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Avaliando a implementação do projeto "Cidade das águas" do município de Cascavel - PR, Brasil

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL – UNIJUÍ

MONIZE MILA

AVALIANDO A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO “CIDADE DAS

ÁGUAS” DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL – PR, BRASIL

CASCAVEL

2012

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MONIZE MILA

AVALIANDO A IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO “CIDADE DAS

ÁGUAS” DO MUNICÍPIO DE CASCAVEL – PR, BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Geografia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI , como requisito parcial à obtenção do título de licenciado em Geografia.

Orientadora: Doris Ketzer Montardo

CASCAVEL

2012

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DEDICATÓRIA

A todas as pessoas que historicamente tiveram negado o direito ao usufruto da água potável para o seu consumo e melhoria da qualidade de vida.

A todas as pessoas que dedicam sua vida em prol da melhoria da qualidade da água, bem como da preservação de nascentes e de redes aquíferas.

A todos os pesquisadores, estudiosos e educadores que lutam para que a população faça uso consciente dos recursos hídricos, preservando a qualidade da água para esta e para futuras gerações.

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AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida, pela partícula de sabedoria que me concedeu e pela oportunidade de ampliar meus conhecimentos por meio do estudo.

Aos professores da Universidade UNIJUÍ pelo incentivo, pela dedicação e pelas possibilidades viabilizadas em prol da minha aprendizagem.

Aos familiares que compreenderam os momentos em que me fiz ausente.

Aos profissionais da Secretaria de Meio Ambiente do município de Cascavel – PR, aos moradores entrevistados e todos que de alguma forma colaboraram para a realização deste estudo.

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As crescentes demandas por água estão ocasionando problemas aos recursos hídricos em muitas partes do mundo, sendo que em alguns casos, o uso indiscriminado da água tem chegado até a extinção de rios, açudes, lagos e aquíferos subterrâneos.

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RESUMO

A água é um recurso natural finito e a sua qualidade afeta diretamente a saúde do homem. O processo de urbanização, a falta de infraestrutura e de políticas públicas eficazes de educação e de meio ambiente acentuam o processo de degradação e poluição de fontes aquíferas nos municípios. Em áreas urbanas a contaminação das fontes de água se dá, principalmente, pelo acúmulo de lixo em seus mananciais, falta de tratamento de esgoto e resíduos industriais que são despejados em rios e nascentes. Na área rural corrobora para o processo de degradação o escoamento de resíduos de agrotóxicos, o desmatamento da mata ciliar, a falta de saneamento básico e tratamento do esgoto. O município de Cascavel – PR vem, nas últimas décadas, passando por um processo intenso de urbanização, inclusive com a ocupação de muitas áreas que, no passado, eram destinadas a produção agropecuária. O programa Cidade das Águas, implantado no município no ano de 2001, visa recuperar e conservar fontes de água e conscientizar a população local para a importância da preservação da água e do meio ambiente. Embora o projeto tenha a aprovação da maioria da população, muitos limites ainda estão postos para que o mesmo alcance os objetivos a que se propõem. Entre estes limites estão a falta de colaboração dos moradores para a conservação dos ambientes, o acúmulo de lixo nos locais, a ação de vândalos que depredam as fontes, a falta de segurança pública e a utilização dos espaços por usuários de drogas. Entende-se que a educação pode contribuir para a melhoria do projeto, bem como para o desenvolvimento da consciência ambiental da população.

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LISTAS DE FIGURAS

Figura 01 – Mapa do Município de Cascavel – PR ... 17 Figura 02 – Lago Municipal de Cascavel – PR; Reservatório artificial de água doce ... 18 Figura 03 – Evolução da população de Cascavel – PR ... 18 Figuras 04 e 05 – Ocupação do espaço urbano de Cascavel – PR ... 19 Figuras 06 e 07 – Ocupação de fundos de vale no município de Cascavel – PR . 19 Figura 08 – Recuperação e limpeza da Fonte do Bairro Cascavel Velho ... 22 Figuras 09 e 10 – Recuperação e limpeza da Fonte do Bairro Cataratas ... 23 Figuras 11 e 12 – Recuperação e limpeza da Fonte do Bairro Guarujá ... 23 Figuras 13 e 14 – Moradores coletando água na Fonte do Bairro Cascavel Velho e Fonte dos Leões ... 24 Figuras 15, 16, 17 e 18 – População bebendo água na Fonte do Bairro Cataratas, Fonte dos Leões, Fonte dos Mosaicos e Fonte Santos Dumont ... 24 Figuras 19, 20 e 21 – Momentos de lazer na Fonte do Bairro Guarujá, Fonte do Parque Tarquínio e Fonte dos Mosaicos ... 25

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 10

2. A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA POTÁVEL PARA O SER HUMANO ... 12

3. A REALIDADE DA COMUNIDADE PESQUISADA ... 17

4. O PROJETO CIDADE DAS ÁGUAS: LIMITES E POSSIBILIDADES ... 22

5. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA ... 26

6. CONCLUSÃO ... 28

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1. INTRODUÇÃO

A água doce é um recurso natural renovável, cuja qualidade pode afetar diretamente a saúde do homem. Com o aumento da população mundial, bem como a urbanização de muitas regiões, a qual em muitos casos acontece sem nenhum planejamento, as nascentes de água vêm cotidianamente sendo contaminadas pelo mau uso e por acumular o lixo e o esgoto produzido no meio urbano.

Corrobora para o agravamento do problema, as atividades agropecuárias que se constituem em fontes de degradação ambiental e de poluição de muitas fontes aquíferas. No Brasil e no Paraná muitas propriedades rurais tem em seu interior nascentes de água que, pelo desconhecimento da população, sofrem com a poluição e o desmatamento da mata ciliar.

Como resultado desse processo, gradativamente vem aumentando os problemas sanitários ligados à falta de qualidade da água, ou seja, diretamente ligados a qualidade imprópria da água para o consumo humano.

O comprometimento da água para o abastecimento doméstico tem como causas principais a falta de saneamento básico e tratamento do esgoto, a poluição por resíduos industriais – na zona urbana, e por agrotóxicos – na zona rural, a contaminação por efluentes domésticos, entre outras causas.

O mau uso da água pela população causa, entre outros problemas, a contaminação de nascentes por micro-organismos que, em geral, são patogênicos. Desta forma, a falta de qualidade da água gera também o agravamento dos problemas de saúde pública em muitos municípios do Brasil e do mundo.

Além disso, pesquisas apontam para o enfraquecimento deste recurso natural que, embora de fundamental importância para a existência da vida na Terra, inclusive a humana, não é causa de preocupação para muitas pessoas no mundo e, não diferente, no Brasil. Embora o país possua inúmeras fontes de água doce que, de uma forma geral causam o interesse de muitos países onde a água doce já não é um recurso encontrado em grande escala, evidencia-se que as políticas públicas para o tratamento e a preservação das nascentes não são tão eficazes.

O município de Cascavel, no oeste do Estado do Paraná possui, na zona urbana e em sua região, inúmeras nascentes de rios, que diariamente vem sendo consumidos pela poluição e pela degradação ambiental. Muitos cascavelenses não

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11 têm ideia do desperdício e dos problemas futuros que serão causados caso estas fontes naturais venham a desaparecer.

Partindo desta problemática, a gestão municipal de Cascavel lançou, no ano de 2001, o Projeto Cidade das Águas, com vistas a recuperar e conservar as nascentes de rios no município. O projeto visa conscientizar a população local sobre a importância da preservação destas fontes aquíferas e fazer com que estas fontes tornem-se locais de lazer para toda população.

Diante disso, passados onze anos da implantação deste projeto, este estudo buscou avaliar a eficácia do mesmo, analisando as ações já implementadas pela gestão municipal, bem como o comportamento da população residente no entorno destas áreas no sentido de conservar e proteger estes locais. Para tanto, foram realizadas visitas a estes locais para constatar in loco como estão estas áreas. Também foram realizadas entrevistas com moradores do entorno destas fontes para que apontem quais foram as melhorias efetivadas com o projeto, quais os limites do mesmo e quais ações ainda se fazem necessárias para a conservação destes locais.

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2. A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA POTÁVEL PARA O SER HUMANO

Historicamente o homem tem explorado os recursos naturais em nome de suas necessidades de sobrevivência. Sem medir as consequências de seus atos para com o meio ambiente, o ser humano tem degradado importantes recursos naturais, fazendo com estes se tornem cada vez mais escassos, como é o caso da água potável, ou seja, da água própria para o consumo.

A escassez da água, ou pelo menos da água com qualidade para o consumo humano, tem sido alvo de preocupações de ambientalistas e, mais recentemente, de gestores públicos. Isso porque a água potável constitui um elemento essencial à manutenção da vida dos seres vivos e, por isso, quando esta se encontra contaminada e/ou poluída pode acarretar inúmeras doenças.

Conforme aponta a Organização Mundial da Saúde o tratamento da água é de fundamental importância para a garantida da qualidade de vida dos seres humanos. Assim, os diversos organismos ligados à área da saúde têm, ao longo dos anos, pressionado os gestores públicos para que viabilizem medidas de proteção, fiscalização e controle de empresas de saneamento básico que, em sua maioria, são empresas estatais.

A água é um elemento fundamental na dinâmica da natureza, visto que na maioria dos ciclos de vida e atividades humanas ela se faz presente. É um recurso insubstituível e, portanto, sem ela a grande maioria dos seres vivos não sobreviveria.

A ciência já demonstrou que a vida se originou na água e que ela constitui a matéria predominante nos organismos vivos, portanto, nada sobrevive sem ela. As formas de vida da sociedade atual não podem dispensar o uso da água, uma vez que além de ser o solvente universal, a água é vital para o homem e os animais. É fator limitante para atividades como irrigação, navegação, higiene, geração de energia e processos industriais. (PARANÁ, 2010, p. 7)

Diante disso, conservar e proteger as nascentes de água torna-se fundamental. Por isso, os gestores públicos têm criado leis cada vez mais rígidas no sentido de proteger as áreas de nascentes. Cabe ainda avaliar a eficácia da fiscalização e da implementação destas leis, visto que muitas áreas de nascentes têm sido destruídas pela ação inconsequente da população e da urbanização desmedida ocorrida nas últimas décadas.

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13 Conforme institui a Lei nº 9.433, de 08/01/1997, o Brasil possui uma política nacional de recursos hídricos que baseia-se nos seguintes fundamentos:

I - a água é um bem de domínio público;

II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;

III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;

IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;

V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. (BRASIL, art. 1º, 1997)

A política nacional de recursos hídricos tem como objetivos:

I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. (BRASIL, art. 2º, 1997)

Para fazer com a política nacional de recursos hídricos possa cumprir com seus objetivos, a união estabelece o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, no qual se integram:

I – o Conselho Nacional de Recursos Hídricos; I-A. – a Agência Nacional de Águas;

II – os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal; III – os Comitês de Bacia Hidrográfica;

IV – os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos;

V – as Agências de Água. (BRASIL, 1997)

Cada um destes órgãos, cada qual com suas especificidades de funções, viabilizam ações para a garantia da conservação e uso racional dos recursos hídricos do país.

Contudo, percebe-se que embora estes órgãos trabalhem em função do bem comum da população brasileira, nem sempre os mesmos conseguem cumprir seus objetivos e, portanto, muitas áreas acabam por serem destruídas comprometendo a qualidade da água que abastece a população. Podem-se apontar como algumas

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14 causas: a expansão da urbanização de muitas áreas e a ocupação irregular de Áreas de Proteção Permanente (APP). Assim, a falta de fiscalização, de rigor na aplicação das leis ambientais e a morosidade de processos ambientais, limitam a eficácia da ação das políticas públicas para recursos hídricos.

Em que pese a sua importância, menos de 1% do total da água doce se encontra em locais mais facilmente disponíveis para o homem, como nascentes, rios, lagos e aquíferos de subsuperfície. É necessário considerar que, se a água está escassa em quantidade em muitos locais, pode estar abundante e pobre em qualidade em outros locais. Com as mudanças constantes de disponibilidade, para um determinado uso e local ela pode chegar à escassez extrema, inclusive qualitativamente, caso ocorram perturbações em seu ciclo. (PARANÁ, 2010, p. 10)

É importante salientar a importância da preservação das APP para a conservação de nascentes, bem como para a garantia da qualidade da água destes locais. Este é um problema que frequentemente causa preocupação a gestores públicos, pois sem a fiscalização necessária muitas destas áreas são destruídas, o que contribui para a poluição e o assoreamento de muitas nascentes.

A disponibilidade de água, no que se refere aos aspectos qualidade e quantidade tem uma expressiva dependência da sua interação com o solo. Esta interação governa grande parte dos processos de contaminação e de depuração da água, da recarga dos aquíferos e, por consequência, das nascentes, rios e lagos, bem como do fenômeno da erosão hídrica. Por sua vez a erosão hídrica é agente de contaminação das águas de superfície e do soterramento de nascentes. (PARANÁ, 2010, p. 8)

Neste sentido, é possível perceber a estreita relação de interdependência entre solo e água. Por isso, um programa de recuperação e conservação de fontes aquíferas não pode desprezar esta relação.

A interação água-solo é influenciada pelas condições de superfície do solo, particularmente a sua cobertura e pela capacidade do solo em infiltrar a água. É desejável que os solos tenham condições de infiltrar toda a água da chuva, evitando assim a formação de fluxo superficial, uma vez que onde há água em movimento, há sedimento sendo transportado e, por consequência, a possibilidade de contaminação. (PARANÁ, 2010, p. 8)

Assim, as políticas públicas de gestão da água potável e dos recursos hídricos devem, entre muitas ações, trabalhar no sentido de educar a população para a preservação das APP, visto que sem estas áreas inevitavelmente a qualidade da água acaba por ser afetada, trazendo prejuízos diretos a própria população.

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15 Contudo, para além da conscientização e da educação da população para a conservação das nascentes, outras medidas se fazem necessárias, tais como: o aumento da capacidade de infiltração no solo; a proteção das áreas ciliares às nascentes e rios e a cobertura vegetal; o controle da erosão hídrica e o controle da contaminação ambiental. O aumento da permeabilidade do solo é necessário para fazer com que nele se infiltre uma grande quantidade de água, sem que esta escoe sobre o solo.

A infiltração possibilita o armazenamento de água nos aquíferos de superfície. Com este armazenamento, a água dos aquíferos é liberada aos poucos para os cursos d´água através das nascentes. Por outro lado, a cobertura permanente do solo por plantas ou resíduos vegetais, além de conter o escoamento superficial favorece a infiltração da água no solo, minimiza as perdas de água por evaporação e auxilia a sua depuração, em face da capacidade de filtro que o solo possui. (PARANÁ, 2010, p. 10)

Além disso, a proteção das nascentes por áreas de matas ciliares é fundamental para a proteção e a produção de água. Por isso, é importante que a legislação vigente seja eficaz no controle e na fiscalização destas áreas, para que realmente cumpram com a sua função.

Outro ponto relevante para a conservação destas áreas de nascentes é a diminuição do impacto das enxurradas sobre o solo, visto que estas carregam inúmeros poluentes e detritos que, inevitavelmente, tem como destino os cursos d´água.

Faz-se necessário conter a enxurrada para que sejam proporcionados os seguintes benefícios:

- controle da contaminação das águas das nascentes e rios, contribuindo com a disponibilidade da água no aspecto qualidade;

- controle do soterramento de nascentes e assoreamento dos rios, contribuindo com a disponibilidade da água no aspecto quantidade;

- aumento do volume de água infiltrada no solo uma vez que será contido no canal dos terraços, contribuindo com a disponibilidade da água nos aspectos quantidade e qualidade proporcionada pela função depuradora que o solo possui. (PARANÁ, 2010, p. 11)

Além disso, é importante destacar ainda a relevância do controle da contaminação ambiental. Isso porque muitas nascentes ainda são contaminadas por resíduos de agrotóxicos, embalagens que não têm a destinação certa, lixo doméstico e industrial, resíduos de esgoto e desastres ambientais, tais como o derramamento de óleo no solo que pode chegar as nascentes.

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Atualmente, a grande maioria dos rios urbanos, fundamentais para o surgimento e desenvolvimento das cidades, são verdadeiros “esqueletos hídricos”, sem qualquer vida e destoando totalmente a nobreza e a importância do recurso água para o desenvolvimento da humanidade. (GARCIA e SANCHES, 2009, p. 97)

É importante destacar ainda que a crescente expansão populacional e a ocupação dos espaços urbanos, feitos muitos vezes de forma desordenada e irregular, fazem encolher as áreas destinadas a produção agrícola e aumentar o consumo dos recursos naturais, entre eles a água.

O aumento da demanda populacional, a falta de infraestrutura para atender as condições mínimas de saneamento básico, a ineficiência de políticas públicas de atendimento a população em vulnerabilidade social, o desemprego, a carência de recursos materiais, entre outros agravantes, acabam por contribuir para a ocupação irregular de fundos de vale e de regiões de nascentes que abastecem os municípios.

A presença cada vez mais significativa de famílias em áreas de mananciais, em sua grande maioria em situação de vulnerabilidade social, acarreta o surgimento de problemas socioambientais, fruto da junção de famílias socialmente vulneráveis e expostas à falta de infraestrutura adequada e local de influência direta nos mananciais, estes ambientalmente vulneráveis à ação antrópica. (GARCIA e SANCHES, 2009, p. 96)

Esta realidade aponta para um contracenso, pois embora a população necessite cada vez mais de água com qualidade para o consumo, a falta de infraestrutura, de educação, de políticas públicas eficazes de saneamento básico e de meio ambienta e a inexistência cultura conservacionista dos recursos hídricos colaboram para a poluição e degradação de inúmeras nascentes, fazendo com que a maioria da população não tenha acesso a água com qualidade para o consumo.

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3. A REALIDADE DA COMUNIDADE PESQUISADA

O município de Cascavel localiza-se na região Oeste do Estado do Paraná, sendo que é o quinto município mais populoso, com cerca de 292.372 habitantes. (IBGE, 2012). Possui uma área de 2.100,105 km2, ocupando o Terceiro Planalto do Estado, com uma altitude variando em torno dos 785 metros e uma área de 2.100,105 km². O clima é subtropical mesotérmico superúmido com temperatura média anual em torno de 19 °C. A temperatura máxima média em janeiro é de 28,6 °C, e em julho a mínima média é de 11,2 °C, com ocorrência de geadas. (Wikipédia, 2012)

Figura 01: Mapa do Município de Cascavel – PR.

Fonte: Portal do município , 2012.

Cascavel é um município privilegiado em sua rede hidrográfica, isso porque inúmeras são as nascentes do município, muitas delas localizadas na região urbana.

O município de Cascavel é banhado por uma extensa rede de drenagem que converge predominantemente para noroeste, sentido Lago de Itaipu, dentro da qual predominam os rios São Francisco Lopeí e rio das Antas, além de numerosos córregos. Com vergência para norte, bacia do Piquiri,

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predominam os rios Iguá, Ano Novo, Piquirizinho, Tesouro, Sapucaia, Barreiros, Melissa, Boi Piguá, além de muitos córregos. Com vergência para o Sul, bacia do rio Iguaçu, predominam os rios Cascavel, Tormenta, Andrada, Rio das Flores, Rio do Salto, Arquimedes, São José e também muitos córregos. (TOSIN, 2005, p. 11)

Figura 02: Lago Municipal de Cascavel – PR; Reservatório artificial de água doce.

Fonte: Portal do Município de Cascavel – PR, 2012.

Assim como ocorre em outros centros urbanos do país e do estado, o município de Cascavel vem, nas últimas décadas, sofrendo impactos socioeconômicos e culturais com o processo intenso de urbanização e de ocupação de seu território.

Figura 03: Evolução da população no município de Cascavel – PR

Fonte: IBGE, 2004

A concentração da população no centro urbano do município geram inúmeros problemas que se traduzem na falta de planejamento urbano, saneamento básico, infraestrutura viária, políticas públicas eficazes para a educação, a habitação, a saúde e, principalmente, a preservação ambiental.

0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 1960 1970 1980 1991 2000 H ab it an te s Ano

Evolução da População no Município de Cascavel

População Urbana População Rural

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Figuras 04 e 05: Ocupação do espaço urbano do município de Cascavel – PR

Fonte: IBGE, 2008

A expansão desordenada da área urbana do município empurra a população carente para a ocupação irregular do espaço geográfico, inclusive em áreas em que a produção agrícola se destacava, prejudicando com isso os arranjos espaciais, bem como as fontes aquíferas pela poluição decorrente deste processo desordenado de ocupação territorial.

De um modo geral, a poluição decorrente desta ocupação prejudica a qualidade do solo e da água que abastece a população, impactando negativamente a qualidade da água e gerando problemas de saúde.

Figuras 06 e 07: Ocupação de fundos de vale no município de Cascavel – PR

Fonte: Portal do Município de Cascavel – Programa Cidade das Águas, 2012.

Com relação aos mananciais para abastecimento público, Carneiro (2005) apud Sabbag Filho (2006), alerta para:

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[...] a crescente e progressiva deterioração da qualidade das águas e para o aumento de demanda pelo consumo de água em contraposição a uma disponibilidade hídrica que não cresce na mesma proporção. [...] a deterioração da qualidade da água se deve, principalmente, a utilização do oxigênio dissolvido para a oxidação da matéria orgânica oriunda de diferentes fontes ligadas ao processo de urbanização. Diante disso, recomenda que se busquem alternativas que não coloquem em risco os recursos naturais evitando-se, desse modo, a necessidade de buscá-los a distâncias cada vez maiores, e de tratá-los por processos cada vez mais onerosos. (SABBAG FILHO, 2006, p. 4)

De acordo com a Revista Sanare, da Companhia de Saneamento Básico do Paraná (SANEPAR),

O crescimento urbano desordenado e de uma agricultura predatória soabre os rios utilizados para o abastecimento público, têm apresentado graves reflexos na qualidade das águas, com altos custos econômicos e sociais. A demanda tem aumentado, em função, além do crescimento populacional, da elevação do consumo per capita. [...] Para a manutenção sustentável do recurso natural água é necessário o desenvolvimento de instrumentos gerenciais de proteção, planejamento e utilização, adequando o planejamento urbano de acordo com a vocação natural do sistema hídrico. (SANEPAR, v. 12, nº 12, Jul. 1999)

Neste sentido, para além da questão ambiental, quando se trata da questão da preservação dos mananciais de água de um município envolve-se também a questões de saúde pública, saneamento básico, assistência social, planejamento urbano e políticas eficazes de adequação dos espaços e de infraestrutura.

Sabaag Filho argumenta ainda que,

As pressões por moradia, decorrentes de uma distribuição demográfica que sobrecarrega as grandes cidades, traz consigo o desequilíbrio entre a oferta de infraestrutura urbana e de serviços públicos e as demandas geradas por estas populações. A alternativa para estas populações tem sido a “invasão” de terrenos urbanos desocupados, públicos ou privados, na malha urbana ou na periferia, em áreas de risco ou em mananciais. A ocupação das áreas de mananciais em decorrência dessa urbanização tem produzido a deterioração do manancial, e a tendência que se verifica e a de sua inviabilização. (SABAAG FILHO, 2006, p. 112)

Neste sentido, é importante ressaltar que é muito mais oneroso ao poder público recuperar áreas destruídas do que preservar as existentes. Portanto, faz-se necessário investir em políticas públicas para a preservação das áreas de mananciais de água.

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21 De acordo com Tucci, Hespanhol e Cordeiro Netto (2003), apud Pelizzaro et al (2008) devido à concentração urbana, vários conflitos e problemas têm sido gerados nesse ambiente, tais como:

a) degradação ambiental dos mananciais;

b) aumento do risco das áreas de abastecimento com a poluição orgânica e química;

c) contaminação dos rios por esgotos doméstico, industrial e pluvial;

d) geração de enchentes urbanas pela extensiva ocupação do espaço e pelo gerenciamento inadequado da drenagem urbana;

e) insuficiência de coleta e disposição do lixo urbano. (PELIZZARO et al., 2008, p. 221)

Portanto, fazem-se necessários investimentos na educação da população, provocando assim mudanças atitudinais e de cultura para a conservação dos espaços que já foram recuperados. É necessário investimentos também nas áreas de assistência social, saneamento básico e infraestrutura, de modo que haja um planejamento da urbanização e uma diminuição do número de famílias que, em situações de vulnerabilidade social e marginalidade, acabam por ocupar de forma desordenada áreas de fundos de vale e de mananciais aquíferos.

Vale salientar, que a poluição dos mananciais de água que abastecem um município acontece não apenas pela ocupação de sua região, mas em muitos casos, pelo lixo que a população joga nestes locais, pela concentração de agrotóxicos despejados no solo ou mesmo nos córregos e riachos, por resíduos industriais descartados na água, por fossas sépticas feitas de forma irregular, pela falta de rede de esgoto, por dejetos oriundos das atividades agropecuárias, entre outros fatores.

Assim, o enfrentamento a esta problemática necessita do fortalecimento de políticas públicas eficazes e do envolvimento de inúmeras esferas do poder público, tais como Secretarias de Planejamento e Infraestrutura, Agricultura, Meio Ambiente, Educação e Cultura, Finanças, etc. Acima de tudo, é necessário que a população adquira a consciência de seu papel cidadão e de sua responsabilidade para a preservação destas áreas, as quais são fundamentais para a sustentação de sua própria sobrevivência e de sua qualidade de vida.

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4. O PROJETO CIDADE DAS ÁGUAS: LIMITES E POSSIBILIDADES

O Projeto Cidade das Águas de Cascavel – PR foi implantado pelo prefeito da cidade, na gestão 2001-2004. O objetivo a preservação dos mananciais do município, transformando-os em pontos de lazer e recreação, o projeto visava inserir uma “nova conscientização às pessoas acerca da importância de manter e recuperar as áreas de fundo de vale e nascentes.” (Portal do Município de Cascavel, Projeto Cidade das Águas, 2012)

Durante a fase de implantação do projeto, a gestão pública municipal empreendeu ações que visavam a limpeza e a melhoria da infraestrutura destes locais.

De um modo geral, foi realizado a limpeza e a retirada do mato que cercavam estas regiões, foram construídas canaletas para o escoamento da água, bebedouros, chafarizes, fontes, calçamento, limpeza e iluminação dos locais.

Figuras 08: Recuperação e limpeza da Fonte do Bairro Cascavel Velho, Cascavel – PR

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Figuras 09 e 10: Recuperação e limpeza da Fonte do Bairro Cataratas, Cascavel – PR

Fonte: Portal do Município de Cascavel – PR; Projeto Cidade das Águas, 2012.

Figuras 11 e 12: Recuperação e limpeza da Fonte do Bairro Guarujá, Cascavel – PR

Fonte: Portal do Município de Cascavel – PR; Projeto Cidade das Águas, 2012.

Com a implementação do Projeto Cidade das Águas foram recuperadas na região urbana do município de Cascavel 14 fontes. Estes locais, após recuperados, limpos e transformados em área de lazer, passou a ser frequentado por populares locais que, além do convívio direto com a natureza, começaram um processo de desenvolvimento da consciência ambiental para a preservação da natureza.

Outro fato relevante, é que a população começou a adotar o hábito de buscar nestas fontes água para beber e para preparar seus alimentos. De forma geral, a recuperação das fontes trouxe para a população periférica uma oportunidade para o lazer e para o convívio com a natureza.

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Figuras 13 e 14: Moradores coletando água na Fonte do Bairro Cascavel Velho e na Fonte dos Leões, Cascavel – PR.

Fonte: Portal do Município de Cascavel – PR; Projeto Cidade das Águas, 2012.

Figuras 15, 16, 17 e 18: População bebendo água na Fonte do Bairro Cataratas, Fonte dos Leões, Fonte dos Mosaicos e Fonte Santos Dumont, Cascavel – PR.

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Figuras 19, 20 e 21: Momento de lazer na Fonte do Bairro Guarujá, Fonte do Parque Tarquínio e Fonte dos Mosaicos - Cascavel – PR.

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5. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA

Para compor o estudo, também foram entrevistados vinte moradores e frequentadores das fontes, com o objetivo que, após onze anos de implantação do projeto, a população pudesse avaliar os limites e as possibilidades do mesmo.

A comunidade entrevistada estava na seguinte faixa etária: 22% de 12 a 16 anos; 42% de 17 a 25 anos; 26% de 26 a 40 anos; 10% acima de 40 anos. Com relação a esta pergunta, os dados revelam que os locais são frequentados por uma população jovem.

Questionou-se a frequência com que estes populares utilizam-se das fontes recuperadas pelo projeto. Neste sentido, os dados apontaram que: 25% frequenta 01 vez por semana; 35% de 02 a 04 vezes na semana; 17% semanalmente; 12% mensalmente; 6% eventualmente e 5% não souberam responder. Assim, os dados revelam que ainda hoje a população se utiliza destas áreas.

Os entrevistados foram questionados sobre os motivos que os levam a frequentar os locais das fontes. Os dados apontaram que: 42% utilizam para lazer; 33% vêm ao local para buscar água; 15% para práticas esportivas; 6% para relaxar e curtir a natureza; 4% não souberam responder. Estes dados revelam que a população urbana ainda busca o contato com a natureza para momentos de lazer e de entretenimento.

Questionou-se como os mesmos avaliam as transformações no espaço geográfico onde as fontes estão instaladas. Neste sentido, 47% disseram que as mudanças são positivas pela qualidade de vida que as fontes proporcionam; 32% observaram que os locais estão mais limpos e mais acessíveis a população e 21% disseram que estes locais são importantes para preservar a cultura dos bairros.

Os entrevistados foram questionados se confiam na qualidade da água que consomem nestas fontes. Aqui, 67% disseram que Sim, 23% disseram que Não e 10% disseram que Nem Sempre. Observou-se que muitos moradores atribuem a qualidade da água ao estado de conservação das fontes, fato que nem sempre se comprova na prática. Em outras palavras, a qualidade da água destes locais não pode partir do pressuposto de que se a fonte está preservada, a água é de qualidade. Para atestar a qualidade da água fazem-se necessários exames laboratoriais e sanitários.

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27 Por fim, os entrevistados foram questionados se percebem e quais são os limites do projeto Cidade das Águas. Assim, os dados mostram que 37% disseram que falta de conscientização da população que ainda joga lixo nos locais; 28% disseram que as fontes são alvo de vândalos e de usuários de drogas; 19% disseram que o poder público não consegue manter as fontes sem a colaboração da população; 10% disse que faltou investimentos na educação da população para a utilização destes locais; 4% têm medo de frequentar o local por falta de segurança pública e 2% não souberam responder. Neste sentido, os moradores foram bastante enfáticos e argumentaram que muitas fontes estão mal conservadas e que sofrem a ação de vândalos e de usuários de drogas que se refugiam nestes locais.

É importante destacar que a população, de um modo geral, avalia como positivos os investimentos feitos pelo poder público municipal para a criação, conservação e manutenção destes espaços públicos de lazer e de contato direto com a natureza.

Este projeto Fisa a incentivar a população a preservação ecológica, mesmo que desta forma não seja a forma ecologicamente correta de preservação de nascentes, mas foi a encontrada para ser realizada no perímetro urbano, onde o mesmo busca amenizar os problemas ambientais.

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6. CONCLUSÃO

Assim como acontecem com outras regiões metropolitanas do Paraná e do Brasil, o município de Cascavel, no oeste paranaense, vive um intenso processo de aumento de sua população urbana. Este processo de urbanização ao passo que colabora para o inchaço populacional traz à tona problemas graves que revelam a vulnerabilidade das políticas públicas de educação, saneamento básico, emprego e moradia.

Este estudo revelou que muitos destes problemas socioeconômicos vividos em Cascavel, contribuem para um processo avançado de destruição do meio ambiente local, bem como de poluição e degradação das fontes aquíferas do município.

Somente o Rio Cascavel apresenta a maioria de suas nascentes, cerca de 128, dentro do perímetro urbano, e parte delas está ameaçada de extinção devido ao avanço de agressões ambientais, onde um dos maiores problemas presentes, tanto na área das nascentes como nas áreas adjacentes é o acúmulo de lixo.

O processo de urbanização crescente vivido nesta região, principalmente a partir da década de 1990, colabora para a expansão da malha urbana e para a segregação da população carente que, sem recursos para morar, trabalhar e viver no centro urbano acaba por ocupar irregularmente as áreas de fundos de vale e de nascentes.

Principalmente nas últimas décadas, houve a substituição de muitas áreas rurais que circundavam o município, por conjuntos habitacionais populares. Contudo, não se percebeu um avanço nas políticas públicas para a melhoria da infraestrutura destes locais, bem como para a conservação de nascentes que se localizam nestas regiões.

Na contramão deste processo de destruição ambiental e percebendo que é muito mais viável investir na recuperação e conservação de inúmeras nascentes no município, do que buscar novas fontes mananciais para o abastecimento da população, a gestão pública municipal implantou no ano de 2001, o Projeto Cidade das Águas.

É notório que os mananciais aquíferos vêm, ao longo de um processo histórico de degradação ambiental, continuamente perdendo a qualidade de suas

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29 águas. O que compromete cada vez a disponibilidade de água potável, bem como a saúde da população que sofre pelo uso de água imprópria para o consumo.

Além disso, pelo fato do Brasil ser rico em fontes de água doce, nota-se que sua população não demonstra estar preocupada com a escassez de água potável no futuro. Ao contrário disso, nota-se um aumento no consumo evidenciado muitas vezes pelo desperdício, comum nos centros urbanos.

Neste sentido, assim como a maioria da população cascavelense, avalia-se como positivas as ações do município para recuperar e preservar as fontes aquíferas existentes na região. Ao transformar estes locais em espaços para o lazer, incentiva-se uma transformação da consciência ambiental da população.

Contudo, observa-se que ainda existem limites neste projeto. Isso porque, após onze anos de utilização das fontes pelos moradores, em sua maioria, os espaços estão sujos, com muito mato e, infelizmente, sofrem a ação de vândalos e de usuários de drogas. Esta realidade faz que muitos destes espaços acabem por ser abandonados pela própria população que, por falta de segurança pública, deixa de frequentar os locais.

Por fim, ressalta-se que a ruptura do projeto pela mudança de gestão municipal após o ano de 2004, fez com que muitas de suas ações ficassem fragilizadas. Neste sentido, ressalta-se a importância de investimentos na educação ambiental no município de Cascavel. Isso porque acredita-se que toda mudança atitudinal e cultural da população com relação a preservação ambiental passa, necessariamente, pelo caminho da educação.

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REFERÊNCIAS

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______. Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia. Dados do Censo de 2012. Brasília, 2012.

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GARCIAS, Carlos Mello & SANCHES, Alexandre Martinho. Vulnerabilidades

socioambientais e as disponibilidades hídricas urbanas: levantamento

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ABASTECIMENTO DO SISTEMA INTEGRADO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – RMC. Vol. 12, nº 12, Jul. a Dez. 1999.

TOSIN, Gladis Aparecida Sandi. Caracterização física do uso e ocupação da

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