Avanços na Patologia cirúrgica
Renée Zon Filippi
Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital Israelita Albert Einstein
Avanços… Avanços… Neoplasias de pulmão Câncer colorretal Carcinoma gástrico Melanoma
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Carcinoma não pequenas células (NSCLC) - Maior causa de morte no mundo
Infinitas mutações genéticas – algumas: opções terapêuticas
Mutações no EGFR : tratamento com inibidores leva Mutações no EGFR : tratamento com inibidores leva a uma resposta superior, maior sobrevida livre de progressão de doença
Maioria dos adenocarcinomas de pulmão EGFR mutados ou os + para rearranjo do gene ALK são sensíveis aos inibidores de TKIs
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Maioria dos sucessos terapêuticos tem sido adquiridas em pacientes não fumantes com mutações únicas
Maioria dos sucessos em NSLCC –quase
exclusivamente em adenocarcinomas ou carcinomas de grandes células, com mutações genéticas
de grandes células, com mutações genéticas exclusivas (EGFR , ALK e BRAF )
Maioria dos estudos considera a expressão de DNA – correlação com expressão de DNA, alterações no
RNA e proteomics – infância
Sucessos terapêuticos são restritos a doença com estadio alto e recorrente
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Testes podem ser feitos em biópsias (material parafinado fixado em formalina)
11-50% de discordâncias de resultados entre tumor primário e focos metastáticos (dependendo do gene investigado e do exame) – preferência para realizar o investigado e do exame) – preferência para realizar o exame na metástase, recorrência ou amostra pós
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Distribution frequency (A) and overlap (B) of the genotypes observed.
Sequist L V et al. Ann Oncol 2011;22:2616-2624
© The Author 2011. Published by Oxford University Press on behalf of the European Society for Medical Oncology. All rights reserved. For permissions, please email:
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
EGFR (éxon 19 e 21 ~ 90%)
Mulheres, asiáticas, não fumantes ou ↓ história de fumo
Histologia: Adenocarcinoma (antigo bronquioloalveolar)
bronquioloalveolar)
Melhora na sobrevida (estudos fase lll) em pacientes com estadio avançado
EGFR como fator de melhor prognóstico
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Gene ALK : estimula proliferação celular e inibe apoptose Translocação ou inversão – maioria inv EML4-ALK (4-8% dos casos)
Pacientes jovens (40-60 anos) , homens , não fumantes, apresentação com estadio avançado , maioria
adenocarcinomas (pequena % escamosos) adenocarcinomas (pequena % escamosos)
Neoplasias pouco diferenciadas, grande parte mucinosas , com necrose e infiltrado linfocítico proeminentes
Rearranjo do gene ALK não representa fator prognóstico favorável
Resposta a drogas TKIs anti-ALK (crizotinib)
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Mutações do eixo RAF/MAPK podem envolver a região do K-RAS e BRAF (3-8%)
BRAF
• Maioria em fumantes, faixa etária mais alta
• Adenocarcinomas com padrão heterogêneo (papilar) • Adenocarcinomas com padrão heterogêneo (papilar)
Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão
Estudos moleculares no Estudos moleculares no adenocarcinoma de pulmão adenocarcinoma de pulmão
KRAS: GTPase envolvida na transdução de sinal da via MAPK
Neoplasias com
mutações no KRAS não respondem a terapia anti-EGFR
Mecanismo de
Câncer colorretal
15% das neoplasias malignas colorretais são
caracterizadas por instabilidade de microssatélites, (1/5)– Sd Lynch
Microssatélites são sequências simples repetidas de 1-6 pares de base e particularmente suscetíveis a erros de replicação de DNA
erros de replicação de DNA
“Instabilidade”: pequenos acréscimos ou decréscimos no números de repetições dos
microssatélites no genoma , que ocorrem devido a defeitos nos genes de reparo de pareamento
(mismatch repair genes “MMR”)
15-20% das neoplasias malignas colorretais – síndromes familiares
Câncer colorretal
Síndrome de Lynch (HNPCC) – caracterizada por um genótipo definido (defeito genético germinativo nos MMR) , neoplasias malignas de cólon, endométrio, Id, hepatobiliares, uroteliais e pâncreas
Síndrome de Turcot: variante - tumores cerebrais malignos
malignos
Síndrome de Muir-Torre: múltiplos tumores sebáceos malignos e benignos, e queratoacantomas
Câncer colorretal
Infiltrado linfocitário Diferenciação Infiltrado linfocitário Diferenciação
mucinosa
Padrão medular Reação Crohn-símile
Câncer colorretal
Utilizados pra selecionar possíveis candidatos para Sindrome Lynch
Debate – mais de ¼ de casos perdidos
90% dos casos com mutação AD em um dos maiores genes MMR : MLH1 ou MSH2
Câncer Colorretal
MLH1 MSH2
Câncer Colorretal
Resultado IH Defeito genético provável
Perda de MLH1, PMS2 MLH1
Perda de MSH2, MSH6 MSH2
Perda isolada de MSH6 MSH6
Perda isolada de PMS2 PMS2
Câncer Colorretal
IH (BP)
Experiência/Técnica fácil e disponível Sensível Perde mutaçõesPCR (BP)
Necessário tumor e tecido normal Sensível Perde mutações Perde mutações missense nos MMR (inativam ptns sem inativar expressão) Perde mutações germinativas no MSH6Câncer Colorretal
Mutação no BRAF p.V600E (C.1799T>A) e
hipermetilação no MLH1 são frequentemente observadas em tumores esporádicos com
instabilidade de microssatélites (40%)
IH com perda de MLH1 – Análise de mutação do IH com perda de MLH1 – Análise de mutação do BRAF
Câncer Colorretal
Teste IM : utilidade clínica para neoplasias esporádicas
Neoplasias esporádicas com fenótipo MSI-H tem
melhor prognóstico e não respondem a terapia com 5-FU
5-FU
Câncer Colorretal – KRAS e BRAF
Apresentação de doença metastática 10% Sobrevida 18-21 meses
Terapia alvo EGFR
Bloqueia as vias RAS-BRAF-MAPK e PI3K-PTEN-AKT Tumores com mutações no KRAS e BRAF inibem as drogas antiEGFR quanto ao bloqueio destas vias -Guia de terapia
Câncer Gástrico – HER2
Terapias moleculares alvo para o HER2 são bem estabelecidas para o carcinoma mamário
Trial ToGa (Estudo clínico fase lll internacional)
evidenciou que o anticorpo monoclonal anti Her-2
(Trastuzumab) é efetivo em prolongar a sobrevida em carcinomas gástricos e TGE com hiperexpressão de carcinomas gástricos e TGE com hiperexpressão de HER2 - Detectada somente nos adenocarcinomas gástricos tipo intestinais
Câncer gástrico –HER2
Diferenças entre carcinomas mamários e gástricos:
Padrão de coloração da membrana celular (coloração basolateral e completa)
Número de células positivas (cluster em Bxs e 10% em peças)
em peças)
Tipo histológico do tumor
Heterogeneidade – evento frequente no ca gástrico (patogênese? Resposta a terapia? Progressão?)
FISH, CISH ou SISH?
Câncer gástrico –HER2
3+ 2+
Câncer gástrico –HER2
Qual teste para HER2 para seleção terapêutica? Pacientes com amplificação do gene HER2 mas
negativos para a expressão da proteína (0/1+) não se beneficiaram da terapia (ToGA) – 22.5% da
população HER2 + inicial
A vantagem de sobrevida mais alta ocorreu nos
pacientes que mostraram hiperexpressão de HER2 e amplificação do gene
Papel da IHC como primeiro método para teste do HER2
Câncer gástrico –HER2
Questões em aberto
1)Heterogeneidade e amostragem das lesões endoscópicas
2)Heterogeneidade e biologia/clínica da neoplasia 3)Amplificação/Hiperexpressão do HER2 homogênea 3)Amplificação/Hiperexpressão do HER2 homogênea
Melanoma
Neoplasia muito maligna , com resistência a terapia e prognóstico ruim na doença metastática
Terapias usando agentes específicos para alterações moleculares prevalentes nos diferentes subtipos
Mutações no KIT e BRAF Mutações no KIT e BRAF
Melanoma – KIT
Melanomas lentiginosos acrais e de mucosas (20%) -eventualmente em MM que nascem em pele com dano solar intenso
Mutações pontuais nos éxons 11*,13,17
Demonstração de mutação no KIT está associada com resposta aos seus inibidores (mesilato de
com resposta aos seus inibidores (mesilato de imatinib, sorafenib, dasatinib...)
O aumento no n°de cópias no locus KIT (FISH ou PCR) , na ausência de mutação , não parece estar associado a resposta a terapia - Resposta melhor com os 2 juntos
Novas pesquisas surgindo em relação a mutações específicas no KIT podem informar/ selecionar um inibidor específico que melhor funcionaria para cada caso
Melanoma - BRAF
Mutações no BRAF ocorrem primariamente em
melanomas com pele com dano solar intermitente (50%)
Alvo terapêutico – drogas ativas contra a mutação do BRAF V600E
Importante detectar e distinguir mutações – V600E, V600K (15-20%) e outras menos comuns- podem haver diferenças nos índices de resposta
Melanoma - NRAS
Mutações no NRAS ocorrem em 10-15% dos subtipos de melanomas
Status do NRAS pode sugerir uma melhor resposta a terapia com IL-2
Pacientes com melanomas NRAS mutados podem ter Pacientes com melanomas NRAS mutados podem ter prognóstico pior do que os BRAF mutados ou nos
não mutados
Trials em andamento -diferenças clínicas e
Melanoma Melanoma
Mutações no KIT, NRAS e BRAF são mutuamente exclusivas (genes na mesma via sinalizadora)
Análise de mutação
Amostras em bloco de parafina , com boa representatividade
representatividade
Boa fixação da amostra (nem pouco nem muito) Evitar amostras submetidas a descalcificação