A Hist
A Hist
ó
ó
ria do
ria do
Pensamento Econômico
Pensamento Econômico
e a Ciência Econômica
e a Ciência Econômica
Prof. Dr. Jos
Prof. Dr. Jos
é
é
Luis
Luis
Oreiro
Oreiro
Departamento de Economia
Departamento de Economia
–
–
UNB
UNB
Pesquisador do CNPq.
Pontos em Debate
Pontos em Debate
Por que estudar a hist
Por que estudar a hist
ó
ó
ria do pensamento
ria do pensamento
econômico?
econômico?
Os dois modelos de ciência:
Os dois modelos de ciência:
soft
soft
science
science
e
e
hard
hard
science
science
.
.
Diferen
Diferen
ç
ç
as metodol
as metodol
ó
ó
gicas entre a
gicas entre a
“
“
economia
economia
”
”
e
e
a
A No
A No
ç
ç
ão de Hist
ão de Hist
ó
ó
ria do Pensamento
ria do Pensamento
A ciência econômica se organiza como um sistema complexo de regiões de A ciência econômica se organiza como um sistema complexo de regiões de
conhecimento (macroeconomia,
conhecimento (macroeconomia, microeconomiamicroeconomia, crescimento econômico, , crescimento econômico, economia industrial,
economia industrial, etcetc) a partir de um n) a partir de um núúcleo tecleo teóórico que lhe garante a rico que lhe garante a consistência, a finalidade, o sentido geral e a hierarquia de es
consistência, a finalidade, o sentido geral e a hierarquia de estruturatruturaçção. ão.
O núO núcleo central cleo central éé definido como o conjunto de proposidefinido como o conjunto de proposições rigorosas que ções rigorosas que
entram direta ou indiretamente na forma
entram direta ou indiretamente na formaçção de todas as proposião de todas as proposiçções ões pertinentes as regiões de conhecimento da ciência econômica.
pertinentes as regiões de conhecimento da ciência econômica.
A teoria do valor e da distribuiçA teoria do valor e da distribuição de renda éão de renda é o núo núcleo. cleo.
Esse sistema de regiões não Esse sistema de regiões não éé estestáático, mas evolui ao longo do tempo: novas tico, mas evolui ao longo do tempo: novas
regiões são inclu
regiões são incluíídas e eventualmente certas regiões podem ser canceladas. das e eventualmente certas regiões podem ser canceladas.
Eventualmente, o núEventualmente, o núcleo central da ciência econômica cleo central da ciência econômica éé questionado pelos questionado pelos
economistas em razão do ac
economistas em razão do acúúmulo de mulo de ““questões não respondidasquestões não respondidas”” pelo pelo mesmo.
mesmo.
Nesse momento ocorrem as “Nesse momento ocorrem as “mudançmudanças paradigmas paradigmááticas”ticas” na ciência na ciência
econômica, as quais são denominadas de
econômica, as quais são denominadas de ““RevoluçRevoluções”ões”. .
Ao longo da históAo longo da história da ciência econômica podemos identificar ao menos ria da ciência econômica podemos identificar ao menos
duas mudan
duas mudançças de paradigma: a as de paradigma: a ““RevoluçRevolução ão marginalista”marginalista”, ocorrida por , ocorrida por volta de 1870, e a
Car
Car
á
á
ter hist
ter hist
ó
ó
rico da ciência
rico da ciência
O objeto da ciência econômica
O objeto da ciência econômica
é
é
el
el
á
á
stico, tanto na sua
stico, tanto na sua
abrangência, como na sua estrutura interna.
abrangência, como na sua estrutura interna.
A hist
A hist
ó
ó
ria do pensamento econômico tem por objetivo
ria do pensamento econômico tem por objetivo
responder as seguintes questões:
responder as seguintes questões:
Quais os problemas que se colocam para o desenvolvimento
Quais os problemas que se colocam para o desenvolvimento
da ciência e quais as formas de elucid
da ciência e quais as formas de elucid
á
á
-
-
los?
los?
Que exigências levaram
Que exigências levaram
à
à
inclusão desta ou daquela região em
inclusão desta ou daquela região em
particular?
particular?
Que desenvolvimento l
Que desenvolvimento l
ógico
ó
gico-
-te
teó
ó
rico culminou na invenç
rico culminou na inven
ção
ão
deste ou daquele conceito?
deste ou daquele conceito?
“
“
Dinamismo Imperialista
Dinamismo Imperialista
”
”
As mudan
As mudan
ç
ç
as que ocorrem na abrangência da ciência
as que ocorrem na abrangência da ciência
econômica, aquilo que
econômica, aquilo que
Tolipan
Tolipan
denominava de
denominava de
“
“
dinamismo imperialista
dinamismo imperialista
”
”
da ciência econômica, são
da ciência econômica, são
motivadas por dois tipos de impulsos:
motivadas por dois tipos de impulsos:
Vontade de integrar a objeto de estudo da ciência econômica,
Vontade de integrar a objeto de estudo da ciência econômica,
regiões do conhecimento j
regiões do conhecimento j
á
á
dadas, mas ainda mal definidas
dadas, mas ainda mal definidas
do ponto de vista cient
do ponto de vista cient
í
í
fico ou mal integradas ao corpo de
fico ou mal integradas ao corpo de
outra ciência.
outra ciência.
Um exemplo recente desse tipo de dinamismo Um exemplo recente desse tipo de dinamismo éé a a ““teoria da escolha teoria da escolha
p
púúblicablica”” que integrou ao campo da ciência econômica a anque integrou ao campo da ciência econômica a anáálise dos lise dos processos de tomada de decisão no meio pol
“
“
Dinamismo Imperialista
Dinamismo Imperialista
”
”
O segundo elemento que impulsiona o
O segundo elemento que impulsiona o
“
“
dinamismo imperialista
dinamismo imperialista
”
”
da ciência econômica
da ciência econômica
é
é
o
o
“
“
vigor imaginativo
vigor imaginativo
”
”
do seu n
do seu n
ú
ú
cleo central.
cleo central.
A ciência econômica pode criar novas regiões do
A ciência econômica pode criar novas regiões do
saber a partir da
saber a partir da
problematiza
problematiza
ç
ç
ão
ão
do seu objeto,
do seu objeto,
pondo
pondo
-
-
se novas questões ou re
se novas questões ou re
-
-
orientando questões
orientando questões
antigas.
antigas.
Esse est
Esse est
í
í
mulo depende criticamente do grau no
mulo depende criticamente do grau no
qual os cientistas não acreditam em sua ciência
qual os cientistas não acreditam em sua ciência
como forma de produ
Ciência : resultado ou processo?
Ciência : resultado ou processo?
Nietzche
Nietzche
: o discurso cient
: o discurso cient
í
í
fico
fico
é
é
um ramo da explica
um ramo da explica
ç
ç
ão teol
ão teol
ó
ó
gica do
gica do
mundo, um discurso que se exprime como resultado e não como
mundo, um discurso que se exprime como resultado e não como
processo.
processo.
Os cientistas em geral (e os economistas em particular) possuem
Os cientistas em geral (e os economistas em particular) possuem
pouca liberdade cr
pouca liberdade cr
í
í
tica com respeito ao que
tica com respeito ao que
é
é
encarado como dogma
encarado como dogma
te
te
ó
ó
rico de sua pr
rico de sua pr
ó
ó
pria ciência.
pria ciência.
Nesse contexto, o passado da ciência passa a ser visto apenas co
Nesse contexto, o passado da ciência passa a ser visto apenas co
mo um
mo um
momento imperfeito do presente. Passa a imperar a id
momento imperfeito do presente. Passa a imperar a id
é
é
ia de acumulo de
ia de acumulo de
conhecimento e de progresso cont
conhecimento e de progresso cont
í
í
nuo na dire
nuo na dire
ç
ç
ão do conhecimento
ão do conhecimento
presente.
presente.
Segundo essa acep
Segundo essa acep
ç
ç
ão, a
ão, a
Hist
Hist
ó
ó
ria do Pensamento Econômico
ria do Pensamento Econômico
é
é
um relato de
um relato de
como os erros foram gradativamente sendo superados por um conjun
como os erros foram gradativamente sendo superados por um conjun
to
to
de intui
de intui
ç
ç
ões geniais, constituindo
ões geniais, constituindo
-
-
se assim a verdade do pensamento
se assim a verdade do pensamento
cient
cient
í
í
fico.
fico.
Na sua fun
Na sua fun
ç
ç
ão de
ão de
“
“
mem
mem
ó
ó
ria dos erros do passado
ria dos erros do passado
”
”
a HPE ser
a HPE ser
á
á
tão
tão
mais perfeita quanto mais complexa e exaustiva for a mesma.
mais perfeita quanto mais complexa e exaustiva for a mesma.
Dessa forma, a HPE dever
Dessa forma, a HPE dever
á
á
atingir um conte
atingir um conte
ú
ú
do enciclop
do enciclop
é
é
dico para
dico para
coroar a sua missão.
HPE e
HPE e
“
“
arqueologia econômica
arqueologia econômica
”
”
Como deveria ser a HPE num contexto diferente
Como deveria ser a HPE num contexto diferente
daquele em que ela se resume a um relato dos erros do
daquele em que ela se resume a um relato dos erros do
passado?
passado?
a HPE deve ser presidida por uma
a HPE deve ser presidida por uma
“
“
arqueologia econômica
arqueologia econômica
”,
”
,
a qual consiste em tomar os discursos econômicos fora de
a qual consiste em tomar os discursos econômicos fora de
sua
sua
“s
“
s
é
é
rie temporal
rie temporal
”, ou seja, devemos buscar a unidade
”
, ou seja, devemos buscar a unidade
tem
tem
á
á
tica que constitui a sua sé
tica que constitui a sua s
érie l
rie l
ó
ó
gica.
gica.
Em outras palavras, devemos usar a HPE para identificar os
Em outras palavras, devemos usar a HPE para identificar os
diversos n
diversos nú
úcleos te
cleos te
ó
ó
ricos que compõe o corpo de
ricos que compõe o corpo de
conhecimento da ciência econômica, de forma a apontar o
conhecimento da ciência econômica, de forma a apontar o
pluralismo te
Os dois modelos de ciência
Os dois modelos de ciência
O aprendizado da teoria econômica tem sido efetuado sob dois
O aprendizado da teoria econômica tem sido efetuado sob dois
modelos distintos:
modelos distintos:
HardHard sciencescience: o estudante deve se familiarizar de imediato com o est: o estudante deve se familiarizar de imediato com o estágio ágio
atual da teoria. atual da teoria.
SoftSoft sciencescience: o estudante deve se familiarizar com os clá: o estudante deve se familiarizar com os clássicos do passado, ssicos do passado,
ainda que em preju
ainda que em prejuíízo dos desdobramentos mais recentes da teoria. zo dos desdobramentos mais recentes da teoria.
Os dois modelos espelham concep
Os dois modelos espelham concep
ç
ç
ões distintas sobre a
ões distintas sobre a
evolu
evolu
ç
ç
ão da teoria econômica.
ão da teoria econômica.
Subjacente ao modelo de Subjacente ao modelo de hardhard sciencescience estestáá a ida idééia da fronteira do ia da fronteira do
conhecimento. O estudante não precisaria perder tempo com os cl
conhecimento. O estudante não precisaria perder tempo com os cláássicos ssicos porque todas as suas eventuais contribui
porque todas as suas eventuais contribuiçções jões jáá foram incorporadas ao foram incorporadas ao estado atual da teoria,
estado atual da teoria,
Subjacente ao modelo de Subjacente ao modelo de softsoft sciencescience estáestá a idéa idéia de um conhecimento ia de um conhecimento
disperso historicamente, de tal forma que o estudante deveria se
disperso historicamente, de tal forma que o estudante deveria se dedicar dedicar aos cl
aos cláássicos porque precisaria trilhar por conta próssicos porque precisaria trilhar por conta própria as matrizes pria as matrizes fundamentais da teoria.
A fronteira do conhecimento
A fronteira do conhecimento
Essa no
Essa no
ç
ç
ão vem das ciências exatas (F
ão vem das ciências exatas (F
í
í
sica).
sica).
Neste campo, as contribuiç
Neste campo, as contribui
ções de relevo do passado se
ões de relevo do passado se
acham incorporadas ao estado atual da ciência, o resto
acham incorporadas ao estado atual da ciência, o resto
consiste em concep
consiste em concepç
ções errôneas do passado que podem ser
ões errôneas do passado que podem ser
ignoradas sem grande perda do ponto de vista do avan
ignoradas sem grande perda do ponto de vista do avanç
ço da
o da
ciência.
ciência.
O aprendizado se d
O aprendizado se d
á
á
com base em livros
com base em livros
-
-
texto.
texto.
Nessa concep
Nessa concep
ç
ç
ão de ciência, a hist
ão de ciência, a hist
ó
ó
ria do pensamento
ria do pensamento
econômico se resume a uma historiografia dos erros e
econômico se resume a uma historiografia dos erros e
das antecipa
das antecipaç
ç
ões dos economistas.
ões dos economistas.
Erros quando a doutrina que se presumia verdadeira no
Erros quando a doutrina que se presumia verdadeira no
passado diverge daquela que integra o estado atual da teoria;
passado diverge daquela que integra o estado atual da teoria;
antecipa
O Modelo
O Modelo
Hard
Hard
Science
Science
Sendo de escasso interesse do ponto de vista do avan
Sendo de escasso interesse do ponto de vista do avan
ç
ç
o
o
da ciência, a hist
da ciência, a histó
ó
ria do pensamento econômico se
ria do pensamento econômico se
torna o t
torna o t
ó
ó
pico por excelência de economistas pouco
pico por excelência de economistas pouco
preparados para a tarefa de fazer avan
preparados para a tarefa de fazer avan
ç
ç
ar a ciência ou
ar a ciência ou
daqueles que, j
daqueles que, já
á
velhos e consagrados, se dedicam na
velhos e consagrados, se dedicam na
maturidade a t
maturidade a t
ó
ó
picos mais amenos.
picos mais amenos.
Elevada taxa de obsolescência intelectual no modelo
Elevada taxa de obsolescência intelectual no modelo
hard
hard
science
science
.
.
A ang
A ang
ú
ú
stia posta pela amea
stia posta pela amea
ç
ç
a constante de obsolescência
a constante de obsolescência
intelectual que motiva a ren
intelectual que motiva a renú
úncia ao esfor
ncia ao esforç
ço de perseguir uma
o de perseguir uma
fronteira sempre movente em prol de t
fronteira sempre movente em prol de t
ó
ó
picos mais seguros
picos mais seguros
como HPE.
O Modelo
O Modelo
Soft
Soft
Science
Science
Esse modelo desconhece a no
Esse modelo desconhece a no
ç
ç
ão de fronteira do conhecimento.
ão de fronteira do conhecimento.
Tem como pressupostos que as matrizes bá
Tem como pressupostos que as matrizes b
ásicas da teoria
sicas da teoria
econômica são de reconcilia
econômica são de reconcilia
ç
ç
ão problemá
ão problem
ática e são intraduz
tica e são intraduz
í
í
veis
veis
em seu vigor original.
em seu vigor original.
Pressuposto da reconciliaçPressuposto da reconciliação problemáão problemática: as matrizes btica: as matrizes básicas da teoria ásicas da teoria
econômica, por estruturarem visões abrangentes do mundo econômic econômica, por estruturarem visões abrangentes do mundo econômico, o, dificilmente admitem fusões ou s
dificilmente admitem fusões ou síínteses. nteses.
Pressuposto da não-Pressuposto da não-traduçtradução: Éão: É impossíimpossível transcrever as matrizes bvel transcrever as matrizes báásicas sicas
sem uma perda b
sem uma perda báásica de entendimento. Por exemplo, não haveria melhor sica de entendimento. Por exemplo, não haveria melhor forma de entender a matriz marxista do que por interm
forma de entender a matriz marxista do que por intermédio da leitura do édio da leitura do
Capital Capital. .
O aprendizado da teoria econômica passa necessariamente pelo
O aprendizado da teoria econômica passa necessariamente pelo
estudo da
Cr
Cr
í
í
ticas ao modelo de
ticas ao modelo de
Hard
Hard
Science
Science
A no
A no
ç
ç
ão de fronteira do conhecimento pressupõe:
ão de fronteira do conhecimento pressupõe:
A idéA idéia de que a fronteira incorpora todas as verdades descobertas pelos ia de que a fronteira incorpora todas as verdades descobertas pelos
pesquisadores do passado. pesquisadores do passado.
O aprendizado dessa verdade, tal como representado nas versões mO aprendizado dessa verdade, tal como representado nas versões mais ais
recentes da teoria, prescinde por completo da referência a sua f
recentes da teoria, prescinde por completo da referência a sua formulaormulaçção ão original.
original.
A diferen
A diferen
ç
ç
a fundamental entre os dois modelos de ciência reside
a fundamental entre os dois modelos de ciência reside
no primeiro pressuposto:
no primeiro pressuposto:
O modelo O modelo softsoft sciencescience afirma que as matrizes teóafirma que as matrizes teóricas da economia são ricas da economia são
irreconcili
irreconciliááveis e não passveis e não passíveis de teste empíveis de teste empíírico conclusivo, os adeptos rico conclusivo, os adeptos do modelo
do modelo hardhard sciencescience sustentam que o estado presente da teoria jsustentam que o estado presente da teoria jáá incorpora o resultado verdadeiro dos embates te
incorpora o resultado verdadeiro dos embates teóóricos realizados no ricos realizados no passado.
Resolu
Resolu
ç
ç
ão das Controv
ão das Controv
é
é
rsias
rsias
A existência ou não de uma fronteira do conhecimento
A existência ou não de uma fronteira do conhecimento
depende do modo de resolu
depende do modo de resolu
ç
ç
ão das controv
ão das controv
é
é
rsias.
rsias.
Impl
Impl
í
í
cita na no
cita na no
ç
ç
ão de fronteira de pensamento est
ão de fronteira de pensamento est
á
á
a
a
no
noç
ção de
ão de
“supera
“
superaç
ção positiva
ão positiva
”
”
das controv
das controv
érsias.
é
rsias.
Por supera
Por supera
ç
ç
ão entende
ão entende
-
-
se que as controv
se que as controv
é
é
rsias terminam e
rsias terminam e
são percebidas como findas pelos seus participantes.
são percebidas como findas pelos seus participantes.
Por
Por
“supera
“
superaç
ção positiva
ão positiva
”
”
entende
entende
-se que a resolu
-
se que a resoluç
ç
ão das
ão das
controv
controv
é
é
rsias faz emergir a sua verdade e que esta verdade
rsias faz emergir a sua verdade e que esta verdade
á
á
aceita por todos os participantes da controv
aceita por todos os participantes da controv
é
é
rsia, sendo
rsia, sendo
incorporada ao estado atual da ciência.
A resolu
A resolu
ç
ç
ão das controv
ão das controv
é
é
rsias
rsias
A
A
“
“
supera
supera
ç
ç
ão positiva
ão positiva
”
”
é
é
a exce
a exce
ç
ç
ão, não a regra, na teoria
ão, não a regra, na teoria
econômica.
econômica.
Existem controvExistem controvérsias que são resolvidas apenas parcialmente, no sentido érsias que são resolvidas apenas parcialmente, no sentido
que sua resolu
que sua resolução não gerou respostas consensuais entre todos os ção não gerou respostas consensuais entre todos os participantes.
participantes.
Existem controvéExistem controvérsias que terminam por cansarsias que terminam por cansaçço ou desinteresse dos o ou desinteresse dos
participantes. participantes.
Algumas vezes a controvAlgumas vezes a controvéérsia termina sem gerar uma verdade inequírsia termina sem gerar uma verdade inequívoca. voca.
Outras controvéOutras controvérsias mudam de sentido quando resolvidas. rsias mudam de sentido quando resolvidas.
Por fim, doutrinas opostas convivem por períPor fim, doutrinas opostas convivem por períodos muito longos de odos muito longos de
tempo. tempo.
Conclusão: a clivagem entre o passado e o presente não se
Conclusão: a clivagem entre o passado e o presente não se
mantêm porque
mantêm porque é
é
impossí
imposs
í
vel assegurar que a verdade do passado
vel assegurar que a verdade do passado
tenha sido assimilada inteiramente ao presente.
Cr
Cr
í
í
ticas ao modelo
ticas ao modelo
Soft
Soft
Science
Science
O modelo
O modelo
soft
soft
science
science
dissolve a teoria na
dissolve a teoria na
hist
hist
ó
ó
ria
ria
do pensamento econômico
do pensamento econômico
Tal dissolu
Tal dissolu
ç
ç
ão faria sentido se o modo de resolu
ão faria sentido se o modo de resolu
ç
ç
ão
ão
das controv
das controv
é
é
rsias no passado tivesse sido sempre o
rsias no passado tivesse sido sempre o
da supera
da supera
ç
ç
ão negativa, no qual a vertente assimilada
ão negativa, no qual a vertente assimilada
de uma controv
de uma controv
érsia
é
rsia
é
é
a vertente errônea.
a vertente errônea.
Nesse caso, a reconstru
Nesse caso, a reconstru
ç
ç
ão da teoria deve ser
ão da teoria deve ser
empreendida pela exegese dos cl
Uma abordagem pragm
Uma abordagem pragm
á
á
tica
tica
“
“
O bom desenvolvimento da teoria econômica
O bom desenvolvimento da teoria econômica
deve ser feito simultaneamente nas duas frentes,
deve ser feito simultaneamente nas duas frentes,
familiarizando
familiarizando
-
-
se tanto com o estado atual da
se tanto com o estado atual da
ciência econômica quanto com os cl
ciência econômica quanto com os cl
á
á
ssicos, e
ssicos, e
tecendo a partir dos dois a trama da verdade
tecendo a partir dos dois a trama da verdade
”
”
(Arida, 2003, p.28).
(Arida, 2003, p.28).
A Economia e a Economia Pol
A Economia e a Economia Pol
í
í
tica
tica
As no
As no
ç
ç
ões de
ões de
“
“
economia
economia
”
”
e
e
“
“
economia pol
economia pol
í
í
tica
tica
”
”
envolvem duas
envolvem duas
abordagens te
abordagens te
ó
ó
ricas completamente diferentes para lidar com os
ricas completamente diferentes para lidar com os
problemas sociais e econômicos.
problemas sociais e econômicos.
Trata
Trata
-
-
se de nomes distintos para
se de nomes distintos para
“
“
n
n
ú
ú
cleos te
cleos te
ó
ó
ricos
ricos
”
”
diferentes da
diferentes da
ciência econômica.
ciência econômica.
O que
O que
é
é
“
“
Economia
Economia
”?
”
?
ÉÉ a ciência que trata da interaa ciência que trata da interaçção entre os indivão entre os indivííduos a qual se desenvolve duos a qual se desenvolve
nos mercados atrav
nos mercados através da confrontaés da confrontaçção das condição das condições de oferta e de ões de oferta e de demanda dos diversos bens e servi
demanda dos diversos bens e serviçços, as quais, por sua vez, são o os, as quais, por sua vez, são o resultado do comportamento
resultado do comportamento maximizadormaximizador dos indivídos indivíduos na forma de duos na forma de consumidores (maximiza
consumidores (maximizaçção de satisfação de satisfação) quer na forma de firmas ão) quer na forma de firmas (maximiza
(maximizaçção de lucros). ão de lucros).
Em princíEm princípio, os mercados coordenam as decisões dos agentes pio, os mercados coordenam as decisões dos agentes
econômicos de forma que o comportamento individual ir
econômicos de forma que o comportamento individual iráá resultar no resultar no bem
Economia Pol
Economia Pol
í
í
tica
tica
Defini
Defini
ç
ç
ão:
ão:
é
é
a ciência que trata do processo de
a ciência que trata do processo de
produ
produ
ç
ç
ão, o qual forma a base material da
ão, o qual forma a base material da
sociedade, com o objetivo de analisar as
sociedade, com o objetivo de analisar as
condi
condi
ç
ç
ões nas quais
ões nas quais
é
é
poss
poss
í
í
vel a gera
vel a gera
ç
ç
ão de um
ão de um
excedente sobre o custo de produ
excedente sobre o custo de produ
ç
ç
ão, o qual
ão, o qual
possibilita a constru
possibilita a constru
ç
ç
ão de uma super
ão de uma super
-
-
estrutura
estrutura
institucional, composta por institui
institucional, composta por institui
ç
ç
ões pol
ões pol
í
í
ticas,
ticas,
legais e sociais.
legais e sociais.