Director-Vresidente
HQRACIO DE CARVALHO JÚNIOR
Fundador: J. E. DE MACEDO SOARES
Dircctor-Thesoureiro J. B. MARTINS GUIMARÃES
Anno Xí - - Numero 2.955
Rio de Janeiro, Sexta-feira, 28 de Janeiro de 1938
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Praça Tiradentes n." 77
0 SR. ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA FALOU AOS NOSSOS COLLEGAS D'"A TARDE"
-
GO-MO Ò JORNALISTA VIU EM NOVA UMA 0 EX-CAJÍDIDATO DA U. D. B.
y
NO RIO O INTERVENTOR DE MATTO GROSSO — ESPERADO HOJE O MINISTRO DA JUSTIÇA
— O EMBAIXA
DOR MACEDO SOARES. CHEGA AMANHÃ PELO
"CONTE GRANDE"
fMSRSMtâVffi *-.**. WJJK
Sr. ,T. C. de Macedo Soares A politica continua sem novi-'"''¦; 'dades.
Hontem, os hoSSos''cól-'legas
d'"A Tarde" appareceram,
no scenario jornalístico, com uma entrevista do sr. Armando de Salles Oliveira, que, como sc sahc, fixou residência cm Nova Lima, numa fazenda bucólica do interior mineiro.
O ex-governador paulista fa-lou sobre vários assumptòs na-cionaes e internana-cionaes.
De suas declarações, as que interessam são naturalmente as de caracter politico.
O jornalista que visitou e ou-viu o cx-candidato da U. D. B. assim resumiu a conversa man-tida sobre assumptòs da poli-tica brasileira:
"Primeiro, a conversa gira sobre politica nacional. Natu-ralmente não pretendemos ia-zer uma entrevista. Mas con-versamos. O sr. Armando de Salles, não obstante certas res-fricções que são impostas á.sua correspondência, está mais ou menos bem informado. Acom-panhà os factos do Estado No-vo, e os commenta. Seu esta-do de saúde é visivelmente bem — e os seus nervos também de-vem funcciónnrüdkei,tor:. ¦ yft|i
Fala sem irritação, mas nao
appella para o "humor". Fala com seriedade e quando cri ti-ca, não põe na crititi-ca, meias palavras, nem palavras de mais'locamos na viagem do sr. Ge-túlio Vargas ao Sul, nas pri-sões de conspiradores
integra-concernentes á sua administra-ção.
O desemharque realizar-se-á á tarde, no aeroporto Santos Dumont, na Ponta do Calabouço.. * * * No Palácio ^o Cattete
despa-Dinheiro Americano
á Disposição do Braisl
WASHINGTON, 27 - (U. P.)
—
Infor-ma-se, autorisadamente, que foram offerecidas
ao Brasil, verbas do fundo secreto de estabilisa>
ção do governo americano, á semelhança
de
au-xilios que estão sendo concedidos á França, ?. o
México e á China, para sustentar as moedas
des-ses paizes, mas acerescenta-se que o Brasil não
pediu tal assistência e que provavelmente a
mes-ma não lhe interessa.
UM CONSELHO
Que Mão Se Poie Seguir
Coma muita fruta, diz a I. P. E. S,
esquecendo-se que as frutas estão pela hora da morte
O conselho é muito bonito. Muito bem-intencionado. Muito a oroposiio, com a onda de ca-[oc que era avassala o Rio... uiz a 1. if. íü. *>¦< *-¦-•"• "-• •
Num ligeiro inquérito que se faça, porém, sobre o preço das frutas chega-se á conclusão que só os ricos poQtiu úcüuii „ — .
,..i couocnu üa i.' _*-. E. S. Só cs
Sr. Armando de Sal i
; ty&ÊÊ$M0fâÊÊLW*.. ¦¦'*,*.- ¦¦¦¦¦¦¦ ¦'' \!
\Jm vendedor de maçãs espera*
eloqüência demosthenica que se deve comer muita W»:.*»™ e a toda Hora, alimento ideal e substancioso que sao «£«?»* mreãs; as palhdas Ve™% ', uvas cór cia esperança e cor da noite; as mangas .escarlsites pecegos de cór indefinivel.
. r„jo preço ê simplesmente itivo
, ricas podem comer, vfla£f ; frutas, num tributo a boa hy-! Hpi-,e e á densa sauae... i g Os nobJes. coitados, mal
po-de?n adquirir a prosaica banana. I nue por Eignal, engorda e faz CT^cen conforme diz a canção l popular.. •
listas e em certos factos da politica mineira. O sr. Arama-do Salles acompanha com at-tenção o governo do sr. Vai-ladares e nos pede detalhes so-bre a applicação de alguns de-cretos-leis do governador mi-neiro.
Esse homem, para quem a politica não está sendo oro-priamente generosa, não per-de seu interesse pela politica. Quando deixa de falar nisso c para abordar assumptòs de ad-ministração e dc economia. Uma grande parte de seu tempo é dedicado á leitura. E elle lios confessa que lê de preferencia livros que tratam de politica, economia, sociologia c historia. O livreiro José Olympio costu;-ma lhe costu;-mandar as novidades". B assim termina a parte po-litlca da entrevista:
"Conversa vae, conversa vem, e o repórter repete um boato, aliás sem fundamento, que ou-viu no Rio: o governo federal pretende dar liberdade ao sr. Armando de Salles, afim cie que elle viaje para qualquer paiz estrangeiro. O sr. Arman-do diz apenas:
— "Não pretendo, absoluta-mente, sair do Brasil".
ifc * *
Pelo "Conte Grande" deverá chegar, amanhã, ao hio, o se-nhor José Carlos dc Macedo Soares, que regressou hontem a São Paulo, depois de curta esta-da em Lindoya.
Interrogado pelos rcport'ercs paulistas sobre a noticia cor-rente de que a sua viagem te-ria sido motivada por um tele- ] gramma recebido do Rio, o em-baíxadór Macedo Soares contes-tou o boato. E declarou que não tinha urgência cm volver á ca-pitai do paiz, tanto assim que viajaria calmamente, via San-tos.
;»- ? a
Chegou hontem a esta capi-tal, o sr. Júlio Muller. Interro-gado pelos jornalistas, o inter-ventor cm Matto Grosso deqla-rou que veio ao Rio a chamado do ministro da Justiça.
Ies Oliveira
charam com o presidente da Re-publica os srs. almirante Aris-tides Guilhem, ministro da Ma-rinha, e general Eurico Dutra, ministro da Guerra; tendo con-ferenciado também o sr. Ar-thur de Souza Costa, ministro da Fazenda.
* * *
Deverá regressar hoje, de Bei-lo Horizonte, por via aérea, o ministro Francisco Campos.
Segue hoje para São Paulo o sr. Fernando Costa, ministro da Agricultura.
(Conclue na 3". pagina)
Centenário do Conselheiro
MAC EDO
SOA R ES
A homenagem da Academia Brasile ira de Letras
— 0 discurso
pronun-ciado, em agradecimento, pelo des, Julião Rangel dc Macedo Soares
A Academia Brasileira de Le-trás, em sua sessão de 19 dp corrente, prestou merecida no-menagem ái memória do grande brasileiro que foi o conselheiro Macedo Soares.
Interpretando, então, o sentir do alto cenaculo, pronunciou brilhante ^discurso o acadêmico Glaudio de Souza, presidente
ídÍB^tò^^^P^_l£^4iÉ^è
; tíòníem'?'¦hòvatríertte em-sua sessão, semanal, a, Academia Brasileira de Letras oecupou-se ainda da personalidade do ilius-tre brasileiro. .
Sciente que se encontrava no recinto o desembargador Juliao Rangel de Macedo Soares, o acadêmico Ataulpho de P va solicitou ao presidente Cláudio de Souza fosse designada uma commissão para-.recepcionar o illustre visitante. Designados para essa tarefa, os acadêmicos Roquette Pinto e Oetavio Man-gabeira foram ao encontro aa-quelle magistrado, conduzindo-o até a mesa das sessões.
Agradecendo, então, as justas homenagens prestadas ao bra-sileiro digno, cujo centenário transcorreu entre homenagens as mais expressivas o desem-bargador Julião Rangel de Ma-cedo Soares pronunciou o se-guinte discurso:
"Exmo. Sr. Presidente. — Bxmos. Srs. da Academia Bra-sileira de Letras.
Por força de circumstancias especiaes e, talvez, só por força
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vtmmmmmmmmmmm*W't<^r^-1^m ' ' "¦¦¦—¦ ' "i dellas, encontro-me aqui Conselheiro Ma cedo Soaresneste va Macedo Soares augusto cenaculo, fiado naquel
la nobre audácia que costuma
^Terüo Solução
OS ãrVO'
\'.y-.
do
"Nordeste
AS PALAVRAS DE FE' DE UM ADMINISTRADOR QUE SENTIU DE
PERTO AS NECESSIDADES DA REGIÃO ESTOICA ||
E' esperado hoje, nesta capi-tal, pelo avião da Condor, o se-nhor Paulo Ramos, interventor federal no Estado do Maranhão, que vem cuidar de assumptòs
O ministro 0',sr. coronel Mendonça Li-ma. ministro da Viação, acquies-cendo ao pedido dos jornalistas acreditados no seu gabinete, concedeu houtem aos
represen-Mendonça, Lima, falando aos jornajlstas
tantes dos jornaes uma entre-1 te como ponto capital de sua vista coiléctiv—
Inicialmente S. ex. falou dos objortivos de sua viagem ao Norte, condicionando o
nordes-infundir nos entreantes da advocacia-e das letras, cm geral, porque só es-cudado no cumprimento de im-parioso dever poderia, achar-se entre vós.
Mas, eis que nos congregamos sob a invocação de Antônio Joa-quiiu dc Macedo Soares, emulo dc Teixeira de Freitas, como ha bem nouco disse Vieira Ferrei-ra Netto, joven e distineto ma-gistrado fluminense, quando na solennidade commemorativa do centenário daquelle, no Tribu-nal de Appellação do meu Es-tado.
Pcrdoac-me. vós expoentes de nossa cultura, alçar tão alto para dizer-vos algo da gratidão dos filhos, dos descendentes, daquelles. emfim, que se hon-ram dc trazer o nome de Ma-cedo Soares, nesse momento cm que, de todos os recantos dc nossa pátria, ouvimos o écho abençoador a quem soube per-sonificar a bondade desde a mais tenra edade. como filho, irmão, collega, amigo c, nos atividades publicas, como, po-litico, juiz, cidadão, em su.mma. Eil-o na poesia: leiamos a ul-tinia quadra que enviara, ê>i S. Paulo, á sua carinhosa mãe, no dia de seu natalicio: ,
"A' ti consagro este meu rude ¦ ' -. . [canto, Deum'alma enferma desbotada [flor: A' ti; que de tão longe ao filho [inspiras Co'a tua imagem, vida,, alento [e amor". Védc com que delicadeza aos dezeseis annos elle'se dirige * sua irmã, pelo mesmo motivo:
"Sê feliz, sé tam pura e en-Tcantadora; Sé Anjo dos Céos,
A poesia dos Céos è a pureza, Sd Virgem de Deus.
Oh! vive — vive muito e mui [ditosa P'ra gloria dos teus".
(Conclue na 2". pagina) visita, í onde entrou em
conta-cto com aquelle povo valoroso e estoico, pára ver e sentir _s
(Conclue na Z*. pagina)
SAL DE FRUCTA ENO
Laxante suave
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DIÁRIO CARIOCA — Sexta-feira, 28 de Janeiro de 193S
NOTICIÁRIO
I
Pelas exposições anteriores, tornamos evidente á imprescin-divel inadiabilidade duma lei monetária parallela á lei ban-caria em realização, de. molde a ae corrigir os senões do sys-tema que herdamos do Brasil colonial, sbsoleto e comjilicado, não consultando os interesses da moderna economia. '?
13' sabido que a primeira lei sobre moedas que ádoptamos como nação independente, foi a de 8 de outubro de 1833 — "com a qual — declara provecto financista — pretendeu-se põr termo á confusão que havia nos valores das moedas dè' ouro o do prata porque pela provisão do Ministério da Fazenda de 18 do mi-smo mez e ánno, expedi-da para execução dà lei; ficou legalmente reconhecida a rela-ção de l: 15 5j8, entre'os dois metaos, admittindo-se o syste-raa do duplo padrão.até que o decreto de 28 de julho de 18*9 estabeleceu o principio que ain-da hoje prevalece de um uni-co padrão de ouro, as moedas cie prata sendo consideradas au-xilíares do systema e admitti-das tia circulação com valores nominaes superiores aos valo-res reaes, 9,863 °|° mais."
A lei monetária mais moder- , na, é a de n 5.108, de 18 de de
Terão Solução
os Problemas do
Nordeste
(Conclusão da 1* pagina) necessidades mais .".-ementes que os affligem.
Declarou-se s. ex. plenamen-te satisfeito, felicitando-se a si próprio pelo pensamento que o levara áqüella viagem, lamen-tando, entretanto, á premencia de tempo'¦ da duração da excur-são.
A seguir o coronel Mendonça Lima fez um relato completo de tudo quanto lho foi dado assis-tir em toda a excursão, dizen-do das providencias que, sem demora, tomará afim de solu-CÍonar os problemas daquelle rincão distante, onde o homem jamais perde a esperança, nem desespera ante empecilhos os mais sérios.
PAGAMENTOS NA
PREFEITURA
Serão pagas, Jboje, qa PrefeI-tura, as seguintes folhas de de-zembro pí findo: |' \\
Na 1* Secção — das 12 ás 15 horas:
Livro n° 49 — guichet n° 2; Livro 50 — guichet 4; Livro 51 —- guichet 5; Livro 52 — gui-chet 12 na 3". secção; Livro 53 --guichet 11 da 2a secção; Ll-vro 54 — guichet 6; LiLl-vro 55 guichet 14 da 3" secção; Ll-vro 56 — guichet 15 da 3" se-cção; Livro 57 — guichet 11; Liyro 58 — guichet 7; Livro 59 .guichet 8; Livro 60 — Gui-chet 16 da 3* Secção; Livro 61 guichet 3; Livro 62 — gui-chet 1; Livro 63 — guigui-chet !); Livro 64 — guichet 10; Livro 65 — guichet 10 da. 2" secção* Livro 66 — guichet 9 da 2" se-cção; Livro 66-A — guichet 8 da 2* secção; .Livro 67 — gui-chet 13 da 3* secção.
Aviso: — Nenhum pagamen-to será attenclido fora da hora determinada, isto é, das 12 ás 15 horas,
Na 2' Secção (Pessoal ope-rario) — das 8 ás 11 horas:
Livro n° 185 — Matadouro — no local; Livro 186 — idem idem; Livro 187 — idem idem; Livro 206 — idem idem;-Livro 146 — Limp. Pub. — no local; Xivro 188 — guichet 1; Livro IM — guichet 2; Livro 190 — guichet 8; Livro 191 — guichet 4; Livro 192 — guichet 5; Li-vro 193 — guichet 6; LiLi-vro 194 guichet 7; Livro 195 — gui-chet 8; Livro 196 — guigui-chet 9; Livro 197 — guichet 10; Livro 198 — guichet 11; Livro 199 — guichet 1 da 3"- secção; Livro 200 — guichet 2 da 3" secção; Livro 201 •— guichet 3 da 3* 3c-cção.
'Das
20 As 23 horas:
Livro 128 — guichet 1; Livro 136 ~- guichet 2; Livro 140 — guichet 3: Livro 141 — guichet 4', Livro 142 — guichet 5; Ll-vro 143 — guichet 6; LiLl-vro 144 —• guichet 7; Livro 145 — gui-chet 8: Livro 146 — guigui-chet 9; Livro 147'— guichet 10; Livro 148 — guichet 11; Livro 149 — guichet, 1 tia 1* secção; Livro 150 --• guichet. 2 da 1* secção: Livro 151 — guichet 3 da 1' se-cção; Livro 152 — guichet 4 dn 1» secção; Livro 153 — guichet 5 da l1 secção; Livro 154 guichet 6 da 1" secção; Livro 155 — guichet 7 da 1* secçãn; Livro 156 — guichet 8 da 1"
se-cção. ....
Aviso: — Nenhum pagamento será atiendido fora das horas estabelecida**.
:-Serão pagas amanha (sábba-do), das 8 ás 11 horas, as se-guintes folhas do mez de dc-zembro p. p.:
Na 2a Secção (Pessoal opera-rio):
Livro 175 — guichet 2: Livro 176 — guichet. 3:. Li«ro 177 — guichet 4; Livro ,1.78 — guichet 5; Livro 179 — guichet 6; Li-vro 180 — guichet 7: LiLi-vro iSl — guichet 8; Livro 182 — gui-chet !<: Livro 183 — guigui-chet 10:
Livro 1S4 — guichet 11.. Aviso: — Nenhum, pagamen-Io perp .-ftendido fora flti hora ¦ -'-licU- -ida. O pagamento de "-íN-así"'"*»'* será annunciatio c " :>> ':»nrmente.
zembro de 1926, quei' prática-mente, não passou duma experi-mentação. A Caixa de Estabili-zação criada por essa lei — "para troca das notas em ouro e do oure assim depositado em notas" pois que "todo papei moeda em circulação na Impor-tar.cia de 2.569.304:350$ (dois milhões quinhentos ,*>¦ sessenta e nove mil trezentos e quatro contos e trezentos e. eineoenta mil réis) " seria "convertido em ouro na base de 0,gr..,20Q (du-zentos milligramas ) ..por mil réis", não1 chegou a funecionar — não passando todo o.plano de um sonho dourado ..'que as realidades nacionaes se incum-biram de interromper e apa-gar...
A nova lei monetária que, cer-tamente suecederá á lei banca-ria, poderá recapitular os ensi-namentos, aliás férteis do pas-sado, fixando padrão compati-vel com a situação econômica nacional o, sua correlação com a economia do mundo, inslitu-indo divisas metallicas de fácil manejo, de valor menos oscil-lante, afinal, destinadas á me-lhor sorte que o mil réis" — apesar da pomposidade megalo-maníaca da designação, desti-nado a uma vicia de abalos ire-quentes e lamentáveis.'
:-- "GIL AMÓRA.
A PolitiGa
Con-tlnua Sem
NO-!As Irradiações de Hontem Para a
Itália e Para o Brasil Promovidas
Pe!o Departamento Je Propag
Impressões de Bruno Mussolini e do s seus companheiros do grande vôo
—,—,—,—„,__ „„.
vidades
(Conclusão da 1» pagina) O sr. Francisco Campos deve-rá embarcar amanhã para São Paulo, onde permanecerá dois dias. " '.'. " .'•''
Ao interventor em S. Paulo o sr. Getulio Vargas dirigiu o se-gulnte telegramma:
"Tenho a satisfação de apre-sentar a v. excia. sinceras fe-licitações pela grande data da fundação de S. Paulo, cujo pro-gresso e engrandecimehto cons-tituem o orgulho legitimo de todos os brasileiros, honrando altamente as energias e o tra-balho do povo bandeirante. —
(a) Getulio Vargas".
Foi transferida para ó dia sete de março próximo a ins-, tallação, nesta capital, da con-ferencia dos secretários de Fi-nanças de todos oè estados, convocada pelo ministro dà Fa-zendá' cóih Qíim de .estudar ! o systema tributário ém face dá Constituição de dez. de «ovem-bra e' qué. se devia reunira sete de fevereiro.
O estado - de saúde do sr. Loureiro Silva, prefeito de Por-to Alegre,, agravou-se subta-mente. O enfermo terá que se submetter a uma operação ei» mrgica.
Em transito para Recife pas-sou por Natal, o coronelMaga-lhãcs Barata, que visitou. en*. palácio o interventor federal.
HOMENAGENS AO MINIS-TRO DO TRABALHO NO
CEARA'
FORTALEZA, 27 (Agencia Nacional) — De todos os niu-nlcipios do Estado chegam no-tlcias de festas commemórati-vas da passagem do anniversa-rio natalicio do ministro • Wal-demar Falcão. As manifesta-ções do povo em torno do no-me do ministro do Trabalho que é indistinetamente aceito por todos os cearenses como uma natural'e suprema expres-são do Estado no concerto da política e da administração do paiz.
Na defesa dos
interes-ses da lavoura
O ministro Fernando Costa recebeu em seu gabinete òs srs. Alfredo Kirchner e Perlbanoz Martinez, importadores, de ar-seniato de chumbo, que soiici-taram providencias de s. ex. no sentido de favorecer a impor-tação daquelle produeto, sobre o qual — por .iniciativa do Minis-terio da Agricultura —feita cp-brada uma .taxa reduzida! Essa taxa, entretanto, que erá de 160 réis, foi elevada, em virtude de interpretação do Conselho: Ge-ral de Tarifa, pára' 1$600; fa-cto esse qüe está Impedindo o desembaraço de grande quanti-dade do alludido produeto, des-tinado a diversos agricultores. Tratando-se de artigo indis-pensavel "curuquerê", para o ataque ao praga que,. com-mummente ataca os algpctoaes, o ministro! da Agricultura';'pro-videnciou inimediàtaniente. jun-to do sr. ministro da Fazenda, afim de que seja desembarca-da a mercadoria pelo preço an-tigo.
Só no dia sete
reunir-se-á o secretariado de
Fazenda dos Estados
Marcada para oi» dia defe-vereiro, a reunião dos secreta-rios de Fazenda dos Estados,.só se realizará no dia sete de mar-ço próximo.
Esse conclave,". projectado pelo sr. Souza Costa, tem por ob-jectivo dar- um systema tribu-tario a ser modificado na base da Constituição de dez de np-vembro. '
-Por deliberação do titular das finanças os "trabalhos prepara-torios da reunião estão a cargo | da secretaria do Conselho Te-clinico de Economia e Finan-1 ças.
AA-:. ¦'y':AzAAzAA:zzzy
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<JMmmw!5mm>0isMi ¦¦¦ yyz.y ¦*i0^^^Ayy^àlA A ¦„•»>" ' ^ ' AAz-:/y.ic :$Sk_--':- ' ": ...'".- :¦:¦.¦¦¦¦.:..¦ , ¦: :':¦¦¦ . . ,¦ ¦¦.' ¦, .-".->:¦::¦¦- ¦ A ii i-i-ûtah,. y Bruno Mussolini A's 17 horas de hontem, na Radio Internacional dô Brasil, a rua Theophilo Ottoni os avia-dores italianos, eommandante Atílio Blseo e capitão Bruno Mussolini, e outros falaram a»i mierophone saudando o povo italiano.Antes o jornalista Maciel Fi-lho. director do "O Imparcial" pronunciou uma expressiva ora-ção.
NA "HORA DO BRASIL" Na irradiação da Hora do Brasil", que é como se sabe re-transmittida pela rede nacional, novamente os audazes pilotos italianos oecuparam o micro-phone.
Precedeu-os o sr* Lourlval Fontes, director do Departa-mento de Propaganda, que os saudou em uma allocução foca-lizando a projecção mundial do grande feito.
Essa irradiação retransmittl-da tambem na Itália, foi filma-da.
COMO FALOU O COMMAN-DANTE BIZEO
Foram as seguintes as pala-vras do eommandante Atílio Bizeo:
"Ha sete annos, quando vim ao Brasil pela primeira vez, aprendi uma palavra que ficou
g»i — i — i> — ii w i1 —i ii ¦¦ iiwnw ri ¦¦ n — ix
Notas do Ministério
Q ministro::do,"Trabalha, .sr*. Waldemar Falcão, recebeu, hon-tem, quinta-feira, dia de audi-enciã' dos Syndicatos, em seu gabinete, delegados das seguin-tes associações: Federação dos Marítimos, Syndicato dos Com-merciantes Atacadistas, Con-federação do Matte. Syndicato dos Logistas, União dos Em-pregados no Commercio, Syn-dicato dos Radiolelegraphistas Aeroviarlos, Syndicato dos Tra-balhadores em Usinas de As-sucar, e Classes Annexás de Campos, Syndicato Ferroviário da Estrada de Ferro Maricá, Syndicato dos Seguradores do Rio de Janeiro, Syndicato dos Músicos do Rio de Janeiro, Syndicato de Cargas e Descar-gas de Caxias, Syndicato dos Bancários do Rio de Jarteiro e Syndicato dos Enfermeiros Ter-restres.
. O ministro ' Waldemar Falcão compareceu, pessoal-mente, a sessão solenne de ins-tallação da Câmara de Com-mercio Nippo-braslleira, hon-tem realizada no edifício da Escola Nacional de Bellas Ar-tes.
O sr. Waldemar Fal-cão, ministro do Trabalho, fez-se reprefez-sentar pelo chefe inte-rino de seu gabinete, sr. Wal-dir Niemeyer, pelo seu assis-tente technico, sr. Faria Al-vim, e por seu official dé ga-binete, sr. Edmundo Bragante, na missa mandada celebrar pe-lo Lpe-loyd Brasileiro em memo-ria do eommandante do "Cuya-bá". "
O ministro do Trabalho, sr. Waldemar Falcão, fez-se re-presentar pelo sr. Heitor Mo-niz, do seu gabinete, na inau-guração do novo jornal "A Tarde", que hontem começou a circular.
Conferenciaram, hontem. com o ministro do Trabalho, entre outras, as seguintes pes-soas: almirante Álvaro de -Vas-concellos, dr. Barbosa Lima Sobrinho, dr. Pacheco de Oli-veira e dr. Luiz Sucupira.
0 sr. Fernando Costa
convidado a visitar o
Pará
Acompanhado do dr. Bhnéas Calandri.nl Pinheiro, director dos serviços articulados agrico-las do Estado do Pará, foi hon-tem recebido pelo ministro Fer-nando Costa, em audiência es-pecial. o dr'. Orlando Carvalho Oliveira, director geral de agricultura, e pecuária desse Estado, que coníerenclou com s. ex. sobre assumptos ds in-teresse econômico do rnesmo Estado ligados com .serviços do Ministério da. Agricultura.
Aproveitando .o ensejo, o dr. Orlando Carvalho do-Oliveira, convidou o ministro da Agri-cultura, cm nome -do intervi-n-toi" Josí- Malclier, para visitar o Rs*ado do P:\rZ:. por oci-asi3o de sua próxima ida ao Norte. O sr. Fernando Costa prometteu realizar ossa visita, opportuna-mente.
gravada em meu coração: "sau-dade". Sempre sonhei voltar e o meu sonho se realizou. Estou de volta e naturalmente pelo
ar. ... '
O nosso vôo ao Brasil teve dois objectivos: trazer uma mensagem de ¦',povo % povo e consolidar os laços de fraterni-dade já existentes. Essa men-sagem nos foi confiada ha tres ciias apenas e transportada so-bre as nossas asas como uma expressão do dynamismo fas-cista. Sentimo-nos orgulhosos de haver podido desertar o en-thusiasmo nos corações dos nos-sos patrícios, hospedes nessa grande República. Dirijo ã to-dos as saudações mais enthu-siastlcas e affectuosa dos "Ra-tos Verdes". Viva o Brasil! Viva a Itália"!
A ORAÇÃO DO MAJOR PARADISE
O major Paradise disse o sc-guinte:,"Sou
feliz por ter participa-do deste rápiparticipa-do vôo realizaparticipa-do conforme a vontade de nosso Duce, com estilo fascista.
Fiquei enthusiasmado por vos-so bellò paiz que eu taiito dese-java conhecer e saüdo com a maior sympathia os amigos bra-sileiros, e com fraternal affei-ção, meus compatricios reslden-tes nesta bemdita terra latina".
FALA BRUNO MUSSOLINI O primeiro tenente Bruno Mussolini pronunciou, então, as seguintes palavras:"Sinto-me
feliz em poder dar por intermédio do Departamen-to de Propaganda do Brasil mi-nha mais sincera saudação a este magnífico povo brasileiro, que nestes primeiros dias de permanência tive ensejo de
apreciar •; 5
Aproveito, outrosím a ocea-sião para dizer a todos os ita-lianos residentes no Brasil que eu e meus companheiros na mãe pátria lembramos e amamos es-tes nossos fores-tes e leaes com-patriotas.- Quero também, pes-soalmenté, e ém nome: dos meus companheiros cie vôo agradecer aos companheiros da aviação do Brasil por todas as cortezias in-excediveis que nos tributaram
ommoMmmnmmi^mm* *mm *timK>mm&imm>ommomm<>+
Falleceu o dr. Antenor
^Esposei €oti|tinlui_
;':-ífo: apartamento.-"eiTde.'rés.ldla no edifício,. Ca.etn.no . Síegreto, -á, rua Pedro í:'-ri:f:'.7;' failèceu hph--, tem o dr, Antenor Espov -u-tinho, advogado, aito funecio-nario dos Correios e ex-delegado auxiliar na gestão Coriolano de Góes.
• Cavalheiro de fino trato e invulgares dotes de coração, o dr. Antenor Esposei Coutinho era geralmente estimado, ten-do exerciten-do aquelle cargo na policia Civil com brilho e cri-terio.
O fallecimento oceorreu no appartamònto de sua residência, io edificio. Cn,etaino S<"*Tefo. a rua Pedro I, nj 7. O dr. Ante-nor Esposei Coutinho deixa viuva, a senhora ' d;. Corlna ! Coutinho',.
¦ ' * vi :-.'• ¦' 1
No Rio um eminente
scientista allemão
O PROFESSOU UNVBHRICHT REALIZARA!: VARIAS'
CONFE-RE1VCIAS NESTA CAPITAL O "Monte Olivia", . chegado dos portos do Sul, trouxe, hon. tem, entre os seus passageiros, o professor Unverrlcht, illustre scientista allemSo que vem de realizar em São Paulo um cur-so de conferências abordando themas de cirurgia. ... ¦• •
Convidado pela Associação Paulista de Medicina, o prof. Unverrieht, praticou diversas intervenções no Sanatarlo Jaca-na. De passagem pelo Rio, o notável scientista aproveitará a opportunldade para realizar al-gumas palestras, corresponden-do ao convite corresponden-do professor Cie-mentlno Fraga, secretario de Educação e Assistência do Dis-tricto .Federal
0 anniversario dos
1/ e 2/ R. I.
Realizaram-se hontem, nos quartéis do Io R. I. e 2o R. L, os festejos commemorativos. da data anniversaria dessas unida-des, transferidos em virtude do fallecimento do general Daltro Filho.
Os festejos constaram de tres partes: sportiva, civica e recrea-tiva. Na parte sportiva foram levados a effeito diversos jogos entre as praças dos dois regi-mentos. A parte civica constou da apresentação do Pavilhão Na-cional aos recrutas. Por essa oc-casião os commandantes do 1* e 2o R. I. pronunciaram vibrantes orações de exaltação á Bandei-ra, e a parte recreativa de um baile no Casino.
A inauguração do Lé*
prosario de Iguá
MAR UM GRANDE SERVIÇO DO MINISTÉRIO DA
EDU-CAÇÃO
Conforme temos noticiado, es-ti completamente • prompto o primeiro grupo de edificações da colônia agrícola de Iguá, des-tinada a ser um leprosario mo-delo. O sr. Gustavo Capanema, minislro da Educação, acaba de determinar qu, seja quanto àn-teu inaugurada essa colônia. Essa construcção faz parte do pia -no de construcções de leprosa-rios que o governo federal vem desenvolvendo em vários Esta-dos e na.» quaes já empresou aporoximadamente 20 mil con-tos.
Attilio Blseo
e que nos emocionaram profun-damente. Viva a Itália! Viva o Brasil!".
Depois de Bruno Mussolini oc-cuparam ainda o mierophone do Departamento de Propaga h-da os seguintes componentes h-da esquadrilha "Ratos Verdes": Renato Martinelli,, ^Giovane V. Zaconi, Horazio Aràta, Bovari e Ubaldo Ardo.
ENTHUSIASTICAMENTE RE-CEBIDA, NA ITÁLIA, A'"IRRA-DIAÇAO DO
DEPARTAMEN»-TO DE PROPAGANDA ROMA. 27 — A irradiação es-pecial do Rio de Járleirb, duran-te a qual os aviadores italianos saudaram os seus concidadãos na pátria distante, foi ouvida em todo o Reino da Itália com a maior perfeição, apesar das chuvas que caiam incessante-mente. •'
Em Roma, milhares de pes-soas escutaram as palavras pronunciadas pelos aviadores, nas praças publicas, onde foram installados possantes alto-fa-jantes.
A multidão nrorompeu em es-trordosos applausos quando ou-viu as declarações proferidas pelo tenente Bruno Mussolini. — (U. P)
Tod_ o
funcoionalis-líio municipal em dia
HOJEi-E AMANHA A PREFEI-TURA PAGARA' TODOS OS ATRAZÀDOS — NAO CAIRÃO
EM EXERCÍCIOS FINDOS A noticia alvoroçou todo o funecionalismo municipal.' A Prefeitura, num esforço surpre-endente, aproveitando os dois últimos dias de vigência do ex-ercicio de 1937, pagará os ven-cimentos de dezembro do an-no . findo, fazendo estes paga-mentos, initeiTuptamente, dia e noite.
Com estas providencias, não ha perigo de caírem os venci-mentos em exercícios findos.
A directoria de Fazenda cjá dispõe de-numerário para pôr em dia, rigorosamente, os paga-mentos da municipalidade. ¦
A arrecadação exígua•• desses últimos dias deu logar a um grande atrazo no pagamento do pessoal, originando "algumas reclamações. Amanhã, sexta-feira, a Prefeitura pagará vin-te folhas.
Conforme declarações do go-verno da cidade, deverão ser iniciados na próxima segunda-feira, os pagamentos referentes ao mez de janeiro.
0 CENTENÁRIO DO CONSELHEIRO.
MACEDO SOARES
(Conclusão da 1* pagina) Em IS62, no anno de seu ca-samento com a sua prima, jo-ven muito linda, de deseseis annos, no próprio solar de seu sogro, coronel Alvares de Aze-vedo Macedo, cunhado dos vis-condes de Itnborahy e Uruguay¦ família agrícola, conservadora e cathollca, cuja grandeza depen-dia da existência do elemento servil, senhor. que era de seis fazendas, eis; como Macedo Soa-res se apSoa-resenta no meio de .'1.000 escravos, ante a morte de uma negrínha:
"Leva um beijo, o derradeiro... O- canto do captiveiro,
Filhai jamais lias de ouvir. Vae, meu anjo! que este mundo Nao vale o somno profundo Que vaes na terra dormir".
Em torno da const? u~
cção da Academia
Mili-tar das Agulhas Negras
CONFERENCIARAM COM O GENERAL MANOEL
RA-BELLO
Acompanhado por seu aju-'dante
de ordens, tenente Mil-ton Araújo, esteve hontem no gabinete do ministro da Agri-cultura, o general Manoel Ra-beilo, que conferenciou com s. ex. sobre a acquisição de terre-nos, em Rezende para a cons-trucção da Academia Militar das Agulhas Negras.
Finda a conferência, o gene-ral Manoel Rabelio visitou, em companhia do dr. Ayres de Aze-vedo, o mostruario organizado pelo Serviço de Plantas Têxteis, com o fim de demonstrar as possibilidades industriaes cias
Partem para Buenos
Ai-res o embaixador e a
embaixatriz Hermite
Em viagem de turismo, par-tem hoje para Buenos Ailes, pelo avião "Douglas" da Pa» American Airways, o embaixa-dor Louis Hermite.e sua exma. esposa, sra. Jeanne Ternaux O Hermite, autora do livro "Hon.-mage á Guanabara Ia Sup<*í-be".
O distineto casal Hermite pretende demorar-se uma sc-mana na capital argentina, re-gressando pelo próximo "Dou-gias" para Porto Alegre, afim de A-isitar tambem a capitei gaúcha, antes de vojlar ao Rio ae Janeiro.
O embarque do sr. e sra. Her-mito terá logar ás 7 horas da manhã, na estação da Panair, no Aeroporto Santos Dumont!
Na Academia, de Macedo Soares escrevia Salvador dc Mendonça: "A sua carinhosa benevolência para com os es-treantes na prosa e no verso era provcrbiàl. Ao passo que recordava as melhores produ-cções das • passadas gerações acadêmicas, para exemplo e es-timulo du geração contempora-nea, animava e guiava com mão segura a quantas davam os pri-meiros passos nas trilhas trai-çoeiras da publicidade."
Mello Mattos (Luiz José de Carvalho), o eloqüente orador do elogio funelbre de Gabriel Jose Rodrigues dos Santos, com a sua natural mordacidade, que era a manifestação superficial e ruidosa da bondade mais pro-' funda de coração, que todos lhe'
conhecíamos, opinava nas pales-trás nocturnas que Macedo Soa-res estava fazendo um desservi» ço as letras nacionaes com a sua pcrenne animação a quanto ra-biscador apparecia: que se de-via deixar a gente nova provar se tinha oú nãò real talento; mie a selecçãò se devia fazer pelos dotes naturaes que mos-trasse cada cOhtendor no'- pe-riodo da iniciação e da luta; que nem todos podiam ser Al-fredos de Müsset e de Vigr.y, Octavlanos e Justinianos; quu alguns era preciso qne fossem pela agua abaixo ou que sè afundassem; que para sobre-nadar em Garrèt era necessário que se afogasse muito Francis-co Palha. ** r. ?
Riamo-nos todos, Macedo Soares sorria tambem dos pa-radoxos de Mello Mattos com o seu sorriso de bondade pa-ternal, e dada a oceasiâo, saia em defesa dos "afogados de Mello Mattos".
E' de ver-se a influencia que teve sobre a mocidade acade-mica de S. Paulo 6•' espírito lhano-e-.culto.de Macedo Soa-res.
De outro artigo, sobre Carlos Gomes, intimo, publicado no "Jornal do Commercio"
de 2 de julho de 1905, ainda vivo Macedo Soares, destaco os se-guintes períodos, da lavra de tão illustre acadêmico: "A' rua do Meio, que corria , por. trás da Cadeia, hoje palácio do Con-gresso, ficava a Republica de Macedo Soares (Antônio Joar quim) o nosso Sainte-Benve, (no dizer de Francisco Octn-víano) à melhor vocação para critica literária que tenho
cedo Soares aos reiterados con-vites de Lúcio de Mendonça. Araripe Júnior, Valentim Mar galhães, Alberto de Oliveira, seu conterrâneo, e por fim do próprio Machado de Assis para nclla figurar como um de seus
fundadores. ,. . ,•
Verdadeira contradicçaol Proceder inconseqüente I
Embora passados 40 annos. sendo eu, aquelle tempo, simples preparatoriano relembro essa, nassagem para dizer que a ons-tinação de Macedo Soares, nao accedendo ao convite para ser parte na fundação desta aca-demia, obedecera tão somente aquelle sentimento do mais en-tranhado nacionalismo — elle o autor do diecionario da língua brasileira — e a que lia pouco se referiu o nosso preclaro mes-tre Cláudio de Souza- Macedo Soares levara-se ao exaggero de só permittir o que era exclusl-vãmente nosso, ou se aíastasse dos modelos estrangeiros.
Elle guardava aquella cohe-reneia que, de tanto tocar, no magistrado acaba por se tornar uma segunda natureza.
Sim, porque o melo era o seu, em companhia de muitos que elle habitualmente reunia, em tertúlia, na sua residência, e, orgulhosamente .ipresentava, como seus lídimos discípulos. ' Destarte este egrégio Colle-gio, se antecedera, sem O perce-ber nas manifestações que se vem cumulando em torno de Mace-do Soares.
A significativa eleição, em 1* turno, de José Carlos de Ma-cedo Soares quando fora de quaesquer posições officiaes, não podia deixar de nos sensibilizar, a todos nós, que temos a correr das nossas velas o sangue de Macedo Soares. E vivo elle fos-se certamente, contaria, entre os dias mais felizes de sua vida, aquelle da rectiticação dos seus augurios sobre o íuturo do seu dilecto sobrinho por quem nutria a mais profunda admiração dado o seu pendor pelas letras, dada a sizudez nos seus proposi-tos dada, finalmente, a intelll-gencla revelada desde a sua. meninice •
E aqui se me permltta Inter-calar aquellas palavras do im-mortal Ducrecio que tanto pa-recém accomodadas ao momen-to, e ao falarmos num centena-rio:
"Vemos tudo correr em longe tempo, e o passado sumir aos nososs olhos: destarte a hu-' manidade se renova sempre, e os homens, entre si, como que assumem e transmittem, cor-rendo, a luz da vida".
Mais uma vez imploro o vosso perdão pelo tempo iue vos to-mei com esta.ensogsa, mas des-pretensiosa palestra longe que ficou dá brilhante oração copi que Cláudio de Souza encantou, no dia 19 está illustre compéc- . nhia."
Vários actos do m\<
nistro da Ouerra
conhecido, e a quem coube de direito a honra de apresentar ao puhlico, nas columnas do "Correio Paulistano", o
joven compositor. Republicavam com elle Francisco Belisarlo e Ribei-ro de Almeida... Nesta Repu-hlica reuniam-se- os estudantes dás duas anteriores e das que vão adeante, como no cenaculo, onde professava o mestre... Reune-se o cenaculo e votou que Carlos Gomes seguisse pa-ra o Rio a estudar no Consor-vatorio de Musica. A resolução ia de encontro aos desejos de seu pae, que carecia de seus serviços na orchestra de Cam-pinas; mas ainda assim preva-leceu a opinião do cenaculo. Entre varias cartas de recom-mendação que gente tão luzida podia fornecer, tres foram as que mais lhe aproveitaram. Mn-cedo Soares obteve uma carta de apresentação para a òra. condessa de Barrai, cscripti por Tell Ferrão, que nos Esla-dos UniEsla-dos conhecera a "srà/. condessa, quando ella se oda-cava em companhia das "filhas de Fennlmore Cooper. Eu dei-lhe outra para o meu conter-raneo dr. Joaquim Manoel, de Macedo. Francisco Azarias . rc-commendoii-o a um conuneivi-anto seu comprovlnciano, esta-beleeido á rua Direita. As duas primeiras cartas foram o inicio da protecção do imperador, que até no fim cumulou o artista de favores. A terceira deu-lhe a aposentadoria na casa hospi-tnleira do generoso Mineiro".
Essas reminiscencias marcam, de certo modo, a posição de Macedo Soares entre os sciií; collegas, no circulo da intelle-ctualidade daquèlles dias.
Em se tratando, portanto, dc um authentico, de um fino hr,-mem de letras, natural é cjue nas manifestações que lhe vêm prestando todos os Tribunaes de Appeilação do Brasil, juízos singulares, advogados, comniun-guem, por egual e «Unhem os nossos centros culturaes, dn rr.ais alta. representação e i'"s-nonsnhilidáde. qual o Instituto Histórico e Geographico- Rrá-i-leiro. qual esta sábia Academia Brasileira de Letras, em cuio recinto ainda se ouve a voz rio seu eminente presidente, r|r Cláudio de Souza, aue proferiu -i respeito de Macedo Soares o mais brilhante e eloqüente elo-gio a mie nos foi dado assistir
E nenhuma nutra, para mim talvez mais impressionante, e caroavcl. por sua alia si«mifi-cação dc nobreza e dc justiça como e quanto n desta collen-da academia, por ser conhecicollen-da a «removível resistência de
Ma-O ministro da Guerra, em data de hontem, assignou os se-guintes actos: designando o Tte. cel- int. de guerra Alce-biades Ribeiro dos Santos para o cargo de chefe do E. S. da 4" R. M.; os l°s. tenentes Mar- . cio de Menezes, Oscar Torres . Faranhos e Slrto de Andrade' Nino, para os cargos de auxi- . líares de instruetor de Educa-ção Physica da Escola Militar; para servir na Fabrica de Cano» e Sabres para armas portáteis,". o capitão Walfrido Antônio dos Santos; para exercer as fun-cções de official supplementar do Estado Maior da 1" R. M», o capitão Manoel Ary da Silva Pires, em substituição ao offi-ciai de igual posto Ricardo Gu-terro Vnlle ficando assim recti-ficada a- designação do reíeiiao official on Diário de 12-1-áa; para instruetor auxiliar do 0-P. O. R. da 6» R. M. o capi-tão José Britto Campello; no-meando adjuntos do Estado Maior do Exercito os majores Frederico Augusto Rondou « Nelson Marinho; e uara o Esta-do Maior da 8" K. M., o capi- í tào Jurandyr Toscano de Brlt- '; • to; mandando o capitão Fran- ?; •cisco Cavalcanti Fllhy conti- l
,»uar »na,s funeções de secretario ; do. Collegio Militar doH:"Ceava; f: transferindo o major ' Medico dr. Manoel Maurício Sobrinno, do H. M. de Belém para a Di-rectoria de Saúde -'o Exercito; classificando no 10* B. C-, em Ouro Preto, o capitão Fernando Ulrich de Almeida.
S ministro do
guay m gabinete da
p ministro da Guerra, gene-ral Enrico Dutra recebeu hon-tem, á tarde, a visita do minis-tro do Paraguay, junto ao nos-so paiz com o qual se manteve em longa e cordial palestra. Ao se retirar, c illustre diplomata foi acompanhado alé o elevador pelo capitão Rodrigo Ferraz Poeller ajudante de ordens da-quelle titulai".
0 anniversario da
mor-te de Graça Aranha
A data de hontem marcou mais autor cie "Chanaan"
-Maravilhosa". Espirito dos
Aranhf^ra haoi*-'na** Graça aranha foi um marco de reno-vaçgo e rebeldia. temâtizaçâo do 'Viagem mais brilhantes letras nacionaes. contra a sys-arcaísmo nas
toCd°om£eC™"?° ^™«*
daçío nue te?n o criPt"r* a FuH*
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NOTICIÁRIO
DIÁRIO CARIOCA — Sexta-feira, 28 de Janeiro de 1938
NOTICIÁRIO
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VRE
OS JARDINS DO RIO ABANDONADOS PELOS CARIOCAS...
0 processo do ma
jor
ReisjO Emprego das Fib
Para prestar o compromisso da lei e receber ou não a de-mincia offerecida contra o ma-jor Alfredo dos Reis Prineipe. reune-se hoje, na 1* Auditoria, o seguinte Conselho de Justiça EspecisJ. Presidente: coronel Augusto Manoel de Aguiar Fi-lho e juizes-coroneis: Pedro Paula Ferreira de Menezes e Álvaro Conrado Niemèyer; ma-jor Antônio José Bellagamba e togado Darcy Roquette Vaz.
Essa reunião está marcada para ás 13 horas.
rasNacio-naes na Fabricação da Aniagem
Uma demonstração promovida pelo Ministério da Agricultura
Um Prlveratorio para
os
ros
O Rio, cidade onde o verão é Hgoroso e sc prolonga durante oito mezes do anno, devia ser a «idade da vida ao ar livre. A natureza cxhuberante, como se •compreendesse a necessidade de sombra e frescor dotou os ca-riocas de praias beUissimas co-operando, tambem, na iniciati-va dos administradores que .construíram jardins attendendo á esthetica da "urbs" e ao con-forto da população: cm cada praça onde foram plantados pe-queninos brotos vicejaram pou-co depois esplendidas arvores cujo verdor desafia a tempera-tura mais inclemente.
Mas, todo esse trabalho con-STegado da terra e do homem resulton inútil. O carioca, sua-rento, abafado pela canicula, prefere ficar em casa nas horas de ócio, derretendo-se no forno das habitações nem sempre bastante hygienicas e batidas pelos raios solares durante « dia inteiro:
Na Europa, na America flo Norte — regiões onde o maior tigôr do estío lembra a nós tro-picaes uma ridícula Imitação dos dias de dezembro e janeiro no Rio, os jardins públicos, sáo pontos frequentadissimos. Nas áleas do "Bois de Boulogne" e do "Hyde-Park" os" habitantes de Paris e de Londres, sem dis-tineção de classes ou de posses econômicas, distraém-se das
CoIIação de gráo na
Escola Technica do
Exercito
Com a presença de altas au-toridades, terá logar amanhã, ás 9 horas, a cerimonia da col-'laçáo
de grau dos engenheiros que recentemente concluíram o curso da Escola Technica do -Exercito. Essa solennidade será .realizada na sede da referida Escola á rua Moncorvo Filho numero 20.
preocupações quotidianas re-creando o espirito cansado pelas lutas da vida na contemplação de uma natureza relativamente pobre.
E nós? E o carioca qtíe possue parques grandiosos onde as arvo-res, as flores e os animaes for-mam um quadro bellissimo e integram o ambiente que com-pensa o calor e a poeira das
ruas. y
Nos jardins do Rio ha som-bra, calma, frescura. Mas, os moradores da "Cidade Maravi-Ihosa" preferem o horizonte das paredes de uma sala de especta-culos, quando não ficam no leito ou na clássica cadeira de balanço ouvindo o radio que lhe transmitte o sensualismo de marchas e sambinhas mais quentes do qne petardos!
blica, no Russeli, as arvores aml-gas e os bancos de pedra abri-gum casaes de namorados e mendigos estes últimos obriga-dos a não Irem para casa pelo simples facto de náo as terem!
O interventor federal, no F. cie Sergipe, dr. Eronides dc Carvalho, cd.imunic.ou á Dire-ct.orla da "Federação das Socie-dades de Assistência aos Laza-ros", a doação do governo do Estado, de 10 hectares de terra, para nelle ser construído o Preventorio do Estado de Ser-gipe.
Neste momento, está em cons-trucção naquelle Estado o Le-prosario-Colonia <|ue deverá, es-tar concluído dentro do Io se-mestre deste anno.
O interventor de'Sergipe, que é medico, está profundamente interessado em resolver defini-tivamente o problema da lepra em seu Estado. Por esse moti-vo, alam da doação do terreno feito á Sociedade de Assistência aos Lázaros de Sergipe, ainda auxiliará a essa Sociedade, na construcção do Freve.ntorio, afim de que Leprosario e Pre-ventorio possam, conjuntamen-te, abrir suas portas, solucio-nando, desta maneira, com scl-encia e humanidade, o proble-ma. da lepra naquelle Estado.
O gesto do interventor em Sergipe é um exemplo da coo-1 peração estreita que deve exis-I tir entre as associações priva-¦ das e os poderes officiaes.
yi,'*7.','-v''>..-.,-;'.-;.',,'í-.'í.'''.'i'i.-.' ."^*y-y-.v.^.y ;¦¦; ¦-.¦-.¦-¦ >~-..¦-.--¦¦¦ ¦-.•-•, --.-¦-¦¦• ¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦.¦...¦.¦.¦-.,¦¦.. ¦ :¦:.
im «wii ___________ i,-—_«__¦__--—£____¦_-____-__-__—¦——.^¦_________-__-______-_-_--iu ¦ ii»
O ministro Fer nando Costa, por oceasião do acto da experiência Com o fim de incentivar a
cultura e industrialização de nossas fibras, entre nós, o Ser-viço de Plantas Têxteis do Mi-nisterio dn Agricultura, por determinação do sr. Fernando Costa,, fez, nesse Ministério, uma demonstração sobre Nas im-mensas possibilidades da Ama-zonia. no que se refere â pro-ducção de fibras, em condiç<"»es de substituírem a juta india-na, cuja importação annual — só para attender ás necessida-des das exportações de nosso café — excedo a importância de i cincoenta mil contos de réis. | Com a presença do ministro
0 Maior e Mais Veloz Transatlântico
dó Mundo, na Mais Bella e Grandiosa
Bahia do Universo
tr
B
Y
Aos M
E haja dinheiro para refrescos gelados e sorvetes...
Quando em vez, o carioca, amigo exaggerado do lar, pro-cura abandonar o calor com pragas e gemidos:
— Não posso mais! Raio ae tempo insupportavel!
Afinal, esgotado, mete-se na cama, banhado de suor.
Lá fora, na Praça Tiradentes, na Praça,Paris, na Quinta da Bôa Vista, na Praça da
Repu-Antes de embarcar
pa-ra o Sul
Estamos informados de que, antes de embarcar para o Rio Grande do Sul o ministro da Fa-zenda, sr. Arthur de Souza Cos-ta, submetterá á assignatura do presidente da Republica o de-creto-lei que regulará as consi-gnações em folha do funeciona-lismo publico.
0 embarque do ministro Sou-za Costa para o sul está mar-cado para o próximo dia 2 de fevereiro. mjf
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'§.
Dentro de breves dias, o povo
I nn.rirvn. t.nrá sa.fícfaífa «
Para os sócios da A.R.I.
O OCCULISTA INTEIRAMEN-TE GRATUITO
..O dr. J. Barbosa da Luz, oceulista, assistente da Clinica do professor David de Sanson, no Hospital S. João Baptista, com consultório á rua da As-sembléa, 15-A 8° andar, acaba de offereccr seus serviços pro-fissionaes á Directoria da Asso-ciação Brasileira de Imprensa, propondo-se, gentilmente, at-tender os sócios da mais antiga aggremiação da classe, pela parte da manhã uma vez iior semana. Inteiramente de graça.
A' falta de um lar, o ban co pétreo dos jardins Sob as estrellas que luzem
no firmamento da Cidade Ma-ravilhosa, os bancos dos jardins públicos povoam-se dc infelizes aue encontram na rigidez dos assentos de pedra a felicidade de um ligeiro e intranquillo re-pouso. Pelas avenidas transfor-madas em "feérie" rolam os au-tos de luxo. E em suas calça-das acotovelam-se milhares de pessoas que procuram os cine-nns, os theatros. as diversões ruidosas e, depois, o aconchego
do lar! , ,
Os pobres. Os ricos. Phcno-menos de todos os tempos a nue a humanidade não pode tu-igir. Onde o coração dos homens compreendeu a necessidade ae amparo aos desprotegidos,
criou-se todo um systema de prote-cção que minora o desequilíbrio da vida.
Entre nós, por carência aiu-da dc um serviço perfeito de as-sistencia social; os bancos dos jardins e os desvãos dos edifi-cios públicos, povoam-se, á noi-te, de figuras estranhas, faces maceradas, physionomias em que sc nota o abandono da cs-perança.
— Mas, dirá o observador ir-reverente, quem assista esse do-loroso desfile de misérias, que | cidade é esta onde não ha um j pouco de desvelo, onde s _._ j„;.i.tiv, rie carinhonao se
Passadeira de platina
para o general
Mauri-cio Cardoso e coronel
Rego Barros
Foram encaminhados hontcni, ao Supremo Tribunal Mililar, os pedidos da concessão da passadeira de platina feito pc-lo general Maurício José Car-doso, chefe do Ü. T. E. e coro-nel Sebastião do Rego Barros, inspector da Artilharia de Cos-ta. Esses pedidos que .iá foram distribuídos aos ministros que terão dc relatal-os, deverão ser julgados na sessão dc hoje da-quella alta corte dc justiça mi-litar.
carioca terá satisfeita a sua curiosidade com a visita cio maior transatlântico do mundo. O "Normandie", expressão da tenacidade e do progresso da França deverá zarpar de Nova York para o Brasil no dia 5 de fevereiro próximo, chegando ao Rio em 10 do mesmo mez. Essa viagem do maior e mais veloz navio do mundo, detentor do "ruban bleu" em competição com o "Queen Mary", constitue um acontecimento inédito para
Imprensa Carioca
"A TARDE"
Conforme vinha sendo ampla-mente annunciado, appareceu hontem o primeiro numero do vespertino "A Tarde", dirigido per Xavier d'Araujo e Othon Paulino.
O novo jornal eario.-n
apre-Fernando Costa; do sr. João lutamenté no campo pratico da. Maurício de Medeiros, director
de Plantas Têxteis; Rafael Xa-vier, director da Estatística da Froducção; outros directores, chefes de serviço, technicos e jornalistas, teve inicio a, de-monstração que foi feita pelo sr. Amaro Alvares da Silva, encarregado do Serviço de Plan-tas Têxteis, no Para.
Os mostruarios expostos re-velam que, no Pará, já se fa-brica a aniagem, com o empre-go da.s fibras nacionaes e mis-tura da juta, numa proporção normal de 50%,
Como demonstração máxima das possibilidades da região, nesse particular, foi apresenta-do aos presentes uma amostra de aningem, tecida exclusiva-mente com a fibra da nossa malva; rox", que se apresenta, em tudo, superior ao similar feito com juta.
Foi exposto, ai.nda, um mos-tuario de produetos fabricados com caroá, pela firma José de Vasconcellos & Cia., de Per-nambuco.
O ministro Fernando Costa, chamando a attençáo dos pre-sentes para a excellente quali-dade do nosso produeto, teve oceasião de accentuar que já está o paiz em condições de não se limitar somente ao systema de mostruarios, entrando
reso-0 presidente da
Re-publiea e o ministro
da Viação eongratu»
lam*se com o
gover-no paulista
S. PAULO, 27 — O sr. Car-doso de Mello Neto, Interventor federal no Estado, recebeu, hon-tem, do sr. Getulio Vargas, pre-sidente da Republica, o seguiu-te seguiu-telegramma:
"Tenho a satisfação de apre-sentar a v. ex. sinceras Oli-citações pela grande data da fundação de São Paulo, cujo progresso e engrandeclmeiuo constituem o orgulho legitimo de todos os brasileiros, bonran-do altamente as energias e o trabalho do povo bandeirante, (a.) Gotulio Vargas." — CA. N.)
S PAULO, 27 _ Ao interven-tor Cardoso de Mello Netto, o titular da pasta da Viação diri-giu o seguinte telegnrnma:
"De regresso de minha via-gem aos Estados do Noroeste. Norte e Oeste, aproveito a op-portunidade de minha passa-gem por S. Paulo para
apre-realizações.
E, dando o exemplo, s, ex. recommendou ao director de Plantas Têxteis providencias afim do que. os technicos desse Serviço estudem a construcção de uma machina. capaz de pro-ceder, economicamente, a, ex-tracção da fibra, que vem sen-do feita pelo processo de mns-seração, quasi sempre com água suja. desvalorizando o produeto.
Accreecentou o ministro For-nando Costa que, com o fim de incrementar cada. vez mais a, cultura e Industrialisação de nossas fibras, vae mandar eon-vidar todos os agricultores e industriaes, que se interessam pelo assumpto, para uma. reu-nião, em seu gabinete, pois de-seja cllo próprio fornecer aos mesmos as explicações necessa-rias sobre as vantagens de uma cultura racionalizada de nossas plantas têxteis e seu aproveita-mento Industrial.
Convidada especialmente pelo ministro da Agricultura, assis-tiu á. referida demonstração uma grande commissão de ma-deirciros, do Paraná, Santa. Ca-tharina e Rio Grande do Sul, que se manifestou surpreendida com o conhecimento daquella fonte dc riqueza do extremo norte do paiz.
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Inaugurada a
es-tação Marques
dos Reis
OURITTRA, 27 — Com a pre-sença do interventor federal sr. Mamoel Ribas, general Mei-ra. Vasconcellos, commandante da. 5" Região Militar, e altas autoridades, inaugurou-se a. estação Marques dos Reis, que serve de ligação entre as es-Iradas Sorocabana e São Pau-lo Paraná. — (AN.)
cumprimentos e votos que faço pela prosperidade do grande Estado bandeirante, (a.) cel, Mendonça Lima, ministro da Viação".
Em resposta o sr. Cardoso de Mello Netto, dirigiu ao sr. i Mendonça Lima, o seguinte
te-lesra.mma:
i "Agradeço cordialmente a v. .ex. a gentileza de seus- cum-primentos e votos pela prospe-ridado de nosso listado, quando do sua passagem por esta capi-j tal, sentindo não ter podido ; abraçal-o pessoalmente, (a.) ! Cardoso de Mello Netto." —
nós, pois, jamais transatlanti- sentou-se com uma edição inte co de tão grande tonelagem
sin-grou a Guanabara.
As autoridades portuárias já tomaram as medidas necessa-rias para a atracação do extni-ordinr.rio navio cuja tripula-ção será homenageada pela co-lonia franceza e amigos do grande paiz.
Juramento á bandeira
pelos reservistas das
Unidades-Quadros
No quartel da Praia Verme-lha realizou-se pela manhã de hontem a cerimonia do com-promisso á bandeira dos novos reservistas da Unidade-Quadro do 2o R. I. addida ao 2o Bi-talhão de Caçadores. Essa cc-rimonia teve a presença do re-presentante do general Almei'k» de Moura, commandante da lf Região Militar o de outras au-toridades e do inspector regio-nal de Tiro.
ressante, fazendo-se notar pela originalidade do feitio, como pelo interesse que despertaram as suas reportagens e o noticia-rio farto c vivo que demonstra effectivamentc a excellencia do seu corpo redactorial,
| Aos novos collegas DIÁRIO I CARIOCA deseja pleno suecesso | na aceitação do publico, o me-lhor prêmio que podem desejar
os seus idealizadores.
nuta uma iniciativa de para com os desherdados sorte?
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Senhora com muita pratica applica
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Para os pagamentos
de-correntes do laudo
ar-bitral no processo da
Cia. Navegação
Costei-ra e empresas annexas
ABERTO PELO GOVERNO FE-DERAI_ UM CREDITO DE
SE-TENTA MIL CONTOS O presidente da Republica baixou decreto-lei abrindo, pelo Ministério da Fazenda, o credi-to especial de 70.000 contos, afim de attender aos pagamen-tos decorrentes da sentença pro-ferida por juizo arbitrai nos au-tos do processo sobre a situa-ção da Companhia Nacional de Navegação Costeira e empresas annexas, perante o governo da União.
O credito referido será dis-tribuido ao Thesouro Nacional e processados os pagamentos mediante prévio parecer da commissão executiva do laudo arbitrai.
sentar a v. ex. meus cordiaés ] (A. N.)
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A Exposição de Vicente
Leite no Pa lace Hotel
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"Salto San Martin"
em Tçuassu', de Vicen te Leite No salão da Associação c.os
Artistas Brasileiros, no Palace Hotel. Vicente Leite realiza a sua 13" exposição de pintura, que ficará aberta até 14 de fe-vereiro próximo.
Estão expostos noventa e tres trabalhos, alguns delles de grande proporção, como a '•Selva-'
paizagem do Baixo Amazonas, "Estreito de Bre-ves", no rio Amazonas os sal-tos "Dois Irmãos" e "San Martin, em Iguassu'. e "Nordes-te", escura paizagem de inver-no, em Canindé, no Ceará.
A actual amostra de Vicente Leite é uma excellente do-cumentação da natureza tão di-versa, no sul como no norte do
um dos quadros Brasil. O talentoso pintor per-correu á do Amazonas ao Para-ná, passando pelas famosa-i quedas do Iguassu'. Mas, ha bonitas marinhas nordestinas, em que apparecem os coquei-raes e as jangadas que empres-tam tanto caracter ás praias de vários Estados do
Norte-Ha ainda expressivas e rude*, paizagens do sertão do nordes-te. com a sua vegeiacão typlea. assim como aspectos do Rio. de São Paulo, Paraná e Matto Grosso. Emfim, o artista fixou com uma technica segura, todo o Brasil, numa luxuriante e va-riada representação de cores, typos e ambientes.
E' a exposição mais interes.-sante da temporada.