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Relatório de estágio curricular supervisionado na área de clínica e cirurgia de animais de grande porte

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Natália Locks

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA

ÁREA DE CLÍNICA E CIRURGIA DE ANIMAIS DE GRANDE PORTE

Curitibanos 2019

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Ciências Rurais

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Natália Locks

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA

ÁREA DE CLÍNICA E CIRURGIA DE ANIMAIS DE GRANDE PORTE

Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Medicina Veterinária do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Medicina Veterinária.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Grasiela de Bastiani

Curitibanos 2019

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Natália Locks

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA

ÁREA DE CLÍNICA E CIRÚRGIA DE ANIMAIS DE GRANDE PORTE

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Médica Veterinária e aprovado em sua forma final

Curitibanos, 28 de junho de 2019.

________________________ Prof. Dr. Alexandre de Oliveira Tavela

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________ Prof.ª Dr.ª Grasiela de Bastiani

Orientadora

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

________________________ MSc. Laís Muniz Arruda Pereira

Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC)

________________________ Prof. Dr. Marcos Henrique Barreta Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

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Este trabalho é dedicado à minha família, pois sem ela meu sonho não se tornaria realidade.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus e a todos os Seres de Luz que me conduziram nesta jornada até aqui, possibilitando manter-me focada naquilo que realmente desejava.

A minha avó Laurentina, que independente do lugar do céu onde estiver, sei que está ao meu lado, me protegendo e iluminando meu caminho.

Aos meus pais, meu eterno agradecimento por serem exemplos de força, coragem e determinação. Por todo o apoio emocional e financeiro. Por acreditarem que eu seria capaz de tornar um sonho em realidade. Pelas vezes que fracassei e se mantiveram sempre ao meu lado e por todo amor que me deram durante a vida.

Agradeço ao meu irmão, por sempre estar ao meu lado, me apoiando e me auxiliando em tudo o que eu preciso. Agradeço a ele também, por ser o grande incentivador de todo o meu amor pelos animais.

Aos meus familiares, agradeço de coração por todo apoio e incentivo. Principalmente minhas primas Giovanna e Francielly, por me fazerem acreditar que sou capaz de superar os obstáculos a serem enfrentados e aos meus avós Bertilo, Élia, Irineu e Laurentina sempre acreditarem em mim.

A minha tia avó Elacrides e sua família, por me hospedarem em sua casa e me apoiarem com muita atenção durante parte do meu estágio.

Agradeço a Maria Helena de Souza, por dedicar grande parte da sua vida a minha vida, por ser exemplo de força, persistência e de mulher guerreira. Estendo meus agradecimentos aos seus filhos Débora e Edmo, por estarem presentes sempre que necessário. Agradeço ao meu namorado Pablo, por todo o carinho, amizade, companheirismo e incentivo, por me manter calma e me apoiar nas decisões tomadas. Agradeço também por todo o carinho recebido de seus familiares.

Agradeço a meus amigos e colegas, que se fizeram presentes durante toda a minha vida. Em especial, as meninas do apartamento 22 e seus mascotes, por todo o carinho e amadurecimento durante o período de convivência.

Agradeço a professora e amiga Grasiela de Bastiani, por servir de fonte de inspiração tanto como pessoa, quanto como profissional. Por me proporcionar diversas oportunidades de aprendizado e por ter aceitado ser minha orientadora.

Agradeço a todos os professores, que se fizeram presentes em minha jornada até a graduação, pois sem os ensinamentos de cada um, nada disso seria possível.

(8)

Agradeço toda a equipe de Veterinários e estagiários do Hospital de Clínica Veterinária de Equinos de Pelotas, em especial os residentes Plínio, Vitória, Margarida e Taís e as estagiárias Isabela, Rafaela e Nathalia, pela amizade construída.

A Equipe do setor de Grandes Animais do Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná, principalmente as residentes Jéssica, Lucimara, Andressa e Anny. Também a responsável técnica Ana Paula Bush e as estagiárias Morgana e Letícia, por toda a paciência e conhecimento que a mim foram oferecidos.

Agradeço aos professores e profissionais da banca, pela disponibilidade e por servirem de exemplo para nós formandos.

Agradeço a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a construção deste trabalho.

(9)

“Recomece, se refaça, relembre o que foi bom... e se um dia, lá na frente, a vida der uma ré, recupere sua fé

e RECOMECE novamente”. (Bráulio Bessa)

(10)

RESUMO

O estágio curricular em medicina veterinária proporciona ao graduando a oportunidade de executar grande parte dos conteúdos teóricos aprendidos durante a graduação, junto a isso, oferece uma gama de novos conhecimentos pessoais e profissionais. Neste relatório serão descritas as atividades, as estruturas e as casuísticas acompanhadas em dois hospitais escolas sendo eles, o Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o Hospital Veterinário (HV) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com atendimentos a equinos e a animais de grande porte respectivamente. Ao todo foram realizadas 624 horas de estágio curricular supervisionado, sendo estas de suma importância para a concretização e a aquisição de conhecimentos.

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ABSTRACT

The curricular internship in veterinary medicine provides the graduate with the opportunity to perform much of the theoretical contents learned during graduation, along it also offers a range of new personal and professional knowledge. This report will describe the activities, structures and casuistics that took place in two hospitals, including the Hospital of Veterinary Clinics (HCV) of the Federal University of Pelotas (UFPel) and the Veterinary Hospital (HV) of the Federal University of Paraná (UFPR), with care for horses and large animals, respectively. In total 624 hours of supervised curricular internship were carried out, being those extremely important for the achievement and acquisition of knowledge.

Keywords: Internship curricular .Veterinary medicine. Hospitals.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Pavilhão para atendimento de equinos. ... 21

Figura 2- Troncos de contenção. ... 21

Figura 3- Balcão, pia e armários para armazenamento dos materiais utilizados na rotina. ... 22

Figura 4- A- Máquina para a fabricação de gelo. B- Freezers. ... 22

Figura 5- Cocheiras. A- Vista externa cocheira 1. B- Vista externa cocheira 2. C- Vista externa cocheira 3. D- Vista externa cocheira 4. E- Vista externa cocheira 5. F- Vista interna. ... 23

Figura 6- Sala de ração. A- Vista interna. B- Vista externa ... 24

Figura 7- Consumo. A: Vista interna. B: Vista externa. ... 25

Figura 8- Salas. A-Residentes. B- Técnicos Administrativo ... 25

Figura 9- Laboratório. ... 26

Figura 10- Dormitório. A- Vista externa. B- Vista interna. ... 26

Figura 11- Centro Cirúrgico. A- Vista externa. B- Sala de Esterilização. C- Sala de esterilização e armazenagem. D e E- Sala de cirurgia. ... 27

Figura 12- Sala de anestesia. A- Vista externa B- Vista interna. C- Vista interna- porta de acesso ao centro cirúrgico. ... 28

Figura 13- Divisão dos piquetes... 28

Figura 14- Jockey Club de Pelotas. A e B- Arquibancadas. C- Logomarca. D- Pista de areia solta do Hipódromo da Tablada. ... 31

Figura 15- Espaço destinado aos veterinários. A e B- Boxes de contensão dos animais. C- Animal na balança. D- Vista externa. ... 32

Figura 16- Centro Agropecuário da Palma. A- Portal de entrada. B- Tronco de contenção. ... 33

Figura 17- A- Vista do Ambiente externo. B- Mesa com alguns materiais utilizados nos atendimentos. C- Sala com armários. D- Lixo comum, contaminado e Descarpak®. E- Frigobar para a conservação das vacinas. ... 35

Figura 18- Evolução da ferida da região plantar da quartela. A: Primeiro dia de internamento. B, C, D, E: Evolução com o decorrer dos dias. ... 41

Figura 19- Evolução da ferida presente na face medial do boleto direito. A: Primeiro dia de internamento. B, C, D, E: Evolução com o decorrer dos dias. ... 41

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Figura 20- A- Inspeção do animal ainda com a tala. B- Vista cranial do membro acometido. C- Vista lateral do membro acometido. D- Vista medial do membro

acometido. ... 43

Figura 21- Raio X do MAE. A- Projeção Lateromedial. B- Projeção Palmodorsal. 44 Figura 22- Necrópsia. ... 45

Figura 23- HPIE, terço distal da traqueia. ... 47

Figura 24- Setor de grandes animais. ... 50

Figura 25- Corredor central. ... 51

Figura 26- Mapa do local... 52

Figura 27- Sala de triagem. A- Vista externa. B- Vista interna. ... 53

Figura 28- Pias, interior da sala de triagem. ... 53

Figura 29- Dispensário. A- Vista externa. B- Vista interna. ... 54

Figura 30- Rouparia. A- Vista externa. B- Vista interna. ... 55

Figura 31- Almoxarifado. A- Vista externa. B- Vista interna. ... 55

Figura 32- Sala de reuniões. A- Vista externa. B- Vista interna. ... 56

Figura 33- Sala das residentes e da técnica. A- Vista externa. B- Vista interna. ... 57

Figura 34- Sala de demonstração. ... 58

Figura 35- Depósito do corredor de baias II. A- Vista externa. B, C e D- Vistas internas... 59

Figura 36- Corredor de bais I- Grandes Ruminantes. A- Corredor. B- Vista externa da baia. C- Vista interna da baia. ... 60

Figura 37- Corredor de baias II- Pequenos ruminantes e suínos. A- Vista externa do corredor. B- Corredor. C- Vista externa da Baia. D- Baia de pequeno ruminante. E- Baia de Suíno. F- Escamoteador. ... 60

Figura 38- Corredor de baias III- Equinos. A- Corredor. B- Vista externa da baia. C-Vista interna da baia. ... 61

Figura 39- Baia U.T.I. A- Vista externa. B e C- Vistas internas. ... 61

Figura 40- A- Balança. B- Tronco de contensão de equinos. C- Tronco de contenção de pequenos ruminantes. ... 62

Figura 41- Tronco de contenção e balança de grandes ruminantes. ... 62

Figura 42- Aprisco para ovinos. ... 63

Figura 43- Centro cirúrgico. A- Área de paramentação. B, C e D- Sala para armazenamento de materiais. E- Talha. F- Área de Indução anestésica. G- Área de Cirurgia. H- Aparelho de anestesia. ... 64

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Figura 44- Animais intoxicados por monensina. ... 70 Figura 45- Leite ordenhado do animal. Seta preta indica o leite proveniente do teto sadio. Seta vermelha indica o leite proveniente do teto afetado. ... 74 Figura 46- Progressão do quadro. A- Paciente. B- Aumento de volume no úbere direito. C e D- Região fistulada. E- Início da curetagem. F- Material curetado. G- Local após curetagem. H- Introdução da compressa embebida em iodopolvidona 10%. ... 75 Figura 47- A- Paciente. B- Rachadura na unha lateral direita evidenciada pelo círculo preto. C- Rachadura na unha lateral. ... 77

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Procedência dos animais atendidos... 36

Tabela 2- Sexo dos animais atendidos. ... 36

Tabela 3- Idades dos animais. ... 36

Tabela 4- Sistemas acometidos. ... 37

Tabela 5- Detalhamento dos casos atendidos. ... 38

Tabela 6- Abordagem e resolução dos quadros. ... 39

Tabela 7- Espécies atendidas durante o período de estágio. ... 66

Tabela 8- Sexo dos animais atendidos. ... 66

Tabela 9- Idade dos animais atendidos. ... 66

Tabela 10- Sistemas acometidos. ... 67

Tabela 11- Descrição minuciosa dos atendimentos. ... 68

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

%- Porcentagem ®- Marca Registrada

BPM- Batimentos por Minuto

CEE- Centro de Estações Experimentais

ClinEq- Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Medicina Equina cm- Centímetros

EcoSul- Empresa Concessionária de Rodovias do Sul FC- Frequência Cardíaca

FR- Frequência Respiratória

HCV- Hospital de Clínicas Veterinárias

HPIE- Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício HV- Hospital Veterinário

IV- Intravenoso Kg- Quilogramas

MAE- Membro Anterior Esquerdo mg- Miligramas

MI- Motilidade Intestinal Mol/L- Mol por Litro

MPD- Membro Posterior Direito MPM- Movimentos por Minuto PR- Paraná

RL- Ringer com Lactato RS- Rio Grande do Sul SGI- Sistema Gastrointestinal

SID- Semel In Die- Uma Vez por Dia SRD- Sem Raça Definida

TPC- Tempo de Preenchimento Capilar TR- Temperatura Retal

U.T.I- Unidade de Terapia Intensiva UFPel- Universidade Federal de Pelotas UFPR- Universidade Federal do Paraná

(17)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 19

2 HOSPITAL DE CLÍNICAS VETERINÁRIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS. ... 19

2.1 DESCRIÇÃO DAS ESTRUTURAS PRESENTES NO LOCAL ... 20

2.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 29

2.2.1 Rotina Clínica ... 29

2.2.2 Treinamentos Práticos ... 30

2.2.3 Experimentos Desenvolvidos por Mestrandos e Doutorandos ... 30

2.2.4 Atendimentos no Jockey Club de Pelotas ... 30

2.2.5 Centro Agropecuário da Palma ... 33

2.2.6 Projeto Ambulatório Veterinário ... 34

2.3 CASUÍSTICAS DE ATENDIMENTOS ... 35

3 DISCUSSÃO DE ALGUNS CASOS ATENDIDOS ... 39

3.1 SISTEMA TEGUMENTAR ... 39

3.1.1 Feridas Contaminadas e Infectadas ... 39

3.2 SISTEMA LOCOMOTOR ... 41

3.2.1 Fratura de Membros ... 42

3.3 SISTEMA RESPIRATÓRIO ... 45

3.3.1 Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício (HPIE) ... 46

3.4 SISTEMA GASTROINTESTINAL ... 47

3.4.1 Dilatação Gástrica ... 48

4 HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ49 4.1 DESCRIÇÃO DAS ESTRUTURAS PRESENTES NO LOCAL ... 49

4.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO ... 64

4.2.1 Rotina Clínica ... 64

4.2.2 Atendimentos ao Centro de Estações Experimentais (CEE). ... 65

(18)

5 DISCUSSÃO SOBRE ALGUNS CASOS ATENDIDOS ... 69

5.1 SISTEMA GASTROINTESTINAL ... 69

5.1.1 Intoxicação Alimentar de Bovinos ... 69

5.2 SISTEMA REPRODUTOR ... 71

5.2.1 Orquiectomia ... 71

5.3 SISTEMA TEGUMENTAR- PELE E ANEXOS ... 72

5.3.1 Mastite ... 72

5.3.2 Cascos ... 75

6 CONCLUSÃO ... 78

(19)

1 INTRODUÇÃO

O estágio final curricular supervisionado é de suma importância, devido ao fato de os conteúdos teóricos adquiridos durante o período de graduação serem colocados em prática, além de, possibilitar a aquisição de novos conhecimentos e a troca de experiências com outros profissionais e estudantes da área.

Neste relatório serão descritas as atividades realizadas durante o período de estágio curricular obrigatório, este por sua vez, realizado em duas concedentes. A primeira parte do estágio ocorreu no setor de grandes animais, na área de clínica e cirurgia de equinos do Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), localizado na Avenida Eliseu Maciel S/N, bairro Jardim América, no município de Capão do Leão, no estado do Rio Grande do Sul (RS). O estágio foi supervisionado pelo médico veterinário Carlos Eduardo Wayne Nogueira durante o período de 4 de fevereiro de 2019 a 05 de abril de 2019, totalizando 360 horas. A segunda parte foi realizada no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no setor de grandes animais na área de clínica e cirurgia de grandes animais, localizado na Rua dos Funcionários, Nº 1540, bairro Juvevê, Curitiba, no estado do Paraná (PR). Teve início dia 15 de abril de 2019 e término em 31 de maio de 2019, totalizando 264 horas e foi supervisionado pelo médico veterinário João Henrique Perotta.

2 HOSPITAL DE CLÍNICAS VETERINÁRIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS.

O HCV é um órgão complementar ao curso de Medicina Veterinária e tem o intuito colaborar com a pesquisa e extensão da universidade, além de viabilizar o conhecimento prático aos graduandos da própria instituição e de outras. Oferece ainda, o programa de educação continuada a profissionais recém-formados, como método de aprimoramento na área desejada (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, s.d)

Os atendimentos são divididos em setores, sendo eles: diagnóstico por imagem, análises clínicas, clínica médica e cirúrgica de pequenos animais, animais silvestres, ruminantes e equinos. O hospital conta ainda com serviços especializados nas áreas de acupuntura, cardiologia, dermatologia, homeopatia, oftalmologia, oncologia e ortopedia (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, s.d).

(20)

O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 08 às 18 horas, sendo atendidos em horários não comerciais, finais de semana ou feriados, apenas animais já internados ou casos de emergências (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, s.d).

No setor de equinos atuam dois funcionários de serviços gerais, quatro residentes, um técnico administrativo e o diretor geral, professor e doutor Carlos Eduardo Wayne Nogueira. Além destes, os estagiários curriculares, extracurriculares, provenientes do grupo de ensino pesquisa e extensão em medicina de equinos (ClinEq) da universidade, e ainda, estudantes da graduação selecionados no início de cada semestre.

2.1 DESCRIÇÃO DAS ESTRUTURAS PRESENTES NO LOCAL

No pavilhão de atendimento a equinos (Figura1), encontram-se dois troncos de contenção (Figura 2), balcão com pia, armário para armazenamento de materiais utilizados na rotina, lixeiros para descarte de lixo comum e outro para material contaminado e Descarpk® (Figura 3), freezer (Figura 4.A), máquina para fabricação de gelo (Figura 4.B), cinco cocheiras destinadas aos animais em tratamentos ou para parição das éguas do lote da instituição (Figura 5), sala para armazenamento de ração e buçais (Figura 6), sala para armazenamento de medicações e outros materiais como agulhas, seringas, chamada no local de consumo (Figura 7), uma sala utilizada pelos residentes (Figura 8.A) e outra pelo técnico responsável (Figura 8.b), um laboratório para a análise e armazenamento de amostras coletadas (Figura 9) e um dormitório, utilizado somente quando realizado plantão noturno (Figura 10).

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Figura 1- Pavilhão para atendimento de equinos.

Fonte: Autora (2019).

Figura 2- Troncos de contenção.

(22)

Figura 3- Balcão, pia e armários para armazenamento dos materiais utilizados na rotina.

Fonte: Autora (2019).

Figura 4- A- Máquina para a fabricação de gelo. B- Freezers.

(23)

Figura 5- Cocheiras. A- Vista externa cocheira 1. B- Vista externa cocheira 2. C- Vista externa

cocheira 3. D- Vista externa cocheira 4. E- Vista externa cocheira 5. F- Vista interna.

(24)

Figura 6- Sala de ração. A- Vista interna. B- Vista externa

(25)

Figura 7- Consumo. A: Vista interna. B: Vista externa.

Fonte: Autora (2019).

Figura 8- Salas. A-Residentes. B- Técnicos Administrativo

Fonte: Autora (2019).

(26)

Figura 9- Laboratório.

Fonte: Autora (2019).

Figura 10- Dormitório. A- Vista externa. B- Vista interna.

Fonte: Autora (2019).

Ainda no pavilhão, encontra-se o centro cirúrgico (Figura 11.A) que é dividido em três ambientes: o primeiro contém a autoclave, utilizada para a esterilização dos equipamentos e materiais utilizados nas cirurgias (Figura11.B), já o segundo espaço é utilizado para paramentação dos cirurgiões e auxiliares, além de servir para o armazenamento dos equipamentos já prontos para uso (Figura11.C). No último espaço, encontra-se um aparelho de anestesia, foco de luz, armário para o armazenamento de medicações, mesa cirúrgica (Figura 11.D , Figura 11.E) e ar condicionado.

(27)

Figura 11- Centro Cirúrgico. A- Vista externa. B- Sala de Esterilização. C- Sala de esterilização e

armazenagem. D e E- Sala de cirurgia.

Fonte: Autora (2019).

A sala de anestesia possui duas portas, uma para a entrada e saída do animal (Figura 12.A) e outra que possibilita o acesso ao centro cirúrgico (Figura12.B). As paredes são acolchoadas e o chão é emborrachado, com o intuito de reduzir os riscos durante os procedimentos de indução e de recuperação dos animais (Figura 12.C). Entre a sala de anestesia e o centro cirúrgico existe uma talha, destinada ao transporte do animal anestesiado até a mesa cirúrgica.

(28)

Figura 12- Sala de anestesia. A- Vista externa B- Vista interna. C- Vista interna- porta de acesso ao

centro cirúrgico.

Fonte: Autora (2019).

O hospital conta ainda com uma área de campo dividida em piquetes fixos e piquetes ajustáveis. Os fixos estão representados na figura 9 por linhas contínuas pretas, já os ajustáveis, estão representados na mesma figura por linhas interrompidas vermelhas. Os espaços representados pelas linhas contínuas verdes, são destinados ao cultivo de pastagens, como o capim elefante (Pennisetum purpureum schum) e milheto (Pennisetum americanum) no verão e o azevém (Lolium multiflorum) no inverno.

Figura 13- Divisão dos piquetes.

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2.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Além da rotina clínica e cirúrgica realizada no HCV, foram acompanhados alguns experimentos realizados por doutorandos e mestrandos da instituição, algumas atividades desenvolvidas em parcerias com o Jockey Club de Pelotas, Prefeitura de Pelotas- RS, Prefeitura do Capão do Leão- RS, Ecosul, além do projeto Ambulatório Veterinário, realizado na comunidade do Ceval- RS.

2.2.1 Rotina Clínica

A rotina clínica acontecia de domingo a domingo, tendo início às 08:00 e término por volta das 18:00 horas, exceto quando havia plantões noturnos.

Todas as atividades eram supervisionadas por um residente, que era responsável pela semana. A função do estagiário consistia na realização do exame físico completo dos animais e em seguida, efetuar a prescrição sugerida. Nesta, eram descritos os procedimentos que deveriam ser realizados, estes por sua vez, variavam entre procedimentos simples como a limpeza de pequenas feridas até a aplicação de medicamentos.

2.2.1.1 Recebimento de Novo Paciente.

Quando um animal dava entrada ao hospital, um protocolo era iniciado de acordo com a sua procedência, começando com a anamnese, que na maioria das vezes era realizada pelos médicos veterinários residentes. Enquanto isso, os estagiários preenchiam a resenha e realizavam exame físico geral do animal, sendo aferida a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), motilidade intestinal (MI), temperatura retal (TR), coloração de mucosas, tempo de preenchimentos capilar (TPC) estimando-se o grau de desidratação. A avalição do peso corporal era mensurada por meio, da fita de peso. Em seguida, efetuava-se o exame relacionado a queixa principal.

Se o paciente fosse proveniente de apreensão pela Empresa Concessionária de Rodovias do Sul (EcoSul), era preenchida a resenha e realizado o exame físico geral, caso fosse observada alguma alteração, exames complementares eram executados. Posteriormente, implantava-se um microchip e aplicava-se vacina antitetânica, antirrábica e vacina contra o vírus da adenite equina, sendo esta última produzida pela própria instituição.

(30)

2.2.1.2 Internamento do Animal

Os pacientes que permaneciam no hospital eram rotineiramente examinados de uma a cinco vezes por dia e quando necessário, recebiam atenção durante 24 horas, de acordo com o quadro clínico apresentado.

2.2.2 Treinamentos Práticos

Quando possível eram realizados treinamentos práticos, os temas eram escolhidos pelos estagiários e deveriam ser estudados, para serem colocados em prática nas semanas seguintes.

Durante o período de estágio foram realizados procedimentos como paracentese, passagem de sonda nasogástrica, limpeza de ducto nasolacrimal, lavagem traqueal, colocação e fixação de cateter, tricotomia, palpação retal para avaliação de sistema reprodutivo e gastrointestinal, noções básicas de casqueamento corretivo e bloqueios perineurais do esqueleto apendicular.

2.2.3 Experimentos Desenvolvidos por Mestrandos e Doutorandos

Alguns projetos de mestrandos e doutorados necessitavam do auxílio dos estagiários, dentre eles, o manejo dos potros que pertenciam ao lote de animais do hospital. Este lote era composto por sete éguas, todas prenhes e com cria ao pé. Os potros estavam sendo utilizados para o estudo de vacinas de adenite equina, assim, os animais eram vacinados e após 15 e 30 dias era efetuada a coleta de sangue e extração do soro que era destinado aos responsáveis pelo experimento.

2.2.4 Atendimentos no Jockey Club de Pelotas

Aproximadamente um domingo por mês ocorrem eventos de corrida no Jockey Club de Pelotas (Figura 14), uma equipe formada por um residente e mais alguns estagiários se deslocava até o local para a realização de exames clínicos pré-corrida, com o intuito de garantir que nenhum animal que apresentasse alterações fosse submetido ao esforço físico.

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Figura 14- Jockey Club de Pelotas. A e B- Arquibancadas. C- Logomarca. D- Pista de areia solta do

Hipódromo da Tablada.

Fonte: Jockey Club de Pelotas (s.d).

No Jockey Club de Pelotas há uma estrutura voltada para o atendimento veterinário (Figura 15.D), com dois boxes de contenção (Figura 15.A, Figura15.B) e uma balança (Figura 15.C).

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Figura 15- Espaço destinado aos veterinários. A e B- Boxes de contensão dos animais. C- Animal na

balança. D- Vista externa.

Fonte: Autora (2019).

Antes de cada corrida, realizava-se a pesagem do animal e a verificação de sua carteira de identidade, em seguida passava-o para o box de contenção, a fim de se fazer o exame físico, sendo avaliados os parâmetros FC, FR, MI, TPC, coloração de mucosa, grau de desidratação e TR. Caso alguma alteração fosse constatada, repetia-se o exame depois de cinco minutos, se mesmo depois deste intervalo a alteração persistisse, o resultado era repassado a comissão organizadora do evento, sendo esta responsável por decidir se o cavalo iria ou não para o páreo.

Após a corrida, na saída da pista os animais eram observados a fim de constatar a presença de epistaxe, laceração de pele, claudicações ou outra anormalidade e se algo fosse identificado era registrado para posterior avaliação. Ao final das corridas de Grande Prêmio, amostras de sangue eram coletadas do animal vencedor, para a realização do exame antidoping.

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Nas segundas-feiras seguinte as corridas, uma equipe se deslocava novamente até o Jockey- Vila Hípica, para realizar as avaliações dos cavalos que apresentaram algum registro pós corrida e então instauravam-se protocolos para cada caso. Também eram realizadas endoscopias, para a verificação de estrias de sangue nas vias aéreas dos animais, decorrentes do esforço físico realizado. Este exame era executado mediante a solicitação do proprietário ou responsável pelo equino ou ainda pela comissão organizadora do evento.

2.2.5 Centro Agropecuário da Palma

A parceria entre a Ecosul, Polícia Rodoviária Federal, as prefeituras de Pelotas e Capão do Leão e o setor de equinos da Universidade Federal de Pelotas, resulta no recolhimento e assistência dos equinos que são abandonados pelas estradas e rodovias da região. Os animais encontram-se no Centro Agropecuário da Palma, onde semanalmente são avaliados, caso apresentem alguma enfermidade são atendidos pelos veterinários no próprio local, que possui uma simples estrutura contendo um tronco de contenção (Figura 14) e nos casos mais complexos o animal é então deslocado até ao HCV.

Figura 16- Centro Agropecuário da Palma. A- Portal de entrada. B- Tronco de contenção.

Fonte: UFPel (s.d). Fonte: Autora (2019).

Trimestralmente os animais são vermifugados e coleta-se fezes para a realização de testes coproparasitologicos, com o intuito de manter controlada a carga parasitaria do rebanho.

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2.2.6 Projeto Ambulatório Veterinário

O projeto Ambulatório Veterinário é parte do Programa de Ação e Atenção a Carroceiros e Catadores de Lixo de Pelotas, RS. É uma extensão do hospital escola veterinário, atuando desta forma, professores, graduandos, pós-graduandos, residentes e estagiários (OLIVEIRA et al., 2015).

Este projeto surgiu com o intuito de disponibilizar consultas gratuitas aos equinos utilizados para tração, possibilitando meios de sanidade a uma população que possui uma baixa renda per capita. Além dos atendimentos clínicos, várias informações sobre zoonoses, vermifugação, vacinação, nutrição, bem-estar, casqueamento e ferrageamento são passadas aos proprietários, na tentativa e melhorar a qualidade de vida dos animais (OLIVEIRA et al., 2015).

O local é dividido em dois ambientes, um interno e outro externo. Sendo caracterizada a área externa por um tronco de contenção, duas mesas, uma é utilizada pelo residente para o atendimento ao proprietário (Figura 17.A) e a outra serve para a organização de alguns materiais utilizados nos atendimentos (Figura 17.B), lixeiro para descarte de material contaminado e outro para resíduos não contaminados, Descarpak® (Figura 17.D). Internamente o espaço conta com três armários, um destinado ao armazenamento de medicações, outro para seringas, agulhas, e outros materiais e no terceiro ficam armazenadas as fichas de cadastros, estas contendo dados sobre o proprietário e seus animais (Figura 17.C), possui também um frigobar utilizado para a conservação das vacinas (Figura 17.D). O restante do espaço é destinado ao atendimento de pequenos animais.

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Figura 17- A- Vista do Ambiente externo. B- Mesa com alguns materiais utilizados nos atendimentos.

C- Sala com armários. D- Lixo comum, contaminado e Descarpak®. E- Frigobar para a conservação das vacinas.

Fonte: Autora (2019).

A avaliação do animal inicia com a identificação, seguida por anamnese, exame clínico geral, caso existisse alguma queixa relatada, realizava-se o exame específico. Se necessário são realizados exames complementares como hemogramas ou exames ultrassonográficos ou radiológicos. Em casos que o tratamento seja cirúrgico ou mais intensivo os animais são encaminhados ao HCV.

Além disso, a organização e manutenção da limpeza do local, ficavam sob responsabilidade de todos os estagiários, assim como a reposição dos materiais utilizados para a realização das rotinas.

2.3 CASUÍSTICAS DE ATENDIMENTOS

Durante o período de estágio foram atendidos 71 animais, proveniente dos diferentes locais de atendimentos já citados anteriormente neste trabalho e que estão descritos na tabela 1. Sendo que dos animais atendidos 13 são machos inteiros, 29 machos castrados, destes três potros e 29 fêmeas (Tabela 2).

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Tabela 1- Procedência dos animais atendidos.

Procedência Total

Nº %

Ambulatório Veterinário 29 40,80

EcoSul 15 21,10

Jockey Club de Pelotas 10 14,10

Centro Agropecuário da Palma 08 11,30

Particular 08 11,30

Prefeitura de Pelotas 01 01,40

Prefeitura do Capão do Leão 00 00,00

Total 71 100

Fonte: Autora (2019).

Tabela 2- Sexo dos animais atendidos.

Sexo Total % Fêmea 29 40,84 Macho Castrado 29 40,84 Macho Inteiro 13 18,32 Total 71 100 Fonte: Autora (2019).

Dentre as idades predominantes, tem- se animais de três a seis anos, seguidos por um a três, seis a nove e nove a 15 (Tabela 3). Quanto as queixas iniciais, os sistemas mais acometidos foram tegumentar, locomotor, respiratório, digestório, genitourinário e nervoso, respectivamente. Na tabela 4 pode ser observado que o valor total encontrado é inferior ao número total de paciente, pois alguns equinos encaminhados pela EcoSul não apresentavam nenhuma alteração.

Tabela 3- Idades dos animais.

Idade Total % < 1 ano 04 05,63 Entre 1 e 3 anos 06 08,45 Entre 3 e 6 anos 23 32,40 Entre 6 a 9 anos 19 26,76 Entre 9 a 15 anos 14 19,71 >15 anos 05 07,05 Total 71 100 Fonte: Autora (2019).

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Tabela 4- Sistemas acometidos. Sistema Total Nº % Tegumentar 14 27,50 Músculo esquelético/Locomotor 12 23,50 Respiratório 10 19,60 Gastrointestinal 06 11,80 Geniturinário 05 09,80 Reprodutor 03 05,80 Nervoso 01 02,00 Total 51 100 Fonte: Autora (2019).

Com o decorrer do tempo, alguns animais que permaneciam internados apresentavam sinais clínicos relacionados a afecções de outros sistemas. Assim como aqueles que receberam alta médica retornavam para atendimento com outra queixa clínica, sendo necessário desta forma um detalhamento maior dos casos (Tabela 5). Isso explica o valor total encontrado na Tabela 5 ser superior ao apresentado na Tabela 4.

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Tabela 5- Detalhamento dos casos atendidos. Patologias Total Nº % SistemaTegumentar Feridas Contaminadas 15 21,42 Infectadas 07 10,00

Pouco Contaminadas (Cirúrgicas) 05 07,37

Tecido de Granulação Exuberante (TGE) 01 01,42

Dermatite Alérgica 01 01,42

Sarcóide 01 01,42

Sistema Músculo esquelético/ Locomotor

Fratura de Membro 02 02,85

Abcesso 02 02,85

Laminite Crônica 01 01,42

Higroma 01 01,42

Artrose 01 01,42

Tendinite de Tendões Flexores Digitais Palmares 01 01,42

Hematoma de Sola 01 01,42

Desmite de Ligamento Suspensório do Boleto 01 01,42

Sistema Gastrointestinal

Dilatação Gástrica Primária 02 02,85

Fratura Dentária 01 01,42

Gastrite 01 01,42

Colite Bacteriana 01 01,42

Intussuscepção 01 01,42

Intoxicação por Fenilbutazona 01 01,42

Peritonite 01 01,42

Sistema Respiratório

Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício (HPIE) 07 10,00 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) 01 01,42 Sistema Reprodutor

Orquiectomia 03 04,28

Sistema Sensorial Especial

Úlcera de Córnea 02 02,85

Sistema Geniturinário

Hematúria Idiopática 01 01,42

Carcinoma de Células Escamosas (CCE) 01 01,42

Sistema Nervoso Tétano 01 01,42 Sistema Linfático Tumor Esplênico 01 01,42 Sistêmico Choque 02 02,85 Diagnóstico Inconclusivo 03 04,28 Total 70 100 Fonte: Autora (2019).

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Conforme ilustrado na tabela 6, cerca de 60 casos foram abordados e solucionados de forma clínica, oito de forma cirúrgica e foram realizadas três eutanásias, resultando em 71 casos, número este superior ao total de sistemas acometidos, isso porque, quando o animal dava entrada ao hospital por meio de apreensão da Ecosul e não apresentava nenhuma alteração, o atendimento era registrado como clínico, visto que o protocolo base de atendimento era realizado.

Tabela 6- Abordagem e resolução dos quadros.

Resolução Total % Clínica 60 84,50 Cirúrgica 08 11,26 Eutanásia 03 04,24 Total 71 100 Fonte: Autora (2019).

3 DISCUSSÃO DE ALGUNS CASOS ATENDIDOS

Os sistemas tegumentar, músculo esquelético, respiratório e gastrointestinal destacaram-se dos demais por apresentarem maior casuística de atendimento, por este motivo serão descritos abaixo relatos de atendimentos relacionados a cada um destes sistemas.

3.1 SISTEMA TEGUMENTAR

Devido ao comportamento, as atividades e as instalações que os equinos são submetidos, há uma alta prevalência em acidentes que resultam em lesões traumáticas. As lesões de pele correspondem a uma elevada porcentagem de atendimento na clínica de equinos (PAGANELA, et al., 2009), dado este que corrobora com o resultado apresentado neste relatório.

3.1.1 Feridas Contaminadas e Infectadas

Feridas contaminadas podem ter origem acidental ou cirúrgica, quando não se tem rigorosa assepsia (BARROS, 2016). Normalmente são lesões traumáticas, que tem um tempo de decorrência menor de seis horas (PAGANELA et al.,2009).

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Já as feridas infectadas são classificadas como abertas, podem apresentar tecido desvitalizado ou presença de grande contaminação, por microrganismos ou corpos estranhos. Como característica apresenta supuração e aumento de volume, ou seja, edema (BARROS, 2016).

3.1.1.1 Relato de atendimento

No dia 04 de fevereiro de 2019 deu entrada ao HCV um equino, sem raça definida (SRD), macho castrado, com aproximadamente 11 anos de idade. Na inspeção visual pode-se observar uma lesão profunda localizada na região plantar da quartela (Figura 18.A) e outra mais superficial na face medial do boleto (Figura 19.A), ambos no membro pélvico direito (MPD). O proprietário não sabia especificar há quanto tempo e nem como ocorreu o acidente. No exame físico o paciente estava alerta, com FC de 48 batimentos por minuto (bpm), FR 24 movimentos por minuto (mpm), TPC de dois segundos, MI dentro da normalidade, mucosas róseas e sem desidratação. O animal foi sedado para facilitar a inspeção e posterior remoção da miíase encontrada no local, a limpeza foi feita com água e sabão, em seguida fez-se pedilúvio com permanganato de potássio e bandagem para a proteção. Junto a isso foi aplicada fenilbutazona intravenosa (IV) na dose de 4,4 miligramas por quilogramas (mg/Kg) uma vez ao dia (SID).

O curativo que era realizado duas vezes ao dia, consistia na limpeza do local com solução iodada e pedilúvio contendo permanganato de potássio, aplicava-se pomada composta por nitrofurazona e açúcar, com o intuito de estimular a granulação do tecido e bandagem local.

Três dias após a entrada do animal ao hospital, foi feito casqueamento de todos os membros e ferrageamento dos membros posteriores, sendo que o acometido recebeu ferradura que possuía apoio para os talões, com o intuito de estabilizar o local acometido e favorecendo a cicatrização.

Com o passar dos dias as lesões foram progredindo de forma positiva, conforme ilustrado nas figuras 18 e 19 e no dia 09 de março de 2019 o animal recebeu alta.

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Figura 18- Evolução da ferida da região plantar da quartela. A: Primeiro dia de internamento. B, C, D,

E: Evolução com o decorrer dos dias.

Fonte: Autora (2019).

Figura 19- Evolução da ferida presente na face medial do boleto direito. A: Primeiro dia de

internamento. B, C, D, E: Evolução com o decorrer dos dias.

Fonte: Autora (2019).

3.2 SISTEMA LOCOMOTOR

As afecções de sistema locomotor constituem grande parte da rotina clínica

(FARIA,2010) e estão relacionadas ao tecido duro, que seriam os ossos, ou a tecidos moles correspondentes a tendões, músculos e ligamentos. A maior parte das lesões está localizada nos membros torácicos, sendo que mais de 90% dos casos possuem origem no carpo ou distal a ele (COSTA, 2012).

A higidez do aparelho locomotor é de fundamental importância, visto que, interfere diretamente no desempenho do animal. Vários fatores são responsáveis pelas alterações encontradas, dentre elas temos: anatomia, nutrição, casqueamento, genética, idade, tipo de trabalho exercido, entre outros (VASCONCELOS et al., 2006).

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Para o diagnóstico do local acometido pode-se utilizar de exame físico específico, testes de flexão dos membros, bloqueios perineurais, que contribuem para a avaliação da claudicação e exames de imagem, sendo os mais utilizados, raio X, ultrassonografia, artroscopia, tomografia e ressonância magnética. Com o passar do tempo os equipamentos já existentes foram sendo aprimorados e novas tecnologias foram sendo desenvolvidas, contribuindo para um diagnóstico mais preciso, reduzindo desta forma o tempo e melhorando a qualidade do tratamento instaurado e o prognóstico do animal (COSTA,2012).

3.2.1 Fratura de Membros

As fraturas de membros ocorrem principalmente em animais jovens com idade entre um e cinco anos, acredita-se que este fato deve estar relacionado com a menor resistência óssea, não fechamento das placas epifisárias em animais com menos de dois anos e a utilização precoce para trabalho ou atividade esportiva (PIEREZAN et al., 2009).

Segundo Sá e França (2004), as fraturas de pequenos ossos como os segundos e quartos metacarpianos ocorrem principalmente em animais de esporte como polo e corrida e a maioria dos casos são solucionados com a realização de ostectomia.

Já as de fraturas de ossos longos como fêmur e úmero possuem prognóstico desfavorável, visto que, em alguns casos os métodos de fixação utilizando placas e pinos não são eficazes, sendo necessária a realização da eutanásia (GOMES et al., 2004). Outro ponto que deve ser levado em consideração é o alto custo da cirurgia e o acompanhamento diário que o animal deve receber pós-procedimento.

3.2.1.1 Relato de Atendimento

No dia 13 de março de 2019 deu entrada ao HCV um equino, fêmea, crioula com cerca de três anos de idade. Na anamnese o responsável relatou que o animal estava realizando uma prova de paleteada e o bovino caiu sobre o membro anterior esquerdo (MAE) do equino fraturando o mesmo. No local o animal recebeu atendimento por um médico veterinário que imobilizou o local (Figura 20.A).

Quanto ao exame físico apresentou FC de 80 bpm, FR 48 mpm, TPC de 2 segundos, MI dentro da normalidade, apresentava atitude alerta e não estava desidratada.

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Foi aplicada uma dose de 4,4 mg/kg de fenilbutazona para analgesia. A imagem de raio X, permitiu confirmar que se tratava de uma fratura completa do terceiro metacarpiano (Figura 21), a tala foi removida para uma melhor inspeção do local (Figura 20).

Figura 20- A- Inspeção do animal ainda com a tala. B- Vista cranial do membro acometido. C- Vista

lateral do membro acometido. D- Vista medial do membro acometido.

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Figura 21- Raio X do MAE. A- Projeção Lateromedial. B- Projeção Palmodorsal.

Fonte: Autora (2019).

A égua foi eutanásia utilizando o protocolo de 0,8mg/kg de xilazina associada a 2,2 mg/kg de cetamina e 0,1mg/kg de diazepan todos IV e 40 mL de lidocaína intratecal. Optou-se por essa conduta já que, a correção da fratura cirurgicamente não teria um prognóstico favorável. Na necropsia, macroscopicamente foi confirmada a fratura completa do metacarpo esquerdo, com inúmeras esquírolas ósseas (Figura 22).

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Figura 22- Necrópsia.

Fonte: Universidade Federal de Pelotas (2019).

3.3 SISTEMA RESPIRATÓRIO

Os distúrbios respiratórios podem ter caráter agudo ou crônico. A dificuldade na respiração pode trazer diversos prejuízos, dentre eles o baixo rendimento do animal nas atividades desenvolvidas (CALCIOLARI,2016).

Segundo Calciolari (2016), animais de diferentes raças, idades, sexos podem ser acometidos por patologias que envolvem este sistema. Fatores que influenciam negativamente na imunidade como período de doma, desmame ou idade mais avançada, favorecem o desenvolvimento de doenças. Outro fator que pode alterar a performance do animal é a hemorragia pulmonar induzida por exercício (HPIE), tendo alta prevalência nos animais de esporte.

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Para a obtenção do diagnóstico utilizam-se diferentes métodos, como o exame físico específico, análise hematológica, exames bioquímicos, ultrassonografia, endoscopia, lavado traqueal ou broncoalveolar, aspirado transtraqueal e hemogasometria (CALCIOLARI, 2016).

3.3.1 Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício (HPIE)

A HPIE acontece normalmente em animais atletas que são submetidos a exercícios físico intensos e na maioria dos casos resultam em um baixo desempenho durante as competições (GANEM,2012).

É caracterizada pela presença de sangue proveniente dos pulmões nas vias aéreas, porém, nem sempre estarão associados com epistaxe. O exame mais utilizado para o diagnóstico é a endoscopia, que permite a visualização das estrias de sague de um a sete dias após o exercício, dependendo do grau de acometimento (BIAVA, 2007).

Segundo Biava (2007), a quantidade de sangue presente no trato respiratório está diretamente ligada a severidade da hemorragia, sendo classificada geralmente de um a cinco. Sendo o grau um o mais leve, com a presença de coágulos e pequenas estrias no terço distal da traqueia e o grau cinco o mais intenso, sendo possível observar grande quantidade de sangue por todo trato respiratório e na maioria dos casos está associado a epistaxe.

3.3.1.1 Relato de Atendimento

Foi atendido no Jockey Club de Pelotas no dia 11 de março de 2019, um equino macho, PSI, com cerca de 4 anos de idade. Na anamnese o responsável relatou que o animal não apresentou sangramento nasal após a corrida e nenhum outro sinal que evidenciasse a hemorragia pulmonar.

Ao realizar a endoscopia das vias aéreas, foi possível observar que a epliglote e as aritenóides não apresentavam alterações, assim como, a entrada das bolsas guturais. Já na traqueia observou-se discretas estrias de sangue, concentradas principalmente na parte distal, graduando o quadro como grau um de HPIE, a carina apresentava um leve espessamento (Figura 23). O veterinário responsável pelo animal foi informado sobre o quadro.

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Figura 23- HPIE, terço distal da traqueia.

Fonte: Autora (2019).

3.4 SISTEMA GASTROINTESTINAL

O sistema gastrointestinal (SGI) equino possui grande complexidade, tanto por sua anatomia quanto por seu funcionamento. As patologias relacionadas a este sistema e que causam dores abdominais são conhecidas como síndrome do abdômen agudo, popularmente chamadas de cólica (CAMPELO e PICCININ, 2008).

A cólica é uma das principais causas de emergência nos atendimentos a equinos. E quando negligenciada pode levar o animal a óbito, tanto pelos efeitos deletérios relacionados aos órgãos, como por exemplo torções, rupturas, dilatações, entre outras, quanto pela endotoxemia envolvida (FAGLIARI, et al., 2008).

A endotoxemia está relacionada a componentes presentes nas membranas das bactérias, que podem ser liberados quando elas se replicam rapidamente, quando sofrem lise ou quando morrem. Os sinais mais encontrados em animais são alteração na coloração das mucosas, com a presença de halo ao redor dos dentes, taquicardia, taquipnéia, aumento de TPC, febre, entre outros (CAMPEBELL et al., 2007 e GANEM, 2012).

Sabe-se que os erros de manejo favorecem quase a totalidade dos casos atendidos. Segundo Justiniano et al. (2008) na natureza o animal pasteja 60% do tempo, já quando estabulados esse percentual cai para 15% o que altera muito sua fisiologia, outros fatores

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como a restrição de espaço, o tipo de alimento e a forma que esse é disponibilizado ao animal também contribuem para tal fato.

3.4.1 Dilatação Gástrica

Segundo Laranjeira et al. (2009), o estômago equino possui um tamanho reduzido quando comparado as outras partes do SGI. É adaptado para receber pequenas porções de alimentos e possui a função principal de digestão química, por ação de enzimas e suco gástrico.

A dilatação pode ser ocasionada por obstrução do fluxo digestivo, aerofagia, ingestão excessiva de líquidos ou alimentos, atonia gástrica, mais comum em animais idosos, entre outros. A consequência mais grave é a ruptura gástrica que ocorre em apenas 5% dos casos (RADOSTITS et al., 2002). Classifica-se essa alteração em dilatação aguda ou primária, que ocorre na ingestão rápida e exacerbada de alimentos fermentáveis e dilatação gástrica secundária, que normalmente ocorre por acúmulo de fluido proveniente do intestino delgado (PEDROSA, 2008). Dor abdominal intensa, taquicardia, taquipnéia, desidratação são os sinais clínicos observados na maioria dos casos. Em quadros mais crônicos, podem ser observadas anorexia, dor moderada e redução na quantidade de fezes (RADOSTITS et al., 2002).

3.4.1.1 Relato de atendimento

No dia 20 de março de 2019, deu entrada ao hospital veterinário um equino, macho inteiro, SRD, com aproximadamente 13 anos. O animal foi encaminhado para ficar sob observação após episódio de desconforto abdominal.

Na anamnese, o proprietário relatou que no mesmo dia pela manhã o animal apresentou desconforto abdominal após a ingestão do concentrado, sendo em seguida atendido por um médico veterinário que ministrou 14 L de solução de ringer com lactato (RL) e 10 ml de Banamine ® (flunixim meglumine), ambos IV. Após realizada sondagem nasogástrica e esvaziamento do estômago, apresentou progressiva melhora no quadro.

No exame físico apresentou FC 48 bpm, FR 36 mpm, mucosas róseas, TPC 2 s, TR 38,2ºC e hipomotilidade no quadrante superior esquerdo. Na US não foram constatadas alterações significativas. Realizada paracentese e coleta de líquido peritoneal, sendo o valor de lactato encontrado 2,1 mmol/L.

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4 HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

O hospital veterinário (HV) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem como intuito principal servir as disciplinas profissionalizantes presentes no curso de graduação e pós-graduação em medicina veterinária. Prestando serviços nas áreas de clínica e cirurgia, diagnóstico laboratorial e teriogenologia. O funcionamento é de segunda a sexta-feira das 07:30 às 19:30 horas, sendo este horário expandido em casos de emergência (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, s.d).

No setor de grandes animais trabalham quatro médicas veterinárias residentes, uma responsável técnica, além de três estagiárias curriculares. Uma empresa terceirizada disponibiliza alguns funcionários, sendo que cinco deles são auxiliares veterinários, estes ficam encarregados de ajudar na realização da rotina de atendimentos clínicos e cirúrgicos e na organização e limpeza dos materiais utilizados, três deles atuam no período diurno e dois no noturno, em dias intercalados. Outros seis funcionários ficam responsáveis pela limpeza do local e dos alojamentos dos animais, assim como o arraçoamento dos mesmos.

4.1 DESCRIÇÃO DAS ESTRUTURAS PRESENTES NO LOCAL

O setor de grandes animais do HV- UFPR (Figura 24) é composto por um corredor central que possibilita acesso aos demais espaços presentes no local, conforme as figuras 25 e 26.

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Figura 24- Setor de grandes animais.

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Figura 25- Corredor central.

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Figura 26- Mapa do local.

Fonte: Autora (2019).

A sala de triagem (Figura 27) é utilizada para recepcionar os proprietários e realizar atendimentos a pequenos pacientes. Nela estão presentes três pias com bancada, duas mesas de inox, lixeiros para descarte de material comum, infectado e Descarbox®, para o material perfuro cortante (Figura 28), dispensário, utilizado para armazenamento de alguns medicamentos e materiais utilizados na rotina (Figura 29), rouparia (Figura 30), almoxarifado (Figura 31), sala de reuniões (Figura 32) e a sala das residentes e da técnica responsável (Figura 33).

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Figura 27- Sala de triagem. A- Vista externa. B- Vista interna.

Fonte: Autora (2019).

Figura 28- Pias, interior da sala de triagem.

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Figura 29- Dispensário. A- Vista externa. B- Vista interna.

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Figura 30- Rouparia. A- Vista externa. B- Vista interna.

Fonte: Autora (2019).

Figura 31- Almoxarifado. A- Vista externa. B- Vista interna.

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Figura 32- Sala de reuniões. A- Vista externa. B- Vista interna.

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Figura 33- Sala das residentes e da técnica. A- Vista externa. B- Vista interna.

Fonte: Autora (2019).

A sala de demonstração é utilizada pelos professores para ministrarem aulas práticas, encontram-se presentes no local um balcão com pia, um troco de contenção para equinos, arquibancada, quadro negro, algumas mesas auxiliares e dois focos de luz, além de lixeiros para descarte de resíduos comuns, contaminados e Descarbox®.

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Figura 34- Sala de demonstração.

Fonte: Autora (2019).

Ainda no local encontram-se três corredores que são oriundos do corredor central, todos dispõem de um pequeno depósito para armazenamento das rações dos animais e alguns equipamentos (Figura 35) além, das baias.

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Figura 35- Depósito do corredor de baias II. A- Vista externa. B, C e D- Vistas internas.

Fonte: Autora (2019).

O primeiro corredor é destinado a grandes ruminantes, como bovinos e bubalinos (Figura 36), o segundo (Figura 37.A e Figura 37.B) a pequenos ruminantes, como ovinos e caprinos (Figura 37.C e Figura 37.D) e também a suínos (Figura37.E e Figura 37.F), o terceiro é destinado a equinos (Figura 38). Importante ressaltar que, o uso dos corredores não é exclusivo de cada espécie e no corredor onde ficam alojados os equinos existe uma baia de unidade intensiva de tratamento (U.T.I), utilizada em casos pós-cirúrgicos (Figura 39).

As baias ocupadas pelos suínos possuem escamoteador, cochos para água e outro para os alimentos. As baias de grandes ruminantes apresentavam uma estrutura semelhante a um canzil, para contenção de cabeça e cochos para alimentação.

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Figura 36- Corredor de baias I- Grandes Ruminantes. A- Corredor. B- Vista externa da baia. C- Vista

interna da baia.

Fonte: Autora (2019).

Figura 37- Corredor de baias II- Pequenos ruminantes e suínos. A- Vista externa do corredor. B-

Corredor. C- Vista externa da Baia. D- Baia de pequeno ruminante. E- Baia de Suíno. F- Escamoteador.

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Figura 38- Corredor de baias III- Equinos. A- Corredor. B- Vista externa da baia. C-Vista interna da

baia.

Fonte: Autora (2019).

Figura 39- Baia U.T.I. A- Vista externa. B e C- Vistas internas.

Fonte: Autora (2019).

No corredor central encontra-se uma balança (Figura 40.A) e quatro troncos de contenção, sendo utilizados apenas o de equinos (Figura 40.B) e o de pequenos ruminantes (Figura 40.C). O tronco de contenção, assim como a balança para grandes ruminantes, ficam localizados no final do corredor de baias I (Figura 41). Ainda por meio do corredor central tem-se acesso ao centro cirúrgico, refeitório, depósito de feno, lavandeira, sala de necropsias, setor de pequenos animais, farmácia, piquetes e ao aprisco dos ovinos (Figura 42).

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Figura 40- A- Balança. B- Tronco de contenção de equinos. C- Tronco de contenção de pequenos

ruminantes.

Fonte: Autora (2019).

Figura 41- Tronco de contenção e balança de grandes ruminantes.

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Figura 42- Aprisco para ovinos.

Fonte: Autora (2019)

O centro cirúrgico é dividido em área de paramentação (Figura 43.A), sala para armazenamento de materiais (Figura 43.B, Figura 43.C e Figura 43.D), área de indução anestésica (Figura 43.E) e área de cirurgia (Figura 43.F), entre as duas anteriores existe uma talha (Figura 43.G) que serve para o deslocamento do animal já sedado até a mesa cirúrgica. O centro cirúrgico possui ainda, aparelho de anestesia (Figura 43.H), ar adicionado, mesas auxiliares e foco de luz.

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Figura 43- Centro cirúrgico. A- Área de paramentação. B, C e D- Sala para armazenamento de

materiais. E- Talha. F- Área de Indução anestésica. G- Área de Cirurgia. H- Aparelho de anestesia.

Fonte: Autora (2019).

4.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO

Durante o estágio, foram acompanhadas as rotinas clínicas e cirúrgicas realizadas no HV, além dos atendimentos externos realizados no Centro de Estações Experimentais da Universidade.

4.2.1 Rotina Clínica

A rotina clínica acontecia de segunda-feira a domingo das 07:30 às 19:30 horas, com folga de um final de semana por mês. Os plantões eram realizados de acordo com a necessidade.

Todas as atividades eram supervisionadas por uma médica veterinária residente que ficava encarregada pela rotina clínica da semana. As estagiárias realizavam todos os dias o exame físico dos pacientes particulares e todas as segundas-feiras o exame físico de todos os pacientes, incluindo aqueles provenientes da fazenda escola ou pertencentes ao HV. O exame físico consistia na aferição de FC, FR, TR, MI, coloração de mucosa, TPC, em seguida efetuava-se a prescrição sugerida para cada paciente. Nesta, eram descritos os procedimentos

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que deveriam ser realizados, estes por sua vez, variavam entre procedimentos simples como a limpeza de pequenas feridas até a aplicação de alguns medicamentos.

4.2.1.1 Internamento do Animal

Quando um animal dava entrada ao hospital a anamnese era realizada por uma das médicas veterinárias residentes. Enquanto isso, os estagiários realizavam a pesagem e o exame físico geral do animal, aferindo FC, FR, MI, TR, coloração das mucosas, TPC. Em seguida, junto com a médica veterinária efetuava-se o exame relacionado a queixa principal.

4.2.1.2 Permanência do Animal no Hospital

Os pacientes que permaneciam no hospital eram examinados de uma a cinco vezes por dia. Em quadros mais graves, os pacientes recebiam atenção durante 24 horas.

4.2.2 Atendimentos ao Centro de Estações Experimentais (CEE).

O CEE é utilizado pelos cursos de engenharia florestal, agronomia, medicina veterinária e outros, para a realização de atividades relacionadas ao âmbito didático -pedagógico de cada curso. Atualmente o local é composto por quatro fazendas sendo elas, Cangüiri, Rio Negro, São João e Paranavaí (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, s.d). A maioria dos atendimentos realizados eram acompanhados por um professor e uma médica veterinária residente.

4.3 CASUÍSTICA DE ATENDIMENTOS

Durante o período de estágio foram atendidos 56 animais de espécies diferentes, sendo deste total, 22 bovinos, 19 equinos, oito ovinos, cinco suínos e dois caprinos, conforme ilustrado na tabela 7.

(66)

Tabela 7- Espécies atendidas durante o período de estágio. Espécie Total % Bovinos 22 39,28 Equinos 19 33,93 Ovinos 8 14,28 Suínos 5 08,93 Caprinos 2 03,58 Total 56 100% Fonte: Autora (2019).

Em todas as espécies a prevalência dos atendimentos foram em fêmeas, seguidas por macho inteiros e por fim os castrados (Tabela 8).

Tabela 8- Sexo dos animais atendidos.

Espécie Número de Animais Total %

Fêmeas Machos inteiros Machos castrados

Bovina 22 - - 22 39,28 Equina 9 5 5 19 33,95 Ovina 4 4 - 8 14,28 Suína 2 3 - 5 08,92 Caprina 2 - - 2 03,57 Total 39 12 5 56 100 Fonte: Autora (2019).

A faixa etária dos pacientes atendidos foi muito diversificada, sendo que houve predomínio de animais com um a três anos, seguidos por três a seis anos, menores de um ano, entre seis a nove anos e entre nove e 15 e por fim, animais com idade superior a 15 anos (Tabela 9).

Tabela 9- Idade dos animais atendidos.

Idade Espécies Total %

Bovinos Equinos Ovinos Suínos Caprinos

<1ano - 1 5 1 1 8 14,30 1 a 3 anos 18 4 1 - - 23 41,09 3 a 6 anos 4 5 1 2 1 13 23,20 6 a 9 anos - 3 - 2 - 5 08,92 9 a 15 anos - 4 1 - - 5 08,92 >15 anos - 2 - - - 2 03,57 Total 22 19 8 5 2 56 100 Fonte: Autora (2019).

(67)

A tabela 10 apresenta os sistemas acometidos e que foram a queixa principal nos atendimentos, sendo que o sistema gastrointestinal recebe destaque por apresentar a maior incidência de patologias, seguido pelo reprodutor, músculo esquelético, tegumentar, respiratório.

Tabela 10- Sistemas acometidos.

Sistema Espécies Total %

Bovinos Equinos Ovinos Suínos Caprinos

Gastrointestinal 17 6 2 - - 25 44,64 Reprodutor 2 5 3 - - 10 17,85 Músculo esquelético 1 7 - 1 - 9 16,07 Tegumentar- Pele e anexos - 2 1 3 1 7 12,50 Respiratório - 1 1 - - 2 03,58 Sistêmico - 1 - 1 2 03,58 Sensorial Especial - 1 - - - 1 1,78 Total 20 22 8 4 2 56 100 Fonte: Autora (2019).

Dentre os sistemas acometidos diversos quadros clínicos e cirúrgicos puderam ser acompanhados, sendo estes descritos de forma minuciosa na tabela 11.

(68)

Tabela 11- Descrição minuciosa dos atendimentos.

Patologias Espécies Total %

bo eq ov su cap

Músculo esquelético/ Locomotor

Lesão em miocárdio 20 - - - - 20 23,25

Pododermatite asséptica difusa (Laminite) - 3 - - - 3 03,48 Fragmento ósseo - 2 - - - 2 02,32 Hérnia Umbilical - - - 1 - 1 01,16 Hérnia Incisional - 1 - - - 1 01,16 Pododermatite exsudativa da

ranilha (PER)- “broca”

- 1 - - - 1 01,16 Artrite séptica - 1 - - - 1 01,16 Abscesso 1 - - - - 1 01,16 Sistema Gastrointestinal Intoxicação alimentar 20 - - - - 20 23,25

Síndrome do abdômen agudo - 4 - - - 4 04,65

Abomasite - - 1 - - 1 01,16

Verminose - - 1 - - 1 01,16

Intoxicação por vermífugo - 1 - - - 1 01,16

Gastrite - 1 - - - 1 01,16 Reprodutor Vulvoplastia - 3 - - - 3 03,48 Orquiectomia - 2 2 - - 4 04,65 Vasectomia - - 1 - - 1 01,16 Aborto 1 - - - - 1 01,16 Mumificação fetal - - - 1 - 1 01,16 Indução de Parto 1 - - - - 1 01,16

Tegumentar- Pele e Anexos

Feridas - - - - Infectadas - 2 1 1 1 5 05,92 Contaminadas - 1 - - - 1 01,16 Mastite - - - - 1 1 01,16 Rachadura de casco - - - 2 - 2 02,32 Entrópio - - - - 1 1 01,16 Respirtório Hemiplegia laríngea - 1 - - - 1 01,16 Pneumonia - - 1 - - 1 01,16 Sistêmico Inanição - - 1 - 1 2 02,32 Choque - 1 - - - 1 01,16

Sistema Sensorial Especial

Uveíte - - - - 1 1 01,16

Perfuração de córnea - 1 - - - 1 01,16

Total 43 25 8 5 5 86 100

Fonte: Autora (2019).

Das patologias atendidas, 73 foram abordadas e solucionadas de forma clínica, 14 de forma cirúrgica e somente em um caso foi necessário realizar a eutanásia, totalizando 88

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resoluções (Tabela 12). Este resultado é superior ao número de patologias atendidas, isto se dá devido ao fato de que em alguns casos foram necessárias mais de um tipo de abordagem.

Tabela 12- Resoluções dos casos atendidos.

Resolução Nº de Pacientes Total %

bo eq ov cap su Clínica 44 13 7 5 4 73 82,95 Cirúrgica - 9 3 1 1 14 15,90 Eutanásia 1 - - - 1 01,15 Total 44 23 10 6 5 88 100 Fonte: Autora (2019).

5 DISCUSSÃO SOBRE ALGUNS CASOS ATENDIDOS

Como citado anteriormente, durante o estágio foram atendidas espécies diferentes, por este motivo um atendimento do sistema mais acometido como queixa principal em cada espécie será descrito a seguir.

5.1SISTEMA GASTROINTESTINAL

5.1.1 Intoxicação Alimentar de Bovinos

A muito tempo se conhece o caráter tóxico das plantas, sendo estas as causas mais comuns de intoxicações em bovinos (RIET CORREA e MEDEIROS, 2001). As perdas econômicas estão diretamente ligadas a saúde dos animais e a gastos para o controle das mesmas (MELLO et al., 2010).

Porém, outras formas de intoxicação podem ocorrer podendo estar relacionadas a medicamentos em doses inadequadas, ingestão de substâncias não propícias para consumo, entre outros.

5.1.1.1 Intoxicação por Monensina

A monensina é um ionoforo utilizado na produção de diferentes animais para melhorar a performance dos mesmos. A intoxicação acidental por esta substância está relacionada as falhas na preparação de dietas como as altas doses utilizadas, má diluição da

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