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Causas da evasão nos cursos de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina

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Academic year: 2021

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(1)i. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO CURSO DE MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: POLÍTICAS E GESTÃO INSTITUCIONAL. CAUSAS DA EVASÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. IRINEU MANOEL DE SOUZA. Florianópolis, 1999.

(2) ii. CAUSAS DA EVASÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. DISSERTAÇÃO apresentada ao Programa de PósGraduação em Administração da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Administração. Orientador: Prof. Dr. Nelson Colossi. Florianópolis, dezembro de 1999.

(3) iii. CAUSAS DA EVASÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Irineu Manoel de Souza. Esta dissertação foi julgada adequada para obtenção de título de Mestre em Administração (Área de concentração: Políticas e Gestão Institucional) e aprovada, em sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Santa Catarina.. ____________________________________________ Prof. Nelson Colossi, Dr. Coordenador. Apresentada à Comissão Examinadora, integrada pelos professores:. ____________________________________________ Prof. Nelson Colossi, Dr. Orientador. ____________________________________________ Prof. Teodoro Rogério Vahl, Dr. Membro. ____________________________________________ Prof. Luiz César dos Reis Salvador, Msc. Membro.

(4) iv. “O estado brasileiro não se revelou, ainda, capaz de democratizar o ensino, estando distante da organização de uma educação pública democrática de âmbito nacional”. Dermeval Saviani.

(5) v. AGRADECIMENTOS:. Meus sinceros agradecimentos àqueles que, de alguma maneira, contribuíram com a presente dissertação. Desejo agradecer especialmente: A toda minha família; Aos servidores do Departamento de Administração Escolar; Aos servidores do Departamento de Recursos Humanos; Ao Prof. Nelson Colossi, pela orientação e incentivo desde o início do curso até a conclusão da presente dissertação; Ao Prof. Teodoro Rogério Vahl, que também acompanhou a elaboração do presente trabalho; Ao Prof. Luiz César dos Reis Salvador, pela orientação estatística; Aos colegas Ivo Coutinho e Maria Aparecida Bilck, pela ajuda na pesquisa de campo; Ao estudante do Curso de Ciências da Computação Carlos Edmundo, pela digitação e editoração da presente dissertação; À Profa. Clarmi Régis, pela “revisão” da presente dissertação; À Universidade Federal de Santa Catarina..

(6) vi. SUMÁRIO RESUMO................................................................................................................................... x ABSTRACT ............................................................................................................................ xii 1. INTRODUÇÃO ..................................................................... Erro! Indicador não definido. 1.1.. Justificativa e Relevância Do Estudo ...................................................................................................... 3. 1.2.. Abrangência e Limitações do Estudo ...................................................................................................... 4. 1.3.. Objetivos da Pesquisa .............................................................................................................................. 5. 1.4.. Definição do Problema ............................................................................................................................ 5. 1.5.. Estrutura do Trabalho .............................................................................................................................. 6. 2. REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................................... 8 2.1.. Origens das Universidades ...................................................................................................................... 8. 2.1.1.. A Universidade no Brasil...................................................................... ........................................... 9. 2.2.. Papel da Universidade ........................................................................................................................... 10. 2.3.. Avaliação Institucional .......................................................................................................................... 14. 2.4.. O Fenômeno da Evasão ......................................................................................................................... 15. 2.4.1.. Possíveis Causas da Evasão.................................................................. ......................................... 20. 2.4.1.1. Fatores Acadêmico-Institucionais.............................................................................................. 26 2.4.1.2. Fatores Sócio-Político-Econômicos ........................................................................................... 29 2.4.1.3. Fatores de Ordem Pessoal .......................................................................................................... 31. 3. CAMPO DE ESTUDO DA PESQUISA: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - UFSC ............................................................................................................... 33 4. METODOLOGIA ............................................................................................................ 38 4.1.. Justificativa Pela Escolha da Organização ............................................................................................. 38. 4.2.. Justificativa Pela Escolha dos Participantes .......................................................................................... 38. 4.2.1. Identificação da Amostra............................................................................ ......................................... 44 4.3.. Caracterização do Período de Realização da Pesquisa de Campo ......................................................... 45. 4.3.1.. Etapas da Pesquisa de Campo............................................................... ......................................... 45. 4.4.. Perguntas de Pesquisa ............................................................................................................................ 45. 4.5.. Configuração dos Instrumentos de Coleta de Conteúdos ...................................................................... 46. 4.6.. Estruturação da Análise dos Conteúdos................................................................................................. 47.

(7) vii. 4.7.. Definição de Termos ............................................................................................................................. 47. 5. IDENTIFICAÇÃO DOS ÍNDICES DE EVASÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UFSC ................................................................................................................................. 50 5.1.. Análise dos Índices de Evasão em Relação aos Índices Candidato/Vagas no Vestibular ..................... 54. 5.2.. Análise do Fenômeno da Evasão em Relação aos Índices de Aproveitamento (desempenho acadêmico). dos alunos evadidos ........................................................................................................................................... 54. 6. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DAS CAUSAS DA EVASÃO ............................... 56 6.1.. Causas de Evasão nos Cursos de Graduação da UFSC ......................................................................... 56. 6.1.1.. Causas Que Contribuíram Totalmente ou Muito Para a Evasão Nos Cursos de Graduação da. UFSC.................................................................................................................... .......................................... 57 6.1.1.1. Fatores Acadêmico-Institucionais.............................................................................................. 58 6.1.1.2. Fatores Sócio-Político-Econômicos ........................................................................................... 58 6.1.1.3. Fatores de Ordem Pessoal .......................................................................................................... 59 6.1.1.4. Área de Ciências Biológicas e da Saúde .................................................................................... 59 6.1.1.4.1. Fatores Acadêmico Institucionais .................................................................................... 61 6.1.1.4.2. Fatores Sócio-Político-Econômicos .................................................................................. 62 6.1.1.4.3. Fatores de Ordem Pessoal ................................................................................................ 62 6.1.1.5. Área de Ciências Físicas e Tecnológicas ................................................................................... 64 6.1.1.5.1. Fatores Acadêmico Institucionais .................................................................................... 65 6.1.1.5.2. Fatores Sócio-Político-Econômicos .................................................................................. 66 6.1.1.5.3. Fatores de Ordem Pessoal ................................................................................................. 66. 6.1.1.6. Área de Ciências Humanas e Artes............................................................................................ 68 6.1.1.6.1. Fatores Acadêmico Institucionais .................................................................................... 69 6.1.1.6.2. Fatores Sócio-Político-Econômicos .................................................................................. 70 6.1.1.6.3. Fatores de Ordem Pessoal ................................................................................................ 70. 7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...................................................................... 71 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 76.

(8) viii. LISTA DE TABELAS. TABELA I – ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE .............................................................. 83 TABELA II – ÁREA DE CIÊNCIAS FÍSICAS E TECNOLÓGICAS ........................................................... 84 TABELA III – ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E ARTES ....................................................................... 86 TABELA IV – TOTAIS DO UNIVERSO DA PESQUISA .............................................................................. 89 TABELA V - EVASÃO (geração pesquisada -70/1 A 90/2) ............................................................................. 90 TABELA VI – ÍNDICE DE EVASÃO EM RELAÇÃO AOS ÍNDICES CANDIDATO/VAGA NO VESTIBULAR (período de 1986 a 1994)................................................................................................... 92 TABELA VII - DESEMPENHO ACADÊMICO DOS ALUNOS EVADIDOS (1970-1990) ........................ 92 TABELA VIII - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA – RELATÓRIO GERAL ................................................................................................. 93 TABELA IX - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA – FATORES ACADÊMICO INSTITUCIONAIS ......................................................... 94 TABELA X - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA – FATORES SÓCIO-POLÍTICO-ECONÔMICOS ..................................................... 94 TABELA XI - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA ............................................................................................................................................ 95 TABELA XII - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA ............................................................................................................................................ 96 TABELA XIII - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA ............................................................................................................................................ 97 TABELA XIV - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA ............................................................................................................................................ 97 TABELA XV - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA ............................................................................................................................................ 98 TABELA XVI - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA ............................................................................................................................................ 99 TABELA XVII - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE.

(9) ix. FREQÜÊNCIA .......................................................................................................................................... 100 TABELA XVIII - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA .......................................................................................................................................... 100 TABELA XIX - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA .......................................................................................................................................... 101 TABELA XX - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA .......................................................................................................................................... 102 TABELA XXI - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA .......................................................................................................................................... 103 TABELA XXII - CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA .......................................................................................................................................... 103 TABELA XXIII CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE EVASÃO EM ORDEM DECRESCENTE DE FREQÜÊNCIA .......................................................................................................................................... 104 TABELA XXIV - ÍNDICE CANDIDATO/VAGA – CONCURSO VESTIBULAR (Período de 1986 a 1994) ..................................................................................................................................................................... 105 TABELA XXV - ÍNDICE DE APROVEITAMENTO (DESEMPENHO) DOS EVADIDOS .................... 108 TABELA XXVI - TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS FORMANDOS ....................................... 113 TABELA XXVII - TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EVADIDOS .......................................... 118 TABELA XXVIII - RELATÓRIO GERAL – CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UFSC ............................ 122 TABELA XXIX - ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE: ................................................... 126 TABELA XXX - ÁREA DE CIÊNCIAS FÍSICAS E TECNOLÓGICAS .................................................... 130 TABELA XXXI - ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E ARTES ................................................................ 134.

(10) x. RESUMO. A presente pesquisa teve como finalidade identificar os índices de evasão nos Cursos de Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina, bem como as principais causas desse fenômeno. A opção pelo tema da pesquisa justifica-se pelo fato de os estudos sobre a evasão oferecerem subsídios importantes para a avaliação e para o planejamento das Universidades. O trabalho de investigação da evasão nos Cursos de Graduação da UFSC compreendeu dois estudos: no primeiro, buscou-se identificar os índices de evasão analisando sua relação com os índices candidato/vaga no Concurso Vestibular e com o desempenho acadêmico dos alunos evadidos. Os dados merecedores de atenção apontados pela pesquisa, dizem respeito ao significativo índice de evasão em determinados cursos. Verificou-se que, nos cursos de Administração, Biblioteconomia , Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Produção Civil, Engenharia de Produção Elétrica, Engenharia de Produção Mecânica, Engenharia Química, Engenharia Sanitária, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras – Português, Letras – Francês, Letras – Inglês, Letras- Italiano, Matemática, Pedagogia e Química, o índice de evasão ultrapassou 50%. Isto significa que mais da metade dos cursos oferecidos pela UFSC apresentam uma evasão superior a 50%. No segundo estudo, que compreende a pesquisa de campo, realizada através de questionários aplicados aos alunos evadidos nos anos de 1996 e 1997, foram identificadas as causas de evasão. A pesquisa mostra que as principais causas de evasão nos Cursos de Graduação da UFSC são: necessidade de trabalhar - 45%; mudança de interesse, opção de vida e/ou indecisão profissional – 43%; por ter sido aprovado em outro vestibular – 32%; dificuldades econômico-financeiras – 31%; insatisfação com o curso – 29%; pouca valorização do diploma no mercado de trabalho – 27%; falta de perspectiva de.

(11) xi. trabalho após a conclusão do curso – 24%; erro na tomada de decisão quanto a escolha do curso – 23%; baixos salários pagos aos graduados no curso – 22%; dificuldade em realizar estágios remunerados durante o curso – 22%; falta de concentração da grade de horário num único turno – 21% e falta de reconhecimento da profissão pela sociedade – 21%. Sintetizando, objetivou-se, com a presente pesquisa, identificar os cursos que apresentam maiores índices de evasão, a correlação da evasão com o desempenho acadêmico dos alunos e com a demanda candidato/vaga no Concurso Vestibular, bem como identificar as principais causas de evasão nos Cursos de Graduação da UFSC. Os estudos permitem o conhecimento do fenômeno da evasão nos Cursos de Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina, sugerindo possíveis mudanças em sua estrutura e funcionamento. Palavra Chave: Evasão; Instituições Universitárias; Administração Universitária..

(12) xii. ABSTRACT. The present study aimed to identify the evasion indexes of the under-graduation courses of the Federal University of Santa Catarina and the causes of such phenomenon. This theme was chosen due to the fact that studies on evasion offer important elements to evaluate and plan the courses offered by universities. The investigation research on evasion in under-graduation courses of UFSC was composed of two studies. The first one aimed to identify the indexes of evasion, analyzing its relation with the indexes candidate/vacancy in the Entrance Exam – Vestibular – and the academic performance of the evaded students. The collected data are related to the significant evasion index in some of the courses offered by UFSC. It was verified that in the courses of Management, Librarianship, Biologic Sciences, Food Engineering, Accounting, Economic Sciences, Social Sciences, Civil Production Engineering, Electric Production Engineering, Mechanic Production Engineering, Chemical Engineering, Sanitary Engineering, Philosophy, Physics, Geography, History, Languages: Portuguese, English, French, Italian, Mathematics, Education, and Chemistry the evasion index was over 50%. It means that more than half of the courses offered by UFSC present an evasion index over 50%.In the second study, that comprehended the field survey, done through questionnaires answered by evaded students in the years of 1996 and 1997, the causes of evasion were identified. The study shows that the main causes of evasion in the undergraduation courses of UFSC are: necessity to work – 45%; interest change, life option and/or professional indecision – 43%; approval in other entrance exams – 32%; financial-economic difficulties – 31%; dissatisfaction with the course – 29%; lack of value of the certificate in the market – 27%; small perspective of a job opportunity – 24%; wrong course choice – 23%;.

(13) xiii. low salaries – 22%; difficulty in doing paid training programs during the course – 22%; classes offered in more than one period of the day – 21% and non-recognition importance of the course by society – 21%. Summarizing, the present study aimed to identify the courses that present high evasion indexes, the correlation of the evasion with the academic performances of the students and the demand candidate/vacancy in the Entrance Exam – Vestibular, as well as to identify the main causes of evasion in under-graduation courses of UFSC. The studies identified the evasion phenomenon in under-graduation courses of the University of Santa Catarina and suggest some possible changes in their structure and functioning..

(14) 1. 1. INTRODUÇÃO. A evasão no Ensino Superior no Brasil é uma problemática cada vez mais evidente, mas tem sido pouco pesquisada, apesar de sua importância. O estudo dos índices e das causas da evasão é uma abundante fonte de dados que não tem se configurado como objeto de interesse para realização de pesquisas relevante. A evasão é um tema polêmico, principalmente nas universidades públicas, onde a procura pelos cursos superiores tem crescido significativamente nos últimos anos. Paradoxalmente, constata-se que vários alunos, após cursar algumas fases na universidade, abandonam o curso, transferem-se para outro curso ou para outra universidade. É de grande relevância para as universidades conhecerem os motivos que levam esses jovens a evadirem-se de seus cursos após terem feito um grande esforço para obterem a tão sonhada classificação no concurso vestibular. Na presente pesquisa, foi realizado levantamento das principais causas da evasão nos Cursos de Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC estudando os fatores acadêmico-institucionais, fatores sócio-político-econômicos e fatores de Ordem Pessoal. Nos fatores acadêmico-institucionais foram observadas as deficiências institucionais, por exemplo, as deficiências de infra-estrutura física, infra-administrativa e de ordem acadêmico (deficiências curriculares e as limitações dos servidores docentes e técnicoadministrativos). Nos fatores sócio-político-econômicos observou-se as causas relacionadas com a conjuntura do país, como, mercado de trabalho, desemprego, a questão financeira e outras.

(15) 2. situações econômicas que dificultam a continuidade dos estudos de muitos jovens brasileiros. Nos fatores de ordem pessoal estudou-se as causas individuais, que escapam ao controle da Instituição. Entre essas causas estão as referentes à vocação do aluno e problemas de ordem pessoal. No contexto deste trabalho, evasão é entendida como a saída do aluno do curso em que se encontrava matriculado, antes de concluí-lo. A evasão é na realidade um dos maiores problemas que afetam os cursos de graduação. A insatisfação dos alunos nos cursos de graduação culminando com a evasão deve ser uma preocupação permanente dos pesquisadores e administradores universitários. Esse fenômeno é penoso tanto para o aluno quanto para a universidade e conseqüentemente para a sociedade. É muito grande o custo social da evasão. Num país pobre como o Brasil é lamentável a ocorrência dessas perdas discentes. Por mais que se tente contornar o problema reaproveitando as vagas decorrentes da evasão com transferências e outras modalidades de matrícula, dada a complexidade da administração acadêmica, não se consegue recuperar o custo do aluno evadido. A descontinuidade nos estudos é um problema que afeta a educação em todos os níveis escolares e todos os tipos de instituições educacionais, com conseqüências penosas tanto para o aluno quanto para o poder público. Alguns cursos de graduação da UFSC apresentam índices de evasão alarmantes, principalmente os cursos de licenciaturas, refletindo alguma deficiência do sistema educacional brasileiro. Este trabalho tem como objeto de pesquisa a evasão dos alunos nos cursos de graduação na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com vistas a identifica e.

(16) 3. analisar as causas do problema, para propor alternativas de solução visando elevar o número de estudantes que concluam seus cursos. A preocupação principal da pesquisa será identificar os índices de evasão nos cursos de graduação da UFSC e descobrir as reais causas da evasão, para propor alternativas de solução visando elevar o número de estudantes que concluam seus cursos.. 1.1.. Justificativa e Relevância Do Estudo. A opção pelo tema de pesquisa EVASÃO justifica-se por considerar que o estudo em questão é essencial para o país, para as universidades brasileiras e consequentemente, para a UFSC. Como tema de pesquisa, a EVASÃO tem sido foco de relativamente poucos trabalhos acadêmicos. Neste sentido, considera-se que o estudo da EVASÃO é pertinente, uma vez que poderá vir a contribuir para a identificação de suas reais causas e para a apresentação de propostas alternativas para a minimização do fenômeno. Pretende-se, também, compartilhar os resultados desta pesquisa com os dirigentes e pesquisadores envolvidos nos programas de avaliação das Universidades Brasileiras e especificamente com o Programa de Avaliação da UFSC – PAIUFSC, no sentido de oferecerlhes elementos de contribuição. O fenômeno EVASÃO no ensino fundamental e no ensino médio, bem como nos Cursos de Graduação, tem preocupado educadores e dirigentes de Instituições Públicas e Privadas envolvidas com o processo educacional brasileiro. No ensino superior, a EVASÃO tem sido pouco estudada, em virtude das características do sistema universitário..

(17) 4. Os cursos de graduação da UFSC, principalmente os cursos de licenciaturas, a exemplo das demais universidades brasileiras, apresentam elevados índices de EVASÃO. Justifica-se, portanto, a presente pesquisa que busca identificar os reais índices e as possíveis causas da EVASÃO nos cursos de graduação da UFSC. Este, pois, será .o tema central do trabalho. A presente pesquisa foi desenvolvida a partir dos dados constantes do Sistema de Administração Acadêmica da UFSC. Os dados levantados referem-se ao período compreendido entre o primeiro semestre de 1970 ao segundo semestre de 1997. Por outro lado, cumpre destacar o inedetismo da presente pesquisa, que implicou na definição de uma metodologia própria para identificar a evasão e pesquisar suas causas, nos cursos de graduação. Esta dissertação oferece subsídios à Universidade Federal de Santa Catarina e às demais universidades brasileiras, com o objetivo de oportunizar melhor conhecimento de sua realidade. Espera-se, ainda, que sirva para que a comunidade na qual se insere a UFSC reflita sobre o fenômeno evasão.. 1.2.. Abrangência e Limitações do Estudo. A presente pesquisa refere-se à identificação dos índices e às possíveis causas da evasão dos cursos de graduação da UFSC. A pesquisa de campo refere-se aos evadidos no primeiro e segundo semestres de 1996 e primeiro e segundo semestres de 1997..

(18) 5. 1.3.. Objetivos da Pesquisa. GERAIS A partir das considerações apresentadas na introdução, esta pesquisa tem como objetivo geral identificar os índices e as possíveis causas da evasão nos cursos de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina.. ESPECÍFICOS Através dos objetivos específicos, pretende-se: a). identificar os índices de evasão nos cursos de graduação da UFSC;. b). conhecer o desempenho acadêmico dos alunos evadidos;. c). identificar o tempo de permanência na UFSC dos alunos formados e evadidos;. d). investigar as principais causas que levaram os alunos a evadirem-se dos cursos de graduação da UFSC.. 1.4.. Definição do Problema. Considerando-se os elevados índices de evasão nos cursos de graduação da UFSC, o problema de pesquisa deste estudo pode ser assim sintetizado: “Quais os índices e as causas predominantes de evasão nos cursos de graduação da UFSC?”.

(19) 6. 1.5.. Estrutura do Trabalho. O presente trabalho é composto por sete capítulos, assim distribuídos: O capítulo 1 apresenta uma breve introdução com uma visão geral do tema trabalhado, bem como o problema de pesquisa a ser investigado, o objetivo geral e os específicos a serem atingidos, a justificativa teórico-prática da pesquisa e o delineamento e perspectiva da pesquisa; O capítulo 2 compreende a revisão da literatura especializada sobre o tema, considerada relevante para auxiliar o estudo do problema de pesquisa. Inicialmente, são abordados a origem e o papel da universidade. Em seguida, trata da avaliação institucional nas universidades e do fenômeno da evasão, ressaltando suas concepções e seu impacto nas universidades; O capítulo 3 apresenta um breve histórico e algumas considerações estruturais da Universidade Federal de Santa Catarina, campo de estudo da pesquisa. O capítulo 4 relata a metodologia utilizada na coleta e análise dos conteúdos, contemplando, também, a justificativa pela escolha da organização e dos participantes , o período de realização da pesquisa, as perguntas da pesquisa, a configuração dos instrumentos de coleta de conteúdos e a estruturação da análise de conteúdo; O capítulo 5 relata os índices de evasão nos Cursos de Graduação da UFSC, analisando-os em relação aos índices candidato/vaga no vestibular, bem como em relação aos índices de aproveitamento (desempenho acadêmico). O capítulo 6 apresenta a análise e a interpretação das causas da evasão. É analisada a evasão nos cursos de graduação da UFSC, destacando as principais causas deste fenômeno; No capítulo 7, conclusões, é feita uma análise dos índices e das causas da evasão com.

(20) 7. base na literatura pesquisada. Apresenta as conclusões da pesquisa, levantando várias questões para aprofundar os estudos referentes à presente temática..

(21) 8. 2.. REVISÃO DA LITERATURA. Neste capítulo apresenta-se uma revisão da literatura especializada sobre os temas relacionados à evasão: Origem das Universidades, Papel das Universidades, Avaliação Institucional e Concepções sobre o fenômeno evasão, considerados relevantes para o desenvolvimento da presente dissertação.. 2.1.. Origens das Universidades. Neste tópico é apresentada uma perspectiva histórica da origem das universidades, contextualizando a universidade brasileira.. O Ensino Superior nasceu na Antigüidade Clássica, no Ocidente, principalmente na Grécia e em Roma, por volta do século V. Naquela época os discípulos se reuniam em torno de um mestre para obterem conhecimentos. As escolas consideradas de alto nível na época formavam especialistas em Medicina, Filosofia, Retórica e Direito. As primeiras Universidades nasceram no final da Idade Média: Bolonha (1088); Paris (1150); Oxford/Cambridge (século XII); Pádua (1222); Nápoles (1224); Toulouse (1229); Orleans/Praga (século XIII); Pisa (1343); Cracóvia (1364); Viena (1365);Heidelberg (1385); Efurt (1397); Colônia (1388), traduzindo uma reação espontânea, provocada pela incapacidade histórica de as Escolas Catedrais e Monásticas fornecerem uma concepção orgânica articulada sobre o então emergente fenômeno de crescimento das cidades. (SILVA, et al., 1991, p.31)..

(22) 9. No século XIX, com a industrialização, a Universidade Medieval dá lugar a novas concepções de universidade: . Universidade Francesa - ensino profissional uniforme, confiado a um corpo organizado , tendo como finalidade a estabilidade política do Estado. Napoleão foi seu autor principal; . Universidade Alemã - unidade da pesquisa e do ensino no centro do universo das ciências, tendo como finalidade a aspiração da humanidade à verdade. Seu idealizador foi K. Jaspers; .Universidade Inglesa - educação geral e liberal no meio do saber universal. A finalidade desse modelo é a aspiração do indivíduo ao saber. J.H. Newman foi seu autor principal. O modelo inglês é a terceira concepção de universidade, considerando a ordem de surgimento. Este modelo, idealizado por John Henry Newman, concebe a universidade como meio de educação para uma elite. Newman defendia nas conferências de que participava que a universidade é um lugar de ensino do saber universal. Isto implica que seu objetivo é mais do que o seu avanço, antes de tudo, a difusão e a extensão do saber. A finalidade da universidade é a aspiração do indivíduo ao saber. Os princípios de organização são: uma pedagogia de desenvolvimento intelectual e internato e “tutors”. .Universidade Americana - simbiose da pesquisa e do ensino a serviço da imaginação criadora, tendo como finalidade a aspiração da sociedade ao progresso; .Universidade Soviética - um instrumento funcional de formação profissional e política. A finalidade desse modelo era a edificação da sociedade comunista. (JANNE, 1981, PP.29-40).. 2.1.1. A Universidade no Brasil. A primeira escola superior brasileira foi criada em 1808: a Escola de Cirurgia e Medicina da Bahia. Somente em 1920, foi criada a primeira Universidade brasileira: a.

(23) 10. Universidade do Rio de Janeiro, inspirada no modelo francês. O sistema educacional brasileiro passou por várias transformações conjunturais decorrentes das diversas reformas, quais sejam: Reforma Rivadávia (1911); Reforma Carlos Maximiliano ( 1915); Reforma Rocha Vaz (1925); Reforma Francisco Campos (1931); 1a. LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1961), culminando com a Reforma Universitária de 1968 e a 2a. LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996). É importante ressaltar que cada reforma procurava manter alguns elementos básicos da estrutura anterior, não ocorrendo, assim, uma ruptura completa com o modelo vigente, excetuando-se a Reforma Universitária de 1968, que rompeu a estrutura acadêmica de Universidade concebida nos moldes existentes, desde a criação das primeiras escolas superiores no Brasil.. 2.2.. Papel da Universidade. Pesquisando a universidade através da história, verifica-se que ela atua junto às forças vivas da sociedade e é reconhecida como pólo de elaboração crítica e difusão do saber. O papel da Universidade é atender às exigências do desenvolvimento do país e aos anseios da sociedade. Para que isso ocorra, a universidade precisa de autonomia, avaliação e indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão. A universidade é produtora de conhecimento universal e compete com a Igreja e com o Estado. As Universidades se comunicam umas com as outras, independentemente das fronteiras políticas e se constituem como comunidades internacionais. As grandes Universidades sempre atraíram estudantes e professores de todas as partes. A universidade visa à internacionalização do conhecimento..

(24) 11. JANNE (1981, PP. 35-36) salienta que as universidades francesas, alemãs e inglesas não pararam de se adaptar, ou pelo menos, de tentar adaptar-se a exigências novas resultantes do desenvolvimento das ciências e das técnicas, da modificação da sociedade, notadamente no que concerne à competência dos executivos e dos especialistas, e da demanda social crescente dos jovens que querem ter acesso à Universidade. ANÍSIO TEIXEIRA (1976, p. 236) considera a universidade um centro de saber destinado a aumentar o conhecimento humano, um noviciado de cultura capaz de alargar a mente e amadurecer a imaginação dos jovens para a aventura do conhecimento, uma escola de formação de profissionais e o instrumento mais amplo e mais profundo de elaboração e transmissão da cultura comum brasileira. DARCI RIBEIRO ( 1969, p.35) afirma que a Universidade, mediante o exercício de seu papel específico dentro do ensino superior, contribui para o preenchimento dos requisitos de perpetuação ou alteração da sociedade global. De fato, a Universidade interfere nos destinos da sociedade, pois forma profissionais de alto nível tecnológico para os quadros dirigentes do município, do estado, da nação, com aguda consciência da realidade social, política econômica e cultural. Com efeito, interage com a sociedade, que a gera e sustenta. GILBERTO DE MACEDO em seu livro “A Universidade Dialética” (1987) afirma que, se se meditar sobre o panorama do mundo atual, constatar-se-á a grandeza da função e a responsabilidade da Universidade contemporânea. Nestes últimos cem anos em que a humanidade se transformou mais que nos últimos séculos anteriores, é preciso pensar-se mais e mais na universidade para dirigir a complexa vida social que o próprio homem criou, em permanente mutação. Afirma o referido autor que a Universidade deve ser formativa e criativa. As contradições do mundo moderno, com o avanço incessante da ciência e o progresso técnico, quiçá imprevisível, exigem homens não apenas formados ou.

(25) 12. informados, mas capazes de se adaptarem a essas mutações e, mais do que isso, assumirem o controle das mesmas. A universidade tem como papel formar homens que vão dirigir o progresso social. A idéia da universidade está indissoluvelmente unida à idéia de desenvolvimento. Não pode haver desenvolvimento sem pessoal de nível universitário. CRISTÓVÃO BUARQUE, em seu artigo “A Universidade nos anos 90: Perspectivas e Compromissos” (1991), imagina a Universidade do Futuro. Uma universidade diferente em todos os aspectos: . A Formação Abrangente - todos serão alunos da universidade. Toda a população disporá dos serviços que o saber universitário cria. A universidade receberá saber criado em todas as partes, por todas as pessoas, e servirá como elemento de intercâmbio para todas as demais. . A Formação Integrada - os cursos universitários formarão as pessoas para liberá-las e não para aprisioná-las em uma profissão. Os profissionais receberão formação em todas as áreas do saber, com uma visão global, onde a especialização não está separada da formação humanista, sobretudo ética. .A Formação Permanente - o diploma será abolido porque ninguém se sentirá formado e porque o saber não será indicado por documento, nem tratado como latifúndio. A formação será permanente para todos os participantes. .O Espaço Aberto - a universidade passará a estar em todo lugar. Todos terão acesso aos novos instrumentos e as novas linguagens permitirão o contato direto entre todos os que participam do processo educacional. A Estrutura Livre - os Departamentos terão que ser substituídos por Organizações informais. Os grupos de participantes serão reunidos em função de interesses do momento. .A Administração Espontânea - o intercâmbio direto entre os participantes passará a ser o principal instrumento de gerência das atividades..

(26) 13. .A Universidade em Mutação - a rede universitária será ampliada até as bases mais distantes em outros planetas, ocorrendo, assim, a evolução para novas formas de saber e de aprender, sem a prisão a uma única velha lógica. As constatações e as reflexões até aqui trazidas apontam para a gama de papéis que cabem à UNIVERSIDADE, destacando a importância da pesquisa. Todas as demais atividades da universidade tomarão significado só na medida em que concorram para proporcionar a pesquisa. Cabe à universidade a elaboração de consciência crítica e produção e transmissão de conhecimentos; o afloramento da consciência crítica sobre as urgências da humanidade em geral e da sociedade em particular, dentro das quais está inserida. Ela se faz pela formação e desenvolvimento de inteligências, criativas e produtivas, geradoras de novos conhecimentos e de soluções tecnológicas para a humanidade. Ela se traduz, como construtora da comunidade científica, voltada para o bem-estar da sociedade e da humanidade. A universidade deve refletir a realidade. Deve estar atenta para os desafios da realidade para poder estudá-los, pois a universidade é o lugar do cultivo do espírito, do saber e onde se desenvolvem as mais altas formas da cultura e da reflexão. As constatações e reflexões apontam para a importância de um esforço maciço das universidades, de se avaliarem, justamente para revelarem seus importantes papéis na sociedade. É de fundamental importância que todas as universidades do mundo coloquem suas melhores inteligências a serviço do pensar sobre o futuro da espécie e do planeta. Apesar de todas as crises, a universidade foi a instituição que mais contribuiu para a construção do Brasil. Contribuiu mais que a indústria e que as instituições financeiras públicas e privadas. O papel da universidade num mundo de transformação é entender esse novo mundo, formulando propostas e ajudando na construção do futuro, é a aproximação com o povo; é conviver com as associações, sindicatos e com o setor privado. É também conviver não somente com os.

(27) 14. países do Primeiro Mundo mas também com as universidades do Terceiro Mundo. 2.3.. Avaliação Institucional. Para AMORIM (1991), o tema Avaliação Institucional intensificou uma série de discussões a respeito do significado da questão qualidade do trabalho intelectual de produção acadêmica. SOBRINHO (1994) argumentou que pensarmos a universidade como projeto é não entendê-la como instituição pronta e acabada. Para ele, a universidade real se constrói nas contradições, projeta-se no conjunto de situações que lhe são oferecidas e que ajuda a compor, conforme suas condições, sua vontades e escolhas políticas. BUARQUE (1988) acredita que, nas últimas décadas, mais do que em outros períodos de nossa história, a universidade vem passando por momentos de degradação da qualidade de sua produção. Esse descrédito manifesta-se de forma contundente pela crise vivenciada pela ciência e pela perda de credibilidade institucional da universidade. A qualidade, então, é colocada como um crédito importante no contexto institucional da avaliação da universidade, exigência que não provém apenas da comunidade científica que sustenta o rigor da ciência, mas também de toda a sociedade. Para FREITAS (1998), no ensino superior, a avaliação vem sendo utilizada em amplitude, perspectivas e terminologias que se definem a partir do objeto de estudo, como por exemplo, a avaliação de desempenho (docente e discente), a avaliação emancipatória e a avaliação institucional. MEYER JR. (1993:18) define Avaliação Institucional como “um instrumento de gestão necessário para se mensurar os esforços da organização, sua qualidade, utilidade e relevância”..

(28) 15. A Avaliação Institucional é, portanto, indispensável para a elevação da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão das Universidades. Esse processo possibilita às Universidades diminuir algumas das disfunções resultantes de sua própria natureza como organização complexa em que o planejamento é dificultado e a hierarquia é indefinida. Com efeito, apesar das dificuldades operacionais, a Avaliação Institucional é fundamental para uma visão fiel das universidades e correção das disfunções, principalmente algumas causadas pelo corporativismo e pelo academicismo. Contudo é importante ressaltar a necessidade da construção de um modelo de Avaliação Institucional que atenda às especificidades da Universidade. Concluindo, observa-se que a Avaliação Institucional é um processo de acompanhamento das atividades acadêmico-administrativas e tem como objetivo a elevação da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, visando ao atendimento dos reais interesses da sociedade.. 2.4.. O Fenômeno da Evasão. Neste tópico são apresentadas as concepções de evasão, ressaltando algumas de suas definições segundo os principais estudiosos do assunto.. A evasão é uma das deficiências do sistema educacional brasileiro. São poucas, no entanto, as pesquisas no Brasil sobre o fenômeno. De qualquer maneira, a preocupação dos estudiosos é descobrir as principais causas da evasão, para proporem alternativas de solução visando elevar o número de estudantes que concluam seus cursos. O fenômeno evasão preocupa as instituições universitárias do Brasil e do mundo. Sua.

(29) 16. complexidade e abrangência vem sendo, nos últimos anos, objeto de estudos e análises pelos pesquisadores do mundo inteiro. Nos Estados Unidos e na Europa há uma grande preocupação com a evasão. A pesquisadora LATIESA (1992) estudou a evasão nas universidades européias e norte-americanas no período de 1960 a 1986. O estudo apontou que os melhores rendimentos do sistema universitário são apresentados pela Finlândia, Alemanha, Holanda e Suíça, enquanto os piores resultados se verificam nos Estados Unidos, Áustria, França e Espanha. Nos EUA, as taxas de evasão estão em torno de 50%, como acontece em média nas universidades brasileiras. O Professor LAURO GUESSER, do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (GUESSER, 1984), elaborou uma pesquisa no período de 1977 a 1982 e identificou um índice de evasão nos Cursos de graduação da UFSC em torno de 46%, ou seja, constatou que, de cada 100 alunos, 46 não concluem os cursos em que ingressaram. A pesquisa do Professor GUESSER não esclarece os motivos que levaram esses alunos a desistir de freqüentar a universidade. Contudo ressalta que o significado da perda é estarrecedor, pois, em termos de orçamento, resulta em perda de recursos públicos. Isso acarreta prejuízos tanto para Universidade, como para a Sociedade. Para SANTOS (1986, p. 29), “as universidades públicas e gratuitas devem ter um forte compromisso social. Têm que estar engajadas no processo de desenvolvimento global da sociedade que as mantém. Têm que estar voltadas para objetivos que impliquem a formação de recursos humanos; o exercício da investigação científica e tecnológica; a valorização da cultura e das artes. Mas não é possível prosseguir escondendo a realidade. A Universidade tem suas mazelas internas. Uma delas, que reputamos gravíssima, refere-se às perdas discentes.”.

(30) 17. No período de 1992 a 1994, os estudos sobre evasão foram intensificados, através do Programa de Avaliação das Universidades Brasileiras – PAIUB, criado pelo Ministério da Educação. Com a mudança de governo, em 1995, o PAIUB perdeu força e o tema evasão passou a não ser mais prioritário para o Ministério da Educação, inibindo as pesquisas sobre o fenômeno pelos pesquisadores brasileiros. A comissão especial, criada pelo MEC em 1994, para estudar a evasão nos cursos de graduação em instituições de ensino superior, após quase 2 (dois) anos de trabalho, encerrou suas atividades sem cumprir a principal finalidade para a qual havia sido criada: pesquisar as causas da evasão nos Cursos de Graduação. Contudo, a citada Comissão elaborou um relatório, mencionando os “Prováveis fatores determinantes do desempenho da graduação: a) Fatores referentes a características individuais do estudante: relativos à habilidade de estudo; relacionados à personalidade; decorrentes da formação escolar anterior; vinculados à escolha precoce da profissão; relacionados à dificuldades pessoais de adaptação à vida universitária; decorrentes da incompatibilidade entre a vida acadêmica e as exigências do mundo do trabalho; decorrentes do desencanto ou da desmotivação dos alunos com cursos escolhidos em segunda ou terceira opção; decorrentes de dificuldades na relação ensinoaprendizagem, traduzidas em reprovações constantes ou na baixa freqüência às aulas; decorrentes da desinformação a respeito da natureza dos cursos; decorrente da descoberta de novos interesses que levam à realização de novo vestibular; b) Fatores Internos às Instituições: peculiares a questões acadêmicas: currículos desatualizados, alongados; rígida cadeia de pré-requisitos, além da falta de clareza sobre o próprio projeto pedagógico do curso; relacionados a questões didático-pedagógicas, por exemplo, critérios impróprios de avaliação do desempenho discente; relacionados à falta de formação pedagógica ou ao desinteresse do docente; vinculados à ausência ou ao pequeno número de programas institucionais para o.

(31) 18. estudante, como Iniciação Científica, Monitoria, programas PET (Programa Especial de Treinamento), etc.; decorrentes da cultura institucional de desvalorização da docência na graduação; decorrentes de insuficiente estrutura de apoio ao ensino de graduação (laboratórios de ensino, equipamentos de informática, etc.); inexistência de um sistema público nacional que viabilize a racionalização da utilização das vagas, afastando a possibilidade da matrícula em duas universidades; c) Fatores externos às instituições: relativos ao mercado de trabalho; relacionados ao reconhecimento social da carreira escolhida; afetos à qualidade da escola de primeiro e segundo grau; vinculados a conjunturas econômicas específicas; relacionados à desvalorização da profissão, por exemplo, o „caso‟ das Licenciaturas; vinculados a dificuldades financeiras do estudante; relacionados às dificuldades de atualizar-se a universidade frente aos avanços tecnológicos, econômicos e sociais da contemporaneidade; relacionados à ausência de políticas governamentais consistentes e continuadas, voltadas ao ensino de graduação” (Avaliação, 1996). A Comissão encerrou os trabalhos apresentando as seguintes propostas de encaminhamento: “a) Para continuidade dos estudos: Entendemos que a pesquisa sobre diplomação e evasão, apesar de ter avançado de forma substantiva, inclusive estabelecendo uma metodologia única, adotada pelas instituições participantes, ainda pode ser aprofundada e complementada. Para tanto, propomos as seguintes ações: identificar comparativamente os percentuais de diplomação e evasão nos cursos diurnos e noturnos; aplicar a metodologia a gerações incompletas com objetivo de identificar tendências mais recentes de diplomação e evasão; relacionar os percentuais de diplomação e evasão dos respectivos cursos ao nível sócio-econômico dos candidatos ao Concurso Vestibular; realizar pesquisas com egressos para aferir seu grau de satisfação com a formação profissional recebida; realizar pesquisas com evadidos, buscando identificar as razões que os levam a.

(32) 19. abandonar o curso superior; comparar os índices de diplomação e evasão nos cursos superiores das universidades públicas e privadas brasileiras com os de outras instituições internacionais, objetivando compreender tanto as especificidades do caso brasileiro, quanto as questões comuns ao ensino superior a nível internacional. b) Para melhoria dos índices de desempenho: As instituições de ensino superior que já identificaram as tendências de diplomação e evasão em seus cursos podem, de imediato, desenvolver ações para melhorar seu desempenho, quando necessário. Nesse sentido, sugerimos, dentre outras, as seguintes medidas: flexibilizar os currículos dos cursos e redimensioná-los em termos de menor carga horária; oferecer atividades de apoio pedagógico a estudantes com dificuldades de desempenho; melhorar a formação pedagógica do docente universitário; adotar políticas institucionais que valorizem o ensino de graduação, tais como: destinação de recursos orçamentários exclusivamente para a graduação; estabelecimento de sistema de bolsas para a atividade de ensino; implantação de linha de crédito para projeto de pesquisa ou de melhoria pedagógica em ensino; direcionar recursos orçamentários para reequipamento e manutenção de laboratórios e bibliotecas; valorização da atuação dos docentes nos cursos de graduação; estabelecer mecanismos de apoio psicopedagógico ao estudante; criar ou ampliar programas de bolsas acadêmicas; elaborar projetos de aprimoramento dos cursos; ampliar programas de convênios para estágios dos estudantes junto a empresas, escolas, etc; desenvolver programas de cultura e lazer nas instituições universitárias; ação pedagógica organizada em disciplinas com altas taxas de reprovação; produção de material de divulgação junto aos estudantes de ensino médio, a respeito do perfil dos cursos e das possibilidades de profissionalização a eles vinculadas; definição de um sistema público – legislação e registros acadêmicos – que impeça a duplicidade de inserção dos alunos em cursos oferecidos pelas instituições públicas; atualização dos currículos dos cursos e criação de novos cursos que respondam às mudanças.

(33) 20. sociais contemporâneas – urbanas, culturais, artísticas, tecnológicas, organizacionais, etc, contemplando por igual o desenvolvimento do cidadão e do profissional;” (Avaliação, 1996).. 2.4.1. Possíveis Causas da Evasão. A complexidade do fenômeno da evasão torna difícil precisar as reais causas que afastam os jovens dos bancos escolares. PAREDES (1994) adverte que: “1 – O fenômeno da evasão é maior do que a percepção que dele se tem; 2 – Os dirigentes universitários subavaliam o fenômeno e indicam causas nem sempre relevantes; 3 – A subavaliação do fenômeno produz decisões inadequadas e até contrárias à maior produtividade do sistema universitário” (p. 18). As causas da evasão podem ser internas, externas e aquelas relacionadas ao aluno. As causas internas são aquelas referentes aos recursos humanos, a aspectos didáticopedagógicos e à infra-estrutura. Já as causas externas são aquelas referentes a aspectos sóciopolítico-econômicos e as causas relacionadas ao aluno são aquelas referentes à vocação e a outros problemas de ordem pessoal. De acordo com ANDERSON (1987), existe um padrão de forças externas e internas que levam ao sucesso e à persistência ou falha ou fadiga do estudante e podem ser descritas como: “Forças Externas: Pais que valorizam o ensino superior e reivindicam sua importância; Colegas de grupos sócio-econômicos semelhantes que têm os mesmos objetivos e valorizam o ensino superior; Valores culturais que enfatizam o aprendizado, alcance intelectual e educação superior; Informação a respeito das oportunidades oferecidas na faculdade – auxílio.

(34) 21. financeiro, programas de estudo, e oportunidade para o desenvolvimento intelectual e pessoal na faculdade em geral e nas específicas; Professores e conselheiros que expressam a confiança no potencial do aluno e ao seu sucesso na faculdade; Informações sobre os benefícios que examinam os caminhos da educação que irão auxiliar o aluno a afirmar e alcançar seus objetivos pessoais; Exposição de ex-alunos que servirão como modelo para os seguintes. Forças Internas: Habilidades acadêmicas que tornam possível a admissão e realização na faculdade; Motivação para o sucesso e persistência nas tarefas acadêmicas; Interesse em conseguir uma educação de nível superior que promova o desenvolvimento pessoal e intelectual; Operações na carreira – necessidade acadêmica; Prazer no aprendizado levando à satisfação pessoal e intelectual; Autoconfiança para ajustar-se à experiência da faculdade e desafios no aprendizado; Valores que reconhecem a importância do ensino superior; Identificação com pessoal graduado que possa servir de modelos positivos” (p. 45-48). O referido autor afirma ainda que algumas das forças que agem contra a permanência e a realização do estudante são: a) procedimentos institucionais de rotina (registro, matrículas); b) seleção dos cursos apropriados; c) leitura, análise e realização dos testes; d) pesquisa em bibliotecas e material acadêmico escrito dentro de padrões e das exigências do professor; e) atuação em laboratórios, estudos e atividades extra-classe – demonstração de habilidades e motivação. Outros obstáculos podem ser citados (como forças negativas internas): a) falta de recursos materiais que sustentem o aluno na universidade; b) problemas com alojamento, colegas de quarto, transporte; c) conflitos no trabalho; d) demandas sociais; e) rejeição da família ou amigos que não valorizem a formação superior; f) discriminação racial; g) obrigações para com a família. Na Universidade Federal da Bahia, foi realizada, no período de 1979 a 1985, uma pesquisa que revelou existência de evasão em cada semestre, por deliberação própria do.

(35) 22. aluno. O estudo foi desenvolvido com caráter exploratório, uma vez que não partiu de pressupostos teóricos. A amostra consistiu de alunos de cursos que apresentavam alta taxa de evasão, no período de 6 semestres consecutivos, no período de 1981 a 1983. Na referida pesquisa, ficou constatado que os cursos considerados de alta evasão eram principalmente cursos de licenciatura (58%), onde predominava baixa seletividade e prestígio social. Cursos em que embora haja um elevado nível de qualificação, a posterior remuneração financeira do profissional relacionada com a responsabilidade profissional é baixa (pedagógica, política e social). Um dos indicadores principais da evasão, segundo aquela pesquisa, é o nível sócioeconômico dos evadidos, indivíduos provenientes de camadas sociais baixas, em cursos de baixa seletividade. Analisando as causas da evasão a partir das categorias específicas, concluise que a maior parte dos alunos evadiram-se por problemas pessoais, entre os quais a necessidade de trabalhar constitui-se no motivo principal. De acordo com a referida pesquisa, o motivo da evasão é pessoal, entretanto há uma responsabilidade institucional pela ausência de programas para alunos carentes. Observa-se que os motivos principais de evasão na UFBa, são coincidentes com os apontados na evasão do primeiro e segundo graus, onde a necessidade de trabalhar, devido à precária condição sócio-econômica, predomina. Carvalho (1986) Um estudo sobre evasão no terceiro grau em Curitiba foi desenvolvido por Paredes (1994) envolvendo a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Esse estudo identificou os valores médios da evasão de todos os cursos das duas instituições num período de dez anos (1980-1989). O critério adotado foi o da produtividade dos cursos, mediante o cálculo da relação entre alunos graduados e vagas ofertadas no total do período considerado. A segunda fase da pesquisa consistiu em entrevistas com cerca de 250 ex-alunos, desistentes e com os dirigentes de cada uma das.

(36) 23. universidades pesquisadas. Identificou-se a correlação entre produtividade/evasão e procura dos cursos por ocasião do vestibular. A pesquisa evidenciou que, na UFPR, os fatores determinantes do rendimento dos cursos seguem “naturalmente” os condicionantes sociais que determinam a maior ou menor procura. Nessa instituição, os cursos noturnos são mais concorridos do que seus equivalentes no diurno e apresentam um rendimento mais baixo. Na PUC, foi constatada a existência de uma intervenção direta da instituição para melhorar a produtividade dos cursos: a) melhorar o desempenho dos alunos que apresentam dificuldades, através de aulas de reforço; b) adequação do número de vagas segundo a demanda do mercado (oferecendo uma ou duas turmas para o mesmo curso): c) fechamento de cursos deficitários e abertura de novos, inéditos na região; d) pressão sutil e implícita da administração, exercida sobre o corpo docente, no sentido de facilitar as aprovações dos alunos. Ficou comprovado, segundo aquela pesquisa, que os mecanismos desenvolvidos para tal finalidade conseguem melhores resultados nos cursos de baixa procura do que naqueles de maior prestígio. Para cursos de evasão baixa ou média, como Medicina, Odontologia, Processamento de Dados, Engenharia Civil, Direito, a procura na UFPR é praticamente o dobro da registrada na PUC. Foi observada uma desvantagem para a PUC na seleção de candidatos - os mais preparados vão para a UFPR - aliada à necessidade de manter o maior número possível de alunos na instituição, para viabilizar economicamente a manutenção dos cursos. Nos casos em que os cursos diurnos apresentam um rendimento em torno de 50%, se forem dadas opções em dois períodos, sem aumento significativo do total de vagas(procura foi superior a 3x1), ocorre uma melhoria na produtividade. Nos casos onde o rendimento é inferior a 40% e a procura inferior a 2 candidatos/vaga, a oferta de mais vagas noturnas não melhoraria a produtividade. A diferença na produtividade entre alunos do diurno e noturno é.

(37) 24. embasada principalmente naqueles que devem estudar e trabalhar concomitantemente, sem levar em conta a formação básica, que, via de regra, já é inferior, se comparada àqueles que podem somente estudar. Nas duas universidades, os cursos de Medicina e Odontologia apresentam baixa evasão e uma alta seletividade. No outro extremo, encontram-se, em geral, cursos de licenciatura ou da área de ciências exatas, entre eles o de Física, na UFPR, com 90% de evasão no noturno e 82% no diurno. A pesquisa concluiu que, entre outras causas de evasão nas duas instituições podem ser citadas: 1) Opção pelo trabalho; 2) Matrículas simultâneas nas duas instituições por temor de não conseguir vaga; 3) Precipitação de entrar na faculdade, sem informações prévias sobre o conteúdo do curso e prática profissional, provocam matrículas em cursos inadequados às aspirações ou vocações pessoais; 4) Problemas relacionados à qualidade dos cursos (abaixo das expectativas), problemas organizacionais (horários, conteúdos das disciplinas) e conjunturais (greves); 5) Imaturidade que se reflete no aspecto pessoal, com instabilidade familiar (casamentos desfeitos) e na escolha inadequada do curso; 6) Despreparo do aluno, que inviabiliza o acompanhamento do curso, principalmente nos primeiros semestres; 7) “Curso Tampão”: é abandonado tão logo se consiga vaga no curso pretendido; 8) Conhecimento das condições precárias de remuneração no magistério, bem como as dificuldades de colocação profissional, mesmo para profissões tradicionalmente mais prestigiadas, quando comparados com o esforço e investimento necessários.

(38) 25. para concluir a formação superior; 9) Empregos públicos que oferecem estabilidade, garantias e remuneração nem sempre obtidas com um diploma de terceiro grau. Estudo semelhante foi realizado por um grupo de pesquisadores da UNESP, em 1995, para avaliar o índice de evasão escolar nos cursos de Graduação daquela instituição, tomando como público os ingressantes de 1985 a 1986. O estudo foi dividido em duas etapas: a primeira centrada nos aspectos quantitativos da evasão e repetência por curso e por série: a segunda fase, na explicação das causas desse fenômeno, sob perspectiva qualitativa, abrangendo aspectos estruturais, funcionais e sócio-culturais de cada curso (Bicudo, 1995) O trabalho considera como grupo de estudo os ingressantes a partir de 1985 em cada curso. As transferências internas de período foram consideradas como evasão por se caracterizarem como abandono da turma. Tanto no estudo realizado em Curitiba, como no da UNESP, observaram-se as mesmas tendências nas universidades estudadas, os cursos mais concorridos no vestibular apresentam o menor índice de evasão, Medicina e Odontologia para as três universidades e Medicina Veterinária na UFPR e UNESP. Na outra ponta estão os cursos, principalmente na Área de Exatas, em que se verifica uma evasão entre 90% e 70%, a seguir relacionados em ordem decrescente: Física; Estatística; Matemática; Química (Licenciatura); Ciências de Primeiro Grau (Licenciatura); Letras/Inglês e Filosofia na UFPR. Engenharias de Ilha Solteira; Física e Matemática. (Bacharelado/Licenciatura). em. Rio. Claro;. Matemática. (Bacharelado/Licenciatura) em São José do Rio Preto na UNESP. A PUC-PR apresenta uma evasão entre 67% e 52% distribuída pelos cursos, em ordem decrescente: Matemática; Artes Cênicas; Química Industrial e Letras. Uma das conclusões a que chegou o estudo da UNESP foi que a evasão ocorre, predominantemente, nos primeiros e segundos anos da série ideal.

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