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Sinastria - Anna Maria da Costa Ribeiro (Astrologia)

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Academic year: 2021

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SINASTRIA - Estudo dos Rela-cionamentos - Teoria e Prática é, até agora, o único trabalho completo e abrangente, publicado em português - e de autor brasileiro - sobre esse emocio-nante assunto que são as relações huma-nas vistas (e auxiliadas) pela Astrologia. A pós a sua leitura, as pessoas poderão entender melhor a complexidade dos seus relacionamentos particulares -tanto os afetivo-sexuais, como os pro-fissionais e os familiares - com isso po-tencializando a criação de um mundo melhor. É um livro eminentemente di-dático e vem cumprir mais uma proposta dessa astróloga que, há alguns anos, es-tuda e orienta pessoas no propósito de um sempre melhor relacionamento, já que viver é relacionar-se e relacionar-se é vida.

Anna Maria da Costa Ribeiro é conhecida e consagrada como autora de Conhecimento da Astrologia - manual imprescindível, já em sua 4~ edição - e Astrologia, Alcoolismo e Drogas que está sendo editado pela American Fe-deration 01' Astrologers (AFA) nos Es-tados Unidos - ambos publicados pela nossa casa editora. Esse é, certamente o P livro de autor brasileiro a ser traduzi-do no exterior, na área de Astrologia.

Apesar de nosso espanto, tendo em vista suas inúmeras atividades, Anna Maria vem publicando um título a cada ano.

Aproveitando integralmente o seu tempo, consegue escrever livros, dar aulas com o magnetismo que já se lhe tomou peculiar, prestar orientação e consultoria, fazer palestras e conferên-cias conforme suas casas 3 e 9 permi-tem, preparar grupos de desenvolvi-mento da percepção através da Astrolo-gia, transuútir e coordenar o uso da As-trologia como apoio terapêutico e di-zem, até, que está aprendendo alemão.

Conheceremos, agora, uma nova faceta da astróloga: são suas as diversas poesias de amor e afeto espalhadas por

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LIVRARIA

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DO MESSIAS LOJA

Praça Dr, João Mendes, 166 Praça Dr. João Mendes, 140

Rua Quintino Bocaiúva, 166 São Paulo· SP, Tel. 3104·7111 * 31 06·9596 loja Virtual: www.sebodomesalal.com.br ~mo" ",~'m,"o@_,m;",=."

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<f, by Anna Maria da Costa Ribeiro

Todos os direitos desta edição reservados Hipocampo Editora e Distribuidora Ltda.

R. Silveira Martins, 110, lj. M, Catete, Cep 22.221, Tel.: (021)285-7909 Rio de Janeiro, RJ

Desenho dos gráficos: Paulo Carvalho Fotolitos: Laborgf:afl A va

Composição: Palas Atheoa Impressão: Palas Athena

1989

Impresso no Brasil

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Anna Maria da Costa Ribeiro

SINASTRIA

Estudo dos Relacionamentos

Teoria e Prática

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ÍNDICE

IN'TRODUÇÃO . . • . . . • • . • • • . . . . . • • . . . • • . . . .. 11 PRIMEIRA PARTE (A Teoria)

I - O casamento e a conjunção 17

11 - O dois existe por causa do um (Sol e Lua, Signos e

Lunaçres ... 22 III - O perfeito caminho não conhece dificuldades

(Os Eixos Cardeais) •••...•••••••••••••... 50 IV - A arte de esperar (Vênus e Marte) ..••.•••...•• 62 V - Hara (Planetas) •••••••.••.•...•...•...••. 79 VI - Se você não entender, pelo menos ouça (Casas) 100 SEGUNDA PARTE (A Prática)

VII - Técnicas de Sinastria •...•....••.•••.••... 129 VIII - Interpretação dos Interaspectos ...••••.•....•••• 148 IX - Planetas nas Casas do Outro •..•....•....•••..• 174 X - Mapa Composto e Trânsitos ••..•••••.•••.•••.• 200 XI - Casa Sete •••••••••••••.••••.••••..•...•..• 211 XII - Partes Arábicas ••••...•.••••••••••••••••••• 219 XIII - Sexualidade •••.•••.•.•••••••••••••••.•••.• 229 TERCEIRA PARTE (Pesquisa sobre Homossexualidade)

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PREFÁCIO

Afinal, os astros influem ou não influem sobre nossas vidas? Prefiro não entrar nessa discussão.

A Astrologia me interessa não como saber mas como linguagem.

Suas imagens, símbolos e metáforas prestam-se maravilhosamente para verbalizar situações interiores. Por meio de sua retórica adquirimos maior poder para falar sobre sentimentos e emoções.

Nesse sentido a Astrologia serve para melhorar o relacionamento entre pessoas. Ensinando-as a língua interior dos amores, rancores e paixões, ensina-as a se comunicar melhor.

Além disso a Astrologia opera com um modelo que se presta para acompanhar a lógica complexa das emoções. Tudo dentro da gente re-presenta o estuário de várias motivações e determinações. Nós somos como uma bacia hidrográfica. Nossas águas não são simples. São a confluência de muitas águas. Nosso Rio Amazonas interno não é feito apenas de Negro e Solimões. Vários outros afluentes são influentes no nosso jeito de ser.

Pior. Somos essa complexidade, sim, mas em perpétuo movimen-to, em mutação permanente. O que era hoje já não é mais amanhã, se bem que pode voltar a ser quase como foi, tempos depois. Algumas coisas mudam depressa, enquanto outras permanecem paradas por anos a fio.

O modelo da bacia hidrográfica então não serve, porque os rios lá, estarão sempre no mesmo lugar. Precisamos de um modelo capaz de representar o movimento dos próprios elementos que o constituem.

E a Astrologia nos oferece esse modelo. Basta olhar por um

ins-tante para um mapa astrológico com o movimento rápido de alguns planetas e o movimento lento de outros, que entenderemos facilmente o que estou querendo dizer. Qualquer um entende suas transições, porque mudou de um ano para o outro e porque não mudou.

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Como cada astro possui um valor simbólico diferente e possui carga de influência diferente, será fácil compreender as resultantes.

Nossa vida é assim: Tudo é movimento fora, tudo é movimento dentro. E o modelo astrológico ~ capaz de tomar intelegivel tamanha complexidade.

A terceira razão pela qual curto a Astrologia é que ela confere al-gum sentido e alal-guma inteligibilidade à vida de pessoas que estão com-pletamente perdidas. Nada dói mais do que a perplexidade diante de si e diante do outro, nada angustia mais do que a confusão interior. E a Astrologia, à sua maneira, dá algum rumo a essa nau sem rumo.

Isso, é sempre bom, pois, confusão excessiva não é fecunda, é pa-ralizante e gera não uma nova ordem mas apenas mais confusão. Botar alguma ordem nos interiores é fundamental, só assim dá para pensar melhor.

Por tudo isso acho um barato a Astrologia.

Eduardo Mascarenhas

Eduardo Mascarenhas, psicanalista, é Diretor Científico da Sociedade Psicanalftica do Rio de Janeiro (SPRJ).

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AGRADECIMENTOS

Como falar de Sinastria sem considerar as mais diversas pessoas que, em diversos níveis, vêm me ensinando a difícil mas fascinante Arte do Relacionamento?

É praticamente impossível desenvolver qualquer espécie de tra-balho sem a convivência (e, muitas vezes, a interferência) de outras pessoas. Quanto mais as pessoas aparecem em nossas vidas, mais cres-cemos. Que Deus me resguarde de viver sem me relacionar, de uma forma ou de outra. Como tenho crescido e aprendido nesses anos todos em que as pessoas têm me procurado, confiando nos meus sempre par-cos conhecimentos astrol6gipar-cos! Elas são o sal da minha vida, mos-trando-me o quanto é fantástica a natureza humana!

Aos clientes, o meu principal e humilde agradecimento, por tudo que têm me ensinado.

Aos homens de minha vida, que até hoje participaram de minhas caminhadas, o grande agradecimento, uma vez que foram eles os res-ponsáveis pela minha descoberta da Astrologia, ou seja:

A Edvard, Sagitário, que sem conseguir perceber a evidência as-trol6gica, apesar de testemunhar o meu trabalho cotidiano, ainda se admira dos acontecimentos, não sei se feliz ou aliviado. Sem você, que é o Sol com Urano do meu mapa, certamente nada teria começado.

Luiz Affonso, outro Sagitário, que também se ri das estrelas, mas que à sua maneira me estimula - pois curva-se à realidade - foi um dos responsáveis pela publicação do meu primeiro livro "Conhecimento da Astrologia", pois, ao olhar as infindáveis apostilas do curso tomando o lugar e a estética do seu conforto, explodiu: "Por que você não publica logo essa papelada, antes que algum aventureiro, indevidamente, o fa-ça?". Sem você, talvez eu não estivesse publicando agora o meu tercei-ro, mas não o último, livro.

Luiz, Peixes, do qual se eu não tivesse me divorciado, provavel-mente nunca teria me tomado astr610ga, embora tivesse permanecido péssima dona de casa. Embora indiretamente, o mérito também é seu, não fosse você o primeiro Plutão da minha bem conhecida casa 7.

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Onofre, Áries, que há anos vem arduamente resistindo aos astros, e no entanto foi um dos primeiros a demonstrar-me a eficiência dos planetas transaturninos. De Urano: a liberdade; de Netuno, as fantasias; de Plutão, as lutas de poder. Sem você, é claro, a minha vida não teria a menor expressividade.

Newton, Peixes, que com sua fé inabalável e apoio incontestável, um dia me disse: "Sempre podemos ir mais longe no desconhecido, e é uma alegria reconhecer isso nas pessoas que conhecemos. Mas também é uma alegria verificar que nem todos o fazem, pois o mundo ficaria impossível". Sem você eu não me sentiria incentivada a ultrapassar-me e ensinar os outros a se ultrapassarem.

O Inominável, Escorpião, que há alguns anos anos vem me ensi-nando o que sei e ainda virei a saber sobre a arte de viver e de se rela-cionar, meu mestre em magia e alquimia. Você que é o eixo dos N6-dulos Lunares no meu mapa e constantemente sopra aos meus ouvidos. É imprescindível, ainda, agradecer a indispensável colaboração de João Gilberto de Carvalho, Myriam André e Lydia Vainer, todos de São Paulo, astr610gos dedicados a uma Astrologia séria e que, com desprendimento e abnegação de seus preciosos tempos, forneceram-me a maioria dos dados de homossexuais, permitindo-me enriquecer a pes-quisa em prol do conhecimento dos leitores é estudantes, realizando, assim, o verdadeiro objetivo do Aquário.

Clélia M.

L.

de Rezende, astr610ga e amiga, que pacientemente vem colaborando com sua sempre necessária datilografia, também no espírito aquariano, mostrando que a união pode beneficiar a um grande número de pessoas. Especialmente a você, cuja vida foi abruptamente modificada por um Urano intempestivo qlle lhe acidentou gravemente. Que as nossas orações sejam ouvidas e você se recupere.

Este livro começou a ser escrito quando o Sol entrou em minha casa 7 (dos Relacionamentos) e terminou quando o Sol se aproximava da minha casa 10 (da Vocação).

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INTRODUÇÃO

Um professor de filosofia foi ouvir um mestre Zen. O mestre ofe-receu-lhe chá e encheu a xícara do professor até transbordar, e conti-nuou despejando a bebida, que escorria sem parar. O professor não se conteve e gritou: "Pare! Já não cabe mais nada na xícara! "E o mestre respondeu: "Assim também está a sua cabeça: cheia de idéias e opi-niões. Como posso falar-lhe do Zen se você não esvaziar a sua xíca-ra?"

Se você quiser se relacionar, não parta para o relacionamento com idéias preconcebidas. Esteja simplesmente disponível ao relaciona-mento. Aí, as coisas e situações jamais pensadas começarão a acontecer e o seu relacionamento será repleto de surpresas. Se você estiver com espectativas, qualquer relacionamento será uma decepção. Deixe que as coisas aconteçam, quando encontrar a pessoa desejada. Quando con-versar, não se preocupe com as palavras. Aprenda a relaxar o corpo e a voz. Você será capaz de se surpreender com você mesmo e com a outra pessoa.

Se você se preocupar com o seu relacionamento, perderá a es-pontaneidade. Quase sempre somos subjetivos e projetamos nossas opiniões. Veja um exemplo: hoje você vê uma pessoa e a acha desa-gradável. Amanhã você vê a mesma pessoa e a acha adesa-gradável. Ela não é nem agradável nem desagradável. Você é que projetou isso. Foi a sua interpretação. A interpretação é subjetiva.

Repare um mapa astrológico. Ele pode ser interpretado de diver-sas maneiras, não só confonne o astrólogo que o está interpretando, como também pelo estado de espírito do mesmo astrólogo, de acordo com o momento que ele está passando.

Outro dia perguntaram a uma pessoa:

- Digamos que esse desenho seja a sua mãe, o que você vê aqui? - Um saco sem fundos.

E assim foi interpretado:

- Então você acha que sua mãe é uma pessoa distante, tão dis-tante que escapou pelo fundo do saco, deixando-o sozinho?

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E outra pessoa interpretou:

- Então você acha que sua mãe é uma fonte inesgotável de ale-grias, seu amor é tão infinito que você não percebe nenhuma limitação nesse afeto?

Qual é a interpretação correta? Nenhuma. Não existe interpreta-ção correta. A interpretainterpreta-ção sempre será subjetiva; portanto é falha.

Este é um livro que ensina a interpretar os relacionamentos entre duas ou mais pessoas. Se você é sincero, não se atreva a interpretar os relacionamentos. E se você é esperto, não peça que interpretem seus relacionamentos.

Mas como ninguém resiste a interpretar e a ser interpretado, assim foi criado esse livro.

*

CONFIANÇA

Cora Coralina

velha moça do Goiás Velho, me disse que não usava saudade e dor

em suas poesias. Feliz Cora

que aos noventa anos pode dizer que não conhece saudade e dor. Eu tenho saudades

e já tive dor,

aquela dor que nunca passa, a não ser no dia seguinte; aquela saudade que nunca acaba, a não ser quando o telefone toca.

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Feliz Coralina

no alpendre ensolarado, entre potes de geléia, na casa velha da ponte. Cinco horas da tarde

e uma fotografia que nunca saiu para mostrar

que não se deve buscar

a permanência do impermanente. Cora Coralina,

velha moça do Goiás Velho, me chama de menina, me serve um café

me mostra seus livros e seus doces, e ainda me pergunta

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PRIMEIRA PARTE

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I - O CASAMENTO E A CONJUNÇÃO (Alquimia)

"Conjunctio" significa a união do consciente com o inconsciente, o que pode levar à compreensão ou ao casamento perfeito: a união inte-rior.

o

bem-estar consigo mesmo.

E, conseqüentemente, com o mundo.

Se você está contente consigo, você fica iluminado e irradia a sua beleza interior, atraindo e modificando os outros à sua volta.

Diz o oriental:

Onde você está é onde você deve estar. Se está no inferno e aceitar isso, o inferno pode acabar, pois ele s6 existe na sua atitude tensa e resistente. Tudo o que você rejeita cria resistência e toma-se um inferno, tudo o que você aceita cria facilidade e toma-se um céu.

A verdadeira alquimia é transformar o inferno no céu.

É costume dizer-se que os santos vão para o céu e os pecadores para o inferno.

A concepção oriental é diferente: pois, seja lá para onde o santo for, criará o céu - porque o céu está dentro de si.

Esse é o casamento interior, ou a conjunção da Lua Nova, quando Sol e Lua estão unidos.

Se você observar as noites no céu, há de ver que a lua tem várias fases, várias formas, desde a lua nova, passando para crescente, cheia, minguante e, novamente, uma outra lua nova.

Ou seja: a lua transforma-se. E esse é o segredo alquúnico: trans-formação. Para se chegar a uma nova conjunção: o recomeço de uma união.

O santo transforma,todas as coisas em coisas belas.

Você também pode fazer isso. Repare que você se leva para onde você vai. Quer dizer, você se reflete no mundo exterior conforme o que carrega no seu interior. Você leva o seu coração na imagem que projeta por onde passa. E atrai coisas, pessoas ou situaçqes de acordo com aquilo que projetou.

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Se você sorri, recebe um sorriso de volta. Se agride, recebe uma agressão de volta. Se tem pena de você e se subestima, atrai quem abu-sará de você.

A conjunção está sempre ocorrendo em nossas vidas. No céu ela ocorre uma vez por mês. Quantas vezes ocorrerá ao longo de nossas vidas?

A conjunção é o número 1, o início de todas as coisas. Se você tem muitas conjunções planetárias no seu mapa, haverá uma tendência de ocorrerem vários inícios e recomeços na sua vida.

A conjunção é isso: sorriso atrai sorriso, agressão atrai agressão. Aceite-se. Goste de ser você. As pessoas chegam a adoecer de tanto quererem imitar os outros, de quererem ser outras pessoas e de preferirem estar em outro lugar. Se agora você está aqui, não há como escapar, tem que estar aqui. É preciso saber. estar aqui e não estar lá. Pois estar lá enquanto se está aqui, é não estar em lugar nenhum.

Se agora você está no Brasil, não adianta rejeitar isso e querer estar agora em outro país. Se você é José ou Maria, não adianta querer ser Antonio ou Joana, senão você fica doente. Aceite-se. Não se rejei-te. Não crie resistência interna - isso só impedirá O Encontro. Crie o céu e leve o céu para onde você for. É a única maneira de atrair a pes-soa ou as pespes-soas que desejar.

Marie Louise von Franz, em Alquimia (Cultrix) diz que o encon-tro do Sol com a Lua, na Lua Nova, acontece quando a noite é mais escura. A "conjunctio" ocorre no mundo inferior, onde nenhuma luz brilha - quanto se está inconsciente. E é nesse momento que alguma coisa é criada ou nasce: na desolação e na depressão. Quando se vai ao fundo do poço é que surge a coincidência dos opostos da conjunção.

Mas o Sol pode fazer mal à Lua, pois apesar do Sol dar luz à Lua, num determinado momento a Lua desaparece: é quanto ele se aproxima demais dela. (A Lua Nova acontece quando a Lua fica entre o Sol e a Terra, portanto, próxima do Sol. A Lua Cheia acontece quando a Terra fica entre o Sol e a Lua, portanto, quando o Sol está longe da Lua). Então, continua a Dra. von Franz, a "conjunctio" é perigosa, já que o

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Sol pode prejudicar a Lua e vice-versa, apesar disso poder ser evitado. Quanto mais próximos estão Sol e Lua, maior o risco da mutua destrui-ção em vez da união. Ou seja, tanto o Sol quanto a Lua têm o seu lado escuro e destrutivo, a sua sombra.

Como dois amantes que quanto mais se juntam e mais o amor au-menta, mais crescem as duvidas, desconfianças e o receio de abrir o co-ração, tornando-se vulneráveis. Quando o homem ou a mulher mostram o seu amor um ao outro, ficam expostos à sombra. O homem expõe-se ao "animus" da mulher, às suas agressões; a mulher expõe-se à "ani-ma" do homem, aos seus venenos.

A "conjunctio" a nível interno (integração de consciente e in-consciente) também pode ser perigosa. É o risco do conhecimento, da árvore do Bem e do Mal: quando você conhece, você encara a realida-de com segurança (felix culpa) ou se arrasa com o fato novo. O conhe-cimento é sempre venenoso ou curativo, diz a Dra. von Franz.

Nesse nível interno, se o inconsciente tragar a consciência (Lua sobrepondo-se ao Sol), pode ocorrer a psicose. Se a consciência destrói o inconsciente (Sol sobrepondo-se à Lua), a psicose pode ser latente e a pessoa foge do confronto com a racionalização de teorias deliberadas. Resumindo: sempre que a conjunção ou a união acontecem, em vez de amor pode haver destruição.

Diz a Lua:

- Quando entrarmos na casa do amor, meu corpo coagulará em meu eclipse.

Responde o Sol:

- Se fizeres isso e não me causares dano, meu corpo retornará e te penetrarei. Serás, então, poderosa ou vitoriosa.

Ambos se repetem:

- Se você não me prejudicar, eu lhe ajudarei.

Conseqüentemente, toda união (e toda conjunção planetária), todo relacionamento implica num risco. \,

No entanto, tudo o que acontece na vida é importante, já que em todos os acontecimentos existem substâncias que podem ser usadas

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como se desejar. É o livre arbítrio que permite a cada pessoa fazer de sua vida o que desejar.

Mercúrio é o resultado da união do Sol e da Lua. Simboliza o fi-lho, ou seja: uma atitude nova e objetiva, que está além de qualquer conflito (do Sol e da Lua).

No mapa astrológico, para o estudo pessoal ou de relacionamen-tos, esses três astros: Sol, Lua e Mercúrio, têm importância

fundamen-taI.

Deve-se sempre verificar, quem está sobrepujando a quem, qual

astro pode prejudicar o outro e, portanto, influir decisoriamente nos relacionamentos e na vida pessoal.

E se tudo tem um significado especial na vida; se cada encontro ou circunstância tem um significado, tudo passa a ser um elo de uma longa corrente.

Çada pessoa em nossa vida faz parte dessa corrente infinita. Qualquer começo de amor pertence a um amor infinito. Disse Novalis:

- O romance

é

infinito.

Estou contando nos dedos

quantos dias não te vejo nem te beijo; como criança na escola

vou passando nos dedos; segunda, terça, quarta-feira ... Há quanto tempo não me abraças? onde andam os teus braços, por onde caminham esses pés que até aqui

ainda não chegaram? O meu horóscopo informa que brevemente chegarás.

É hora, pois, de preparar-me para formar uma imagem inesquecível por algumas horas.

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Penteio meus cabelos despenteando-os, pinto minha boca

de baton vennelho-sangue, para fazer com ela

uma linha vertical

que vai do teu pescoço até teu ventre. Visto uma roupa festiva

de longo decote para te deixar hesitante de onde me beijar primeiro. Penduro na orelha

um brinco que certamente perderei, mas que te deixará distraído por dois longos segundos.

Coloco, talvez, meus sapatos de salto-alto, que atirarei longe, imediatamente,

assim que minha visão cinematográfica se fixar em tua mente.

(23)

II - O DOIS EXISTE POR CAUSA DO UM (Sol e Lua - Signos e Lunações)

Sosan, mestre Zen chinês:

Se nem Deus quis que o homem ficasse sozinho, não serão as frustrações que impedirão as pessoas de se relacionarem. Relacionar é compulsivo, é magnético. É como um imã.

As pessoas sonham, juntam-se, desentendem-se, separam-se e vão em busca de outra união. Basta ocorrer uma separação para logo se pensar em refazer a vida.

Por isso a vida não foi feita para ser vivida em solidão. Queiram ou não, as pessoas precisam se relacionar.

Existem vários tipos de relacionamentos. Desde o relacionamento sexual e afetivo, mais íntimo, até o relacionamento eventual, que constantemente fazemos quando entramos em contato com qualquer pessoa no nosso cotidiano: o caixa do banco, o motorista do ônibus, do taxi, etc.

Ninguém sobrevive por muito tempo à completa solidão. Na com-pleta solidão nem Deus existe. Não há respiração.

Morremos quando deixamos de ter curiosidade. O elixir da longa vida chama-se curiosidade. Enquanto houver estímulo mental não há morte.

Curiosidade, estÚIlulo mental, relacionamento - tudo a mesma coisa. Se você existe, você logo começa a procurar uma companhia. A casa 1 não existe sem a casa 7.

A união s6 é possível porque você existe. O dois existe por causa do um.

*

O objetivo do estudo dos relacionamentos, seja qual for a técnica de sinastria escolhida, é, em princípio, ajudar as pessoas a conviverem melhor entre si, a se desenvolverem e a se preencherem.

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Quanto mais se relaciona mais se cresce, porque mais se sai de si. Quanto menos se relaciona, menos se evolui, porque fica-se igual a antes.

Vive-se sempre abaixo do potencial, sempre se pode ir mais lon-ge. Quando a criança nasce, está abaixo do seu potencial porque ainda não sabe andar ou falar. Quando a criança cresce, ainda está abaixo do seu potencial porque não vivenciou a escola, a universidade, e assim sucessi vamente.

O adulto também tem muito a descobrir. Basta fazer um retros-pecto do passado e ver quantas oportunidades de crescimento se teve.

Sempre se pode ir mais longe. Com o tempo, percebe-se que se é capaz de TUDO, basta haver estímulo e necessidade. O que diferencia o ser humano é a capacidade de escolha.

Enquanto se está vivo, é impossível preencher tudo - os desafios são constantes. A força e o progresso de cada um está em tentar ser o máximo daquilo que se pensa ser.

Existem algumas regras práticas dentro da Astrologia. Disse As-sagiogli que a prática é fácil, o difícil é praticar.

Não importa se nem sempre se tem sucesso. As mesmas situações têm resultados diferentes, porque as circunstâncias externas e as pres-sões internas variam a cada momento.

O mapa astrológico é o potencial desta vida, é o manual de ins-truções da personalidade ora vivente.

Viver HOJE, conforme as indicações do mapa, deve ser a supre-ma meta. Todas as personalidades históricas importantes viveram quase o máximo dos seus mapas. Porque o máximo talvez somente Buda, Je-sus e outros avatares, é que o viveram.

Como você não é Buda nem Cristo mas quer ser uma pessoa im-portante, reconhecida e com sucesso pessoal e social, deve conhecer bem o seu mapa, a fim de chegar a esse quase máximo.

É possível que as pessoas com quem você se relacione hoje sejam um reencontro de outras vidas. Há um motivo para isso, se você acre-dita em Vidas Passadas. E se não acreacre-dita, também há um motivo para esse conhecimento.

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Todo relacionamento tem um significado especial e é um fator de modificação ou alteração de sua vida. Nada permanece o mesmo após um relacionamento qualquer.

Você é o seu mapa, e no entanto, porque os planetas estão em constante movimento no céu, você tem diversas oportunidades de TORNAR-SE naquilo que você já

É.

A semente de uma laranja

é

a la-ranjeira. E você pode ver a semente na lala-ranjeira.

Os trânsitos e progressões planetárias tornam a semente em la-ranjeira.

Antes de se estudar o relacionamento entre qualquer tipo de pes-soa, coisa ou situação, é preciso conhecer muito bem o mapa indivi-dual. Pode ocorrer relacionamento entre duas ou mais pessoas, entre uma pessoa e um país, entre uma pessoa e uma firma, etc. Não importa se a relação é afetiva-sexual, se é comercial, familiar, didática, etc. Seja ela qual for, em primeiro lugar,

é

preciso conhecer o mapa do in-divíduo.

Porque se esse indivíduo quer alguma coisa, o êxito dessa alguma coisa está dentro do próprio mapa. Nada acontece fora do mapa astro-lógico de cada um. Isso é detenninismo, tanto quanto é detenninismo uma pessoa nascer de um detenninado sexo, de uma detenninada pig-mentação, num detenninado país.

Tem-se tanto livre-arbítrio em se usar o mapa astrológico como se tem livre-arbítrio de se ser aquilo que se

é

e de se fazer com o próprio corpo aquilo que se quer.

Portanto: conhecer primeiro o mapa. Conhece-te a ti mesmo, diz o oráculo de Delfos, cura-te a ti mesmo antes de querer conhecer os

ou-tros.

Somente depois que se sabe o propósito de vida de uma pessoa, do que ela gosta e precisa, do que tem medo ou não agüenta, é que se parte para a sinastria, para a análise dos relacionamentos.

Não cabe ao astrólogo julgar ou opinar sobre a relação. Seu papel é infonnar e orientar sobre as áreas mais fáceis e mais difíceis da rela-ção. As pessoas com mapas difíceis atrairão e procurarão relaciona-mentos difíceis, pois não se interessarão por situações mais simples. O

(26)

semelhante atrai o semelhante. Se o mapa é complicado, a vida da pes-soa provavelmente será complicada. Caso contrário, talvez ela tivesse tédio.

Entretanto, a maneira como as pessoas se relacionam é importante para o desenvolvimento da Humanidade. Conforme a pessoa vai se re-lacionando, vai passando para os outros seu afeto, simpatia, compreen-são ou inveja, exploração, intolerância, agressividade, degradação, etc. A falta de amor talvez seja a causa principal dos problemas do ser humano. Crianças que não receberam amor serão adultos que não sabe-rão amar, talvez até mesmo por não se acharem merecedoras de serem amadas.

Algumas pessoas querem amar, mas não têm a quem amar, disse Assagiogli; outras têm quem lhes ama e que até poderiam amar, mas não têm vontade.

O primeiro passo para você amar alguém é

arilar

a si próprio. Isso vai depender daquilo que você aprecia em você e daquilo que lhe desa-grada em você mesmo.

Quem prefere o pior de si próprio acaba tornando-se cruel e egoísta e atrai esse tipo de relação. Quem prefere o melhor de si atrai pessoas melhores.

Primeiro esteja disponível para você mesmo, depois é que vêm os outros. Veja isso no seu mapa.

a) SOL e LUA

O Sol representa a sua essência, a sua vontade, a sua capacidade de ter sucesso na vida, o seu brilho, a sua auto-afinnação, o seu espí-rito ou o seu ego.

Geralmente o signo do Sol tem a ver com a tônica de vida da pes-soa. Assim, um Sol em Peixes, tenderia a uma vida fantasiosa, confusa ou mística, introspectiva, etc.

No mapa da mulher, o Sol, além disso, representa aquilo que ela projeta no homem para sentir-se mais completa.

(27)

o

Sol é o pai e o marido. Acaba-se casando com uma imagem do pai. Mas como o Sol também é a pessoa, você casa com você mesmo. Por isso talvez se diga que cada pessoa se casa com quem merece. Ou que o casamento representa a nossa neurose complementar.

Para ficar claro, isso não quer dizer que você, seu pai e seu mari-do sejam iguais. É apenas um súobolo que começa a se manifestar.

Assim, o seu Sol em Peixes, por exemplo, pode significar: a) que você é mística,

b) que seu pai é um artista, c) que seu marido é viciado.

Aparentemente nada há em comum. No entanto, tanto o místico como o artista, como o viciado, costumam ver além da realidade, têm certas atitudes escapistas ou sonhadoras, são sujeitos a visões ou per-cepções, a não estarem completamente dentro ou fora de uma situação, etc. Nenhum dos três está totalmente preso a alguma coisa. Essa pode-ria ser uma característica comum aos três. E também nenhum dos três está totalmente solto de alguma coisa. Essa é uma das características de Peixes.

Não se deve procurar o tipo, a profissão, a situação específica. Deve-se procurar a atitude, a inclinação.

A Lua representa os seus hábitos e emoções, a sua reação instin-tiva, as necessidades íntimas, o desejo de segurança e proteção, a sua capacidade de estar à vontade no mundo. Mostra aquilo que lhe sensi-biliza, a reação à vida, o magnetismo próprio, como se sente na intimi-dade.

No mapa do homem, a Lua sugere fi atitude para com a mulher, o

tipo de mãe que procura para seus filhos.

A Lua é a mãe e a esposa. Acaba-se casando com a mãe. Mas como também são os seus hábitos emocionais, você se casa com a sua própria intimidade.

Trata-se, também, de um súobolo.

No mapa da mulher, a Lua mostra o tipo de mãe que ela será. A posição da Lua, por signo, casa e aspecto, é extremamente im-portante. Sabe-se que a Lua carrega a luz do Sol. Da mesma forma, ela

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simboliza o receptáculo, o útero. Se o sol desejar despejar o seu esper-ma e a Lua se fechar, não haverá fecundação.

É a mesma coisa no mapa astro16gico. De nada adiantaria a impo-sição da vontade do Sol se a Lua não a aceitasse. Portanto, o sucesso do Sol depende da Lua - a emoção.

De que adianta uma pessoa ter saúde, dinheiro, beleza, amor se o seu estado emocional não lhe permite aproveitar nada disso? Às vezes nada se tem, mas a paz interior, a alegria, bem-estar que vem da har-monia consigo mesmo, compensa a falta de qualquer coisa.

A Lua é a fonte, a origem.

Conseqüentemente, é um astro fundamental no desenvolvimento do mapa. Por outro lado, o Sol, como energia criadora, é o dono do mapa. Tudo ali acontece para preencher o prop6sito do Sol.

Sol, o princípio masculino e Lua, o princípio feminino, são os primeiros astros a serem considerados na interpretação do mapa pessoal e dos relacionamentos.

Imagine-se uma pessoa com Sol e Lua em aspectos críticos entre si. Isso poderia significar uma cisão interna, muitas vezes oriun~a do sentimento que a criança captou dos seus pais.

Aspectos críticos de Sol e Lua podem indicar a ausência ou omis-são de um dos pais, a morte ou separação de um deles, ou a presença de ambos, mas é como se um estivesse ausente; ou um dos pais está quase sempre fora de casa por causa do tipo de trabalho que tem ou outro motivo qualquer, como uma doença ou a boêmia; ou os pais não se entendem ou até se entendem mas têm personalidades completa-mente diferentes.

De qualquer forma, é uma tensão entre os princípios feminino e masculino.

Quase sempre, mais tarde, quando se casam, essas pessoas ten-dem a se separar. A melhor maneira de não se separarem é não ficarem muito tempo perto um do outro ou darem-se a liberdade de cada um poder expressar a sua individualidade.

Um Sol em Capric6rnio e uma Lua em Câncer, por exemplo, po-dem significar maneiras opostas de se buscar a segurança. Um lado da

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pessoa precisa afinnar-se material e profissionalmente. Outro lado tem necessidade de se sentir protegido e de preencher suas carências emo-cionais. O Sol quer ven~ér no mundo externo e a Lua quer estar bem dentro do seu lar.

Há uma tensão, um conflito, uma barreira na pessoa de aspectos críticos entre os luminares. É como se a vontade entrasse em choque com aquilo que a sociedade espera da pessoa; uma diferença entre o que a pessoa faz e o que, realmente, precisa; entre o que quer e o que lhe faz sentir bem.

Neste caso, o inconsciente começa a interferir nos relacionamen-tos e acontecem os sentimenrelacionamen-tos de inadequação, insatisfação, insegu-rança, frustrações, problêm;s de personalidade. É a cisão entre o mun-do externo e interno da pessoa.

Se não há união interna, como haver união externa em hannonia? Todavia, é essa mesma tensão interna que provoca a criatividade, a ambição, a operacionalização, o impulso de realizar alguma coisa. Ou o bloqueio, dependendo da fortaleza do caráter da pessoa.

Algumas vezes encontram-se pessoas com aspectos fluentes de Sol e Lua e que sentiram problemas entre os pais.

As dissensões familiares podem ser vistas por outros aspectos do mapa, como, por exemplo, entre as casas 4 e 10 ou seus regentes, e até mesmo entre Vênus e Marte, os outros planetas que representam os princípios feminino e masculino.

O~ aspectos críticos entre Sol e Lua podem indicar que os pais não estavam se sentindo bem no momento da concepção, do nasci-mento ou da I!! infância da pessoa.

Quando acontecem relações difíceis entre pais, geralmente a pes-soa vive relacionamentos difíceis, mais tarde. Há uma certa dificuldade com o afeto. Torna-se necessário, então, reaprender a vivenciar o afeto, a fim de se preencher nos relacionamentos.

O preenchimento e o crescimento muitas vezes aparecem através das contradições, das oposições entre as casas:

Casas 1 e 7 - O conflito entre ser o que se é e precisar cooperar e fazer concessões.

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Casas 2 e 8 - O conflito entre os valores e desejos pessoais e os dos outros.

Casas 3 e 9 - O conflito entre as suas idéias e as aspirações, entre ficar no seu ambiente e sair em busca de outros horizontes.

Casas 4 e 10 - O conflito entre a segurança familiar e ter que li-dar com o mundo exterior.

Casas 5 e 11 - O conflito entre ser espontâneo e precisar abrir mão de seus desejos para ser aceito pelo grupo.

Casas 6 e 12 - O conflito entre seus deveres e obrigações e a vontade de escapar das limitações.

É importante praticar, vivenciar o mapa e suas contradições para se ter oportunidades de sucesso. Tudo na vida tem seu motivo para a evolução pessoal, desde o sucesso até o fracasso.

N a vida das pessoas as crises estão sempre presentes. Crise quer dizer necessidade de reorientação. Qualquer crise pode ser ultrapassada com a mudança da atitude mental.

A atitude observadora pode ser um excelente impulso de reorien-tação.

Imagine-se com febre alta. Se você tentar observar a sua febre, sem nada fazer, apenas observando, você conseguirá se centralizar e ser você mesmo, em vez de se preocupar com a febre. Observe a febre. Ela está aí e não há jeito de você ficar sem ela. Se você resistir e lutar, sua febre aumentará. Então, descanse, relaxe e observe. Aos poucos a febre irá baixando até sumir.

O oriental diz que há uma enorme distância entre você e o seu corpo, e que se você estiver sofrendo e resolver, simplesmente, obser-var o seu sofrimento, o sofrimento passará. Se obserobser-var o sofrimento, perceberá que também pode ser feliz. Mantenha essa distância e pare-cerá que o sofrimento está aqui e você está em outro planeta. Quando se está centralizado em si, não há mais angustia. Voltou-se à fonte, às

origens.

Esse é um bom exercício para os aspectos críticos entre Sol e Lua.

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b)LUNAÇÕES

Observe a relação entre o Sol e a Lua no seu mapa. Essa relação é fundamental no seu crescimento.

Dane Rudhyar e seus seguidores desenvolveram a relação entre esses astros da seguinte maneira:

Conjunção (02) - O início, quando se planta alguma coisa, o potencial daquele momento, atividade, subjetividade.

Um mapa com várias conjunções pode significar uma pessoa muito subjetiva, que vê o mundo do seu pr6prio ponto de vista; uma vida com muitas possibilidades de começo ou recomeço.

A conjunção representa o n2 1, que significa o início de todas as coisas.

Portanto, essa pessoa, ao terminar fases de sua vida, teria sempre a expectativa de reiniciar novas fases. É um aspecto forte e dinâmico, se estimulado; mas também pode ser internalizado e, neste caso, a pes-soa ou tem uma força interna ou essa energia bloqueia-lhe as ativida-des, podendo ser destrutiva ou criar confusões e obsessões.

A conjunção particulariza as formas de comportamento que atua-rão nos diversos relacionamentos. Quanto mais exata, mais compulsivo o comportamento, mais subjetiva.

É importante que a pessoa procure uma fonna qualquer de proje-ção na vida, aplicando a sua espontaneidade e a maneira de ser que lhe é peculiar, confonne o signo e a casa onde está e os aspectos que rece-be. Geralmente a pessoa tem dificuldade de planejar, por causa do ca-ráter impulsivo e subjetivo.

Semi-sextil (302) - A pessoa precisa se conscientizar de que as possibilidades começam a aparecer em sua vida e que deve tomar al-guma atitude para realizá-las. Há uma maior facilidade se os dois astros ainda estão no mesmo signo. Se estão em signos diferentes pode ocor-rer uma certa dificuldade em integrar as diferentes polaridades, pois um astro estará em signo masculino (executivo) e outro em feminino

(re-ceptivo).

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desen-volvendo mas não tem absoluta clareza ainda. De qualquer forma, de-ve-se tentar focalizar um objetivo ou atitude, usando, inclusive, a ima-ginação. Não é necessário saber como fazer, pois há uma sensação de prematuridade. Mas é necessário observar de onde vem a sensação de que existe algo novo surgindo.

Semi-quadratura (4Sg) - É um aspecto que mobiliza mais a pes-soa a tomar alguma iniciativa, geralmente tendo que romper com algu-ma coisa do seu passado, ou algum hábito. Começa-se a ter ualgu-ma algu-maior clareza da situação e a conseqüente necessidade de se agir.

Sêxtil (60g) - A pessoa sente que deve se organizar para realizar alguma coisa na vida, para desenvolver a sua criatividade, tirando um partido do que as circunstâncias de vida lhe apresentam, se quer, real-mente, produzir algo.

O sêxtil é um aspecto que inclina à produtividade. A pessoa s6 precisa mesmo é se decidir a produzir. No momento em que a decisão é tomada, começam a surgir apoios, proteções, cooperações de outras pessoas ou coisas.

A (cuadratura (90g) - mostra que a pessoa certamente será leva-da a tomar decisões difíceis em sua vileva-da, originando alguma crise.

É a fase do quarto crescente, e tem associação com o ng 4, que significa a concretização e materialização.

Portanto, para que algo se concretize a pessoa deverá decidir, ainda que sob pressão, uma vez que a quadratura não é um aspecto re-laxante e tranqüilizador - mas sujeito a obstáculos e barreiras.

Já se tem uma maior clareza da situação, e o que se vê nem sem-pre é agradável. A Lua está mais decidida a afastar-se do Sol, isto é, para progredir e crescer (ganhar mais iluminação), precisa ter forças para romper com o passado.

Porque, a uma quadratura, esse rompimento não é fácil.

É

a crise de ter que agir. Ou seja, para se crescer é preciso movimentar-se. Nada cai do céu, nessa fase. Se a pessoa não agir, mais cedo ou mais tarde poderá se arrepender ou ter que fazer algumas correções na sua vida, o que pode significar um retrocesso, o tempo perdido.

(33)

o

medo de agir na quadratura (e geralmente

é

o medo que

impe-de) pode fazer com que a vida dessa pessoa caia numa rotina quase

pa-ralizante ou se sujeite a demasiadas pressões para permanecer na

situa-ção que não deseja mudar.

É

uma vida de batalhas e lutas, internas ou externas, muitas vezes

com agressividade. Isso reflete-se não s6 nos relacionamentos como na

pr6pria aparência da pessoa. Repare-se um rosto de uma pessoa de

quadratura Sol e Lua e uma de trígono.

Para esse caso, a melhor decisão

é

agir, trabalhar, fazer, lutar.

Uma pessoa de muitas quadraturas poderá ter uma vida plena de

reali-zações, embora custosas, esforçadas.

O instinto lhe dirá, muitas vezes, que é preciso romper, mudar,

cortar decididanlente. Outras pessoas ao lado podem dar-se ao luxo de

conversar, distrair-se, etc., mas se você tem essa quadratura, enquanto

outros falam, você tem que agir, atuar.

Todas as suas lutas poderão estar relacionadas

às

suas atitudes e

hábitos do passado. Se você confiar, você terá força pessoal e social

para ser um atuante no mundo.

Há uma certa diferença entre aI!! quadratura, ou seja, a

quadratu-ra da Lua Crescente, e a 2!! quadquadratu-ratuquadratu-ra da Lua Minguante. Da mesma

forma há. uma diferença entre os aspectos formados ANTES da Lua

Cheia e os formados DEPOIS da Lua

~heia.

Antes da Lua Cheia, a pessoa é mais impulsiva, espontânea;

de-pois da Lua Cheia ela é mais amadurecida, planejadora porque tem

mais experiênçia: já VIU a Lua Cheia.

O Trígono

(1202) - é um aspecto de harmonia, de fluir com mais

facilidade e despreocupação. Portanto, a pessoa pode e deve procurar

expressar-se e não se acomodar. A expressão, aliada à criatividade,

se-rá um indício de sucesso ou recompensa.

É

preciso um certo

compro-misso e deliberação na direção do objetivo.

Algumas vezes essas pessoas "sentem" como se elas nada

tives-sem o que fazer, pois os caminhos estão propícios, as decisões já foram

tomadas e independente de suas decisões, tudo corre ligeira e

agrada-velmente, ela desliza na vida quando os passos tiverem que ser dados.

(34)

A Sesquiquadratura (135~) traz uma característica de análise. A pessoa precisa analisar o seu comportamento a fim de ter menos pro-blemas e complicações no futuro. Essa pessoa tem muito que aprender, é o aprendiz ou o estudante, a curiosidade é desenvolvida. O próprio ambiente trará oportunidades de aprendizado.

Deve aprender a observar em que situações você se coloca e pro-curar fazer o melhor para si e para o meio ao qual pertence. Como fun-cionar melhor deve ser o seu objetivo: aperfeiçoamento de métodos.

Geralmente mostra uma pessoa que pergunta ou questiona. Qual-quer processo de crescimento começa quando se tem uma meta, ainda que não bem definida. Buscar é importante. Mas não fugir totalmente da realidade, por isso deve aliar o lado prático ao lado do idealista.

O Quincôncio (150~ - mostra que a pessoa precisa ser flexível, em vez de ficar presa a detalhes e perder-se neles. Há uma tendência a ficar absorvida pelo sistema, a tomar-se condicionada pelos hábitos e não enxerga o que está' provocando lá fora. Pode acontecer dos outros ficarem irritados ou impacientes com os seus métodos. Por isso a pala-vra-chave poderia ser adaptação. A metodologia pode ser o seu ponto alto, desde que isso não lhe impeça de evoluir.

Havendo ajustamento, conseguirá as oportunidades e os meios. Breve ocorrerá a Lua Cheia, conseqüentemente é preciso correr. O quincôncio é um aspecto de "última chance".

Interiormente, pode haver insatisfação. Ou projeção de culpa nos outros. Seja lá o que for, é preciso aperfeiçoar.

Pessoas com muitos quincôncios no mapa podem ter uma tendên-cia a exagerar suas preocupações ou o sentimento de auto-importântendên-cia. Por dentro, elas necessitam sentir-se aceitas pelo mundo.

A Oposição (180~ - representa a Lua Cheia. A pessoa busca uma direção na sua vida, um significado, um objetivo. Tem completa clareza da situação, pois a vida a obriga a se defrontar com muitas coi-sas, antagonismos e tensões. E porque há visão, há necessidade de compromissar-se, embora isso signifique uma escolha e, conseqüente-mente, uma perda. A pessoa pode ser muito instável ou tomar-se "ilu-minada".

(35)

É um aspecto poderoso e a objetividade está sempre presente. A oposição é associada ao n2 2, a dualidade. Por isso, a pessoa com

mui-tas oposições pode passar parte da sua vida dividida e tensa ou buscan-do uma companhia e complementação. O mais comum é que ocorram separações nos relacionamentos ou que a pessoa baseie a sua vida prin-cipalmente nos relacionamentos. Há um certo sentimento de inferiori-dade que faz com que se busque outras coisas ou pessoas que lhe com-plementem. Mas a convivência com as outras pessoas, provavelmente, não será da forma comum e convencional. O importante não é o que a pessoa faz, mas qual o significado que a situação tem para ela. É a busca do preenchimento, a colheita.

O sucesso depende de livrar-se dos comportamentos e situações inúteis. O aspecto é dinâmico: assimilar o que aprendeu até agora e descondicionar-se do que lhe atrasa a evolução. É um aspecto "clean", limpo e claro, sem ambigüidade e meias-voltas, sem enfeites.

Depois da oposição o maior grau de distanciamento entre os dois astros já aconteceu. A Lua recomeça a se aproximar do Sol. Até a opo-sição, para crescer, a Lua precisava afastar-se do Sol. Após a opoopo-sição, ela retoma ao Sol.

Os mesmos aspectos se repetem, mas já com uma nova visão e experiência. A distância entre os astros começa a diminuir. Antes, o aspecto é interno, depois, é externo. Antes cresce, depois recolhe.

Portanto, embora os aspectos sejam os mesmos (quincôncios,

trí-gonos, etc.) o significado é diferente.

Não é só a relação entre planetas que é importante (aspectos), mas o ciclo, o processo (fases) ao qual pertencem também é; uma vez que representam estágios da relação entre os planetas.

Todos os aspectos antes da oposição têm uma característica de semeadura, são mais pessoais. Depois da oposição tomam-se mais so-ciais, com a característica de colheita. A oposição representa a fase

pi-vot de todo relacionamento. Aí a vida da pessoa passará por algumas ameaças, a não ser que haja uma reorientação de vida. Ou seja, largar totalmente o passado, mudar o nível de sua vida. Para isso, a objetivi-dade e o descompromisso com as idéias anteriores são fundamentais.

(36)

o

aspecto de oposição certaménte provoca o amadurecimento da pessoa através dos planetas envolvidos. Ela nasceu num momento cul-minante do desenvolvimento das funções dos astros envolvidos.

As oposições mais difíceis de um mapa são as que acontecem en-tre planetas cujas funções são complementares, isto é, funcionam em par, como Sol e Lua, Vênus e Marte, Mercúrio e Júpiter, Júpiter e Sa-turno, Saturno e Urano.

Geralmente esses planetas agem subreptícia e compulsivamente no meio familiar ao qual a pessoa pertence. São os conflitos, os con-trastes, as confrontações e antagonismos que poderão influir psicologi-camente nas pessoas.

Trazer à luz esses contrastes pôde evitar muita neurose. A insatis-fação, por exemplo, gera energia; é a fricção que leva à criação, ao fogo.

Como a oposição é um aspecto de luz, faz-se necessária essa con-frontação - e até mesmo buscá-la - para ver claramente o que está por trás de todo o problema. Algumas vezes o problema estoura em suas mãos, mas é uma oportunidade para ser resolvido. A solução não está no exterior, não adiantam técnicas. A solução está na confrontação in-terna.

O 22 Quincôncio (1502 de distância entre os dois planetas, ou

2102 a partir de um ponto 02), impulsiona a uma necessidade de

mu-dança dos hábitos adquiridos no passado, a fim de que ocorra o preen-chimento pessoal. Tem-se que fazer alguma coisa na vida, impossível ficar parado. Não fale, faça!

Caso contrário, a pessoa acaba por tomar atitudes compensatórias por SUas falhas na vida.

~É preciso experimentar, sem maiores preocupações de certo ou er-rado e outras dualidades. A dualidade acabou na oposição. As coisas são o que são e não o que você gostaria que fosse.

A 2! Sesquiquadratura (1352) provoca uma ameaça no ambien-te, em face do conhecimento; ou seja, a inteligência ameaça, o fato de você ter aprendido uma coisa faz com que você possa divulgá-la. Para algumas pessoas disseminar, propagar, pode ser uma ameaça.

(37)

É um aspecto de comunicação, de ensino, de passar adiante uma mensagem, anunciar ou fofocar. Dá, também, um certo fanatismo e apego às suas próprias idéias. Por isso é importante que a pessoa veja que nem todos são iguais ou pensam como ela. Uma certa luta quase sempre aparece neste aspecto. S6 que agora a luta é para que haja en-tendimento de idéias, maior abertura de visão.

o

22 Trígono (120Ç? de distância, ou 240Ç? a partir do ponto OÇ?) já mostra uma pessoa mais compreensiva, o relacionamento dentro de si pr6pria é mais tranqüilo e filos6fico. Aparecem oportunidades que- au-mentam a sua compreensão e podem ser conscientemente direcionadas e aplicadas. A pessoa tem criatividade suficiente para buscar aquilo que ela acredita. Há uma certa suavidade que em alguns casos pode var ao tédio, a viver flutuando acima das complicações, a deixar-se le-var pelos outros, a fugir dos problemas. Por outro lado, pode

transfor-mar

a sua vida fazendo alguma coisa para os outros, até mesmo trans-fonnando-os também, porque tem certeza de suas pr6prias convicções.

A 2!! Quadratura (90Ç?, ou 270Ç? a partir do ponto-OÇ?), também indica crises na vida da pessoa. Desta vez são crises originadas pela realização de valores, de ideais, são crises de consciência, de entendi-mento, mentais.

Qualquer coisa que o indivíduo venha trazendo e que continua a atrasar o seu crescimento precisa ser deixada defmitivamente para trás. Não há lugar para dogmas e padrões antigos. A característica pode ser de destruição, uma vez que a vida inteira da pessoa terá que ser ques-tionada, se quiser evoluir.

Pode haver uma certa quietude externa, porque as mudanças estão ocorrendo internamente,

às

vezes de uma forma dramática e intensa. A pessoa pode levar quase que toda a vida mostrando um certo compor-tamento e de repente aparecer diferente, em contradição à vida anterior. Fez uma mudança na direção de sua vida e até poderá parecer hip6cri-ta.

o

lado ideal dessa quadratura é buscar o futuro e desapegar-se do passado, a renovação.

(38)

o

22 Sêxtil (602) é o lado positivo e construtivo daqueles que

fi-zeram a renovação. Ou seja, é uma pessoa que sabe reorganizar sua vi-da, que tem criatividade para arranjar os destroços que encontra a fim de investir em novas possibilidades ou de evocar essas novas chances.

As alterações de vida provavelmente serão feitas por mudanças de método graduais, sem impulsos súbitos. Percebe o que pode ser útil ou que agrada e por isso, quando altera alguma coisa nãQ causa impacto ou antagonismo.

A 2! Semiquadratura (452) traz um comichão para novas pers-pectivas de futuro. Todavia, o futuro que almeja quase sempre não tem nada a ver com que os outros esperariam dessa pessoa. Ela vê o futuro de uma maneira muito pessoal e subjetiva, muito intensa e peculiar-mente. Isso pode fazer com que desperdice qualidades e talentos que mostrou no infância ou na adolescência. O ambiente que freqüenta po-de ficar hostil ou pouco receptivo ao comportamento po-dessa pessoa, não acreditando nos seus objetivos.

Portanto, a pessoa deve tomar-se eficiente na vida exterior, en-quanto que internamente permanece concentrada em suas idéias. Parece que, embora lute por suas idéias, porque percebe que serão úteis no futuro, dificilmente chegará a ver o resultado delas. É aquele que se-meia mas não está presente na hora da colheita.

O semi-Sêxtil (302) antes de chegar à Lua Nova, indica a pessoa que nasceu enquanto a Lua estava caminhando para a completa escuri-dão (o que ocorre geralmente 3 dias depois). Por isso, representa aquele que não cumprirá as expectativas da fanu1ia, tanto num sentido positivo como no negativo. Geralmente isso acontece porque, num momento crucial da vida, a pessoa percebe que não teve condições ne-cessárias no passado que lhe permitissem enfrentar adequadamente as ameaças que, de repente, a vida está lhe trazendo. Por isso, para se adequar às exigências da vida e a fim de progredir, a pessoa precisa deixar inteiramente para trás tudo que acumulou do passado e partir, nu, para o futuro. Então, é como se a pessoa tivesse que viver o futuro no presente, o que a toma deslocada ou incompreendida. Ela sente que

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o momento presente não existe mais, é uma ilusão, e começa a viver mais adiante. Só que os outros ainda estão no presente e ela já se afas-tou. A pessoa tem visão. Mas isso, geralmente, não lhe ajudá, até cria problemas.

No momento em que se decide a largar os antigos condiciona-mentos, há um certo alívio, as coisas começam a clarear e muitos impe-dimentos desaparecem ou diminuem - se a pessoa estiver segura de si. Outras vezes, as demais pessoas poderão achá-la contraditória. Em ou-tras ocasiões as mudanças não poderão ser feitas externamente, mas têm que ser feitas internamente.

E chega-se à outra conjunção, quando a Lua se aproxima bastante do Sol. Neste caso, a pessoa provavelmente só será apreciada e reco-nhecida pelos outros quando já não estiver mais presente.

É

o "martir" ou o "projetor".

É

a busca interior, que para muitas pessoas pode ser considerada uma forma de anarquia.

Parece-lhe que o futuro, uma nova vida, vai logo despontar; pre-para-se então para esse novo, que no entanto não chega imediatamente - enquanto isso vive uma espécie de sacrifício. A pessoa nasceu num final de ciclo, mas ainda não lhe mostraram as condições do novo ci-clo.

É

como alguém que já não tem mais casa, embora tenha lembran-ças da antiga casa, e vai em busca da nova casa que "sabe" que vai encontrar, mas ainda não apareceu.

É

como você estar vivo e ter uma visão do outro mundo: só que você ainda está aqui e tem que viver aqui; mas depois que você viu o outro mundo, não se adapta mais a este. O ego tem que se sacrificar para que a visão permaneça. Seus valores tomaram-se valores transpessoais.

Na página seguinte o gráfico das diversas fases do relaciona-mento Sol e Lua:

São dezesseis etapas nas fases da lua. Essas fases podem ser es-tudadas no mapa pessoal, dentro da relação Sol e Lua, como entre qualquer par de planetas como, por exemplo, Vênus e Marte.

O planeta IlUIis lento é o ponto de referência, fazendo o papel do Sol, e o mais rápido é o que forma a fase, como se fosse a Lua. Assim, Marte em 15 graus de Áries e Vênus em 15 graus de Câncer, está na

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fase crescente de Vênus, isto é, na I!! quadratura. Se Vênus estivesse em 15 graus de Capricórnio, estaria na fase minguante, ou seja, na 2!! quadratura.

Pode-se fazer um levantamento de todas as fases dos planetas do mapa. Essas fases também devem ser vistas na relação do planeta de uma pessoa com o de outra pessoa, a fIm de ter maiores esclarecimen-tos sobre como aquelas energias atuarão na convivência mlÍtua.

Por exemplo, se o Marte de uma pessoa estiver em 28 graus de Gêmeos e a Vênus da outra pessoa estiver em 28 graus de Leão, ambas viverão uma situação de um 12 sêxtil, ou seja, produtividade na relação afetiva-sexual (Vênus e Marte), desde que elas se decidam a isso.

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Se o Mercúrio de uma pessoa está em 13 graus de Câncer e a Lua da outra pessoa estiver em 13 graus de Áries, ambas viverão uma situa-ção de 2!! quadratura, ou seja, na comunicasitua-ção-emocional (Mercúrio e Lua). Quando uma dessas pessoas desejar se comunicar (Mercúrio), a outra precisa deixar para trás os seus hábitos e condicionamentos (Lua).

Vistos desta forma, os planetas, tanto no mapa .pessoal como nos relacionamentos, ganharão novas dimensões, levando a uma maior compreensão. Voltaremos mais tarde a desenvolver esse assunto, quan-do falarmos quan-dos aspectos da Sinastria.

c) SOL E LUA NOS SIGNOS

Já se viu a importância desses dois astros na vida de uma pessoa. Conseqüentemente, os signos onde eles estarão colocados influenciarão decisivamente em qualquer tipo de relacionamento.

Se o Sol expressa o prop6sito de vida da pessoa, a manifestação da sua vontade, a vitalidade (ou seja, o brilho interior), o sucesso ou fracasso da pessoa, o signo em que ele estiver direcionará a vida da pessoa, carregando todo o mapa com ele.

Quanto mais se aprender sobre o significado dos signos, melhor para a compreensão do mapa. Todos os planetas dependerão do signo onde estiverem, pois sua expressão estará sujeita ao comportamento e temperamento desse signo.

Se a Lua representa os condicionamentos familiares, as carências emocionais, a necessidade de sentir-se protegido, o comportamento instintivo de defesa (que às vezes pode ser de agressão); se o estado emocional

é

capaz de influir diretamente no direcionamento de vida da pessoa, certamente o signo em que ela estiver será o "tennômetro emo-cional" de todo o mapa.

O Sol mostra uma urgência, a Lua uma compulsão. O Sol

é

o ca-minho a ser seguido nesta vida, a Lua é o sentimento que está por trás desse caminho. Ccnseqüenteme~te, o signo onde a Lua está torna-se mais vulnerável do que se qualquer outro planeta estivesse ali. A rea-ção da Lua aparecerá sempre antes da expressão do Sol.

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Por exemplo, uma pessoa com Sol em Gêmeos poderá sentir-se mais à vontade em qualquer situação em que seja necessária a comuni-cação, despreocupando-se, inclusive, em ·afirmar a sua inteligência (salvo se outros aspectos contradit6rios do mapa causarem interferên-cia).

Já a pessoa com Lua em Gêmeos terá mais necessidade de falar ou de mostrar a sua inteligência, procurando mostrar que está bem in-formada. Isso,não será nem tão fácil nem tão natural como para a pes-soa que tem Sol em Gêmeos.

Além disso, a primeira reação da Lua em Gêmeos, ainda que a pessoa tenha um Sol em signo silencioso, como por exemplo, Escor-pião, será de se comunicar. Mais depressa morre uma pessoa de Lua em Gêmeos impedida de se comunicar do que de Sol em Gêmeos, na mes-ma situação.

*

A seguir algumas características dos signos, lembrando que se o Sol estiver num signo, mostrará a influência da figura paterna, ou aquele que lhe representa - como um avô, e que se a Lua estiver num signo, mostrará a influência da figura materna, ou daquela que fizer es-se papel - como uma av6, por exemplo.

É bom frisar que nos mapas de homossexuais masculinos e femi-ninos, Sol e Lua continuarão representando os princípios masculino e feminino. Assim, se no mapa do homem a Lua representa o que ele es-pera da sua companheira, como esposa, ou

mãe,

no mapa de um ho-mossexual masculino, a Lua continuará representando a complementa-ção feminina e procuradá em outro homem.

Da mesma forma,. se no mapa da mulher o Sol representa o mari-do que ela busca, ou o que ela projeta no homem, no mapa de uma ho-mossexual feminina, o Sol continuará representando o que ela buscará em outra mulher para lhe completar.

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ÁRIES

Necessidade de movimento, de auto-afinnação e independência. Impaciência e teimosia, precisa competir e variar de situação. Não ad-mite derrota. Impulsivo e agressivo, dificuldade em cooperar. Não gosta que fiquem dependentes de si ou que lhe solicitem demais, quer ser obedecido. Dificuldade em tenninar o que começa, desinteressa-se se não é constantemente estimulado. Geralmente havia ambiente de agressividade e pressa na farm1ia. Ardente, inquieto, não se acomoda facilmente. Espontâneo, mesmo desconsiderando os outros, centrado em si, enérgico e entusiasta. Confiante, ditatorial, não ouve advertên-cias ou conselhos. Turbulento e violento, passa por cima de quem lhe atrapalha. Capacidade de iniciativa e decisão, coragem. Procura novos estímulos.

TOURO

Necessida~ de segurança material, conforto e estabilidade; de-tenninação. Apegado, possessivo, ciumento. Gosta de acumular coisas, protege aquilo ou aqueles de quem gosta. Contente com o ambiente familiar, procura segurança doméstica e investe em imóveis e na famí-lia. Busca coisas e situações sólidas. Aprecia a natureza, faz as coisas crescerem. Senso comum, prático, finne, simples. Desconfortável com pessoas ou situações complicadas. Busca prazeres sensuais, como as relações sexuais ou comer. Resiste a mudanças, não se ajusta com faci-lidade às alterações de vida, precisa "mastigar" um pouco antes de de-cidir. Calmo, mas pode explodir quando sente sua segurança, ou a de quem aprecia, ameaçada. Produtivo. Forte ligação com a mãe ou a fa-mília. Lento e obstinado, desconfiado, precisa ter provas e garantias. Confiável e tenaz. Precisa ter precedentes e sentir-se seguro. Custa a decidir, mas depois nada o faz parar. Conservador. Não faz mais de uma coisa ao mesmo tempo, Realista, tem dificuldade com abstrações. Respeitador. Quer o concreto, o visível. Reservado. Precisa de am-biente confortável e que preencha suas necessidades básicas para co-meçar. Trata as pessoas de quem gosta como propriedade sua.

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GÊMEOS

Curioso, precisa falar ou comunicar-se de alguma fonna; inquieto, mexe constantemente com os olhos ou com o corpo. Capaz de fazer ou interessar-se por várias coisas ou pessoas ao mesmo tempo. Aprende vendo e tirando suas conclusões, precisa sentir-se solto. Inseguro com emoções, precisa de estimulação mental senão se desinteressa. Bom humor. Gosta de contar estórias. Racionaliza aquilo que não entende. Quer explicações. Esperto, vivo, versátil. Precisa fazer contatos com outras pessoas, inteirar-se dos assuntos de fora, saber das novidades. Inquisitivo, argumentador, pode "colorir" suas informações. Superfi-cial ou científico. Não fica muito tempo interessado num assunto ou numa pessoa se não houver mais nada a aprender. Jovial, indiscreto na sua ânsia de descobrir ou de comunicar. Classifica tudo, coleciona in-fonnações, mesmo que não saiba o que fazer com elas. Interessa-se por teorias, mas nem sempre chega a conclusões: precisa ter a mente em movimento. Ágil, rápido, nervoso, animado. Intelectual, mas não se concentra. Pode ser áspero e irônico. Indisciplinado.

CÂNCER

Sentimental, busca segurança emocional, absorvente. Ligado

à

família e ao passado, longa memória. Precisa sentir-se protegido e nu-trido. Carências, chantagem emocional, medos imaginários do futuro. Sensível, defendido, resmungão. À vontade em ambiente doméstico. Infantil, dependente, emotivo. Sente-se bem com pessoas muito jovens ou muito velhas. Fortes laços com a mãe ou com quem assumiu esse papel. Perceptivo, entende os outros, mesmo que não aceite. Leva a sé-rio suas emoções, decide pelo que sente. Come para se sentir seguro e confortado. Ansioso, vingativo, manipulador, usa as lágrimas para ter atenção. Instável, emotivo. Pode sugar as pessoas ~u distanciar-se

de-las. Precisa ter envolvimento emocional com as pessoas ou coisas, se-não elas se-não existem. Capta impressões e reage defendendo-se. Con-trola as pessoas, difícil de ser agradado completamente. Tiraniza,

Referências

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