MATERIAIS CERÂMICOS
BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS)
Materiais Cerâmicos
• A característica comum a estes materiais é serem constituídos de elementos metálicos e elementos não metálicos, ligados por ligações de caráter misto, iônico-covalente .
• Os materiais cerâmicos apresentam alto ponto de fusão.
• São geralmente isolantes elétricos, embora possam existir materiais cerâmicos semicondutores, condutores e até mesmo supercondutores (estes dois últimos, em faixas específicas de temperatura).
• São comumente quimicamente estáveis sob condições ambientais severas. • Os materiais cerâmicos são geralmente duros e frágeis.
• Os principais materiais cerâmicos são:
– Materiais Cerâmicos Tradicionais: cerâmicas estruturais, louças, refratários (provenientes de matérias primas argilosas).
– Vidros e Vitro-Cerâmicas. – Abrasivos.
– Cimentos.
– Cerâmicas “Avançadas”: aplicações eletro-eletrônicas, térmicas, mecânicas, ópticas, químicas, bio-médicas.
A maioria são iônicas, alguns são covalentes.
A % de caráter iônico aumenta com o aumento na eletronegatividade.
Ligações Químicas em Cerâmicas
He -N e -Ar -K r -Xe -Rn -Cl 3.0 B r 2.8 I 2.5 At 2.2 Li 1.0 Na 0.9 K 0.8 Rb 0.8 Cs 0.7 Fr 0.7 H 2.1 Be 1.5 Mg 1.2 Sr 1.0 Ba 0.9 Ra 0.9 Ti 1.5 Cr 1.6 Fe 1.8 Ni 1.8 Zn 1.8 As 2.0 C 2.5 Si 1.8 F 4.0 Ca 1.0
CaF
2SiC
CaF2 = alto caráter iônico SiC = baixo caráter iônico
Cerâmicas Iônicas
Formadas por um metal e um não-metal Exemplos: NaCl, MgO, Al2O3
Cerâmicas Covalente
Formadas por dois não-metais Exemplos: SiO2
Ligações Químicas em Cerâmicas
X
A: eletronegatividade do elemento A.
X
B: eletronegatividade do elemento B.
Ligações Químicas em Cerâmicas
Percentual de caráter iônico das ligações interatômicas para
vários materiais cerâmicos.
•
Regra 1: Neutralidade de cargas:
- A carga total na estrutura deve ser zero.
CaF 2:
cation
Ca 2+
F-anions
+
Regras para Estruturas Iônicas
- Forma geral:
Am
Xp
• Estruturas cerâmicas cristalinas estáveis
se formam
quando aqueles ânions que circundam um cátion estão
todos em contato com aquele cátion.
•
Regra 2: Ocupação do espaço pelos íons:
Binário Trigonal Tetraedral Octaedral Cúbico
Estrutura Cristalina
Número de Coordenação (NC):
número de ânions vizinhos mais
próximos para um cátion.
2
3
4
6
8
NC
Dependência com: ânion cátionr
r
Geometria de CoordenaçãoCátion (muito pequeno) ligado a dois ânions de forma linear.
Cátions envolvido por três ânions na forma de um triângulo eqüilátero planar.
Cátion no centro de um tetraedro.
Cátion no centro de um octaedro.
Ânions localizados em todos os vértices de um cubo e um cátion no centro.
(blenda de zinco)
Estrutura Cristalina
rcátion
rânion
< 0,155 0,155 - 0,225 0,225 - 0,414 0,414 - 0,732 0,732 - 1.0ZnS
NaCl
(cloreto de sódio)CsCl
(cloreto de césio)2
3
4
6
8
NC
Tetraedral Octaedral CúbicoMostre que a razão mínima entre os raios do cátion e do ânion para
um número de coordenação 3 é de 0,155.
Exercício: Demonstrar a razão mínima entre os raios do cátion e do ânion para os outros números de coordenação.
B
A
C
O P α Ar
AP
=
C Ar
r
AO
=
+
α
cos
=
AO
AP
2
3
30
cos
=
=
+
=
o C A Ar
r
r
AO
AP
155
,
0
2
3
2
3
1
=
−
=
A Cr
r
• Qual o tamanho ideal de um cátion que se ajustará exatamente no interior deste interstício octaedral? ra rc ra 2rc
a
c
a
r
r
r
2
2
*
2
2
+
=
(
)
a a cr
r
r
0
,
414
2
1
2
2
≥
−
=
Exercício: Calcular paraas outras estruturas.
- Obedecem às estruturas descritas pelas Redes de Bravais.
- Ânions, por serem maiores, ocupam posições da rede.
- Cátions, por serem menores, ocupam posições intersticiais.
Estrutura Cristalina
Sítios octaédricos
Sítios tetraédricos
Os círculos indicados por “O” representam os centros dos interstícios octaédricos no arranjo CFC dos ânions.
Os círculos indicados por “T” representam os centros dos interstícios tetraédricos no arranjo CFC dos ânions.
Estrutura de Materiais Cerâmicos
Estruturas Cristalinas do Tipo AX: NaCl (Sal Gema)
• Número de coordenação é 6 para ambos tipos de íons (cátions – e ânions +), rc/ra está entre 0,414 – 0,732.
• Configuração dos ânions tipo CFC com um cátion no centro do cubo e outro localizado no centro de cada uma das arestas do cubo.
• Outra equivalente seria com os cátions centrados nas faces, assim a estrutura é composta por duas redes cristalinas CFC que se interpenetram, uma composta por cátions e outra por ânions.
Estrutura de Materiais Cerâmicos
Estruturas Cristalinas do Tipo AX: CsCl
• Número de coordenação é 8 para ambos tipos de íons.
• Ânions no vértice e cátion no centro do cubo.
• Intercâmbio de ânions e cátions produz a mesma estrutura cristalina.
• Não é CCC, pois estão envolvidos íons de duas espécies diferentes.
Estrutura de Materiais Cerâmicos
Estruturas Cristalinas do Tipo AX: ZnS (blenda de zinco ou esfarelita)
• Número de coordenação é 4; isto é, todos os átomos estão coordenados tetraedricamente.
• Todos os vértices e posições faciais da célula cúbica estão ocupados por átomos de S.
• Enquanto os átomos de Zn preenchem posições tetraédricas interiores.
• Ocorre um estrutura equivalente se as posições dos átomos de Zn e de S forem invertidas.
8
.
0
133
,
0
100
,
0
≈
=
ânion cátionr
r
Estrutura de Materiais Cerâmicos
Estruturas Cristalinas do Tipo AX
2: CaF
2(Fluorita)
• Número de coordenação é 8.
• Os íons cálcio estão posicionados nos centros de cubos, com os íons flúor localizados no vértice.
• A fórmula química mostra que para um determinado número de íons F- existe
apenas metade de íons Ca2+ e, portanto, a estrutura cristalina seria semelhante
àquela apresentada pelo CsCl.
• Mesma estrutura: UO2, PuO2 e o ThO2. CsCl
Estrutura de Materiais Cerâmicos
Estruturas Cristalinas do Tipo ABX
3: BaTiO
3(Peroviskita)
• Dois tipos de cátions (A e B).
• Estrutura cristalina cúbica.
Resumo das Estruturas Cristalinas mais Comuns
Nome da estrutura Tipo de Estrutura Compactação do ânion Exemplos
Sal-Gema AX CFC NaCl, MgO
Cloreto de Césio AX CS CsCl
Blenda de Zn (esfarelita) AX CFC ZnS, SiC
Fluorita AX2 CS CaF2, UO2
Qual o número de coordenação e a geometria para o composto iônico
FeO?
550
,
0
140
,
0
077
,
0
=
=
ânion cátionr
r
Cátion
Al 3+
Fe 2+
Fe 3+
Ca 2+
Ânion
O2Cl
-
F-Raio iônico (nm)
0,053
0,077
0,069
0,100
0,140
0,181
0,133
Este valor se encontra entre 0,414 e 0,732 e, portanto, o FeO possui NC de 6 e uma estrutura cristalina do tipo AX.
Estrutura de Materiais Cerâmicos
Cálculo da Densidade
A C A C ,N
V
)
A
A
(
n
Σ
+
Σ
=
ρ
n, = número de íons da fórmula (Ex: BaTiO
3 = 1 Ba, 1Ti e 3O) dentro de
cada célula unitária
ΣAC = soma dos pesos atômicos de todos os cátions ΣAA = soma dos pesos atômicos de todos os ânions VC = Volume da célula unitária
Exemplo: Com base na estrutura cristalina calcular a densidade teórica para o NaCl (dados: MMNa=22,99 g/mol, MMCl=35,45 g/mol, R=0,181nm, r=0,102nm).
Estrutura de Materiais Cerâmicos
Cálculo da Densidade: Exercício
• Composta principalmente de Si e O. • Estrutura básica: SiO4 – tetraedro.
• A ligação Si-O é bastante covalente, mas a estrutura básica tem carga -4: SiO44-.
• Várias estruturas de silicatos – diferentes maneiras dos blocos de SiO44- se combinarem.
• A ligação atômica em cerâmicas é do tipo mista: covalente + iônica.
• Cada átomo de oxigênio é compartilhado por um tetraedro adjacente. • Pode ser cristalina ou amorfa, como na forma de vidros.
• A maioria desses vidros é produzida pela adição de óxidos (CaO e Na2O) à estrutura básica SiO44- – chamados modificadores da rede.
• Estes óxidos quebram a cadeia de tetraedros e o resultado são vidros com ponto de fusão menor, mais fáceis de dar forma.
• Alguns outros óxidos (TiO2 e Al2O3) substituem os silício e se tornam parte da rede – chamados óxidos intermediários.
Classificação dos Materiais Cerâmicos
Baseada na Aplicação
Vidros
• Principal tipo de vidro :
vidro de sílica
– Sólido não cristalino
• que apresenta apenas ordenação atômica de curto alcance.
• Composição Química
– Principal óxido: SiO2 ; outros óxidos: CaO, Na2O, K2O e Al2O3.
• Material muito comum na vida cotidiana
– Exemplos: embalagens, janelas, lentes, fibra de vidro.
• Os produtos de vidro são conformados (moldados) a quente, quando o material está “fundido” (apresentando-se como um material de elevada viscosidade, que pode ser deformado plasticamente sem se romper).
Tipos de Vidros
alta densidade e alto índice de refração -lentes ópticas (cal de soda) Vitro-cerâmica 43,5 14 30 5,5 6,5TiO2, 0,5As2O3
facilmente fabricado; resistente; resiste a choques térmicos - usados em vidrarias
Propriedades dos Vidros
• Não ocorre cristalização (ordenação dos íons em uma estrutura
cristalina) durante o resfriamento.
• Quando o líquido é resfriado, aumenta a sua viscosidade (e diminui o
seu volume) até que a viscosidade aumente tanto que o material
comece a apresentar o comportamento mecânico de um sólido.
• Não existe uma temperatura de fusão cristalina, mas uma
Volume específico em função da temperatura
Tg ⇒ temperatura de transição vítrea
Tm ⇒ temperatura de fusão cristalina
Volume específico TemperaturaTg sólido amorfo Tm líquido cristalização sólido cristalino líquido super resfriado
Conformação de Produtos de Vidro
• Ponto de deformação (Strain Point)– abaixo desta temperatura o vidro fica frágil: viscosidade ≈ 3x1014 P.
• Ponto de recozimento (Annealing
Point)
– as tensões residuais podem ser
eliminadas em até 15 min: viscosidade ≈ 1013 P.
• Ponto de amolecimento (Softening
Point)
– Máxima temperatura para evitar
alterações dimensionais significativas: viscosidade ≈ 4x107 P.
• Ponto de trabalho (Working Point)
– O vidro pode ser facilmente deformado: viscosidade ≈ 104 P.
• Abaixo de uma viscosidade de ≈100 P
– O vidro pode ser considerado um
líquido. Viscosidade em função da temperatura
para diferentes tipos de vidro. Liquid behaviour
Conformação
de
Produtos de Vidro
Fibras de Vidro
Vidro Plano : Laminação
Vidro Plano : “Float Glass” Prensagem
• A finalidade da têmpera é estabelecer tensões elevadas
de compressão nas zonas superficiais do vidro e
correspondentes altas tensões de tração no centro do
mesmo.
• O vidro é colocado no forno a uma temperatura de
aproximadamente 600
oC até atingir seu ponto ideal.
• Neste momento recebe um esfriamento brusco, o que
gera o estado de tensões.
• Assim, o vidro fica mais resistente a choques mecânicos e
térmicos, preservando suas características de transmissão
luminosa e de composição química.
Tratamento térmico dos vidros - Têmpera
Exemplo de têmpera de um pára-brisas de automóvel. Região próxima à superfície COMPRESSÃO Região interna da placa TRAÇÃODistribuição de tensões residuais na seção transversal de uma chapa de vidro temperada em
decorrência das diferentes velocidades de resfriamento da superfície e o núcleo
Vantagens do vidro temperado:
• É um vidro de segurança – quando fraturado, fragmenta-se
em pequenos pedaços com arestas menos cortantes.
• Tem resistência mecânica cerca de 4 a 5 vezes superior à
do vidro comum.
Desvantagem do vidro temperado:
• Não permite novos processamentos de cortes, furos ou
recortes depois de acabado.
Utilização dos vidros temperados:
• Box; vidro de automóveis; vitrines, portas e divisórias que
não possuem proteção adequada, etc.
• Tratamento térmico a alta temperatura – devitrificação ou
cristalização.
• Material policristalino com grãos finos.
• Adicionado agente de nucleação (frequentemente TiO
2).
• Propriedades:
- Baixo coeficiente de expansão térmica.
- Resistência mecânica e condutividade térmicas relativamente
elevadas.
- Opacos.
• Aplicações: peças para irem ao forno ou de louças, isolantes
elétricos.
• São aluminossilicatos – alumina (Al
2O
3) e sílica
(SiO
2), os quais contêm água quimicamente ligadas.
• Presença de impurezas (geralmente óxidos – Ca, Ba,
Na, K, Fe)
Nanopartículas – Argilo-minerais
• Em particular, o grupo da esmectita de argilominerais, tais como: - montmorilonita
- saponita - hectorita
• Têm sido amplamente empregadas, devido suas excelentes habilidades de intercalação de agentes surfatantes que melhoram a interação com polímero.
Silicatos lamelares esmectita (2:1) montmorilonita (MMT)
Processos de Fabricação
de Materiais Cerâmicos Cristalinos
• Preparação da matéria prima em pó.
• Mistura do pó com um líquido (geralmente água) para formar um material conformável : suspensão de alta fluidez (“barbotina”) ou massa plástica.
• Conformação da mistura (existem diferentes processos). • Secagem das peças conformadas.
• Queima das peças após secagem.
• Acabamento final (quando necessário).
Muitos materiais cerâmicos têm elevado ponto de fusão e apresentam dificuldade de conformação passando pelo estado líquido. A plasticidade necessária para sua moldagem é conseguida antes da queima, por meio de
mistura das matérias primas em pó com um líquido.
Fabricação de Materiais Cerâmicos
Métodos de Conformação
• Prensagem simples: pisos e azulejos • Prensagem isostática: vela do carro
• Extrusão: tubos e capilares, tijolos baianos
• Injeção:pequenas peças com formas complexas e rotor de turbinas • Colagem de barbotina: sanitários, pias, vasos, artesanato
Fabricação de Materiais Cerâmicos
Métodos de Conformação
Prensagem Uniaxial Extrusão Torneamento Prensagem IsostáticaFabricação de Materiais Cerâmicos
Secagem das Peças Conformadas
• Na secagem ocorre perda de massa e retração pela remoção gradativa de umidade.
• A peça seca pode passar por uma etapa de
acabamento:
– acabamento superficial e montagem das peças (por exemplo, asas das xícaras).
– aplicação de esmaltes ou vidrados.
Fabricação de materiais cerâmicos particulados
Queima das peças após secagem
Na queima ocorrem os seguintes fenômenos:
• Eliminação do material orgânico (dispersantes, ligantes, material orgânico nas argilas)
• decomposição e formação de novas fases de acordo com o diagrama de fases (formação de alumina, mulita e vidro a partir das argilas)
• Sinterização (eliminação da porosidade e densificação)
As peças são queimadas geralmente entre 900oC e 1400oC. Esta temperatura
depende da composição da peça e das propriedades desejadas. Durante a queima ocorre um aumento da densidade e da resistência mecânica devido à combinação de diversos fatores, mencionados abaixo.
Sinterização durante a queima
• O potencial para a sinterização é a diminuição da quantidade de superfície por unidade de volume. • O transporte de massa ocorre por difusão.
1
Formação do “pescoço”
2
3
Representação esquemática de etapas do processo de sinterização
Produto Cerâmico (alumina sinterizada)
4
Microestruturas de Produtos Cerâmicos
1. Tijolo refratário. Podem ser observados: entre os grãos, a presença de fase vítrea; um poro, no meio da foto. 2. Alumina (98% Al2O3) utilizada como isolante elétrico.
Os poros na microestrutura podem ser perfeitamente observados.
3. Alumina densa (99,7% Al2O3), com grãos finos.
4. Peça para uso em alta temperatura e condição de alta resistência ao desgaste, em WC-Co, mostrando a presença de fase líquida entre os grãos.
1 2 3
Cerâmicas de alta tecnologia
• Os processos de fabricação desses materiais podem diferir muito daqueles das cerâmicas tradicionais.
• As matérias primas são muito mais caras, porque tem qualidade muito melhor controlada (controle do nível de impurezas é crítico).
• As aplicações são baseadas em propriedades mais específicas:
– elétricas
• sensores de temperatura (NTC, PTC) • ferroelétricos (capacitores, piezoelétricos) • varistores (resistores não lineares)
• dielétricos (isolantes) – térmicas
– químicas
• sensores de gases e vapores – magnéticas
– ópticas – biológicas
Materiais
Piezoelétricos
Estrutura Cristalina do titanato de bário (BaTiO3)
deformação gera tensão elétrica tensão elétrica gera deformação V Exemplo de Aplicação: Microfone Princípio de Funcionamento
Funções mecânicas e térmicas
• ferramentas de corte
– principais materiais: Al2O3, TiC, TiN
• materiais resistentes em temperaturas elevadas
– principais materiais: SiC, Al2O3, Si3N4
Ônibus Espacial
Aplicações químicas
• sensores de gases
– principais materiais: ZrO2(O2) , ZnO, SnO2, Fe2O3 (H2O)
– alarme de vazamento de gases venenosos e hidrocarbonetos – sensor de oxigênio em veículos automotores
• Próteses e implantes
– principais materiais: Al2O3 (bio-inerte) e hidroxiapatita (bio-ativa) – ossos artificiais, dentes e juntas