• Nenhum resultado encontrado

Perceived Strategies Under the Focus of Strategic Positioning Theory, Resource Based-View, Strategic Mission and Organizational Typology: a Study of Companies in Southern Brazil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Perceived Strategies Under the Focus of Strategic Positioning Theory, Resource Based-View, Strategic Mission and Organizational Typology: a Study of Companies in Southern Brazil"

Copied!
27
0
0

Texto

(1)

Estratégias Percebidas Sob o Foco da Teoria de Posicionamento

Estratégico, da Visão Baseada em Recursos, da Missão Estratégica e da

Tipologia Organizacional: um Estudo com Empresas do Sul do Brasil

Giovani Capalonga

Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Carlos Alberto Diehl

Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Francisco Antônio Mesquita Zanini¥

Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

RESUMO

Este artigo trata do assunto estratégia organizacional das empresas do sul do Brasil. O objetivo desse artigo é propor uma ferramenta que permita a identificação das abordagens estratégicas das organizações. Com base no ponto de vista teórico do posicionamento estratégico, da visão baseada em recurso, da missão estratégica e da tipologia estratégica, foi proposto um modelo integrador. Nós conduzimos uma survey utilizando um questionário com questões fechadas e ele foi aplicado em empresas de médio e grande porte do sul do Brasil. Utilizando a técnica de análise fatorial e a análise de cluster, foram analisadas e identificadas estratégias em cada cluster, comparando-as com o desempenho percebido. Os resultados sugerem que quanto mais as estratégias estiverem alinhadas com o modelo teórico, considerando as quatro abordagens utilizadas, melhor o desempenho é percebido pelos gerentes das empresas.

Palavras-Chave: Estratégia. Posicionamento estratégico. Tipologia estratégica. Visão

Baseada em Recursos. Missão estratégica.

Recebido em 12/04/2012; revisado em 02/04/2013; aceito em 15/07/2013; publicado em 30/06/2014. *Autores para correspondência:

. Master in Accountability at UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos Sinos Endereço: Casemiro de Abreu Street, Downtown, Novo Hamburgo – RS - Brasil E-mail: capalonga@centroeco.com.br Telefone: (51) 3065-9710  PhD in Production Engineering (UFSC/HEC)

Professor na Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Endereço: Unisinos Ave., 950, Room 5A403d – SÃO LEOPOLDO – RS - Brasil

E- mail: cd@unisinos.br Telefone: (51) 35908186

¥

PhD in Accountability and Organization of Companies at Universidad Autónoma de Madrid

Professor na Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Endereço: Unisinos Ave., 950. Unidade de Educação Continuada, São Leopoldo - RS – Brasil - E-mail: fzanini@unisinos.br Telefone: (51) 3590.8221

Nota do editor: Este artigo foi aceito por Emerson Mainardes

Licença por Creative Commons – Atribuição 3.0 Não Adaptada.

(2)

1 INTRODUÇÃO

O

ambiente competitivo tem sido caracterizado por um grande crescimento em intensidade e velocidade das mudanças no ambiente de negócios. Neste ambiente, a empresa que possui as estratégias corretas no tempo correto terá vantagem competitiva perante as outras. Então para conduzir uma gestão estratégica apropriada é necessário saber, entre outras práticas, a opção estratégica adotada pela organização. O conceito de estratégia é um dos mais pesquisados e disseminados na pesquisa sobre gestão. Mintzberg et al. (2000), por exemplo, caracteriza dez escolas diferentes (ou abordagens) sobre estratégia. Similarmente, vários estudos têm sido conduzidos sobre a gestão de custo estratégico, por exemplo, com diferentes caracterizações da estratégia. Tal heterogeneidade torna difícil a comparação entre estudos. Embora alguns estudos tais como Diehl (2005) tenha lançado luz sobre esse tema, existe uma falta de ferramentas que ajudam a caracterizar de forma mais clara a estratégia organizacional. Freitas e Hoffmann (2012) afirmam que diferentes perspectivas teóricas implicam em diferentes conclusões, isto é, diferentes caracterizações da estratégia poderiam levar às conclusões encontradas. Portanto, é importante compreender a estratégia organizacional com base em diversos pontos de vista.

Assim, o objetivo desse artigo é propor um instrumento para identificar as estratégias organizacionais. Isso é particularmente relevante para a esfera de ação dos controllers, dada a sua inclusão no processo de gestão, especificamente no estágio do planejamento estratégico. Nós acreditamos que este estudo contribui para uma educação mais sistemática de profissionais do controle de gestão, ampliando a base conceitual necessária para a participação efetiva na gestão das organizações.

Além dessa introdução, este estudo inclui a revisão de literatura sobre o assunto. Em seguida, são apresentadas as considerações metodológicas, e depois a análise dos dados, juntamente com a discussão dos resultados. Ao final, nós a apresentamos as considerações finais.

2 REVISÃO DE LITERATURA

A palavra estratégia foi primeiramente usada em 1688, em Inglês, e deriva do Grego

strategia (originalmente significando mandato) (WHIPP, 1996). Milenar no contexto militar,

a estratégia tinha uma conotação de habilidade gerencial desde o tempo de Péricles (450 D.C.), quando seu significado expressava a ideia de poder, liderança, e gestão (MINTZBERG; QUINN, 2001).

(3)

Existem muitos conceitos sobre estratégias (MINTZBERG et al., 2001). Alguns autores adotam linhas de definição mais rígidas; outros vêem isso como um conjunto mais amplo de elementos na sua forma de formular o conceito de estratégia. Quanto mais genéricos e disseminados são os conceitos sobre o que é estratégia, convém enfatizá-los como o caminho escolhido pela organização para atingir seus resultados. Toda organização busca certos objetivos, e, para isso, deve ter estratégias sobre como alcançá-los. Essas estratégias, em geral, irão envolver formas de utilizar os recursos internos da organização para aproveitar oportunidades do ambiente externo.

Para Mintzberg et al. (2001) se a estratégia planejada (estratégia pretendida) não coincide com a estratégia implementada (estratégia realizada) pela organização, conclui-se que parte das ações pretendidas não foram implementadas. Pode-se classificar essas ações como uma estratégia não-realizada, porque embora estivessem incluídas no plano estratégico elas não foram implementadas. Por outro lado, a estratégia desenvolvida pela organização pode incluir ações não-incluídas no plano preparado a priori. Esse componente não-planejado da estratégia realizado pela empresa é definido como uma estratégia emergente que surge do aprendizado das operações, convergindo em um padrão de ação. Assim, a estratégia efetivamente implementada por uma organização é a soma de um componente intencional, isto é, consistindo em padrões desenhados previamente que foram na verdade implantados, com outro componente emergente consistindo em padrões que não foram previamente planejados. O grau de combinação entre as estratégias deliberadas e as emergentes varia entre as diferentes organizações.

Por outro lado, previamente à estratégia realizada, existe o que é chamado de estratégia percebida. É a percepção que os executivos da alta administração têm sobre a estratégia empreendida pela empresa, entre elas o controller. Diehl (2005) apontou que as percepções dos dois principais executivos das empresas pesquisadas foram antagônicas: enquanto que o presidente acreditava que a estratégia principal era a diferenciação, o CFO estava buscando liderança de custo. Sinickas (2006) menciona tais situações em seu estudo, o qual tratou dos problemas de estratégia de comunicação. Essa comunicação errônea faz com que a percepção da estratégia real das empresas seja diferente da percebida por seus executivos, com todas as consequências negativas resultando dela.

2.1 CONTEÚDO DA ESTRATÉGIA

A estratégia envolve um número limitado de alternativas gerais de decisão sobre o que fazer em termos de investimento em relação a um grupo específico de unidades de negócio.

(4)

Tradicionalmente, essas decisões têm sido baseadas no conceito de gestão de portfolio, e são somente relacionadas à alocação de recurso para expansão, aquisição ou saída de um negócio específico (CERTO; PETER, 1993; OLIVEIRA; GOMES; NEUMANN, 2003). Novas abordagens para a estratégia têm surgido e podem ser facilmente observadas. Mintzberg et al. (2000) classificaram os pensamentos diversos sobre a estratégia em dez escolas. Dessas, quatro abordagens merecem destaque: posicionamento estratégico, visão baseada em recursos (VBR), missão estratégica e tipologia estratégica. Elas são apresentadas abaixo.

De acordo com Porter (2004), uma vez diagnosticadas as forças que afetam a competição em um segmento bem como suas causas subjacentes, a empresa tem condições de identificar suas forças e fraquezas em relação a esse segmento. Do ponto de vista estratégico, a primeira condição é o posicionamento estratégico da empresa em relação às causas subjacentes de cada força competitiva. De acordo com Porter (1989), existem três formas de uma empresa criar uma posição defensiva no longo prazo, se destacar perante os competidores e ganhar vantagem em um setor, as conhecidas estratégias genéricas. Elas são:

diferenciar seus produtos para permitir a cobrança de um preço mais alto, implicando

oferecer um valor único para seus clientes, baseado nas tecnologias superiores (diferenciação); ter um preço mais baixo, conseguindo margens mais altas (liderança de custo), ou focar em um segmento específico com base em uma das abordagens acima (foco). Na liderança de custo, o foco da empresa é direcionado a produzir a um baixo custo no setor, isto é, o baixo custo comparado à competição. Essa vantagem é alcançada ao adotar um conjunto de políticas funcionais para este objetivo, bem como o desenvolvimento de atividades econômicas e tecnológicas a um baixo custo comparado ao que o seu concorrente adota. A segunda estratégia genérica, diferenciação, consiste em criar produtos ou serviços que são únicos dentro do escopo da indústria. Para isso, a empresa deve desenvolver atividades com alta qualidade de forma a oferecer benefícios diferenciados que tornem seu produto mais atrativo ao comprador do que o dos seus concorrentes. A última estratégia genérica, foco, busca concentrar em um grupo específico de compradores, um segmento de uma linha de produtos ou um mercado geográfico. Essa estratégia define a capacidade de serviço da empresa para um alvo específico, e, portanto, suas políticas funcionais são direcionadas para isso. A estratégia de foco é direcionada para servir seu alvo estratégico melhor que seus competidores, que agem de forma mais abrangente.

Para Sehnem, Lazzarotti e Bandeira-de-Mello (2010) o paradigma de Porter é o dominante no Brasil, embora haja um declínio no seu uso e a maioria dos pesquisadores é

(5)

superficial. Todavia, o paradigma porteriano tem apenas uma abordagem instrumental, a qual não considera objetivos mais amplos (RODRIGUES FILHO, 2004). Além disso, alguns estudos apontam que é possível combinar estratégias genéricas (ACQUAAH; YASAI- ARDEKANI, 2008), quando bem executadas, parcialmente contrariando Porter.

Embora amplamente discutida em décadas recentes, a VBR não é um modelo teórico novo. Seus principais proponentes advogam sua gênese no trabalho da Teoria Econômica de David Ricardo, Joseph Schumpeter e Edith Penrose (BARNEY, 1991; GRANTE, 1992). A literatura na estratégia competitiva enfatiza o posicionamento estratégico em termos de escolha entre custo e diferenciação e entre mercado amplo e restrito (PORTER, 2004). A consideração de recursos organizacionais é vista como uma premissa fundamental nessas escolhas. Assim, é o posicionamento da organização, baseado nos seus recursos, que permite que ela persiga um posicionamento estratégico específico em uma indústria (GRANT, 1992). Estudos, como o de Newbert (2008), têm reforçado empiricamente a visão de recursos como determinantes para o desempenho.

De acordo com o modelo VBR, as organizações buscam adquirir ou desenvolver recursos (e capacidades) que são valiosas e difíceis de imitar. A premissa subjacente da VBR que diz respeito à vantagem competitiva é que os recursos organizacionais são heterogêneos e não-transferíveis. Quando os recursos estratégicos são distribuídos de forma equilibrada por diversas organizações e são caracterizados por serem móveis (isto é, fáceis de adquirir) geralmente não se espera obter vantagem competitiva sustentável a partir do seu uso. Contudo, nem todos os recursos possuem o potencial para contribuir para uma vantagem competitiva sustentável. Para ter esse impacto estratégico potencial, um recurso deve ter quatro atributos: (a) ser valioso (explorar as oportunidades e/ou neutralizar ameaças externas), (b) ser raro entre os concorrentes atuais e potenciais, (c) ser imperfeitamente imitável e (d) não ter substitutos estratégicos valiosos que não sejam raros ou imitáveis.

O modelo VBR retém um papel importante na pesquisa sobre estratégia, apesar das críticas sobre ele. Por exemplo, Pacheco-de-Almeida e Peter Zemsky (2007) citam um link tautológico entre recursos valiosos, raros, e difíceis de imitar, desempenho superior e falta de profundidade em especificidade em definir esses conceitos. Na verdade, a VBR ignorou a influência de fraquezas de capacidades na competição, focando apenas nas forças (SIRMON

et al., 2010). Lamberg et al. (2009) advogaram uma ideia similar.

Em Missão Estratégica, a extensão e a natureza da dependência de uma unidade com

(6)

críticas em termos de unidades de negócio estratégicas (GUPTA; GOVINDARAJAN, 1984). A missão estratégica (ou estratégia de portfolio) envolve uma característica desejada por uma unidade organizacional que emerge da escolha entre crescimento no market share e na maximização do fluxo de caixa no curto prazo (HENDERSON, 1979). Alguns modelos de medição dessa escolha se propõem a realizar essa tarefa. A matriz BCG, por exemplo, é baseada na taxa de crescimento da indústria e nas ações relativas ao mercado da empresa. Essas duas dimensões indicam o posicionamento competitivo de uma unidade de uma organização em seu setor e o potencial para gerar fluxo de caixa necessário para operar tal unidade (HOFER; SCHENDEL, 1978; HENDERSON, 1979).

A posição competitiva de uma unidade é uma combinação dessas medidas na qual o resultado será uma “política estratégica” (PORTER, 2004, p. 379), em que a unidade deve

construir, manter ou colher, de acordo com sua posição dentro da matriz. Para esse autor e

também para Gupta e Govindarajan (1984), em um lado da matriz está o Construir – cuja missão é aumentar o market share e o posicionamento competitivo. Embora se pense em ganhar no curto prazo, o fluxo de caixa pode ser baixo ou negativo. É possível que essa unidade tenha “posicionamentos competitivos fracos” em “indústrias relativamente atrativas” (GUPTA, GOVINDARAJAN, 1984). Do outro lado da matriz está a Colheita – na qual a missão é preferir o ganho e o fluxo de caixa no curto prazo, embora isso possa resultar em perda de market share e conduzir o posicionamento competitivo. É provável que essa unidade tenha “posicionamentos competitivos fortes” em “indústrias relativamente não-atrativas”. No meio, Manter – esse tem a característica de manutenção do market share, melhorias de qualidade e campanhas de marketing são cruciais para o sucesso. Tais unidades geralmente têm uma ação relativamente alta no mercado e acontece em indústrias maduras (Gupta, Govindarajan, 1984). Nas PMEs, a missão estratégica é a abordagem mais apropriada para compreender a intervenção estratégica, por meio de análises dos processos (ATES, 2008).

Para a tipologia estratégica, a visão de Miles e Snow (1978) é baseada na abordagem que varia de acordo com a dinâmica do processo organizacional (o ciclo adaptativo), atribuída à percepção de que a coalizão que dita as regras tem do ambiente externo. Na visão desses autores as estratégias são:

Defensiva – preocupa-se com a estabilidade, isto é, para “isolar uma porção do mercado

para criar um domínio estável [...] um conjunto limitado de produtos é direcionado para um segmento pequeno do mercado potencial” (MILES et al., 1978, p. 550). Dentro desse campo limitado a defensiva tenta agressivamente prevenir os concorrentes de entrar no seu ‘campo’.

(7)

Tais comportamentos incluem ações econômicas para competir por preço ou produtos de alta qualidade. Entretanto, as defensivas tendem a ignorar os desenvolvimentos e tendências que estão fora do seu campo.

Prospectora – é responsável pelas escolhas ambientais de forma que é praticamente o

oposto da defensiva. Genericamente, a prospectora estabelece um ambiente que é mais dinâmico do que outros tipos de organizações dentro da mesma indústria. A competência principal é encontrar e explorar novos produtos e oportunidades de mercado. Mantendo a reputação pela busca de uma inovação de produto e desenvolvimento de mercado pode ser tão importante quanto a lucratividade. Isso pode dificultar o alcance de níveis de lucratividade iguais aos das defensivas mais eficientes (MILES et al., 1978).

Analítica – “baseada em pesquisa própria, a Defensiva e a Prospectora parecem estar na

oposição final de um ajuste contínuo da estratégia” (MILES et al., 1978). Entre esses dois extremos, em combinação com as duas tipologias, a Analítica é a única combinação que representa uma alternativa viável entre essas outras estratégias. De fato, a analítica é uma organização que busca minimizar o risco enquanto maximiza as oportunidades de lucro. Ela busca combinar as forças entre a Prospectora e a Defensiva dentro de um sistema simples. Essa estratégia é difícil de praticar, especialmente em indústrias caracterizadas por um mercado dinâmico e mudanças tecnológicas. Para Miles et al. (1978), a palavra que melhor a descreve é “Equilíbrio”.

Estudo Variável Padrões Características

Miles e Snow (1978)

Tipologia Estratégica

Defensiva Domínio estável, gama limitada de produtos, compete por custo baixo ou qualidade alta, eficiência superior, estrutura centralizada. Prospectora Campo turbulento, novos produtos buscando oportunidades de

mercado, ambiente incerto, estrutura flexível.

Analítica Híbrida, produtos tradicionais, entrada em novos mercados depois viável, estrutura matricial.

Reativa Não possui uma estratégia coerente, a estrutura não se adequa ao propósito, economias de escala.

Porter (1989)

Estratégias de Posicionamento

Diferenciação Liderança “apenas” em alguns produtos leva a preços mais alto, ênfase no marketing e na pesquisa.

Custos de Liderança

Preço baixo, foco no market share alto, produtos unificados, economias de escala.

Foco

Foco no grupo definido de compradores, linha de produto ou mercado geográfico.

(8)

Hofer e Schendel

Construir Aumentar o market share, capacidade de investimento, baixo market

share relativo, alto crescimento da indústria.

(1978);

Manter

Mantendo seu market share, as melhorias de qualidade e as campanhas de marketing são cruciais para o sucesso; alto market

share relativo e indústrias maduras.

Missão Gupta e Estratégica Govin-

darajan

Colher Maximizar o ganho no curto prazo, o investimento diminui rapidamente; alto market share relative, indústrias em declínio. (1984)

Barney

Capital Físico Inclui tecnologia, utensílios e equipamento na organização, sua localização geográfica e o acesso a matéria-prima.

(1991);

Capital Humano Inclui treinamento, experiência, inteligência, relacionamentos e visões individuais dos empregados da organização.

Visão Baseada Grant em Recursos (1992,

Capital Organizacional

Inclui a estrutura formal da organização, seu sistema de

planejamento, controle e coordenação bem como relações informais entre seus diferentes grupos e entre a organização e seu ambiente. 1991)

Quadro 1 - Classificação das Abordagens da Estratégia Fonte: Adaptada de Kald, Nilsson e Rapp (2000).

Reativa – apresenta um padrão de ajuste ao seu ambiente que é inconsistente e instável,

ela não possui um conjunto de mecanismos de resposta que possa conscientemente fazer efeito diante de uma mudança ambiental. Como consequência, as empresas reativas estão quase num estado perpétuo de instabilidade, com respostas incertas e inapropriadas, resultando em um desempenho pobre sem vontade de agir agressivamente no futuro, portanto caracterizando uma estratégia residual (MILES et. al., 1978). O modelo de Miles e Snow (1978) possui um uso extenso na literatura e parece ser mais apropriado para identificar a estratégia praticada. Além disso, essa tipologia mostra concordância com a teoria (RIGGONI, HOPPEN, 2011). Por exemplo, Bagnoli e Vedovato (2012) utilizaram a tipologia estratégica para investigar a coerência da gestão do conhecimento com a estratégia em PMEs (Pequenas e Médias Empresas). Eles encontraram que a gestão do conhecimento e a coerência da configuração estratégica têm um impacto positivo no desempenho de inovação, embora não tenha no desempenho organizacional.

O quadro 1 mostra as abordagens mencionadas e suas características principais. Contudo, Diehl (2005, p. 13) enfatiza que “existe certa falta de modelos que permitam identificar a estratégia e, conjuntamente, consolidar as diferentes visões sobre o assunto”. É com base nessa questão que se dará o foco deste estudo a partir de agora.

2.2 INTEGRAÇÃO ESTRATÉGICA

Langfield-Smith (1997) propuseram a integração de categorias de estratégias. Para o autor, as estratégias seguidas por unidades de negócio individuais podem ser descritas

(9)

juntamente com as três abordagens já mencionadas: posicionamento, tipologia e missão estratégica.

Para ajudar a integrar essas abordagens, as diferenças e similaridades entre as variadas classificações da estratégia devem ser consideradas. Podem-se ver essas diferenças como relacionadas a espaço e foco. A tipologia da prospectora contra a defensiva possui um espaço amplo, enquanto que o posicionamento de liderança de custos dos concorrentes contra a diferenciação é bem mais restrito. A classificação prospectora contra a defensiva é focada na extensão da inovação do produto, enquanto que a construção contra a colheita é baseada na parte do mercado contra o trade-off do lucro de curto prazo. Gunther (2012, p. 3) também utilizou o modelo de Langfield-Smith para “investigar a interação entre a informação atribuída aos sistemas de medida de desempenho estratégico (SMDE), o papel do controle de conselho e da estratégia da organização”. Ele encontrou uma relação significativa entre a estratégia organizacional, o papel do controle estratégico de conselho e os atributos de informação nos SMDE com EBIT mais alto.

No Brasil, Freitas e Hoffman (2012) também utilizaram uma integração de duas classificações diferentes: Ansoff (1977) e Porter (1986). Os autores têm pesquisado pequenas empresas no sul do Brasil. De acordo com eles, essas classificações são as mais apropriadas aos seus estudos, porque elas são mais adequadas às características das organizações. Ito (2011), em um ensaio teórico, explora a integração da Cadeia de Valor de Porter e as capacidades da VBR para explicar a vantagem competitiva.

Seguindo o trabalho de Langfield-Smith (1997), Kald, Nilsson e Rapp (2000) sistematizaram essa abordagem de forma mais elaborada, buscando estabelecer os links de cada item das três abordagens apresentadas. Todavia, o estudo de Cinquini e Tenucci (2010) não corroborou totalmente o modelo de Langfield-Smith. Eles apenas encontraram consistência entre as estratégias defensiva/custo e líder/colheita, embora eles tenham apontado a necessidade de desenvolver mais estudos.

Apesar da contribuição que Langfield-Smith e Kald, Nilsson e Rapp fizeram, a incorporação da visão baseada em recursos é essencial na avaliação das estratégias aplicadas às empresas. As características do que e como os recursos são utilizados é algo extremamente valioso para compreender essas estratégias. Além disso, existem poucos estudos empíricos sobre VBR (PRZYCZYNSKI; BITENCOURT, 2012). Assim, a Figura 1 também mostra a incorporação dessa última abordagem ao modelo de Kald, Nilsson e Rap (2000).

(10)

Figura 1 – Abordagens Estratégicas

Fonte: adaptada de Kald, Nilsson e Rap (2000)

Para Borinelli (2006), é necessário incorporar a área de Controle de Gestão à visão estratégica. Portanto, é possível reconhecer as opções estratégicas da organização, uma vez que isso é fundamental para o controller estabelecer que informação precisa ser monitorada, e que atividades precisam ser desenvolvidas para obter feedback sobre o desempenho e para agir caso seja necessário. Na verdade, nosso estudo utiliza uma percepção de desempenho, em uma abordagem mais ampla para sua medição, de acordo com Canhada e Bulgacov (2011), que sugeriram que o desempenho pode ser medido por diferentes indicadores. Portanto, nós escolhemos questionar quais são as percepções de desempenho dos gerentes.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este estudo, alinhado com o modelo de Vieira (2002), pode ser classificado de acordo com sua natureza conforme aplicada; de acordo com sua abordagem de problema como quantitativa, em relação ao seu objetivo como descritiva, e de acordo com seus procedimentos técnicos como uma survey. Este estudo adota uma abordagem da estratégia enquanto prática similar à proposta por Jarzabkowski e Whittington (2008) e também Valadão e Silva (2012) afirmaram que a estratégia é o que as pessoas fazem; nossas perguntas utilizam essa abordagem. Além disso, este estudo segue as recomendações de Albino et al. (2010) e adota ações pretendidas e práticas sociais como questões de investigação. Todavia, algumas das

Tipologia Estratégica Defensiva Analítica Prospectora

Missão Estratégica

Colher Manter Construir

Posicionamento Estratégico Liderança de Custo Diferenciação

Visão Baseada em Recursos

Nível de Competência Interna Capacidade de Manter a Competência

Tecnologia de Processo Capacidade da Planta Acesso à entrada de baixo custo Qualidade superior da marca Tecnologia de Produto Distribuição de marketing, Capacidade de Desempenho

(11)

sugestões dos autores não são possíveis de serem adotadas em uma abordagem survey, conforme eles mesmos apontam.

A amostra foi obtida de um banco de dados do SEBRAE1 do qual foi extraída a lista das empresas do estado do Rio Grande do Sul com 100 ou mais empregados (médio e grande porte pelos critérios do SEBRAE), um total de 535 empresas que eram potenciais participantes da pesquisa para quem os convites foram encaminhados por e-mail. Depois da confirmação de e-mail por parte da empresa, foram enviados 266 questionários aos respondentes potenciais e 32 deles retornaram completos. Todos os questionários coletados foram monitorados para evitar respostas duplas. O instrumento de survey foi desenvolvido por estudos prévios apresentados na Tabela 2, e ele continha 91 questões2.

Tabela 2 – Estudos que Investigam a Estratégia em Algumas das Dimensões Propostas

Autor (ano de publicação) Assunto pesquisado

Zhuang (2000) O Comércio Eletrônico da VBR Namusonge (2003) Link entre Expertise e Estratégia

Kearns (1997) Alinhamento dos Sistemas de Informação Estratégica Jugdev (2003) Gerenciamento dos Ativos Estratégicos

Mcdermott (2003) Habilidades Essenciais e Desempenho da Empresa Soekarsono (2001) Integrando Estratégia e Economia

Wan (2004) Forças competitivas, o nível do negócio e Desempenho Metts (2004) Relação entre Construção Estratégica e Desempenho

Diehl (2005) A Gestão Estratégica da Gestão de Custos das abordagens de Posicionamento Estratégico, Missão, Tipologia e VBR.

Gupta e Govindarajan (1984) Estratégia, Características Gerenciais e Eficácia Gimenez et al. (1999) Identificando a Tipologia da Estratégia

O instrumento de survey foi avaliado por três juízes, sendo eles: um acadêmico com doutorado na área e dois profissionais atuando em empresas com operações semelhantes àquelas dos respondentes potenciais. as avaliações obtidas foram então analisadas pelo cálculo do coeficiente de validade de conteúdo (CVC) seguindo os critérios de Hernandez- Nieto (2002). O CVC ideal para assuntos relacionados à clareza da linguagem e a relevância prática deve ser superior a 0,8 (HERNANDEZ-NIETO, 2002). os itens relacionados à clareza da linguagem cujos CVCs foram abaixo de 0,8 foram submetidos às mudanças recomendadas pelos juízes, para melhorar a compreensão. e para a relevância prática, considerando que administradores avaliadores não tiveram o mesmo treinamento, nós escolhemos considerar os

(12)

itens que apresentaram graus maiores que 0,7, seguindo as recomendações do Hair Jr. et al. (2005).

Nós processamos os dados por meio da análise fatorial utilizando o programa SPSS, a qual auxilia na validação da amostra, nos seus graus de confiabilidade, para além dos desvios do comportamento padrão das variáveis. Para Hair Jr. et al. (1998), a análise fatorial é uma técnica cujo objetivo principal é definir uma estrutura de variáveis subjacente ao conjunto de dados observado. Ela ajuda a explicar a correlação ou a covariância entre um conjunto de variáveis e facilita a condensação das informações originalmente gerada por um grande número de variáveis em um conjunto menor. É uma técnica de interdependência, não há uma variável dependente explícita. No caso presente, nós fizemos um tipo de análise fatorial tipo- Q, que permite condensar um número maior de observações em grupos diferentes (clusters).

4 ANÁLISE DOS DADOS

As empresas participantes operam em diferentes segmentos, sem nenhuma concentração em nenhum deles. Das 26 empresas identificadas, 13 eram empresas familiares. Seis respondentes mencionaram ter participação nas ações das empresas pesquisadas, na percentagem entre 15% a 68%. Entre outras características das empresas e dos respondentes, é importante frisar o seguinte: houve uma boa distribuição da idade das empresas, variando de 6 a 107 anos de atividade, com a maior concentração no espectro entre 30 e 39 anos. Também houve uma boa distribuição em relação ao tempo de ação do respondente na empresa, variando de 1 ano a 35 anos, com a concentração mais alta de até 15 anos.

O número de empregados identificados nas empresas pesquisadas variou de 128 empregados na empresa menor a 40.000 empregados na empresa maior, e 65% tinham até 1.000 empregados. As empresas de médio porte representaram 43% a 57% das grandes, com uma boa divisão entre elas. Em relação ao perfil dos respondentes, pode-se assumir que 31% estão em um nível baixo ou médio de gerência e os 69% restantes estão com um nível de gestão maduro, mostrando bom conhecimento das questões estratégicas das empresas. Com relação a treinamento, a grande maioria (19 dos 26) possuía ensino superior.

4.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESTRATÉGIA

A análise estatística das questões relacionadas à identificação da estratégia bem como o desempenho das empresas foi desenvolvido com base nos 72 termos iniciais do questionário, começando por uma análise fatorial para identificar os clusters desses fatores. A primeira análise fatorial desempenhada recebeu uma explicação de 92%, com 19 fatores, um número alto para uma reflexão mais efetiva. Outras análises foram executadas com dez fatores, que

(13)

explicaram 72% da variância, que foi aceita. Depois de ler as questões com os primeiros clusters formados, os clusters finais foram definidos de acordo com o fator locado da primeira vez ou com o grau de relacionamento com outras variáveis no cluster. Os valores foram calculados para o Alpha de Cronbach, que é uma medida para quantificar o grau de consistência interna das escalas. De acordo com Hair Jr. et al. (1998, p. 88), os valores acima de 0,6 – 0,7 são aceitáveis. Em geral, todos os valores do Alpha de Cronbach mostraram valores dentro dos limites aceitáveis. Apenas o fator 8 mostrou um coeficiente de 0,57, próximo ao limite do Hair Jr. et al. (1998) e, portanto, não é considerado nesta análise.

Tabela 3 – Grau de Concordância com os Fatores da Análise Fatorial para F1, F2, F3, F5, F6, F7, F9 E F10

Médias entre Cores Concordância

1 a 1.9 Nenhuma Muito baixo ou inexistente 2 a 2.9 Vermelho Baixo

3 a 3.9 Amarelo Médio

4-5 Verde Alto

Os fatores são f1 – Competência e Qualidade, f2 – Percepção da Competência, f3 – Tipologia – Prospectora f4 – Transferência de Habilidades, f5 – foco na distribuição/marketing, f6 – Desempenho, f7 – Tecnologia do Produto, f8 – Missão – Desinvestir, f9 – Diferenciação e f10 – Preço e a área de atividade. Depois da análise fatorial, nós agrupamos as respostas, com o intuito de identificar os perfis de comportamento. A técnica utilizada foi a análise de Clusters K-means. Para facilitar a análise, nós utilizamos cores para diferenciar o grau de concordância (Tabela 3). Essas cores seguem a linha do sinal de trânsito, que ajuda a compreender e visualizar os modelos que serão demonstrados depois neste trabalho.

As médias deveriam ser analisadas de acordo com a mesma escala de concordância, de 1 a 5 onde 1 é baixo e 5 é totalmente de acordo. Esses níveis de concordância se encaixam perfeitamente nos fatores f1, f2, f3, f5, f6, f7, f9 e f10. Contudo, alguns encaixes deveriam ser mencionados.

Com relação ao fator f3 – Tipologia, todas as questões envolvendo a identificação da tipologia estratégica é pretendida com a identificação pelo grau de concordância com a Prospectora. A direção oposta dessa concordância, ou seja, discordar da Prospectora indica uma tipologia estratégica da Defensiva e média para a Analítica, de acordo com Miles et al. (1978). Os níveis de concordância propostos na Tabela 4 identificam a Prospectora e, na

(14)

medida em que elas se afastam, eles sugerem uma aproximação com os outros grupos identificados como Analítica a uma concordância média e Defensiva para uma concordância baixa.

O mesmo se aplica à missão estratégica representada pelo fator f8. O nível de concordância proposto na Tabela 4 identifica empresas com características de Colheita, e na medida em que elas se afastam, ele sugere a aproximação com outros grupos identificados como Mantenedores na concordância média e Construtores na concordância baixa.

O nível de concordância para o f4 – Transferência de Competências avalia o nível de mobilidade interna de competências das empresas, isto é, quanto maior a correlação, menor a habilidade das empresas de reter tais habilidades. Portanto, quanto menor a correlação com a habilidade de transferir habilidades para outras empresas, melhor o benefício recebido pela empresa, que mantém essa competência. Assim, a variação da validação para esse grupo acontece na ordem reversa àquela apresentada na Tabela 3.

Tabela 4 – Média de Concordância dos Fatores Associados com os Clusters Formados e suas Taxas

FATORES CLUSTERS 1 2 3 4 5 6 f1 Competência e Qualidade 3.1 4.7 4.5 4.2 4 4.3 f2 Percepção da Competência 2.8 3.9 3.9 3.9 3.2. 3.4 f3 Tipologia – Prospectora 4.4 4.2 4.1 4.2 f3 Tipologia – Analítica 3.4 3.6 f3 Tipologia – Defensiva f4 Transferência de Competências 2.9 2.1 3 2.9 2.6 1.7 f5 Foco na distribuição/Marketing 3.7 4.3 3.4 3.6 3.3 2.9 f6 Desempenho 2.3 4.5 3.9 3.5 3.2. 3.9 f7 Tecnologia de Produto 4.1 4.5 4.5 3.9 3.9 4.5 f8 Missão – Manter 3.3 3.6 f8 Missão – Colher 4.1 f8 Missão – Construir 2.3 2.8 2.7 f9 Diferenciação 2.9 4.3 4.5 4.2 4.2 3.2. f10 Preço e Área de Operação 2.3 3.4 3.9 4.2 2.7 3.8

É importante observar que ao conduzir o modelo dos fatores f3 e f8, o sentido de concordância alta, média e baixa não se aplicou. Então, depois de estabelecido o ranking

(15)

dentro dos seus fatores, nós adotamos a abordagem apropriada para a situação descrita. Contudo, nós não conseguimos identificar por meio de análise fatorial da amostra as características que demonstram as competências relacionadas à indagação para liderança de custo em concordância com o modelo proposto por Grant (1991). A partir daí, passamos à análise individual de cada cluster.

4.1.1 Análise do Cluster 1

As características listadas no Cluster 1 são: uma correlação alta nas questões associadas com a Tecnologia de Produto e com a Transferência de Competências; a tipologia estratégica é consistente com a Analítica, enquanto que a missão é relacionada a Manter; parcial à concordância média de questões relacionadas a fatores de Foco na Distribuição/Mercado e Competência e qualidade; concordância baixa em questões relacionadas a Preço e área de operação, Desempenho, Percepção de competência e Diferenciação. Essas características são correlacionadas com o modelo de integração da estratégia proposta por Kald, Nilsson e Rapp (2000) e podem ser vistas na Figura 2. Percebe-se que a Tipologia possui uma conexão com a Missão Estratégica, todavia, questões relacionadas à liderança de custo e à diferenciação possuem concordância baixa nas empresas que participam do cluster, isto é, as estratégias das empresas que fazem parte desse cluster não podem ser explicadas pela abordagem do posicionamento estratégico.

Figura 2 – Abordagens estratégicas para o Cluster 1

Tipologia Estratégica Defensiva Analítica Prospectora

Missão Estratégica

Colher Manter Construir

Posicionamento Estratégico Liderança de Custo Diferenciação

Visão Baseada em Recursos

Nível de Competência Interna Capacidade de Manutenção de Competência

Tecnologia de Processo Capacidade da Planta Acesso à entrada de baixo custo Qualidade Superior da Marca Tecnologia de Produto Marketing, Distribuição, Capacidade de Serviço Desempenho

(16)

Outra questão que é observada é o baixo nível de competência dessas empresas. Por possuírem pouca concordância com as características que constituem sua competência, a habilidade de reter suas competências é alta, talvez até pelo baixo interesse dos competidores de querer adquirir essas competências que essas mesmas empresas consideram baixas.

4.1.2 Análise do Cluster 2

As características dispostas pelo segundo cluster podem ser descritas como: alta concordância de questões relacionadas à Competência e Qualidade, Tecnologia de Produto, Desempenho, Tipologia – Prospectora, Diferenciação, Foco na distribuição / marketing, Transferência de competências e Missão – Manter, parcial à concordância média nas questões relacionadas aos fatores Percepção de competência, Missão e Preço e área de percepção. Não existem fatores com concordância baixa. A Figura 3 mostra a relação com o modelo de integração estratégica. Percebe-se que todas as abordagens estratégicas possuem uma explicação corroborada pelo modelo de Kald, Nilsson e Rapp (2000). Outro aspecto nessa figura é que, mesmo buscando a diferenciação, aspectos relacionados a custos não estão sendo negligenciados pelas empresas (PORTER, 1989).

Figura 3 – Abordagens estratégicas para o Cluster 2

Outro aspecto deste cluster é que o nível de competência reconhecida não é alto, embora as empresas com o componham pareçam prestar atenção na questão da mobilidade dessas

Tipologia Estratégica Defensiva Analítica Prospectora

Missão

Colher Manter Construir

Posicionamento Estratégico Liderança de Custo Diferenciação

Visão Baseada em Recursos

Nível de Competência Interna

Capacidade de Manutenção de Competência

Tecnologia de Processo Capacidade da Planta Acesso à entrada de baixo custo Qualidade Superior de Marca Tecnologia de Produto Marketing, Distribuição, Capacidade de Serviço Desempenho

(17)

competências, como é com a intensidade baixa. Os resultados mostram que essa integração leva ao bom desempenho.

4.1.3 Análise Do Cluster 3

A Figura 4 mostra a relação do cluster 3 com o modelo de integração estratégica. As características desse cluster são: alta concordância com as questões relacionadas à Competência e Qualidade, Tecnologia de Produto, Diferenciação, Tipologia – Prospectora e Missão – Construir, parcial à concordância média em questões relacionadas aos fatores Percepção da competência, Desempenho, Preço e área de operação, Foco na Distribuição / marketing e Transferência de Competências. Nenhum fator possui uma correlação baixa.

Figura 4 – Abordagens estratégicas para o Cluster 3

Observa-se que todas as abordagens estratégicas possuem um padrão explicado pelo modelo. Como no cluster 2, os aspectos relacionados aos custos não estão sendo contemplados, mesmo quando há busca por diferenciação. Por outro lado, os aspectos relacionados ao Marketing, capacidade de distribuição e serviço aparecem com menos intensidade nesse cluster.

O nível de competência desse cluster é considerado médio nos mesmos níveis do cluster 2. Todavia, as empresas do cluster 3 possuem graus médios de mobilidade dessas competências. Essa mobilidade média de competências parece ser a maior razão pela qual o desempenho percebido foi médio.

Tipologia Estratégica Defensiva Analítica Prospectora

Missão Colher Manter Construir

Posicionamento Estratégico Liderança de Custo Diferenciação

Visão Baseada em Recursos

Nível Interno de Competência Capacidade de Manutenção de Competência

Tecnologia de Processo Capacidade da Planta Acesso à entrada de baixo custo Qualidade Superior de Marca Tecnologia de Produto Marketing, Distribuição, Capacidade de Desempenho

(18)

4.1.4 Análise Do Cluster 4

A Figura 5 mostra a relação com o modelo de integração estratégica desse cluster. As características mostradas pelo Cluster 4 podem ser descritas como: alta concordância para as questões relacionadas a Competência e Qualidade, Diferenciação, Preço e área de operação, Transferência de competências, Tipologia – Prospectora e Missão – Colher; parcial à concordância média em questões relacionadas aos fatores Percepção de Competência, Tecnologia de Produto, Foco na distribuição / marketing e Desempenho. Novamente, não há fatores com correlação baixa.

Figura – 5 Abordagens estratégicas para o Cluster 4

Na Figura 5, não há nenhuma conexão entre as abordagens estratégicas da tipologia e da missão, enquanto que este cluster obtém alto nível de concordância com diferenciação e na busca por liderança de custo do posicionamento estratégico. Essas características levam a empresa a não alcançar bons resultados – acima da média de mercado de seu desempenho. Conforme Porter (1989) enfatizou, esse tipo de atitude é uma receita para a mediocridade, um resultado que pode ser reconhecido por empresas que fazem parte desse cluster.

Tipologia Estratégtica Defensiva Analítica Prospectora

Missão

Colher Manter Construir

Posicionamento Estratégico

Liderança de Custo Diferenciação

Visão Baseada em Recursos

Nível Interno de Competência

Capacidade de Manutenção de Competência

Tecnologia de Processo Capacidade da Planta Acesso à entrada de baixo custo Qualidade Superior da Marca Tecnologia de Produto Marketing, Distribuição, Capacidade de Serviço Desempenho

(19)

Os aspectos relacionados à tecnologia de produto e ao mercado (Marketing, distribuição e serviço) não têm a mesma atenção do que a Qualidade Superior de Marca, levando os aspectos de diferenciação a reduzirem sua importância.

4.1.5 Análise do Cluster 5

As características do cluster 5 são: concordância alta das questões relacionadas à Diferenciação, Competência e Qualidade, Tipologia – Analítica, Missão – Construir, e Transferência de Competências, parcial para a concordância média das questões relacionadas aos fatores tecnologia do produto, Foco na distribuição / marketing, Percepção da Competência e Desempenho; concordância baixa nas questões relacionadas a Preço e área de operação.

Figura 6 – Abordagens estratégicas para o Cluster 5

A Figura 6 descreve a relação com o modelo estratégico de integração. Com características semelhantes ao cluster 4, no que se refere ao Nível de Competência, à Retenção de Capacidade e recursos, o cluster 5 utiliza a conexão entre as abordagens estratégicas da Tipologia, Missão e Posicionamento, que possuem uma ligação prevista com a teoria. Mesmo sem conseguir controlar bem seus custos, as empresas desse cluster não conseguem obter um bom desempenho baseado apenas na diferenciação.

Tipologia Estratégica Defensiva Analítica Prospectora

Missão Estratégica

Colher Manter Construir

Posicionamento Estratégico

Liderança de Custo Diferenciação

Visão Baseada em Recursos

Nível de Competência Interna

Capacidade de Manutenção de Competência

Tecnologia de Processo Capacidade da Planta Acesso à entrada de baixo custo Qualidade Superior de Marca Tecnologia de Produto Marketing, Distribuição, Capacidade de Serviço Desempenho

(20)

4.1.6 Análise Do Cluster 6

As características mostradas no cluster 6 podem ser descritas como: concordância para as questões relacionadas à Tecnologia de produto, Competência e Qualidade, Tipologia – Prospectora, Missão – Construir e Transferência de Competências; parcial na concordância média das questões relacionadas aos fatores de Performance, Preço e área de operação, Percepção de competência e Diferenciação; concordância baixa em questões relacionadas ao Foco na distribuição / marketing.

A Figura 7 mostra a relação com o modelo de integração estratégica. Para o cluster 6, com a tipologia de Prospectora, e missão de Construir, espera-se que ela possua uma posição estratégica baseada na diferenciação, e isso não ocorre na intensidade que deveria ocorrer. O nível de concordância com a diferenciação é médio e as empresas buscam a liderança de custo com a mesma intensidade, uma combinação que não gera vantagem competitiva. Considerando a VBR, embora o nível de competência seja médio, há uma boa habilidade em reter tais competências baseadas na Qualidade Superior da Marca e na Tecnologia de Produto. Por outro lado, há uma negação das questões relacionadas ao Marketing, distribuição e capacidade de serviço.

Figura 7 – Abordagens estratégicas do Cluster 6

Tipologia Estratégica Defensiva Analítica Prospectora

Missão Estratégica

Colher Manter Construir

Posicionamento Estratégico

Liderança de Custo Diferenciação

Visão Baseada em Recursos

Nível Interno de Competência

Capacidade de Manutenção de Competência

Tecnologia de Processo Capacidade da Planta Acesso à entrada de baixo custo Qualidade Superior da Marca Tecnologia de Produto Marketing, Distribuição, Capacidade de Serviço Desempenho

(21)

Nós também cruzamos as características das empresas que fazem parte dessa amostra com as dos grupos formados pela análise de cluster com o propósito de identificar as características que poderiam avaliar os clusters com base nessas características. Contudo, não foi possível identificar nenhum padrão de comportamento em relação às questões do perfil dos respondentes e das empresas com os clusters formados.

5 CONCLUSÃO

Os interrelacionamentos de uma empresa com seu ambiente requerem ajustes constantes no que se refere à forma pela qual elas atuam, com propósito único: ganhar vantagem competitiva que permite desempenho superior do que a média das outras empresas no mesmo segmento (PORTER, 1989). Este estudo buscou identificar as estratégias organizacionais associadas ao grupo de 32 empresas de médio e grande porte do sul do Brasil. Isso foi possível, uma vez que foi examinada cada uma das abordagens estratégicas dentro de cada um dos seis clusters identificados com o auxílio da técnica de análise fatorial. Contudo, nós não focamos apenas nesse aspecto. Nosso objetivo era estabelecer uma ligação entre as abordagens estratégicas adotadas por estes clusters com o desempenho percebido por elas.

Por conta das escolhas estratégicas e do desempenho percebido por seus gerentes, podemos dizer que o cluster 2 mostra um desempenho alto porque ele apresenta a melhor conexão entre as abordagens estratégicas. O cluster 3 também mostra uma boa conexão entre as abordagens estratégicas, mas ele tem pouca retenção de suas competências e, portanto, seu desempenho cai para a média de mercado. Semelhante ao cluster 3, o cluster 6 mostra uma boa capacidade de reter suas competências internas, mas ele não busca um posicionamento estratégico de diferenciação específico, a única opção viável considerando as outras escolhas estratégicas.

O cluster 4, em contraste ao cluster 6, busca um posicionamento estratégico de liderança de custo e diferenciação simultaneamente, o que leva a uma posição média de desempenho. Uma empresa com uma tipologia Prospectora não deveria ter uma missão estratégica de Colher; escolhas não são compatíveis, o que justifica um desempenho médio. O cluster 5 apresenta um bom conjunto de abordagens estratégicas, contudo, quando escolhe a diferenciação ele discorda substancialmente da questões relacionadas a custo. Porter (1989) afirma que deve haver controle rígido de custos nas áreas não relacionadas à diferenciação e esse cluster parece não ter isso. Finalmente, com desempenho abaixo da média, o cluster 1 ignora a busca por diferenciação ou custo, além de ter baixo nível de competência. O valor

(22)

potencial dos recursos depende da interação entre eles e da configuração organizacional (CARVALHO; PREVOT; MACHADO, 2012).

Pode-se dizer que quanto mais as escolhas estratégicas estiverem alinhadas com o modelo teórico, melhor é o desempenho alcançado pelas empresas, nesta amostra. Com a aplicação do instrumento nas pesquisas, é possível mostrar mais claramente as escolhas estratégicas das organizações e demonstrar mais facilmente suas relações com o controle de gestão. Além disso, é possível fazer uma análise comparativa entre os estudos que foram baseados em diferentes escolas ou abordagens estratégicas. Parece ser necessário utilizar mais do que uma variável para avaliar a relação entre estratégia e competitividade, principalmente nas empresas pequenas (FREITAS, 2012). Essa proposta também é defendida por Canhada e Bulgacov (2011) que afirmam que é necessário investigar que padrões de comportamento estão relacionados a diferentes tipos de resultados. Nosso estudo fez essa abordagem usando a percepção de desempenho, uma visão mais ampla de resultados.

Assim, os resultados parecem corroborar Newbert (2008), cujos recursos são determinantes para o desempenho. Além disso, o reforço entre a Cadeia de Valor de Porter e as capacidades da VBR é esperado por Ito (2011). Também, embora este estudo não seja um método de caso estendido, ele ajuda a integrar teorias existentes (ALBINO et al., 2010), ao mostrar o alinhamento entre algumas escolas da estratégia e suas concordâncias com a percepção de desempenho das empresas estudadas.

Uma forma de explicar o alinhamento entre as diferentes práticas em empresas amostradas é o isomorfismo. Para Walter, Augusto e Silva (2011), os agentes organizacionais poderiam adaptar práticas institucionais para suas organizações, resultando em um tipo de mimese. No entanto, neste caso uma nova forma é necessária para explicar sua percepção comum do desempenho de sucesso.

Outra explicação para o alinhamento entre diferentes práticas são as práticas de equifinalidade (MACIEL; WEYMER; AUGUSTO, 2012). Nesse sentido, diferentes ações são levadas a responder a um mesmo contexto estratégico.

Outra forma de explicar é que empresas que não se encaixaram bem no modelo proposto competem em um mundo de negócios altamente competitivo (ADLER, 2011). Neste caso, nosso modelo, talvez, não descreva de forma precisa todas as empresas, mas aquelas que competem em um ambiente mais estável. Portanto, essa limitação poderia ser uma oportunidade de pesquisa futura.

(23)

Por conta das escolhas estratégicas da organização e seu alinhamento ou não com o modelo teórico, é possível estabelecer quais informações são importantes para a avaliação de desempenho. Para Rocha (1999), essa tarefa faz parte da função de controller. O profissional nesta área deve ter clareza sobre as estratégias organizacionais tanto para dar apoio à tomada de decisão no que se refere à informação necessária para fazer escolhas melhores e para participar ativamente nesse processo.

Nesse sentido, com base nos critérios que envolvem sistema de informação, planejamento e controle, nós recomendamos pesquisar os tipos de controle utilizados para cada abordagem estratégica que podem melhorar o controle de gestão das empresas.

REFERÊNCIAS

ACQUAAH, M; YASAI-ARDEKANI, M. Does the implementation of a combination competitive strategy yield incremental performance benefits? A new perspective from a transition economy in Sub-Saharan Africa. Journal of Business Research, n. 61, p. 346–354, 2008.

ADLER, R. W. Performance management and organizational strategy: how to design systems that meet the needs of confrontation strategy firms. The British Accounting Review, v. 43, n. 4, p. 251-263, 2011.

ALBINO, J. et al. Estratégia como prática: uma proposta de síntese. Revista Portuguesa e

Brasileira de Gestão, v. 9, n. 1-2, p. 1–16, jun. 2010. Disponível em:

<http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S1645- 44642010000100002&script=sci_arttext>.

ATES, A. Strategy process in manufacturing SMEs. 2008. Thesis. University of Strathclyde, Glasgow (ESC), 2008.

BAGNOLI, C.; VEDOVATO, M. The impact of knowledge management and strategy

configuration coherence on SME performance. Journal of Management and Governance, v. 9, mar. 2012.

BARNEY, J. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, v. 1, n 17, 1991.

BORINELLI, M. L. Estrutura conceitual básica de controladoria: sistematização à luz da teoria e da práxis. 2006. Tese (Doutorado em Contabilidade) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, FEA/Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

CANHADA, D. I. D.; BULGACOV, S. Práticas sociais estratégicas e resultados acadêmicos: o doutorado em administração na USP e na UFRGS. RAP – Revista de Administração

Pública, Rio de Janeiro, v. 45, n. 1, p. 7-32, 2011.

CARVALHO, D. M; PREVOT, F.; MACHADO, J. A. D. O papel dos recursos no

desempenho organizacional: o uso da teoria da visão baseada em recursos em propriedades rurais. In: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM

(24)

ADMINISTRAÇÃO (ENANPAD), 36., 2012, Rio de Janeiro (RJ). Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2012.

CERTO, S. C.; PETER, J. P. Administração estratégica: planejamento e implantação da estratégia. São Paulo: Makron Books, 1993.

CINQUINI, L.; TENUCCI, A. Strategic management accounting and business strategy: A loose coupling? Journal of Accounting & Organizational Change, v. 6, n. 2, pp. 228-259, 2010.

DIEHL, C. A. Gestão estratégica de custos: uma estrutura para análise da estratégia praticada em empresas de serviços. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE CUSTOS, 9., 2005, Florianópolis (SC). Anais... Florianópolis: ANPAD, 2005.

FREITAS, C. A; HOFFMANN, A. Percepção das estratégias de influências dos stakeholders e sua relação com a estratégia genérica: estudo de caso em pequenas empresas comerciais do litoral norte Catarinense. BBR – Brazilian Business Review, v. 9, n. 2, p. 1-25, apr.-jun. 2012.

GIMENEZ, F. A. P. et al. Estratégias em pequenas empresas: uma aplicação do modelo de Miles e Snow. RAC – Revista de Administração Contemporânea, v. 3, n. 2, may-aug. 1999.

GRANT, R. M. The resource-based theory of competitive advantage: Implications for strategy formulation. California Management Review, Berkeley, v. 33, n. 3, Spring 1991.

. Contemporary strategy analysis: concepts, techniques, applications. Cambridge: Blackwell, 1992.

GUNTHER, C. Interaction among firm strategy, board control role, information attributes in association with firm performance. 2012. Thesis. School of Business, Bond University (AUS), 2012.

GUPTA, Anil K.; GOVINDARAJAN. V. Business unit strategy, managerial characteristics, and business unit effectiveness at strategy implementation. Academy of Management

Journal (pre-1986), v. 27, n. 1; p. 25-41, mar. 1984.

HAIR JR., J. F. et al. Multivariate data analysis. 5. ed. New Jersey: Prentice Hall, 1998, HOFER, C. W.; SCHENDEL. D. Strategy formulation: analytical concepts. St. Paul: West Publishing, 1978.

ITO, N. C. Conversas e construção teórica na administração estratégica: Porter e VBR em uma teoria do valor das transações da vantagem competitiva. In: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO (ENANPAD), 35., 2011, Rio de Janeiro (RJ). Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2011.

JARZABKOWSKI, P.; WHITTINGTON, R. A strategy-as-practice approach to strategy research and education. Journal of Management Inquiry, v. 17, n. 4, p. 282-286, dez. 2008. JUGDEV, K. Developing and sustaining project management as a strategy asset: a multiple case study using the resource-based view. 2003. Tese. (Doutorado) - University of

(25)

Calgary, 2003.

KALD, M.; NILSSON, F.; RAPP, B. On strategy and management control: the importance of classifying the strategy of the business. British Journal of Management, v. 11, p. 197-212, 2000.

LAMBERG, J. et al. Competitive dynamics, strategic consistency, and organizational survival. Strategic Management Journal, n. 30, p. 45-60, 2009.

LANGFIELD-SMITH, K. Management control systems and strategy: a critical review.

Accounting, Organizations and Society, v. 22, n. 2, p. 207-232, 1997.

MACIEL, C. D. O.; WEYMER, A. S. Q.; AUGUSTO, P. O. M. Identificando os

condicionantes socialmente construídos (ENACTED) das práticas estratégicas em ambientes altamente institucionalizados. RAC – Revista de Administração Contemporânea, v. 16, n. 1, art.5, pp. 79-97, 2012.

MCDERMOTT, M. A. An empirical investigation of core competence and firm

performance. 2003. Tese (Doutorado) - State University of New York at Albany, New York

(NY), 2003.

METTS, G. A. An investigation of relationship between strategy making and performance: the role of adaptative decision making in the development of strategy in small and medium- sized manufacturing companies. 2004. Tese (Doutorado) - University of Toledo, Ohio (EUA), 2004.

MILES, R. E. et al. Organizational strategy, structure, and process. The Academy of

Management Review, jul. 1978.

MILES, R. E; SNOW, C. C. Organizational strategy, structure and process. New York: McGraw-Hill, 1978.

MINTZBERG, H; AHLSTRAND, B; LAMPEL, J. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.

MINTZBERG, H; QUINN, J. B. O processo da estratégia. 3. ed., Porto Alegre: Bookman, 2001.

NAMUSONGE, M. J. Linking competencies with strategy: the case of small and medium- sized exporting firms in Kenya. 2003. Tese (Doutorado) - University of Illinois at Urbana- Champaign, Illinois (EUA), 2003.

NEWBERT, S.L. Value, rareness, competitive advantage, and performance: a conceptual-level empirical investigation of the resource-based view of the firm. Strategic Management

Journal, n. 29, p. 745–768, 2008.

OLIVEIRA, L. M. et al. Gestão estratégica da logística e seus fatores críticos de sucesso. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 10., 2003, Guarapari (ES). Anais... Guarapari: ABC, 2003.

PORTER, M. E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro, Campus, 1989.

(26)

. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 2004.

PRZYCZYNSKI, A. R.; BITENCOURT, C. C. Resource-based View (RBV): perspectiva empírica, tendências e abrangência em duas décadas. In: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO (ENANPAD), 35., 2011, Rio de Janeiro (RJ). Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2011.

RIGONI, E. H.; HOPPEN, N. Instrumentos de mensuração dos tipos estratégicos: uma análise comparativa no contexto do alinhamento estratégico entre negócios e tecnologia da

informação. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO (ENANPAD), 35., 2011, Rio de Janeiro (RJ). Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2011.

ROCHA, W. Contribuição ao estudo de um modelo conceitual de sistema de informação

de gestão estratégica. 1999. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Ciências

Contábeis, FEA/Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 1999.

RODRIGUES FILHO, J. Um estudo da produção acadêmica em administração estratégica no Brasil na terminologia de Habermas. RAE-eletrônica, v. 3, n. 2, jul.-dez. 2004.

SEHNEM, S; LAZZAROTTI, F; BANDEIRA-DE-MELLO, R. Uma análise longitudinal da utilização do paradigma Porteriano no Brasil. BBR – Brazilian Business Review, v. 7, n. 2, , p. 21–39, maio-ago. 2010.

SINICKAS, A. Improving understanding of strategy. Strategic Communication

Management, v. 10, n. 2, p. 12. feb.-mar. 2006.

SIRMON, D. G. et al. The dynamic interplay of capability strengths and weaknesses:

investigating the bases of temporary competitive advantage. Strategic Management Journal, v. 1409, p. 1386-1409, jul. 2010.

SOEKARSONO, T. U. Integration and economics: triangulating on agribusiness

competitiveness through strategy and economic theories. 2001. Tese (Doutorado) - University of Illinois at Urbana-Champaign, Illinois (EUA), 2001.

VALADÃO, J. D. A. D.; SILVA, S. S. D. S. E. Justaposições da estratégia como prática e processo de estratégia: antes da visão pós-processual da estratégia. RAM - Revista de

Administração Mackenzie, v. 13, n. 2, p. 171-195, apr. 2012.

VIEIRA, V. A. As tipologias, variações e características da pesquisa de marketing. Rev. FAE, Curitiba, v. 5, n. 1, p. 61-70, jan.-apr. 2002.

WALTER, S. A; AUGUSTO, P. O. M.; SILVA, V. O campo organizacional e a adoção de práticas estratégicas: revisitando o modelo de Whittington. Cadernos Ebape. BR, v. 9, jun. 2011, n. 2, p. 282-298, 2011.

WAN, Z. Competitive strategy, competitive forces and business level performance in the

U.S.: upholstered, wood household furniture industry. 2004. Dissertação (Mestrado) -

Mississippi State University, Mississipi (EUA), 2004.

(27)

Handbook of Organization Studies. London: Sage, 1996.

ZEMSKY, P. The timing of resource development and sustainable competitive advantage.

Management Science, v. 53, n. 4, p. 651-666, 2007.

ZHUANG, Y. A resource-based view of electronic commerce. 2000. Dissertação (Mestrado) - University at Kentucky, Kentucky (EUA), 2000.

NOTAS

1. O Sebrae é uma agência Brasileira não-governamental para o desenvolvimento de micro e pequenos empreendimentos.

Referências

Documentos relacionados

The aim of this research was to study the socio- environmental strategies of a forest-based, cellulose pulp- producing organization by employing strategic theory as social practice

No século XVIII, a guerra era uma das principais atividades políticas, realizada com o objetivo de garantir a manutenção e a conquista de territórios. Também tinha importância

In addition, decompositions of the racial hourly earnings gap in 2010 using the aggregated classification provided by the 2010 Census with 8 groups, instead of the one adopted in

(2002) ‘The knowledge-based view of the firm’, in Choo and Bontis (Eds.) The Strategic Management of Intellectual Capital and Organizational Knowledge , New York: Oxford

Também ele aponta o costume de os cónegos rezarem um trintário, não em geral, por todos os mortos da Ordem, mas por cada cónego em particular: «Quando se alguum coonego finar

Outras experiências menores, mas de relevância ao processo principal, foram concretizadas, nomeadamente a neutralização do cloridrato da matéria prima usada, além

Besides B 68 and B 335, other Bok globules have been studied using the Bonnor-Ebert sphere theoretical model, such as the 14 globules whose gravitational stabilities were analyzed

Esta seção descreve os mecanismos de regulamentação para os preços da eletricidade, dos serviços de telecomunicações, e dos derivados de petróleo adotados na economia brasileira