via
via M´
M´eto
etodo
do de
de Ele
Elemento
mentos
s Fin
Finito
itos
s H
H´´ıbr
ıbrido
idos
s usa
usando
ndo fun
fun¸¸c˜
c˜oes
oes
de Trefftz polinomial
de Trefftz polinomial
Bruno Polloni
Bruno Polloni
Orientador:
Orientador: Prof. Paulo de Tarso R Mendon¸
Prof. Paulo de Tarso R Mendon¸ca, PhD.
ca, PhD.
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Departamento de Engenharia Mecˆ
Departamento de Engenharia Mecˆanica
anica
CP 476 - Florian´
CP 476 - Florian´opolis, SC - 88035-001
opolis, SC - 88035-001
31 de outubro de 2016.
1
1 PrProjetojeto de o de DiDisssserertata¸¸cc˜˜aao o dde e MMeessttrraaddo o 22 1.
1.1 1 InIntrtroduodu¸¸c˜c˜aao o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 11..2 2 OObbjjeettiivvo . . . . o . . . 22 1.
1.3 3 ReRevivis˜s˜ao Bibliogr´ao Bibliogr´aafificca a PPrreelliimmiinnaar . . . . r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 1.3
1.3.1 .1 ModelModelo de plo de placa de Maca de Mindindlin plin para mara materaterial aial anisnisotr´otr´ooppiicco o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 1.
1.3.3.2 2 MM´´etetodo odo de de ElElememenentotos Fs Fininititos os HH´´ıbıbriridodos s (F(FEMEM-H-H) ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 1.
1.3.3.3 3 BaBase se autauto-o-equequililibibradrada a de de desdesloclocamamenentos tos papara ra plplacacas as de de MiMindlndlin in . . . . . . . . . . 1111 11..4 4 AAttiivviiddaaddees s e e CCrroonnooggrraamma a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1177
11..44..1 1 TTeessttees s e e ccaassoos s pprrooppoossttoos s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1188 2
2 RReeffeerrˆˆeenncciiaas s BBiibblliiooggrr´´aafificcaas s 1199
1.1 Introdu¸c˜
ao
Os elementos estruturais como placas e cascas de ”materiais compostos” s˜ao usados extensi-vamente em muitos setores da ind´ustria como em equipamentos, em dutos ou em vasos de press˜ao, na ind´ustria aeroespacial muitas vezes sob forma de compostos laminados, em navios, pontes, apenas para citar alguns exemplos. Esta utiliza¸c˜ao ´e justificada pelo fato de que nes-tas estruturas o carregamento ´e suportado em trˆes dimens˜oes, resultando em uma geometria muito compacta, mas ao mesmo tempo r´ıgida [1], inclusive mais r´ıgida que vigas de semelhante espessura e v˜ao. Assim, caracter´ısticas como baixo peso, alta capacidade de carga e economia s˜ao combinadas.
Muitos problemas de engenharia expressos na forma diferencial s˜ao resolvidos unicamente via aproxima¸c˜oes, devido sua complexidade. As t´ecnicas mais utilizadas para resolver estes problemas s˜ao as conhecidas t´ecnicas de elementos finitos, aproxima¸c˜ao por diferen¸cas finitas. Ambas t´ecnicas reduzem os infinitos graus de liberdade de um conjunto cont´ınuo do problema em um n´umero finito [2]. Caracterizam-se, tamb´em, por discretizar o dom´ınio bem como o contorno da regi˜ao a ser analisada. Em contrapartida, m´etodos de elementos de contorno, discretizam apenas a parte exterior (contorno) da regi˜ao avaliada e reduzem as dimens˜oes en-volvidas no problema, levando a economia consider´avel de trabalho num´erico al´em de constituir uma maneira muito conveniente para tratar regi˜oes n˜ao limitadas atrav´es de meios num´ericos [3].
Sob a ´otica matem´atica, os modelos de placas e cascas apresentam um desafio interes-sante por diversos fatores, seja pelo acoplamento das equa¸c˜oes diferenciais que surgem com n˜ao-linearidades geom´etricas ou acomplamento de rela¸c˜oes constitutivas, seja pelo surgimento de problemas num´ericos como o travamento por cisalhamento [4] ou pela exigˆencia de alta regularidade das fun¸c˜oes de aproxima¸c˜ao [5].
Assim fica claro o grande interesse, tanto industrial quanto acadˆemico em estudar, analisar e poder prever o comportamente destas estruturas.
1.2 Objetivo
O objetivo deste trabalho ´e implementar o modelo de placa de Mindlin usando o M´etodo de Elementos Finitos H´ıbrido com fun¸c˜oes de aproxima¸c˜ao Trefftz polinomial, para modelagem de placa de material composto laminado sim´etrico sob carregamento em flex˜ao para pequenas deforma¸c˜oes e grandes deslocamentos transversais. Usar a implementa¸c˜ao para investigar os
resultados de deslocamento, os efeitos da continuidade dos campos de tens˜ao, a convergˆencia, a sensibilidade da solu¸c˜ao a malhas distorcidas.
1.3 Revis˜
ao Bibliogr´
afica Preliminar
1.3.1 Modelo de placa de Mindlin para material anisotr´
opico
Inicialmente, um ”material composto” basicamente ´e um material constitu´ıdo a partir da uni˜ao de um ou mais materiais distintos, seja nas suas propriedades mecˆanicas seja em sua com-posi¸c˜ao. Na engenharia, tradicionalmente, refere-se a material composto uma gama de ma-teriais modernos que possuem alto desempenho e baixo peso [6]. Estes materias, por serem oriundo da jun¸c˜ao de um ou mais materias, s˜ao inseridos na classe de n˜ao-homogˆeneos e n˜ao isotr´opicos (anisotr´opicos). As propriedades termo-mecˆanicas dos materiais anisotr´opicos pos-suem dependˆencia com a orienta¸c˜ao, assim sendo, possuem complexa modelagem. Na Figura 1.1 pode-se observar um laminado composto por v´arias lˆaminas orientadas em dire¸c˜oes distintas.
Polloni/Desktop/DESKTOP/BRUNO/MESTRADO UFSC/PDM/PDM/graphics/FIG.pdf
Figura 1.1: Laminado composto por v´arias lˆaminas orientadas em distintas dire¸c˜oes.
”Um laminado arbitr´ario, constitu´ıdo por diversas lˆaminas, cada uma com seu material, sua espessura, e orienta¸c˜ao, tem comportamento tal que sua an´alise pode ser feita considerando, simultaneamente, os efeitos de membrana e flex˜ao”[6]. O modelo de placa que melhor atende este quesito ´e o modelo de Mindlin, que toma a rela¸c˜ao cinem´atica de membrana e de flex˜ao. As hip´oteses da teoria de placa de Mindlin s˜ao [7]:
1. Nos pontos pertencentes ao plano m´edio (z = 0) uo = vo = 0.
2. Os pontos ao longo de um plano normal ao plano m´edio possuem o mesmo deslocamento vertical, ou seja, a espessura n˜ao se altera;
3. A tens˜ao normal σz ´e desconsiderada (estado plano de tens˜oes);
4. Uma linha reta tra¸cada no plano m´edio n˜ao deformado, permanece reta mas n˜ao neces-sariamente perpendicular ao plano m´edio ap´os a deforma¸c˜ao.
O modelo de placa de Mindlin se diferecia em rela¸c˜ao ao modelo de Kirchhoff no item 4, onde o modelo de Kirchhoff imp˜oe a hip´otese de que uma linha reta tra¸cada no plano m´edio n˜ao deformado, permanece reta e normal ao plano (condi¸c˜ao de ortogonalidade).
Campo dos deslocamentos O campo de deslocamentos de um ponto arbitr´ario de coor-denadas (x,y,z) do laminado, na teoria de placa de Mindlin, pode ser expresso em termos dos deslocamentos generalizados coplanares uo = uo(x, y) e ν o = ν o(x, y), do deslocamento trans-versal de flex˜ao w = w(x, y) e das rota¸c˜oes do segmento normal θx = θx(x, y) e θy = θy(x, y).
O dom´ınio do problema consiste em, V pertencente ao espa¸co Cartesiano 3, definido pela
espessura constante H > 0 e superf´ıcie de referˆencia Ω, limitada pelo contorno Γ (Figura 1.2), denotado da seguinte forma:
V =
(x,y,z ) ∈ 3 | z ∈
−H 2 ,H
2
, (x, y) ∈ Ω ⊂ 2
. (1.1)De (1.1), ´e importante obsevar que os eixos x e y, e a origem do eixo z , s˜ao posicionados sobre a superf´ıcie de referˆencia, que se localiza na posi¸c˜ao intermedi´aria da espessura.
Polloni/Desktop/DESKTOP/BRUNO/MESTRADO UFSC/PDM/PDM/graphics/1
2.pdf
Figura 1.2: Elemento estrutural do tipo placa. O campo de deslocamento num ponto arbitr´ario ´e descrito por:
u(x,y,z ) = uo(x, y) + zθ
x(x, y),
ν (x,y,z ) = ν o(x, y) + zθy(x, y),
w(x,y,z ) = w(x, y).
Equa¸c˜oes constitutivas Como resultado das hip´oteses (1.2), o tensor deforma¸c˜ao infinite-simal ´e dado por:
ε =
εxx εxy εxz εyy εyz sim. εzz
, (1.3)e suas componentes como sendo:
εxx = ∂u∂x, εyy = ∂ν ∂y, εzz = ∂w∂z , εxy = 12
∂u∂y + ∂ν ∂x
, εxz = 12
∂w∂x + ∂u∂z
, εyz = 12
∂w∂y + ∂ν ∂z
. (1.4) Ao substituir (1.2) em (1.4), obtˆem-se: εxx = ∂u∂x + z ∂θx ∂x , εyy = ∂ν ∂y + z ∂θy ∂y , εzz = 0, γ xy =
∂u∂y + ∂ν ∂x
+ z
∂θx ∂x + ∂θy ∂y
, γ xz = ∂w∂x + θx, γ yz = ∂w∂y + θ, (1.5) onde γ xy = 2εxy, γ xz = 2εxz e γ yz = 2εyz.O modelo de placa de Mindlin ´e considerado uma extens˜ao do modelo de viga de Ti-monshenko, sendo assim, podemos notar em (1.5) que, na teoria de placa de Mindlin, γ xz e γ yz s˜ao constantes na se¸c˜ao transversal e independentes de z , diferentemente da teoria de placa de Kirchhoff-Love onde γ xz = γ yz = 0.
εxx εyy γ xy
ε =
∂u(x,y) ∂x ∂ν (x,y) ∂y ∂u(x,y) ∂y + ∂ν (x,y) ∂x
εo
+ z
∂θx(x,y) ∂x ∂θy(x,y) ∂y ∂θx(x,y) ∂x + ∂θy(x,y) ∂y
κ
, (1.6)
γ yz γ xz
γ =
∂w(x,y) ∂y + θy ∂w(x,y) ∂x + θx
, (1.7) ε = εo+ zκ,onde εo´e a deforma¸c˜ao de membrana κ ´e a varia¸c˜ao da curvatura.
Rela¸c˜ao tens˜ao-deforma¸c˜ao A lei de Hooke generalizada para uma camada k, arbitr´aria, do laminado ´e definida como σ = Qε.
σx σy τ xy
lk =
Q11 Q12 Q13 Q21 Q22 Q23 Q31 Q32 Q33
k
εo xx εoyy γ o xy
+ z
κx κy κxy
, (1.8)onde Q ´e a matriz de rigidez reduzida que repesenta a camada ortotr´opica com suas dire¸c˜oes principais do material arbitrariamente orientadas em rela¸c˜ao ao eixo x [8]. As tens˜oes cisalhan-tes de cada lˆamina k ´e dada como τ c = C cγ c.
τ yz τ xz
lk =
C 44 C 45 C 45 C 55
k
γ yz γ xz
lk . (1.9)As tens˜oes resultantes obtidas de (1.8) e (1.9) s˜ao dadas por:
N x N y N xy
N
k=1
zk zk−1
σx σy τ xy
lk dz,
M x M y M xy
N
k=1
zk zk−1
σx σy τ xy
lk zdz, (1.10)
Qy Qx
= N
k=1
H/2 −H/2
τ yz τ xz
lk dz,onde z k − 1 e z k s˜ao as cotas z da superf´ıcie inferior e superior da lˆamina k. As cotas de um
Polloni/Desktop/DESKTOP/BRUNO/MESTRADO UFSC/PDM/PDM/graphics/9
3.pdf
Figura 1.3: Nota¸c˜oes para a numera¸c˜ao e cotas das lˆaminas de um laminado.
Aplicando Lei de Hooke reduzida, as defini¸c˜oes (1.10) conduzem a uma rela¸c˜ao entre as for¸cas e momentos resultantes e a superf´ıcie de referˆencia do laminado [8], dadas por:
N M
=
A B B D
εo κ
, (1.11) Q = Eγ, (1.12) sendo: E = kc N
k=1 C chk.onde hk ´e a espessura da lˆamina k, A e D s˜ao as matrizes de rigidez de membrana e de
flex˜ao do laminado, B ´e a rigidez de acoplamento membrana-flex˜ao e kc ´e fator de corre¸c˜ao ao cisalhamento, introduzido artificialmente, para corrigir o fato de que a deforma¸c˜ao cisalhante transversal ´e considerada constante ao longo da espessura da placa, quando sabe-se que, mesmo em placas homogˆeneas-isotr´opicas, existe uma varia¸c˜ao parab´olica desta deforma¸c˜ao [6].
Equa¸c˜oes de equil´ıbrio As deriva¸c˜oes das equa¸c˜oes de equil´ıbrio (ou equa¸c˜oes de movi-mento) podem ser feitas de diversas formas. Mendon¸ca [9] parte do equil´ıbrio de elementos diferenciais, no entanto Reddy [10] aplica diretamente as hip´oteses do modelo no Princ´ıpio dos Trabalhos Virtuais (PTV). Assim, podemos ent˜ao, determinar o equil´ıbrio local no dom´ınio devido a flex˜ao como sendo [8]:
Rx = ∂N ∂xx + ∂N ∂yxy = 0, Ry = ∂N ∂xxy + ∂N ∂yy = 0, Rz = ∂Q∂xx + ∂Q∂yy + q z = 0, Rmx = ∂M ∂xx + ∂M ∂yxy − Qx = 0, Rmy = ∂M ∂xxy + ∂M ∂yy − Qy = 0, (1.13)
onde q z ´e a for¸ca normal distribuida por unidade de ´area da superf´ıcie de referˆencia.
1.3.2 M´
etodo de Elementos Finitos H´ıbridos (FEM-H)
O m´etodo conhecido como m´etodo de Trefftz foi apresentado primeiramente em 1926 por Trefftz [11] em contrapartida ao m´etodo de Rayleigh-Ritz. J´a o m´etodo de elementos finitos h´ıbridos-Trefftz (FEM-HT) se originou em 1977 com dois trabalhos pioneiros de Jirousek [1],[12], ´e considerado um m´etodo computacionalmente eficiente para complexos problemas de contorno [13]. O m´etodo tamb´em apresentou-se eficiente para a modelagem de placas de Mindlin [14], [15].
FEM-HT ´e um m´etodo h´ıbrido que usa dois campos, a princ´ıpio independentes, sendo um campo de deslocamentos internos ao elemento, conhecido como intra-element field [13], e um campo de deslocamento definido apenas nas interfaces entre os elementos, conhecido com frame field [13], respons´avel por impor, de forma fraca, a posteriori, a continuidade de deslocamentos [3]. Ambos os campos de deslocamento pode sem observados na Figura 1.4. O campo interno deve ser escolhido de forma a satisfazer a priori, as equa¸c˜oes locais de equil´ıbrio do problema [13]. A continuidade inter-elemento ´e imposta pelo uso de um princ´ıpio variacional modificado incorporando um campo de interface independente entre os elementos [16]. A formula¸c˜ao pode envolver base equilibrada regular ou singular, mas as matrizes s˜ao obtidas por integra¸c˜ao em regi˜oes regulares. Ao final da formula¸c˜ao a matriz de rigidez ´e n˜ao-sim´etrica e positiva definida. As matrizes do dom´ınio do elemento podem ser convertidas em integrais de contorno devido `as caracter´ısticas da base auto-equilibrada, o que pode reduzir drasticamente o custo do processo de integra¸c˜ao em diversos tipos e problemas. Devido `as caracter´ısticas da formula¸c˜ao h´ıbrida, torna-se poss´ıvel desenvolver diretamente elementos de placa livres de locking de cisalhamento, como a formula¸c˜ao obtida por Jirousek em 1995 [17], para placas homogˆeneo-isotr´opicas.
A seguir um sum´ario da formula¸c˜ao variacional ´e mostrada para um problema t´ıpico de elasto-est´atica apresentado por Wang e Qin [18]. Vale lembrar, que esta formula¸c˜ao elasto-est´atica ´e apresentada apenas para mostrar o procedimento de c´alculo para FEM-HT e n˜ao se aplica ao caso proposto por estre trabalho.
No caso o problema de equil´ıbrio corpo que ocupa um dom´ınio Ω e contorno Γ = Γt ∩ Γu, onde Γt e Γu s˜ao as regi˜oes sob for¸ca e deslocamento prescrito, tais que Γt∪ Γu = . Incluindo
Polloni/Desktop/DESKTOP/BRUNO/MESTRADO UFSC/PDM/PDM/graphics/10
4.pdf
Figura 1.4: Intra-element e frame field em um elemento particular na formual¸c˜ao h´ıbrida. (Fonte Wang, Qin [18])
Πe =
Ωe1
2σ : ε dΩ −
Ωeb · u dΩ −
Γte¯t · ¯u dΓ +
Γet · (¯u − u) dΓ, (1.14) onde u e ¯u s˜ao o campo independente de deslocamento intra-elemento e o campo de interface entre-elementos, respectivamente. Ωe e Γe s˜ao dom´ınio e contorno do elemento. Γte ´e a partedo contorno do elemento comum ao contorno global Γt de condi¸c˜oes de contorno de Neumann.
O contorno do elemento ´e considerado dividido em Γe = Γue + Γte + ΓIe onde Γue e a parte de Dirichlet e ΓIe a parte de contorno interno com outro elemento. Assim, Γte = Γe ∩ Γt
e Γue = Γe ∩ Γu. A ´ultima integral ´e o termo adicional em rela¸c˜ao ao funcional usado no
FEM, e ´e adicionado para garantir continuidade de for¸cas e deslocamentos nas interfaces inter-elementares. Isso pode ser visto usando o teorema de Green de convers˜ao entre integral de dom´ınio e de contorno
Ωe ∂f ∂xi dΩ =
Γe fni dΓ, i = 1, 2,...,d, (1.15)para qualquer fun¸c˜ao suave f , a primeira varia¸c˜ao de Πe pode ser simplificada para:
δ Πe = −
Ωe σij,jδui dΩ +
Γte (ti − ¯ti)δ ¯ui dΓ +
Γe δti(¯ui − ui) dΓ +
ΓIe tiδ ¯ui dΓ. (1.16)As condi¸c˜oes de estacionaridade geram as equa¸c˜oes locais de equil´ıbrio (com for¸cas de corpo nulas), as condi¸c˜oes de contorno de for¸ca e a condi¸c˜ao de continuidade inter-elementares, com a condi¸c˜ao que as condi¸c˜oes de contorno de Dirichlet sejam satisfeitas a-priori. As for¸cas de corpo podem ser incorporadas na dedu¸c˜ao.
Πe =
1
2
Γtiui dΓ −
Ωeσij,jui dΩ
−
Γte ¯tiu¯i dΓ +
Γeti(¯ui − ui) dΓ. (1.17) Uma vez que σij,j = 0 devido ao uso da base auto-equilibrada, e subdividindo as regi˜oes decontorno, obt´em-se:
Πe = −1
2
Γe tiui dΓ −
Γte ¯tiu¯i dΓ +
Γe tiu¯i dΓ. (1.18) A discretiza¸c˜ao ´e feita tomando uma base de fun¸c˜oes φn(x) que satisfazem as as equa¸c˜oes diferenciais de equilibrio de Navier, de forma que o campo de deslocamentos dentro do elemento possa ser aproximado por:u(x) = Ne(x)Ce, ∀x ∈Ωe, (1.19)
onde ue(x) ´e o vetor de componentes de deslocamentos, Ne(x) ´e uma matriz adequada formada pelas fun¸c˜oes de aproxima¸c˜ao e Ce um vetor de coeficientes inc´ognitos. Dessa forma, ue(x)
satisfaz a-priori as equa¸c˜oes de Navier, quaisquer que sejam os valores das componentes em Ce. Em paralelo, um campo de deslocamento independente ´e aproximado ao longo da interface
entre-elementos:
¯
u(x) = ¯Ne(x)De, ∀x ∈Γe, (1.20)
onde De ´e um vetor de deslocamentos nodais e ¯Ne(x) ´e formada pelas fun¸c˜oes de forma usuais de
elementos finitos (Lagrangeanas por exemplo). Nota-se que essas fun¸c˜oes s˜ao definidas apenas no contorno do elemento, ent˜ao sua dimens˜ao ´e uma ordem menor que a dimens˜ao d do dom´ınio do corpo, isto ´e, em problemas planos tem-se fun¸c˜oes parametricamente uni-dimensionais.
Usando nota¸c˜ao de Voigt, as aproxima¸c˜oes (1.19) e (1.20) geram aproxima¸c˜oes para as deforma¸c˜oes, tens˜oes e for¸cas de contorno:
ε(x)= Be(x)Ce,
σ(x)= Te(x)Ce, e t(x) = Qe(x)Ce, ∀x ∈Ωe. (1.21)
Ao substituir (1.19)-(1.21) em (1.18) tem-se o funcional discretizado: Πe = −1 2C T e HeCe − DT ege + CT eGeDe, (1.22) onde He ≡
Γe QT eNe dΓ, Ge ≡
Γe QT e N¯e dΓ, ge ≡
Γe ¯ NT e¯t dΓ. (1.23) As condi¸c˜oes de estacionaridade de Πe geram as condi¸c˜oes∂H e ∂ CT e = −HeCe + GeDe = 0, (1.24) ∂H e ∂ DT e = GeCe − ge = 0.
Essas rela¸c˜oes est˜ao em n´ıvel de elemento. Considerando He n˜ao singular, essas equa¸c˜oes
podem ser separadas da seguinte forma: De = K−1 e ge e Ce = H −1 e GeDe onde Ke = GT e H −1 e Ge. (1.25)
Ke ´e uma matriz de rigidez do elemento, n˜ao-sim´etrica. O processo de solu¸c˜ao do problema
global consiste em:
1. Gerar para cada elemento, o vetor for¸ca ge e rigidez Ke;
2. Sobrepor as contribui¸c˜oes elementares no sistema global da forma usual do FEM, gerando as equa¸c˜oes de equilibrio
KD = g. (1.26)
3. Ap´os obtida a solu¸c˜ao D do sistema, identificar a contribui¸c˜ao de cada elemento De e ge
e resolver (1.25)2 para Ce;
4. Com Ce, (1.21) produz os valores de deslocamento, deforma¸c˜oes e tens˜oes no elemento.
1.3.3 Base auto-equilibrada de deslocamentos para placas de
Min-dlin
Nesta se¸c˜ao ser´a apresentado o desenvolvimento de uma fam´ılia de polinˆomios, conhecidos T(Trefftz)-functions , de base que satisfazem exatamente as equa¸c˜oes diferenciais locais de equil´ıbrio do problema de flex˜ao em placa de Mindlin.
A base equilibrada ´e desenvolvida a partir de uma aproxima¸c˜ao polinomial para o campo de deslocamentos, de modo que, cada fun¸c˜ao obtida satisfaz al´em do equil´ıbrio local, as equa¸c˜oes lineares de cinem´atica, equa¸c˜oes constitutivas e equa¸c˜oes de acoplamento.
Como apresentado na se¸c˜ao 1.3.2 essas fun¸c˜oes foram desenvolvidas em contrapartida ao m´etodo de Ritz. Em contraste com m´etodos de contorno convencionais a qual solu¸c˜oes sin-gulares (Green’s type ) s˜ao usadas como fun¸c˜oes de teste, solu¸c˜oes n˜ao sinsin-gulares, T-complete fun¸c˜oes (solu¸c˜oes homogˆeneas regulares das equa¸c˜oes diferenciais), s˜ao utilizadas como fun¸c˜oes teste na formula¸c˜ao de elemento de Trefftz para interpolar o campo intra-elementos [16].
O ponto inicial de desenvolvimento das equa¸c˜oes auto-equlibradas de deslocamentos ´e iden-tificar uma aproxima¸c˜ao polinomial para o campo de deslocamentos, mediante polinˆomios 2D completos de grau na, nb e nc respectivamente, dados por:
ψx(x) = n 1
p=0 a pP pa = aT pa, ψy(x) = n 2
q=0 bqP qb = b T pb, ω(x) = n 3
r=0 crP rc = cT pc, (1.27)onde ω, ψx e ψy s˜ao deslocamentos de flex˜ao generalizados associados ao modelo de placa de Mindlin, a p, bq, e cr s˜ao coeficientes dos deslocamentos associados ao monˆomios Pa
p, Pbq e Pcr.
O sub-´ındice T representa a transposta de uma matriz. Uma vez que o desenvolvimento a seguir, depende da ordem de um monˆomio arbitr´ario, a e pa s˜ao detalhados para um polinˆomio c´ubico, como segue:
a = {a0, a1, a2, a3, a4,a5, a6, a7, a8, a9 }T ,
pa(x) =
1,x,y, x2,xy,y2, x3, x2y,xy2, y3
T .x = (x, y) ´e as coordenadas de um ponto arbitr´ario na superf´ıcie de referˆencia da placa, nor-malizado por:
x ≡ x
h e y ≡ y h,
onde h ´e um valor caracter´ıstico, que pode ser o raio do elemento e ´e normalmente utilizado para aprimorar o comportamente na formula¸c˜ao GFEM.
Os coeficientes n1 + 1, n2 + 1, n3 + 1 em (1.27) s˜ao separados em dois grupos, coeficientes associados movimento de corpo r´ıgido, a0, b0 e c0 e os remanecenstes associados com a resposta
a deforma¸c˜ao. Assim, a equa¸c˜ao (1.27) ´e decomposta como: ψx(x) = a0 + n 1
p=1 a pP a p = PlT al +paT a, ψy(x) = b0 + n2
p=1 a pP a p = PlT bl + pbT b, ω(x) = c0 + n3
p=1 a pP pa = PlT cl + pcT c, (1.28) ondepa =
x,y, x2,xy,y2, x3, x2y,xy2, y3,...
T , pb e pc similarmente, a = {a1, a2, a3, a4,a5, a6, a7, a8, a9, ...}T , sendo b e c an´alogos.n2, n3 s˜ao as quantidades de coeficientes associados com as deforma¸c˜oes.
Primeiramente, considerando um laminado sim´etrico, as rela¸c˜oes cinem´aticas para a mu-dan¸ca da curvatura s˜ao dadas por:
κx = ∂ψ∂xx, κy = ∂ψ∂yy, κxy = ∂ψ∂xx + ∂ψ∂yy, (1.29)
as deforma¸c˜oes devido ao cisalhamento como:
γ yz = ψy + ∂ω∂y e γ xz = ψx + ∂ω∂x (1.30) a rela¸c˜ao linear el´astica do laminado de forma compacta resulta em M = Dk, ou seja;
M x M y M xy
=
DD1112 DD1222 DD1626 D16 D26 D66
κκxy κxy
, (1.31)as for¸cas transversais cisalhantes como sendo:
Qy Qx
=
D44 D45 D45 D55
γ yz γ xz
, (1.32)e, por fim, as equa¸c˜oes de equil´ıbrio (1.13) se reduzem as ´ultimas trˆes, como sendo: Rz = ∂Q∂xx + ∂Q∂yy + q z = 0, Rmx = ∂M x ∂x + ∂M xy ∂y − Qx = 0, Rmy = ∂M ∂xxy + ∂M ∂yy − Qy = 0. (1.33)
Quando os deslocamentos em (1.28) s˜ao utilizados em (1.29)-(1.33) obtˆem-se trˆes polinˆomios, caso a carga q z em (1.331) tamb´em seja um pilinˆomio de grau d, sendo:
q z(x) = nqz
s=0
dsP sq = dT pq. (1.34)
Os coeficientes de cada monˆomio ´e zero em (1.33), o que gera um conjunto de n11 equa¸c˜oes
em termo dos coeficientes de deslocamento. Rmx, Rmy e Rz geram n1, n2 e nz equa¸c˜oes,
respectivamete. As equa¸c˜oes obtidas por Rz for¸cam nqz a ser limitado, ou seja, nqz < nz. Este
resultado, organizado em forma matricial ´e dado por:
MC = −f , (1.35)
onde C e f s˜ao os deslocamentos e coeficientes do carregamento, organizados na forma:
C =
a b c
n12 ×1 e f =
0n1×1 0n2×1 dnqz×1 0(nz−nqz)×1
n11×1 , (1.36)onde
n11 = n1 + n2 + n3 e n12 = n1 + n2 + n3 > n11, (1.37)
e M ´e uma matriz n11 × n12. Notas-se que a matriz C ´e definida apenas pelos coeficientes de
deforma¸c˜ao, a, b e c, n˜ao contendo nenhum coeficiente de movimento de corpo r´ıgido, a0, b0 e
c0. O sistema (1.35) apresenta as seguintes particularidades:
1. Na forma¸c˜ao de M nota-se que o equil´ıbrio requer uma rela¸c˜ao entre as rota¸c˜oes ψx e ψy (na e nb) e os deslocamentos ω, nc. De fato, ´e necess´ario que:
na < nc e nb < nc. (1.38)
No presente desenvolvimento as seguintes rela¸c˜oes s˜ao arbitr´arias:
na = nb = nc − 1; (1.39)
2. Devido a rela¸c˜ao (1.39), M ´e retangular com n11 < n12;
3. Rank (M) = n13 < n11;
4. O vetor for¸ca no sistema linear (1.35), f , est´a contido no espa¸co coluna de M se o grau do carregamento transversal nqz ´e limitado por nqz < na. Esta afirma¸c˜ao ´e identificada
testando se Rank ([M f ]) = Rank (M) = n13 para alguns conjuntos de coeficientes em f . A nota¸c˜ao [M f ] significa que a matriz ´e formada adicionando o vetor f em M, formando uma matriz n11x(n12 + 1).
O sistema alg´ebrico (1.35), no entanto, ´e um sistema indeterminado que possui mais vari´aveis que equa¸c˜oes. Entre as inc´ognitas, escolhe-se um conjunto de coeficientes dependentes g de dimens˜ao n12 × 1 (de mesma dimens˜ao de M) e gerando assim, a matriz A de dimens˜ao
n11 × n13, coletando as colunas correspondentes a g em M. As colunas remanecentes em M
formam a matriz F de dimens˜ao n11 × n4 (n4 = n12 − n13). O vetor coeficiente C tamb´em ´e particionado:
A F
g h
= −f , M =
A F
, C =
g h
=
Coef icientes dependentes Coef icientes independentes
.(1.40)
Assim, o sistema (1.35) toma a forma particionada como sendo:
Ag = −Fh − f , n11 equa¸c˜oes. (1.41)
O conjunto h (ou g) ´e escolhido de maneira tal que as corespondentes colunas em A tornam a matriz com posto completo, ou seja, Rank (A) = Rank (M) = n13.
O pr´oximo passo de desenvolvimento, consiste em resolver numericamente o problema (1.41) para os coeficientes dependentes g em termo de h. O procedimento num´erico para obten¸c˜ao dos resultados ´e:
1. Pr´e-multiplicar (1.41) por AT , formando o problema A◦
g = −Fh − f ◦ , computando assim, A◦ = AT A, F = AT F e f ◦ = AT f ; (1.42)
Agora o problema ´e definido pela matriz A◦
de dimens¸c˜ao n13× n13, sim´etrica, quadrada
e com posto completo 2. Fatorizar A◦
= LDLT , onde L e D s˜ao a matriz triangular inferior (lower triangular matrix ) e a matriz diagonal (diagonal matrix ) obtida atrav´es da fatoriza¸c˜ao de Gauss. 3. Resolver o sitema (1.43) para n4 + 1
A◦
n13×n13[A f ]n13×(n4+1) = [F f ◦
]n13×(n4+1). (1.43)
4. Os coeficientes dependentes s˜ao obtidos pela combina¸c˜ao linear com os coeficientes inde-pendentes como:
g = −Ah−f . (1.44)
Esta solu¸c˜ao ´e naturalmente particionada na forma:
ga|n8×1 gb|n9×1 gc|n10×1
n13×1 = −
Aa|n8×n4 Ab|n9×n4 Ac|n10×n4
h a| n5×1 hb| n6 ×1 hc| n7 ×1
n4 ×1 −
f a|n8×1 f b|n9 ×1 f c|n10×1
n13×1 , (1.45)assim, observa-se que:
n8 + n9 + n10 = n13, n5 + n6 + n7 = n4, n5 + n8 = n1, n6 + n9 = n2, n7 + n10 = n3, (1.46)
onde ha, hbe hc s˜ao os coeficientes independentes coletados de h, que s˜ao partes de a,b e c, respectivamente. ga, gb e gc s˜ao os coeficientes dependentes coletados deg, que s˜ao partes de a,b e c, respectivamente.
Em seguida, os coeficientes de deforma¸c˜ao particionados nos deslocamentos generalizados (1.28), s˜ao separandos em monˆomios de acordo com a separa¸c˜ao de coeficientes dependentes e independentes em (1.45), sendo: ψx(x) =
haT gaT
pah pag
, ψy(x) =
hbT gbT
pbh pbg
, ω(x) =
hcT gcT
pch pcg
. (1.47)Ao se substituir os coeficientes dependentes de (1.45) em (1.47), obtˆem-se para ψx e ω, por exemplo: ψx(x) =
haT ... −hT AaT
p ah pag
− f aT pag, ω(x) =
hcT ... −hT AcT
p ch pcg
− f cT pcg. (1.48)Uma vez que os coeficientes ha, hb e hc est˜ao contidos em h, pode-se obter uma nota¸c˜ao
mais adequada definindo Ta, Tb e Tc como matrizes de transforma¸c˜ao, tˆem-se que:
pah pag
= Tapa,
pbh pbg
= Tbpb e
pch pcg
= Tcpc, (1.49) Ta, Tb e Tc possuem dimens˜ao n 1 × n1, n2 × n2 e n3 × n3, respectivamente. As matrizes detransforma¸c˜ao simplesmente alteram a ordem dos monˆomios pa, pb e pc.
Ap´os algumas opera¸c˜oes, obtˆem-se a seguinte formula¸c˜ao para os deslocamentos: ψx(x) = hT
[
AaT Ta]pa
da(x) − f aT pag, ψy(x) = hT
[
AbT Tb]pb
db(x) − f bT pbg, ω(x) = hT
[
AcT Tc]pc
dc(x) − f cT pcg (1.50)onde A ´e o termo do lado direito dos parˆenteses em (1.48), para a, b e c, respectivamente.
Assim, pode-se rescrever (1.50) em forma compacta, como sendo:onde:
ψx(x) ψy(x) ω(x)
=
daT (x) dbT (x) dcT (x)
N h−
f aT pag f bT pbg f cT pcg
. (1.52)Assim, a partir de (1.51), a mudan¸ca de curvatura κ associada ao vetor de coeficientes h e
hl ´e representada como
κ = Bf h −κq, que representa:
κx κy κxy
=
d aT dbT 1 2
daT ,y + dbT ,x
h−
f aT pag f bT pbg 1 2
f aT pag ,x + f bT pbg ,y
, (1.53) onde (.),x = ∂ (.)/∂x.De forma similar, a deforma¸c˜ao devido ao cisalhamento ´e dada por γ = Bsh −γ q, sendo:
γ yz γ xz
=
dbT +dcT ,y +daT ,x daT +dcT ,x +dbT ,y
h−
f bT pbg + f cT pcg ,y f aT pag + f cT pcg ,x
. (1.54)Pode-se ent˜ao, introduzir as express˜oes (1.53) e (1.54) na formula¸c˜ao dos Princ´ıpios dos Trabalhos Virtuais (PTV) que d´a in´ıcio ao m´etodo de elementos finitos h´ıbrido aplicado a placa de Mindlin e assim, desenvolver a formula¸c˜ao para o MEF-HT.
1.4 Atividades e Cronograma
Em qualquer projeto, seja na ind´ustria ou academia, o planejamento ´e fundamental. Define-se ent˜ao as etapas, tarefas e prazos a serem seguidos. De forma geral, as atividades podem ser listadas da forma:
1. Estudo do m´etodo de elementos finitos h´ıbrido-Trefftz; 2. Estudo da teoria cl´assica de placas;
3. Estudo sobre fun¸c˜oes polinomiais de Trefftz auto-equilibradas; 4. Implementa¸c˜ao computacional;
5. An´alise de testes e casos propostos; 6. Documenta¸c˜ao da atividade;
7. Corre¸c˜oes de texto e formata¸c˜ao da disserta¸c˜ao; 8. Apresenta¸c˜ao final.
A rela¸c˜ao temporal entre as atividades ´e apresentada na Tabela 1.1. Tabela 1.1: Cronograma de atividades
2016 2017
Ativ Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
1 X X X X 2 X X X X 3 X X X X 4 X X X X 5 X X X 6 X X X X X X X X X 7 X X X X 8 X
1.4.1 Testes e casos propostos
Ao final da implementa¸c˜ao matem´atica do FEM-HT, os seguintes testes s˜ao propostos para an´alise:
1. Compara¸c˜ao do erro e norma de energia FEM Convencional x FEM-HT;
2. Compara¸c˜ao do erro e norma relacionados aos graus de liberdade do problema (Ngl.); 3. Avaliar os erros pontuais em tens˜ao;
4. Avaliar diferentes resultados quanto a ordem dos polinˆomios de aproxima¸c˜ao (nc 5 ,7 ,9
e 11);
5. Avaliar o erro na continuidade de deslocamentos e for¸cas entre elementos;
6. Avaliar diferentes graus das fun¸c˜oes de forma de interface N(x) (fun¸c˜oes lagrangeanas lineares e/ou quadr´aticas).
[1] Jirousek, J. Basis for development of large finite element locally satisfying all field equati-ons. Comp. Meth. Appl. Mech. Eng ., 14, pp.65-92, 1978.
[2] C. A. Brebbia, S. Walker. Boundary element techniques in engineering. 1a ed. London: Bytterworth & Co. Ltd, 1980.
[3] Brebbia, C. A., Telles, J. C. F., Wrobel, L. Basic Principles and Applications. 1◦
ed. Berlin, Heidelberg: Springer Berlin Heidelberg, 1984.
[4] Garcia, Oscar, Fancello, Eduardo A., Barcellos, Clovis S De., Duarte, C Armando. hp -Clouds in Mindlin’s thick plate model. Int. J. Numer. Meth. Eng., 47(8), pp.1381-1400, 2000.
[5] de Barcellos, C. S., de Tarso R. Mendon¸ca, P., and Duarte, C. A. A Ck continuous ge-neralized finite element formulation applied to laminated Kirchhoff plate model. Comput. Mech. 44(3), pp. 377-393, 2009.
[6] Mendon¸ca, P. D T R, Fancello, E. A., Fundamentos de Mecˆanica dos S´olidos Computaci-onal. 2015.
[7] Onate, E.. Structural Analysis with the Finite Element Method. Linear Statics.Volume 2. Beams, Plates and Shells. Artes Gr´aficas Torres S.A., Barcelona, 2013.
[8] Mendon¸ca, P. D T R, De Barcellos, Clovis S.,Torres, D. A F..Analysis of anisotropic Min-dlin plate model by continuous and non-continuous GFEM. Finite Elements in Analysis and Design 47(7), pp. 689-717, 2011.
[9] Mendon¸ca, P. T. R. Materiais compostos e estruturas-sandu´ıche: projeto e an´alise. Ed. Manole, SP, 2005.
[10] Reddy, J. N. An Introduction to Nonlinear Finite Element Analysis. Oxford University Press, USA, 2004.
[11] Trefftz E.. Ein Gegenstuck zum ritzschen Verfahren. Proc, 2nd Int. Cong. Appl. Mec., Zurich, pp. 131-37, 1926.
[12] Jirousek, J., Leon, N. A powerful finite element for plane bending. Comp. Meth. Appl. Mech. Eng., 12, pp. 77-96, 1977.
[13] Qin, Q-H. The Trefftz Finite and Boundary Element Method. Southampton: Wit Press, 2000.
[14] Choo, Y.S.,Choi, N., Lee, B.C. A new hybrid-Trefftz triangular and quadrilateral plate elements. Applied Mathematical Modeling , 34, pp.14–23, 2010.
[15] Jirousek, J.. Hybid Trefftz plate bending elements with p-method capabilities. Int. J. Numer. Meth. Eng., 24, pp. 1367–1393, 1987.
[16] Qin, Q. H.. Hybrid Trefftz finite-element approach for plate bending on an elastic founda-tion. Applied Mathematical Modelling. 18(6), pp. 334-339, 1994.
[17] Jirousek, J., Wroblewski, A., Szybinski, B. A new 12 DOF quadrilateral element for analy-sis of thick and thin plates. Int. J. Numer. Meth. Eng ., 38, pp. 619-2638, 1995.
[18] Wang, H., Qing, Q.-H. Fundamental-solution-based finite element model for plane ortho-tropic elastic Bodies. Europan J. of Mechanic A/olis, 29 pp. 801-809, 2010.