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ESCRAVIDÃO E BRASIL COLONIAL

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ESCRAVIDÃO E

BRASIL COLONIAL

02DE NOVEMBRO DE

2020

MARCELLY VITÓRIA

(2)

ESCRAVIDÃO INDÍGENA NO

BRASIL COLONIAL

A escravidão indígena existe desde os primórdios da colonização portuguesa no Brasil, sobretudo entre os anos de 1540 até 1570. Trata-se de uma alternativa à mão de obra africana durante todo o período do Brasil Colônia.

Contudo, como os indígenas eram considerados súditos da Coroa portuguesa, escravizá-los era relativamente polêmico. Mesmo assim, isso era legalmente possível e foi prática recorrente até o final do século XVIII.

A mão de obra indígena era muito valorizada na povoação do território ou para ocupar fronteiras. Era utilizada em larga escala em combates, para conter escravos africanos ou para auxiliar os capitães do mato na captura de escravos fugidos.

Por fim, a escravidão indígena foi suplantada pela africana, pois se acreditava que os índios não suportavam o trabalho forçado e acabavam morrendo.

Principais Causas e Características

No início da colonização, a mão de obra indígena era utilizada na extração do pau-brasil. Era recompensada pelo escambo de alguns objetos, tais como facões e espelhos ou até aguardente.

Posteriormente, os índios passaram a ser capturados e empregados em pequenas lavouras ou na coleta de “drogas do sertão”.

Como os escravos africanos eram caros demais para aqueles que possuíam terra e a demanda por mão de obra somente crescia, a escravidão indígena tornou-se uma alternativa.

De partida, vale ressaltar que Coroa e Igreja se posicionavam de forma ambígua quanto à escravidão indígena.

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E S C R A V O S N A

E C O N O M I A

A Ç U C A R E I R A

Implantada a princípio nas planícies

costeiras da colônia, a lavoura açucareira

rendeu a Portugal um montante que

jamais seria alcançado durante todo o

percurso colonial do Brasil. Até mesmo a

rica mineração, desenvolvida na região

das Minas, não superaria as divisas

geradas por meio da comercialização do

considerado “ouro branco” americano.

O trabalho realizado pelos escravos

africanos nos engenhos de açúcar era

árduo e insalubre. As jornadas eram

longas e tornavam-se mais exaustivas à

medida que se aproximava o período da

colheita da cana, uma vez que as tarefas

a serem cumpridas aumentavam. Por

vezes, o trabalho era interrompido por

morosas sessões de tortura e castigos

físicos, como forma de dominação e

punição por parte do senhor. Uma das

técnicas mais utilizadas era encaminhar

o escravo ao “tronco”, onde tinha sua

cabeça e membros imobilizados e ali

ficava por horas e inclusive dias,

tornando-o incapaz até de se defender

contra a perturbação de insetos. O

desgaste era físico e, sobretudo, moral.

Os que apresentassem um

comportamento tido como incorreto ou

aqueles que tentassem fugir para

quilombos eram, se recapturados,

imediatamente alocados nas moendas

ou fornalhas, onde as condições de

trabalho eram mais perigosas e precárias.

Muitos perdiam suas mãos e braços nas

moendas.

A lavoura açucareira rendeu a

Portugal um montante que

jamais seria alcançado durante

todo o percurso colonial do

Brasil.

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TRÁFICO

DE

NEGROS

O t r á f i c o n e g r e i r o t r a z i a

f o r ç a d a m e n t e a f r i c a n o s p a r a s e r e m

e s c r a v i z a d o s n o B r a s i l e , a o l o n g o

d e 3 0 0 a n o s d e s s a p r á t i c a , q u a s e

c i n c o m i l h õ e s d e a f r i c a n o s

d e s e m b a r c a r a m a q u i .

O tráfico negreiro foi uma

atividade realizada entre os

séculos XV ao XIX. Os

prisioneiros africanos eram

comprados nas regiões

litorâneas da África para serem

escravizados no continente

europeu e no continente

americano. Essa migração

forçada resultou na chegada de

milhões de cativos africanos ao

Brasil. O tráfico passou a ser

proibido em terras brasileiras

somente em 1850, por meio da

Lei Eusébio de Queirós.

O desenvolvimento do tráfico

negreiro no Brasil está

associado com a instalação da

produção açucareira que

aconteceu no país, em meados

do século XV. O tráfico

ultramarino de africanos, com o

objetivo de escravizá-los, tem

relação direta com a

necessidade permanente de

trabalhadores nos engenhos e

também com a diminuição da

população de indígenas.

Isso, porém, não fez com que a escravização de indígenas acabasse, mas fez com que uma alternativa despontasse. Além disso, havia a questão dos conflitos entre colonos e a Igreja, uma vez que a Igreja, por meio dos jesuítas, eram contrária à escravização de indígenas, pois os

consideravam alvos potenciais para a conversão religiosa.

Outro fator relevante é o estranhamento cultural que existia nessa relação, pois os indígenas trabalhavam o suficiente para produzir aquilo que fosse necessário para o sustento de sua comunidade.

A lógica europeia de trabalho para produzir excedente e riqueza não fazia parte do meio de vida indígena e isso fez os europeus taxarem

pejorativamente os indígenas de “inapropriados” para o trabalho. As constantes fugas dos indígenas, que conheciam a terra muito bem, também era outro fator relevante.

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O último fator que explica o início do tráfico negreiro

era o funcionamento do próprio sistema econômico

mercantilista. Na lógica desse sistema, o tráfico

ultramarino de escravos era um negócio relevante

tanto para a metrópole quanto para colonos que se

lançassem nesse empreendimento.

Dentro do funcionamento do sistema colonial

escravista, a existência do tráfico negreiro atendia a

uma demanda por escravos das colônias e, por ser

uma atividade altamente lucrativa, atendia aos

interesses da metrópole e da colônia.

Isso porque o envolvimento de Portugal com o

tráfico de africanos, com o intuito de escravizá-los,

era um negócio que existia desde meados do século

XV. Os portugueses possuíam uma série de feitorias

na costa africana e nela compravam africanos para

enviá-los como escravos para trabalharem nos

engenhos instalados nas ilhas atlânticas.

Concluindo, o entendimento dos historiadores,

atualmente, a respeito desse assunto é que a

escassez da mão de obra indígena e a instalação de

um negócio que tinha alta demanda por escravos – a

produção de açúcar – gerou uma demanda por outra

mão de obra, e os comerciantes portugueses,

identificando essa necessidade, ampliaram o tráfico

negreiro a dimensões gigantescas.

-Viagem nos navios negreiros

Os navios negreiros, em geral, comportavam, em

média, de 300 a 500 africanos que ficavam presos

nos porões em uma viagem que se estendia durante

semanas. Partindo de Luanda, a viagem para Recife

durava 35 dias, para Salvador durava 40 dias e para o

Rio de Janeiro durava de 50 a 60 dias.

.

O tráfico negreiro envolvendo os europeus iniciou-se

no século XV, quando os portugueses instalaram

feitorias pelo litoral do continente africano. Nessas

feitorias, os portugueses mantinham contato com os

reinos africanos, estabelecendo relações

diplomáticas que os possibilitavam manter

comércio, ao qual se incluía a venda de seres

humanos. Com o tempo, outras nações europeias

começaram a envolver-se com essa atividade e não

apenas os portugueses.

O tráfico de africanos realizado pelos portugueses, a

princípio, atendia suas necessidades internas e de

suas ilhas atlânticas. No século XV, os africanos

escravizados por Portugal eram utilizados em

serviços urbanos, sobretudo em Lisboa, e eram

utilizados na produção de açúcar nas ilhas atlânticas

de Portugal (como Açores e Madeira).

Com o desenvolvimento da produção açucareira no

Brasil, a demanda de Portugal e dos colonos

instalados no Brasil aumentou consideravelmente e,

já na década de 1580, cerca de três mil africanos

desembarcavam no Brasil|1|. Apesar de

concentrarem-se majoritariamente no litoral

africano, os portugueses conseguiram penetrar na

África Central e criar relações importantes com

diversos reinos.

Os escravos trazidos para o Brasil, pelos portugueses,

vieram de duas regiões do continente africano.

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A senzala foi uma forma de moradia de populações escravizadas, vindas do continente africano num movimento conhecido por Diáspora Africana, ou a vinda compulsória de sujeitos para o trabalho no sistema escravista na colônia portuguesa.

A forma de moradia das populações escravizadas, conhecidas por senzalas, estavam diretamente relacionadas à casa-grande. Enquanto os senhores e suas famílias viviam sob a casa-grande, escravizados serviam a eles e moravam em habitações com poucos recursos e conforto. Essa relação traz o aspecto da intimidade para as relações entre senhores e escravizados e são essas relações que Gilberto Freyre utiliza para pensar a formação da sociedade brasileira patriarcal em seu livro Casa Grande e Senzala, datado de 1933. O intelectual destacava que tanto a casa-grande como a senzala representavam um sistema político, econômico, social e sexual.

VIDA NAS

SENZALAS

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VIDA NAS SENZALAS

A experiência das senzalas existe desde o início da experiência da escravidão na América Portuguesa. Desta forma a moradia em questão esteve presente do século XVI ao XIX, ou seja, dos engenhos de açúcar, das minas de ouro às fazendas do cultivo de café. Elas foram a principal forma de moradia dos períodos colonial e imperial.

A senzala faz, portanto, parte da vida cotidiana de sujeitos escravizados, envolvendo formas de organização social, resistência e convívio social. A palavra tem origem africana e significa morada, entretanto a forma de moradia era estabelecida pelos senhores, que

cuidadosamente preveniam fugas colocando grades nas poucas janelas existentes e instalando à frente da senzala o pelourinho – tronco destinado aos castigos físicos da população escravizada. Essa estratégia era utilizada a fim de utilizar o castigo como forma exemplar aos demais e inseria as sevícias na vida cotidiana e na morada desses homens e mulheres.

Uma revista é uma publicação, geralmente periódica, impressa ou publicada

eletronicamente (às vezes chamada de revista online). Revistas geralmente são publicadas regularmente e contêm uma variedade de conteúdos. Elas geralmente são financiadas por publicidade, preço de compra, assinaturas pré-pagas ou uma combinação dos três. Na sua raiz em inglês, a palavra “magazine” (revista) refere-se a uma coleção ou local de armazenamento. No caso da publicação escrita, é uma coleção de artigos escritos. Isso explica por que as revistas compartilham a palavra raiz com "gunpowder magazines" (depósito de pólvora), "artillery magazines" (depósito de artilharia), "firearms magazines" (depósito de armas de fogo) e, em português, lojas (como lojas de departamento).

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Duas formas de punição eram mais

comuns: o açoitamento público,

para quem havia sido julgado e

condenado, e o chicoteamento no

calabouço, que substituiu o castigo

privado. “Os senhores tinham que

pagar pelo serviço – não apenas

pelos açoites e pelo tratamento

médico subsequente, mas também

por acomodação e alimentação. No

começo, eles podiam requisitar

muitas centenas de chibatadas, e há

registros de que alguns oficiais

tentavam limitar a carga de açoites

ou distribuir o castigo ao longo de

dias, com um máximo de

chibatadas por dia. Não eram

poucos os escravos que morriam

ainda na prisão em decorrência dos

ferimentos, e muitos provavelmente

morreram depois de sair do

Calabouço. Alguns senhores usavam

a prisão como um recurso para se

livrar de escravos indesejados,

difíceis de vender: eles os

entregavam à instituição, e

simplesmente paravam de pagar.

O açoite era um dos

instrumentos mais utilizados

nesse período e, além do

pau-de-arara, costumava ser visto

em conjunto com o pelourinho

— este, um poste feito de

madeira ou de pedra com

argolas de ferro no topo, onde

os infratores eram presos e

chicoteados

OS CASTIGOS

EMPREGADOS

PELOS

(9)

TRABALHO

NA

EXPLORAÇÃO

DE MINÉRIOS;

A época da mineração no

período colonial abrangeu

basicamente o século XVIII,

com o seu apogeu entre 1750 e

1770.Nessa fase da vida

econômica da colônia que se

voltou quase que

exclusivamente para o

extrativismo mineral, as

principais regiões auríferas

foram Minas Gerais, Mato

Grosso e Goiás. Anteriormente,

já haviam ocorrido as

explorações do ouro de

lavagem, em São Paulo,

Paraná e Bahia, mas, com

resultados inexpressivos.

No extrativismo aurífero, as

formas de exploração mais

comuns encontradas eram as

lavras e a faiscação. A primeira

representaria uma empresa em

que era utilizada a

mão-de-obra escrava e se aplicava uma

técnica mais apurada. Já a

faiscação era a extração

individual, realizada

principalmente por homens

livres.

As consequências da

mineração

A mineração foi responsável por

importantes consequências que

se refletiram sobre a vida

econômica, social, política e

administrativa da colônia. De

saída, provocou uma grande

migração portuguesa para a

região das Gerais. Segundo

alguns autores, no século XVIII,

aproximadamente 800.000

portugueses transferiram-se para

a colônia, o que corresponderia a

40% da população da

metrópole.No Brasil,

paralelamente a isto, ocorreu um

deslocamento do eixo econômico

e demo gráfico do litoral para a

região Centro-Leste,

acompanhado da intensificação

do tráfico negreiro e do

remanejamento do contingente

interno de escravos. Com isso, a

colônia conheceu uma verdadeira

explosão populacional,

ultrapassando com folga a casa

de um milhão de habitantes, no

século XVIII.

(10)

CHARQUEADAS

ncorporada à Coroa Portuguesa

somente no século XVIII, a região sul do

Brasil foi paulatinamente ocupada por

meio do descumprimento dos limites

do tratado de Tordesilhas.

A partir da segunda metade do século XVIII, o território sulista se transformou em um grande polo pecuarista. Tal atividade se desenvolveu graças ao relevo plano, a rica pastagem natural que permitia a criação de gado em larga escala. Em um primeiro momento, a produção de couro foi fomentada para se atender as demandas da metrópole. Posteriormente, com o enfraquecimento da pecuária no Nordeste, observamos a produção e o comércio do charque, também conhecido como carne seca. Carregado no lombo de mulas, o charque tinha destaque no mercado alimentício interno. Por conta das grandes dificuldades de transporte da época, a conservação dos víveres se tornava uma tarefa muito complicada. Nesse aspecto, o charque levava enorme vantagem por ser um produto que resistia bem ao processo de deterioração da matéria orgânica. Com o aumento dos centros urbanos, principalmente por conta da atividade mineradora, o charque passou a ser produzido em grandes quantidades.

A importância dessa atividade econômica chegou a motivar o desenvolvimento de uma das mais agressivas rebeliões do Período Regencial. Em meados de 1830, os estancieiros gaúchos cobravam medidas do governo para que a concorrência dos países vizinhos fosse diminuída. Apesar da demanda, o governo brasileiro se negou a atender ao pedido dizendo que os preços do charque e do couro gaúcho eram abusivos.

Sentindo-se menosprezados pelo governo central, as elites pecuaristas organizaram tropas e realizaram a conquista das províncias do Rio Grande do Sul e Santa Catarina durante a chamada Revolução Farroupilha. Entre 1835 e 1845, o governo brasileiro e os farrapos travaram violentos conflitos que desgastaram ambos os lados. Após negociações, as divergências políticas foram sanadas com a assinatura do Tratado de Ponche Verde.

(11)

Como era a Vida

no Quilombo?

o Funcionamento dos quilombos

considerava a tradição dos escravos

fugidos que neles habitavam.

Nessas comunidades, se

realizavam atividades diversas

como agricultura, extrativismo,

criação de animais, exploração de

minério e atividades

mercantis.Nesses locais, os negros

tratavam de reviver suas tradições

africanas. O melhor de tudo era

que podiam voltar a ser livres,

cultuar seus deuses e praticar suas

danças e músicas.No entanto, não

se esqueciam dos companheiros

que ficaram escravizados. Era

comum ajudarem a organizar

fugas nas fazendas ou economizar

o dinheiro que obtinham da venda

dos seus produtos para comprar a

liberdade daqueles escravos.

QUILOMBOS

Quilombos eram comunidades formadas por escravos

fugidos das fazendas. Esses lugares se transformaram

em centros de resistências dos escravos negros que

escapavam do trabalho forçado no Brasil.

(12)

Quem são os quilombolas?

A palavra quilombo origina-se do termo

kilombo, presente no idioma dos povos

Bantu, originários de Angola, e significa

local de pouso ou acampamento. Os

povos da África Ocidental eram, antes da

chegada dos colonizadores europeus,

essencialmente nômades, e os locais de

acampamento eram utilizados para

repouso em longas viagens. No Brasil

Colonial, a palavra foi adaptada para

designar o local de refúgio dos escravos

fugitivos. Quilombola é a pessoa que

habita o quilombo.

Os povos quilombolas não se agrupam

em uma região específica ou vieram de

um lugar específico. A origem em

comum dos remanescentes de

quilombos é a ancestralidade africana de

negros escravizados que fugiram da

crueldade da escravidão e refugiaram-se

nas matas. Com o passar do tempo,

vários desses fugitivos aglomeravam-se

em determinados locais, formando

tribos. Mais adiante, brancos, índios e

mestiços também passaram a habitar os

quilombos, somando, porém, menor

número da população.

Q U I L O M B A S

Quilombolas são os descendentes e remanescentes de comunidades formadas por escravizados fugitivos (os quilombos), entre o século XVI e o ano de 1888 (quando houve a abolição da escravatura), no Brasil. Atualmente as comunidades quilombolas estão

presentes em todo o território brasileiro, e nelas se encontra uma rica cultura, baseada na ancestralidade negra, indígena e branca. No entanto, os quilombolas sofrem com a dificuldade no acesso à saúde e à educação.

(13)

A resistência dos escravos foi uma resposta à escravidão que foi uma instituição presente na história do Brasil ao longo de mais de 300 anos. A sociedade brasileira foi construída pela utilização dos trabalhadores escravos, indígenas ou africanos. A escravidão no Brasil foi uma instituição vil e cruel que explorava brutalmente o trabalho de indígenas e africanos. No caso dos africanos, a escravidão os removeu de sua terra nativa e os enviou a milhares de quilômetros de distância para uma terra distante, com idioma, religião e culturas diferentes das deles. Foi nesse contexto que milhões de africanos foram sequestrados e transportados em péssimas condições para serem escravizados no Brasil. Se quiser saber mais sobre isso, leia o seguinte texto: Tráfico Negreiro.

A resistência à escravidão por meio das revoltas, conforme pontua o historiador João José Reis, não visava, exclusivamente, a acabar com o regime de escravidão, mas, dentro do cotidiano dos escravos, poderia ser utilizada como instrumento de barganha.

Sendo assim, essas revoltas dos escravos

buscavam, muitas vezes, corrigir excessos de tirania dos senhores, diminuir o nível de opressão ou punir feitores excessivamente cruéis|1|.Muitas pessoas têm uma imagem de que os escravos africanos aceitavam a escravização de maneira passiva, mas os historiadores nos contam que a história foi bem diferente e os escravos organizaram-se de diferentes maneiras para colocar limites à violência a que eram submetidos no seu cotidiano.Entre as diferentes formas de resistência dos escravos podem ser mencionadas as fugas coletivas, ou individuais, as revoltas contra feitores e seus senhores (que poderia ou não ter o assassinato desses), a recusa em trabalhar, a execução do trabalho de maneira inadequada, criação de quilombos e mocambos etc.

RESISTENCIA DOS NEGROS

A resistência dos escravos tinha como grande objetivo a conquista da

liberdade, mas também poderia buscar apenas impor limites ao excesso

de tirania de feitores e senhores.

(14)

LEGADO CULTURAL

O L E G A D O Q U E A S E S C R A V I D Õ E S D E I X A R A M

P A R A A S N O S S A S G E R A Ç Õ E S

A sociedade evoluiu muito em questão de

desenvolvimento, mas alguns assuntos ainda

precisam serem trabalhados. Hoje em dia o racismo

ainda faz parte do nosso dia a dia, causando até

mesmo protestos.

Existem casos de pessoas que não são contratadas

por conta da sua cor, que são acusadas injustamente

por conta da sua cor, mortas por conta da sua cor...

a população tenta mudar essa situação, mas grande

parte não aceita essa mudança. Acredito que até

sentem medo, por isso agem assim.

Esse triste passado ainda marca a nossa vida nos

dias de hoje. Quando aprendemos sobre a matéria,

sentimos tristeza em perceber o que as pessoas

fizeram com os outros, Não entendemos porque

uma cor pode fazer tanta diferença.

Nossa geração está disposta a mudar isso. Queremos

acabar com esse racismo e desigualdade. Mas o

processo não é algo fácil.

O legado que esse marco deixou é importante na

nossa sociedade. Com ele entendemos que isso não

é certo e que devemos mudar.

Acredito que a nossa geração pode fazer diferente,

porque pessoa nenhuma merece ser tratada

diferente por conta da sua cor, ou por ser quem ela

é.

NO SEC 21 NÃO TEMOS MAIS ESCREVIDÃO,

PORÉM A DESIGUALDADE E O RACISMO

AINDA EXISTEM NO NOSSO MEIO.

(15)

George Floyd foi um

afro-americano que foi assassinado

em 25 de maio de 2020, depois

que Derek Chauvin, então

policial de Minneapolis,

ajoelhou-se no pescoço dele

durante oito minutos e quarenta

e seis segundos, enquanto

estava deitado de bruços na

estrada. Os policiais Thomas

Lane e J. Alexander Kueng

também ajudaram a conter

Floyd, enquanto o policial Tou

Thao estava perto e observava.

O assassinato ocorreu durante

a prisão de Floyd em

Powderhorn, Minneapolis,

Minnesota, e foi gravado em

vídeo nos celulares por vários

espectadores.[6] As gravações

em vídeo, mostrando Floyd

dizendo repetidamente: "I Can’t

Breathe!" ("Não consigo

respirar") foram amplamente

divulgadas nas plataformas de

redes sociais e transmitidas

pelos meios de comunicação

do mundo inteiro. Os quatro

policiais envolvidos foram

demitidos no dia seguinte.

Após a sua morte, o caso

gerou repercussões no mundo

todo. Pessoas dos Estados

Unidos se juntaram para irem

as ruas em seu nome.

Os protestos duraram dias.

Placas com "BLACK LIVES

MATTER" podiam serem vistas

em todos os cantos.

A internet acompanhou tudo, e

pudemos ver também as ações

repugnantes dos policiais.

Eles não aceitavam os

protestos, então atacavam as

pessoas mesmo sem terem

feito nada.

Com certeza isso é algo que

vai ficar marcado na história da

humanidade.

GEORGE

FLOYD

2 5 d e m a i o d e 2 0 2 0

O S P R O T E S T O S P A R A

G E O R G E F L O Y D / 1 5

(16)

O O D I O Q U E

V O C Ê S E M E I A

O livro trata exatamente sobre isso.

A protagonista, Starr é uma garota negra

que foi criada em uma escola de pessoas

brancas por conta da sua segurança. Um

dia, ela foi em uma festa e encontrou seu

amigo de infância. Os dois, depois de um

tempo, decidiram sair de carro, porém no

meio do caminho um policial os parou.

O policial, branco, fez diversas perguntas

para os dois. Se a starr estava la obrigada,

se seu amigo usava drogas, todos os tipos

de perguntas sem noção, até que ele

pediu para o amigo dela sair do carro.

Nesse meio tempo, o policial se afastou e

o amigo de Starr pegou a escova de

cabelos dele, porem o policial pensou

que era uma arma e matou ele.

A partir desse momento, Starr precisa

escolher se quer lutar ou não. Se quer ser

quem ela realmente é e lutar para não

deixar a morte do seu amigo acabar

assim.

O livro foi adaptado para um filme e eu

realmente recomendo assistir.

Referências

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D) a mão-de-obra escrava indígena, por conta do adestramento praticado pelos jesuítas e de sua passividade em relação à escravidão, era mais produtiva que a africana. Porém,

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