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TÍTULO: O ENSINO DA ARTE POR MEIO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS: CHROMA KEY E ARTE

ACADÊMICA EUROPEIA

CATEGORIA: CONCLUÍDO

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

SUBÁREA: Artes Visuais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO-BRASILEIRO - UNIÍTALO

AUTOR(ES): RENATA RUSSO STERCHELE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO LICENCIATURA EM ARTES

RENATA RUSSO STERCHELE

O ENSINO DA ARTE POR MEIO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS CHROMA KEY E ARTE ACADÊMICA EUROPEIA

São Paulo 2019

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RENATA RUSSO STERCHELE

O ENSINO DA ARTE POR MEIO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS

Chroma key e Arte Acadêmica Europeia

Artigo apresentado em 2019, pelo Curso de Licenciatura em Artes Visuais do Centro Universitário Ítalo-Brasileiro – UNIÍTALO

Orientadora: Profa. Me. Thays Haek

São Paulo 2019

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O ENSINO DA ARTE POR MEIO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS: Chroma key e Arte Acadêmica Europeia

Renata Russo Sterchele1

RESUMO

Todo o ensino é uma responsabilidade. Cabe ao professor a

seriedade de promover, da melhor forma que puder, os recursos

necessários para o aluno se desenvolver e entender seu papel como

cidadão. Tendo como base os Parâmetros Curriculares, a Base

Nacional Comum Curricular e a Metodologia Triangular do Ensino

das Artes Plásticas, esquematizada por Ana Mae Barbosa, esta

pesquisa consiste na análise da atividade híbrida realizada por meio

de um estudo de caso. O mote foi a percepção de obstáculos, não só

nas rotinas das aulas de Artes enquanto ao tempo disponibilizado,

mas a forma com que matérias que, segundo observações, mais

difíceis de acessar os alunos, são ensinadas. É possível, utilizar a

tecnologia como recurso didático como forma de transpassar estes

obstáculos? A pergunta que este documento pretende discutir e, se

possível, responder, com a investigação do uso do método do

Choma Key nas aulas de Arte Acadêmica.

Palavras-chave: Tecnologia. Ensino. Arte. Chroma Key. Arte

Acadêmica.

1Renata Russo Sterchele 25 anos, artista e educadora. Formada como Bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes, pesquisadora sobre metodologias híbridas entre Artes e Tecnologia Criativa. Parte da equipe de Tecnologia Educacional da Fundação Visconde de Porto Seguro. (nena.russo@hotmail.com)

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1 Introdução

O start acontece pela observação de uma certa dificuldade na relação

aluno-obras de arte, até mesmo por conta do próprio contexto histórico e características

rígidas dos movimentos. As aulas sobre Academicismo, segundo Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) em Artes, acontecem no 8º ano do Ensino Fundamental II. Alunos entre 13 e 14 anos, no início da adolescência, que muitas vezes não entendem o por que estão na escola, por que se estuda História nas aulas de Artes, ou por que estão estudando matérias que acreditam não serem úteis em seus futuros. Este é o perfil dos alunos do estudo de caso que será apresentado neste documento. E mesmo que o nome da escola não seja divulgado, por questões autorização da mesma, o importante é ter em mente o perfil dos alunos: 13 a 14 anos, baixa renda, moradores de comunidades da Zona Sul de São Paulo - SP.

2 Rotina e as aulas de Artes

As questões apresentadas a partir deste ponto devem ser interpretadas como resultado de observações e experiências dentro das salas de aula, e não opinião. As aulas de Artes costumam ter uma rotina: os alunos chegam na sala; sentam em seus lugares; começa apresentação do tema; a matéria é normalmente exposta no PowerPoint ou vídeos; a proposta é explicada; alguns minutos de prática plástica; finalização da aula; materiais são guardados e fim dos 45 minutos. Na semana seguinte uma breve retomada do tema; alguns minutos de exercícios plásticos; materiais são guardados e fim dos 45 minutos. Especificamente nas aulas sobre Arte Acadêmica Europeia, em que é necessário a apresentação de mais conteúdo teórico, os alunos sentem-se estagnados, cansados e desmotivados, mesmo que o tema pareça interessante para alguns deles.

Apesar de ser um momento de extrema importância para a História, Política e Filosofia, por si já tem como definição a inflexibilidade e regras rígidas. Tudo aquilo que, em certos casos, os alunos não suportam, chegando a projetar

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inconscientemente os sentimentos de estagnação na matéria, aulas e professores.

2.1 Arte Acadêmica Europeia e contexto rígido

Embora o Academicismo, século XVI até o XIX seja formado por mais movimentos, o nosso estudo de caso, tem como principais o Neoclassicismo, Romantismo e Realismo. O termo ligado às academias e à Arte, consiste - desde a criação da Academia de Desenho de Florença em 1339 – na formação artística padronizada. Disseminada por vários países, baseadas no ensino prático, principalmente em aulas de desenho de observação, cópia ou mimese e moldes. As aulas e exercícios baseavam-se rigorosamente nas teorias

geométricas da anatomia, perspectiva, e das humanidades – história e filosofia.

É importante frisar que a principal importância da criação de Academias de Artes foi o rompimento entre a visão da arte como artesanato, conforme afirma H. J. Janson no livro História da Arte, alterando o status do artista não mais para artesão das guildas, mas para teóricos intelectuais, essa mudança é o início daquilo que temos na contemporaneidade. No entanto, tal rigidez da época fez com que as instituições abandonassem a ideia de talento, aquele movido pela inspiração divina ou pela intuição, a prática é quem leva à perfeição. E além de tudo isso, as academias ainda ficaram responsáveis pela organização de exposições, concursos, prêmios, pinacotecas e coleções, o que significa o controle da atividade artística e a fixação rígida de padrões de gosto.

3 O Estudo de Caso

Figura 1 Jacques Louis David. Retrato Equestre de Bonaparte no Monte Saint-Bernard, 1801. Pintura à óleo, 2,61m por 2,21m

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Bate o sinal; a turma entra e senta nos bancos, apagam-se as luzes e assim começa a matéria. São cerca de 40 alunos por turma, sendo três turmas ao total em horários e dias diferentes.

Interessante vê-los reagindo desanimadamente, com um ar de “de novo Power Point”, como se fosse uma extensão da aula anterior. A matéria não parece impressiona-los, alguns encaram o nada como se pensassem em qualquer coisa menos no que estava sendo demostrado. Outros encaram fixamente os slides, mas com o olhar vazio de quem está presente apenas de corpo, conformados. De uma forma muito resumida, foram explicadas as seguintes informações:

Neoclassicismo: movimento cultural do século XVIII e parte do XIX que defende a retomada da arte antiga, considerada como modelo de equilíbrio, clareza e proporção, especialmente a greco-romana. Opondo-se aos estilos imediatamente anteriores, barroco e seus exageros, e o rococó e suas sutilezas e detalhes ornamentais, o movimento defende a técnica e a necessidade de projetos, planejamentos, seja na pintura, escultura ou arquitetura. Diferente da atmosfera romântica, imaginativa e genialidade individual.

A arte deveria ser constituída de regras, validadas pelas academias, carregada pela retomada do valor heroico e padrões decorativos da Grécia e Roma. No entanto, diferente da Grécia antiga, no contexto histórico, a Revolução Francesa e a filosofia Iluminista acontecem, na retomada do modelo clássico é aderido então o sentido ético e moral, associando-se às alterações na visão do mundo social, flagrantes na vida cotidiana, na simplificação dos padrões decorativos e na forma descontraída dos trajes.

A busca de um ideal estético da Antiguidade vem acompanhada da retomada de ideais de justiça e civismo. Pode-se encontrar nas obras, heróis e seres da

Figura 2 Jacques-Louis, Madame Réamier, 1800. Pintura à óleo, 1,74 m por 2,24 m.

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mitologia; influências do Iluminismo, principalmente da estética ligada à razão; ao mesmo tempo cores frias, perspectiva e simplicidade. Nas esculturas, formas voltadas ao clássico do Renascimento, brancas, natural do mármore como os escultures greco-romanos.

Romantismo: faz referência a uma visão de mundo mais ampla e que se dissemina entre o século XVIII até XIX. Essa visão de mundo torna-se uma ruptura com a até então visão neoclássica de racionalidade, ordem, equilíbrio e a objetividade, enquanto o romântico apela às paixões, às desmedidas e ao subjetivismo.

Em relação ao contexto histórico, ambos os movimentos – clássico e romântico – são teorizados entre a metade do século XVIII e XIX. As contradições motivadas pelas revoluções Industrial e Francesa que reverberam na redefinição das classes sociais - nobreza, burguesia em ascensão, campesinato e operariado nascente – no entanto, enquanto o neoclassicismo coincide com a Revolução Francesa e o império napoleônico, enquanto o romantismo aparece mais ligado à ascensão da burguesia e aos movimentos de independência nacional.

Realismo: enquanto acontecia o embate entre qual seria a força dominante da Arte na primeira metade do século XIX, neoclássica, romântica ou realística, aos poucos o Realismo delineava sua dominância na segunda metade do século.

A industrialização e o aprendizado do conhecimento científico e técnico, deu a ideia

ao homem europeu de que precisava ser realista, deixando de lado visões subjetivas e emotivas da realidade.

Mesmo que o realismo sempre tenha feito parte da arte ocidental, durante a Renascença os artistas superaram limitações técnicas da época e Figura 3 Gustave Courbet, O trigo Sifters, 1854. Pintura à óleo 1,31 m por 1,67 m

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representavam a natureza com qualidade quase que fotográfica. No entanto, mesmo que o “novo” Realismo insistisse, como anteriormente, na mimese sem alterações, os temas eram diferentes e eram pintadas como eram vistas, não como idealizadas.

Os artistas limitavam-se aos fatos do mundo moderno, que estivessem presentes, diferente das pinturas neoclássicas e românticas. Apenas pintavam aquilo que experimentavam pessoalmente, aquilo que podiam ver ou tocar. Então deuses e heróis foram substituídos por camponeses e classe trabalhadora urbana. Havia uma sensação de sobriedade silenciosa, tendo como características principais o cientificismo, valorização do objeto, o sóbrio e minucioso, a expressão da realidade e dos aspectos descritivos.

2No fim da explicação, regada de imagens dos artistas icônicos de cada

movimento, a luz da sala é acesa, os alunos parecem começar a acordar e então começa explicação da proposta:

1. Cada aluno escolhe uma das imagens de obras icônicas, a que preferir;

2. Precisam pesquisar pelo celular, ou computador do professor, um pouco sobre o contexto histórico, movimento da imagem escolhida, obra e artista;

3. Tendo entendido os contextos todos, o aluno precisa fazer um projeto, pensado em como participar da obra, de forma a manter o contexto pesquisado, e ao mesmo tempo criar sua própria composição;

4. Quando pronto o projeto, o aluno precisa baixar o aplicativo ChromaVid ou ChromaLab, no caso de androides, ou KeyNote para IOS e procurar a imagem da obra pesquisada para também ter no celular – aquele que não tiver ou não puder faz junto com um amigo;

2Fonte: Google Play

(https://play.google.com/store/apps/details?id=com.appsformobs.chromavid&hl=pt_BR)

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5. Feito isso, o aluno escolhe um fundo liso de parede de acordo com as cores de fundo estipuladas pelo aplicativo, no caso do ChromaVid podem ser fundos verdes, azuis, amarelos ou vermelhos;

6. Adiciona-se a imagem da obra escolhida como plano de fundo;

7. Um dos alunos fica posicionado e posa segundo o projeto, fazendo sentido com o contexto da imagem;

8. O colega fotografa, e depois invertem-se os papeis;

9. Caso queiram, é possível a intervenção por recorte e colagem no papel, misturando também com desenhos;

É importante a explicação sobre o motivo da aula ter tal formato. A explicação baseia-se na tentativa da quebra da rigidez do

movimento. A utilização do celular como recurso para pesquisa – tendo em mente que quase 100% dos alunos possuem celulares - e do aplicativo tem como função o esforço de tornar a matéria mais ativa e atrativa para os alunos, de forma a aprenderem algo considerado “chato” com uma ferramenta que considerem “interessante”, equilibrando um pouco mais a didática por detrás do aprendizado.

4 Aula, Contextos e Teorias

Figura 5 Exemplo de resultado Aluna1

Figura 6 Exemplo de resultado Aluna2

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O equilíbrio citado aparece como necessidade para que o

aluno “possa,

progressivamente, apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de distintos povos e culturas produzidos ao longo da história e na contemporaneidade” (PCN, pag. 47). Cada resolução plástica é resultado da leitura de imagem e contextualização histórica. Processo de interpretação necessário, não só em Artes, mas em todas

disciplinas, que aos poucos transforma-se no exercício da leitura e interpretação do mundo, compondo as bases de um senso crítico.

Analisando um pouco mais a interferência do Chroma Key, a técnica adere à aula

como o recurso possibilitador, a ferramenta que insere a imagem fotografada do aluno na pintura, resulta plasticamente na conexão entre contexto interpretado pelo aluno e o da obra. Uma conexão entre contextos.

Ainda se encaixa perfeitamente quando PCN afirma que aprender arte é desenvolver um percurso de criação pessoal. O recurso age como o meio para mobilizar o aluno a interagir sob e sobre arte, somando ao seu ambiente natural e sociocultural. Então Figura 8 Exemplo de resultado Aluna3

Figura 9 Exemplo de resultado Aluna4

Figura 10 Exemplo de resultado Aluna6

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compreende-se que as aulas sobre o assunto rígido que é o academicismo, conta não só com professores e obras de artistas, mas com pesquisas, trabalhos e leituras de outros colegas para garantir uma aprendizagem contextualizada em relação aos valores e modos das produções artísticas do Neoclassicismo, Romantismo e Realismo.

4.1 Importância da Contextualização

Se voltamos à etimologia da palavra, contexto, do latim contextus, 'entrelaçar, reunir tecendo', ou segundo o dicionário Michaelis “conjunto de circunstâncias inter-relacionadas de cuja tessitura se depreende determinado fato ou situação; circunstância(s), conjuntura, situação”. Podemos concluir que não há aprendizado sem que haja contexto. Não há como ter a compreensão de um momento histórico sem a explicação do conjunto de circunstâncias do momento. Mas principalmente, muito dificilmente existe o entendimento de um contexto sem a inter-relação do momento passado com o repertório atual. O aluno precisa que faça sentido, se não o que acontece é o questionamento do “por que estamos estudando isso? ”. Existe a necessidade de entender que se não acontecesse um fato no passado, as repercussões do passado não nos levariam ao que temos hoje. Para melhor ilustrar esta constatação, no estudo de caso, utiliza-se a metodologia Triangular do Ensino das Artes Plásticas esquematizada por Ana Mae Barbosa quando se faz a primeira leitura de imagem, por exemplo da obra A Liberdade Figura 11 Exemplo de resultado

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Guiando o Povo, de Eugène Delacroix: é apresentada a estrutura piramidal da pintura e pelo vermelho, branco e azul do

tricolor da Liberdade no “pico” da pirâmide, ressalta-se também a imagem da mulher enquanto Liberdade e os corpos no chão. Após a leitura da imagem em conjunto, mostra-se o contexto histórico, o levante de julho de 1830, na França, que causou a queda do rei Bourbon Carlos X por Luís Felipe, duque de Orléans em um movimento de revolta - o rompimento das barricadas pelos rebeldes. Um

povo que lutava por ideais de igualdade jurídica, liberdade econômica, república e projetos sociais. Inauguração do mundo moderno.

Ao final da explicação foi feita a pergunta retórica, para que houvesse reflexão e não tumulto de qualquer tipo de discussão política: “conhecem alguma manifestação se assemelhe? ”. Foi estimulada relação entre o repertório e interpretação de conceitos apresentados. A partir de então começaram a segunda leitura de imagem ao olharem as obras propostas para atividade, e foram em busca de mais informações pelo celular ou computador da professora.

Então, temos a apreciação das obras, leitura de imagem, contextualização histórica e por meio do Chroma Key o fazer artístico. Fazer artístico não como cópia, mas como uma versão plástica da inter-relação entre o contexto da obra e o contexto do aluno, do conhecimento adquirido, influenciado pela estética e poética da obra, resultantes no trabalho plástico enquanto reflexão.

5 Arte e Tecnologia como Didática

Não é difícil perceber como a tecnologia torna-se a possibilitadora de um tipo diferente das aulas regulares de Artes. Não houve uma substituição de nenhum tipo de experiência com materiais existentes apenas nesta disciplina, como argila Figura 12 Eugène Delacroix, A Liberdade Guiando o Povo, 1830. Pintura à óleo, 2,6m x 3,25 m.

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ou tinta, mas a utilização de um recurso que segundo a revista Negócios, 92% dos lares brasileiros possuem: o celular.

Independentemente de qualquer discussão sobre o uso ou não dos celulares em sala de aula, ele foi um recurso que possibilitou junto do método do Crhoma Key o alcance da experiência e vivência artísticas como prática social, permitindo que os alunos tomem o papel de protagonistas e criadores, defesa de um ensino presente na Base Nacional Comum Curricular (pag.195).

A disseminação das mídias e objetos tecnológicos não é novidade no meio pedagógico. A necessidade de professores com o mínimo de formação na área da informática dentro educação já é reparada desde 1983 no Brasil, segundo o

Alfabetização Digital: A Informática A Serviço Da Cidadania de Josefina Elvira

Trindade Ramos, quando aconteceram as primeiras experiências de uso do computador em salas de aula. As experiências mostraram algumas questões ao longo dos anos, como limitações técnicas e financeiras, o nível de conhecimento que os pesquisadores dispõem e pelo interesse desses pesquisadores em elaborar e estudar novas metodologias de formação.

Em alguns docentes especialistas em artes, segundo observações principalmente os mais antigos, existe uma resistência na utilização de tais recursos, podendo diminuí-los apenas como transmissão de informação, como PowerPoint e plataformas de apresentação. Isso se deve não só às questões apresentadas nas experiências citadas no parágrafo acima, mas principalmente na falta de estudos sobre o assunto e a formação específica no contexto das Artes.

Mesmo que se estudem teóricos que defendam o uso de ferramentas multimídias no ensino, como Philippe Perrenoud na obra as 10 Competências para ensinar. Mas não são todos os lugares que possuem estrutura para tal, e esta afirmação foi uma realidade por muitos anos. No entanto, a tecnologia está se tornando cada vez mais presente em sala de aula, querendo ou não. E então voltamos ao exemplo do celular e a discussão de usar ou não na sala de aula, por que a maior parte dos alunos os têm.

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Nas aulas, o professor tem de levar em conta que o domínio da tecnologia e da generalização das redes midiáticas fez com que nossos conceitos de tempo, espaço, corpo e, portanto, dança, se transformassem, independentemente de se possuírem ou não computadores, fornos de micro-ondas, telefones celulares etc. No mundo de hoje, os valores, atitudes e maneiras de viver e conviver em sociedade estão em constante transformação por causa da presença das novas tecnologias.

6. Conclusões Finais

Então, tendo como análise o estudo de caso apresentado ao decorrer deste documento, é possível afirmar que a utilização dos recursos tecnológicos para o ensino da Arte é aparentemente uma nova tendência devido à facilidade e a variedade que estes podem dar aos docentes que tiverem interesse de pesquisar com estas novas formas de ensinar.

Não só é uma tendência, como uma nova diretriz apresentada na Base Nacional Comum Curricular:

Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), a Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino além das propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil.

Por definição, é responsável por estabelecer conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica. Orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (2018,

3 Ministério da Educação: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

3BNCC: ARTE - 6º AO 9º ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO ARTES INTEGRADAS Contextos e práticas Processos de criação Matrizes estéticas culturais Patrimônio cultural Arte e tecnologia

Tabela 1 Artes no Ensino Fundamental II. Base Nacional Comum Curricular

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pag. 17), a “Base soma-se aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. ”

Assim, este artigo se conclui com a demonstração por meio do estudo de caso apresentado que a tecnologia não só funciona para auxiliar o professor em sala de aula como material pedagógico, mas também é contemplada como Artes Integradas, existindo na diretriz de ensinar o aluno a: Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

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Referências

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