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Under Armour cria camisa para
Ceni, mas evita falar em adeus
O F E R E C I M E N T O
S E G U N D A - F E I R A , 1 9 D E O U T U B R O D E 2 0 1 5
R$ 400 mi
é o valor estimado de receita
gerada pelo Movimento por um
Futebol Melhor para os clubes
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 3 6 3
A Under Armour apresentou na sexta-feira o terceiro uniforme que será usado pelo São Paulo e uma camisa especial para o golei-ro Rogério Ceni, que tem contra-to com o clube até o fim do ano.
Mas, escaldada pela polêmica que envolveu a Penalty ao fazer uma camisa “derradeira” para o goleiro em 2014 e vê-lo não só abandonar o desejo de se apo-sentar como gerar uma enorme crise para a fabricante, a nova par-ceira do clube evitou usar o termo despedida ao apresentar a camisa e ao montar a promoção dela.
“A camisa é uma homenagem aos 25 anos de Rogério no São Paulo. Tanto que tem uma linha no centro dela que representa a relação infinita que ele tem com o clube”, afirmou à Máquina do Esporte Bruno Abilel, diretor de marketing da Under Armour.
A empresa fez um contrato es-pecífico com Rogério para criar a camisa, que curiosamente lembra a malfadada vestimenta criada no ano passado pela Penalty. Este
ano, a Under Armour pretende usar a camisa em seis partidas do São Paulo. Entre elas, poderá ser a última de Rogério pelo clube.
O uniforme “estreou” ontem, no empate contra o Vasco. Mas, desde sexta-feira, um vídeo que opõe o mito Ceni goleiro com o mito Ceni artilheiro foi lançado pela empresa nas redes sociais.
O vídeo, para a Under Armour, é tão emblemático quanto o que a marca lançou no ano passado com Gisele Bündchen. Na oca-sião, a supermodelo foi colocado
no papel de atleta pela primeira vez na vida. O vídeo provocava o lado modelo em contraponto com o lado esportista dela.
No caso de Ceni, o vídeo re-força o conceito de treinamento e superação da Under Armour. Rogério chega a ser atacado por torcedores insatisfeitos com sua performance contra ele mesmo.
“A gente quis mostrá-lo de um outro jeito, quis mostrar esse ou-tro lado do que é ser um mito”.
O vídeo já tem mais de 1 milhão de visualizações no Facebook.
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BodyTech e MyFitness Pal criam app que
leva academia de ginástica para o celular
POR REDAÇÃO O MyFitnessPal, maior aplicativo gratuito de
contador de calorias do mundo, fez parceria com o BTFIT, lançado pela Bodytech Company. O aplicativo é uma espécie de transposição dos exercícios de academia de ginástica para o te-lefone. Ele ajuda na prática de atividades físicas com orientação profissional, sendo baseado num sistema que faz um questionário detalhado para prescrever, de forma personalizada, atividades físicas para os usuários em qualquer ambiente.
O aplicativo pode ser utilizado de duas formas: aulas coletivas gratuitas de quatro atividades diferentes (abdominal, mat pilates, 20 minuts de exercício e dança) e personal trainer online.
O aplicativo vai atualizar os dados diretamente com o MyFitnessPal, que faz parte do portfólio da Under Armour. A ideia é que isso facilite o controle da evolução do condicionamento físico
do usuário. O Brasil possui 2 milhões dos 85 milhões de usuários do MyFitnessPal.
“Uma das razões que torna o MyFitnessPal bem-sucedido globalmente são as mais de 50 parcerias com
aplicativos, o que multiplica o potencial para os usuários. Essas in-tegrações tornam o MyFitnessPal uma ferramenta única para quem
busca a reeducação alimentar”, diz Tina Louise, executiva responsável pela Under Armour Con-nected Fitness (UACF) na América Latina. Para celebrar a parceria, o BITFIT dará 60 dias gratui-tos do personal para quem tem o MyFitnessPal.
repórter da Máquina do Esporte
POR PRISCILA BERTOZZI
Repórter da Máquina do Esporte
Há três anos, os Jogos Olímpicos
de Londres foram anunciados como
os mais “verdes” da história. O
mes-mo lema tenta ser empregado pelo
Comitê Organizador do Rio 2016,
que revelou falhas no legado
sócio--ambiental durante o fórum “O
Es-porte como potencial econômico”,
na capital carioca no mês passado.
A sustentabilidade no esporte vai
muito além de, simplesmente, cuidar
do meio ambiente. O conceito está
impregnado no pensamento de seus
organizadores, na forma de planejar,
construir, sociabilizar, brincar,
com-prar, viajar, enfim, em todas as ações
relacionadas aos megaeventos.
Ainda que haja falhas no Rio 2016,
o esporte olímpico é muito mais
cui-dadoso nesse aspecto. E não deveria
ser assim. Ser sustentável no futebol
é possível, mas longe da realidade
do brasileiro. Quem não se lembra
do impacto da imagem de
torcedo-res japoneses recolhendo lixo após
jogo na Copa do Mundo de 2014?
Aquilo deveria ser a regra, não a
ex-ceção capaz de causar espanto.
O lapso não é da organização dos
Jogos Olímpicos do Rio, ou de
qual-quer evento isolado realizado no
país, é cultural. E não vamos
en-contrar algum esporte que replique
mais o comportamento cotidiano
do brasileiro do que o futebol. Se a
base não corresponde, é a hora dos
exemplos virem de cima. O futebol
pode e precisar ser sustentável, mas
faltam ações que demonstrem
res-ponsabilidade ambiental onde elas
mais teriam boa repercussão.
Que o legado olímpico seja capaz
de servir de exemplo ao esporte de
maneira global, em todas as esferas.
As futuras gerações agradecem.
Sustentabilidade deve ser uma
preocupação global do esporte
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O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 lançou o aplicativo Passaporte Verde, que dá acesso a roteiros turísticos e dicas para os viajantes ajuda-rem na preservação do planeta. A iniciativa tem a parceria do Pro-grama das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e é inédita na história olímpica.
A ação também foi realizada durante a Copa do Mundo do Brasil, em 2014 . “Temos agora uma ação mais abrangente e profunda, com mais condições de trabalho junto a setores produti-vos, como restaurantes, hotéis e pousadas. O planejamento dos Jogos inclui a sustentabilidade e assim estamos em sinergia com o comitê”, afirma Denise Hamu, re-presentante da PNUMA no país.
As dicas, que vão desde a mala mais leve – para ajudar até na economia de combustível de carros – até as caminhadas e a utilização de garrafas e sacolas reaproveitáveis durante os passeios, chegando à economia de baterias de celular (quan-do carrega(quan-dos, se conti-nuam na tomada, gastam até cinco vezes mais de energia do que a necessária inicialmente).
“Temos pesquisas que mostram que o viajante ainda gasta três vezes mais água em hotéis do que em casa, ou o dobro de luz. Queremos reduzir esse impacto, criando consciência de ações mais responsáveis, numa forma divertida e responsável de viajar”,
diz Tânia Braga, gerente-geral de sustentabilidade dos Jogos.
Além da plataforma online, de parcerias para capacitação, acordos com áreas de hotelaria e alimentação, os Jogos também renderão eventos. Um deles, que está sendo planejado por Samyra Crespo, presidente do Jardim Bo-tânico, será o plantio de árvores por medalhistas do país no Rio.
POR PRISCILA BERTOZZI
Rio lança aplicativo sustentável
para turistas nas Olimpíadas
A NBA anunciou o lançamento do primeiro Jr. NBA no Brasil, programa global de basquete infanto-juvenil da liga. Pela iniciativa, através de uma série de parceria com entidades públicas e privadas, a liga oferece treinos, clínicas e criação de ligas para 8.000 crianças de São Paulo e Rio.
A ideia do Jr. NBA é ensinar os fundamentos do esporte e despertar a paixão pelo basquete nos jovens. “A NBA está comprometida com o cresci-mento do basquete no Brasil. Usando isso como uma importante ferramenta social, atingimos jovens e suas famílias para tratr de assuntos como saúde e bem-estar”, afirmou Arnon de Mello,
vice--presidente e diretor-executivo da NBA no Brasil. O programa de basquete será desenvolvido no contraturno das aulas, atingindo 72 unidades es-colares de ensino fundamental. O Jr. NBA começa em fevereiro e segue durante todo o ano escolar. A NBA irá oferecer aulas para os estudantes, além de uniformes e material de treinamento.
Na Rocinha, no Rio, o programa vai de janeiro a dezembro, com aulas semanais ministradas por técnicos para mais de cem jovens da região. O material de treinamento, uniformes, bolas e tabe-las também serão dados pela liga, que reformará também a quadra existente na Rocinha.
Em 2013, quando o Flamen-go alcançou a final da Copa do Brasil, seu programa de sócios deu um grande salto. Em busca de vantagens para comprar o ingresso para a partida decisiva, os torcedores se afiliaram ao programa, que se tornou um dos mais populares do país. Meses depois, porém, com o time cam-peão, mas eliminado da Liber-tadores, o que se viu foi uma debandada dos associados.
Neste ano, os clubes parecem ter conseguido alcançar um novo status em seus programas de associados. Os últimos meses mostram que a associação de torcedores aos clubes depende cada vez menos do momento vivido por ele dentro de campo.
Recentemente, o “torcedô-metro”, que mede o número de associados de cada clube que participa do Movimento por um Futebol Melhor passou a marca de 1,1 milhão de pessoas, pouco mais de um mês após o progra-ma ter alcançado o primeiro mi-lhão de torcedores cadastrados. A curva ascendente de sócios está ligada a dois fatores. Um é a promoção que os clubes têm feito de seus programas aos tor-cedores. Cada vez mais ações de marketing são feitas com exclusi-vidade para os associados. Jantar com atletas, perfilar com time em campo, compra de ingressos, etc.
O outro fator é justamente o mecanismo do programa ideali-zado e desenvolvido pela Ambev para criar o “clube dos torcedo-res”. O Movimento conta hoje com 13 empresas parceiras que oferecem uma série de descontos aos sócios-torcedores. E o grupo tem crescido. Nos últimos meses, por exemplo, Easy Táxi, Centauro e Meliuz se uniram ao programa.
Se utilizar de forma completa o programa de descontos, o torce-dor consegue sair no lucro ao se associar ao clube, graças ao cada vez maior número de parceiros.
Com essas mudanças, mudou também o comportamento do público. E alguns casos curiosos aconteceram. O Cruzeiro, após ser bicampeão brasileiro, come-çou 2015 com 49 mil
sócios-tor-cedores. A boa fase, no entanto, chegou ao fim e, hoje, o time está na parte de baixo da tabela. Ainda assim, sua curva foi ascen-dente, e o número de sócios está em 72 mil. O clube fez ação para associar torcedores até nos Esta-dos UniEsta-dos, como mostra a foto. O São Paulo, por exemplo, tem passado pela maior crise políti-ca da história. Nos últimos três meses, foram quase 3 mil novos sócios cadastrados pelo clube.
Até mesmo o líder do ranking, que não faz uma grande tem-porada, tem ganhado sócio. O Internacional parou de ter gran-des saltos após a eliminação da Libertadores, mas o fato não fez a equipe perder membros. Ao contrário, ganhou mil novos asso-ciados entre junho e outubro.
POR REDAÇÃO