Edição nº 25 – Gestão 2011-2014 16 de dezembro de 2011.
ALERTA GERENCIAL
SANCIONADA A MP Nº 540 – PLANO BRASIL MAIOR
Desoneração da folha de pagamento dos setores coureiro-calçadista,
vestuário, TI e TIC, Reintegra - estímulo as exportação, dentre outras medidas
Foi publicada ontem (15/12), no Diário Oficial da União, a Lei de Conversão nº 12.546,
oriunda da Medida Provisória nº 540. A Lei desonera a folha de pagamento dos setores
coureiro-calçadista e vestuário, cria o REINTEGRA para estimular as exportações, torna
mais rígida a fiscalização das importações de calçados e cria restrições ao cigarro. A
proposta faz parte de um pacote de medidas do governo para estímulo a indústria, o Plano
Brasil Maior.
A lei apresenta as seguintes inovações em relação à medida provisória original:
• no caso das medidas de desoneração da folha de pagamento, amplia do prazo de
vigência, de dezembro de 2012 para dezembro de 2014, já que
a criação de novos
postos de trabalho, bem como os demais ajustes no processo produtivo das
empresas atingidas pelas medidas, envolvem custos e só se justificam diante de
um prazo maior;
• exclui a indústria moveleira do novo regime tributário que substitui a contribuição
patronal para a Previdência Social, de 20% sobre a folha de pagamentos, por uma
contribuição sobre faturamento com alíquota de 1,5%,
para que não seja
aumentada a carga tributária sobre o setor, pois só haveria efetiva desoneração
com uma alíquota de 0,75%.
• inclui algumas atividades integrantes da cadeia produtiva de confecções, como
botões, ilhós e rebites, e o setor curtidor de couro, no novo regime tributário que
substitui a contribuição patronal,
por se tratarem de setores intensivos em
mão-de-obra e altamente integrados às cadeias produtivas contempladas pela MP no
novo regime.
• exclui os representantes, distribuidores ou revendedores de programa de
computador sobre o novo regime tributário que substitui a contribuição patronal para
a Previdência Social, que é de 20% sobre a folha de pagamentos, por uma
contribuição sobre faturamento com alíquota de 2,5%;
• modifica a definição da base de cálculo da alíquota ad valore do IPI incidente sobre
cigarros previsto no texto original da medida provisória;
• prorroga o prazo para implantação de ZPEs que especifica;
• deduz da base de cálculo da contribuição destinada à Comissão Coordenadora da
Criação de Cavalo Nacional (CCCCN) os valores pagos aos apostadores e os
• valores pagos a título de prêmio, aos proprietários, criadores de cavalos e
profissionais de turfe;
• autoriza o Poder Executivo a instituir a Nomenclatura Brasileira de Serviços,
Intangíveis e outras Operações;
• regulamenta as regras de origem de que trata o Acordo sobre Regras de Origem do
GATT, a serem aplicadas tão somente em instrumentos não preferenciais de política
comercial;
• concede crédito presumido de biodiesel para aquisição de mercadorias (soja,
mamona ou outros produtos) destinadas à produção de biodiesel; e
• impõe restrições à propaganda de cigarro.
Ficam mantidos os principais pontos da Medida Provisória original:
• REINTEGRA – devolução de parte dos tributos não recuperáveis incidentes na
cadeia produtiva de bens manufaturados destinados à exportação; essa devolução
poderá ocorrer na forma de compensação com débitos tributários federais ou em
espécie; o montante a ser restituído às empresas poderá ser de 0% a 3% sobre o
valor das exportações de manufaturados; a medida tem vigência imediata e terá
duração até dezembro de 2012;
• reduz gradualmente o prazo para aproveitamento de créditos de PIS/Cofins
provenientes das aquisições de bens de capital – a cada mês o prazo de apropriação
se reduz em um mês, até atingir a apropriação integral no mês de aquisição dos
bens em julho de 2012;
• desonera a folha de pagamentos dos setores Calçados, Confecções e Software – a
contribuição patronal para a Previdência Social, que é de 20% sobre a folha de
pagamentos, será transferida para o faturamento no caso dos setores de
Confecções, Calçados, com alíquota de 1,5%, e de Software, com alíquota de 2,5%
(além disso, a alíquota da Cofins importação sobre esses produtos é elevada em 1,5
ponto percentual, passando para 9,1%); e
• inclui os dispêndios em projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação
tecnológica executado por entidades científicas e tecnológicas privadas, sem fins
lucrativos, entre as despesas passíveis de serem deduzidas do lucro líquido na
apuração do Imposto de Renda e da CSLL.
PROGRAMA BRASIL MAIOR – MP 540, CONVERTIDA NA LEI Nº 12.546/11
1. COMÉRCIO EXTERIOR - REINTEGRA, DEFESA COMERCIAL, CRITÉRIOS E
COMPROVAÇÕES DE ORIGEM, LICENÇAS DE IMPORTAÇÃO, DENTRE OUTROS
ASSUNTOS ____________________________________________________________ 3
1.1 REINTEGRA ... 3
1.2 TRANSAÇÕES ENTRE RESIDENTES OU DOMICILIADOS NO PAÍS E
RESIDENTES OU DOMICILIADOS NO EXTERIOR – PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES
... 4
1.3 NOMENCLATURA BRASILEIRA DE SERVIÇOS, INTANGÍVEIS E OUTRAS
OPERAÇÕES ... 4
1.4 DEFESA COMERCIAL – FALSA DECLARAÇÃO DE ORIGEM ... 5
2. PIS/PASEP E COFINS - CRÉDITOS SOBRE ATIVO IMOBILIZADO _____________ 5
3. IPI - SETOR AUTOMOTIVO - REDUÇÃO DE ALÍQUOTA ______________________ 6
4. DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO - TI, TIC, VESTUÁRIOS E SEUS
ACESSÓRIOS, ARTEFATOS TÊXTEIS, CALÇADOS, CHAPÉUS, DENTRE OUTROS 6
5. COFINS - Importação – Aumento de alíquota – Setor têxtil, vestuário, calçados,
couro, botões, ilhoses, dentre outros – (ver tabela do item 4) __________________ 9
6. IRPJ - Programa de inclusão digital – Isenção – Sudene e Sudam _____________ 9
7. IRPJ e CSLL - Projeto de pesquisa científica e tecnológica - Exclusão do lucro
líquido _______________________________________________________________ 10
8. Zona de Processamento de Exportação - ZPE - Prazo ______________________ 10
9. Informações econômico-comercias – Instituição __________________________ 10
10. PIS/PASEP e COFINS não cumulativos - Crédito presumido de biodiesel ____ 11
1. COMÉRCIO EXTERIOR - REINTEGRA, DEFESA COMERCIAL, CRITÉRIOS E
COMPROVAÇÕES DE ORIGEM, LICENÇAS DE IMPORTAÇÃO, DENTRE OUTROS
ASSUNTOS
1.1 REINTEGRA
Os arts. 1º a 3º da Lei n° 12.546/2011 trataram da instituição do Regime Especial de
Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras - REINTEGRA, com o
objetivo de reintegrar valores referentes a custos tributários residuais existentes nas suas
cadeias de produção.
Assim, a pessoa jurídica produtora que efetuar exportação de bens manufaturados no País
poderá apurar valor para fins de ressarcir parcial ou integralmente o resíduo tributário
existente na sua cadeia de produção. Tal valor será calculado mediante a aplicação de
percentual estabelecido pelo Poder Executivo, que poderá variar entre zero e 3% sobre a
receita decorrente da exportação de bens produzidos pela pessoa jurídica.
O REINTEGRA não se aplica a empresa comercial exportadora nem a bens que tenham
sido importados. Esse Regime será aplicado às exportações realizadas até 31.12.2012.
A pessoa jurídica poderá utilizar o valor apurado, com o incentivo, para efetuar
compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos
administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, observada a legislação
específica aplicável à matéria; ou solicitar seu ressarcimento em espécie, nos termos e
condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
A empresa comercial exportadora fica obrigada ao recolhimento do valor atribuído à
empresa produtora vendedora se revender, no mercado interno, os produtos adquiridos para
exportação; ou no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data da emissão da nota
fiscal de venda pela empresa produtora, não houver efetuado a exportação dos produtos
para o exterior.
O recolhimento do valor deverá ser efetuado até o 10º dia subsequente ao do vencimento do
prazo estabelecido para a efetivação da exportação, acrescido de multa de mora ou de
ofício e de juros equivalentes à taxa referencial SELIC, para títulos federais, acumulada
mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente ao da emissão da
nota fiscal de venda dos produtos para a empresa comercial exportadora até o último dia do
mês anterior ao do pagamento, e de um por cento no mês do pagamento.
Importante, ainda referir que o REINTEGRA já foi regulamentado pelo Decreto nº 7.633,
publicado no DOU de 01.12.11.
1.2 TRANSAÇÕES ENTRE RESIDENTES OU DOMICILIADOS NO PAÍS E RESIDENTES
OU DOMICILIADOS NO EXTERIOR – PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES
Foi instituída a obrigação de prestar informações para fins econômico-comerciais ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior relativas às transações entre
residentes ou domiciliados no País e residentes ou domiciliados no exterior que
compreendam serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no
patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados.
A obrigação citada é estendida às operações de exportação e importação de serviços,
intangíveis e demais operações (arts. 25 e 27).
1.3 NOMENCLATURA BRASILEIRA DE SERVIÇOS, INTANGÍVEIS E OUTRAS
OPERAÇÕES
Do art. 24 ao 27, a lei institui a Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e outras
Operações que produzam variações no patrimônio (NBS), com o intuito de auxiliar a gestão
de medidas de apoio ao comércio exterior de serviços, intangíveis e demais operações.
Terão obrigatoriamente de prestar informações (1) os prestadores e tomadores de serviço
residentes no Brasil, (2) bem como pessoas físicas e jurídicas que transferem ou adquirem
ativos intangíveis, como direitos de propriedade, por meio de cessão, concessão,
licenciamento, outros.
As informações serão apresentadas via sistema eletrônico. Contudo, a forma, o prazo e
maiores especificações de como prestar a informação serão definidas pelo MDIC, bem
como pelo Ministério da Fazenda.
1.4 DEFESA COMERCIAL – FALSA DECLARAÇÃO DE ORIGEM
Do art. 28 ao 45, a lei concede base legal às investigações de Falsa Declaração de Origem,
em combate à triangulação, realizadas pelo DEINT (Departamento de Negociações
Internacionais) do MDIC.
A regulamentação define as regras de origem que serão aplicadas para países com os quais
o Brasil não possui acordos de preferenciais tarifárias. A lei compreende todas as
determinações já reguladas pela Resolução nº 80 da CAMEX de 09 de novembro de 2010,
definindo o que será considerado pelo MDIC mercadoria originária de um país.
A lei normatiza também os processos de investigação de Falsa Declaração de Origem que
já vinham sendo aplicados pelo DEINT; a saber:
- define as informações que serão requeridas ao importador/exportador investigado;
- regulamenta a verificação in loco das informações prestadas;
- concede a extensão automática das medidas de Falsa Declaração de Origem a outros
países de onde se importa o mesmo produto investigado e a outros produtos originários do
país que foi investigado;
-
além de outras competências que já vem sendo praticadas nas investigações de Falsa
Declaração de Origem.
Essas disposições entram em vigor 70 dias após a data de publicação desta Lei.
2. PIS/PASEP E COFINS - CRÉDITOS SOBRE ATIVO IMOBILIZADO
O art. 4º da Lei nº 12.546/2011 alterou a regra para apropriação dos créditos de PIS/PASEP
e COFINS não cumulativos sobre o ativo imobilizado.
Pela nova disposição, as pessoas jurídicas, nas hipóteses de aquisição no mercado interno
ou de importação de máquinas e equipamentos novos, adquiridos a partir do dia 3 de agosto
de 2011, destinados à produção de bens e prestação de serviços, poderão optar pelo
desconto dos créditos da seguinte forma:
Aquisições ocorridas em:
Prazo de Creditamento:
Agosto/11
11 meses
Setembro/11
10 meses
Outubro/11
9 meses
Novembro/11
8 meses
Dezembro/11
7 meses
Janeiro/12
6 meses
Fevereiro/12
5 meses
Março/12
4 meses
Abril/12
3 meses
Maio/12
2 meses
Junho/12
1 mês
Os créditos de PIS/COFINS serão apurados mediante a aplicação dos percentuais previstos
no caput do art. 2
oda Lei n
o10.637, de 2002, e no caput do art. 2
oda Lei n
o10.833, de
2003, sobre o valor correspondente ao custo de aquisição do bem, no caso de aquisição no
mercado interno; ou na forma prevista no § 3o do art. 15 da Lei no 10.865, de 2004, no caso
de importação.
Destaca-se que essa nova regra de desconto somente se aplica aos bens novos adquiridos
ou recebidos a partir da data de publicação da Medida Provisória. Aos bens adquiridos a
partir de maio de 2008 e até a publicação dessa Medida Provisória permanece a aplicação
do regime de desconto de créditos no prazo de 12 meses.
3. IPI - SETOR AUTOMOTIVO - REDUÇÃO DE ALÍQUOTA
O art. 5º estabeleceu que as empresas fabricantes, no país, de produtos classificados nas
posições 8701 a 8706 da TIPI (tratores, veículos e chassis) poderão usufruir de redução de
alíquota de IPI com o objetivo de estimular a competitividade, investimento, inovação
tecnológica e a produção local.
A redução da alíquota poderá ser usufruída
até 31 de julho de 2016 e abrangerá os
produtos indicados em ato do Poder Executivo, que também definirá a forma para
habilitação e os percentuais de redução por produto.
Atendidos os requisitos estabelecidos em ato do Poder Executivo para aplicação da
redução, a empresa deverá observar os níveis de investimento de inovação tecnológica e de
agregação de conteúdo nacional.
Esse benefício também se aplica aos produtos de procedência estrangeira classificados nas
mesmas posições da TIPI, desde que observadas as condições estabelecidas.
A redução de alíquota poderá ser usufruída em conjunto com os benefícios previstos:
nos arts. 11-A e 11-B da Lei no 9.440, de 14 de março de 1997, benefício destinado
empresas instaladas ou que venham a se instalar nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste;
no art. 1o na Lei no 9.826, de 23 de agosto de 1999, benefício destinado as áreas
SUDAM e -SUDENE
com o regime especial de tributação de IPI, relativamente à parcela do frete cobrado
pela prestação do serviço de que trata o art. 56 da Medida Provisória nº 2.158-35, de
24 de agosto de 2001, nos termos, limites e condições estabelecidos em ato do
Poder Executivo.
4. DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO - TI, TIC, VESTUÁRIOS E SEUS
ACESSÓRIOS, ARTEFATOS TÊXTEIS, CALÇADOS, CHAPÉUS, DENTRE OUTROS
Foi estabelecido pelos artigos 7º, 8º, 9º e 52 da Lei nº 12.546/2011, que a alíquota patronal
de INSS de 20% sobre a remuneração dos segurados empregados, trabalhadores avulsos e
contribuintes individuais será substituída conforme segue:
O Plano Brasil Maior prevê nova forma de tributação para a Contribuição Previdenciária de
alguns setores,
a partir de 1º/12/2011 até 31/12/2014, substituindo a contribuição
previdenciária de 20% calculada sobre o total da folha de pagamento de empregados,
trabalhadores avulsos e contribuintes individuais, pela incidência de percentual fixo sobre o
valor da receita bruta, de acordo com cada setor, conforme segue:
a)
Empresas que prestam exclusivamente os serviços de
TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO - TI e TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO –TIC
no
período de
1º.12.2011 a 31.12.2014 -
alíquota de
2,5%
sobre o valor da receita bruta,
excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;
Importante: Durante a vigência deste benefício, as empresas que prestam serviços de TI e
de TIC, não farão jus às reduções previstas no caput do art. 14 da Lei no 11.774, de 2008 -
que dispõe sobre
a redução pela subtração de 1/10 do percentual correspondente à
razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita
bruta total de vendas de bens e serviços, após a exclusão dos impostos e
contribuições incidentes sobre a venda.
b) Empresas que fabricam
VESTUÁRIOS E SEUS ACESSÓRIOS E ARTEFATOS
TÊXTEIS, CALÇADOS, dentre outros
, conforme classificação na Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), no período de
1º.12.2011 a 31.12.2014
-
alíquota de
1,5%
sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os
descontos incondicionais concedidos;
c)
Empresas que fabricam
COUROS, GRAMPOS, COLCHETES E ILHOSES, BOTÕES,
dentre outros,
conforme classificação na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados (TIPI), no período de
1º.4.2012 a 31.12.2014
- alíquota de
1,5%
sobre o
valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais
concedidos.
Segue, abaixo, a lista dos produtos incluídos na desoneração da folha (artigo 8º):
A partir de 01.12.11
Vestuário
3926.20.00 – Outras obras de plásticos: vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas,
mitenes e semelhantes).
40.15 – Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes) de
borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer uso.
42.03 – Vestuário e seus acessórios, de couro natural ou reconstituído.
43.03 – Vestuário, seus acessórios e outros artefatos de peleteria (peles com pêlo).
4818.50.00 – Vestuário e seus acessórios.
63.01 a 63.05 - Cobertores e mantas, Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha,
Cortinados, cortinas, reposteiros e estores; sanefas e artigos semelhantes para camas,
Outros artefatos para guarnição de interiores, exceto da posição 94.04, Sacos de
quaisquer dimensões, para embalagem.
6812.91.00 – Vestuário, acessórios de vestuário, calçados e chapéus.
9404.90.00 - Outros
Capítulo 61 e 62 Matérias têxteis e suas obras
Calçados
ou de couro envernizado.
4202.21.00 – Bolsas – com superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de
couro envernizado.
4202.31.00 – Artigos do tipo normalmente levados nos bolsos e bolsas -com superfície
exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado.
4202.91.00 – Outros artigos - com superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou
de couro envernizado.
4205.00.00 – Outras obras de couro natural ou reconstituído.
6309.00 – Artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante,
usados.
64.01 – Calçados impermeáveis de sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos,
em que a parte superior não tenha sido reunida à sola exterior por costura ou por meio de
rebites, pregos, parafusos,saliências (espigões) ou dispositivos semelhantes, nem formada
por diferentes partes reunidas pelos mesmos processos.
64.02 - Outros calçados com sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos.
64.03 - Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou re constituído e
parte superior de couro natural.
64.04 - Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e
parte superior de matérias têxteis.
64.05 - Outros calçados.
64.06 - Partes de calçados (incluídas as partes superiores, mesmo fixadas a solas que não
sejam as solas exteriores); palmilhas amovíveis, reforços interiores e artefatos
semelhantes, amovíveis; polainas, perneiras e artefatos semelhantes, e suas partes.
A partir de 01.04.2012
(Produtos incluídos pela Lei de Conversão nº 12.546 – que não constavam na MP 540)
Couros
41.04 Couros e peles curtidos ou "crust", de bovinos (incluídos os búfalos) ou de eqüídeos,
depilados, mesmo divididos, mas não preparados de outro modo.
41.05 Peles curtidas ou "crust" de ovinos, depiladas, mesmo divididas, mas não
preparadas de outro modo.
41.06 Couros e peles, depilados, de outros animais e peles de animais desprovidos de
pêlos, curtidos ou "crust", mesmo divididos, mas não preparados de outro modo.
41.07 Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles
apergaminhados, de bovinos (incluídos os búfalos) ou de eqüídeos, depilados, mesmo
divididos, exceto os da posição 41.14.
41.14 Couros e peles acamurçados (incluída a camurça combinada); couros e peles
envernizados ou revestidos; couros e peles metalizados.
Grampos, colchetes, rebites, ilhoses e botões para vestuário
8308.10.00 Grampos, colchetes e ilhoses
8308.20.00 Rebites tubulares ou de haste fendida
9606.10.00 Botões de pressão e suas partes
9606.21.00 De plásticos, não recobertos de matérias têxteis
9606.22.00 De metais comuns, não recobertos de matérias têxteis
Mercadorias e produtos diversos
das receitas, aplicando-se o percentual acima à parcela da receita bruta correspondente aos
produtos abaixo relacionados e a regra geral dos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/91
em relação ao restante total da receita bruta.
Definição de receita bruta: Para fins de aplicação da desoneração sobre a folha de
pagamento, a receita bruta deve ser considerada:
-
sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei nº 6.404/76;
que trata do
ajustamento a valor presente dos elementos do ativo decorrentes de operações de longo
prazo,
e
- mediante a exclusão da receita decorrente das exportações, da base de cálculo das
contribuições, ou seja,
deve-se subtrair da base de cálculo das contribuições a receita
decorrente de exportação, para fins de incidência da alíquota de 2,5 ou 1, 5, de acordo com
o setor beneficiado.
Demais obrigações previdenciárias: As empresas continuam sujeitas ao cumprimento
demais obrigações previstas na legislação previdenciária.
Data de recolhimento das contribuições: As contribuições deverão ser recolhidas até
o dia 20 do mês subsequente ao da competência,
em atenção ao disposto na alínea “b”
do inciso I do art. 30 da Lei no 8.212, de 1991.
Regulamentação: Essa nova tributação sobre a receita bruta será regulamenta pelo Poder
Executivo,
e entrará em vigor no primeiro dia do quarto mês subseqüente à data da
publicação da Medida Provisória, ou seja, no dia 1º de dezembro de 2011.
5. COFINS - Importação – Aumento de alíquota – Setor têxtil, vestuário, calçados,
couro, botões, ilhoses, dentre outros –
(ver tabela do item 4)
Por meio de alteração no art. 8º da Lei nº 10.865/2004, foi acrescido o § 21 tratando sobre
um acréscimo de 1,5 (um inteiro e cinco décimos) à alíquota da COFINS-importação na
hipótese de importação de diversos bens, referente aos setores de:
a) vestuário e seus acessórios
(de plástico, de couro, têxteis, de papel),
artefatos
têxteis, suporte elásticos para cama, calçados, chapéus, baús, malas, bolsas,
cobertores, mantas, roupas de cama, cortinas, sacos para embalagens, dentre outros,
que entrou em vigor em 1º de dezembro de 2011, e
b) couros e peles, grampos, colchetes e ilhoses, rebites, botões de pressão, de
plásticos e de metais comuns, bolas infláveis,
cujo acréscimo entrará em vigor a
partir 1° de abril de 2012.
Os produtos acima referidos são os mesmos constantes da tabela prevista no tópico
anterior, que trata da desoneração da folha.
6. IRPJ - Programa de inclusão digital – Isenção – Sudene e Sudam
O art. 11 da Lei nº 12.546/2011, tratou da isenção de imposto de renda e adicional,
calculados com base no lucro da Exploração, para as pessoas jurídicas fabricantes de
máquinas, equipamentos, instrumentos e dispositivos, baseados em tecnologia digital,
voltados para o programa de inclusão digital com projeto aprovado até 31 de dezembro de
2013 para instalação, ampliação, modernização ou diversificação enquadrado em setores da
economia considerados, em ato do Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento
regional, nas áreas de atuação das extintas Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste - Sudene e Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia - Sudam.
Caso este projeto já esteja sendo utilizado para o beneficio fiscal de redução de 75%
(setenta e cinco por cento) do imposto sobre a renda e adicionais, calculados com base no
lucro da exploração o prazo de fruição passa a ser de dez anos contado a partir do dia 3 de
agosto de 2011, data da publicação da Medida Provisória nº 540/2011.
7. IRPJ e CSLL - Projeto de pesquisa científica e tecnológica - Exclusão do lucro
líquido
O art. 13 tratou da possibilidade de exclusão do lucro líquido, para fins de apuração do IRPJ
e da CSLL, dos dispêndios com projeto de pesquisa científica e tecnológica e de inovação
tecnológica a ser executado por entidades científicas e tecnológicas privadas, sem fins
lucrativos, conforme regulamento. Anteriormente, somente os projetos executados por
Instituição Científica e Tecnológica - ICT, a que se refere o inciso V do caput do art. 2º da
Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004 eram beneficiados.
8. Zona de Processamento de Exportação - ZPE - Prazo
O art. 22 alterou o art. 25 da Lei nº 11.508/2007 a fim de determinar que o ato de criação de
ZPE já autorizada até 13 de outubro de 1994 caducará se até 31 de dezembro de 2012 a
administradora da ZPE não tiver iniciado, efetivamente, as obras de implantação.
9. Informações econômico-comercias – Instituição
O art. 24 instituiu a obrigação de prestar informações para fins econômico-comerciais ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior relativas às transações entre
residentes ou domiciliados no País e residentes ou domiciliados no exterior que
compreendam serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no
patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados.
Caberá ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estabelecer a
forma, o prazo e as condições para a prestação das informações.
A prestação de informações não compreende as operações de compra e venda efetuadas
exclusivamente com mercadorias, e será efetuada por meio de sistema eletrônico a ser
disponibilizado na rede mundial de computadores.
São obrigados a prestar as informações a) o prestador ou tomador do serviço residente ou
domiciliado no Brasil; b) a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no Brasil, que
transfere ou adquire o intangível, inclusive os direitos de propriedade intelectual, por meio de
cessão, concessão, licenciamento ou por quaisquer outros meios admitidos em direito, c) a
pessoa física ou jurídica ou o responsável legal do ente despersonalizado, residente ou
domiciliado no Brasil, que realize outras operações que produzam variações no patrimônio.
10. PIS/PASEP e COFINS não cumulativos - Crédito presumido de biodiesel
O art. 47 prevê crédito presumido calculado sobre o valor das matérias-primas adquiridas de
pessoa física ou recebida de cooperado pessoa física e utilizados como insumo na produção
de biodiesel, alcançando também às aquisições de pessoa jurídica que exercer atividade
agropecuária ou cooperativa de produção agropecuária.
O crédito presumido somente se aplicará após estabelecidos os termos e condições
regulamentadas pela Secretaria da Receita Federal.
11. Revogações:
O art. 51 revogou:
a) a partir de 1º de julho de 2012, o art. 1º da Lei nº 11.529/2011, que trata do desconto de
créditos, em seu montante integral, de PIS/PASEP e da COFINS de que tratam o inciso VI
do caput do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, o inciso VI do caput do art.
3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e o inciso V do caput do art. 15 da Lei nº
10.865, de 30 de abril de 2004, na hipótese que especifica;
b) a partir da data de entrada em vigor dos arts. 14 a 20 desta Lei, o art. 6º do Decreto-Lei nº
1.593/1977, que trata da tributação de cigarros.
Estamos à disposição para maiores esclarecimentos, através da Gerência Técnica e de
Suporte aos Conselhos Temáticos – GETEC/CONTEC.
GETEC/ECONTEC Fone: (51) 3347-8705 e-mail: contec@fiergs.org.br