• Nenhum resultado encontrado

SATYRA 0 U OBRA UTIL. A. Velhos, e Velhas, Meninos, e Menirias, COMPOSTA, E "OFFERECIDA AOS SE-NHORES PERALTAS, E CASC?UILHOS DE LISBOA M. G. S. M.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "SATYRA 0 U OBRA UTIL. A. Velhos, e Velhas, Meninos, e Menirias, COMPOSTA, E "OFFERECIDA AOS SE-NHORES PERALTAS, E CASC?UILHOS DE LISBOA M. G. S. M."

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

P famozo , e a

e queixas que

os diass

infigne , e qoe

ramos , vamos

9

tue

eftá todo

o

.he tornar o

ju-ue na6 qju-uero ir.

ider a hum Ma°

terá paciencia

o

►.

enj quanto

Bra-Senhor. que cu

, cmos o que

con-viva ,

Viva-defgraça ,a de

O..

---''°

)S cONSALvES.

SATYRA

ENI

LOUVOR DAS MODAS,

0 U

ES

C

UDO DE PERALTICE:

OBRA UTIL

A. Velhos, e Velhas, Meninos ,

e

Menirias,

COMPOSTA , E "OFFERECIDA

AOS SE-NHORES PERALTAS,

E CASC?UILHOS DE LISBOA

POR SEU

AFFEI

C

OADO

SERVO

M. G. S. M.

LIS B OA

Na O1T1C.

de

SIMÁO THADDEO FERREIRA.

Anno 1783.

C9sn

licen

fa da Real Meza

Cenforia.

? que Ihe en=

irabens defte

^

l

efaÇade

iga lá aos

Se-hegarem a

ef-iCaó em

pef-vá fer

verdu-os naó

canee-:s me podem

(2)

FLC

Multa rerzafcettti€Y , gwe jan€ cecic;b'eYe cwc,esatgtie

/€r.^t ifz t^csaore . . . fi volet tcJtss ^u.^ nu^tc -

rs

.^t juvenutrc ritu},fto^'et^t modo trata vigentquc. ^i^entgt€c,

de

111et1.t

refpeitot

me

azlin

de

tilo

f

vos

teiïl ra def a

diminuto

c0111711oda papelinl3E

tyra,

e

iti.flo vos

recompen

a

fim

de

partido ,

^zffeio. Ho►at. zn

Arte.

(3)

FLORENTISSIMOS SENIIORES

Peraltas, Xibantóes , e Cafquilhos

de Lisboa.

Q.uella honra , e valor , que fdmerlte herdei

de nreus avós , cujas fafanhas ou o tempo as ndo

refpeitou , ou elles nunca as fi ryerdo , fordo grrem

me animou a declarar-me da vofa parte ,-

r,o

nleio

de tilo. frequentes batallas, que as Mufas freneticas

vos tem dado nos vaf,tiffimos campos de huma

Saty-ra

def arada. Bem vejo que o metí auxilio he rrzuito

diminuto; pore'm Como hum pllo com huma fatla

ac-conlnmda mais , ella a raziïo porque alinhaYei efie

papelinho , a que_levantei o fallo teflirnunho de

Sa-tyra , e reverente Yo-lo offereço. Se cféntardes que

saiflo vos

fiz

algum beneficio , ou ao menos obf equio ,

recornpenrai mo com as vo/fas nioedas de dez reis ,

a fim de que polla fer hum decente defenfor do vof_Jó

partido ,

f© efcrevendo , mas imitando o vof ^b

m

affe.

o.

6C.

Arte.

Valete.

(4)

a1~15 ^---®-^.^ o

li

^?^^ Hum vallo c Que pafmo ac A elle a pe Em tropel das Como ao calv Ql e ferio feni Do tenaz antic

Qi' elle co' S E

E difi'efie grita

,, Arremedo el

lZu' O R ei , E „ Ettes são os

„ Naquelles b^

s, Erm que por

Os

Lufos ajt Ao templo s' „. Os Albtrquer „ Terror dos /1 „ Trajav3o deflSe íiz.erao rto Mas qttean !hl

Que em tão ant

Defla maneira

o

(5)

.._°.^--- ^---^—=^

E entre nos de bigode á fernandina Golilha por gravara , e pequenina Capa dos altos hombros pendurada o 0

t

A trança pelas collas delatada ,

111'12.±.1 chapeo mui pequeno , e defabado, Hum vario c Caiga grande êra , desbicado ,

Qu e pafmo aos noflos tempos não trouxera!

A elle a petulante rapazia Em tropel das efquinas correria

Como ao calvo Elifeu, ou Man'el Coco: Q1 e ferio fenáo rlra do defcoco

Qi'

Do tenaz antiquario ? qu' importara, elle co's braços grande voz alçára, E diffefib gritando : „ Delta forte „ Arremedo elles filhos de Mavorte ,, Qu'o Rei , e a Patria tant' authorifiráo ,, Elles são os enfeites , que s'ufárão „ Naquelles bellos tempos ja pallados, '9, que por terra , e mares não trilhados

Os Lufos ajuntando gloria a gloria, Ao templo s'elevaráo da Memoria. »: Os Albu querques, Carros, e Sampayos „ Terror dos Maratás, e dos Malayos,

Trajavão defte modo; aiim vellidos „ Se fizerao no Mundo conhecidos ! „

Mas quern !he não tornára: he bem verdade Que em tão antiga, e refpeitofa idade

Defla maneira os hornera s'arreavio , (be iahião a campo, e triunfavão :

(6)

A carencia d Mas oxalá gr Náo reinafler l3epois qu Os tempos v Seculos d'ou A fua cór tr O luxo , e vr Pouco , a po E feguidos c Se fizeráo n Os faleiros Porfolanas , Com ouro tir Bernes , velr. E a tal pont em 1i,x+ t`or4m vol O ver ernu Sedas ,

e

be; Huin fraque Arrecuadõ al Gola mais l^ Fivelas ou rE Han laço n Iflo he luxo Foi de noílo: Cott cáfas d Botóes aos c Vefteás de n Náo sáo cou Se hüni Ufar outro t l^oflas ave CCon.'papelác rouF

(6)

E deveiños dizer , que aos fêtts vellidos 'I áo famofos combates sao vid s fáráa , (Zuando co's rnefmos com que

DefejSomos loucos , s'esforÇo attribuiulosadas vie.torias Ihe efcapára*o? Ro modo de trajar ; que termo ha vimos Os noifos

POrtuguezes

valorofoa ,

Sexis-jaqu ete , e ferie cal vas beli o os Das ribeiras partir , que o Tejo

E afuftar os Leóes d'altiva Helpanhu rTeiroS Nada auginenta o valor de raes g

O pezo de huns canhdes , e d' huns pen iros Hurra veftia coro abas defmarcadas ,

Huna chapeo ordenado ás tres pancadas, Cantos iguaes, o forro de carnear a ,

De

rabixo enrofcad o , a cabeleira

Com feus auneis de arame mliou ruga, ou loira, Ateftada por dentro

A' roda do pefcoço rnui juftïnli o , Seguro co' hurra chapa o .peicocin ho ; Huns punhos té aos dedos alaitrados , Coro imita roda, e todos Tecortados ;

Calçóes fem alçapáo de poder

ripe der

greda; Que andaváo limpos a

Suas ligas de atar , metas rifcadas , Fivelinhas de prata pefpegadas , Em lima de huns capatos desbicados Mui largos , e co's faltos esbeiÇados.

Náo confifte o valor no atavío; O defejo da gloria , a honra ,o brio rollo quem produzio tantos Atletas , Pafmo do Mundo , aflumpto dos Poetas:

Alguns me arguiráó, que a noffa idade, 'Sta muito corrompida da vaidade ,

(7)

(7 )

A, carencia de luxó entao feria ; Mas oxalá que o luxo , e vaidade

Não reinaflem no Mundo em toda a idad. D7epois que os homens elquecer deixáráo Os tempos venturofbs , que chamáráo Seculos d'ouro, desque a branca lá • fua cór trocou na Afiria grã O luxo, e vaidade engatinhando, Polleo, a pouco fe foro levantando, E feguidos de póvos numerofos , Se fizeráo no Mundo poderofos : Os faleiros nas mezas rutilárão , Porfolanas , e prata as adornáráo'; Con] ouro fino as fedas fe tecêráo , Bornes , veludos, telas fe fizerão ;

E a tal ponto chegou entre os Romanos, Ci,e em luxo foro pafmo dos humanos

torear vol vendo a nós ; que tem de mais O ver em ufo pollos os metais ,

Sedas e bernes , chitas com fartura , Hum fraque cóm mais ella cortadura Arrecuadõ atrás, ou por direito, Gola mais larga , bandas fobre o peito Fivelas ou redondas , ou compridas , Hum lago no chapeo , borlas cabidas? Iffo he luto , afhhn he ; porém feguido Foi de noflos rnaiores: hum veftido Con cafas d'alto a baixo , ellas fechadas , Botóes aos centos, pregas efcufadas , Vefle3s de mais da marca , e guarnecidas , Náo

slo

codas por luxo produzidas ? Se hurrn roupão para o fria he mui baf'car.te Ufar outro vellido he fer farfante.

Noflas avós não tinhão feus toucados. Co;n papelão ao alto levantados ?

. * i`. )ira, ,d, A •b

os

,

o

s,

(8)

f ^ )

Nrto tinháo boteles d'ouro na camiza, Fivelas de ouro aberto , ou prJ ta liza , Brincos de preço , lagos ao pefcoço ? Meus fenhore s ,, confefo que não pollo Ouvir tanto ralhar : ha tal abufo

Em fahindo huma coufá fóra d'ufo , Satyras loro : hum velho rááo contente; Serlo o que elle utou ; impertinente Mofa de quanto vê ; e blasfemando Contra nós , o ten tempo idolatrando , Faz com feces fuarnos o topete , Louvando o veiho , e ferio minuete Chamando ás contradanças, dançarolas, Proprias d e. .loucas , e de mariolas.

Mas não perde funÇão ; e pouco a pouco A'quelle que chamava d'antes louco

Imita fern rebuço ; fai a campo , Nas aflembléas faz feu pé de banco ; E tenho muitas vezes reparado,

Que nunca hum jarra podre , e defdentado ; Que ralha dos enfeites , por feu par ,

A

mais velha, e modefta vá tirar

Todo Adonis os braços requebrando ,

Os pés hum pelo outro embaraçando Sua , e nao larga! quantos defte lote Cant io fsa modinha , dão feu mote Coni alusão frecheira,; e titubando

Da boca enregclada a voz foltando, Finezas dizem , chorlo anciados, O não ter menos trintanos coftados; E ha tal raihador da nofia falta , Que o cabello criou por fer Peralta! Que parece melhor ? ver em Lisboa Onde o rodar dos coches tudo atroa Onde todo he magnífico, e invejavel

Dos Cidadáo, Em pardas fai Ou o garbo ,

De hum Pera: Sem outro or;

A

fua capuchi Excede as fer Defíés tempos l6empre as coi

Do

tempo á l Os aliaos recr E fe naufea no O trajar femp Se obfervar Nós vernos, c De foltas pedí A cobra fibilat Muda o pallar O dourado nc E muda a foil E ter por couí Mude o feu ti Que tenha no Quando o Mu Querer que ex E náo potra q Sem que firva Qu'rer que em He dar novo Que importa Se elle for do Soberbo , mata Armado , for d Que importa q; Clic a rebuje d Dos

(9)

(9)

Dos Cidadáos a turba innumeravel Em pardas faragoças en,brulhada

Ou o garbo, e figura bem tirada

De hum Peralta? a mais pobre fenhorita , Sern outro ornato algum mais que huma fita, A fua capuchinha , e dous volantes ,

Excede as fenhoraças mais xibantes

Defí s tempos, que os tempos já leváráo, iSempre as coufas, fenhores , fe mudáráo

Do tempo á proporçáo, o que algum dia Os albos recreava , hoja, enfaftia ;

E fe naufea nos faz l mere hum comer , O trajar fempre o mefruo hade-a fazer.

Se oblervamos da bruto a natureza , Nós vemos, que rolando entre a afpereza De foltas pedras, ou de agreíte mato, A cobra fibilando larga o fato ;

Muda o paflaro as pennas, muda o pelo O dourado novilho , a ovelha , o velo, E muda a folha o bofque de aneo em armo: E ter por coufa rara que hum humano

Mude o feu traje, á proporÇáo da idade, Que tenha no vestir-fe variedade ,

_Quando o Mundo he táo chelo de mudança

Qerer que exifta agora a antiga ufança, E náo poifa qualquer mudar de afleio , Sem que firva de tranca ao olho alheio ! Qu'rer que em coufas do tempo baja firmeza , He dar novo inftituto á natureza.

Que importa o homem traje ao modo antigo; Se elle for do feu proximo inimigo ,

Sobetbo, matador, e de impiedade Armado , for damnofo á fociedade? Que importa que o vestir ufe de agora Q1e a rabule dos Velhos defadora ?

(10)

( 10

Villa afiim ; oi afl'ado ; roas con) tanto,

(ere!

refpeite Rei o nome fanto, A Patria eftime , cuide em ter honrado , Siga a Religiáo , firva o Eftado :

Q^,,

ten) o ext'rior có as intenÇóes ? Nunca pendeo a gloria das NaÇóes Do venir dos feus póvos; a virtude, Ou dentro do veludo, ou borel rude,

Ten) o mefmo explendor , o mef mo preço ; Mas quem toma eftas coufas do aveço Ralha , e torna a millar dos feus naleidos , Imbirrando no tache dos venidos!

Acafo porque tem a cafca dura • O rniolo da arnendoa he fem Boquea

O veneno lançado em cryftal fino, Acafo pende a effencia de malino ? Tambera fabe a comida bern ternp'rada ,

Erra prat:a , como erra barro miniftrada. Obfervern cada huns defabulados , Qte fizeráo louvavel os pallados; Os defeitos lhe noten), maiormente

No que ao Público, e a Deos he pertencente Sigáo o bern, defviem-

fe de oal , val.

Q1e o trazet chapeo grande

. já 'stou cerco Mas

Perfilo,

Náo fer a moda tanto defacerto , Como té' qui julgava ; mas tambera Por outra parte vejo multo bern,

Tere.n

razáo aquelles , que mofando

Da fofice do tetnpo , vão notando , Que a íilha do febento rernendáo Faz boje em dia quáfr o figurão ,

Q ,_ a daquelle que tem bastantes rendar ;

Ao fidalgo de granjas, e comrnendas Imita o efcrevente , o. rabolifta,

E o caixeiro

Refpondo E pon() que Náo volto o 1110 que dize, Mas náo fou Que apenas e Lhe etcorreg Náo he rico, De forte cr A grande ditS Náo poflo fe Qe o pobre He que a fill-Que á forre Cona tanto q A' do outro Elle na loja Ven) o Sol c E banhar-ie

Ora náo poé Par' hura veil Que veril tu< Venido , quf E náo vefte Ifto he malo Porém pode AqueIle qi Trajando d' Qjem te die Ou a prodig O caixeiro Porém por c Qanto prez Gaita num' h

(11)

( II

E o

caixeiro do pobre capellifla.

Refpondo 1:lo eu

fou

defabufado, E pollo que da moda enamorado, Náo volto o rollo ao Jume da verdade Iflo que dizes faz-me novidade ,

Mas nao fou como aquelles mal dizentes , Que apenas effes vem, já dentre os dentes Lhe efcorrega fem ter moderaçáo,

Náo he rico, e campea ergo ladráo.

De forte que eu meu Filo bern divifo

A grande differença, mas juizo

Náo poflo formar certo, .q ufado vejo, Que o pobre çapateito o feu defejo He que a filha xibante , de tal forte ,

Que á forte ihe ferá gottofa a morse Com tanto que ella ein , lecia nunca ceda , A' do nutro, que arroja fina feria.

Elle na loja , e ella poSpontando

Vem o Sol d'entre as nuveras efpirrando ,

E

banhar-fe nas ondas femx :largar ;

Ora nao pedem juntos grangear

Par' hura vellido , capa , e nutras drogas , Que vem nido etpremido a dar em fogas ! Vellido , que lhe ferve para tudo ,

E não vefte com mello pelo entrudo ! Ifto he máo ? ná o refpondes ? feja ou Hico

Porém pode o fazer tem fer ladrão. Aquelle que tu $ez fem ter real, Trajando d' alto a baixo por igual ,

Qjem te diz Iho não dá ou feu padrinho , Ou a prodiga máo d'algum vifinho ?

O caixeiro afilen he que lucra pouco , Porem por campear bebado, e louco, (llanto prezo na loja ganha hum aneo ,

Gaita num' hora por fallir ufano.

(12)

I2 )

O efcrevente linhas eftendendo, A' luz da vela feitos revolvendo, Quanto acolhe, de fi duro inimigo Qual nutro caracol leva comfigo.

t a tm ír uo a quem ventura náo concede ; No lar paterno nern matar a Pede

Náo ando gordo , nedio , e reparado Do calor, e do Inverno congelado?

Deos fabe que o náo furto : os meus amigos, Que me efcudáo em táo crueis perigos,

Os papelitos mal alinhavados ,

Vencem a máo de meus tyrannos fados.

-Entra em Gafa de hum deftes, olha atento, Se placas , e fe efpelhos de efpavento

M paredes lhe adornáo ; fe cortinas De damafco , fe fofas bambolinas , Lhe rematáo as portas , e janelas; Se bordado veludo, ricas telas , Os bofetes lhe cobrem marchetados ; Se finos canapés , entrelaçados

Coi _ p uro , fe alcatifas, cobertores

De

efquifitos franj©es , besos lavores ; Ornáo teu apofento ; fe a gaveta De rnoeda , ou penhores 'fta repleta ; Nada difto acharás, porque o costado Effende fobre tabõas'o collado

Por fakir todo fecio , e prefurnido, E quanto ave ettraga n'uin vellido. e

Iffo he

máo ,

aflim he ; quem diz que náo ? Porern pode-o fazer, lem fer ladráo.

De forte que hum efcravo dos herdeiros, Tem em mais do que a moda os feus dinheiros E antes quer andar esfarrapado ,

Que largar hum real : náo vas do effado Em que as Gafas eítá0, vai das paixóes;

Hum qtier aūte Inda que morra

O nutro ,

vend Náo deixa de r E náo lhe tí ps De Vtver empe Se elle o feu ir Hei de eu choro Que dos human Que cada hum, Veftifle os feus Que, fegundo Mas fe o Munc

(Zi,e lhe havemc

Verdade feja A todos pelo p Do que he pob Bate á porta de E banhado em 1

Náo quer larga; Lembrando-lhe E a vida pallad Em fordidez , e Lhe arranca par Os já vidrados O roto herdeirc Aonde ha tanto Tinha irnmenfo Náo vé feu rofï Que para a cal Náo he menos r Eu a moda d Affma corre; des O alfayate , luc O íerigueiro , o Hura

(13)

1j ) Hum quer antes ter fatios de dobróes. Inda que morra á forre, e viva porco ; O outro, vendo a cafa vai de borco, Não deixa de nutrir a vaidade, E náo lhe tí paflar pela anciedade De vtver empenhado, imito embora; Se elle o íeu mal conftante nunca chora ; Hei de eu chorar-Iho ? Filo foca belo, Que dos humanos fofle outro o defvélo ; Que cada hum, á proporçáo dos teres, Veftifle os feus filhinhos, e mulheres; (be, fegundo as pefi-oas, fofle o citado , Mas fe o Mundo de acordo eftá mudado, Qi,e lhe havemos fazer ? deixa-o campar.

Verdade feja a rnorte vem fegar A todos pelo pé , fein ditferença

Do que he pobre , ao que tem riqueza immenf : Bate, á porta do fordido avarento,

E banhado en) fuores , macilento

Náo quer largar as chaves do thefouro , Lembrando-lhe 'Deos menos , que o feu ouro! E a vida pallada en1 porcaria ,

-Em fordidez , e á forre, n'um fó dia Lhe arranca para fempre : revolvendo Os já vidrados olhos eftá vendo O roto herdeiro abrir-lhe a fepultura ; Aonde ha tanto tempo , enz noite efcura Tinha immenfo dinheiro atferrolhado • Nao vé feu rofto de agoas inundado ,^

Que para a caía , hum deftes ver de borco, NI) he menos que a morte de hum bom porco,

Eu a moda deferido : que o dinheiro Afíïm corre; desfruta o çapateiro , O alfayate , lucra o mercador , O ferigueiro , o fujo penteador , Hura as , :o, '

ieiros ;

L

(14)

(14)

Os

gerieros fe extrahem , e na verdade

Nií^o conerftt

tornetna gai^ara no lela affeio Gafte ,

O flamantees lti e

t náo11 fe efquecao Da fua

Que a vida acaba, apenas que começa : Defvelado o Rei firva , ame a NaÇáo E traga feda a montes de verán ,

Preciofo veludo pelo inverno, o Eterno °, Mas lembre-fe da morte ,

Porque por (obre fi novo atavio , Can he , que virtud

mortal deve bufcar : Obre- e affim , e ralhe (lucra ralhar.

°',.,^^{ ^1^,`" t ^'^ ^^ .0

CON

EIRei de Franç l A Infanta fila In O Conde Alarcor Brama ululber do Branca Flor,que n 01111.20wrelawawaratalenaumeemasamissia Prado com

2'orc."'N Enhora , ora oprime a teq de ti merma

Inf. Que a!egria efperas ver em mir me finto e talforte que me aborrece a

Porc. Perdoa-me, fenh,

faz ao teu coraçaã pois fe elle fuportar as faudades de hur agora , qué o efpei he fraqueza entregl Inf, Ah , minha ama requinta hum peitc

Referências

Documentos relacionados

A prova do ENADE/2011, aplicada aos estudantes da Área de Tecnologia em Redes de Computadores, com duração total de 4 horas, apresentou questões discursivas e de múltipla

O objetivo deste experimento foi avaliar o efeito de doses de extrato hidroalcoólico de mudas de tomate cultivar Perinha, Lycopersicon esculentum M., sobre

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

*-XXXX-(sobrenome) *-XXXX-MARTINEZ Sobrenome feito por qualquer sucursal a que se tenha acesso.. Uma reserva cancelada ainda possuirá os dados do cliente, porém, não terá

O Museu Digital dos Ex-votos, projeto acadêmico que objetiva apresentar os ex- votos do Brasil, não terá, evidentemente, a mesma dinâmica da sala de milagres, mas em

nhece a pretensão de Aristóteles de que haja uma ligação direta entre o dictum de omni et nullo e a validade dos silogismos perfeitos, mas a julga improcedente. Um dos

Equipamentos de emergência imediatamente acessíveis, com instruções de utilização. Assegurar-se que os lava- olhos e os chuveiros de segurança estejam próximos ao local de