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ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL) SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

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ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL)

SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

RELATÓRIO E CONTAS

2003

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ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL)

SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

Sede: Rua de São Bernardo, 62 - 1200-826 Lisboa · Telef.: 21 3915700 · Fax: 21 3978646

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ÍNDICE

1 – Orgãos Sociais

2 – Relatório Consolidado de Gestão 3 – Demonstrações Financeiras Individuais 4 – Demonstrações Financeiras Consolidadas

5 – Certificação Legal das Demonstrações Financeiras Individuais

6 – Certificação Legal das Demonstrações Financeiras Consolidadas

7 – Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 8 – Relatório de Auditoria sobre a Informação

Financeira Individual

9 – Relatório de Auditoria sobre a Informação

Financeira Consolidada

10 – Relatório dos Auditores Independentes 11 – Extracto da Acta da Assembleia Geral

Anual que aprovou as contas, realizada em 28 de Maio de 2004

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ORGÃOS SOCIAIS

ASSEMBLEIA GERAL PRESIDENTE

Paulo Jorge Barreto de Carvalho Ventura VICE-PRESIDENTE

Rui Manuel Duarte Sousa da Silveira SECRETÁRIO

Maria Madalena França e Silva Quintanilha Mantas Moura

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE

Ricardo Espírito Santo Silva Salgado VICE-PRESIDENTE

José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva VOGAIS

Aníbal da Costa Reis de Oliveira Olindo Reis de Oliveira

Augusto de Athayde Soares d’Albergaria Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva

José Queiroz Lopes Raimundo José Carlos Cardoso Castella

CONSELHO FISCAL PRESIDENTE

Carlos Alberto Marques da Costa VOGAIS EFECTIVOS

José Manuel Macedo Pereira (ROC) Armando da Silva Antunes

VOGAL SUPLENTE

Amável Calhau, Ribeiro da Cunha & Associados (SROC), representada por J. M. Ribeiro da Cunha

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RELATÓRIO CONSOLIDADO

DE GESTÃO

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RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO EXERCÍCIO DE 2003

Senhores Accionistas,

O Conselho de Administração tem a honra de submeter à apreciação de V. Exas. o Relatório de Gestão e as Contas Individuais e Consolidadas da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL) - SOCIEDADE GESTORA de PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. (ESF(P)), referentes ao exercício de 2003.

I. CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO, NACIONAL E INTERNACIONAL, NO ANO DE 2003

Em Portugal, a actividade económica em 2003 foi marcada pela continuação do processo de ajustamento da procura interna num contexto externo ainda desfavorável. Apesar de alguns sinais de estabilização no final do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) registou a primeira variação real negativa desde 1993. O comportamento da procura interna reflectiu, sobretudo, a necessidade de prosseguir a correcção dos níveis de endividamento dos particulares e das empresas observados ao longo da década de noventa, em consequência do crescimento do crédito proporcionado pela descida das taxas de juro.

1. SITUAÇÃO ECONÓMICA INTERNACIONAL

A nível externo, e depois de um início de ano marcado pelo clima de incerteza associado à guerra no Iraque, prosseguiu em 2003 uma recuperação moderada da economia mundial. Na Zona Euro, o PIB cresceu 0,4% em 2003, depois de um registo de 0,9% no ano anterior. A evolução da actividade económica foi, no entanto, diferenciada ao longo do ano, com uma estagnação no 1º semestre a dar lugar a uma aceleração do Produto nos 3º e 4º trimestres. A recuperação iniciada na segunda metade do ano assentou no crescimento da procura externa, a qual se reflectiu numa evolução positiva dos principais índices de confiança empresarial. A

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procura interna privada manteve-se restringida pelos elevados níveis de endividamento das famílias e das empresas, bem como por uma taxa de desemprego crescente (de 8,6% em Janeiro para 8,8% em Dezembro). A descida da inflação, de 2,2% para 2,1%, e a maior restritividade das condições monetárias imposta pela tendência de apreciação do euro levaram o Banco Central Europeu a prolongar, em 2003, o ciclo de descida dos juros de referência iniciado em 2001. A taxa principal de refinanciamento desceu, assim, 75 pontos base, atingindo 2% no final do ano.

A economia de Espanha continuou a sobressair ao longo do ano de 2003, revelando de novo um crescimento do PIB (2,4%) mais robusto que o conjunto da Zona Euro. A aceleração gradual do crescimento foi suportada pela procura interna, destacando-se a performance muito positiva dos sectores da construção e do imobiliário. Para além da descida de impostos e do efeito dos juros historicamente baixos, com impacto positivo sobre o rendimento disponível das famílias, o desempenho da procura interna explica-se também pela significativa criação de emprego e pela descida da taxa de inflação. A descida das taxas de juro reais para os mínimos de 50 anos estimulou a expansão do crédito e uma subida contínua dos preços do mercado imobiliário, gerando um efeito-riqueza que beneficiou também o consumo privado.

Depois de um período inicial marcado por incertezas internas e externas, a economia do Brasil beneficiou, em 2003, da estabilização da economia internacional e do cumprimento de uma agenda macroeconómica de continuidade, os quais contribuíram para eliminar quase totalmente dos activos brasileiros o prémio de risco que havia sido incorporado no ano anterior. O real evidenciou uma tendência de apreciação face ao dólar, com a taxa de câmbio a descer de USD/BRL 3,54 para USD/BRL 2,89, mantendo, no entanto, um patamar real que estimulou ainda a expansão do sector exportador. O saldo de transacções correntes passou de um défice de 1,7% em 2002 para um superávite de 0,7% em 2003, tendo as exportações subido 21%. A descida da inflação, de 12,5% para 9,3%, permitiu uma descida acentuada dos juros de referência, com a taxa Selic a cair de 26,5%, em Fevereiro, para 16,5% em Dezembro. Apesar desta descida, a manutenção de condições monetárias restritivas teve um impacto negativo na

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procura interna, em particular no 1º semestre do ano. Deste modo, o PIB registou um crescimento de -0,2% em 2003.

2. SITUAÇÃO ECONÓMICA NACIONAL

Em Portugal, o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento de –1,3%, depois de uma variação real de 0,5% em 2002. O consumo privado contraiu-se 0,7%, depois de uma subida real de 0,6% em 2002. Para além do decréscimo dos níveis de confiança e do receio face a um mercado de trabalho em degradação, o comportamento da despesa das famílias resultou, igualmente, da estagnação (ou mesmo ligeira diminuição) do rendimento disponível, essencialmente em função de uma evolução desfavorável das remunerações do trabalho e dos rendimentos de empresa e propriedade, apenas parcialmente compensada por uma subida das transferências internas recebidas. Com o consumo privado a registar um crescimento inferior ao rendimento disponível, observou-se, em 2003, uma ligeira subida da taxa de poupança dos particulares, para um valor em torno de 12,5% do rendimento disponível. A classe dos bens duradouros foi a mais afectada pela evolução cíclica desfavorável da economia, devendo o respectivo consumo ter caído cerca de 10%. O consumo público experimentou uma variação negativa (ainda que próxima de zero), depois de um crescimento de 2,4% em 2002.

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Portugal - Principais Indicadores Económicos

Taxas de variação real (%), excepto quando indicado

2000 2001 2002 2003

Produto Interno Bruto (PIB) 3,4 1,8 0,5 -1,3

Consumo Privado 2,9 1,2 0,5 -0,7

Consumo Público 4,1 3,3 2,7 -0,6

Investimento 2,4 0,5 -5,1 -9,5

Exportações 7,8 2,0 2,6 3,9

Importações 5,5 1,0 -0,5 -1,0

Inflação (IPC) (taxa média anual) 2,9 4,4 3,6 3,3

Saldo orçamental (em % PIB) -2,9 -4,4 -2,7 -2,8

Dívida Pública (em % do PIB) 53,3 55,6 58,8 60,1

Desemprego (em % da população activa) 4,0 4,1 5,1 6,4

Saldo da Balança Corrente (em % do PIB) -8,9 -8,4 -5,7 -3,0

A formação bruta de capital fixo contraiu-se 9,5% (-5,5% em 2002), tendo esta variação negativa sido extensível à generalidade dos seus segmentos, incluindo a construção (onde a queda terá sido mais pronunciada), o material de transporte e as máquinas e bens de equipamento. Para além das restrições impostas pelo endividamento, a evolução negativa do investimento resultou também da quebra dos índices de confiança dos empresários, em função não apenas da quebra da procura interna, mas também de uma procura externa ainda débil. O investimento do sector público ter-se-á mantido estável no conjunto do ano, reflectindo o esforço de contenção da despesa pública levado a cabo pelo Governo.

No contexto de uma quebra real da actividade, as receitas fiscais registaram uma evolução negativa, o que dificultou o objectivo de manter o défice orçamental abaixo do limite de 3% do PIB. O Governo foi, assim, obrigado a recorrer, tal como em 2002, a receitas de natureza

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extraordinária, as quais terão atingido um montante de cerca de EUR 2.760 milhões. O défice do Sector Público Administrativo terá, assim, subido de 2,7% do PIB, em 2002, para 2,8% do PIB em 2003.

Apesar da desaceleração da actividade económica no conjunto da Zona Euro, as exportações cresceram 3,9%, registando uma ligeira aceleração face a 2002. A debilidade da procura e o maior ambiente concorrencial obrigaram as empresas exportadoras a aceitar uma redução das respectivas margens de lucro, no sentido de aumentarem a competitividade dos seus produtos. As importações diminuíram 1% em termos reais, traduzindo a evolução negativa da procura interna. Prolongou-se, assim, em 2003, a correcção do desequilíbrio externo que caracterizou a economia portuguesa nos últimos anos, com o défice conjunto das Balanças Corrente e de Capital a atingir 9% do PIB no ano 2000. Em 2003, este défice deverá ter representado cerca de 3% do PIB.

A quebra da actividade económica repercutiu-se negativamente no mercado de trabalho, tendo-se verificado uma variação negativa no emprego, que se estima da mesma ordem de grandeza da queda do PIB. A taxa de desemprego prosseguiu a tendência de agravamento observada em 2002, subindo de 5,1% para um valor em torno de 6,4% da população activa.

A redução da procura interna traduziu-se igualmente numa ligeira desaceleração dos preços no sector dos serviços, a qual contribuiu para a descida da taxa de inflação média, de 3,6% para 3,3%. A resistência a uma descida mais significativa da inflação ficou a dever-se, sobretudo, à aceleração dos preços dos bens energéticos e dos bens alimentares (neste caso em resultado da vaga de calor que assolou o país no Verão).

Nos mercados accionistas, 2003 inverteu a tendência negativa dos anos anteriores, sendo o primeiro ano positivo depois do fim da bolha especulativa em Março de 2000. Em Portugal, e apesar do momento económico difícil, o índice PSI-20 acompanhou a tendência manifestada internacionalmente e registou uma valorização de 16%.

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II. ACTIVIDADE DA ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL) - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

No período em apreço, a actividade da ESF(P) consistiu, essencialmente, na gestão da participação na BESPAR – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. (BESPAR), tendo acompanhado a actividade desta subsidiária e, por seu intermédio, a actividade do Grupo Banco Espírito Santo e das seguradoras COMPANHIA DE SEGUROS TRANQUILIDADE-VIDA, S.A. (Tranquilidade - Vida) e ESPÍRITO SANTO - COMPANHIA DE SEGUROS, S.A. (ES Seguros).

No que concerne ao acompanhamento da actividade da BESPAR, apesar da análise que adiante se fará em capítulo próprio, pela sua relevância, destacamos o suporte financeiro que a ESF(P) vem assegurando à BESPAR, designadamente a concessão de suprimentos.

Em termos da evolução da estrutura financeira da ESF(P) no período em análise, merece destaque o seguinte:

(i) O aumento da rubrica Outros créditos sobre instituições de crédito em 40.330 milhares de euros, a qual passou de 600 milhares de euros, em 31 de Dezembro de 2002, para 40.930 milhares de euros, em 31 de Dezembro de 2003, reflectindo a aplicação de disponibilidades;

(ii) O aumento do saldo da rubrica Outros activos, de 69.504 milhares de euros, em 31 de Dezembro de 2002, para 107.080 milhares de euros, em 31 de Dezembro de 2003, principalmente devido ao aumento dos suprimentos concedidos à BESPAR, no montante de 37.588 milhares de euros;

(iii) O aumento do saldo de suprimentos recebidos da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP, S.A. (ESFG) em 32.500 milhares de euros, o qual passou de 307.670 milhares de euros, em 31 de Dezembro de 2002, para 340.170 milhares de euros, em 31 de Dezembro de 2003, encontrando-se relevado na rubrica Débitos para com clientes;

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(iv) O aumento da rubrica Débitos representados por títulos em 71.492 milhares de euros, a qual passou de 60.000 milhares de euros, em 31 de Dezembro de 2002, para 131.492 milhares de euros, em 31 de Dezembro de 2003, em resultado da emissão de quatro empréstimos obrigacionistas, no montante global de 98.000 milhares de euros, e do reembolso de obrigações da emissão de 2001 no montante de 26.508 milhares de euros;

(v) Distribuição de dividendos, no montante de 39.508 milhares de euros.

O resultado individual da ESF(P) obtido no exercício de 2003 foi positivo em 15.810 milhares de euros (2002: negativo em 6.023 milhares de euros), o que se explica, fundamentalmente, (i) pelo recebimento, neste período, de dividendos da participada BESPAR, no montante de 18.419 milhares de euros (2002: valor nulo), (ii) pelos Juros e proveitos equiparados obtidos de 2.814 milhares de euros (2002: 129 milhares de euros), (iii) pelos Juros e custos equiparados suportados de 3.330 milhares de euros (2002: 2.444 milhares de euros), (iv) pelos Gastos gerais administrativos suportados de 2.023 milhares de euros (2002: 2.163 milhares de euros) e (v) pela inexistência de Perdas extraordinárias (2002: 1.435 milhares de euros).

Em termos consolidados, o resultado do exercício de 2003 foi positivo em 85.488 milhares de euros (2002: positivo em 16.676 milhares de euros), o que reflecte um crescimento de 413% face a 2002. Para este resultado contribuíram positivamente (i) o BES, com um montante de 68.658 milhares de euros, (ii) a Tranquilidade - Vida, com um montante de 23.193 milhares de euros, (iii) a ES Seguros, com um montante de 645 milhares de euros e, negativamente, (iv) os resultados individuais da ESF(P) e da BESPAR, no montante de 7.008 milhares de euros.

A evolução do resultado consolidado da ESF(P) em 2003, está, assim, em linha com o bom desempenho do BES, cujos resultados consolidados cresceram 12,5% face a 2002, e com o regresso aos lucros da Tranquilidade – Vida, não só em consequência da evolução positiva do sector segurador em 2003, mas, também, da melhor eficiência operacional resultante do processo de reestruturação iniciado em 2002. Quanto à contribuição da Tranquilidade – Vida para o resultado consolidado da ESF(P) em 2003, por via do método da equivalência patrimonial, importa ainda referir que a mesma reflecte os efeitos dos ajustamentos subjacentes à preparação das contas consolidadas da ESF(P), de entre os quais destacamos o facto de a Tranquilidade–Vida ter reconhecido em 2003 menos valias de 2001, no montante de

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39.396 milhares de euros, que se encontravam diferidas em balanço, em conformidade com o tratamento permitido pela Norma Regulamentar nº 19/2001-R, do Instituto de Seguros de Portugal, mas que nas contas consolidadas da ESF(P) foram reconhecidas nos resultados de 2001.

Registe-se, ainda, que caso o investimento indirecto que a ESF(P) detém no BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A. (BES ou Banco Espírito Santo) fosse valorizado com base na cotação observada na Euronext Lisbon, em 31 de Dezembro de 2003, os activos líquidos da ESF(P) passariam de 825.879 milhares de euros, conforme balanço individual reportado àquela data, para 1.265.801 milhares de euros, o que se traduziria numa valorização de 53,3% face aos valores contabilísticos.

Como a actividade da ESF(P) está cometida à gestão das participação que hoje detém no capital social da BESPAR e, através desta, no capital social do BES, da Tranquilidade - Vida e da ES Seguros, os seus resultados não podem deixar de reflectir a evolução das actividades desenvolvidas por aquelas sociedades, nomeadamente pelo BES, bem como, pelo conjunto das instituições de crédito e ou sociedades financeiras que, incluídas no perímetro da sua consolidação, com ele formam o denominado Grupo Banco Espírito Santo.

Impõe-se, portanto, uma referência, embora sumária, aos resultados atingidos pela BESPAR, pelo Grupo Banco Espírito Santo e por aquelas seguradoras, em 2003, o que se fará de seguida.

III. ACTIVIDADES E RESULTADOS DAS EMPRESAS PARTICIPADAS DO SECTOR FINANCEIRO

1. BESPAR – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

O exercício de 2003 na BESPAR consubstanciou-se, fundamentalmente, na gestão das participações financeiras nos sectores bancário e segurador.

Todavia, em Julho de 2003, a BESPAR tomou uma participação representativa de 3,14% no capital social da PARTRAN – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA (PARTRAN).

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Adicionalmente, prestou ainda suprimentos à PARTRAN no montante de 238.904 milhares de euros. Este investimento foi, essencialmente, financiado com o produto líquido do financiamento de 203.000 milhares de euros, contraído junto de um sindicato bancário liderado pela Caixa Geral de Depósitos, e por suprimentos da accionista ESF(P), no montante de 37.588 milhares de euros.

Ao nível dos rendimentos obtidos das participações detidas, no exercício de 2003, a BESPAR recebeu, exclusivamente da sua participada BES, dividendos no valor de 36.142 milhares de euros.

1.1. PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL SOCIAL DO BES

Em 31 de Dezembro de 2003, a BESPAR é titular de 125.929.168 acções representativas de 41,976% do capital social do BES, e de igual percentagem de direitos de voto.

No entanto, de acordo com o disposto na alínea b) do nº 1 do Artigo 20º do Código de Valores Mobiliários, são também contados como direitos de votos pertencentes à BESPAR, os correspondentes às 19.818.509 acções que a Tranquilidade – Vida detém, directa e indirectamente, no BES, a que correspondem 6,606% dos direitos de voto deste banco.

Acresce que nos termos do disposto na alínea d) do nº 1 do artigo 20º do Código de Valores Mobiliários, são também contados como pertencentes à BESPAR, 0,187% dos direitos de voto correspondentes a 560.715 acções do BES detidas pelos membros dos seus órgãos de administração e fiscalização.

Pelo que antecede, e em aplicação dos supracitados normativos, são atribuíveis à BESPAR, directa e indirectamente, votos correspondentes a cerca de 48,769% do capital social do BES.

Em 31 de Dezembro de 2003, o valor de cotação das 125.929.168 acções, de que a BESPAR é titular no capital social do BES, totalizava os 1.637.079 milhares de euros, sendo o correspectivo valor do Balanço de 919.308 milhares de euros, o que significa que o seu valor de cotação era superior, naquela data, em 78,08% ao valor médio da respectiva aquisição que era de 7,30 euros.

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1.2. ESTRUTURA ACCIONISTA ACTUAL

A estrutura accionista da BESPAR é a seguinte:

ACCIONISTA Nº ACÇÕES % C. SOCIAL

ESF(P) 83.723.460 61,29%

ESFG 2.225.646 1,63%

CENTUM – SGPS,S.A. 5.502.385 4,03%

COMPAGNIE BANCAIRE ESPÍRITO SANTO,S.A. 624.536 0,45%

CRÉDIT AGRICOLE 31.254.723 22,88%

PREDICA 13.281.657 9,72%

TOTAL 136.612.407 100,00%

1.3. OUTROS FACTOS RELEVANTES RELATIVOS À ACTIVIDADE DA BESPAR, DURANTE O EXERCÍCIO DE 2003

A evolução da estrutura financeira da BESPAR, reflecte, fundamentalmente, as operações atrás citadas, sendo de destacar o aumento do activo líquido em 22,5%, tendo atingido o montante de 1.335.518 milhares de euros, em 31 de Dezembro de 2003. Este crescimento do activo, como já foi referido, foi integralmente financiado pelo aumento do passivo - empréstimos bancários e suprimentos de accionistas. Detalhando a análise, sobressaem os seguintes factos:

(i) A rubrica Participações aumentou em 5.000 milhares de euros, em consequência da participação na PARTRAN;

(ii) Na rubrica Outros activos estão registados os empréstimos concedidos no exercício à PARTRAN, a título de suprimentos, no montante de 238.904 milhares de euros;

(iii) A rubrica Débitos para com instituições de crédito, que apresenta um saldo em 31 de Dezembro de 2003 de 203.000 milhares de euros, refere-se ao financiamento bancário contraído em 2003;

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(iv) O saldo da rubrica Débitos para com clientes ascende, em 31 de Dezembro de 2003, a 140.662 milhares de euros e representa os suprimentos da accionista ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP, dos quais 37.588 milhares de euros foram concedidos no exercício de 2003.

Ao nível da Demonstração dos resultados estatutária, do lado dos proveitos, assistiu-se ao aumento dos dividendos decorrentes da participação que a BESPAR detém no BES, em 4.576 milhares de euros face ao exercício de 2002, tendo sido registado o valor de 36.142 milhares de euros, contra 31.566 milhares de euros, em 2002. Salienta-se, ainda, a diminuição da rubrica de Juros e proveitos equiparados, que de 1.425 milhares de euros em 2002 passou para 262 milhares de euros em 2003, devido, essencialmente, à verificação em 2003 de menores excedentes pontuais de tesouraria.

Do lado dos custos, merece destaque o aumento verificado nas rubricas de Juros e custos equiparados e de Comissões, que ascenderam, respectivamente, a 6.661 milhares de euros e 415 milhares de euros em 2003, contra 450 milhares de euros e 115 milhares de euros em 2002, crescimento que se ficou a dever ao aumento do passivo bancário e aos empréstimos de accionistas remunerados.

Os factos acima apontados conduziram a um resultado do exercício, em base individual, em 2003, de 28.944 milhares de euros, enquanto que em 2002 tal resultado havia sido de 32.179 milhares de euros.

2. GRUPO BANCO ESPÍRITO SANTO, S.A.

O ano de 2003 foi para o Grupo Banco Espírito Santo decisivo na consolidação de um forte posicionamento competitivo nas diferentes áreas de negócio e no alcance de elevados níveis de eficiência.

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comerciais em função das características dos Clientes, a actividade do Grupo BES em 2003 pautou-se por uma evolução muito positiva atendendo aos condicionalismos que resultaram de uma envolvente económica marcada pela incerteza e pelo pessimismo. A performance económica e financeira do Grupo reflecte esta postura de eficácia comercial e clara aposta na rendibilidade como factor chave da criação de valor para os Accionistas. Assim, a evolução registada em 2003 evidenciou dois aspectos que estão no centro dos resultados obtidos ao longo dos últimos anos:

- uma lógica de abordagem comercial multiespecialista que permitiu, em tempos de maior dificuldade e de menor crescimento, que as receitas com origem numa eficiente estratégia de venda cruzada baseada na qualidade dos serviços prestados, bem como na progressão da área de banca de investimentos e na actividade financeira de mercados, mais que compensassem o decréscimo dos proveitos que decorrem da actividade de intermediação resultante de uma forte desaceleração da actividade creditícia e do aumento dos custos de captação de recursos;

- um modelo organizacional flexível e ágil que permitiu ajustar de forma acelerada a estrutura de custos a uma envolvente recessiva e que se traduziu na capacidade de redução do cost to income de 58%, em 2001, para 50% em 2003.

O resultado líquido atingiu em 2003 o mais elevado nível de sempre, crescendo 12,5% em termos comparáveis para 250,2 milhões de euros, a que corresponde uma rendibilidade dos capitais próprios de 13,4%. O resultado líquido por acção atingiu 0,83 euros, permitindo a distribuição de um dividendo de 0,33 euros por acção, o que corresponde a um aumento do dividendo na ordem dos 15% em relação ao ano transacto.

No que respeita à actividade, destaca-se o dinamismo muito significativo da captação de recursos de Clientes, que apresentaram um crescimento de 12,7% no ano para 38,4 mil

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milhões de euros. Esta performance é explicada essencialmente pela inovação e forte dinamismo comercial. Ao aumento dos recursos de clientes de balanço (11,8%), alia-se o crescimento muito significativo dos recursos de desintermediação (14,8%), para os quais contribuiu decisivamente a colocação de fundos de investimento e de produtos de bancasseguros, nomeadamente PPR/E e produtos de capitalização. Nesta área, é de realçar a liderança atingida pelo Grupo BES na colocação de PPR/E com uma quota de mercado superior a 23%.

A actividade creditícia foi pautada por uma postura de elevada prudência e selectividade durante o exercício de 2003, que se traduziu numa desaceleração do crescimento da carteira de crédito. Considerando o crédito securitizado, a carteira de crédito bruto aumentou 5,8% para 28,4 mil milhões de euros. O crédito à habitação manteve-se a componente mais dinâmica, com um crescimento de 7,5%, seguido do crédito a empresas com um crescimento de 6,6%.

Neste contexto, o resultado financeiro decresceu 4,7%, embora tenha sido mais que compensado pelo crescimento do comissionamento de serviços prestados aos clientes, que aumentou 15,3% para 469,5 milhões de euros, o que permitiu que o produto bancário comercial crescesse 2,1%. Esta evolução assentou na melhoria da qualidade dos serviços prestados, bem como no reforço da fidelização da base de Clientes, que se traduziram no fortalecimento do nível de venda cruzada de produtos e consequente aumento da taxa de equipamento dos clientes. A área de mercados teve também uma performance muito positiva (crescimento de 54%), atingindo 213,4 milhões de euros, decorrente dos ganhos obtidos nas posições assumidas em instrumentos de taxa fixa, bem como da recuperação do mercado accionista, em especial na segunda metade do ano.

Os níveis de eficiência atingidos em 2003, com o cost to income a situar-se em 50%, são especialmente significativos no actual contexto económico, e constituem o corolário de uma busca incessante da eficiência nas várias dimensões onde pode ser conquistada. A

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reorganização e racionalização de processos e estruturas, materializadas na reestruturação do modelo organizativo, originaram uma redução de 1073 postos de trabalho no triénio 2001-2003 (264 colaboradores em 2003), que em simultâneo com uma forte aposta no rejuvenescimento, qualificação e aumento significativo de competências dos colaboradores se traduziram em efeitos muito positivos na produtividade dos colaboradores e na qualidade dos serviços prestados.

A evolução dos custos operativos merece, assim, um especial relevo no ano em apreço, dado que a implementação dos projectos e iniciativas tendentes à redução e controlo dos custos permitiram uma contenção dos custos abaixo dos limites programados, tendo registado um aumento de apenas 0,2% em base comparável. Neste contexto, é de salientar a operação de integração das actividades de leasing e factoring, o que permitirá conduzir a actividade de crédito especializado para o segmento de empresas a um patamar superior em termos de racionalização e eficiência, não só do ponto de vista dos custos como também em termos de abordagem comercial.

Ainda no exercício em análise, o Banco Espírito Santo procedeu à alienação de acções representativas de 45% do capital social da Credibom – Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito S.A. (Credibom), que se traduziu num resultado extraordinário de 65,3 milhões de euros, tendo sido neutralizado o seu efeito na conta de resultados por inclusão da mais valia no reforço do Fundo para Riscos Bancários Gerais, que atingiu o montante total de 126,4 milhões de euros no final do exercício.

O significativo reforço do provisionamento no período (381,5 milhões de euros) enquadra-se numa postura de elevada prudência face à situação económica actual. De entre as provisões constituídas, destacam-se as provisões para crédito, que foram reforçadas em 216,7 milhões de euros. O saldo das provisões para crédito registou um aumento superior ao aumento registado no crédito vencido. Em consequência, a cobertura do crédito vencido a mais de

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90 dias aumentou para 153%, em simultâneo com uma redução do rácio de crédito vencido (a mais de 90 dias) de 1,87% em 2002 para 1,83% em 2003. O crédito vencido total em percentagem da carteira de crédito manteve-se ao nível registado em 2002 (2,10%) com uma cobertura por provisões de 132,5% (131,5% em 2002).

O rácio de solvabilidade continua a situar-se em níveis confortáveis, tanto segundo os critérios do Banco de Portugal (11,1% em 2003 versus 10,7% em 2002) bem como segundo os critérios do BIS (13,1% em 2003; 12,6% em 2002). As notações de rating da dívida de médio e longo prazo atribuídas pela Moody’s (A1), pela Standard and Poor’s (A-) e pela FitchRatings (A+)

reflectem o forte posicionamento do Grupo em Portugal, os níveis adequados de risco e qualidade dos activos, bem como os confortáveis níveis de solvabilidade.

Do ponto de vista da actividade comercial, foi aprofundado o projecto de abordagem focada e especializada para o segmento afluente iniciada em 2002. Foram desenvolvidas as iniciativas de formação e de melhoria dos sistemas de informação que permitiram dotar a estrutura comercial responsável por este segmento de uma capacidade ímpar no mercado nacional em termos de proposta de valor e sofisticação do aconselhamento financeiro. Esta aposta conheceu, já em 2004, uma visibilidade pública generalizada mediante o lançamento de uma importante campanha de comunicação.

O ano de 2003 foi também caracterizado pelo aprofundamento no relacionamento dos Clientes com o Grupo através dos canais directos, com particular destaque para o internet banking (BESnet e BESnet Negócios). A massificação dos canais directos é já uma realidade. Com uma taxa de penetração de 47% na base de Clientes, estão a alterar estruturalmente a forma como os Clientes se relacionam com o Grupo BES. Para além de uma fonte de eficiência e redução de custos, são cada vez mais um canal de prestação de serviços, como é espelhado pelo comissionamento gerado no ano, que representa um crescimento de 42% face ao ano anterior.

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A actividade de banca de investimento conquistou posições de liderança no contexto nacional e internacional, em especial na área de fusões e aquisições, project finance e corretagem de acções. O mercado internacional foi em 2003 responsável por algumas das operações mais representativas executadas neste período, nomeadamente no que respeita à actividade de project finance.

Em 31 de Dezembro de 2003 foi constituída pelo BES, em parceria com a CGD, a empresa de renting – Locarent, Companhia Portuguesa de Aluguer de Viaturas, S.A., tendo por objectivo explorar uma clara oportunidade comercial no segmento de particulares para este tipo de instrumento de crédito, tendo presente a capacidade de distribuição inerente às redes de retalho dos dois grupos.

Em Espanha, o Grupo continuou com a sua estratégia de especialização na banca de particulares, private banking e empresas com actividade comercial em Espanha e Portugal, tendo concluído a unificação das redes da Benito y Monjardin com as do BES Espanha, dispondo actualmente de um total de 32 agências e concentrando assim, toda a actividade do Grupo. No que respeita à actividade da gestão de activos neste país, a par da evolução favorável durante o ano, o Grupo concretizou mais recentemente um acordo para a aquisição do capital das unidades de gestão de activos do Banco Simeón (Grupo CGD). Esta operação pressupõe um acordo de comercialização dos fundos geridos pelas sociedades gestoras do Grupo BES na rede de balcões do Banco Simeón e integra-se na estratégia de crescimento no mercado espanhol.

No âmbito do governo da sociedade, o Grupo BES centra a sua actuação na adopção de mecanismos de reforço da transparência e adopção pioneira das melhores práticas que visam garantir uma governação responsável e orientada para a criação de valor. Neste contexto, durante o ano de 2003 foi criada a função de Compliance Officer, responsável por garantir o cumprimento das exigências legais, estatutárias, operacionais, tutelares, éticas e de conduta

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aplicáveis ao BES. Também ao nível da responsabilidade social e do seu papel de promotor de formas de desenvolvimento sustentável, foram realizadas em 2003 iniciativas destinadas a contribuir para o aumento de bem estar social, sobretudo em situações de crise e/ou catástrofe. Neste contexto, é de salientar o apoio dado sob a forma de donativos e empréstimos bonificados destinados a tentar minorar os prejuízos causados pela calamidade dos incêndios que se abateu sobre o País. Já no início de 2004, e não obstante o tradicional empenhamento do Grupo BES em prol de uma cultura de partilha e de promoção de uma política activa de responsabilidade social, foi decidido dar mais um passo ― que se traduziu na implementação de um conjunto de iniciativas de alcance abrangente ― no sentido de aprofundar o compromisso social nas suas múltiplas vertentes: relações com Clientes, Accionistas, Colaboradores e Comunidade.

Importa ainda registar o comportamento positivo das acções do Banco Espírito Santo. As acções do BES registaram uma valorização de 4% em 2003, e desde o aumento de capital em Fevereiro de 2002 até ao final de 2003 valorizaram-se 13%, uma performance claramente superior ao índice de referência do mercado português PSI 20 (+4,6%) ou ao Eurostoxx 50 (+6,8%). O Grupo BES tem prosseguido de forma sustentada e equilibrada a trajectória de crescimento orgânico que se propôs e que tem merecido a confiança dos seus Clientes e Accionistas, com enfoque primordial na criação de valor. De facto, desde a privatização até ao final de 2003, criação de valor no BES corresponde a uma taxa média anual de 13%.

IV. ACTIVIDADES E RESULTADOS DAS EMPRESAS PARTICIPADAS DO SECTOR SEGURADOR

Tendo em atenção as participações relevantes que a BESPAR tem na Tranquilidade - Vida e na ES Seguros, cumpre-nos fazer referência aos principais resultados atingidos por aquelas seguradoras no exercício de 2003, o que faremos após uma breve caracterização do enquadramento sectorial em que tais resultados foram produzidos.

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O SECTOR SEGURADOR NACIONAL

Apesar do ano de 2003 ter sido caracterizado por uma contracção da actividade económica, relativamente ao sector segurador, a sua evolução foi positiva.

Assistiu-se a uma expansão acentuada dos Prémios de seguros de Vida e a um crescimento mais moderado, mas positivo, dos Prémios Não Vida, em parte devido à continuação dos aumentos tarifários iniciados em 2002.

A produção de seguro directo atingiu um montante de 9.442.221 milhares de euros, o que representa um crescimento de 12,2% em relação a 2002 (+5,3% em 2002). O ramo Vida registou um acréscimo de 18,4% (contra 1,7% no ano anterior), enquanto que os prémios dos ramos Não Vida cresceram 5% relativamente a 2002 (10% no ano anterior).

Em termos de rácio Prémios /PIB, a produção seguradora reforçou o seu peso de 6,48% em 2002 para 7,12% em 2003, com contributos positivos quer dos ramos Não Vida (de 2,97% para 3,05%), quer, e principalmente, do ramo Vida (4,07% contra 3,51% em 2002).

O ramo Vida representa cerca de 57,2% do total dos prémios processados (54,2% em 2002) e os ramos Não vida representam 42,8% do total da produção seguradora nacional (45,8% em 2002).

1. COMPANHIA DE SEGUROS TRANQUILIDADE - VIDA, S.A.

O volume de prémios emitidos alcançou os 859.354 milhares de euros, apresentando face ao ano anterior um acréscimo de 22,4%. De salientar que o total de produção em Portugal foi de 854.180 milhares de euros (697.671 milhares de euros em 2002) e em Espanha alcançou o montante de 5.173 milhares de euros (em 2002 foi de 4.413 milhares de euros).

A Tranquilidade - Vida (Ou Companhia) em 2003, em Portugal, manteve a terceira posição no mercado do Ramo Vida, com uma quota de 15,9% (2002: 14,9%), e um crescimento de 22,4% superior ao registado no mercado que foi de 18,2%.

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É de salientar que a Companhia por sub-ramos manteve a liderança nos PPR´s com uma quota de mercado de 29,8%, enquanto nos restantes sub-ramos registou uma quota de mercado nos produtos de capitalização de 11,5% e nos produtos tradicionais de 10,3%.

Os produtos de capitalização registaram um acréscimo de cerca de 93.204 milhares de euros, representativo de um crescimento de 30,9% face a 2002.

Os PPR´s apresentaram um aumento de cerca de 59.819 milhares de euros (17,8%), quando o mercado apresentou um acréscimo face ao ano anterior de 14,5%. Este produto é considerado estratégico face à elevada duração das apólices, fidelizando no longo prazo o cliente à Companhia.

Os seguros tradicionais registaram um crescimento de 5,8%, devendo-se essencialmente ao desenvolvimento dos seguros ligados ao crédito habitação e ao consumo, comercializados através do BES, do Banco Internacional de Crédito (BIC) e da Credibom.

O crescimento da Companhia deveu-se essencialmente às sinergias na distribuição com o BES de produtos de natureza financeira através da sua rede de balcões, tendo sido responsáveis por 89,2% do total dos prémios, contudo o peso global de bancaseguros ascendeu a 92,5 %.

A carteira de investimentos registou um acréscimo de 11,0%, correspondente a um aumento de 515 milhões de euros. Esta carteira de investimentos foi alvo de uma reestruturação, cujo objectivo foi não só a redução da exposição ao mercado accionista, como a produtos estruturados sem capital garantido. Esta reestruturação associada à evolução do mercado accionista durante o ano de 2003, proporcionou uma melhoria da actividade financeira. Durante o ano de 2003 foram integralmente reconhecidas no exercício, as menos valias diferidas do exercício de 2001 no montante de cerca de 39,5 milhões de euros.

Os custos com sinistros alcançaram os 575.598 milhares de euros (acréscimo de 51,3%), resultado sobretudo do vencimento de apólices a prémio único.

A evolução das provisões técnicas está directamente relacionada com os produtos de natureza financeira comercializados pela Tranquilidade - Vida, para os quais existe uma

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2003

correspondência directa com o valor registado na provisão matemática.

A melhoria registada nos Capitais Próprios da Companhia, são motivados pelos resultados alcançados durante 2003, bem como pelo acréscimo evidenciado na Reserva de Reavaliação, face às valorizações registadas em alguns títulos na sua carteira própria.

Os resultados líquidos da Tranquilidade - Vida voltaram a ser positivos, e ascenderam a cerca de 24.690 milhares de euros, devido sobretudo à melhoria da actividade financeira e do saldo técnico, resultado da aposta nos produtos de risco, mais rentáveis que os produtos de capitalização e menores consumidores de capital. Se excluirmos as menos valias diferidas de 2001, no valor de 39,5 milhões de euros e reconhecidas em resultados em 2003, o resultado líquido seria significativamente superior.

2. ESPÍRITO SANTO - COMPANHIA DE SEGUROS, S.A.

A produção total da ES Seguros obtida no exercício, através das redes do BES, do BIC e do BES dos Açores foi de 88.648 contratos distribuídos pelos produtos habitação, automóvel e saúde. No final de 2003, atingiu-se uma carteira de 314.373 contratos em vigor, correspondendo a um crescimento de 17,4%.

Ultrapassando os 50.000 milhares de euros, os prémios brutos emitidos apresentaram um crescimento de 25,8% em relação ao ano anterior.

Os custos com sinistros líquidos de resseguro cresceram 24,6%, atingindo os 30.568 milhares de euros e os custos de exploração líquidos cresceram 22,7%, chegando aos 11.461 milhares de euros. Apesar destes crescimentos, verificaram um comportamento favorável, traduzido pela redução do seu peso relativamente aos prémios brutos emitidos de 84,7% em 2002 para 83,5% em 2003, contribuindo para uma melhoria significativa do resultado da conta técnica atingido em 2003: 3.058 milhares de euros, significando um crescimento de 262,1% em relação ao ano anterior.

O forte desenvolvimento da produção e dos prémios brutos emitidos, a manutenção do resultado técnico global num bom nível e o controlo dos custos operacionais permitiu à Espírito

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Santo Seguros atingir o resultado de 3.009 milhares de euros, representando 6,0% dos prémios brutos emitidos e um crescimento de 221,3% em relação ao ano anterior.

Esta situação permitiu que o capital próprio ascendesse a 14.368 milhares de euros, aumentando 26,5% relativamente ao verificado em 2002.

O rácio combinado após resseguro no exercício de 2003 foi de 94,8%, inferior aos 98,5% verificados em 2002.

V. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2003

Nos termos da alínea b) do art. 376º do Código das Sociedades Comerciais e em conformidade com a alínea h) do nº 1 do art. 19º do Contrato de Sociedade, o Conselho de Administração da ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL) - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. propõe para aprovação da Assembleia Geral, que o resultado líquido positivo do exercício de 2003, de 15.810.231,47 euros, adicionado aos resultados transitados positivos, no valor de 57.042.657,96 euros, o que perfaz um total de 72.852.889,43 euros, tenha a seguinte distribuição:

- Para reforço da reserva legal (5%) 791.000,00 euros

- Para dividendos (0,92 euros por acção) 49.790.400,00 euros

- Para resultados transitados 22.271.489,43 euros

Lisboa, 6 de Maio de 2004

O Conselho de Administração

Ricardo Espírito Santo Silva Salgado (Presidente)

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2003

José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva (Vice-Presidente)

Aníbal da Costa Reis de Oliveira

Olindo Reis de Oliveira

Augusto de Athayde Soares d’Albergaria

Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida

Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva

José Queiroz Lopes Raimundo

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ESPÍRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL) SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SA

Anexo ao Relatório de Gestão referente ao exercício de 2003 Página 1/2

INFORMAÇÃO PARA EFEITOS DO DISPOSTO NOS ARTIGOS 447º E 448º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS 1. INFORMAÇÃO RELATIVA AOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO

1.1 Acções da Espírito Santo Financial (Portugal) – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA, pertencentes a sociedades em que qualquer das pessoas referidas em 1. exerça algum cargo de administração ou fiscalização, ou possua, pelo menos, metade do capital social ou dos votos correspondentes :

Nrº ACÇÕES % C. SOCIAL

ESPÍRITO SANTO FINANCIAL GROUP, SA 54 120 000 100,00%

Ricardo Espírito Santo Silva Salgado Presidente do Conselho de Administração

José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva Vice-Presidente do Conselho de Administração

Aníbal da Costa Reis de Oliveira Administrador

Manuel António Ribeiro Serzedelo de Almeida

Administrador

2. ACCIONISTAS TITULARES DE PELO MENOS UM DÉCIMO, UM TERÇO OU METADE DO CAPITAL SOCIAL DA SOCIEDADE

2.1 Em 31 de Dezembro de 2003:

ACCIONISTA Nrº ACÇÕES % C. SOCIAL

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Anexo ao Relatório de Gestão referente ao exercício de 2003 Página 2/2 INFORMAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS

Titulares de participações qualificadas nos termos da alínea e) do nº 1 do artigo 6º do Regulamento nº 11/2000 da CMVM (com a nova redacção do Regulamento nº 24/2000 da CMVM) à data deste relatório:

ACCIONISTA Nrº ACÇÕES % DIREITOS

DE VOTO

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3

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

INDIVIDUAIS

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2. Disponibilidades à vista sobre 2. Débitos para com clientes 20 340 170 307 670

instituições de crédito 78 - 78 171

3. Débitos representados por títulos

3. Outros créditos sobre instituições de crédito 14 40 930 - 40 930 600 a) - Obrigações em circulação 19 131 492 60 000

7. Participações 6;10 1 463 - 1 463 1 463 4. Outros passivos 31 275 186

8. Partes de capital em empresas coligadas 6;10 672 410 - 672 410 672 410 5. Contas de regularização 27 2 065 1 056 9. Imobilizações incorpóreas 11 2 919 2 919 - 18 9. Capital subscrito 51 270 600 270 600

10. Imobilizações corpóreas 11 129 45 84 74 11. Reservas 51 8 424 8 424

13. Outros activos 31 107 080 - 107 080 69 504 13. Resultados transitados 51 57 043 102 573 15. Contas de regularização 27 3 834 - 3 834 246 14. Lucro do exercício 15 810 -

16. Prejuízo do exercício - - 6 023

Total do activo 828 843 2 964 825 879 750 509 Total do passivo e dos capitais próprios 825 879 750 509 As Notas anexas são parte integrante destas demonstrações financeiras.

Rubricas extrapatrimoniais: 2003 2002 (Nota 23)

1. Garantias prestadas - 1 562 2. Compromissos - -

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ESPIRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL) - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SA

Demonstração dos resultados do exercício findo em 31 de Dezembro (Em milhares de Euros)

DÉBITO CRÉDITO

2003 2002 2003 2002

A . CUSTOS Notas B. PROVEITOS Notas

1. Juros e custos equiparados 3 330 2 444 1. Juros e proveitos equiparados 38 2 814 129

2. Comissões 14 55 2. Rendimento de títulos

c) Rendimento de partes de capital em

4. Gastos gerais administrativos 2 023 2 163 empresas coligadas 38 18 419 -

a) - Custos com o pessoal 371 342

Dos quais: 11. Prejuízo do exercício - 6 023

( - salários e vencimentos ) (292) (267) ( - encargos sociais ) (79) (75) b) - Outros gastos administrativos 1 652 1 821

5. Amortizações do exercício 11 41 45

6. Outros custos de exploração - 2

11. Perdas extraordinárias 39 - 1 435

13. Impostos sobre lucros 7 5

14. Outros impostos 8 3

15. Lucro do exercício 15 810 -

Total 21 233 6 152 Total 21 233 6 152

As Notas anexas são parte integrante destas demonstrações financeiras.

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(-) Juros e custos equiparados 3 330 2 444

(=) Resultado financeiro ( 516) (2 315)

(+) Rendimentos de dividendos 38 18 419 -

(+) Serviços prestados a clientes - -

(+) Resultados de operações de mercado - -

(=) Produto de exploração 17 903 ( 2 315)

(-) Custos administrativos 2 037 2 220

(-) Amortizações 41 45

(=) Resultado bruto operacional 15 825 ( 4 580)

(+) Extraordinários e diversos 39 (8) (1 438)

(-) Provisões líquidas de reposições - -

(=) Resultado antes de impostos 15 817 ( 6 018)

(-) Impostos sobre lucros 7 5

(=) Resultado líquido 15 810 ( 6 023)

Número médio de acções (mil) 54 120 54 120

Resultado por acção (euro) 0,29 (0,11)

As Notas anexas são parte integrante destas demonstrações financeiras.

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ESPIRITO SANTO FINANCIAL (PORTUGAL) - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SA

Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de Dezembro (Em milhares de Euros)

Notas 2003 2002

Fluxos de caixa das actividades operacionais:

Juros, comissões e proveitos equiparados recebidos 520 109

Juros, comissões e custos equiparados pagos (2 252) (2 270)

Pagamentos a empregados e fornecedores (1 491) (1 771)

Outros recebimentos relativos às actividades operacionais 1 282

Outros pagamentos relativos às actividades operacionais (290) (544)

(Pagamentos) / Recebimentos relativos a rubricas extraordinárias - (2)

(Pagamento) / Recebimento de imposto sobre o rendimento 17 (240)

Fluxo de caixa líquido das actividades operacionais (3 495) (4 436)

Fluxos de caixa das actividades de investimento:

Compra de participações e de partes de capital - (215 553)

Venda de partes de capital e de outras imobilizaçõpes financeiras - 2 368

Empréstimos a participadas - recebimento - 83 415

Empréstimos a participadas - pagamento 31 (37 588) (67 399)

Aquisição de empréstimos - -

Venda de imobilizações corpóreas - -

Dividendos recebidos 38 18 419 -

Fluxo de caixa líquido das actividades de investimento (19 169) (197 169)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento:

Empréstimos de accionistas - recebimento 20 32 500 405 980

Empréstimos de accionistas - pagamento - (208 649)

Dividendos pagos 51 (39 508) -

Empréstimo obrigacionista - recebimento 19 96 450 -

Empréstimo obrigacionista - pagamento 19 (26 516) -

Amortização de contratos locação financeira (25) (21)

Fluxo de caixa líquido das actividades de financiamento 62 901 197 310

Aumento / (diminuição) líquido em caixa e seus equivalentes 40 237 (4 295)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 771 5 066

Caixa e seus equivalentes no final do exercício 41 008 771

40 237 (4 295)

As Notas anexas são parte integrante destas demonstrações financeiras.

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EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E 2002 (Montantes expressos em milhares de Euros)

INTRODUÇÃO

A Espírito Santo Financial (Portugal) - Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA (ESF (P)) foi constituída em 10 de Setembro de 1990 sob a forma jurídica de sociedade gestora de participações sociais, ao abrigo do Decreto-Lei nº 495/88, de 30 de Dezembro, e tem como único objecto a gestão de participações sociais noutras empresas, como forma indirecta de exercício de actividades económicas.

A ESF (P) faz parte do Grupo Espírito Santo (GES), pelo que as suas demonstrações financeiras são consolidadas pela Espírito Santo Financial Group, SA (ESFG), com sede no Luxemburgo.

NOTA 1 – VALORES COMPARATIVOS

Os valores apresentados nas demonstrações financeiras de 2003 são comparáveis em todos os aspectos significativos com os de 2002.

NOTA 3 – BASES DE APRESENTAÇÃO, PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

3.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras do exercício foram preparadas com base nos registos contabilísticos processados em conformidade com as disposições do Plano de Contas para o Sistema Bancário (PCSB).

As notas às contas respeitam a ordem estabelecida pelo PCSB, sendo de referir que os números não indicados neste Anexo não têm aplicação ou não são relevantes no contexto das demonstrações financeiras.

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3.2 Principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos

a) Especialização de exercícios

A ESF(P) segue o princípio contabilístico da especialização de exercícios em todas as rubricas de custos e de proveitos; o rendimento das participações em carteira só é, contudo, contabilizado na altura do recebimento dos dividendos atribuídos.

b) Imobilizações financeiras • Participações

Nesta rubrica são registadas as participações de capital inferiores a 20%, mas de carácter duradouro. Estas participações encontram-se registadas pelo seu custo de aquisição.

• Partes de capital em empresas coligadas

Incluem as participações em que a ESF (P), directa ou indirectamente, exerce uma relação de domínio em resultado de possuir a maioria dos direitos de voto ou tem o direito de nomear ou exonerar a maioria dos membros dos orgãos sociais ou de controlar, por si só, na sequência de acordo com outros accionistas, a maioria dos direitos de voto.

• Empréstimos a empresas coligadas

Os empréstimos a empresas coligadas foram prestados nos termos da Lei e, em conformidade com as disposições do PCSB, são apresentados, quando aplicável, na rubrica de Outros activos (ver Nota 31).

c) Provisão para menos valias em imobilizações financeiras

As desvalorizações de valor significativo identificadas nas participações detidas são avaliadas pelo Conselho de Administração e provisionadas se forem consideradas de carácter permanente. O Conselho de Administração considera que em 31 de Dezembro de 2003 e 2002 não existiam situações que requeressem a constituição de quaisquer provisões (ver Nota 6).

d) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição.

As depreciações são calculadas segundo o método das quotas constantes, aplicado ao custo histórico, de acordo com os seguintes períodos, que se considera não diferirem substancialmente

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da vida útil estimada dos bens: Anos Equipamento informático 4 Equipamento transmissão 5 Material de transporte 4 e) Imobilizações incorpóreas

Incluem as despesas realizadas com a constituição da ESF (P) e com os sucessivos aumentos de capital, sendo amortizadas em cinco anos, por duodécimos, pelo método das quotas constantes.

f) Transacções e operações em moeda exterior à zona do Euro

As transacções expressas em moeda exterior à zona do Euro são convertidas para euros a taxas de câmbio que se aproximam das taxas vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes à data do balanço, por referência às paridades então vigentes, integram os resultados correntes do exercício.

g) Imposto sobre o rendimento

O apuramento do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) é efectuado nos termos da legislação aplicável (ver Nota 41).

Nas situações em que existam diferenças temporárias significativas entre as quantias consideradas para efeitos fiscais e as constantes das demonstrações financeiras, são registados os respectivos impostos diferidos, excepto no que se refere aos impostos diferidos activos, nomeadamente, os resultantes de prejuízos fiscais reportáveis, os quais, numa óptica de prudência, não são contabilizados.

h) Demonstração dos fluxos de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica Caixa e seus equivalentes corresponde ao somatório dos saldos das rubricas de Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito e de Outros créditos sobre instituições de crédito.

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NOTA 6 – PARTES DE CAPITAL EM EMPRESAS COLIGADAS E PARTICIPAÇÕES

A ESF (P) detém participações directas no capital das seguintes sociedades:

Custo de aquisição Participação detida % Valor patrimonial da participação detida Diferença entre o custo de aquisição e o valor patrimonial Sede 2003 2002 2003 2002 2003 2002 2003 2002 Empresas coligadas Bespar – Sociedade Gestora de

Participações Sociais, SA Lisboa 672 405 672 405 61,29 61,29 601 841 453 781 70 564 218 624 Espírito Santo Equipamentos

de Segurança, SA Lisboa 5 5 5,00 5,00 – – 5 5

672 410 672 410 601 841 453 781 70 569 218 629

Participações

ESIA – Inter Atlântico Companhia

de Seguros, SA Lisboa 1 463 1 463 5,48 5,48 225 497 1 238 966

673 873 673 873 602 066 454 278 71 807 219 595

NOTA 10 – INVENTÁRIO DA CARTEIRA DE TÍTULOS

A carteira de títulos da ESF (P) em 31 de Dezembro de 2003 é como segue:

Acções Quantidade Valor nominal unitário (em euros) Custo médio de aquisição

(em euros) Valor de cotação Valor de balanço Empresas coligadas

BESPAR – Sociedade Gestora de

Participações Sociais, SA 83 723 460 5,00 8,03 – 672 405

Espírito Santo Equipamentos de

Segurança, SA 1 000 5,00 4,99 – 5

672 410

Participações

ESIA – Inter Atlântico Companhia

de Seguros, SA 292 500 5,00 5,00 – 1 463

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NOTA 11 – MOVIMENTOS E SALDOS DAS IMOBILIZAÇÕES

Saldo inicial Movimentos Saldo final

Valor Amortizações Adições Amortizações Abates Valor Amortizações Valor

bruto acumuladas (bruto) do exercício (líquidos) bruto acumuladas líquido

Imobizações incorpóreas Despesas de estabelecimento 14 14 – – – 14 14 Custos plurianuais 2 905 2 887 – 18 – 2 905 2 905 2 919 2 901 – 18 – 2 919 2 919 Imobilizações corpóreas Equipamento 6 6 – – – 6 6

Imobilizado em locação financeira 90 16 33 23 – 123 39 84

96 22 33 23 – 129 45 84

3 015 2 923 33 41 – 3 048 2 964 84

NOTA 14 – OUTROS CRÉDITOS SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Em 31 de Dezembro de 2003 esta rubrica é constituída por depósitos a prazo no Espírito Santo Bank of Panamá, com vencimento até 30 dias e taxas de juro de mercado.

NOTA 19 – DÉBITOS REPRESENTADOS POR TÍTULOS

O saldo em 31 de Dezembro de 2003 é constituído por cinco empréstimos obrigacionistas num total de 13 149 200 de obrigações ao portador, emitidas sob a forma escritural, no montante global de 131 492 milhares de euros.

Emissão de 2001 Obrigações 2001

No decorrer do exercício de 2001 foi emitido um empréstimo obrigacionista de 6 000 000 de obrigações ao portador, sob a forma escritural, no montante global de 60 000 000 euros.

As obrigações foram emitidas por subscrição directa e particular, cuja oferta foi realizada entre o dia 16 e 30 de Julho de 2001. Ainda em 2001 foi requerida à admissão à cotação no Mercado de Cotações Oficiais da BVL da totalidade das obrigações representativas do empréstimo (o que veio a verificar-se em 7 de Março de 2002).

Os juros das obrigações vencer-se-ão semestral e postecipadamente, com pagamento a 30 de Janeiro e 30 de Julho de cada ano de vida das obrigações, na base Actual /360.

A taxa de juro dos cupões é igual à EURIBOR a 6 meses, em vigor no penúltimo dia útil anterior à data de início de cada período semestral de contagem de juros, adicionada de 0,50%.

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O empréstimo tem uma duração máxima de 5 anos. A amortização será efectuada ao par, de uma só vez, no final do 5º ano de vida (30 de Julho de 2006). No entanto (Put-Option) os obrigacionistas poderão proceder ao reembolso antecipado total ou parcial das obrigações na data de vencimento dos 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º cupões, ficando obrigados a manifestar tal intenção por carta registada para a sede da emitente, com uma antecedência mínima de 45 dias (preço de reembolso antecipado: ao par).

Em Julho de 2003, data de vencimento do 4.º cupão, a ESF(P) reembolsou antecipadamente o valor de 26 508 milhares de euros.

Emissão de 2003

Obrigações 2003 – 2008:

No decorrer do mês de Maio de 2003 foi emitido um empréstimo obrigacionista de 2 800 000 de obrigações ao portador, sob a forma escritural, no montante global de 28 000 milhares de euros.

Os juros das obrigações vencer-se-ão anual e postecipadamente, com pagamento a 21 de Maio de cada ano de vida das obrigações, na base 30 / 360. A taxa de juro dos cupões é fixa de 4,5% ao ano.

O empréstimo tem uma duração máxima de 5 anos, a amortização será efectuada ao par, de uma só vez, no final do 5.º ano de vida (21 de Maio de 2008).

Obrigações a taxa de juro variável – 8 anos e 1 dia

Em Julho de 2003 foi emitido um empréstimo obrigacionista de 1 500 000 obrigações ao portador, sob a forma escritural, no montante global de 15 000 milhares de euros.

Os juros das obrigações vencer-se-ão semestral e postecipadamente, com pagamento a 26 de Julho e 26 de Janeiro de cada ano de vida das obrigações, na base Actual / 360. A taxa de juro dos cupões é variável, determinada no segundo “Dia Útil Target” anterior ao início de cada período de contagem de juros, sendo igual à taxa EURIBOR a 6 meses, acrescida de 1,25%, ao ano.

O empréstimo tem uma duração máxima de 8 anos e 1 dia, a amortização será efectuada ao par, de uma só vez, no final do 8.º ano de vida (26 de Julho de 2011).

Obrigações cupão zero – 5 anos:

Em Julho de 2003 foi emitido um empréstimo obrigacionista de 1 000 000 de obrigações ao portador, sob a forma escritural, no montante global de 10 000 milhares de euros.

O empréstimo tem uma duração máxima de 5 anos, o reembolso realizar-se-á através de prestações mensais e constantes, a iniciar no 2.º ano de vida das obrigações. As primeiras 36 prestações serão no montante de 270 270 euros, a último de 270 280 euros.

(43)

As datas de reembolso serão o dia 30 de cada mês, a partir do dia 30 de Julho de 2005 até ao dia 30 de Julho de 2008, ambos inclusivé.

Obrigações a taxa de juro variável – 3 anos

Também em Julho de 2003 foi emitido um empréstimo obrigacionista de 4 500 000 obrigações ao portador, sob a forma escritural, no montante global de 45 000 milhares de euros.

Os juros das obrigações vencer-se-ão semestral e postecipadamente, na base Actual / 360. A taxa de juro dos cupões é variável, igual à taxa EURIBOR a 6 meses, em vigor no penúltimo dia útil anterior à data de início de cada período semestral de contagem de juros, acrescida de 0,75%.

O empréstimo tem uma duração máxima de 3 anos, a amortização será efectuada ao par, de uma só vez, no final do 3.º ano de vida.

NOTA 20 – DÉBITOS PARA COM CLIENTES

Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002 esta rubrica é constituída por empréstimos, não remunerados, concedidos pela ESFG.

NOTA 23 – RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS

2003 2002

Garantias prestadas 1 562

Compromissos

A rubrica Garantias prestadas em 2002 era constituída pela responsabilidade pela garantia de boa cobrança assumida pela ESF (P), em resultado de créditos, inicialmente detidos sobre a CENTUM - - Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA, e cedidos ao Banco Internacional de Crédito, SA (BIC) em 1993 e 1994, cujo montante foi liquidado no decorrer do exercício de 2003.

NOTA 27 – CONTAS DE REGULARIZAÇÃO

2003 2002

Activo

Custos diferidos

Despesas com o empréstimo obrigacionista 1 544 236

Outros custos diferidos 4 9

1 548 245

Proveitos a receber 2 286 1

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As despesas com os empréstimos obrigacionistas são reconhecidas em resultados durante a vida útil dos empréstimos.

2003 2002

Passivo

Custos a pagar

Juros corridos não vencidos 2 003 1 004

Férias e subsídio de férias 52 47

Outros 10 5

2 065 1 056

NOTA 31 – OUTROS ACTIVOS E OUTROS PASSIVOS

As contas de Outros activos e Outros passivos englobam os seguintes saldos:

2003 2002 Outros activos Empréstimos concedidos 107 059 69 471 IRC a recuperar 10 22 Devedores diversos 11 11 107 080 69 504 Outros passivos Credores diversos 275 186

Os empréstimos foram concedidos à BESPAR sem prazo de reembolso definido. Destes empréstimos uma parcela – 2 072 milhares de euros – não é renumerada e a parcela remanescente – 104 987 – é constituída por duas tranches que vencem juros: – uma de 67 399 milhares de euros, concedida em 20 de Dezembro de 2002 vence juros, em regime de juro simples, calculados à taxa Euribor a 12 meses, com vencimento anual, postecipado e recebimento a 2 de Janeiro de cada ano, sendo que o primeiro período de contagem de juros teve início em 1 de Janeiro de 2003, pelo que no exercício de 2003 foi registado o valor de 1 902 milhares de euros relativo a juros; e – uma de 37 588 milhares de euros, concedida em 07 de Julho de 2003 vence juros, em regime de juro simples, calculados à taxa Euribor a 12 meses, com vencimento anual e postecipado, sendo que o primeiro período de contagem de juros teve início em 7 de Julho, pelo que no exercício de 2003 foi registado o valor de 380 milhares de euros relativo a juros.

NOTA 34 – PESSOAL

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