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Aplicação da ferramenta Housekeeping em um laboratório ambiental universitário

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADETECNOLÓGICAFEDERALDOPARANÁ DIRETORIADEGRADUAÇÃOEEDUCAÇÃOPROFISSIONAL CURSOSUPERIORDETECNOLOGIAEMGESTÃOAMBIENTAL

DANIELDEOLIVEIRAALVES

APLICAÇÃO DA FERRAMENTA HOUSEKEEPING EM UM

LABORATÓRIO AMBIENTAL UNIVERSITÁRIO

TRABALHODECONCLUSÃODECURSO

MEDIANEIRA 2018

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DANIELDEOLIVEIRAALVES

APLICAÇÃO DA FERRAMENTA HOUSEKEEPING EM UM

LABORATÓRIO AMBIENTAL UNIVERSITÁRIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Ambiental, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Medianeira.

Orientadora: Profª. Dra. Dangela Maria Fernandes

MEDIANEIRA 2018

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TERMO DE APROVAÇÃO

APLICAÇÃO DA FERRAMENTA HOUSEKEEPING EM UM LABORATÓRIO AMBIENTAL UNIVERSITÁRIO

por

DANIEL DE OLIVEIRA ALVES

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado em 28 de Junho de 2018 como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Ambiental. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

__________________________________ Dra. Dangela Maria Fernandes

Profª. Orientadora

__________________________________ Banca Avaliadora

Dra. Carla Limberger Lopes

___________________________________ Banca Avaliadora

Dra. Juliana Bortoli Rodrigues Mees

- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso - Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Medianeira

Diretoria de Graduação e Educação Profissional Tecnologia em Gestão Ambiental

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“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.”

(5)

DEDICO

A minha avó,

Ernestina Monteiro de Campos Oliveira por ser um exemplo de vida,

me ensinado a vida e por ter me criado desde quando nasci.

Ao meu irmão gêmeo, Danilo de Oliveira Alves por ser um amigo e companheiro

desde o ventre da nossa mãe!

A minha mãe, Andrea de Oliveira

por ter me gerado, cuidado de mim e

e por ser uma pessoa maravilhosa!

A minha tia e madrinha,

Daisy Cristina de Oliveira Moreira por ter me instigado a estudar desde pequeno,

estar sempre por perto e me amar como um filho!

Ao meu tio e padrinho, Raul Aparecida Moreira

por ser a melhor imagem de um pai que eu poderia ter, ser sempre compreensível

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AGRADECIMENTOS

A meus familiares, gratidão pelo apoio e o amor dado durante toda minha vida, sem vocês nada seria possível.

Aos técnicos do laboratório ambiental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Medianeira: Marci Ewerling, Thiago Andrade, Mara Amaral, Simoni Sphor e Patrícia Gamero, por me acolher e ensinar. Espero que este trabalho possa contribuir nas atividades laborais de todos vocês.

Aos professores que fizeram parte da minha formação acadêmica pelos ensinamentos, pela confiança e amizade.

A professora Juliana Bortoli Rodrigues Mees do Departamento Acadêmico de Ambiental e a Salete de Fátima Copati Back da Divisão de Patrimônio (DIPAT) pelo apoio, incentivo e auxílio durante todo o processo de implantação do trabalho.

A professora Dangela Maria por orientar, acreditar, instigar a vencer os obstáculos e por ensinar a importância da responsabilidade, foi um prazer imenso ser seu orientado.

A minha turma do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental 2015/1 por ter a oportunidade de conhecer e aprender com cada um: Michael Rodrigues, Jordan Pivotto, Josimara Cecchin, Letícia Assunção, Rafael Roman, Paulo Silva, Luana Vieira e Jonikey Roos.

Por fim, agradeço a todos que colaboraram com este trabalho e que fizeram parte da minha formação profissional e humana, pois venci meus medos e dificuldades.

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RESUMO

ALVES, Daniel de Oliveira. Aplicação da Ferramenta Housekeeping em um Laboratório Ambiental Universitário. 2018. 118f. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnologia em Gestão Ambiental) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Medianeira, 2018.

Os laboratórios de pesquisas universitários, geralmente enfrentam problemas como desorganização, negligência quanto ao uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), descarte inadequado de rejeitos químicos, dentre outros. Com a intenção de melhorar o funcionamento destes ambientes, o objetivo do trabalho foi aplicar a ferramenta Housekeeping no Laboratório de Água, Efluentes e Emissões da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Câmpus Medianeira. A metodologia do trabalho consistiu na aplicação de questionário para analisar a percepção dos usuários do laboratório quanto a sistemática de organização, funcionamento e segurança pela ferramenta de Housekeeping e 5 Sensos; observação sistemática para definir as melhorias no local, realizada juntamente com os responsáveis pelo laboratório; e elaboração de placas informativas, mudança de local de equipamentos e organização de armários do local. Verificou-se comparativamente que a avaliação dos usuários quanto a gestão da qualidade do local pelas ferramentas de Housekeeping e 5 Sensos foram semelhantes. Os resultados obtidos demonstram também a eficiência da metodologia, pois houve uma melhoria na organização e funcionalidade do laboratório, tornando-o mais produtivo por causa da padronização das atividades. Espera-se que esta mudança possa contribuir para a gestão de qualidade e motivação dos usuários do laboratório, de modo a tornar um ambiente mais organizado, limpo, padronizado e seguro.

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ABSTRACT

ALVES, Daniel de Oliveira. Application of the Housekeeping Tool in a University Environmental Laboratory. 2018. 118f. Course Conclusion Work (Technology in Environmental Management) - Federal Technology University of Paraná (UTFPR). Medianeira, 2018.

University research laboratories often face problems such as disorganization, neglect of the use of Personal Protective Equipment (PPE), improper disposal of chemical wastes, among others. With the intention of improving the functioning of these environments, the objective of the work was to apply the Housekeeping tool in the Laboratory of Water, Effluents and Emissions of the Federal Technological University of Paraná (UTFPR), Campus Medianeira. The methodology of the work consisted in the application of a questionnaire to analyze the perception of the users of the laboratory regarding the systematics of organization, operation and security by the tool of Housekeeping and 5 Senses; systematic observation to define site improvements, carried out together with those responsible for the laboratory; and elaboration of informative signs, change of place of equipment and organization of cabinets of the place. It was comparatively verified that the evaluation of the users regarding the quality management of the site by the tools of Housekeeping and 5 Senses were similar. The results also demonstrate the efficiency of the methodology, since there was an improvement in the organization and functionality of the laboratory, making it more productive because of the standardization of activities. It is hoped that this change can contribute to the quality management and motivation of the laboratory users, in order to make a more organized, clean, standardized and safe environment.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fluxograma do Plano de Produção Mais Limpa (PML). ... 18

Figura 2 - Lembrete para os Alunos e Professores da UFRGS. ... 20

Figura 3 - Exemplo de Aplicabilidade do Senso de Utilização. ... 22

Figura 4 - Procedimento para Realização do Senso de Organização. ... 24

Figura 5 - Simulação da Aplicação do Senso de Limpeza. ... 25

Figura 6 - Passos para a Adaptação do Senso da Saúde. ... 27

Figura 7 - Funcionalidade de Todos os 5 Sensos. ... 29

Figura 8 - Principais EPI’s usados nos Laboratórios. ... 30

Figura 9 - Importância dos POP’s para a Padronização do Uso. ... 33

Figura 10 - Lista das Principais Vidrarias Utilizadas nos Laboratórios. ... 35

Figura 11 - Principais Equipamentos Elétricos de Laboratórios. ... 37

Figura 12 - Procedimento para a Classificação dos Resíduos Sólidos. ... 39

Figura 13 - Lista dos Pictogramas de Periculosidade Segundo o GHS. ... 41

Figura 14 - Diagrama de Hommel. ... 43

Figura 15 - Mapa de Localização do Município de Medianeira. ... 45

Figura 16 - Localização Geográfica da UTFPR, Campus Medianeira. ... 47

Figura 17 - Setor Laboratorial da UTFPR, Campus Medianeira. ... 48

Figura 18 - Procedimentos Laboratoriais da UTFPR, Campus Medianeira. ... 50

Figura 19 - Esquematização da Aplicação do Formulário dos 5 Sensos. ... 52

Figura 20 - Placas Informativas Utilizadas na UFRGS. ... 53

Figura 21 - Modelo das placas de Aviso Usadas no Laboratório. ... 54

Figura 22 - Modelo das Plaquetas Patrimoniais da UTFPR, Campus Medianeira. ... 57

Figura 23 - Modelo da Etiqueta usada para a rotulagem de rejeitos. ... 58

Figura 24 - Avaliação da Estrutura feita pelos Usuários do Laboratório Ambiental. .. 61

Figura 25 - Laboratório de Água, Efluentes e Emissões. ... 62

Figura 26 - Equipamentos Defeituosos do Laboratório Ambiental. ... 63

Figura 27- Avaliação dos Usuários quanto a Organização do Laboratório Ambiental. ... 64

Figura 28 - Organização da Bancada para os Equipamentos. ... 65

Figura 29 - Avaliação dos Usuários quanto a Satisfação de seus Responsáveis. .... 66

(10)

Figura 31 - Avaliação dos Usuários do Laboratório Ambiental quanto aos 5 Sensos.

... 67

Figura 32 - Placas Informativas Instaladas no Laboratório Ambiental. ... 69

Figura 33 - Equipamentos com Placas Informativas para o uso. ... 70

Figura 34 - Equipamento com as Etiquetas Patrimoniais. ... 71

Figura 35 - Armários Organizados e Identificados com Placas. ... 72

Figura 36 - Arranjo Físico dos Equipamentos Antes e Depois do Housekeeping. .... 74

Figura 37 - Processo para o Descarte de Resíduos do Laboratório Ambiental. ... 76

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Terminologia dos 5 Sensos. ... 21 Tabela 2 - Atividades Laboratoriais Específicas. ... 49 Tabela 3 - Orçamento dos Materiais para a Confecção das Placas e Adesivos. ... 54

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LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AMOP Associação dos Municípios do Oeste do Paraná

CEFET-PR Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná

CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CNTL Centro Nacional de Tecnologias Limpas

DAALM Departamento Acadêmico de Alimentos

DAAMB Departamento Acadêmico de Ambiental

DAQUI Departamento Acadêmico de Química

DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio

DIPAT Divisão de Patrimônio

DQO Demanda Química de Oxigênio

EPI Equipamento de Proteção Individual

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos

FUNTEF Fundação de Apoio a Pesquisa Científico Tecnológica

GHS Sistema Globalmente de Classificação de Produtos Químicos

GQT Gestão da Qualidade Total

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IC Iniciação Científica

IGO Instituto Federal Goiano

ISO Organização Internacional para Padronização

MDF Fibra de Média Densidade

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

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NBR Normativa Brasileira

NR Norma Regulamentadora

ONU Organização das Nações Unidas

PDCA Planejar, Fazer, Checar e Agir

PML Produção Mais Limpa

PNRS Plano Nacional de Resíduos Sólidos

POP Procedimento Operacional Padrão

RDC Resolução da Diretoria Colegiada

SAC Serviço de Atendimento ao Cliente

TCC Trabalho de Conclusão de Curso

UFERSA Universidade Federal Rural do Semiárido

UFPE Universidade Federal do Pernambuco

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UNED Unidade de Ensino Descentralizado

UNESP Universidade Estadual Paulista

UNIJUI Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 15 2 OBJETIVOS ... 16 2.1 OBJETIVO GERAL ... 16 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 16 3 REVISÃO DE LITERATURA ... 17

3.1 PRODUÇÃO MAIS LIMPA ... 17

3.2 HOUSEKEEPING ... 19 3.3 5 SENSOS ... 20 3.3.1 Senso da Utilização ... 21 3.3.2 Senso da Organização ... 23 3.3.3 Senso da Limpeza ... 25 3.3.4 Senso da Saúde ... 26 3.3.5 Senso da Autodisciplina ... 28

3.4 SISTEMÁTICA DE ORGANIZAÇÃO DE UM LABORATÓRIO ... 30

3.4.1 Equipamento de Proteção Individual ... 30

3.4.2 Bens Patrimoniais da Universidade ... 31

3.4.3 Procedimentos Operacionais Padrão ... 32

3.4.4 Vidrarias e Equipamentos Básicos em um Laboratório ... 34

3.4.5 Resíduos Sólidos ... 37

4 MATERIAL E MÉTODOS ... 45

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ... 45

4.1.1 Município de Medianeira ... 45

4.1.2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ... 46

4.1.3 Setor Laboratorial ... 47

4.2 APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS E FORMULÁRIOS ... 51

4.4.1 Questionário do Housekeeping ... 51

4.4.2 Formulário dos 5 Sensos ... 51

4.2.2 Confecção de Placas de Aviso ... 53

Fonte: Autoria Própria (2018). ... 54

4.2.3 Confecção de Placas Informativas ... 55

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4.2.4 Organização dos Armários e Equipamentos do Laboratório ... 59

4.2.5 Adequação do Sistema de Descarte de Rejeitos ... 59

5 RESULTADOS E DISCUSÃO ... 61

5.1 PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS DO LABORATÓRIO AMBIENTAL ... 61

5.2.1 Estrutura do Laboratório ... 61

5.2.2 Organização do Laboratório ... 63

5.2.3 Satisfação dos Usuários com os Responsáveis ... 65

5.2.4 Ferramenta sobre os 5 Sensos ... 66

5.3.1 Placas Informativas e de Aviso ... 68

5.3.2 Placas Informativas para Equipamentos ... 70

5.4 PADRONIZAÇÃO DOS MANUAIS PARA OS EQUPAMENTOS ... 71

5.5 ORGANIZAÇÃO DOS ARMÁRIOS ... 72

5.6 PROPOSTA DE LAYOUT PARA OS EQUIPAMENTOS... 73

5.7 SISTEMA DE DESCARTE DE MATERIAIS E REJEITOS ... 75

5.8 APRESENTAÇÃO DA FERRAMENTA DE HOUSEKEEPING ... 78

6 CONCLUSÃO ... 79

REFERÊNCIAS ... 80

APÊNDICES ... 86

APÊNDICE A - Questionário da Ferramenta Housekeeping ... 87

APÊNDICE B - Questionário da Ferramenta 5 Sensos ... 91

APÊNDICE C - Placas Informativas e de Aviso para o Laboratório Ambiental ... 94

APÊNDICE D - Placas de Informativas para os Armários do Laboratório ... 96

APÊNDICE E - Placas Informativas para o Arranjo Físico (Layout) ... 96

APÊNDICE F - Placas Informativas dos Equipamentos ... 98

APÊNDICE G - Lista de Checagem dos Patrimônios do Laboratório ... 99

APÊNDICE H - Procedimento Operacional Padrão (POP) dos Equipamentos ... 102

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1 INTRODUÇÃO

Diante da evolução dos processos produtivos, as indústrias cresceram e o nível de exigência dos consumidores aumentou. Por isso, surgiu a Gestão da Qualidade Total (GQT), uma ferramenta que tem o propósito de reorientar as organizações quanto aos fundamentos essenciais à obtenção de melhores desempenhos (COLENGHI, 2007).

Segundo Getzner (2012), existem várias ferramentas relacionadas à Gestão da Qualidade, como as normas da Organização Internacional para Padronização (ISO) que desenvolve e promove normas técnicas e padrões que são utilizados no mundo todo para auxiliar o comércio internacional das organizações, além disso, o Ciclo do PDCA, o Housekeeping, 5 Sensos, dentre muitas outras.

Atrelado a isso, surge a Produção Mais Limpa (P+L) como estratégia de tratar com eficiência o sistema de produção e assim garantir a melhoria contínua e controle dos impactos ambientais (SENAI, 2003). Com essa premissa, a ferramenta inclui o Housekeeping que se complementa com os 5 Sensos visam implantar a técnicas de qualidade nos processos produtivos para o aumento da produtividade, eficiência no uso de recursos e melhoria do sistema organizacional.

Algumas experiências pontuais têm evidenciado o Programa 5S como uma ferramenta útil para auxiliar a construção de hábitos mais saudáveis nas universidades, englobando várias pessoas, como os profissionais, os alunos e a própria comunidade na qual a ela está inserida (TORQUATO e ARAÚJO, 2008).

Considerando isso, as ferramentas de Gestão da Qualidade surgem como uma opção para auxiliar a universidade pública. Além disso, os recursos alocados às universidades devem ser muito bem utilizados, viabilizando os investimentos em novas tecnologias e melhoria das condições de trabalho e aprendizagem (SCHMIDT, PATUSSI e VERICA, 2010).

Neste sentido, essas ferramentas de gestão organizacional, como o Housekeeping e os 5 Sensos permitem alcançar os princípios e objetivos propostos pela GQT para a sistemática de organização e funcionalidade de um laboratório universitário.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Aplicar a ferramenta Housekeeping no Laboratório de Água, Efluentes e Emissões da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Medianeira.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Analisar a percepção dos usuários do laboratório ambiental, por meio de um questionário sobre a sistemática de organização e funcionalidade;

• Confeccionar placas lembretes para orientar os usuários sobre a organização, funcionalidade e segurança do ambiente laboratorial;

• Elaborar placas informativas para identificação de equipamentos, armazenamento de vidrarias e rotulagem de produtos;

• Padronizar modelo para os Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) com instruções sobre o uso dos equipamentos;

• Organizar os armários para armazenar as vidrarias e arranjo físico para os equipamentos do laboratório;

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 PRODUÇÃO MAIS LIMPA

A Produção Mais Limpa (PML ou P+L) é uma estratégia técnica, econômica e ambiental integrada aos processos e produtos para aumentar a eficiência no uso de insumos, água e energia, por meio da não geração, minimização ou reciclagem dos resíduos e emissões gerados, e assim alcançar benefícios ambientais, de saúde ocupacional e econômica (SENAI, 2003). Em outras palavras, a ferramenta de PML atua dentro do processo de melhoria contínua das empresas, com a premissa de redução dos impactos ambientais (SENAI, 2003).

A inserção da abordagem de tecnologias limpas induz a inovação nas empresas, dando um passo em direção ao desenvolvimento econômico, não apenas para elas, mas para toda a região que abrangem (ALVAREZ e QUEIROZ, 2004). Ao contrário, aas organizações que utilizam as tecnologias ambientais convencionais com foco no tratamento de resíduos e emissões gerados somente no final do processo produtivo, conhecido como a técnica de fim de tubo (GODECKE, NAIME e FIGUEIREDO, 2012).

A implementação da P+L exige que todo o processo produtivo tenha eficiência, quanto ao emprego de recursos e energia (MILAN e GRAZZIOTIN, 2012). Para facilitar o entendimento das etapas há o estabelecimento de prioridades em três níveis hierárquicos para a identificação de oportunidades de P+L em um processo produtivo da organização.

A hierarquia de prioridade de Produção Mais Limpa (Figura 1) se iniciam pelo Nível 1, que busca a redução da geração dos resíduos na fonte geradora, o que pode ser obtido por modificações no produto ou no processo produtivo pelo housekeeping, substituição de matérias-primas e modificações tecnológicas. No Nível 2, se busca otimizar o ciclo produtivo interno da empresa pela reciclagem interna. Por fim, o Nível 3 visa medidas de reciclagem externa ou reaproveitamento em ciclos biogênicos (MILAN e GRAZZIOTIN, 2012).

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Figura 1 - Fluxograma do Plano de Produção Mais Limpa (PML).

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3.2 HOUSEKEEPING

O Housekeeping com a definição de ‘Organização Interna ou Economia Doméstica’, conhecido também como 5 Sensos, é um conjunto de técnicas da qualidade total que foi desenvolvido no Japão, que visa reeducar as pessoas para assegurar a implantação da qualidade, produtividade e agilidade nos serviços prestados, bem como a melhoria na qualidade de vida dos colaboradores (CHIAVENATO, 2003).

No Brasil, o Housekeeping foi lançado em 1991, e sua importância na criação do ambiente da qualidade tem sido reconhecida amplamente, na qual os resultados alcançados foram visíveis dentro da esfera do meio ambiente. É uma ferramenta utilizada pelas empresas, instituições e órgãos no geral (DELGADILLO et al., 2006).

A implementação do Housekeeping gera benefícios para a empresa, pois otimiza o tempo e colabora para tornar os processos mais ágil e seguro. Ou seja, a ferramenta não é somente uma forma de organização, mas uma maneira de conduzir a organização e obter ganhos efetivos (GORIWONDO, 2013).

Ao considerar o ambiente universitário se pode expressar que pequenas mudanças nas salas de aula podem afetar nos custos e na eficácia em geral (SLACK et al., 2009). Neste caso, a readequação do arranjo físico (layouts) melhora a comunicação visual de uma sala de aula. Geralmente aquilo que a maioria das pessoas nota ao entrar pela primeira vez em um local, determina a aparência do mesmo (COLENGHI, 2007).

Neste contexto, em 2013 foi implantado o Housekeeping na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) com a intenção de padronizar as salas de aulas, devido a constante desordem. Para tanto, foram utilizados cartazes, panfletos, imagens e cartilhas para sensibilizar discentes e docentes, quanto ao comportamento e condutas que deviam ocorrer no ambiente de ensino (Figura 2). Este estudo mostrou que a ferramenta de qualidade depende da aceitação e participação de todos os envolvidos (SANTOS, 2011).

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Os lembretes, recomendações e frases motivacionais foram colocados nas classes para orientar os discentes e os docentes para descartar o lixo adequadamente, apagar as luzes, desligar o ar condicionado, manter a sala de aula limpa, fechar as janelas quando abertas, dentre outros avisos e recomendações (SANTOS, 2011).

3.3 5 SENSOS

O programa 5 Sensos (5S’s) foi concebido pela equipe de Kaoru Ishikawa em meados de 1960 no Japão com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas e acelerar a reorganização do país (PAES, 2016).

Neste caso, o que começou na década de 50 do século passado como uma necessidade de reorganização e recuperação de um país, atualmente se transforma em um programa que prepara os ambientes das empresas para a qualidade total no mundo inteiro (CHIAVENATO, 2003).

Figura 2 - Lembrete para os Alunos e Professores da UFRGS. Fonte: Adaptado de Santos, (2011).

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O termo 5S’s tem origem em 5 palavras em japonês que começam com a letra “S” (RIBEIRO, 2015) (Tabela 1). Existem inúmeras traduções para os sensos, de modo que cada qual representa à realidade pela qual foi proposta, ou seja, a terminologia varia de acordo com o contexto exercido (DUARTE et al., 2006).

Tabela 1 - Terminologia dos 5 Sensos.

JAPONÊS PORTUGUÊS COMANDO

使用 → Seiri Senso de Utilização Seleção / Descarte 組織 → Seiton Senso de Organização Ordenação / Arrumação

潔感 → Seisou Senso de Limpeza Limpeza / Zelo

清潔 → Seiketsu Senso de Saúde Higiene / Padronização

規律 → Shitsuke Senso de Autodisciplina Autocontrole / Harmonia

Fonte: Adaptado de Ribeiro (2015).

Essa ferramenta é considera de fácil assimilação e execução, sendo embasada muito mais em ações práticas do que teóricas, por isso é incorporada a rotina sem esforços adicionais, de modo a economizar tempo e agilizar processos (MANCUSO, 2003). Além disso, o 5S`s apresenta os benefícios de oportunizar a melhoria da qualidade de vida das pessoas, diminuir desperdícios, reduzir custos, evitar perdas e acidentes, além de incentivar o trabalho em equipe (CUSIN et al., 2012).

Portanto, a proposta de viver 5S’s é de praticá-los para melhorar o jeito de ser e de agir das pessoas, para que sejam concertadas e protegidas de situações negativas (SOUZA, AUGUSTO e SANTOS, 2014).

3.3.1 Senso da Utilização

Seiri ou Senso de Utilização (Figura 3) é o primeiro senso dos 5S’s, é o ponto inicial para colocar o trabalho em ordem. Assim é necessário separar o que é útil do que é inútil (DELGADILLO, JÚNIOR e OLIVEIRA, 2006). Ressalta-se que o inútil não

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significa o que pode ser jogado fora e sim que no momento não tem utilidade. O senso de utilização consiste em analisar os locais de trabalho e classificar todos os itens como objetos e materiais por exemplo (LAZZAROTTO et al., 2011).

Figura 3 - Exemplo de Aplicabilidade do Senso de Utilização. Fonte: Autoria Própria (2018).

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Tais objetos devem ser definidos segundo os critérios de utilidade e de frequência de uso, para depois ser retirado do ambiente tudo o que não precisa estar ali (GOMES, MALHEIRO e SANTOS, 2017).

Desta forma, para garantir o sucesso da implantação desse senso é fundamental realizar um planejamento claro de tudo aquilo que precisa ser feito, como cartazes afixados para sensibilizar a equipe (MARTINS et al., 2010).

3.3.2 Senso da Organização

O segundo senso do programa 5S’s é o chamado Seiton, o Senso de Organização ou de Ordenação, que consiste em arrumar objetos, materiais, e informações úteis de maneira funcional, para possibilitar o acesso rápido e fácil ao que se deseja (MENDONÇA, 2003).

O lema deste senso é ter cada coisa em um lugar definido de forma a facilitar a localização por qualquer pessoa e a qualquer momento. As pessoas devem ser organizadas, pois de nada adianta organizar se os outros desarrumam tudo (OSADA, 2010).

Para a organização do ambiente é necessário delimitar, ou seja, determinar os locais apropriados e os critérios de estocagem de insumos, equipamentos, ferramentas e documentos (COLENGHI, 2007).

Isso é realizado através de uma pesquisa do layout adequado para o espaço e de todos os objetos que o compõe. É importante identificar o lugar com filmagens ou fotos, para que possa ser comparado o antes e o depois da implantação do senso (NUNES et al., 2015).

É importante definir mecanismos de identificação apropriados, padronizar as nomenclaturas, usar etiquetas coloridas para a identificação, identificar o lugar de cada coisa e os objetos guardados (SANTOS et al., 2015).

Espera-se como benefícios de sua implantação a facilidade para encontrar itens necessários ao trabalho, término do estresse de procurar algo e não encontrar, melhoria na comunicação interna e externa, bem como melhoria no aspecto visual dos ambientes, conforme se demonstra na Figura 4 (CHIAVENATO, 2000).

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Figura 4 - Procedimento para Realização do Senso de Organização. Fonte: Autoria Própria (2018).

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3.3.3 Senso da Limpeza

O terceiro senso do programa 5S’s é o chamado Seisou, o Senso de Limpeza, que apresenta diferentes significados no dicionário como qualidade de limpo, asseado, esmero e aprimoramento (DUARTE et al., 2006) (Figura 5).

Figura 5 - Simulação da Aplicação do Senso de Limpeza. Fonte: Autoria Própria (2018).

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Neste senso é fundamental não só executar a limpeza do ambiente como também mantê-la, bem como educar as pessoas para não sujar e zelar por tudo que é de responsabilidade alheia (PAES et al., 2016).

Ter senso de limpeza significa ter cuidado em eliminar a sujeira para manter o ambiente limpo, pois o mais importante não é o ato de limpar, mas o ato de não sujar (DELGADILLO, JÚNIOR e OLIVEIRA, 2006).

Por fim, na hipótese de tudo estar limpo basta colher os benefícios de mais uma etapa do programa. Dentre eles um ambiente de trabalho mais agradável, diminuição do desperdício, melhoria da imagem interna e externa da empresa (COSTA, REIS e ANDRADE, 2005).

3.3.4 Senso da Saúde

O Senso Seiketsu, denominado por muitos como o Senso da Saúde que se refere a higiene, segurança entre outros. Este senso visa à melhoria da qualidade de vida, através das condições favorecidas pela saúde mental, física e emocional (COSTA, REIS e ANDRADE, 2005).

Neste senso é verificado se o que foi feito com os três primeiros sensos de fato foi uma boa prática, ou seja, se houve um desempenho saudável. Ou melhor, quando os ensinamentos utilização, organização e limpeza foram aderidos com êxito (Figura 6) (DELGADILLO, JÚNIOR e OLIVEIRA, 2006).

A obtenção de um bom clima organizacional, do zelo pela qualidade das relações de trabalho e das áreas comuns organizadas e limpas são consequências das ações bem-sucedidas dos primeiros sensos (SENAI, 2013).

São esperados, portanto como benefícios o aumento da satisfação pessoal, melhoria da imagem da empresa perante os clientes, colaboradores mais saudáveis, prevenção e controle do estresse, e melhoria da qualidade de vida (DELGADILLO, 2006).

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Figura 6 - Passos para a Adaptação do Senso da Saúde. Fonte: Autoria Própria (2018).

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3.3.5 Senso da Autodisciplina

O Senso da Autodisciplina ou Shitsuke indica um momento em que as pessoas se conscientizam das necessidades de buscar o autodesenvolvimento e consolidar as melhorias alcançadas com a prática dos quatro Sensos anteriores (GOMES, MALHEIRO e SANTOS, 2017). Neste senso é necessário cumprir rigorosamente com aquilo que foi estabelecido, por meio do comprometimento dos colaboradores, o respeito às normas e procedimentos, e a delegação de responsabilidades (KAMIYA et al., 2010).

Os três primeiros Sensos de Utilização, Ordenação e Limpeza são bem práticos e têm haver com o jeito de agir, comumente associados às mãos, referência à expressão “colocar as mãos na massa” (GOMES, 2017). Enquanto que é fortalecido o jeito de ser com os dois sensos complementares do 5S’s, o Senso de Saúde e de Autodisciplina, que sem o jeito de ser bem desenvolvido e saudável, a pessoa precisa ser monitorada pelos outros, de modo a garantir e manter a melhoria contínua da empresa e do pessoal (Figura 7) (LAZZAROTTO et al., 2011).

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Figura 7 - Funcionalidade de Todos os 5 Sensos. Fonte: Autoria Própria (2018).

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3.4 SISTEMÁTICA DE ORGANIZAÇÃO DE UM LABORATÓRIO

3.4.1 Equipamento de Proteção Individual

Na Figura 8 apresentam-se alguns dos principais EPI’s utilizados nos laboratórios, como luvas, óculos, protetores auditivos, máscaras, capacetes, avental ou guarda pó entre muitos outros.

Figura 8 - Principais EPI’s usados nos Laboratórios. Fonte: Adaptado de Nunes et al. (2015).

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Nos laboratórios é extremamente necessário à utilização de proteção e a abordagem da segurança no trabalho, pelo fato de que nesse ambiente se lida com uma ampla variedade de reagentes e materiais perigosos (CARDELLA, 2009). Em continuidade, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) é estabelecido pela Norma Regulamentadora NBR-06 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) como dispositivo de interseção ou de uso peculiar de cada funcionário (NUNES et al., 2015).

Apesar de ser muito comum à resistência por parte de todos os usuários para o uso do EPI, com argumentos de que, se por um lado visa a proteção, por outro gera descomodidade. Porém, o uso de EPI para a proteção é obrigação do colaborador, conforme apresenta a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (SALES, FRANÇA e MEUNIER, 2015).

Em suma, é importante abordar que a UTFPR segue a uma série de atribuições locais referentes a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sendo o laudo de avaliação ambiental, elaborado em outubro de 2013, fundamentado legalmente nas legislações como a norma regulamentadora nº 06, a lei nº 6.514 de 22/12/1977, a portaria nº 3.214 de 08/06/1978 e as orientações a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) (UTFPR, 2013).

3.4.2 Bens Patrimoniais da Universidade

Ser cidadão é ter consciência das responsabilidades como parte integrante de um grande e complexo organismo, que é a coletividade, a cidade, o estado e nação. Para seu bom funcionamento todos precisam dar uma parcela de contribuição (ALVAREZ e QUEIROZ, 2004). Neste sentido, a universidade não pertence ao governo, bem como não pertence ao diretor, professor ou aos alunos. É considerado um patrimônio público, por isso, pertence a toda a comunidade universitária (BRAGA, 2006).

As operações inerentes ao controle patrimonial estão amparadas pela instituição normativa nº 205 de 08/04/1988 da Sedap e pelo Decreto nº 99.658 de 30/10/1990. A responsabilidade de pela guarda de um bem, sempre que possível, deve ser exercida por quem dele se utiliza e implica na constante avaliação do

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estado de conservação, condições de operação e utilidade, bem como na utilização dos registros patrimoniais desse bem.

Assim, normalmente os bens permanentes e/ou que possuem número de patrimônio (tombo), pertencentes a cada ambiente fiquem sob a guarda do servidor responsável pelo ambiente ou ainda, pelo responsável mais próximo ao bem. Neste caso, eventualmente quando algum equipamento é requisitado para um projeto ou fins da universidade é a Fundação de Apoio, Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNTEF-PR) da UTFPR quem faz a regulamentação.

3.4.3 Procedimentos Operacionais Padrão

O Procedimento Operacional Padronizado (POP) é uma descrição detalhada de uma atividade, que tem por objetivo padronizar alguma tarefa, procedimentos de segurança, entre outros (GAVETTI, 2013).

Dentro de um laboratório, o POP é utilizado para todas as análises mais comuns como para a utilização de equipamentos, limpeza, manutenção do ambiente, dentre outros. A importância da padronização dos processos pode ocorrer de várias maneiras, mas o principal é que todos realizem as atividades da mesma forma (FAUSTINO, 2007).

A definição dos procedimentos é de acordo com a análise e o critério de cada empresa. Neste caso, não é necessário a realização de procedimentos para tudo, como para abrir portas, geladeiras ou usar um bebedouro. No entanto, a importância sobre a padronização dos processos é a de tornar o conhecimento relevante de alguém em uma propriedade de todos, ou seja, permitir que todos tenham acesso àquela informação em específico (CAPURRO e HJORLAND, 2007).

O Procedimento Operacional Padronizado, geralmente é específico e dificilmente poderá ser generalizado, ou utilizado sem adaptações para outras atividades, mesmo que estas sejam semelhantes (DELGADILLO, JÚNIOR e OLIVEIRA, 2006).

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Na Figura 9 demonstra-se a importância do uso do Procedimento Operacional Padronizado em um laboratório.

Figura 9 - Importância dos POP’s para a Padronização do Uso. Fonte: Autoria Própria (2018).

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3.4.4 Vidrarias e Equipamentos Básicos em um Laboratório

• Vidrarias Básicas

As vidrarias se referem a uma grande variedade de materiais dentro dos laboratórios, que são utilizadas em análises e experimentos científicos, principalmente nas áreas de química e biologia (GOMES, MALHEIRO e SANTOS, 2017).

Geralmente são feitos de vidro, devido a sua transparência, resistência ao calor e por ser praticamente um material inerte, mas também podem ser fabricadas com plástico. Quanto ao formato das vidrarias é determinado, conforme a sua função. Isto é, seu formato está diretamente ligado ao modo de encaixe do equipamento (GAVETTI, 2013).

Outros tipos de materiais podem fazer parte das vidrarias como instrumentos de porcelana, borrachas, metais, entre outros. Além de indicar graduações e marcas volumétricas em suas paredes, dependendo de sua função, como podem também apresentar cores e materiais diferenciados (GOMES, MALHEIRO e SANTOS, 2017). Na Figura 10 se demonstra uma lista das principais vidrarias que são utilizadas em um laboratório.

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Figura 10 - Lista das Principais Vidrarias Utilizadas nos Laboratórios. Fonte: Adaptado de Gavetti (2013).

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• Equipamentos Básicos

Os equipamentos utilizados nos laboratórios são os mais variados possíveis. São alocados no ambiente de uma forma que não ofereçam riscos aos usuários, ao mesmo tempo em que sejam funcionais (KAMIYA et al., 2010).

A segurança no trabalho e a prevenção dos acidentes laborais são de extrema relevância. Para tanto, é necessário à criação de locais adequados e de apoios ao trabalho (CHIAVENATO, 2003). Assim, os procedimentos ergonômicos contribuem com estes objetivos como oferecer conforto ao colaborador e prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho, bem como de patologias específicas para determinado tipo de tarefa laboral (CHIAVENATO, 2003).

Ressalta-se que, não é o trabalhador que tem que se adaptar às condições de trabalho, mas as condições de trabalho que devem se adaptar ao trabalhador, não somente às questões físicas (GAVETTI, 2013).

Os equipamentos nunca devem ser operados ou utilizado por uma pessoa que tenha dúvidas ou usados para uma função que não se enquadra. Após a utilização, deve ser deixado exatamente da maneira que foi encontrado (GAVETTI, 2003).

Na Figura 11 se apresenta os principais equipamentos utilizados em laboratórios de análises físico-químicas.

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Figura 11 - Principais Equipamentos Elétricos de Laboratórios. Fonte: Adaptado de Gavetti (2013).

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3.4.5 Resíduos Sólidos

De acordo com a Lei nº. 12.305/10 sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) todos são responsáveis pelos resíduos gerados, sejam estes consumidores, fabricantes, distribuidores ou comerciantes (BRASIL, 2010).

Neste caso, conforme esta lei se considera que aqueles materiais que não podem mais ser usados ou recuperados por nenhum processo ou tecnologia são denominados de rejeitos e devem ser os únicos a serem levados para os aterros sanitários (BRASIL, 2010).

• Classificação de Resíduos

Conforme a Normativa Brasileira (NBR) 10.004 da ABNT, (2004) são duas as classes de resíduos sólidos, como (BRASIL, 1997).

✓ Resíduos de Classe I - Perigosos: Apresentam periculosidade como inflamabilidade ou toxicidade por exemplo.

✓ Resíduos de Classe II - Não perigosos: Esse tipo de resíduo de classe se subdivide em mais duas.

o Classe II A - Não inertes aqueles que podem ter propriedades como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade.

o Classe II B - Inertes, não são solúveis, não inflamáveis, não sofrem qualquer tipo de reação física ou química e o mais importante, não afetam outras substâncias que entram em contato com este tipo de resíduo.

Conforme a NBR 10.004/97, os agentes químicos devem ser alocados em um sistema de bombonas, cada qual com sua respectiva classificação.

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Cada uma destas etapas necessita ser realizada seguindo as regras e legislação pertinentes (BRASIL, 1997). Na Figura 12 se demonstra um esquema com a classificação dos resíduos sólidos.

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Figura 12 - Procedimento para a Classificação dos Resíduos Sólidos. Fonte: Adaptado da NBR 10.004 (1997).

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• Reagentes Líquidos, Sólidos e Soluções

Existe uma incontável variedade de soluções e reagentes de laboratório, e cada um possui características particulares que devem ser observadas durante a utilização e armazenamento (PAN, 2012).

O manuseamento de reagentes e soluções deve ser realizado de maneira adequada, mediante a obedecer às características de incompatibilidade com outros produtos químicos, como reatividade a água, inflamabilidade e volatilidade por exemplo (FRANÇA e RUANO, 2009).

Além disso, isso deve ocorrer com todos os outros itens de laboratório, e os produtos também devem seguir normas de identificação, armazenagem e utilização (PAN, 2012). Para tanto, a NBR 14.725/09 da Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico (FISPQ), é fundamental que sejam conhecidas e tratadas adequadamente os resíduos químicos (BRASIL, 2009).

É crucial que todo item dentro dos laboratórios seja conhecido ou facilmente identificado por aqueles que o utilizam (FAUSTINO, 2007). Quando isto não é possível, o item deve ser imediatamente descartado. Geralmente essa identificação é feita através de uma etiqueta afixada no item em questão. Essa etiqueta pode ser um padrão seguido pelo laboratório, ou desenvolvida pelo próprio identificador (KAMIYA et al., 2010).

Eles podem ser identificados em bandejas, prateleiras, entre outras formas. Nesse caso, a identificação deve ficar no recipiente, e o número de itens dentro do recipiente também deve ser informado na identificação (KAMIYA et al., 2010).

• Riscos dos Produtos Químicos

Existe uma classificação e simbologia que indicam riscos de produtos químicos, como os utilizados nos laboratórios. Esta classificação é um documento desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) (CARDELLA, 2009). Sendo nomeado como, Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) que

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em o objetivo de padronizar um sistema que seja usado por todos (Figura 13) (PAN, 2012).

Figura 13 - Lista dos Pictogramas de Periculosidade Segundo o GHS. Fonte: Adaptado de Severo et al. (2015).

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Para isso, são usados pictogramas, frases em rótulos e nas fichas de dados de segurança, de maneira a facilitar o comércio internacional de produtos químicos e proporcionar a garantia de proteção da saúde humana e do meio ambiente (PAN, 2012).

Os pictogramas padronizados definidos através de uma convenção servem para três categorias de riscos, ou seja, os perigos físicos, a saúde e aqueles que proporcionam riscos ao meio ambiente (NUNES, 2008).

Os pictogramas devem ser usados de acordo com o risco específico de cada reagente. O de cor alaranjado é a simbologia antiga, mas ainda muito presente, principalmente em reagentes, cuja data de fabricação é anterior a 2015 (SEVERO et al., 2015).

De acordo com a norma ABNT NBR 14.725/09 que estabelece Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ), desde 2011, os produtos constituídos de substâncias puras já devem ser obrigatoriamente classificados por fichas que contêm informações de segurança de produtos químicos (ABNT, 2009). Enquanto que, para os produtos constituídos por misturas o GHS passou a ser obrigatório a partir de maio de 2015. Em outras palavras, hoje todas as misturas necessitam obrigatoriamente serem caraterizadas (CARDELLA, 2009).

• Diagrama de Hommel

Nem todos os laboratórios possuem um sistema de descarte condizente com os rejeitos mais gerados. Mas, existe um sistema padrão que indica a toxicidade, inflamabilidade e a reatividade de produtos químicos utilizados nos laboratórios (SCHNEIDER e ALBERTINI, 2010).

O sistema de classificação de resíduos é conhecido como Diamante de Hommel (Figura 14), que contempla uma ideia geral do perigo e do grau de periculosidade de materiais (SCHNEIDER e ALBERTINI, 2010).

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Figura 14 - Diagrama de Hommel.

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Essa padronização se baseia em normas classificadas pela National Fire Protection Association (NFPA) (BELL, 2007).

No caso dos rejeitos gerados nos laboratórios da universidade, estes se enquadram na categoria de riscos específicos como oxidantes, ácidos, alcalinos, corrosivos e aqueles que não devem ser misturados com água (BELL, 2007).

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

4.1.1 Município de Medianeira

O município de Medianeira está localizado no oeste do Paraná (Figura 15), possui uma área aproximada de 328,733 km², com densidade demográfica estimada em 137,62 hab./km². Possui uma população de 45.239 habitantes, segundo estimativa do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016).

Figura 15 - Mapa de Localização do Município de Medianeira. Fonte: Adaptado da Plataforma de Dados Datapédia (2018).

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É o quinto município mais populoso da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), atrás somente de Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo e Marechal Cândido Rondon. O setor agroindustrial é a base da economia do município (IBGE, 2010).

4.1.2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná

A história da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) se iniciou em 1909 com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices em várias capitais do país e recebeu diferentes denominações ao longo dos anos (UTFPR, 2018).

A Universidade Tecnológica está presente em 13 Câmpus de diferentes cidades do Paraná com mais de 120 cursos de graduação, mais de 50 de pós-graduação Stricto Sensu e conta com mais de 35 mil alunos e 4 mil servidores (UTFPR, 2018).

O estudo foi realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus de Medianeira. O Câmpus iniciou suas atividades no ano de 1990 e desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão, voltados para o atendimento da comunidade externa e tem aproximadamente mais de 2.050 alunos matriculados e 284 servidores, sendo 98 técnicos administrativos e 186 professores (UTFPR, 2018).

Quanto aos cursos no Campus Medianeira em nível de graduação oferece os cursos de Tecnologia em Alimentos, Tecnologia em Gestão Ambiental e Tecnologia em Manutenção Industrial e dentre os cursos de bacharelado se destacam Engenharia de Alimentos, Engenharia Ambiental, Engenharia Elétrica, Engenharia de Produção, Ciência da Computação e Licenciatura em Química (UTFPR, 2018).

As coordenadas geográficas da UTFPR se dão da seguinte forma, para a latitude: 25º 18'13. 79'' S, e longitude: 54º 06'49. 46'' O. (Figura 16).

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4.1.3 Setor Laboratorial

Os laboratórios da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) são de responsabilidade de departamentos acadêmicos específicos para os cursos de graduação e de pós-graduação do Campus.

Neste caso, existem três departamentos como o Departamento Acadêmico de Alimentos (DAALM), Departamento Acadêmico de Ciências Biológicas e Ambientais (DAAMB) e o Departamento Acadêmico de Química (DAQUI), cada qual possui um técnico laboratorial encarregado para manutenção dos laboratórios, para que se desempenhem atividades de extensão, pesquisa e prestação de serviços nas respectivas áreas (Figura 17).

Figura 16 - Localização Geográfica da UTFPR, Campus Medianeira.

Fonte: Adaptado do Plano Diretor Municipal de Medianeira, (2014); Google Earth, (2018). Nota: a) UTFPR preenchida em amarelo; b) Setor laboratório marcado em cor laranja.

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Figura 17 - Setor Laboratorial da UTFPR, Campus Medianeira. Fonte: Autoria Própria (2018).

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O DAAMB se responsabiliza por 5 laboratórios como o Laboratório de Solos, Laboratório de Água, Efluentes e Emissões, Laboratório de Microbiologia e o Laboratório de Biologia (Tabela 2).

Tabela 2 - Atividades Laboratoriais Específicas.

LOCAL ATIVIDADES

Laboratório de Solos e Resíduos (L31)

Inspeção da temperatura e compactação, terraplanagem, granulometria por sedimentação, ensaios de campo etc.

Laboratório de Água, Efluentes e Emissões (L32)

Análises de água e efluentes, ensaios físico-químicos e bacteriológicos (DBO e DQO).

Laboratório de Ciências Biologia (L38)

Zoologia, Microscopia (célula animal e vegetal), biologia molecular, biotecnologia, etc.

Laboratório de Microbiologia I (L39A)

Atividades antimicrobianas, caracterização de bactérias, avaliação da diversidade genética de bactérias isoladas etc.

Laboratório de Fenômenos de Transporte e Operações

Unitárias (J17)

Medição da condutividade térmica, calibração de medidores de vazão e sensores de temperatura, técnicas experimentais em Mecânica dos Fluidos, Transferência de Calor e Termodinâmica.

Fonte: Autoria Própria (2018).

Nos laboratórios didáticos, as atividades são geridas e mantidas pelos técnicos responsáveis e se destaca como funções do profissional organizar o ambiente para ocorrer às aulas práticas, lavagem de vidrarias, preparo de soluções, dentre outras atividades, que contam com o auxílio de estagiários para tal função como apresenta a Figura 18.

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Figura 18 - Procedimentos Laboratoriais da UTFPR, Campus Medianeira. Fonte: Autoria Própria (2018).

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4.2 APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS E FORMULÁRIOS

A metodologia de aplicação das ferramentas de Gestão da Qualidade Total (GQT), Housekeeping e 5 Sensos basearam-se nas perguntas realizadas por Santos, (2011) na UFRGS, e foram exclusivamente realizadas no laboratório de Água, Efluentes e Emissões (L32), correspondido pelo Departamento Acadêmico de Ciências Biológicas e Ambientais (DAAMB) da UTFPR, Campus Medianeira.

4.4.1 Questionário do Housekeeping

A proposta de levantamento dos dados para esta ferramenta foi executada através do questionário no formato impresso, realizada entre Agosto e Setembro de 2017. Foi aplicada para todos os usuários do laboratório sendo acadêmicos, docentes, pesquisadores e técnico laboratorial ao término das aulas e/ou ao final das atividades realizadas no local. Aproximadamente 50 pessoas participaram desta pesquisa (Apêndice A).

Ao participarem da pesquisa os usuários deveriam responder aos questionários por uma escala de concordância com uma pontuação estabelecida, como: Discordo totalmente (2,5 pontos), Discordo (5 pontos), Concordo (7,5 pontos) e Concordo totalmente (10 pontos).

4.4.2 Formulário dos 5 Sensos

Para avaliar as noções dos usuários do laboratório quanto às suas condições, foi aplicado também um formulário (Figura 19) com perguntas referentes aos 5 Sensos, atribuída por intermédio da ferramenta online disponibilizada pelo Google Drive, conforme a metodologia de Costa et al. (2005).

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Figura 19 - Esquematização da Aplicação do Formulário dos 5 Sensos. Fonte: Autoria Própria (2018).

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Foi requerido aos participantes para responder 15 perguntas, sendo três perguntas para cada um dos 5 Sensos, aplicado entre os meses de Maio e Junho de 2018. Este foi divulgado nas redes sociais, como pelo grupo da universidade no Facebook e E-mails por exemplo. Cerca de 40 pessoas responderam este formulário (Apêndice B).

4.2.2 Confecção de Placas de Aviso

A elaboração das placas informativas visou à orientação, sensibilização e instrução dos usuários do laboratório quanto a organização, funcionalidade e segurança do ambiente laboratorial, bem como a identificação de equipamentos, armazenamento de vidrarias e rotulagem de produtos.

A metodologia foi baseada no estudo realizado por Santos (2011), que aplicou a ferramenta de Housekeeping em salas de aula da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) (Figura 20).

A confecção das placas foi realizada através dos programas CorelDraw, Gimp e o Inkscape. Para a produção na gráfica foram utilizados diferentes tipos de materiais como Acrílico, Fibra de Média Densidade (MDF) e o Vinil para os adesivos (Tabela 3).

Figura 20 - Placas Informativas Utilizadas na UFRGS. Fonte: Adaptado de Santos (2011).

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Tabela 3 - Orçamento dos Materiais para a Confecção das Placas e Adesivos.

Fonte: Autoria Própria (2018).

• Placas de Aviso para a Organização do Ambiente Laboratorial:

Para conscientizar aos acadêmicos e docentes sobre a importância de manter o ambiente de trabalho bem organizado, de modo a tornar a aula mais produtiva e o aprendizado mais eficiente foi elaborado placas informativas com este foco de orientação (Figura 21) sendo colocadas nas paredes próximas aos equipamentos mais utilizados durantes as aulas (Apêndice C).

Figura 21 - Modelo das placas de Aviso Usadas no Laboratório. Fonte: Autoria Própria (2018).

TIPOS DE PLACA MATERIAL DIMENSÃO QUANTIDADE CUSTO

Adesivos das Bombonas Vinil 9 x 3 cm 4 R$ 20,00

Adesivos de Voltagem Vinil 2 x 1 cm 60 R$ 50,00

Placas de Aviso Acrílico 29.69 x 21.01 cm 4 R$ 100,00

Placas Informativas dos

Armários MDF 8 x 3 cm 32 R$ 160,00 Placas Informativas dos

Equipamentos Acrílico 4 x 2 cm 18 R$ 54,00 Placas do Arranjo Físico

(Layout) Acrílico 9 x 2 cm 18 R$ 63,00

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• Placas de Aviso para a Limpeza do Laboratório

A limpeza dos laboratórios da universidade é realizada por funcionários de uma empresa terceirizada, sendo realizada semanalmente. Para orientação da limpeza do laboratório foi preparado para os usuários placas informativas sobre a necessidade e importância de mantê-lo em condições de uso para todos, sendo fixada próxima à entrada do laboratório, para que a pessoa ao sair se certifique de não deixou nada sujo.

• Placas de Aviso para o Descarte de Resíduos

Para orientação dos usuários do laboratório foi preparado placas informativas sobre a necessidade e a importância do descarte adequado de resíduos e rejeitos do laboratório.

• Placas de Aviso para os Equipamento de Proteção Individual

Para instruir as pessoas que utilizam o laboratório sobre a conduta que devem ter em relação à segurança e o uso de EPI foi elaborado alguns lembretes.

4.2.3 Confecção de Placas Informativas

• Placas Informativas para Armários

O laboratório da universidade é usado por diferentes usuários e se torna difícil manter os armários organizados com as vidrarias. Isso passou a ser um problema quanto a disposição e a organização de vidrarias, materiais e equipamento utilizados durante as aulas e atividades (GOMES, MALHEIRO e SANTOS, 2017).

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Neste caso, o laboratório não possuía uma padronização de organização, e também falhava na identificação, pois nem sempre onde dizia ter algo de fato se encontrava. Por isso, foram elaboradas placas informativas para cada tipo de vidraria do laboratório.

Os armários tiveram identificação por placas para facilitar os procedimentos laborais, visto que sua antiga identificação estava desatualizada, pois não correspondia com as vidrarias armazenadas (Apêndice D).

• Placas Informativas para Equipamentos Laboratoriais

Foi criado um conjunto de placas informativas para serem fixadas nos equipamentos com as informações sobre o nome do laboratório que o equipamento pertence para facilitar a identificação, bem como a voltagem de operação para prevenir que fossem queimados pelo mau uso, visto que estavam sendo constantemente danificados (Apêndice F).

• Placas Informativas Patrimoniais

O layout de placas patrimoniais teve alteração e por isso foi realizado em conjunto com a equipe da Divisão de Patrimônio (DIPAT), responsáveis por gerir tudo o que está relacionado aos bens patrimoniais da universidade.

Para esta alteração, as placas patrimoniais foram conferidas usando um checklist disponibilizado pelos técnicos, para conferir e localizar todos os patrimônios (Apêndice G). Neste levantamento, constava o registro patrimonial e a descrição de cada equipamento do laboratório ambiental.

Verificou-se que as numerações das placas estavam quase todas apagadas e alguns equipamentos estavam sem registro. Portanto, os equipamentos que não estavam identificados receberam suas numerações pela placa patrimonial (Figura 22).

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• Rotulagem de Produtos Químicos

O trabalho com a vidraria no laboratório, também envolve o preparo de soluções e a rotulagem de produtos químicos. Neste caso, as soluções preparadas nos laboratórios da UTFPR não havia rótulos padronizados e com possível risco aos usuários, pois, estes não teriam acesso a informações da substância.

Com o intuito de melhorar a visualização das soluções e alertar os usuários sobre os riscos do manuseio foi desenvolvido um sistema de etiquetagem de rótulos padronizados para os produtos químicos com as seguintes informações (Figura 23).

a) O local onde foi feita a substância;

b) O nome do produto químico e a diluição ou concentração; c) O símbolo que indica o perigo que ele representa;

d) O nome da pessoa que preparou a solução;

e) E a data em que a substância química foi produzida.

Figura 22 - Modelo das Plaquetas Patrimoniais da UTFPR, Campus Medianeira. Fonte: Autoria Própria (2018).

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4.2.3 Padronização dos Procedimentos Operacionais Padrão

Para a elaboração dos POP’s foram conferidas três operações, que consistem primeiramente na consulta com algum profissional da área que tenha domínio do equipamento. Na impossibilidade desta se utilizar de manuais dos equipamentos. Na hipótese de não possuir o manual ou não ter encontrado alguém que saiba usá-lo é indicado que seja entrado em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do fabricante do produto, onde poderão te enviar no e-mail.

Teve a elaboração de 8 Procedimentos Operacionais Padrão para os principais equipamentos do laboratório como o Forno Mufla, Phmetro, Bloco Digestor, Destilador de Nitrogênio, Balança Analítica, Balança Semi-Analítica, Fotocolorímetro e a Estufa de Secagem (Apêndice H).

Conjuntamente com os POP`s, os equipamentos ganharam etiquetas com os nomes de cada equipamento, para que pudessem ser visualizados mais facilmente.

Figura 23 - Modelo da Etiqueta usada para a rotulagem de rejeitos.

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4.2.4 Organização dos Armários e Equipamentos do Laboratório

Um laboratório de estudo é fundamental que seja considerado o número de pessoas, equipamentos, materiais, conforto e a relação ergonômica entre eles, ou seja, sua funcionalidade e a adequação do espaço é fundamental (GAVETTI, 2013).

Baseado nesta premissa foi necessário organizar os armários e realocar os equipamentos de lugares, para que pudesse haver conforto e espaço de trabalho o suficiente para todos no laboratório ambiental.

As bancadas foram organizadas de modo que favoreça as aulas práticas e as pesquisas, por isso, em cima destas foi disposto apenas os equipamentos mais usados. Isso foi realizado junto com os técnicos de laboratório, bem como foi escolhido um armário para guardar os equipamentos restantes.

As vidrarias tiveram sua disposição reorganizada dentro dos armários, baseado nas novas etiquetas, agora totalmente legíveis e de fato no lugar onde deviam realmente estar.

4.2.5 Adequação do Sistema de Descarte de Rejeitos

O laboratório recebe um grande fluxo de pessoas durante a semana. É normal que seja gerado uma variedade e quantidade de resíduo oriundo das atividades como papel, luvas descartáveis, vidrarias quebradas, rejeitos químicos e tóxicos das práticas, dentre muitos outros.

No caso das vidrarias, eventualmente quando quebradas devem ser descartadas para evitar riscos de corte aos usuários. Quanto aos rejeitos, existe um sistema de bombonas, mas que não estavam sendo usados adequadamente no laboratório, tendo o descarte de rejeitos químicos sem antes haver o consentimento de responsáveis.

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Neste caso, as instruções de descarte de rejeitos não estavam sendo seguidas pelos usuários, onde os rejeitos não tinham identificação ou prévia separação, e estava até sendo descartados diretamente no ralo.

Por isso, é importante que as substâncias químicas sejam identificadas e reservadas, para depois serem descartadas pelo técnico, pois por meio dele são evitados riscos desnecessários de exposição e contaminação ambiental.

Com a intenção de intensificar e reforçar a importância do descarte e do uso apropriado das ferramentas laboratoriais foi trabalhado com duas categorias de resíduos, ou seja, aqueles que apresentavam mais falhas quanto ao seu manuseio.

• Descarte de Materiais: Os armários foram todos conferidos na intenção de encontrar vidrarias quebradas, de modo a ocupar o espaço e oferecer riscos físicos aos usuários. Outros materiais sem condições de uso como pinças, espátulas, pipetas e outros, também foram verificados e descartados.

• Descarte de Rejeitos: Dentro do laboratório foi reservado um espaço, para que os usuários descartem o resto das soluções e dos preparos químicos utilizados durante as práticas. De modo que, os rejeitos identificados tenham um local específico, para posteriormente ser descartado, atividade esta que será realizada apenas pelos técnicos de laboratório.

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5 RESULTADOS E DISCUSÃO

5.1 PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS DO LABORATÓRIO AMBIENTAL

5.2.1 Estrutura do Laboratório

Foi aplicado um questionário a fim de tentar compreender a percepção que os alunos, técnicos e professores detinham acerca da estrutura e a organização do laboratório ambiental, assim como a satisfação com seus responsáveis.

A estrutura laboratorial se refere aos equipamentos, à disponibilidade de materiais e reagentes, bem como relaciona o espaço físico do laboratório. Os técnicos e alunos classificaram esse quesito com uma pontuação próxima de 6,7 e 6,9, respetivamente. Enquanto, os professores responderam com uma pontuação de 5,5 (Figura 24).

Figura 24 - Avaliação da Estrutura feita pelos Usuários do Laboratório Ambiental.

Fonte: Autoria Própria (2018).

2,5 5 7,5 10

Professores Técnicos Alunos

Série1 5,5 6,7 6,9 ÍNDI CE D E A PROVA ÇÃO

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Diante das observações realizadas pelos usuários constata-se que cada um tem uma abordagem diferente de acordo com o uso do ambiente laboratório, ou seja, os alunos que participam das aulas e pesquisas; os professores que ministram as aulas práticas e das pesquisas práticas; e os técnicos responsáveis por todos os procedimentos laborais, desde o atendimento ao público, a montagem das aulas até a requisição de materiais.

Quanto a estrutura do laboratório se remete a possibilidade de realização das práticas apresentar alguma limitação, devido à indisponibilidade de materiais e equipamentos, fato este que pode ter interferido na percepção dos usuários (Figura 25).

Por outro lado, pode haver o descuido por parte dos usuários quanto ao uso dos equipamentos, sendo eventualmente quebrados ou danificados. Problemas assim podem interferir nas práticas e nas pesquisas que necessitam do apetrecho, mas que está estragado (Figura 26).

Figura 25 - Laboratório de Água, Efluentes e Emissões. Fonte: Autoria Própria (2018).

Nota: a) Vista da entrada; b) Vista dos fundos c) Vista da entrada por um ângulo diferente.

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Gavetti, (2013) relata em seu manual de uso de laboratório o mesmo problema enfrentado em laboratórios da Universidade Estadual Paulista (UNESP), que deve ter mais sensibilização por parte dos alunos ao utilizarem os equipamentos.

5.2.2 Organização do Laboratório

A organização do laboratório corresponde ao arranjo físico dos equipamentos, a disposição das vidrarias e dos materiais, bem como a organização das bancadas e cadeiras. Para esta avaliação, o julgamento feito pelos professores e técnicos foi insatisfatório, considerando que este aspecto recebeu uma nota de 6,0 e 6,2 respectivamente se comparado com a nota máxima que é de 10.

A grande maioria dos alunos que responderam ao questionário realizam poucas ou pouquíssimas práticas no laboratório. Desta forma a nota obtida através de sua avaliação foi a de 7,4; que concordam com a organização no geral (Figura 27).

Figura 26 - Equipamentos Defeituosos do Laboratório Ambiental. Fonte: Autoria Própria (2018).

Nota: a) Tampa do dessecador quebrada pelo mau manuseio; b) Chapa de aquecimento estragada, um dos lados não está funcionando.

Referências

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