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26º SIMPÓSIO ESPIRITA A LUZ DIVINA. A Educação do Trabalhador Espírita

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Academic year: 2021

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26º SIMPÓSIO ESPIRITA “A LUZ DIVINA” A Educação do Trabalhador Espírita

Para falar sobre a educação a primeira lembrança que nos vem é a da Escola, onde gostávamos de estudar determinadas matérias e outras nem tanto.

Mas estudar e educar-se implica em assumir responsabilidades.

A principal proposta é a nossa transformação, é a mudança que devemos empreender em nós. A transformação pessoal leva à transformação social.

Como espírita, sabemos que já tivemos e teremos várias encarnações. Então, será que podemos ir resolvendo as pendências aos poucos? Não. Não podemos. A proposta é começar já a eliminação dos nossos vícios.

Por que pensar na educação do trabalhador espírita? A nossa proposta para hoje é falar sobre este assunto, mas, então, vamos mudar o foco e vamos falar sobre a nossa própria educação, a educação individual. Reconhece-se que está quase impossível viver em sociedade, nos dias de hoje. Mas, a sociedade é feita por nós mesmos!

Se nos propusemos a ouvir e refletir a respeito da educação, analisemos quais os postulados do Espiritismo, o que a Casa Espírita nos oferece a respeito.

No túmulo de Allan Kardec, no Cemitério de Perè-Lachaise, em Paris, foi colocada a seguinte frase, de autoria de Edgar Allan Poe: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre tal é a lei”.

Quando passamos a frequentar a Casa Espírita criamos um vínculo, quer seja pelo estudo, pela participação às reuniões, pelo trabalho ou pela assistência espiritual recebida. A Casa Espírita é a soma de cada um dos trabalhadores e frequentadores.

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Vale para nossa reflexão, perguntar: “O que trago para a Casa Espírita? O que levo da Casa Espírita para a Sociedade? Como ser espírita da porta para fora da Casa Espírita?”

Devemos ser coerentes naquilo que nos propomos a ser, naquilo que acreditamos e naquilo que devemos ser.

A origem de qualquer estudo pautado na Doutrina Espírita está contida nas obras que denominamos como “Pentatêuco Kardequiano”, que são as obras básicas da Codificação: “O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espíritismo, O Livro dos Médiuns, A Gênese, O Céu e o Inferno e, acrescentamos, Obras Póstumas”. Estes livros formam a estrutura e são como o “esqueleto” que sustenta o estudo da Doutrina.

Outras obras são os livros de Léon Denis, André Luiz, Manoel Philomeno de Miranda, que representam os “músculos e órgãos” e complementam os estudos. Não são recomendadas obras desvinculadas da Doutrina, apresentadas por falsos Cristos e falsos profetas que são “gordura nociva ao organismo”.

O Livro dos Espíritos, no Livro Terceiro, capítulo VIII, nos esclarece sobre a Lei do Progresso, e na questão 776 diz: “O estado natural é o estado primitivo. É a infância da humanidade e o ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e moral.

Na questão 783, Kardec perguntou sobre o aperfeiçoamento da Humanidade, ao que lhe foi respondido que “Sendo o progresso uma condição da natureza humana, ninguém tem o poder de se opor a ele”.

Prosseguindo, na questão 785, Kardec insiste em qual seria o maior obstáculo ao progresso? E a resposta firme: “São o orgulho e o egoísmo que entravam o progresso moral porque o progresso intelectual avança sempre”.

E respondendo a Kardec, sobre a Civilização, na questão 790, foi-lhe informado que “A civilização é um progresso incompleto, pois o homem não passa subitamente da infância à maturidade”. O progresso completo só se dá com o desenvolvimento moral e o intelectual.

Na sociedade atual, o “amadurecimento psicológico exige contínua atividade moral e cuidadosa realização pessoal”, nos diz Joanna de Ângelis.

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Consciência de Sono Sem Sonhos – Identificação do Eu (Sono) Apego e Combate – preservação – mudança do instinto para razão Pessoa mal vê o outro. Olhar quase de narcisismo para si mesma.

Consciência de Sono Com Sonhos - Identificação do outro (Despertamento) Limites à minha liberdade – Fase atual do Planeta (com entraves ao pleno progresso)

Consciência de Sono Acordado – Grupo – Humanidade somos todos nós – Amor ao próximo como a nós mesmos.

Ainda há na Sociedade atual há o predomínio do egoísmo – lampejos de altruísmo em alguns grupos.

Grande tensão – sentimentos exacerbados – intolerância E quanto ao Progresso?

Noções de Humanidade – Pequena substituição do individual para o coletivo Escândalo que auxilia – choque que gera a mudança de comportamento: cataclimas.

O caminho é O Evangelho Segundo o Espiritismo. No capítulo XVII vamos encontrar os caracteres do Homem de Bem.

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Dentre os que viveram a nossa era, o exemplo de homem de bem é Chico Xavier.

Os caracteres do Homem de Bem são:

1. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. É a fé incondicional.

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2. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. É o desapego.

3. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Assume a responsabilidade por seus atos, é justo.

4. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Amor ao próximo e prática da caridade.

5. Encontra satisfação, e não orgulho e vaidade, nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos aos outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. É a caridade essencial.

6. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. É o amor incondicional.

7. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança maldição, excomunhão, repreensão aos que como ele não pensam.

8. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Exercício do perdão e do esquecimento das ofensas, incondicionais.

9. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É a isenção de culpa, perdão e autoperdão.

10. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Não julga.

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11. Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, por relação profissional, de comando, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.

12. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Emprega todos os esforços para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.

13. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Ausência de vaidade.

14. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Desprendimento.

15. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.

16. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.

17. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.

18. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.

“O mundo se prepara para experimentar o resultado do plantio de uma semente ruim. Apesar de todos os esforços empreendidos por Jesus e seus mensageiros, desde Moisés até os dias de hoje, a humanidade insiste em trilhar seu próprio caminho, afastada de Deus e dos ensinamentos que poderiam nortear os rumos de sua caminhada. Infelizmente, somente a dor irá despertá-la para sua dura realidade de mundo dominado pelo atraso e pela ignorância das leis divinas, que nada mais são que as leis naturais que orientam a vida em qualquer

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recanto do Universo. Da grande árvore plantada pelos homens vertem frutos amargos que não alimentam as almas do essencial, mas de efêmeras luzes que enfeitam o orgulho e a vaidade.”

(Mensagem recebida em São José do Rio Preto, no Grupo Espírita Bezerra de Menezes, em maio de 1998).

“A semente ruim germinou e encontrou terreno fértil para desenvolver sua obra de grandiosidade e engano. A soberba é o mal do vosso século, a doença do tempo presente. Não vos deixai contaminar por ela. Amando a si mais que a Deus, o homem trilha caminhos que o levará ao sofrimento. Está escrito na Lei: Não passará o tempo até que tudo se cumpra. Cada fio de cabelo de vossas cabeças estão conta dos, assim como se contaram as estrelas dos céus. Fazeis parte do plano Divino e o grande Pai espera pacientemente o regresso de vossas almas ao mundo original de onde saíram” - João de Arimatéia.

• SEMEIA UM PENSAMENTO, COLHE UM ATO • SEMEIA UM ATO, COLHE UM HÁBITO • SEMEIA UM HÁBITO, COLHE UM CARÁTER • SEMEIA UM CARÁTER, COLHE UM DESTINO

Hilda Maria Francisca de Paula

Palestra proferida em 07 de abril de 2012, na Instituição Beneficente “A Luz Divina”

26º Simpósio Espírita “A Luz Divina” de 02 a 28/04/2012

Referências

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