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PLANEJAMENTO URBANO NO MUNICÍPIO DE SÃO DOMINGOS DO SUL/RS

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São Domingos do Sul/RS 2012

JUCELEINE KLANOVICZ

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

PLANEJAMENTO URBANO NO MUNICÍPIO DE SÃO

DOMINGOS DO SUL/RS

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São Domingos do Sul/RS 2012

PLANEJAMENTO URBANO NO MUNICÍPIO DE SÃO

DOMINGOS DO SUL/RS

Trabalho de Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental, apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Introdução à Gestão Ambiental; Ecologia Aplicada e Gestão da Biodiversidade; Química Ambiental; Geologia e Geomorfologia Ambiental.

Orientadores: Professores: Célia Cristina Krawulski, Ewerton de Oliveira Pires, Kenia Zanetti, Willian Luiz da Cunha.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 3 2 DESENVOLVIMENTO ... 4

2.1 CONTEXTUALIZANDO O MUNICÍPIO ... Erro! Indicador não definido. 2.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... Erro! Indicador não definido. 2.3 PLANEJAMENTO URBANO NO MUNICÍPIO DE SÃO DOMINGOS DO SUL/RS...5

3. CONCLUSÃO...8

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1 INTRODUÇÃO

Com a colonização de imigrantes europeus no município de São Domingos do Sul/RS, houve a devastação da mata nativa. No início usavam a queimada e a rotação de culturas. Com a Revolução Verde, passaram a usar insumos químicos e maquinário nas áreas mais planas e passou-se a cultivar principalmente o soja, assim devastando mais áreas inclusive mata ciliar.

Hoje podemos ver que áreas que não é possível mecanizar que pela lei (Código Florestal) estariam em APP está ocorrendo a regeneração natural em algumas áreas que foram abandonadas para cultivo e em outras ocorreu o reflorestamento com exóticas (eucalipto e pinus ilioti – nomes populares).

Com o licenciamento ambiental municipal, a partir de 2006, os agricultores estão sendo orientados da importância da preservação da reserva legal e das APPs.

Este estudo tem como objetivo conhecer o Planejamento Urbano do município de São Domingos do Sul/RS; como também verificar aspectos relacionados à questão ambiental e como esta é tratada neste município.

No decorrer do texto iniciou-se com uma breve contextualização do município estudado, passando por uma breve revisão bibliográfica pertinente ao assunto e principalmente a legislação vigente. Analisou-se a estrutura urbana do município conforme Plano Diretor Municipal e demais leis pertinentes ao licenciamento ambiental municipal, a áreas de Preservação Permanente (APPs), e principais leis pertinentes à questão ambiental tão importante para mudarmos nossa visão e atitudes.

Por fim na conclusão, destacam-se os fatores bióticos e abióticos do município, verificando a importância do licenciamento ambiental municipal, apresentando também alguns problemas ambientais e apresentando possíveis soluções.

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2 DESENVOLVIMENTO

A crescente descentralização administrativa tem chamado os municípios a assumirem suas responsabilidades na gestão do meio ambiente. O plano diretor municipal é um instrumento importante para conciliar meio ambiente, infraestrutura urbana e desenvolvimento sustentável.

2.1 CONTEXTUALIZANDO O MUNICÍPIO

O município de São Domingos do Sul/RS localiza-se na microrregião do Alto do Taquari, na Encosta Superior do Nordeste, com uma área de 82 km², distante da capital 242 km, acesso pelas rodovias RS 129, RS 324 e BR 285, população de 2.926 habitantes, sendo a população urbana de 1.748 habitantes e população rural de 1.178 habitantes (IBGE/2010). Localiza-se na Bacia Hidrográfica Taquari-Antas e no Bioma Mata Atlântica.

Sua economia está centrada na extração de basalto, agricultura tendo destaque à pecuária leiteira, suinocultura, avicultura, culturas anuais principalmente soja e milho; prestação de serviços, indústria e comércio.

2.2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A Lei brasileira referente ao meio ambiente é completa e ampla em todos os aspectos, abaixo serão especificadas algumas leis importantes na dinâmica da legislação florestal vigente.

Analisando o Código Florestal, Lei n.º 4.771/1965 (modificada Lei n.º 7.803/1989) define as Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal segundo os parágrafos II e III, sendo a área de preservação permanente como área protegida nos termos dos arts. 2º e 3º desta Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas; e a Reserva Legal sendo a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à

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5 conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.

Ainda em seu Art. 2° temos conhecimento das áreas consideradas de preservação permanente, pelo efeito desta Lei, as florestas e demais formas de vegetação naturais situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água, desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima especificada nesta lei; ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais; nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura; no topo de morros, montes, montanhas e serras; nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45°; e outras contidas nesta lei.

Outa importante Lei, a saber, é a Resolução CONAMA 237/1997 dispõe sobre licenciamento ambiental sendo de competência da União, Estados e Municípios; listagem de atividades sujeitas ao licenciamento; Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental.

O Departamento de Florestas e Áreas Protegidas – DEFAP/RS é o órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) responsável pela política florestal e gestão de unidades de conservação do Estado, através de ações de normatização, planejamento, programas, coordenação, licenciamento, cadastramento e fiscalização.

Os conselhos municipais de meio ambiente são órgãos colegiados inseridos no poder executivo municipal de natureza deliberativa ou consultiva integrados por diferentes atores sociais que lidam com temas relacionados ao meio ambiente e que integram a estrutura dos órgãos locais do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), sistema que se encontra previsto no artigo 6º da lei federal nº. 6.938/1981.

2.3 PLANEJAMENTO URBANO NO MUNICÍPIO DE SÃO DOMINGOS DO SUL/RS

Na estrutura administrativa da Prefeitura Municipal, o Meio Ambiente está vinculado à Secretaria da Saúde, portanto é um departamento, SESMA – Secretaria de Saúde e Meio Ambiente. O Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMDEMA) foi criado pela Lei n.º 699/03 e alterado pela Lei 819/2005, que altera também a composição sendo a seguinte:

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6 • Poder Público: 01 membro da Brigada Militar, 01 membro da Secretaria da Agricultura, 01 membro da Secretaria da Saúde, 01 membro da Escola de Ensino Médio Frederico Benvegnú, 01 membro da Escola Giovani Mognon;

• Da Sociedade Civil: 01 membro da Associação Sulina de Créditos (ASCAR/EMATER), 01 membro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, 01 membro da ASEBAL (Associação de Extratores de Basalto), 01 membro do CTG (Centro de Tradições Gaúchas) Presilha Serrana, 01 membro do CTG Raiar dos Pampas.

A Lei n.º 701/03 cria o Fundo Municipal de Meio Ambiente (FAMMA). Sendo que o COMDEMA é pouco atuante e o FAMMA é destinado a outras áreas que necessitam de recursos.

A Lei n.° 827/2005 institui a Lei de Diretrizes Urbanas do Município, segundo Art. 5º a política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante algumas diretrizes levando em conta o saneamento, infraestrutura urbana, o transporte, lazer em garantia a cidades sustentáveis. A ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar principalmente a degradação ambiental e ocupação de APPs.

Quanto às Áreas Verdes, Plano de Arborização Urbana e Potenciais Unidades de Conservação, a lei de Diretrizes Urbanas do Município (Lei Nº. 827/2005) destaca em seu inciso § 3º que são consideradas zonas de preservação permanente legal, na forma do artigo 9° do código Florestal, aquelas ocupadas por florestas de propriedade particular, enquanto indivisas com outras sujeitas a regime especial, e que ficam subordinadas às disposições que vigorem para estas.

Em seu art. 21 destaca que são consideradas Zona de Preservação Permanente Ecológica, os parques naturais (federais, estaduais e municipais), as praças e recantos destinados ao lazer ativo ou passivo da população.

Esta mesma lei destaca também que nas APPs só se permite uso para lazer e fins científicos, desde que não ponham em risco as características ambientais, sendo proibido qualquer tipo de edificação, salvo quando imprescindível para conservação, fiscalização, ou melhor, utilização da área.

Quanto as APA’s (Área de Preservação Permanente) nesta mesma lei de diretrizes destaca-se o Art. 20 Serão consideradas zonas de preservação Permanente Legal, aquelas sujeitas à preservação permanente por disposição da Lei Federal ou Estadual. E seu § 1º Serão consideradas Zonas de Preservação

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7 Permanente Legal, na forma do Art. 2º do código florestal, instituído pela lei Federal n° 4.771/1965, aquelas ocupadas por florestas e demais formas de vegetação natural segundo esta lei.

Destaca-se também o parágrafo: III- Patrimônio físico, histórico, cultural, artístico, turístico, paisagístico – preservação de bens patrimoniais naturais como às águas, a fauna e a flora; de bens criados pelo homem, como foram de resgatar e consolidar a identidade do Município.

No momento não há nenhum projeto com relação à APPs em andamento, mas o Licenciamento Ambiental Municipal cumpre a legislação ambiental com relação à preservação de nascentes e cursos d’água, orientando os pequenos produtores rurais aos benefícios da mata ciliar para a preservação dos recursos hídricos, orientando para que sejam repostos as mudas nativas de árvores dos Alvarás Florestais emitidos nestes locais.

No município grande parte das propriedades rurais possui a Reserva Legal, que segundo o código florestal é de 20%, deve ao relevo montanhoso do município que devido às áreas mais montanhosas, onde não é possível mecanizar, a serem reflorestados, também só são liberadas licenças caso haja esta reserva na propriedade.

Tem-se dificuldade na reposição das APPs conforme o código Florestal vigente, pois ali estão localizados as áreas mais planas, ou seja, as várzeas usadas para o plantio de culturas anuais, sendo que são pequenas propriedades com média de 20 hectares, possuindo muitas vezes poucos hectares próprios ao plantio, para a subsistência destas famílias.

Outro problema enfrentado é a atividade de bovinocultura de leite, uma das principais fontes de renda dos pequenos agricultores familiares, com expressiva dimensão neste município, encontrando-se grande parte desta localizada em APPs, relatando aqui a importância de levantar está questão ambiental.

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3 CONCLUSÃO

No município, podemos destacar brevemente alguns fatores abióticos importantes para diagnosticar o meio ambiente local; quanto ao clima está classificado como temperado; pluviosidade anual varia de 1.250 a 2.000 mm, ocorrendo secas e cheias regularmente; a temperatura média anual gira em torno de 19ºC, estando situado na Zona Tropical, no entanto, os invernos são rigorosos, com quedas acentuadas de temperaturas em torno de 0ºC e com frequentes geadas, típicas do RS. Quanto a Hidrologia o principal rio é o Carreiro, seguido pelo São Domingos e outros de menor volume de águas que desembocam nestes citados; estando compreendido na Bacia Taquari-Antas.

Quanto à geologia, de acordo com o inventário Florestal do RS, o município encontra-se na Unidade de Relevo Planalto das Araucárias, com desníveis superiores a 45º. Os solos são classificados em Neossolo Litólico Eutrófico Chernossólico (Strek et al, 2002), constituídos por perfis pouco profundos, apresentando pedras à superfície, sendo solos de fertilidade natural muito elevada, com altos valores de PH, há restrições agrícolas pelo relevo ondulado, propício à erosão se não for manejado adequadamente, além de serem solos pedregosos. O relevo impede a mecanização em muitas áreas, e, além disso, nas várzeas está sujeito a erosão fluvial. Como o relevo não permite muitas vezes o cultivo de cultivares anuais, a bovinocultura de leite, tem sido uma das alternativas para os agricultores, tendo a preocupação que a bacia leiteira estar localizada em APP.

Quanto aos fatores bióticos é de suma importância destacar quanto à vegetação que o município está localizado no Bioma Mata Atlântica, proporcionando uma enorme diversidade biológica, que veio sendo devastada grande parte desta mata pela ação do homem. De acordo com o Inventário Florestal do RS, encontram-se nesta região as famílias Myrtaceae, Lauraceae, Asteraceae, Fabaceae e Mimosaceae. Quanto à fauna, na região destaca-se a província Tupi, que é a região de mata atlântica, sendo que há uma riquíssima fauna, variedades de aves, mamíferos, répteis, anfíbios e peixes silvestres.

Concluímos a importância de preservar a vegetação nativa afim de que estas espécies possam ter seu hábitat e não venham a desaparecer. Quanto a questão da bovinocultura de leite, sugira-se que isola-se nascentes, banhados e córregos, afim de evitar a contaminação dos recursos hídricos.

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REFERÊNCIAS

BRASIL, Código Florestal Brasileiro. Lei 4.771, 1965 acessado em 03/04/2012 disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4771.htm

BRASIL, Resolução CONAMA 237, 1997, acessado em 24/03/2012 disponível em http://www.cati.sp.gov.br/Cati/_servicos/dcaa/legislacao_ambiental/Resolu%C3%A7 %C3%A3%20CONAMA%20237_1997%20-%20Licenciamento%20Ambiental.pdf CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, acessado em 01/04/2012 disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Municipal_de_Meio_Ambiente

MAGALHÃES, Hamilton. Direito Ambiental, acessado e 10/04/2012 disponível em http://www.direitoambiental.adv.br/ambiental.qps/Ref/PAIA-6SRP7H

RIO GRANDE DO SUL, Secretaria Estadual do Meio Ambiente disponível em http://www.sema.rs.gov.br/conteudo.asp?cod_menu=163

SÃO DOMINGOS DO SUL/RS. Censo IBGE, 2010, acessado em 10/03/2012 disponível em

http://www.censo2010.ibge.gov.br/primeiros_dados_divulgados/index.php?uf=43 SÃO DOMINGOS DO SUL. Conselho Municipal de Meio Ambiente, Lei n.º 699 de 2003, acessada em arquivos da Prefeitura Municipal.

SÃO DOMINGOS DO SUL. Fundo Municipal de Meio Ambiente, Lei n.º 701 de 2003, acessada em arquivos da Prefeitura Municipal.

SÃO DOMINGOS DO SUL, Lei de Diretrizes Urbanas do Município, Lei n.º 827 de 2005, acessada em arquivos da Prefeitura Municipal.

SILVA, F., Mamíferos Silvestres do Rio Grande do Sul. 2 Ed. Porto Alegre, 1994. DUNNING, J. e BELTON, W. Aves Silvestres do Rio Grande do Sul. 3 Ed. Porto Alegre, 1993.

STRECK, E. V. et al. Solos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, EMATER/RS; UFGRS, 2002.

Referências

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