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CAESP - Artes Aula 17-08/03/2019 ABSTRAÇÃO: CUBISMOS DE FACETA E DE COLAGEM, FUTURISMO, CUBO-FUTURISMO E SUPREMATISMO

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CAESP - Artes

Aula 17 - 08/03/2019

ABSTRAÇÃO: CUBISMOS DE FACETA E DE COLAGEM, FUTURISMO, CUBO-FUTURISMO E SUPREMATISMO

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Abstração:

A abstração, nas Artes Plásticas, ESTÁ EM

TODA A CRIAÇÃO ARTÍSTICA, pois cada

elemento representado nas obras de arte

sofre um processo maior ou menor de

RETIRADA DAS SUAS CARACTERÍSTICAS

INDIVIDUAIS QUE OS IDENTIFICAM

ESPECIFICA E UNICAMENTE NO UNIVERSO.

Toda CRIAÇÃO é uma REPRESENTAÇÃO!

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Abstração:

O ATO DE REPRESENTAR QUALQUER OBJETO OU

SER, PASSA POR UMA ABSTRAÇÃO POR PARTE

DO ARTISTA, pois não há como ele reproduzir

exatamente todas as características do

representado de forma absolutamente

fidedigna ao real.

Existe uma abstração, mesmo que

inconsciente, em toda a produção artística. E

uma eleição, mais uma vez, mesmo que

inconsciente, dos elementos que serão fixados

e dos que serão removidos (ou abstraídos).

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Abstração:

Quando lembramos das obras dos

Impressionistas e, especialmente, dos

Pós-Impressionistas (mais especificamente

Cézanne e Seurat), vemos imagens que

realizam de forma consciente a abstração

(enquanto segregação) de certos elementos

da representação para que possam atingir o

seu objetivo artístico, pintar a impressão

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Cubismo de Facetas: Pablo Ruiz y Picasso

Incialmente Picasso se estabelece em uma fase

lírica com quadros dominados pela coloração azul. São quadros de grande melancolia que

marcam a sua produção ao chegar a Paris.

 A raiz dessas obras está no seu contato com os

Pós-Impressionistas e Expressionistas e com a vida noturna da capital francesa – da qual ele muito participava. Ele escolhe retratar não a alegria,

mas a tristeza. Ele é muito elogiado e cultuado

por essa fase, mas ela o coloca apenas entre os Expressionistas e Pós-Impressionistas, sem nada de

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Cubismo de Facetas: Pablo Ruiz y Picasso

 Porém, depois de um ano de produção “azul”,

ele apresenta ao público, o “Les Demoiselles

d'Avignon”.

Esse sim, um quadro revolucionário. Tão

revolucionário que incomodou até mesmo a

Matisse (impressionista), e deixou os críticos sem saber como classificar e explicar a obra. Um

crítico da época definiu: “ASSEMELHA-SE A UM

CAMPO DE VIDRO QUEBRADO”. Os primeiros

críticos que olharam esse estilo viam apenas os cantos e ângulos agudos, acabaram

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Cubismo de Facetas: Pablo Ruiz y Picasso

 O quadro busca retratar as prostitutas de uma

rua de lupanares em Barcelona, Espanha, a Rua Avignon – não confundam com a cidade

francesa de Avignon.

A obra é uma composição de cinco nus e uma

natureza morta. As três figuras da esquerda são distorções angulares de figuras clássicas.

As duas da direita são profundamente ligadas às

abstrações da arte primitiva (máscaras da arte primitiva).

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Cubismo de Facetas: Pablo Ruiz y Picasso

 Lendo da esquerda para a direita (sentido

ocidental de leitura e passagem do tempo),

PODEMOS VER UMA INTENÇÃO DO AUTOR TALVEZ DIZENDO QUE ELE PRETENDE NÃO SE ORIGINAR NO PASSADO PRIMITIVO, MAS CHEGAR A ELE DEPOIS DA MATEMATIZAÇÃO GEOMÉTRICA DA MODERNIDADE.

 É quase como se fosse uma viagem ao futuro ao

contrário, onde O FUTURO É O PRIMITIVO, O MAIS

SIMPLES, O MAIS BÁSICO.

Isso irá ser o objetivo de muitos artistas posteriores

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Cubismo de Facetas: Pablo Ruiz y Picasso

O quadro tem uma intencionalidade de

“quebrar” as formas, mas de maneira

absolutamente metódica.

Tudo nele está “quebrado”, “cubitizado”,

poderíamos dizer.

As facetas não são uniformes, mas buscam

em seus contornos exprimir uma

tridimensionalidade visível através da mais

simples ausência de perspectiva (que seria a

técnica que busca a fantasia da

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Cubismo de Facetas: Pablo Ruiz y Picasso

 O estilo de Picasso amadurece 3 anos depois em uma

série de quadros de 1910. Neles, vemos as facetas

pequenas e precisas, semelhantes a prismas, que, mais uma vez, “quebram”, porém, dessa vez,

opticamente, uma imagem que se imagina por debaixo deles. Os quadros todos possuem uma

imensa harmonia e equilíbrio de formas, muito

pautados na figura do triângulo, o que garante forte equilíbrio. Nessa fase, observamos que Picasso não adentra no não-objetivismo, a arte é abstrata, mas ainda busca apoio naquilo que de fato existe. Os modelos todos são existentes, distorcidos pelos

“prismas cubistas”, mas eles estão lá na obra, e cá no mundo.

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Cubismo de Facetas:

FACETAS ANGULARES E NÃO UNIFORMES;

EQUILÍBRIO SISTÊMICO DAS FORMAS

ANGULARES;

AUSÊNCIA DE PERSPECTIVA;

SUGESTÃO DA TRIDIMENSIONALIDADE NA

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Cubismo de Colagem:

Essa fase seguinte do Cubismo começa

mesmo em 1910 no momento de produção

das obras mais maduras do Cubismo de

Facetas.

Picasso se junta a Georges Braque e passam a

produzir obras mais ousadas ainda do que as

da fase anterior.

O trabalho de colaboração entre eles é tão

intenso, que existe grande semelhança entre

as obras.

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Cubismo de Colagem:

As obras são produzidas utilizando

principalmente materiais cortados e colados,

utilizando algumas linhas apenas para

completar a composição.

Esses materiais cortados são ELEMENTOS DO

COTIDIANO QUE PODEM TER OU NÃO UMA

RELAÇÃO DE SIGNIFICADO COM A OBRA EM SI.

A técnica hoje é conhecida como “collage”,

que é tão amplamente utilizada e que gerou

obras fantásticas por todo o século XX (Pop

Art) e até hoje no século XXI.

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Cubismo de Colagem:

A motivação da colagem tinha uma intenção

artística muito bem marcada.

A tela não era mais um suporte para tinta, mas

uma bandeja que oferece aos observadores a

obra em si.

Ela é ofertada através de uma abstração

(através do recorte) de elementos cotidianos,

que são segregados da sua existência

material e contexto, e fixados através da

composição da obra de arte em um contexto

completamente diverso.

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Cubismo de Colagem:

Eles adquirem sentidos figurativos, mas

mantém a sua existência como os materiais

que permanecem a ser.

O que lhes garante expressão é justamente o

arranjo da composição, que é um trabalho

mental, psicológico, subjetivo do artista.

Essa organização feita pelo artista deverá ser

desvendada pelo observador em um “se

debruçar” atentamente sobre a obra.

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Futurismo:

 O Cubismo abre espaço para outros manifestos

artísticos que aproveitam as premissas desse estilo.

Dentre eles, o FUTURISMO escolhe a “PRECISÃO

GEOMÉTRICA” como a característica mais

afinada com o dinamismo do seu tempo e o encantamento com o desenvolvimento das ciências e das técnicas.

 E um estilo que declara guerra ao passado e se

encanta profundamente com as promessas do futuro.

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Futurismo:

Em 1910, o Futurismo Italiano lança um manifesto

que elogia a beleza da máquina e da maquinaria, da exatidão geométrica, a

velocidade dos inventos humanos, a guerra como fenômenos transformador e rejeita

violentamente o passado.

 Esse manifesto é um clamor pelos tempos

modernos, pelo ingresso da Itália na

Modernidade, pelo avanço científico e

tecnológico que seja implantado, nem que seja pela força bélica.

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FUTURISMO:

BELEZA DA MODERNIDADE;

GEOMETRIA;

VELOCIDADE;

TRANSFORMAÇÃO VIOLENTA;

RUPTURA.

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Futurismo:

Uma intenção futurista é COMUNICAR O

MOVIMENTO ATRAVÉS DO TEMPO E DO ESPAÇO.

 E realizar essa comunicação de forma mais

eficiente que na arte tradicional ao COLOCAR

NA MESMA OBRA, no mesmo lugar, TODO O DEVIR EM UM MESMO INSTANTE E EM UM MESMO LOCAL.

 É uma mistura de temporalidades distintas em um

único instante. Esse É UM DISCURSO CLARO SOBRE

O IMEDIATISMO E A FUGACIDADE DO TEMPO NA MODERNIDADE.

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Futurismo:

A abstração no Futurismo está baseada na

escolha dos elementos da obra e na forma de

combinar esses quando o movimento “dissolve” as formas no tempo e no espaço.

É uma forma de abstrair a imagem das coisas e

dos seres através não da simples remoção de

alguns elementos das figuras, mas através de uma dissolução no tempo.

É o tempo que “abstrai”, e a realização da

abstração está no movimento.

Nada poderia ser mais moderno, o tempo é que

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Futurismo:

Outra característica que se apresenta no Futurismo é

a da inclusão das modernas ideias científicas nas obras de arte. A simultaneidade e entrelaçamento

do tempo e do espaço e o espaço-tempo da

Mecânica Relativística, a Dualidade Onda-Partícula da Mecânica Quântica são exemplos de

descobertas científicas que influenciam no planejar e na intenção da obra de arte.

O movimento das figuras é integrado ao ambiente

na obra de forma a não permitir uma absoluta

distinção entre ambos. A velocidade, o dinamismo,

mesclam espaço, tempo, objetos e seres em um único fenômeno que se realiza na obra de arte.

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Futurismo:

O Futurismo, enquanto manifesto artístico, termina

com a morte de seus líderes pelos horrores da guerra. Porém, ele dissemina suas sementes que

podem ser observadas em diversas outras obras. A

influência do Futurismo e seu clamor pela

emergência da modernidade vai influenciar não só as artes plásticas, mas também a poesia, o cinema e a fotografia.

Nas artes plásticas, teremos “herdeiros” do Futurismo

que irão buscar a representação da paisagem

moderna das metrópoles em um elogio ao engenho humano. É muito perceptível um otimismo, quase um

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Cubo-futurismo:

Surge na Rússia, pouco antes da Primeira Guerra

Mundial, é resultado do contato dos artistas russos com os centros produtores de arte na Europa,

principalmente Paris.

Eles realizam uma mescla muito interessante entre os

estilos do Cubismo e as teorias dos manifestos

futuristas. É bem fácil de imaginar a necessidade

dos russos de trazer o seu país para a modernidade que se realizava na Europa. Seria uma forma de

“limpar” a Rússia da Idade Média e fazê-la finalmente ingressar na Modernidade.

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Cubo-futurismo:

Eles realizavam o culto do progresso industrial, mas

não a maquinaria em si, e jamais a guerra como

instrumento de transformação. O progresso industrial

era cultuado como uma necessidade da economia e sociedade russa.

 Os poetas russos da época cunharam um termo,

zaum, ele não possui um significado específico, mas é

uma ideia, possui um significado que está para além

do sentido estrito das palavras e também múltiplas aplicabilidades na produção das obras de arte.

Quando aplicado às artes plásticas, o zaum, confere ao artista a potência de redefinir o estilo e o conteúdo da obra de arte com total liberdade criadora.

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Cubo-futurismo:

Com o zaum, a obra de arte ascende à posição de

um transmissor de ideias absolutamente novas e

originais sobre forma e composição (cores, arranjos,

texturas, etc).

Os elementos visuais e a sua organização na obra

passaram a ser os temas da produção artística.

Podemos ver aqui claramente o discurso da “arte

pela arte”. Essa não comunicação de um conteúdo

da arte discursivo na arte, mas apenas a sua

experiência, acaba gerando uma crítica a esses

artistas classificando-os muito mais como teóricos da arte, do que produtores dela.

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Cubo-futurismo:

O Cubo-futurismo russo traz duas consequências

importantes para a arte.

 Primeiro, para a arte produzida na própria Rússia,

pois ele ABRE CAMINHO PARA OUTRAS

MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS que se seguiriam,

inclusive nas pós-Revolução Socialista-Soviética.

 Segundo, pela primeira vez na história da arte,

TEMOS UMA MULHER LIDERANDO UM MOVIMENTO ARTÍSTICO DE ÂMBITO NACIONAL. Ela é Liubov

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Suprematismo:

 A arte russa ainda estava para apresentar ao

mundo o seu maior salto, inclusive um salto que influenciaria de volta a produção artística e o

pensamento sobre a arte na Europa e Américas.

 Esse estilo, tipicamente russo, seria o

Suprematismo.

Ele explode com as fronteiras até então

estabelecidas da abstração, mas sem levar a

uma ARTE NÃO-OBJETIVA, isso foi tarefa de outro

russo na mesma época, mas na Europa, Wassily Kandinsky.

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Suprematismo:

O Suprematismo tem a força de REDUZIR A OBRA

AOS SEUS ELEMENTOS MAIS SIMPLES POSSÍVEIS.

Essa redução não é um descarte, mas a criação de

múltiplas camadas de significados e de uma relação íntima entre o artista e seu público.

E, principalmente, COMO PODE A ARTE, ATRAVÉS DOS

ELEMENTOS MAIS SIMPLES DE COMPOSIÇÃO, EXPRESSAR E LIDAR COM A PERCEPÇÃO E A SUBJETIVIDADE DOS OBSERVADORES.

 Dica de livro: “Arte e Percepção Visual” Rudolf

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Suprematismo:

Uma relação que é mediada pela obra de arte

como um veículo que leva as emoções do artista

para o público e traz as desse para aquele.

E uma arte que estimula nos observadores o

exercício da percepção visual.

A obra de arte possui os mesmos mecanismos da

linguagem, os comunicadores, o meio, os ruídos, a mensagem, as interpretações.

 Esse é o momento em que a arte produzida na

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Prof. Heleno Licurgo do Amaral <heleno@dr.com>

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