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BOLETIM DO SUÍNO ABRIL DE 2021 ANO 12, Nº 128

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Academic year: 2021

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Os preços do suíno vivo e da carne registraram movimento de recuperação em abril na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, especialmente nas do Sudeste.

Além do bom ritmo das exportações, que ajuda a enxugar a oferta doméstica, as temperaturas mais amenas, o auxilio emergencial e a flexibilização da quarentena também favoreceram as vendas internas da proteína. Com as altas em abril, a sequência de desvalorização dos preços do animal vivo e da carne, que era verificada desde dezembro/20, foi interrompida.

Em abril, o suíno vivo negociado no mercado independente de Ponte Nova (MG) se valorizou 9,3% na comparação com o mês anterior, com a média indo para R$ 7,18/kg. No Sul de Minas, o avanço foi de 6,7% e em Belo Horizonte (MG), de 7,9%, com o animal negociado, em média, a R$ 7,09/kg e a R$ 7,11/kg, respectivamente. No estado de São Paulo, o cenário também foi de alta. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o quilo do suíno foi comercializado a R$ 7,25, elevação de 8,4% em um mês.

No Sul do País, o preço médio, também ao

produtor independente, subiu 4% em Arapoti (PR), 3,3% em Braço do Norte (SC) e 2,6% em Erechim (RS), com as médias em respectivos R$ 6,92/kg, a R$ 6,62/kg e a R$ 6,96/kg.

Para as carnes, também houve valorização. No atacado da Grande São Paulo, o preço da carcaça especial suína subiu 7%, com a média a R$ 10,51/kg em abril. Para a carcaça comum, o avanço foi de 6,5% na comparação mensal, passando para R$ 10,01/kg em abril.

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CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Gráfico 2 Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ Preços pagos ao produtor (abril/20 a abril/21

-R$/kg) Fonte: Cepea-Esalq/USP. 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 7,50 8,00 8,50 9,00 9,50 10,00 10,50 11,00 11,50 12,00 12,50 13,00 13,50 14,00 14,50

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

R $/ kg 2017 2018 2019 2020 2021 3,00 3,30 3,60 3,90 4,20 4,50 4,80 5,10 5,40 5,70 6,00 6,30 6,60 6,90 7,20 7,50 7,80 8,10 8,40 8,70 9,00 9,30 9,60 9,90 10,20 01/ 04/2 020 13/ 04/2 020 23/ 04/2 020 05/ 05/2 020 14/ 05/2 020 25/ 05/2 020 03/ 06/2 020 15/ 06/2 020 24/ 06/2 020 03/ 07/2 020 14/ 07/2 020 23/ 07/2 020 03/ 08/2 020 12/ 08/2 020 21/ 08/2 020 01/ 09/2 020 11/ 09/2 020 22/ 09/2 020 01/ 10/2 020 13/ 10/2 020 22/ 10/2 020 03/ 11/2 020 12/ 11/2 020 23/ 11/2 020 02/ 12/2 020 11/ 12/2 020 22/ 12/2 020 06/ 01/2 021 15/ 01/2 021 26/ 01/2 021 04/ 02/2 021 17/ 02/2 021 26/ 02/2 021 09/ 03/2 021 18/ 03/2 021 29/ 03/2 021 08/ 04/2 021 19/ 04/2 021 29/ 04/2 021 R $/ kg MG SP PR SC RS

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Após atingirem em março o maior volume da história, as exportações de carne suína recuaram em abril, mas seguiram apresentando ritmo aquecido. De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 97,2 mil toneladas da proteína (incluindo produtos in natura e industrializados) em abril, volume 9,9% menor que o recorde atingido em março, mas ainda 35,5% acima da quantidade de abril/20.

A retração esteve atrelada à redução das compras por parte de importantes destinos da carne brasileira. Dos cinco principais destinos em abril, apenas Chile e Singapura aumentaram

as importações, em 4,2% e 11,4%,

respectivamente, para 5,4 mil e 4,3 mil toneladas. Já os recuos foram liderados por China e Hong Kong. Entre março e abril, o primeiro destino reduziu suas compras em 12,2%, e o segundo, em 16,4%. Juntos, China e Hong Kong importaram 66,2 mil t da carne suína brasileira. Apesar da queda mensal, esse ainda é um dos maiores volumes enviado a esses destinos.

O preço médio pago pela carne exportada também caiu entre março e abril. Agentes do setor indicam que o maior comprador mundial da proteína, a China, vem pressionando os principais mercados fornecedores para reduzirem os valores da carne. Esse cenário,

somado ao enfraquecimento do dólar frente ao Real no período, resultou em queda na receita obtida com as vendas externas.

Segundo informações da Secex, em abril, a carne suína in natura saiu dos portos brasileiros a US$ 2,38/kg, queda de 1,4% frente ao mês anterior. Além do recuo no preço em moeda internacional, a leve diminuição do câmbio também desfavoreceu a renda gerada pelos embarques. No total, o setor exportador brasileiro arrecadou R$ 1,29 bilhão com as vendas da proteína, montante 12,4% inferior ao de março, mas ainda 47% acima do registrado em abril/20.

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CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA

Estado Média mensal Variação no mês Mínimo mensal Máximo mensal

Minas Gerais 7,13 8,3% 5,99 8,03

São Paulo 7,24 13,9% 5,43 8,47

Paraná 6,52 -0,9% 5,21 7,49

Santa Catarina 6,55 2,0% 5,41 7,47

Rio Grande do Sul 6,55 -2,1% 5,73 7,32

Tabela 1 - Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ - Preços pagos ao produtor – abril/21 (R$/Kg)

Região Média mensal Variação no mês Mínimo mensal Máximo mensal

Patos de Minas 7,12 8,3% 5,99 8,02

Belo Horizonte 7,11 7,9% 6,00 7,98

Sul de Minas 7,09 6,7% 5,99 8,00

Ponte Nova 7,18 9,3% 5,99 8,11

São José do Rio Preto 7,11 6,8% 5,20 8,40

Avaré 7,05 4,3% 5,33 8,37 SP-5 7,25 8,4% 5,44 8,47 Arapoti 6,92 4,0% 5,62 7,98 SO Paranaense 6,82 3,6% 5,44 7,81 Oeste Catarinense 7,09 -2,1% 6,23 7,90 Braço do Norte 6,62 3,3% 5,44 7,52 Erechim 6,96 2,6% 5,94 7,56 Santa Rosa 6,89 -1,0% 6,30 7,81 Serra Gaúcha 6,99 2,6% 6,39 7,60

Tabela 2 - Médias regionais do preço do suíno vivo - abril/21 (R$/Kg)

Produto Média mensal Variação no mês Mínimo mensal Máximo mensal

Carcaça Comum 10,01 6,5% 7,97 11,52

Carcaça Especial 10,51 7,0% 8,32 11,90

Lombo 15,29 -0,4% 14,79 15,93

Pernil com osso 12,22 0,6% 10,90 13,18

Costela 14,91 0,9% 13,52 15,98

Carré 12,04 1,7% 11,48 12,72

Paleta sem osso 12,60 -2,1% 11,63 13,40

Tabela 4 - Relação de troca de suíno por milho e de suíno por farelo de soja (kg vivo/kg de insumo) – média abril/21

vivo/milho Variação mensal vivo/farelo Variação mensal

SP 4,47 0,4% 2,90 13,9%

MG 4,91 0,8% 2,95 7,9%

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Tabela 3 - Médias dos preços das carnes - atacado da Grande São Paulo - abril/21 (R$/kg)

Fonte: Cepea-Esalq/USP. Fonte: Cepea-Esalq/USP.

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Gráfico 3 - Preços internos (carcaça - Grande SP) e externo (carne in natura), deflacionados pelo

IPCA - R$/kg

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Gráfico 4 - Exportações de carne suína in natura entre abril/20 e abril/21, volume e receita

Fonte: Secex. 3,00 5,00 7,00 9,00 11,00 13,00 15,00 ab r/19 m ai /19 jun /19 jul /19 ag o /19 se t/ 19 o u t/ 19 no v/19 de z/ 19 jan /2 0 fe v/ 20 m ar /20 ab r/20 m ai /20 jun /20 jul /20 ag o /20 se t/ 20 o ut /20 no v/20 de z/ 20 jan /2 1 fe v/ 21 m ar /21 ab r/21 R $/ kg

Preço Interno Preço Externo

50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 ab r/20 m ai /20 jun /20 ju l/20 ag o /20 se t/ 20 o ut /20 no v/20 de z/ 20 jan /2 1 fe v/ 21 m ar /21 ab r/21 1.000 t US$ milhões

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CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA das regiões acompanhadas pelo Cepea. Esse

movimento favoreceu a recuperação do poder de compra do suinocultor paulista frente ao farelo de soja, importante insumo de alimentação, que, por sua vez, registrou desvalorização. Frente ao milho, o cenário também melhorou um pouco para o suinocultor, tendo em vista que o avanço nos preços do animal vivo foi mais intenso que o observado para o cereal.

Em abril, o suíno vivo registrou média de R$ 7,25/kg na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), alta de 8,4% sobre a de março/21. O impulso veio do bom ritmo de embarques da proteína e da reação do consumo doméstico.

Já no caso do farelo de soja, a Equipe de Grãos do Cepea indicou que, apesar do avanço na última semana do mês, devido aos elevados preços da matéria-prima e das firmes demandas interna e externa, o valor médio do derivado registrou queda de 5,2% entre março e abril, passando para R$ 2.495,26/tonelada, na região de Campinas (SP).

Diante disso, com a venda de um quilo de animal no mercado independente da região SP-5, o suinocultor paulista conseguiu adquirir 2,9 quilos de farelo de soja, 14,6% a mais que em março e 8,5% acima do volume de abril/20.

Quanto ao milho, o Indicador

ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) teve média de R$ 97,15/saca de 60 kg no mês, aumento de 6,2% frente a março. De acordo

de alta estava atrelado à oferta restrita e às demandas interna e externa aquecidas. Além disso, o atraso na semeadura e a irregularidade das chuvas aumentaram as incertezas quanto à produtividade das lavouras da segunda safra, o que reforçou a elevação nos preços, que operaram em patamares recordes reais em muitas praças brasileiras.

Assim, em abril, a venda de um quilo de suíno no mercado independente da região SP-5 possibilitou a compra de 4,47 quilos de milho na praça de Campinas, 1,4% a mais que a quantidade de março, interrompendo seis meses consecutivos de piora na relação de troca.

Na tentativa de conter a alta nos preços nacionais, o governo brasileiro suspendeu, mais uma vez, a alíquota de importação do complexo soja de países fora do Mercosul. A medida vale até o final deste ano. Mas, ainda de acordo com a equipe de Grãos do Cepea, diante da oferta interna e dos alinhamentos entre os valores domésticos e internacionais, as importações não devem ser intensas neste primeiro semestre.

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Gráfico 5 - Relação de troca (kg de suíno/kg de milho e kg suíno/kg do farelo de soja – abril/20 a abril/21

Fonte: Cepea-Esalq/USP.

Gráfico 6 - Preços da carcaça casada bovina, carcaça especial suína e frango inteiro resfriado, no

atacado da Grande São Paulo (R$/kg) – abril/20 a abril/21

Fonte: Cepea-Esalq/USP. 0,0 1,5 3,0 4,5 6,0 7,5 9,0 10,5 ab r/20 m ai /20 jun /20 jul /20 ag o /20 se t/ 20 o ut /20 no v/20 de z/ 20 jan /2 1 fe v/ 21 m ar /21 ab r/21

SP Suíno/Milho SP Suíno/Farelo MG Suíno/Milho MG Suíno/Farelo

2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 12,00 13,00 14,00 15,00 16,00 17,00 18,00 19,00 20,00 21,00 22,00 ab r/20 m ai /20 ju n /20 jul /20 ag o /20 se t/ 20 o ut /20 no v/20 de z/ 20 jan /2 1 fe v/ 21 m ar /21 ab r/21 R $/ kg

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CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA

SEJA UM COLABORADOR DO CEPEA! CONTATO: (19) 3429-8859 | suicepea@usp.br

EXPEDIENTE

O Boletim do Suíno é elaborado mensalmente pelo Cepea - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP. Interessados em reproduzir o conteúdo devem solicitar autorização.

Coordenador: Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, Ph.D

Pesquisador responsável: Prof. Dr.

Sergio De Zen

Equipe: Juliana Ferraz, Matheus do

Valle Liasch, Luiz Gustavo Susumu Tutui, Luiz Henrique Alves de Melo, Marcia Verweij e Ernesto Vaughn Ramello Jornalista responsável: Alessandra da Paz - Mtb: 49.148 Revisão: Flávia Gutierrez - Mtb: 53.681 Nádia Zanirato - Mtb: 81.086

Com a valorização do suíno vivo – por conta das elevadas exportações de carne suína e da consequente maior procura da indústria pelo animal –, o preço da carcaça suína também subiu em abril.

Esse cenário evidencia a continua perda de competitividade da proteína suína frente à de frango, uma vez que a carne avícola se desvalorizou, ampliando ainda mais a diferença entre as cotações desses produtos. Já frente à carne bovina, apesar da leve redução, a competitividade segue elevada.

O frango inteiro resfriado comercializado na Grande São Paulo se desvalorizou 2,2% entre março e abril, cotado a R$ 5,93/kg na média do último mês, patamar ainda 32,1% acima do registrado em abril de 2020. O enfraquecimento da demanda doméstica e a lentidão das vendas levaram agentes do setor a reduzir as cotações, buscando garantir a liquidez e evitar aumento de estoques.

Assim, após dois meses consecutivos de ganho de competitividade frente à carne de frango, o preço da carcaça suína em abril esteve 4,57 Reais/kg acima do da proteína avícola na região da capital paulista, aumento de 21,9% na

diferença frente a março e de 89,8% frente a abril/20, cenário que tende a favorecer a demanda por carne de frango em detrimento da suína.

Quanto à carne bovina, na média de abril, a carcaça casada foi cotada a R$ 20,34/kg no atacado da capital paulista, 3,3% acima da média de março e 40,9% superior à de abril/20. Assim como para a carne suína, o aumento nos preços da bovina esteve atrelado às exportações elevadas, além da oferta restrita de animais para abate.

Dessa forma, o preço da carcaça bovina esteve 9,84 Reais/kg acima do da suína em abril, diferença 0,4% menor que a de março, mas ainda 30,5% superior à de abril/20, além de ser uma das maiores da série histórica, destacando a elevada competitividade da carne suína frente à bovina.

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