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PRECIFICAÇÃO DE PERMUTAS (II) Prof. Dr. João da Rocha Lima Jr.

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CARTA DO NRE-POLI

abril-junho 2008 no.11-08

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PRECIFICAÇÃO DE PERMUTAS (II)

Prof. Dr. João da Rocha Lima Jr.

1. No mercado do real estate, empreendimentos cuja aquisição do terreno pode se resolver por permuta de área construída no local representam a solução mais saborosa, sendo a que os montadores de novos negócios nas empresas tendem a privilegiar.

A vantagem mais evidente se traduz em que fazer empreendimentos com menor imobilização de capacidade de investimento, faz um maior portfolio para o mesmo capital de giro, alavancando o volume de produção e os resultados da empresa. 2. A questão da precificação, muitas vezes fica reduzida à disputa comercial, tendo em vista que o proprietário do terreno, em geral, não está tecnicamente apoiado para analisar oportunidades de investimento alternativas, ou para identificar o risco que incorre ao se tornar parceiro do empreendimento. Os agentes de mercado, por sua vez, tendem a se apoiar em parâmetros universais, que utilizam para dar partida às negociações, sendo os modelos de prateleira, que, de forma geral vem sendo utilizados para avaliar “empreendimentos sob qualquer estrutura” o frágil instrumento de apoio para validar esses parâmetros.

3. Vamos tratar da permuta clássica: o proprietário do terreno permuta o terreno por uma fração TP da receita de vendas líquida de impostos e encargos, descontadas contas de corretagem e de pp&m.

Nessa permuta clássica, empreendedor e proprietário do terreno são parceiros no desenvolvimento de um empreendimento que é: i.- de riscos limitados para o proprietário do terreno e ii.- de risco aberto para o empreendedor.

PROPRIETÁRIO DO TERRENO troca um valor à vista por uma expectativa de valor

maior a prazo, com risco aberto de tempo de recebimento e de variação do preço de venda das unidades para baixo. Pelo prêmio de mais receita de venda do terreno, compra os riscos de velocidade de vendas e de comportamento de preços no mercado.

EMPREENDEDOR troca um forte investimento de curto prazo, pelo custeio da fração

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estando submetido aos riscos do aumento dos custos de construção, com possibilidade limitada de mitigação. Havendo uma mudança na matriz de referência do mercado adiante, no desenrolar do empreendimento, com custos para cima e preços também para cima, para re-equilibrar os padrões de resultado prevalentes no mercado, essa nova condição, que protege o mercado, deixa o empreendedor sem cobertura para a parte do custo da qual não desfruta do preço (a parte TP em

permuta), de forma que, para recuperar a configuração original, necessitaria de mais preço ainda que o segmento de mercado competitivo. Ai reside o risco da permuta. Portanto, a rotina para precificar passa por um cálculo preliminar, para, adiante, impor redutor para mitigação de riscos. Análises de risco permitirão entender o grau de distorção na qualidade esperada do negócio do empreendedor, que pode ser provocada pelo aumento de custos, e que será mais intensa do que num empreendimento no qual se compra e paga o terreno, pois o risco vinculado aos custos de produção se potencializa na permuta, atingindo o empreendedor além das contas de construção do produto vendido.

4. O empreendimento, analisado como oportunidade de investimento considerando a compra do terreno à vista por preço adequado, equivalente aos padrões de mercado, terá uma taxa de retorno de referência (TRR). Essa TRR é a que

mede a qualidade do investimento do empreendedor no empreendimento, considerando o fluxo de retorno esperado. TRR representa o eixo de divisão dos

resultados entre os parceiros, contra os prêmios de risco.

O proprietário do terreno é o parceiro que corre risco menor, porque não recebe os impactos de variação de custos de construção. Assim sua taxa de retorno esperada deve ser menor do que TRR.

De seu lado, o empreendedor fica com maiores riscos dos que os de empreender tradicionalmente, porque, além deles, garante os custos da parte TP da receita, que

não é dele. Isso faz com que a sua taxa de retorno esperada, seguindo o cenário referencial, deva ser maior do que TRR.

Nesse sentido, a precificação da permuta, que termina por calcular TP, segue a rotina de promover a divisão de resultados entre os parceiros. Impondo-se uma taxa da atratividade para o proprietário do terreno, menor do que TRR, calcula-se TP e a taxa de retorno do empreendedor. Ou, impondo-se uma taxa de atratividade maior do que TRR para o empreendedor, calcula-se TP e a taxa de retorno do proprietário do terreno, que será menor do que TRR.

TP assim calculado não representa o indicador final, pois há necessidade de entender o impacto dos riscos, para decidir se o empreendedor aceita a pressão, que é derivada

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da imposição da taxa TP. A análise de riscos é que vai indicar uma faixa de TP

conveniente para o empreendedor, sendo o restante da formação da parceria uma questão negocial.

Para alguns, cuja análise da qualidade do investimento (AQI) se concentra em medir o EBITDA do empreendimento, ou o RESULTADO, esses indicadores sempre aparecerão mais frágeis na condição de permuta. Entretanto, aqueles que decidem usando indicadores adequados para medida da qualidade e riscos do investimento verificarão que a condição de permuta tende a ser mais vantajosa, levando em conta os parâmetros de TP adequados, indicando que a qualidade cresce e os riscos podem ficar nas mesmas fronteiras, ou até ter efeitos mitigados, comparando permuta com compra do terreno.

Se o empreendedor admite a possibilidade de que uma condição de ajuste de mercado adiante deva ocorrer, deixando desprotegido o custo na fração TP, meios de mitigação só serão possíveis no âmbito da negociação da permuta, fazendo, por exemplo: i. -a taxa TP variável; ii. - em patamares, ou iii. - estabelecendo um limite superior para o fluxo total do proprietário do terreno.

5. Exemplo de precificação e análise de riscos. Tomo em empreendimento protótipo, carregando os parâmetros de mercado da conjuntura, com produto para renda média, na faixa inferior (preço da unidade no entorno de R$ 250 mil).

ƒ Manipulando o modelo, que simula o desenvolvimento do empreendimento, chega-se a uma taxa de retorno TRR, para pagamento do terreno à vista, equivalente a 2,8 x CDI. Nota: apoio a informação de taxas de retorno na taxa CDI, porque o benchmarking do proprietário do terreno tende a ser feito contra a taxa de referência de aplicações financeiras, funcionando a taxa

1,0 xCDI como custo de oportunidade.

ƒ Impondo para o proprietário do terreno, na permuta, uma taxa de atratividade de 1,5 x CDI, comportando-se o empreendimento no cenário referencial, a taxa TP

será igual a 22,9%.

ƒ Nessa situação, o empreendedor poderá esperar, para o comportamento do empreendimento dentro do cenário referencial, uma taxa de retorno equivalente a 4,2 x CDI, significando forte alavancagem com respeito à TRR equivalente a 2,8 x CDI, o que é da natureza desse tipo de parceria, onde os riscos de uma

parte são muito mais limitados, potencializando-se os riscos e a renda da outra parte.

ƒ O gráfico 1 ilustra a sensibilidade das taxas de retorno, quando se escapa dos

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retorno do empreendedor tem um gradiente mais agressivo do que a taxa de retorno do proprietário do terreno.

gráfico 1 4,2 2,8 1,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 -5(%) -4(%) -3(%) -2(%) -1(%) cenário referencial TP=22,9% +1(%) +2(%) +3(%) +4(%) +5(%) Taxa de Retorno do Empreendedor - permuta Taxa de Retorno do Empreendedor - compra a vista Taxa de Retorno do Proprietário do Terreno - permuta

Nesse gráfico notar que: i. o eixo horizontal marca diferentes hipóteses de taxa de permuta, indicadas por meio de pontos de porcentagem de variação sobre a TP relativamente à calibragem inicial; ii. as medidas de taxa de retorno são feitas no conceito de múltiplo da taxa CDI equivalente, considerando imposto de 15%, sobre a renda de aplicações financeiras de longo prazo

ƒ O custo do terreno e o preço do terreno são diferentes quando a transação é feita em permuta. Para o empreendedor, o custo do terreno equivale à fração TP da construção que ele custeia. Para o proprietário do terreno, o preço de venda equivale ao valor do fluxo da sua parte da receita esperada à taxa TP de permuta. No gráfico 2 vemos, em número índice, a variação de preço e custo

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CARTA DO NRE-POLI abril-junho 2008 no.11-08 5 gráfico 2 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 -5(%) -4(%) -3(%) -2(%) -1(%) cenário referencial TP=22,9% +1(%) +2(%) +3(%) +4(%) +5(%) Custo do Terreno para o Empreendedor - compra a vista - Índice 100 de referência

Preço de Venda do Terreno pelo Proprietário - permuta, valor a vista com deflator CDI Preço de Venda do Terreno pelo Proprietário - permuta, valor a vista com deflator 1,5 CDI Custo do Terreno para o Empreendedor - permuta, valor a vista com deflator CDI

Custo do Terreno para o Empreendedor - permuta, valor a vista com deflator TIR eq.a 2,8 CDI

Neste gráfico se nota que, mesmo precificando o custo do terreno à taxa CDI, que é diferido

para o fluxo TP do custo de construção, o empreendedor está sempre em vantagem, fazendo a permuta contra a hipótese de comprar a vista.

6. A leitura da qualidade da precificação deve ser completada com a identificação dos riscos que o empreendedor assume na hipótese de permuta, tendo em vista que não haverá meio de mitigação do impacto dos riscos de aumento de custos, na fração TP. Para fazer a análise de riscos com a qualidade necessária,

combinam-se situações estressadas, que contemplam impactos cruzados de aumentos de custos contra perdas de receita. Os indicadores que interessa medir, para analisar o desempenho do empreendimento, com permuta e sob stress, são a variação do esforço de investimento (mais investimento) e a variação da taxa de retorno do empreendedor (menor resultado provoca menor taxa de retorno, mantidos estabilizados a velocidade de vendas e o programa de desembolsos dos custos).

ƒ A análise de riscos sobre a variação da conta de investimento exigido do empreendedor pelo empreendimento, considerando fronteiras de stress limitadas, se espelha no gráfico 3. Investimento corresponde ao esforço financeiro do empreendedor para cobrir a exposição máxima verificada no fluxo de caixa esperado do empreendimento, no ambiente da SPE-LP no qual o

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empreendimento é desenvolvido. A hipótese na permuta clássica é que riscos de mercado são de cada parte, de modo que este toma riscos de variação de preços de venda e de dilatação do fluxo da receita na sua fração TP. De outro lado, o empreendedor fica com os riscos de quebra de receita, na sua parte [1 – TP], e

fica com 100% dos riscos de aumento de custos de produção. O gráfico3 ilustra

a exploração, utilizando um modelo de análise adequado, de amostra de laboratório constituída por meio de múltiplos cenários, nos quais receitas quebram e custos crescem, relativamente às expectativas do cenário referencial, movimentos limitados a fronteiras impostas na análise. Nesse gráfico se nota uma característica das operações em permuta: baixo risco de aumento de investimentos gráfico 3 0% 2% 4% 6% 8% 10% receitas [-1,0% ~ zero] custos [zero ~ +2,0%] [-2,0% ~ zero] [zero ~ +4,0%] [-2,5% ~ zero] [zero ~ +5,0%] [-3,0% ~ zero] [zero ~ +6,0%] [-4,0% ~ zero] [zero ~ +8,0%] [-5,0% ~ zero] [zero ~ +10,0%]

faixa do intervalo de risco de

AUMENTO DE INVESTIMENTO na Permuta

No gráfico 3, o eixo horizontal descreve as fronteiras de distorção utilizadas para fazer

diferentes amostras de laboratório (uma para cada par de fronteiras de distorção, de receitas e custos) e no eixo vertical a repercussão destas distorções nos investimentos exigidos do empreendedor. Em análises de riscos, se associa a probabilidade do impacto da ocorrência de um certo risco à distorção no indicador analisado (aqui o investimento), medida na amostra de laboratório. O gráfico se lê assim: para uma certa fronteira (eixo horizontal), há uma faixa entre x% e y% (verificada no eixo vertical) de risco de que o investimento seja maior do que o esperado. A faixa indica a distorção do investimento para mais, que é a medida do impacto do risco relacionado com perdas de receita combinadas com aumentos de custos, no intervalo mostrado no eixo horizontal. Nenhuma medida de risco pode ter

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100% de confiabilidade, sem o que não haveria risco: medidas tomadas por meio de amostras de laboratório têm 90% de confiabilidade.

ƒ A quebra da taxa de retorno dos investimentos do empreendedor, operando em permuta, está ilustrada no gráfico 4.

gráfico 4 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% receitas [-1,0% ~ zero] custos [zero ~ +2,0%] [-2,0% ~ zero] [zero ~ +4,0%] [-2,5% ~ zero] [zero ~ +5,0%] [-3,0% ~ zero] [zero ~ +6,0%] [-4,0% ~ zero] [zero ~ +8,0%] [-5,0% ~ zero] [zero ~ +10,0%]

faixa do intervalo de risco de QUEBRA DA TAXA DE RETORNO na Permuta fronteira de risco - TIR eq. a 2,8 CDI (TIR para compra a vista)

fronteira de risco - TIR eq. a 3,0 CDI fronteira de risco - TIR eq. a 3,5 CDI

No gráfico 4, o eixo horizontal segue o mesmo padrão do eixo do gráfico3.

Nesse gráfico notar que: i. no eixo vertical não está identificada a taxa de retorno, mas a sua probabilidade de quebra, em porcentagem. Por exemplo, o ponto 10% indica que, na situação estressada correspondente do eixo horizontal, a taxa de retorno alcançada terá o risco de ser equivalente a 90% da taxa de retorno esperada seguindo o comportamento do cenário referencial; ii. as fronteiras de risco são barreiras para indicar quanto stress leva ao risco de quebra até as posições indicadas. Por exemplo: i.- tomamos como referência a taxa de retorno dos investimentos do empreendedor, seguindo os parâmetros de comportamento do protótipo e o cenário referencial, equivalente a 2,8 CDI: ii.- verifica-se que não há probabilidade de que a taxa de retorno na permuta, que é equivalente a 4,2 CDI, seja quebrada até os 2,8 CDI nos limites de distorção do eixo horizontal. A taxa de retorno na configuração de permuta, também não tem probabilidade de chegar à fronteira 3,0 CDI dentro dos graus de distorção do eixo horizontal. A taxa de retorno na configuração em permuta tem ~19% de probabilidade de quebra até os 3,5 CDI, num cenário estressado no qual a receita de vendas, unidade a unidade, caia entre zero e 3%/4% e os custos, mês a mês, subam de zero até 6%/8%.

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limite de distorção (eixo horizontal); ii. - calcula-se a taxa TP que faz a fronteira horizontal estar exatamente acima da faixa vertical correspondente no eixo vertical. Por exemplo: se quisermos, nesse caso estudado, proteger o empreendedor para a taxa de retorno 3,5 x CDI até a última fronteira de distorção do gráfico4, a taxa TP será de 20,0%. Com esta TP, a taxa de retorno equivalente, no cenário referencial, será de 4,7 x CDI, contra a expectativa anterior de 4,2 x CDI. Essa folga é que

permite absorver os riscos. Na TP = 20%, a taxa de retorno equivalente do proprietário do terreno será de 1,0 x CDI, contra 1,5 x CDI, porque toda a proteção

adicional requerida pelo empreendedor foi conseguida com a diminuição da taxa TP, logo a mitigação do risco foi carregada no proprietário do terreno.

7. Observo que estudar riscos com qualidade e na sua diversidade de situações não é tarefa que pode ser resolvida com modelos de prateleira, válidos para primeiras aproximações de análise, destinadas a descartar oferta de investimento ou colocá-la sob avaliação. A profundidade com que se devem trabalhar as variáveis de cenários, particularmente nesta conjuntura, quando se vislumbra uma curva de custos adiante descolada contra a curva de preços, pressionando as margens, exige a construção de modelos dedicados. Modelos dedicados produzem informações sobre riscos no padrão necessário para avaliar negócios com a complexidade dos empreendimentos do real estate, quando se decide por simulação em horizontes muito longos: de analisar até completar um empreendimento podem correr 3 a 4 anos, no mínimo. Os horizontes longos, da natureza dos negócios do setor, devem servir de advertência aos investidores de que, sem análises de risco agudas e cuidadosas, os empreendimentos podem representar mergulhos no escuro, que, quando sustentados por informações geradas de forma precária, fazem um efeito ainda mais perverso, por induzir o empreendedor, mascarando os riscos do investimento.

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