se que em 2008/2009 houve registro de comercialização de sementes na categoria C1 para várias cultivares, com expressão maior para comercialização de sementes de milho, milho GM, soja e soja GM. Para milho e milho GM a comercialização foi bem mais expressiva para outras unidades da federação de que para Goiás. Para soja e soja GM a comercialização foi maior dentro do estado com uma expressividade para a soja GM. No período 2009/2010, a comercialização tanto de milho como milho GM continuou sendo maior para outras unidades da federação enquanto que para soja e soja GM ocorreu o

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28 contrário, ou seja, a comercialização com uma quantidade de sementes mais elevada foi maior dentro do Estado de Goiás.

Figura 12 – Comercialização de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 em Goiás e para outras unidades da Federação para Categoria C1, no Estado de Goiás.

Na Figura 13 é apresentada a comercialização das sementes certificadas categoria C2 na unidade da federação e em outras unidades. Observa-se que em 2008/2009 houve baixo registro da comercialização de sementes na categoria C2, com exceção para comercialização de sementes de arroz, soja e soja GM. Em relação a última cultura, a comercialização interna e externa não mostrou grande variação, ressaltando que para soja GM a comercialização de sementes foi mais expressiva dentro do Estado de Goiás. No período 2009/2010, a comercialização interna de soja foi superior a comercialização externa, sendo que para soja GM esta comercialização interna foi muito superior à comercialização externa. Neste mesmo período, verifica-se que o houve comercialização de feijão.

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Figura 13 – Comercialização de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 em Goiás e para outras unidades da Federação para Categoria C2, no Estado de Goiás.

Na Figura 14 é apresentada a comercialização das sementes Categoria S1, em Goiás e em outras unidades. Observa-se que, em 2008/2009, houve pouco registro da comercialização de sementes na categoria S1 para maioria das culturas, com exceção para comercialização de sementes de milho, milho GM, soja e soja GM. Para milho houve comercialização externa mais acentuada que interna, com quantidade mais elevada de milho convencional. Para soja, a comercialização interna também foi superior a externa com expressiva comercialização de soja GM. No período 2009/2010, a comercialização interna de soja foi menor que a comercialização externa, porém, para soja GM a comercialização em Goiás foi muito superior à comercialização para outras unidades da federação.

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Figura 14 – Comercialização de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 em Goiás e para outras unidades da Federação para Categoria S1, no Estado de Goiás.

Na Figura 15 é apresentada a comercialização das sementes Categoria S2 em Goiás e em outras unidades. Observa-se que, em 2008/2009, houve registro da comercialização de sementes na categoria S2 para maioria das culturas, com expressão para comercialização de sementes de Brachiaria brizantha, Panicum maximum, soja e soja GM. Ocorreu elevada comercialização externa para Brachiaria brizantha e alta comercialização interna para soja GM. Tanto Panicum maximum quanto soja foram comercializadas proporcionalmente dentro do Estado de Goiás e para outras unidades da federação, com ênfase no volume de soja, o qual foi muito superior se comparado ao volume de Panicum maximum. No período 2009/2010, a comercialização de Brachiaria brizantha e Brachiria humidicola foi mais expressiva em Goiás. Para Panicum maximum e soja a comercialização interna e externa

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31 praticamente esteve no mesmo patamar. Para soja GM, a quantidade comercializada dentro do Estado de Goiás foi muito superior a comercialização externa, de tal forma, que a comercialização interna de soja GM foi superior a 65% do total de sementes comercializadas internamente.

Figura 15 – Comercialização de sementes no ano agrícola 2008/09 e 2009/10 em Goiás e para outras unidades da Federação para Categoria S2, no Estado de Goiás.

A seguir, a Figura 16 descreve o número de campos inscritos e aprovados nos anos agrícolas 2008/09 e 2009/10 para as categorias: Básica, C1, C2, S1 e S2.

Nesta figura, é apresentado o número de campos inscritos e aprovados nos agrícolas 2008/09 e 2009/10 para as categorias Básica, C1, C2, S1 e S2. Ao avaliar a evolução do período 2008/09 para 2009/10, verifica-se que houve decréscimo do número de campos para semente básica, acréscimo do número de campos para semente certificada C1. Para semente certificada C2 a quantidade de campos não variou expressivamente entre período 2008/09 e 2009/10. Houve acréscimo da quantidade de campos para categoria S1 e decréscimo para categoria S2. Nota-se que a quantidade de campos para categorias S1 e S2 é superior às demais categorias.

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Figura 16 – Número de Campos inscritos e aprovados nos anos agrícolas 2008/09 e 2009/10 para as categorias: Básica, C1, C2, S1 e S2, no Estado de Goiás.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar da presença de algumas culturas, por exemplo, arroz e feijão, as áreas inscritas e aprovadas de sementes, tanto no período 2008/09 quanto no período 2009/10 continuam sendo muito maior para o complexo milho e soja, principalmente às categorias certificadas (básica, C1 e C2). Estas duas culturas apresentam maior tecnificação, com respostas mais rápidas, e, portanto, uma melhor manutenção do sistema como um todo. De modo contrário, mesmo já ocorrendo certificação em quantidade reduzida para as categorias básicas, C1 e C2, a maior quantidade de áreas com sementes de espécies forrageiras é predominante nas categorias S2 e S1, mostrando que o setor forrageiro ainda tem muito a se desenvolver.

Tanto a comercialização como a produção são etapas diretamente relacionadas à demanda, portanto, apesar da produção de sementes das mais diferentes culturas, com ênfase inclusive para arroz, feijão e forrageiras, a produção do Estado de Goiás nos períodos 2008/09 e 2009/10 foram voltadas expressivamente para o complexo milho-soja de forma a atender comercialmente tanto o mercado interno como externo.

Em Goiás, a cadeia de certificação está adequadamente estruturada, pois tem todos os elos do sistema, ou seja, certificadoras, laboratórios, produtores, armazéns etc., em quantidade considerável, de forma que a demanda pelo serviços de certificação, de acordo com o questionamento às certificadoras, está aquém de suas capacidades.

Há necessidade, porém, para que estas certificadoras possam ter maior desenvolvimento e assim também tenham condições de oferecer produtos e serviços de melhor qualidade, de maior relacionamento entre os obtentores e as certificadoras. Segundo questionamento feito às próprias certificadoras há uma política dos obtentores repassarem pouco material para as certificadoras e que geralmente o material repassado é de categoria inferior (C2). Da mesma forma, há também necessidade de maior interação entre as entidades certificadoras, de forma a aprimorar a organização.

É preciso de um melhor entrosamento entre MAPA e entidades certificadoras, visto que devido a uma não informatização do sistema de certificação

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34 como um todo, muitos dados não são repassados para o Ministério da Agricultura, principalmente a respeito da comercialização destas sementes.

Uma fiscalização mais intensa dos produtores de grãos poderia contribuir para aumentar a taxa de uso de sementes certificadas e assim alavancar a cadeia produtiva, incentivar a pesquisa e incrementar a quantidade de materiais com características cada vez melhores.

Um aspecto relevante refere-se à importância do marketing sobre os benefícios da certificação, para que o produtor tenha consciência de que a semente certificada é sinônimo de produto com melhor qualidade e garantia. Mesmo assim, de acordo com as próprias empresas, há um crescimento dessa mentalidade no mercado.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, J.C. de. A lei de proteção de cultivares – análise de sua formação e conteúdo. Brasília, DF, 1998.

AGRODEFESA. Legislação Sanitária Vegetal, 2.ed., Goiânia, GO, 2009.

BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Produção Agropecuária. Coordenadoria de Sementes e Mudas. Legislação da Inspeção e Fiscalização da Produção e do Comércio de Sementes e Mudas. 3.ed., Brasília, 1981.

MAPA/SAGRIA-GO. Normas técnicas de produção de sementes básica, sementes certificadas e sementes fiscalizadas, Goiânia, GO, 1987.

MAPA/SAGRIA/GO. Normas técnicas de produção de sementes e mudas para o Estado de Goiás, Goiânia, GO, 1993.

MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – RENASEM. Registro

Nacional de Sementes e Mudas. Disponível em:

http://www.agricultura.gov.br/vegetal/registros-autorizacoes. Acesso em: 02 de Setembro de 2011.

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http://sistemasweb.agricultura.gov.br/renasem/. Acesso em: 02 de Setembro de 2011.

REVISTA PLANTIO DIRETO, ed.96, Passo Fundo: Editora Aldeia Norte, 2006.

SANTOS, M.C.S.; GAMBELLI, L.A.; BOSCARDIN, J.R.; ALMEIDA, T. de C.A. Empresa de sementes no Brasil: aspectos jurídicos e técnicos. 3.ed., Brasília: ABRASEM, 1985. 510p.

SEPLAN. SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DO ESTADO DE GOIÁS. Disponível em: http://www.seplan.go.gov.br/sepin/viewcad.asp?id_cad=4415&id_not=2. Acesso em: 02 de Setembro de 2011.

SISTEMA NACIONAL DE SEMENTES E MUDAS, Lei Federal 10711 de 05 de

Agosto de 2003. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.711.htm. Acesso em: 02 de setembro de 2011.

SISTEMA NACIONAL DE SEMENTES E MUDAS, Decreto Federal 5153 de 23 de Julho de 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5153.htm#anexo. Acesso em: 02 de Setembro de 2011.

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QUESTIONAMENTO ÀS EMPRESAS

Qual a diferencial que as certificadoras apresentam umas das outras? Quanto e como e cobrado para se fazer a certificação?

Questionadas sobre quais materiais são certificados por elas? Questionadas se certificam para outros estados?

Quanto ao maiores entraves que a empresa acredita existir para se ter uma boa certificação?

Quais a expectativas da empresa certificadora com relação ao mercado de semente?

Referências

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