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Análise comparativa entre Drywall e alvenaria de blocos cerâmicos aplicada na Policlínica de Paulo Afonso – BA: estudo de caso

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. Cíntia Daniely Pereira Sandes. ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DRYWALL E ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS APLICADA NA POLICLÍNICA DE PAULO AFONSO – BA: ESTUDO DE CASO. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO. Delmiro Gouveia – AL 2019.

(2) Cíntia Daniely Pereira Sandes. ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DRYWALL E ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS APLICADA NA POLICLÍNICA DE PAULO AFONSO – BA: ESTUDO DE CASO. Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal de Alagoas – Campus do Sertão, como requisito avaliativo necessário à obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Rogério de Jesus Santos. Delmiro Gouveia – AL 2019.

(3) Catalogação na fonte Universidade Federal de Alagoas Biblioteca do Campus Sertão Sede Delmiro Gouveia Bibliotecária responsável: Renata Oliveira de Souza CRB-4/2209 S232a Sandes, Cintia Daniely Pereira Análise comparativa entre drywall e alvenaria de blocos cerâmicos aplicada na policlínica de Paulo Afonso – BA: estudo de caso / Cintia Daniely Pereira Sandes. – 2019. 68 f. : il. Orientação: Prof. Me. Rogério de Jesus dos Santos. Monografia (Engenharia Civil) – Universidade Federal de Alagoas. Curso de Engenharia Civil. Delmiro Gouveia, 2019. 1. Construção civil. 2. Sistema Drywall. 3. Alvenaria de blocos cerâmicos. 4. Análise comparativa. I. Santos, Rogério de Jesus dos. II. Universidade Federal de Alagoas. III. Título. CDU: 624.05.

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(5) Dedico aos meus pais, por terem sido amor e luz em todos os meus passos. E aos meus irmãos, por serem alegria para os meus dias..

(6) AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por ter me abençoado em todos os dias da minha vida e por ter me iluminado durante essa trajetória. Aos meus pais, Cileide e Alécio, por investirem suas vidas na minha educação e dos meus irmãos, por sempre me incentivarem a alcançar meus objetivos e acreditarem em mim. Aos meus irmãos, André e Clarinha, por sempre tentarem me ajudar quando eu mais precisava e por serem sopros de felicidade para os meus dias. A minhas avós Lúcia e Prazeres e ao meu avô Cícero, por serem minha fonte inesgotável de amor e carinho. E ao meu avô Anastácio, cuja saudade me motiva a tentar ser sempre melhor para orgulhá-lo, onde quer que esteja. Agradeço também ao meu melhor amigo e namorado, Paulo, pelo companheirismo, pelo cuidado e por sempre acreditar, e me fazer acreditar, no meu potencial. E, por fim, aos amigos, Maria, Ítalo e Gabi que me ajudaram a superar esse caminho difícil que é a academia. E aos meus orientadores, Jéssica e Rogério, por toda atenção e suporte durante esse processo..

(7) “Um leitor vive mil vidas antes de morrer, o homem que nunca lê vive apenas uma.“ - George R. R. Martin.

(8) RESUMO Visando atender às exigências do mercado, a construção civil busca, cada dia mais, incorporar novas tecnologias que possibilitem uma redução de impactos ambientais, de custos e de tempo. Este trabalho objetiva então disseminar o conhecimento a respeito do Drywall, que é um sistema construtivo que promete ser trazer todas essas vantagens de tempo, custo e sustentabilidade. Esta abordagem sobre o método é feita por meio de uma análise comparativa entre este sistema e, a tão massificada no Brasil, alvenaria tradicional, que é aquela feita com a utilização de blocos cerâmicos. A comparação é feita nos quesitos área útil, produtividade e tempo de construção, e por último, custo financeiro. Aplicados na Policlínica de Paulo Afonso, os métodos, utilizados para a realização das comparações, exibiram vantagens de economia de área útil, tempo e recursos financeiros obtidos pela utilização do drywall em detrimento da alvenaria de blocos. Este resultado ressalta a importância e os benefícios que podem ser alcançados pelas empresas que se utilizem dessa tecnologia para a realização das obras.. Palavras-chave: Construção Civil; Drywall; Alvenaria Tradicional; Área Útil; Produtividade; Custo Financeiro..

(9) ABSTRACT In order to meet the demands of the market, the Civil Construction seeks each day. incorporate. more. new. technologies. that. enable. a. reduction. of. environmental impacts, costs and time. This work aims at disseminating knowledge about Drywall, which is a constructive system that promises to be a method that brings all these advantages of time, cost and sustainability. This approach on the method is done through a comparative analysis between the system and, the so massified in Brazil, the traditional masonry, done by using ceramic blocks. The comparison is made in the fields of useful area, productivity and construction time, and lastly, financial cost. Applied in Paulo Afonso’s Polyclinic, the methods, used to perform the comparisons, exhibited advantages of saving useful area, time and financial resources, obtained by using drywall instead of masonry blocks. This result remarques the importance and the benefits that can be achieved by companies that use this technology for the realization of the works.. Keywords: Civil Construction; Drywall; Traditional Masonry; Useful Area; Productivity; Financial Cost..

(10) LISTA DE FIGURAS Figura 1 : Coliseu de Roma e Muralha da China.................................................... 20 Figura 2 : Pirâmides de Gizé...................................................................................... 20 Figura 3 : Marcação das Paredes a partir do eixo de Referência........................ 22 Figura 4 : Equipamentos que Auxiliam a Execução da Alvenaria........................22 Figura 5 : Encabeçamento dos blocos, pressão no assentamento, controle do prumo das paredes e do nível....................................................................................23 Figura 6 : Encontro de Paredes................................................................................. 24 Figura 7 : Encunhamento de Alvenaria com tjolos de barro e meio-blocos....... 25 Figura 8 : Encunhamento de Alvenaria com Argamassa.......................................25 Figura 9 : Revestimento de camada única...............................................................27 Figura 10 : Revestimento de camada dupla............................................................ 27 Figura 11 : Histórico do Consumo de Chapas de Gesso Acartonado no Brasil.29 Figura 12 : Consumo histórico anual de chapas para Drywall no Brasil (milhões de m²)............................................................................................................................. 30 Figura 13 : Divisórias, forro e revestimento em Drywall........................................ 35 Figura 14 : Componentes do Sistema Drywall........................................................ 35 Figura 15 : Estrutura de suporte das chapas de gesso acartonado.................... 36 Figura 16 : Chapas de gesso fixadas à estrutura de suporte com parafusos.... 37 Figura 17 : Fechamento das Juntas entre chapas..................................................38 Figura 18 : Bloco Cerâmico, 9 furos, 14x9x19cm................................................... 45 Figura 19 : Salas de eletrocardiograma, ecocardiograma, mamografia e eletroencefalograma da Policlínica............................................................................50 Figura 20 : Consultório 05 (Oftalmologia)................................................................ 50 Figura 21 : Área Utilizada para Vedação Interna.................................................... 51 Figura 22 : Tempo de Construção para cada uma das três situações................55 Figura 23 : Custo Final para as Três Situações...................................................... 59.

(11) LISTA DE TABELAS Tabela 1 :Denominação dos tipos de chapas comercalizadas no Brasil............ 32 Tabela 2 : Tipos de chapas comercializadas no Brasil e suas dimensões.........33 Tabela 3 : Dados Colhidos para o Cálculo da Produtividade................................46 Tabela 4 : Perímetros das paredes e divisórias, referentes às três situações...48 Tabela 5 : Espessuras Finais das Paredes de Alvenaria de e de Drywall..........48 Tabela 6 : Área da Edificação Utilizada para a Construção das Paredes.......... 49 Tabela 7 : R.U.P Para a Alvenaria e Para o DryWall............................................. 52 Tabela 8 : R.U.P da TCPO......................................................................................... 53 Tabela 9 : Áreas de Levantamento de Alvenaria e de Drywall.............................54 Tabela 10 : Tempo para a execução dos sistemas construtivos..........................55 Tabela 11 : Áreas de Levantamento de Alvenaria e Drywall ST e RU................56 Tabela 12 : Custo unitário dos serviços....................................................................57 Tabela 13 : Valores de Construção para as Situações..........................................57 Tabela 14 : Valor Orse para Reboco ou Emboço.................................................. 58 Tabela 15 : Valores Totais de Construção para as Três Situações.....................58.

(12) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABRAGESSO. Associação Brasileira do Fabricantes de Blocos e Chapas de Gesso. ASTM. American Society For Testing And Materials. ST. Chapas Standard. RU. Chapas Resistentes à Umidade. RF. Chapas Resistentes ao Fogo. AFNOR. Association Française De Normalisation. CSTB. Centre Scientifique Et Techinque Du Batiment. RUP. Razão Unitária de Produção. SESAB. Secretaria de Saúdo do Estado da Bahia. ORSE. Orçamento de Obras em Sergipe. SINAPI. Sistema Nacional de Preços e Índices para a Construção Civil. TCPO. Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos.

(13) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 14 1.1.. Motivação........................................................................................................15. 1.2.. Objetivos......................................................................................................... 16. 1.1.1.. Objetivo Geral......................................................................................... 16. 1.1.2.. Objetivos Específicos............................................................................ 16. 2. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................. 17 2.1.. Vedações Verticais........................................................................................17. 2.2.. Histórico da Alvenaria................................................................................... 19. 2.3.. O Sistema Construtivo da Alvenaria de Blocos........................................ 21. 2.4.. Os revestimentos da Alvenaria................................................................... 26. 2.5.. Histórico do Drywall.......................................................................................27. 2.6.. O Sistema Construtivo Drywall....................................................................31. 2.4.1.. Chapas de Gesso Acartonado............................................................. 31. 2.4.2.. Estrutura suporte das Divisórias.......................................................... 33. 2.4.3.. Processo de Montagem........................................................................ 34. 2.4.4.. Vantagens do Sistema Drywall............................................................ 38. 2.7.. Produtividade..................................................................................................41. 3. METODOLOGIA....................................................................................................44 3.1.. Descrição do Empreendimento................................................................... 44. 3.2.. Análise Comparativa da Economia de Área Útil.......................................44. 3.3.. Análise Comparativa da Produtividade e do Tempo............................... 46. 3.4.. Análise Comparativa do Custo.................................................................... 47. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................... 48 4.1.. Análise Comparativa da Economia de Área Útil.......................................48. 4.2.. Análise Comparativa da Produtividade...................................................... 52.

(14) 4.3.. Análise Comparativa do Custo.................................................................... 56. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 60 5.1.. Conclusões..................................................................................................... 60. 5.2.. Sugestões para trabalhos futuros............................................................... 61. REFERÊNCIAS............................................................................................................ 62 ANEXOS........................................................................................................................ 67.

(15) 14. 1. INTRODUÇÃO O desempenho da Construção Civil é comumente associado ao desempenho da economia no país. Tendo em vista a importância deste setor para a geração de empregos e rendas no Brasil. Entretanto, como a economia, o setor é considerado cíclico, possuindo momentos de alta e baixa demanda. Frente à crise atual nesse setor, e, por conseguinte, uma maior competitividade em um mercado que se encontra menos aquecido do que outrora fora, as empresas atuantes neste segmento buscam se aperfeiçoar cada vez mais nas demandas exigidas pelos clientes. Gradativamente, aumenta a preocupação da sociedade no que tange à sustentabilidade. Sabendo que a construção civil é uma das grandes geradoras de impactos ambientais, tanto por meio da emissão de gases na produção de materiais, quanto na exacerbada geração de resíduos sólidos, além dos altos níveis de desperdício de água, energia e da extração de recursos naturais, percebe-se que as empresas mais atentas em reduzir esses impactos, ganham uma vantagem competitiva. Os processos utilizados de forma massiva nas construções ainda são bastante tradicionais. E a mão de obra ainda possui a maior influência na qualidade e na produtividade dos serviços. Porém, segundo FREITAS & CRASTO (2006), o mercado indica que esta situação deve ser modificada e que novas tecnologias tendem a ser implementadas cada vez mais, pois estas inovações são a melhor forma de permitir a industrialização, bem como, racionalizar processos. Percebe-se que a adesão às novas tecnologias e a utilização de técnicas sustentáveis são cada dia mais cobradas aos profissionais de Engenharia Civil. Procurou-se então a mudança do perfil das obras, evitando as do tipo “construção” e buscando uma constante inserção das do tipo “montagem”. Com gestão logística desenvolvida nos suprimentos de materiais e serviços. (FREITAS & CRASTO, 2006).

(16) 15. Segundo MITIDIERI, (2009), no Brasil, os investimentos em construção à seco, por meio da utilização de paredes de Drywall só surgiram na década de 70, entretanto, apenas há poucos anos que esta técnica passou a ser vista de forma mais recorrente e confiável. Apesar de sua estrutura ser leve, e aparentemente frágil, segundo NUNES (2015) o sistema construtivo Drywall garante o conforto térmico, acústico e suporta os pesos necessários para uma edificação. Sua utilização possibilita uma maior facilidade de modificação de ambientes, bem como, menos tempo de construção e redução da geração de resíduos sólidos. O presente trabalho busca analisar e comparar a produtividade, o tempo de construção, a economia de área útil e a viabilidade financeira entre o sistema construtivo de Drywall e o sistema de alvenaria de blocos cerâmicos.. 1.1. Motivação À medida que a tecnologia se desenvolve e se expande mundialmente, é comum que haja uma tendência à disseminação de informações e conhecimentos. E, por este motivo, a população fica cada vez mais envolvida e informada acerca das questões ambientais. Por outro lado segundo COSTA (2010), a Construção Civil se destaca como um dos setores que mais causam impactos ambientais. Se mostrando, alarmantemente, muitas vezes como sendo responsável por mais da metade da geração de resíduos sólidos no país. Tendo em vista esta problemática, é muito importante que novas tecnologias e métodos construtivos mais sustentáveis sejam disseminados, observando que o modelo atual vem deixando a desejar nesse aspecto. A técnica do Drywall NUNES (2015) é uma alternativa mais sustentável do que a alvenaria, que se mostra como uma das protagonistas da geração de resíduos sólidos na construção civil. Além dos elevados índices de utilização de água, que são usados em seu acabamento e que podem ser evitados com a utilização do método das paredes secas. Este trabalho possui como uma de suas motivações, atuar como um agente de disseminação de conhecimento acerca desse método, que ainda.

(17) 16. não é tão conhecido no Brasil como em outros países, e evidenciar as vantagens e desvantagens de sua utilização. 1.2. Objetivos 1.1.1. Objetivo Geral O objetivo geral deste trabalho é realizar uma análise comparativa entre a utilização dos sistemas construtivos: Drywall e Alvenaria de blocos cerâmicos, aplicada na Policlínica de Paulo Afonso – BA. 1.1.2. Objetivos Específicos Os objetivos específicos serão: a) Análise comparativa da economia de área útil entre a utilização do Drywall e da Alvenaria de blocos cerâmicos em uma construção de uma Policlínica, em Paulo Afonso - BA; b) Análise comparativa da produtividade e do tempo despendido entre a utilização do Drywall e da Alvenaria de blocos cerâmicos; c) Análise comparativa financeira entre a utilização do Drywall e da Alvenaria de blocos cerâmicos;.

(18) 17. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. Vedações Verticais TAGLIABOA (2010) se refere à vedação vertical de uma edificação como sendo tão importante quanto qualquer outro sistema predial. Pois, para o autor ela é responsável por assegurar a estanqueidade, a proteção e o isolamento térmico e também acústico do prédio. Para SABBATINI & FRANCO (1997), o sistema de vedação vertical é aquele que é constituído pelos elementos que compartimentam e definem os ambientes internos, porém também podem ser os responsáveis por fornecer a proteção lateral e por realizar um controle contra a ação de agentes indesejáveis. Além disso, para ELDER & VANDENBERG (1977) para que seja possível haver uma habitação com boas condições nos edifícios, as vedações verticais também devem cumprir as seguintes funções:  Permitir um controle sonoro, térmico e de iluminação;  Permitir e controlar a ventilação no ambiente;  Servir de suporte e como proteção para as instalações do edifício, como as elétricas e hidrossanitárias;  Servir como proteção para os equipamentos utilizados na edificação;  Suprir a função estrutural do edifício, ou parte dela. (esta função apenas é aplicada para as vedações verticais com função estrutural.) Também cabe precisar os termos parede e divisória, que serão utilizados no decorrer do trabalho. De acordo com a norma inglesa BS 6100 (BSI, 1992) o termo parede se refere a uma construção vertical, geralmente em alvenaria ou concreto, que serve para limitar ou subdividir um espaço. A parede pode ou não cumprir função estrutural..

(19) 18. Já no que tange ao termo divisória, a norma BS 6100 (BSI,1992) define a mesma como uma construção vertical, utilizada em ambientes internos e que não possui nenhuma função estrutural. Deste modo, no presente trabalho, as vedações verticais em alvenaria de blocos cerâmicos serão chamadas de paredes, enquanto que as realizadas no sistema drywall serão chamadas de divisórias. O tipo de vedação abordado no trabalho serão as vedações verticais internas. As quais, segundo ELDER & VANDERBERG (1977), são aquelas que subdividem o volume interno do edifício e o compartimentam em diversos ambientes. De acordo com TANIGUTI (1999), são utilizados vários critérios para classificar as vedações verticais internas, de modo a agrupar os diversos tipos levando em consideração sua natureza comum. Uma classificação proposta por SABBATINI et al. (1988) leva em consideração a capacidade de suporte, critério este condicionado pela resistência mecânica da vedação vertical interna. A vedação pode se classificar da seguinte maneira:  Resistente: vedação que possui função estrutural, além da função de compartimentação. Um exemplo é a alvenaria estrutural.  Auto. portante:. vedação. que. é. empregada. apenas. para. compartimentar os ambientes. Alvenaria de blocos cerâmicos e o sistema drywall se encaixam nessa classificação. Já ELDER & VANDERBERG (1977) trazem o critério de mobilidade para subdividir as vedações verticais. Sendo as classificações mostradas a seguir:  Fixa: Refere-se a vedações cujos elementos constituintes são difíceis ou praticamente impossíveis de recuperar em situações de modificações posteriores à execução. Um exemplo são as paredes de alvenaria de blocos cerâmicos.  Desmontável: Esta classificação se refere àquela vedação que sofre pouca ou nenhuma degradação quando desmontada. Um exemplo disso é o sistema drywall..

(20) 19.  Móvel: Vedação que pode ser removida de um lugar para outro sem que seja preciso uma desmontagem e sem a degradação de seus componentes. Os biombos se encaixam nesse tipo de vedação. Segundo a norma brasileira, NBR 11685 (1990a), outra maneira de classificar as vedações verticais é quanto à sua densidade superficial. Sendo:  Leves: Aquelas cuja densidade superficial é inferior a 60kg/m². Como exemplo tem-se as paredes de bloco de concreto celular autoclavado.  Pesadas: Aquelas cuja densidade superficial é superior a 60kg/m². Um exemplo são os painéis de concreto. A partir das classificações exibidas, pode-se concluir que as paredes em alvenaria de blocos cerâmicos constituem-se em uma vedação vertical auto portante, fixa e leve. Enquanto que o sistema construtivo Drywall é auto portante, desmontável e leve.. 2.2. Histórico da Alvenaria Segundo LAI (2016), muitas das emblemáticas construções existentes no mundo foram feitas com a utilização da tecnologia da alvenaria. Algumas delas com milênios de existência, como por exemplo, o Coliseu de Roma, na Itália e também a Muralha da China. A Figura 1 a seguir ilustra duas dessas grandes construções, o Coliseu de Roma e a Muralha da China..

(21) 20 Figura 1: Coliseu de Roma e Muralha da China. Anselmo Souza (2011); Escola e Educação (2019).. Outro exemplo de construção histórica feita em alvenaria é a construção das três pirâmides de Gizé, na Figura 2. Em que, a maior dentre as três, a Grande Pirâmide, é a única das sete maravilhas do mundo que ainda se mantém em pé. Quando construída, possuía 147,75 m de altura e foi edificada com mais de 2 milhões de blocos que pesavam cerca de 2,5 toneladas. É importante ressaltar também a durabilidade dessas obras, já que as mesmas foram construídas em aproximadamente 2600 a.C. (BARBOSA, 2004). Figura 2: Pirâmides de Gizé. Fonte: Wikipédia (2006). Como pôde ser observado, com a habilidade de empilhar pedra sobre pedra, os construtores foram capazes de criar a maioria das imponentes estruturas da história antiga. Esta técnica já era conhecida há milhares de.

(22) 21. anos e desde então podem ser relatados exemplos de construções em alvenaria. (LEFER, 1976). De acordo com LAI (2016), a tecnologia da alvenaria foi introduzida no Brasil por meio dos colonizadores portugueses. E assim, o país adotou esta tecnologia como sendo a principal no setor da Construção Civil, por conta de razões culturais, tecnológicas e econômicas. GOUVEIA (2007) traz que a alvenaria é a nona tecnologia de construção mais utilizada em Portugal até os dias atuais o que corrobora para o fato de que a mesma tenha se tornado tão recorrente no Brasil. A abundância de matéria-prima no país, como a argila, foi um fator contribuinte para a grande adesão da alvenaria no Brasil. A Alvenaria de blocos cerâmicos é atualmente o sistema de vedação vertical mais utilizado no Brasil. (LAI, 2016).. 2.3. O Sistema Construtivo da Alvenaria de Blocos Segundo SANTOS (2012), os blocos utilizados na alvenaria de vedação são geralmente utilizados com os furos na posição horizontal e possuem o objetivo de suportar o seu peso próprio e também pequenas cargas de ocupação, como por exemplo, de armários, pias e lavatórios. A execução do sistema de construtivo da Alvenaria de Blocos será apresentada com o Código de Práticas nº 01 como referência. Os Códigos de Práticas são documentos técnicos de referência nacional, porém não normativos, eles são consensualizados entre os principais agentes envolvidos na cadeia produtiva, e são grandes contribuintes para a consolidação e disseminação do conhecimento relativo a elementos e sistemas construtivos consagrados na construção civil. De acordo com o Código de Práticas Nº 01 (2009), o primeiro passo para a execução da Alvenaria de blocos é a locação das alvenarias, ou seja, a marcação da primeira fiada, esta é feita com base na transferência de cota e dos eixos de referências para o andar onde estão sendo realizados os serviços, como pode ser observado na Figura 3.

(23) 22 Figura 3: Marcação das Paredes a partir do eixo de Referência.. Fonte: Código de Práticas Nº01 (2009).. O assentamento da primeira fiada deve ser feito utilizando-se equipamentos de precisão como o teodolito ou o nível laser, trena metálica, prumo de face, régua de alumínio, esquadros de braços longos, réguas com bolha de nível nas duas direções, etc. (Código de Práticas nº 01, 2009) Alguns dos equipamentos descritos são ilustrados pela Figura 4. Figura 4: Equipamentos que Auxiliam a Execução da Alvenaria.. Fonte: Código de Práticas Nº01 (2009)..

(24) 23. O Código de Práticas Nº 01 (2009) ainda infere que para o assentamento dos blocos, os mesmos devem ser posicionados de maneira escalonada, nivelados e aprumados seguindo os blocos da primeira fiada. Para a marcação de cada fiada são utilizadas linhas esticadas lateralmente ou presas em escantilhões. A argamassa de assentamento deve ser colocada sobre a superfície horizontal da fiada anterior e na face lateral do bloco a ser assentado, em cordões ou ocupando toda a superfície (Código de Práticas Nº 01, 2009). O bloco é conduzido à sua posição definitiva mediante forte pressão para baixo e para o lado; os ajustes de nível, prumo e espessura da junta só podem ser feitos antes do início da pega da argamassa, ou seja, logo após o assentamento do bloco (Código de Práticas Nº 01, 2009). A Figura 5 a seguir ilustra todo o passo a passo deste processo. Figura 5: Encabeçamento dos blocos, pressão no assentamento, controle do prumo das paredes e do nível. Fonte: Código de Práticas Nº01 (2009)..

(25) 24. Nos encontros entre paredes (‘L’, ‘T’ ou cruz) é sempre desejável realizar as juntas em amarração; recomenda-se o emprego de blocos com comprimentos ou fôrmas adaptados para essas ligações (Código de Práticas Nº 01, 2009). A Figura 6 ilustra como devem ser realizados esses encontros entre paredes. Figura 6: Encontro de Paredes. Fonte: Código de Práticas Nº01 (2009).. Nas fixações com lajes ou vigas superiores, após a limpeza e a aplicação de chapisco no componente estrutural, é recomendado que seja feito o assentamento inclinado de tijolos de barro cozido, empregando-se argamassa relativamente fraca, conhecida como massa podre. O que possibilita a criação de uma espécie de ‘colchão deformável e amortecedor’ das deformações estruturais que seriam transmitidas à parede. Outra maneira de realizar o encunhamento de alvenaria se dá por meio da utilização dos meio-blocos (Código de Práticas Nº 01, 2009). A Figura 7 ilustra o encunhamento de alvenaria feito com a utilização de tijolos de barro ou meios-blocos..

(26) 25 Figura 7: Encunhamento de Alvenaria com tjolos de barro e meio-blocos.. Fonte: Código de Práticas Nº01 (2009).. No caso de estruturas muito deformáveis, extensas ou enfraquecidas pela presença de aberturas, recomenda-se a adoção de ligações ainda mais flexíveis, por exemplo, o poliuretano expandido ou a já mencionada massa podre, composta com esferas de EPS (poliestireno expandido). Nesse caso, adequações de materiais e de detalhes construtivos devem ser estudadas para garantir a integridade do revestimento das paredes. (Código de Práticas Nº 01, 2009). A Figura 8 a seguir ilustra o encunhamento de alvenaria quando realizado com argamassa industrializada. Figura 8: Encunhamento de Alvenaria com Argamassa. Fonte: Código de Práticas Nº 01 (2009).. Seguido ao encunhamento, é necessária a aplicação dos revestimentos na base da parede..

(27) 26. 2.4. Os revestimentos da Alvenaria Segundo a NBR 13749 (ABNT, 1996), os revestimentos de paredes podem ser considerados como revestimento de camada única, quando são compostos apenas por chapisco e massa única, ou podem ser considerados como revestimentos de camada dupla, quando são constituídos por chapisco, emboço e reboco. Para os revestimentos de camada dupla, o emboço funciona como camada de regularização da base e o reboco como camada de acabamento. No caso da camada única, a massa única cumpre as funções de regularização da base e de acabamento (COSTA, 2005). De acordo com FREITAS (2013), o chapisco age como a ponte de aderência entre o substrato e a argamassa, e possui como principal função criar uma camada porosa e rugosa de forma que o emboço fixe totalmente evitando o cisalhamento. O emboço atua como base para aplicação do reboco e promove boa aderência entre ele o chapisco. Suas funções são a vedação e regularização da superfície, assim como a proteção da edificação (FREITAS, 2013). Ainda segundo FREITAS (2013), o reboco tem a função de formar uma superfície impermeabilizante e lisa, preparando-a para o recebimento do revestimento. Ele confere o conforto termo acústico e, para que exerça sua função adequadamente, deve obedecer a técnicas especializadas. A massa única, conhecida também como emboço paulista, trata-se de uma camada de argamassa única aplicada sobre o chapisco, cumprindo as funções de emboço e reboco (FREITAS, 2013). A Figura 9 e a Figura 10, a seguir, ilustram essas duas maneiras de revestimento..

(28) 27 Figura 9: Revestimento de camada única. Fonte: Freitas (2013). Figura 10: Revestimento de camada dupla. Fonte: Freitas (2013).. 2.5. Histórico do Drywall As placas de gesso acartonado foram inventadas nos Estados Unidos, no ano de 1898, por Augustine Sackett. Inicialmente, as placas eram delgadas e moldadas em fôrmas rasas, uma de cada vez, e tinham a finalidade de servir como base para acabamento (HARDIE, 1995). Segundo TAGLIABOA (2010), o sistema Drywall, ou sistema de gesso acartonado, trata-se de um tipo de vedação vertical, que é utilizado na compartimentação e na separação de espaços internos em edificações. Ainda de acordo com o mesmo autor, o sistema é considerado leve, estruturado e fixo, é feito por meio de montagem por acoplamento mecânico e constituído.

(29) 28. por uma estrutura de perfis metálicos e fechamento de chapas de gesso acartonado. Segundo REIS et al. (2003), as chapas de gesso começaram a ser utilizadas na construção civil no início do século XX, nos Estados Unidos. E passaram a ser utilizadas em grandes escalas a partir da década de 20, onde hoje esta técnica é utilizada de forma massiva no país norte-americano. Na Europa, as chapas de gesso estão presentes na construção civil há mais de 70 anos e são consideradas uma tecnologia totalmente consolidada. A utilização se disseminou não só em países desenvolvidos, mas também naqueles que se encontram ainda em desenvolvimento. (REIS et al, 2003). Ainda de acordo com REIS et al. (2003), no Brasil, o emprego da tecnologia apenas iniciou no ano de 1972 com a fabricação das primeiras chapas de gesso. Entretanto, os produtos e a tecnologia da construção a seco só foram, efetivamente, introduzidos no país durante a década de 90, com a abertura do mercado e a chegada de empresas estrangeiras que instalaram unidades de produção nos estados de Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Blocos e Chapas de Gesso (ABRAGESSO), em 2003, o consumo brasileiro ainda era considerado pequeno quando comparado ao consumo dos Estados Unidos: 2,5 bilhões de m²/ano, o que representa um consumo per capta de 10 m² por ano; na Europa e em países mais desenvolvidos o consumo per capta ficava entre 3 e 5 m².Enquanto que no Brasil tinha-se um consumo da ordem de 0,06 m² por habitante ao ano. A ABRAGESSO (2003) também realizou um comparação da utilização de chapas de gesso entre três anos consecutivos no Brasil, e encontrou que a construção civil brasileira utilizou 11 milhões de m² de chapas de gesso em 2000, contra cerca de 7,5 milhões de m² em 1999, um aumento de 46,6%. No ano de 2001 o consumo foi em torno 11,5 milhões, o que representou um aumento de apenas 4,5%. A Figura 11, da ABRAGESSO, apresenta o histórico do Consumo de Chapas de Gesso Acartonado no Brasil, desde seu início em 1972 até 2002..

(30) 29 Figura 11: Histórico do Consumo de Chapas de Gesso Acartonado no Brasil.. Fonte: ABRAGESSO (2004).. Através do gráfico ilustrado, é possível perceber que durante vinte anos, de 1972 até 1992, o crescimento do consumo de chapas de gesso, em m², ocorreu de forma tímida, com bastante lentidão. Entretanto, a partir de 1995 a evolução desse consumo se deu de forma muito mais significativa. Sendo que de 1995 até 2002 foi registrado um crescimento de, aproximadamente, 675,0% no consumo das chapas no Brasil. Apesar dos avanços observados neste período, no início dos anos 2000, ainda apenas 20% das chapas de gesso acartonado produzidas eram empregadas como divisórias em ambientes comerciais, o restante era utilizada como forros. (TAGLIABOA, 2010). Ainda segundo TAGLIABOA (2010), o gesso acartonado, que no início do século possuía uma produção ainda pequena e pouco representativa, passa a ser produzido em larga escala no Brasil e com isso ocasiona uma queda nos custos do mesmo, além da complementação do sistema com a produção de acessórios especiais. A partir dessa evolução na busca por esse sistema no país, empresas fabricantes começaram a migrar para o mercado brasileiro, as três principais grandes fabricantes européias deste sistema são: a Lafarge (francesa), a Knauf (alemã) e a Placo (francesa). Dessa forma, conjugando aspectos econômicos com vantagens oferecidas pelo material, o mercado apresentou.

(31) 30. um crescimento expressivo e atualmente, o sistema já se encontra bastante difundido no mercado interno (TAGLIABOA, 2010). A Figura 12, da ABRAGESSO, apresentada em sequência, ilustra o consumo histórico, em milhões de m², de chapas para Drywall no Brasil, desde 1995 até 2013. Figura 12: Consumo histórico anual de chapas para Drywall no Brasil (milhões de m²).. Fonte: ABRAGESSO (2015).. É notória evolução anual das chapas de gesso, desde quando começou seu crescimento mais significativo, em 1995, como foi dito anteriormente, até 2013. Percebe-se que ainda muita evolução foi feita, chegando ao último ano representado, 2013, com 50 milhões de m² consumidos por ano no Brasil. Um motivo para esse crescimento, além da chegada das fabricantes Européias no Brasil, é mostrado por SABBATINI et al (2006) que infere que em junho de 2000 foi fundada a Associação Drywall (Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall), que tinha como um dos seus principais objetivos, divulgar a cultura da construção seca..

(32) 31. 2.6. O Sistema Construtivo Drywall 2.4.1. Chapas de Gesso Acartonado. Segundo HARDIE (1995), as chapas de gesso acartonado são compostas por uma parte central de sulfato de cálcio dihidratado, que fica entre duas camadas de papel cartão. De acordo com TANIGUTI (1999), o fato de serem cobertas com o papel cartão, possibilita que as chapas de gesso acartonado possuam uma superfície lisa, que facilita o seu acabamento. E por conta dessa regularidade geométrica, é desnecessária a utilização da camada de regularização. Os três tipos de chapas comercializadas no Brasil são: comum, resistente à água e resistente ao fogo. Entretanto, em outros países são comercializadas também chapas, de gesso, resistentes ao impacto, flexíveis e resistentes ao vapor d’água (TANIGUTI, 1999). Segundo MELO & FERNANDES (2017), as chapas denominadas Standard (ST) são as mais comuns de serem utilizadas, são aquelas indicadas para ambientes secos e representadas na cor branca. De acordo com a norma americana ASTM C36 (1997), estas chapas devem ser compostas por material não combustível no centro, essencialmente gesso e a superfície devem ser as duas camadas de papel cartão. KNAUF (1997) alerta que estas chapas Standard não devem ser empregadas em ambientes com temperatura acima de 50°C, nem ambientes com uma umidade relativa superior a 90%. Pois sujeitas a essas condições, o desempenho das divisórias é comprometido, o que pode causar uma alteração em suas características. De acordo com MELO & FERNANDES (2017), as chapas Resistentes a Umidade (RU) são aquelas que devem ser usadas em ambientes úmidos. Em geral, são empregadas em cozinhas, banheiros e áreas de serviços, e são comercializadas na cor verde..

(33) 32. Segundo a KNAUF (1997), estas chapas de gesso resistentes à água, possuem em sua composição central gesso e silicone, enquanto que sua superfície é coberta por um cartão com hidrofugante. Porém, principalmente quando utilizadas em banheiros, estas chapas RU, devem ser fixadas de modo a evitar a entrada de vapor de água, pois esta situação pode causar uma deterioração dos componentes das chapas (FERGUSON, 1996). Já as chapas Resistentes a Fogo (RF) possuem retardantes em sua fórmula, estas são indicadas para áreas que necessitam de uma maior resistência ao fogo, como em saídas de emergência e escadas enclausuradas. São caracterizadas pela cor vermelho claro (MELO & FERNANDES, 2017). Esta chapa foi desenvolvida para minimizar os efeitos da retração que ocorre nas chapas de gesso comuns quando submetidas a altas temperaturas, gerando assim a abertura de fissuras que permitem maior passagem de calor. Com a utilização de vermiculitas e fibras de vidro, a integridade da chapa é mantida, mesmo que ocorra uma perda de água do gesso (NATIONAL GYPSUM, 1996). A Tabela 1 resume os três tipos de chapas comercializados no Brasil: Tabela 1:Denominação dos tipos de chapas comercalizadas no Brasil Tipos de Chapas Denominação. Standard (ST). Resistente à Umidade (RU). Resistente ao Fogo (RF). Fonte: A autora (2019).

(34) 33 .. Segundo FERGUSON (1996), as espessuras das chapas devem variar de acordo com o tipo e a utilização das mesmas. Para o autor as chapas de 15,9mm possuem melhor desempenho estrutural do que aquelas de menores espessuras, entretanto também se tornam mais rígidas e ocasionam uma maior dificuldade de manuseio. TANIGUTI (1999) infere que as chapas de 12,7mm são as mais utilizadas, tanto nacional quanto internacionalmente, enquanto que as de 9,5mm são mais utilizadas quando há a necessidade de se realizar reparos nas divisórias. E as de 6,4mm servem geralmente como base para revestir paredes já existentes. A Tabela 2 a seguir ilustra os tipos de chapas e suas dimensões: Tabela 2: Tipos de chapas comercializadas no Brasil e suas dimensões.. Fonte: Vasconcelos (2005).. 2.4.2. Estrutura suporte das Divisórias Para a montagem do sistema Drywall é necessária a existência de uma estrutura para as divisórias. Segundo TANIGUTI (1999) no Brasil, geralmente são utilizados componentes de madeira para reforçar e fixar batentes, caixas de luz, instalações hidráulicas e alguns objetos com massa superior a 30kg. Já.

(35) 34. para a estruturação da divisória é mais comum de serem utilizados os perfis de aço galvanizado. Alguns dos motivos para a utilização dos perfis metálicos, em detrimento das estruturas de madeira encontram-se na diminuição da variação das dimensões do elemento de aço, bem como um menor peso em relação à madeira e sua não combustibilidade. Os ataques de insetos e de agentes biológicos também são fatores que comprometem a utilização da madeira (TANIGUTI, 1999). Em relação ao perfil metálico utilizado, A ASTM C645 (ASTM, 1995), recomenda que o mesmo deva ser de aço galvanizado ou de outro material que possua uma resistência à corrosão e uma resistência mecânica que se equiparem com as do mesmo. Esta mesma norma também prescreve uma espessura mínima para o perfil metálico, que deve ser de 0,45mm, entretanto sem considerar a camada de proteção galvânica. No que diz respeito à camada de galvanização, a prescrita pela norma americana representa um valor muito abaixo daquele especificado pelas normas Européias. Isto indica uma possível necessidade de revisão. De acordo com a norma francesa NF 1 36-321 (AFNOR, 1996), deve-se haver uma proteção dos perfis metálicos por meio de uma camada de zinco, sendo necessário empregar, pelo menos, 275g/m². Na frança também há uma indicação de espessura mínima para os perfis, a qual não deve ser inferior à 0,60mm (CSTB, 1981). Com relação aos formatos dos perfis, existem opções que devem se adequar ao uso para o qual será empregado. (TANIGUTI, 1999). 2.4.3. Processo de Montagem Segundo a Associação Drywall (2018), o sistema construtivo em questão trata-se de uma tecnologia que substitui as vedações internas convencionais, podendo substituir paredes, forros e revestimentos, como pode ser ilustrado na Figura 13..

(36) 35. Figura 13: Divisórias, forro e revestimento em Drywall.. Fonte: Associação Drywall (2018).. Segundo TAGLIABOA (2010), o sistema de construção Drywall é composto basicamente por três elementos: as placas de gesso acartonado, os elementos estruturais e os acabamentos e acessórios. Sendo que esses elementos possuem componentes que podem ser adaptadas a depender das necessidades e de cada situação. A Figura 14 ilustra essas componentes. Figura 14: Componentes do Sistema Drywall. Fonte: Programa Setorial da Qualidade dos Componentes para Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para Drywall (2015)..

(37) 36. As chapas de gesso acartonado são montadas após a instalação das estruturas metálicas leves que, são fixadas na estrutura principal da edificação. As placas são montadas até que exista a vedação da toda a superfície. Na parte interna da parede fica um vazio, onde, muitas vezes são passadas as tubulações elétricas e hidráulicas (TAGLIABOA, 2010). Conhecendo os elementos das estruturas de suporte da divisória de gesso acartonado, é possível compreender como se dá essa instalação das estruturas metálicas leves, sabendo que a formação do suporte da estrutura se dá apenas pelas guias e pelos montantes, como pode ser visto na Figura 15 a seguir. Figura 15: Estrutura de suporte das chapas de gesso acartonado.. Fonte: Taniguti (1999).. Percebe-se que as guias, que são montadas na posição horizontal, possuem a função de direcionar e marcar o local onde a divisória deve ser colocada, a posição da vedação vertical interna dentro da edificação. As mesmas podem ser superiores ou inferiores, sendo que as primeiras são fixadas no teto e as segundas no piso..

(38) 37. Os montantes, por outro lado são montados na posição vertical e servem para estruturar as divisórias de gesso acartonado. Os perfis metálicos utilizados para os montantes possuem aberturas, como podem ser observadas na imagem, para que seja facilitada a passagem das instalações elétricas e hidráulicas. Segundo TAGLIABOA (2010) para fixação das chapas de gesso à estrutura de suporte, no Brasil, geralmente é utilizado o parafuso. Os quais devem ser escolhidos especificamente de acordo com cada situação. A Figura 16 a seguir ilustra o resultado dessa fixação. Figura 16: Chapas de gesso fixadas à estrutura de suporte com parafusos.. Fonte: Programa Setorial da Qualidade dos Componentes para Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para Drywall (2015).. O comprimento dos parafusos comercializados no Brasil possui uma variação que se encontra entre 25 mm e 140 mm. Esse comprimento é suficiente para penetrarem nas estruturas de suporte da divisória, a uma profundidade tal que os mesmos tenham uma resistência suficiente a sua retirada. (VASCONCELOS, 2005) Na união das chapas de gesso acartonado cria-se uma junta, que serve não apenas para separá-las, mas também para absorver os esforços mecânicos que advém das movimentações estruturais que são geradas pelas próprias chapas, em como aquelas oriundas de dilatações térmicas. (VIVEIROS, 2004)..

(39) 38. Para preencher esses espaços, chamados de juntas, são utilizadas massas para tratamento de juntas e também fitas de papel de reforço. Podemse encontrar dois tipos de fitas de papel: fitas de papel kraft, que são aquelas que possuem a superfície lisa; e fitas de papel com um vinco no centro, que auxilia na dobra quando do uso em cantos internos (TAGLIABOA, 2010). A Figura 17 mostra como se dá o preenchimento da juntas. Figura 17: Fechamento das Juntas entre chapas. Fonte: Programa Setorial da Qualidade dos Componentes para Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para Drywall (2015).. TAGLIABOA (2010), no caso da existência de portas e janelas na vedação vertical, são, geralmente, deixados os vãos abertos para que em seguida sejam colocadas as esquadrias, e este procedimento é usualmente feito de duas formas. Uma das formas é por meio da aplicação de espuma expansiva de poliuretano e a segunda forma é feita através do parafusamento do caixilho no perfil metálico leve ou nas tiras de madeiras.. 2.4.4. Vantagens do Sistema Drywall Segundo NUNES (2015), grande parte das vantagens da utilização do Drywall, decorrem do fato do mesmo ser um meio de construção com o mínimo de retrabalhos ou esperas, e pela sua facilidade de conformidade com as normas. Algumas das vantagens são listadas a seguir..

(40) 39.  Rapidez na Execução: A divisória em gesso acartonado possui um processo de execução rápido, começando pelos materiais empregados. Como os materiais são préfabricados eles chegam aos canteiros devidamente inseridos nas normas, o que diminui a preocupação de conferência (SILVA, 2000). O transporte interno em uma obra vertical é muito reduzido, se comparado com o de uma parede feita em alvenaria, tanto em questão de quantidade quanto de limpeza. A redução do transporte vertical e horizontal no canteiro de obras já desencadeia o menor número de mão de obra, riscos, barulho, sujeira e confusão. (VIEIRA, 2006). Por conta da rapidez da execução, reduz-se também a quantidade de mão de obra. CEOTTO et al (2005) destaca que pelo fato dos funcionários envolvidos na construção ser consideravelmente menor, isso gera uma economia nos serviços de apoio também, como no alojamento, refeitório, higiene (sanitários, chuveiros), equipamentos de segurança, etc.  Desperdícios mínimos A montagem do sistema não causa uma grande geração de entulho e desperdícios, um dos motivos é a não utilização de cimento, cal e areia para assentamento de blocos cerâmicos e também o fato de que não é preciso quebra para a execução das instalações prediais. A execução realizada em sequência lógica facilita muito na redução de retrabalhos, um exemplo disso é a etapa das instalações, que é feita antes do fechamento da parede com a segunda placa de gesso acartonado, fazendo com que seja evitado corte posterior para a passagem de alguma tubulação (VIEIRA, 2006). A perda no canteiro de obras com relação às chapas de gesso acartonado, segundo a Associação Drywall, é da ordem de 3% a 5% do consumo, sendo uma parcela significativa da geração desse resíduo os retalhos de chapas de gesso acartonado, que são resultantes do processo de montagem do sistema correspondem (ABRAGESSO, 2011)..

(41) 40.  Aumento da área útil Enquanto a parede de Drywall acabada tem espessura de 9 cm, a de alvenaria convencional possui, geralmente, 14 cm. Essa diferença resulta em um ganho de área útil, cerca de 4% em áreas maiores a 10 m² (SILVA, 2000).  Alivio nas estruturas Segundo SILVA (2000), uma parede convencional de alvenaria chega a pesar 180 kg/m² contra os 25 kg/m² do sistema Drywall, o que faz com que a substituição seja possível diminuir até 20% o peso da carga da estrutura, o que impacta em uma redução de 20 a 30% nos custos finais da obra.  Versatilidade e flexibilidade A versatilidade do drywall pode ser encontrada na maneira que podem ser executadas, como por exemplo, divisórias com formatos curvos e também na flexibilidade de mudança de layouts (GUIA PLACO, 2014).  Facilidade nas instalações prediais As divisórias de gesso acartonado, sendo ocas, conseguem alojar com facilidade qualquer tipo de sistema predial, permitindo inclusive modificações futuras sem qualquer necessidade de rasgos adicionais devido ao espaço livre entre placas disponíveis para tubulações e eletrodutos (CEOTTO et al, 2005).  Desempenho estrutural De acordo com ensaios realizados pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, as paredes Drywall especificadas na NBR 15758 atendem aos requisitos da Norma de Desempenho (FILHO, 2010)..

(42) 41.  Conforto termo acústico O sistema Drywall se destaca nesse quesito por possuir uma camada de ar entre as placas de gesso acartonado, causando assim uma menor transmissão da energia sonora e maior capacidade de isolamento, podendo ser ainda melhorada com o acréscimo de mais placas ou material absorvente, para contribuir com a perda de energia através da absorção sonora e pela eliminação de possíveis ressonâncias da cavidade (GROTRA, 2009). O material absorvente mais conhecido é a lã de vidro, por conta de suas ótimas propriedades como isolante térmico. Pelo fato do ótimo coeficiente de absorção e também pela porosidade da lã, a onda que entra em contato com ela é rapidamente absorvida. Além disso, possui características como leveza e facilidade de manipulação, o que colabora para uma maior utilização do mesmo; também não propaga chamas; não favorece a proliferação de fungos ou bactérias; por fim, não possui um comprometimento de seu desempenho quando expostas à maresia e não é facilmente atacada, ou nem danificada pela ação de roedores (CATAI, PENTEADO, DALBELLO, 2006).  Segurança ao fogo O sistema conta com a combinação de diversos componentes isolantes como, a lã de vidro utilizada no preenchimento, possui também como recurso de prevenção as suas Chapas RF, além, das suas próprias características. Mesmo assim, aconselha-se o uso de dispositivos corta fogo e barreiras físicas, para uma resistência de mais tempo (CAMPOS, 2006).. 2.7. Produtividade De acordo com SOUZA (1998), a produtividade é considerada como a eficiência com a qual se transformam as entradas em saídas, dentro de um processo produtivo..

(43) 42. OLIVEIRA (2009) entende a produtividade como um conjunto de atividades que quando desenvolvidas são capazes de transformar um bem em outro, com a maior utilidade ou eficácia possível. Para SOUZA (2000), a produtividade, de uma forma mais geral, pode ser vista como a medição do nível de eficiência ou eficácia de um agente em uma atividade. Em outras palavras, a rapidez e eficiência com a qual o autor da mão-de-obra executa uma determinada quantidade de um serviço ou sua totalidade. As informações necessárias para o cálculo e análise da produtividade podem ser obtidas por diversos meios, seja através de uma observação contínua das equipes, ou por meio de informações fornecidas pelos encarregados, bem como através de dados da folha de pagamento. A produtividade pode ser expressa por períodos, estes podendo estar de forma diária, cumulativa, potencial ou por ciclo. (Souza, 2001). Para MATTOS (2010), a produtividade é o inverso do índice, que se trata da incidência de cada insumo na execução de uma unidade de serviço. E o índice também pode ser chamado de Razão Unitária de Produção (RUP). Assim, quanto menor a RUP maior a produtividade e vice e versa. Segundo ARAÚJO & SOUZA (2001), na indústria da Construção Civil, é comum que a produtividade seja medida por meio do índice parcial RUP. Este índice indica o número de homens-hora por quantidade de serviço e a equação que o retrata é expressa a seguir:. Onde:. ⡈‫ ח‬鵠. 嚐. Equação 1. H嚐H 鵠 Homens-hora da equipe disponível para o trabalho; QS 鵠 Quantidade líquida de serviço.. PINI (2001) apresenta alguns fatores que podem influenciar na. mudança de produtividade da mão-de-obra para um dado serviço, tendo em vista que a mesma varia até mesmo dentro da própria obra. Alguns motivos dessa variação podem ser explicados pelo tipo e pela dificuldade do trabalho a.

(44) 43. ser executados; pela disponibilidade de equipamentos para a execução nos canteiros; por algumas anormalidades como chuvas, falta de energia elétrica e também pela quantidade de ajudantes disponíveis, por exemplo. OLIVEIRA (2009) traz que as (RUP) podem ser classificadas de diferentes maneiras, de acordo com a análise do serviço, são essas classificações: a) RUP diária: obtida pela razão entre a quantidade de horas trabalhadas e a quantidade de serviço executado pela equipe em um dia. b) RUP cumulativa: calculada através do quociente entre os valores acumulados de homens.hora e quantidade de serviço, relativos ao período que vai do primeiro dia em que se estudou a produtividade até ao ultimo dia de estudo. c) RUP potencial: obtida por meio da mediana dos valores de (RUP) diária que se encontram inferior o valor da RUP cumulativa. De acordo com ARAÚJO & SOUZA (2001) enquanto a RUP diária mostra o efeito sobre a produtividade dos fatores atuantes no dia de trabalho, a RUP cumulativa auxilia na detecção de tendências de desempenho de serviço em longo prazo. Já a RUP potencial mostra um valor de produtividade potencialmente obtenível para um dado serviço. OLIVEIRA (2009) também descreve algumas regras de padronização de mensuração da mão-de-obra: a) deve-se calcular as horas de trabalho despendidas por uma equipe, que consiste de um encarregado e os membros da equipe sob seu comando; b) não são contadas horas dos trabalhadores por falta ou atraso; c) os ajudantes (trabalho de suporte) somente são considerados quando seu trabalho é devotado exclusivamente à equipe em estudo. O estudo da produtividade é visto como um importante fator, pois auxilia e atua como um instrumento para a melhoria de uma gestão e também como um parâmetro para o desenvolvimento técnico ou tecnológico do serviço. Além de que ajuda a empresa a enriquecer e complementar seu banco de dados, de modo a facilitar no gerenciamento do empreendimento, pois facilitará quando a mesma precisar fazer previsões e planejamentos para a execução da obra..

(45) 44. 3. METODOLOGIA 3.1. Descrição do Empreendimento De acordo com SESAB, Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (2019), a Policlínica Regional em Paulo Afonso é uma Unidade Especializada de Apoio Diagnóstico com serviços de consultas clínicas especializadas em exames gráficos e de imagem, que potencializa o cuidado e atenção à saúde da população de forma humanizada. Ela oferece um maior bem-estar aos pacientes do SUS, por meio de uma equipe multiprofissional qualificada e preparada para atender as demandas da região. A Policlínica possui 2.848,32m² de área construída. (SESAB, 2019) A policlínica está localizada na Rodovia BA 210 – Bairro Tancredo Neves 2, em frente ao Centro de Abastecimento, na cidade de Paulo Afonso.. 3.2. Análise Comparativa da Economia de Área Útil A Policlínica foi construída com todas as suas paredes externas com o sistema construtivo da alvenaria de blocos cerâmicos. As salas referentes aos exames de Raio-X, Ressonância Magnética, Tomografia e Mamografia também exigiram a utilização de vedação interna feita em Alvenaria, por conta das necessidades de maior proteção causadas pelas especificações dos aparelhos. A maioria das demais divisórias internas da clínica foram construídas com a utilização do sistema construtivo Drywall. Para a análise comparativa foram consideradas três situações:  Situação A: situação na qual toda a vedação vertical interna da Policlínica teria sido feita de Alvenaria de Blocos Cerâmicos;  Situação B: situação original da Policlínica, na qual uma parte da vedação vertical interna foi feita no sistema Drywall e outra, no sistema de Alvenaria de Blocos Cerâmicos;  Situação C: situação na qual toda a vedação interna da Policlínica teria sido feita no sistema Drywall..

(46) 45. É importante frisar que as paredes externas do empreendimento e aquelas referentes às salas especiais citadas anteriormente não foram consideradas na análise, pois devem ser sempre em alvenaria. As especificações dos blocos cerâmicos utilizados na construção da edificação são as seguintes: bloco cerâmico com 9 furos, na horizontal, com dimensões de 14x9x19cm, com espessura da parede igual à 14cm (bloco deitado), o mesmo pode ser observado na Figura 18. Figura 18: Bloco Cerâmico, 9 furos, 14x9x19cm.. 14 cm. 19 cm 9 cm Fonte: Cerâmica Atlanta (2019).. Já as especificações a respeito das paredes de gesso acartonado são as seguintes: no caso das utilizadas nas áreas secas as mesmas eram paredes de gesso acartonado, Drywall ST; no caso das utilizadas em áreas úmidas, eram do tipo Drywall RU, ambas compostas por uma chapa Standard em cada face, estruturadas através de guias e montantes de 9cm e com espessura final de 11,5cm. De posse do projeto arquitetônico da Policlínica, foi possível realizar o levantamento dos perímetros referentes às paredes de alvenaria de blocos Cerâmicos, bem como aos das divisórias de drywall para as três situações apresentadas anteriormente. Por fim, seria necessário o conhecimento a respeito da espessura final das paredes. No que diz respeito ao drywall, o sistema apenas recebe pintura, não sendo necessário outro revestimento. Já nas paredes de Alvenaria é.

(47) 46. necessária a aplicação de reboco, que no caso da Policlínica em questão, a espessura total dos revestimentos foi de 2cm de cada lado. Nos locais de áreas úmidas foram aplicados revestimentos cerâmicos, entretanto, isto aconteceu indiferentemente do sistema utilizado, por esse motivo será desconsiderada essa espessura.. 3.3. Análise Comparativa da Produtividade e do Tempo. Para a Análise da Produtividade, foi utilizado o método R.U.P., que é dado em h.h/m². A quantidade de operários analisada em todas as medições foi de 2 homens. No caso da alvenaria de blocos: 1 pedreiro e 1 ajudante. No caso do drywall: 1 montador e 1 ajudante. A quantidade de horas trabalhadas analisadas fora de 9 horas, considerando que o serviço começava às 7:30 e ia até as 12:00, onde havia uma pausa para o almoço e retornava às 13:00, seguindo até 17:30. Desta forma, com a quantidade de metros quadrados executados por cada dupla, dados estes colhidos com os engenheiros responsáveis, até o fim do dia era possível calcular a produtividade para cada serviço. Foram então calculados valores médios para a área construída por dia observado. Os valores médios para cada um dos métodos construtivos são exibidos na Tabela 3 abaixo: Tabela 3: Dados Colhidos para o Cálculo da Produtividade. TIPO. Homens. Horas. Média de Área Construída (m²). Paredes de Alvenaria. 2. 9. 12. Divisórias de DryWall. 2. 9. 40. Fonte: A autora (2019)..

(48) 47. 3.4. Análise Comparativa do Custo Para a realização da análise comparativa dos custos, faz-se necessário o conhecimento a respeitos dos preços em metros quadrados de cada um dos métodos construtivos analisados, que são a alvenaria de blocos e o sistema drywall. Com o auxílio das tabelas da ORSE, orçamento de obras em Sergipe, que são uma referência em orçamento no Brasil, foi possível encontrar os valores que mais se assemelharam com o preço por m² que ocorreu no empreendimento para o sistema construtivo Drywall. E para a alvenaria foi utilizada a tabela do SINAPI, que se trata do Sistema Nacional de Preços e Índices para a Construção Civil, onde a mesma indicava uma composição para o preço do serviço. É importante frisar que dentro do sistema drywall ainda existem algumas especificidades, sabendo que o mesmo teve duas diferentes utilizações, já que sua aplicação foi feita em áreas secas e áreas úmidas, o que exigiu a utilização do drywall ST e do drywall RU. Pelo fato de que cada um possui suas especificidades e a utilização de tecnologias diferentes na fabricação, os preços dos mesmos possuem certa discrepância que precisa ser considerada. Por esse motivo, bem como a obtenção dos valores dos métodos construtivos. em. metros. quadrados,. é. necessária. a. realização. dos. levantamentos de áreas para cada método. Assim, com o auxílio do projeto arquitetônico da policlínica foi possível realizar os levantamentos de drywall ST, drywall RU e da alvenaria para cada uma das três situações abordadas no trabalho. É importante também considerar uma camada de revestimento, no caso da parede de alvenaria. Por esse motivo, visando uma maior proximidade com a realidade, será considerado o mesmo como sendo de camada única, ou seja, apenas composto por chapisco e massa única. O valor para os componentes foram também encontrados nas tabelas da ORSE e do SINAPI..

(49) 48. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1. Análise Comparativa da Economia de Área Útil Por meio do levantamento realizado no projeto arquitetônico da policlínica, foi possível encontrar os perímetros referentes às paredes de Alvenaria e às divisórias de Drywall, em cada uma das três situações citadas anteriormente. A Tabela 4 apresenta os valores de perímetros, em metros, encontrados: Tabela 4: Perímetros das paredes e divisórias, referentes às três situações. PERÍMETRO (m) TIPO Situação A Situação B Situação C Paredes de Alvenaria. 943,81. 299,19. --. Divisórias de DryWall. -. 644,62. 943,81. Fonte: A autora (2019).. Já com relação às espessuras finais das paredes, no caso das paredes de Alvenaria de Blocos cerâmicos, foi utilizada a espessura do próprio bloco, com o acréscimo da espessura do reboco. No caso das Divisórias de Drywall, foi utilizada apenas a espessura do perfil, e das placas de gesso. A Tabela 5, a seguir, mostra os valores finais de espessuras, em centímetros, para os dois tipos construtivos: Tabela 5: Espessuras Finais das Paredes de Alvenaria de e de Drywall. TIPO. ESPESSURA DA PAREDE (cm). Paredes de Alvenaria. 18. Divisórias de DryWall. 11,5. Fonte: A autora (2019)..

(50) 49. Com a obtenção destas informações,é possível encontrar a quantidade de área útil despendida para a construção da vedação vertical interna em cada uma das situações levantadas. A área da edificação que seria despendida para a construção das paredes da Policlínica, em cada uma das Situações A, B e C, pode ser exibida na Tabela 6 a seguir: Tabela 6: Área da Edificação Utilizada para a Construção das Paredes. ÁREA (m²) TIPO Situação A Situação B Situação C Paredes de Alvenaria. 169,89. 53,85. -. Divisórias de DryWall. -. 74,13. 108,54. TOTAL. 169,89. 127,99. 108,54. Fonte: A autora (2019).. Percebe-se que a situação original da Policlínica (Situação B), representa uma economia de 41,90m² em relação à Situação A, aquela situação que representa que todas as paredes são construídas em alvenaria de blocos cerâmicos. Este valor representa que a área despendida para a construção da vedação vertical interna da Situação A seria, aproximadamente, 33%maior do que a área despendida para a construção da vedação na situação B. Outra forma de representar esse valor é por meio do projeto arquitetônico da própria Policlínica, tendo em vista que,esta diferença entre as duas situações representa, praticamente, a mesma área que foi utilizada para a construção de 4 salas da edificação. A Figura 19 mostra as quatro salas da edificação em questão são as salas. de. Eletrocardiograma,. Ecocardiograma,. Mamografia. e. Eletroencefalograma, cujas áreas são, respectivamente: 9,96m², 9,78m², 9,97m² e 10,44m², que totalizam 40,15m², um valor ainda 4% menor do que os.

Referências

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