LITORAL DIGITAL: AS NOVAS FERRAMENTAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA AO SERVIÇO DA
MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL
Jorge Rocha, Saudade Pontes, Sónia Fernandes, Helena Simões e Filipa Ramalhete GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
Travessa do Moinho de Vento, 17, Cv Dta., 1200 LISBOA Tel. 213956120; fax: 213974955; e-mail: geota@mail.telepac.pt.
Resumo
O GEOTA - Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, é uma organização não governamental de ambiente, de âmbito nacional, que funciona com trabalho voluntário de base. Constituiu-se legalmente em 1986, mas a sua existência, enquanto grupo de reflexão e educação na área do ambiente, remonta a 1981, contando actualmente com mais de 2000 associados em todo o país.
Um dos muitos projectos que o GEOTA realiza na área do ambiente é o Coastwatch. O Coastwatch Europe é um projecto de âmbito europeu, de caracterização ambiental da faixa costeira. Baseia-se nos resultados obtidos a partir do preenchimento de um questionário para cada unidade de 500 metros da faixa litoral. O Coastwatch Europe surgiu na Irlanda (onde se encontra a coordenação internacional), em 1988, e tem sido realizado em vários países da Europa. Em Portugal, o projecto arrancou também no ano de 1988, e, desde então, tem sido recolhida informação todos os anos.
Embora os resultados destes questionários fossem sempre analisados estatisticamente, fazia-se sentir uma necessidade cada vez mais premente de obter uma perspectiva espacial dos indicadores recolhidos, bem como de os cruzar com outros existentes (por exemplo, informação relativa à população e habitação). Foi a identificação desta necessidade que esteve na base da decisão da criação do Litoral Digital.
Para tal, contou-se com o apoio da Octopus / ESRI Portugal, que forneceu todo o software necessário, e do IGeoE que disponibilizou a linha de costa à escala 1:25000 em formato digital (vectorial) e, mais tarde, todas as cartas militares 1:25000, para a área do continente, em formato raster, e também para os Açores e Madeira. Esta informação constituiu a base para a construção do Sistema de Informação Geográfica (SIG). O projecto foi também apoiado pelo Instituto Português da Juventude, pelo Instituto de Promoção Ambiental, e pela Direcção-Geral de Ambiente (DGA).
O projecto do Litoral Digital desenvolve-se desde 1999. No início de 2000 foi criada nova cartografia (para identificação das regiões aquando do trabalho de campo), já com recurso ao SIG e à informação atrás referida, e procederam-se a algumas experiências de inquirição e análise espacial. Durante o ano de 2001, foi desenvolvido um programa para facilitar a inserção de dados na base de dados e apresentados os primeiros resultados do projecto.
I. Introdução
O GEOTA - Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, é uma Organização Não Governamental de Ambiente, de âmbito nacional, que funciona com base em trabalho voluntário. Constituiu-se legalmente em 1986, mas a sua existência enquanto grupo de reflexão e educação na área do ambiente remonta a 1981, contando actualmente com mais de 2000 associados em todo o país.
O projecto Coastwatch tem como principal objectivo efectuar uma caracterização ambiental da faixa costeira portuguesa. O projecto, que surgiu inicialmente na Irlanda, com a designação de Coastwatch Europe, teve início em Portugal em 1988, tendo o GEOTA, no seu papel de coordenador nacional, garantido a sua realização todos os anos, desde essa data. O GEOTA tem considerado este projecto como um dos seus projectos prioritários, uma vez que a sua continuidade é um factor fundamental para a construção de uma base de dados fiável e útil para a gestão ambiental do litoral.
Para a recolha de dados existe um questionário, que é preenchido para cada 500m da faixa litoral. O questionário é preenchido no local, por agentes que percorrem, a pé, no mínimo 5km, que correspondem ao preenchimento de dez questionários. Os questionários são preenchidos nos meses de Outubro e Novembro, após a época das marés vivas, e contêm informação sobre a ocupação do litoral, sobre poluição marítima e fluvial (é feita uma análise de ocorrência de nitratos em todas as linhas de água que desembocam no litoral), e sobre a quantidade e tipologia dos resíduos encontrados na faixa referida.
Embora os resultados destes questionários fossem sempre analisados estatisticamente, fazia-se sentir uma necessidade, cada vez mais premente, de obter uma perspectiva espacial dos indicadores recolhidos, bem como de os cruzar com outros existentes (por exemplo, informação relativa à qualidade das águas balneares, ou, dentro de outros campos, da população e habitação). Foi a identificação desta necessidade que esteve na base criação do
Litoral Digital. Passou-se, assim, a dispor de uma ferramenta, que, para além de permitir uma perspectiva do estado
de conservação ambiental da faixa litoral, permite a utilização e a disponibilização de informação relevante sobre o ambiente urbano das localidades incluídas na orla costeira. Relembra-se que 70% da população portuguesa reside no litoral, em povoamento urbanos densos, e que a maior parte das localidades mais importantes de Portugal se concentram no litoral.
O projecto é realizado em Portugal continental desde 1988, e, desde 2000, tem sido produzido cartografia de apoio também para os Açores, nomeadamente para as ilhas da Terceira e Faial, embora a informação relativa ao preenchimento dos questionários não esteja ainda integrada no SIG.
II. Público-alvo e objectivos
O GEOTA, enquanto coordenador nacional do projecto Coastwatch Europe, desde 1988, gere e armazena a informação proveniente do projecto, divulgando anualmente, o resultado da campanha do ano anterior. Uma das sequência naturais de todo o processo de recolha de informação na forma de dados de base observáveis no litoral, resultantes das campanhas do Coastwatch Europe é o seu tratamento informático, de forma a permitir a manipulação estatística e a extracção de resultados na forma de gráficos. Sem o auxílio de um SIG, como o que está a ser desenvolvido neste projecto, o tratamento de dados encontrava-se restringido ao tratamento a nível nacional ou por NUT’s, sendo a informação gráfica disponível e válida apenas a esse nível, colocando problemas de interpretação de resultados a escalas mais finas, e impossibilitando o trabalho de análise ao nível dos concelho, essencial para a prevenção de infracções ambientais e para a monitorização correcta da evolução da linha de costa e dos restantes parâmetros, de ano para ano.
A partir da criação do SIG, iniciada no ano de 1999, tornou-se possível cartografar e extrair informação geo-referenciável, bem como proceder à sua análise, extremamente difícil sem o recurso a ferramentas deste género, o que permitiu potenciar o próprio projecto de recolha de dados e de sensibilização. Procura-se o aumento da capacidade de intervenção do GEOTA, que surgirá devido ao incremento da aptidão de tratamento de informação e da qualidade da informação que poderá ser produzida sobre as condições ambientais do litoral, e também o relacionamento deste projecto com outros projectos do GEOTA é de molde a gerar sinergias importantes.
O Projecto Coastwatch Europe, associado a um SIG (Litoral Digital), pode funcionar como um instrumento de produção e manipulação de informação geo-referenciável utilizável na monitorização das condições ambientais do litoral e na sua gestão. Dessa forma, poderá contribuir muito positivamente para diminuir o impacte das actividades humanas no litoral e auxiliar na gestão das áreas costeiras, através das acções de informação do público e do conhecimento científico acumulado. A acção de prevenção/detecção de infracções ambientais, decorrente da acção conjugada do grupo jurídico, da acção da população na denúncia de casos, ou na detecção de alterações gravosas nas condições de ocupação ou nos parâmetros ambientais de análise, pode ser muito facilitada com a exploração eficiente de um sistema deste género.
Numa primeira fase foram identificados como público-alvo do Litoral Digital diversas pessoas e/ou instituições, a ver: i) Coordenadores dos vários sub-projectos do GEOTA na área do Litoral: Coastwatch Europe, Caracterização e Quantificação de Resíduos Sólidos Subaquáticos e outros; ii) Responsáveis e colaboradores activos de Organizações Não Governamentais que intervêm nos Concelhos objecto de estudo, na sua qualidade de parceiros sociais e considerando que são estas que se encontram mais próximo da situação de referência; iii) Decisores da Administração Central e Regional, eleitos locais, e técnicos das autarquias, na qualidade de recursos humanos que vão intervir como planeadores ou executores da política de ambiente e ordenamento e património; iv) Cidadãos abrangidos pelas decisões tomadas ao nível autárquico; v) público que, directa ou indirectamente, aceda à informação divulgada (estudantes, munícipes, professores, etc.).
Assim, tendo em atenção a informação disponível e o público-alvo, delinearam-se como principais objectivos do
Litoral Digital as seguintes linhas de acção:
1. Dar continuidade à recolha, armazenagem, análise e apresentação da informação geo-referenciável produzida no âmbito do projecto Coastwatch Europe.
2. Criar ferramentas auxiliares de informação para monitorização das condições ambientais do litoral.
3. Criar condições para o desenvolvimento de conhecimentos técnicos e científicos úteis para a gestão do litoral.
4. Criar condições para facilitar a análise de informação, análise de impactes e a produção de opinião sobre projectos de ordenamento, de desenvolvimento ou de intervenção no litoral
5. Continuar a produzir informação gráfica destinada a apoiar acções de promoção do projecto Coastwatch
Europe e acções de sensibilização, junto de diversos tipos de destinatários, para a necessidade de
gestão correcta do litoral e dos seus recursos ambientais.
III. Recursos a utilizados
O suporte informático para esta aplicação foi cedido pela Octopus / ESRI Portugal e consiste nos módulos ArcView. A informação utilizada foi, para além do levantamento estatístico do Coastwatch, a linha de costa em formato vectorial (escala 1:25000), as cartas militares em formato raster, e a divisão administrativa de Portugal Continental (extraída por processos SIG a partir da carta de freguesias, à escala 1:25000, produzida pela Direcção Geral do Ambiente). Em relação às linhas de costa da Medeira e Açores, elas foram digitalizadas e divididas em blocos no GEOTA.
Como recursos humanos, o Litoral Digital conta, para além de outros colaboradores, para trabalhos menos técnicos associados ao projecto, com 6 pessoas, distribuídas por diversas qualificações académicas, que trabalham no projecto voluntariamente. O GEOTA, através de programas de apoio à realização de estágios, tem procurado profissionalizar este projecto.
IV. Projecto SIG: Litoral Digital (1991/2001)
Este projecto decorreu em 4 fases distintas assim distribuídas:
1ª fase - Aquisição de equipamento / Estabelecimento de parcerias para a obtenção do software e da informação indispensáveis ao projecto;
2ª fase - Aquisição/recolha e armazenamento de informação, tratamento e análise da informação; estruturação do projecto;
3ª fase - Divulgação dos resultados obtidos, no seminário anual do Coastwatch;
4ª fase – Avaliação dos primeiros resultados obtidos. Criação de um programa para agregar os dados em blocos de 5km. Reajuste das pesquisas a efectuar.
A primeira tarefa da implementação em SIG da informação proveniente do Coastwatch, consistiu em, pegando na linha de costa de Portugal Continental, criar um buffer de 500m para o interior de forma a delimitar a área de intervenção (figura 1a). Estes 500m são definidos pelo próprio questionário, que estabelece este limite, acima da linha supratidal, para definição da ocupação da zona contígua à linha de costa. Este buffer teve que ser reavaliado nas áreas em que a linha de costa se prolonga para o interior do território (e.g. estuário), de maneira a evitar qualquer tipo de sobreposições indesejáveis (figura 1b).
(a) (b) Figura 1 – Delimitação do buffer (500 m) da linha de costa
Este buffer foi dividido em troços de 5 km (correspondentes a 10 questionários do Coastwatch) e a cada um deles foi atribuído o respectivo código de país, NUT, bloco e unidade. É necessário referir que a divisão da costa portuguesa em blocos foi feita no início do projecto, medida directamente na carta com um curvímetro, e procurando também que o início e o fim de cada bloco fosse possível de identificar no terreno (por exemplo, linhas de água), pelo que os 5Km são aproximados. A partir deste momento foi possível produzir cartografia de base, com a delimitação das áreas de inquérito, permitindo que os agentes levassem para o campo cartas com uma grande qualidade (figura 2) – principalmente quando comparadas com as fotocópias das cartas militares até então utilizadas.
Tendo a base preparada, passou-se à ligação entre as partes gráficas e alfanuméricas. Nesta fase, uma primeira constatação foi a de que a delimitação de 500m utilizada no inquérito carecia de qualidade geográfica. Ou seja a delimitação é feita através da percepção que os voluntários têm, no campo, do que são 500m, não havendo nenhuma referência posicional que permitisse delimitar estes blocos com a precisão que um SIG exige.
Assim, optou-se por agregar a linha de costa em blocos de 5km, o que teve como principal consequência a obrigatoriedade de, por métodos estatísticos univariados (médias, modas, etc.), generalizar a informação proveniente do inquérito (em formato Excel) dos 500m originais para 5km. Esta tarefa, dada a extensão do levantamento, quer em área, quer em número de variáveis, revelava-se bastante morosa e complicada pelo que se optou por automatizar o processo.
Figura 2 – Exemplo de mapa de apoio produzido pelo Litoral Digital
IV.1 – Criação automática de Bases de Dados para o Litoral Digital
A informação dos questionários é introduzida numa folha de cálculo Excel, codificada segundo as perguntas, uma vez que há perguntas cuja resposta é uma contagem, preenchida pelo agente no terreno (por ex. quantas latas ou garrafas existem na unidade de 500m, na zona supratidal), perguntas que constituem uma caracterização, e que permitem escolha múltipla (por ex. a ocupação da zona contígua à linha de costa, que poderá ser duna, porto, estrada, etc.), e que se encontram codificadas,
Uma vez que se optou por agregar os questionários em unidades de 5Km, foi necessário agrupar as respostas, de forma distinta, consoante as perguntas (soma, média, mediana, etc.). Na primeira fase do projecto esse tratamento
tinha sido feito individualmente para cada pergunta. Numa fase posterior foi criado, por um técnico informático contratado para o efeito, um programa de tratamento dos dados em bruto, e de sistematização destes mesmos dados em tabelas, de modo a que cada campo corresponda então ao bloco de 5Km respectivo.
IV.2 – Operacionalização do sistema
Depois de apurada a base de dados e de feita a ligação entre a informação alfanumérica e a base digital, outra questão se levantou: os inquéritos são feitos por voluntários e consequentemente (e infelizmente) nunca nenhuma campanha conseguiu cobrir a linha de costa na sua totalidade. Para obviar a este problema, e tendo em consideração que se pretendia uma base (ano zero) com informação para toda a área, optou-se pela seguida ordem de procedimentos:
1. Foram preenchidos todos os campos onde havia informação relativa a 1999 (em 2000, uma vez que os dados disponíveis são sempre os do ano anterior).
2. Os campos ainda em branco depois de 1) foram preenchidos com dados de 1998. 3. Os campos ainda em branco depois de 2) foram preenchidos com dados de 1997.
4. E assim sucessivamente até ao “ano zero” estar integralmente preenchido (salvaguardando-se sempre um campo na base de dados para guardar a informação relativa à data de aquisição dos dados). As figuras 3 e 4 representam alguns dos resultados desta fase do Litoral Digital.
Neste momento, encontram-se portanto tratados os dados, de forma a que se conheçam quais os resultados do questionários mais recente preenchido para cada bloco, mas também os dados anuais, desde 1988 até 2001. É assim também possível fazer análises de evolução temporal dos blocos.
V. Conclusões
Este projecto reveste-se de inedetismo, não só em relação ao trabalho das ONGA em Portugal, mas também ao nível internacional, no que toca à monitorização ambiental do litoral. Além disso permite:
A transferência para Portugal e para a realidade nacional da experiência já desenvolvida e aplicada ao nível da coordenação internacional do Coastwatch Europe.
A transferência de tecnologia e experiência para as ONGA parceiras na Coordenação Regional do Coastwatch
Europe, com respectivas melhorias ao nível do desenvolvimento de quadros e da capacidade das organizações
envolvidas.
c) O alargamento da utilização dos recursos do SIG para outras áreas de actividade do GEOTA.
d) Contribuir para o estabelecimento de bases para uma cooperação mais estreita entre as entidades com tutela na gestão do litoral e a sociedade civil interessada.
e) A promoção da transparência nos processos decisórios relativos ao litoral.
Contributos positivos para a manutenção/criação de redes de ONGA e de outras entidades, com trabalho regular.
CoastWatch Portugal
Questionário
Antes de preencher o questionário leia com atenção as seguintes informações: Figura 1
A – limite máximo da água do mar em época de marés vivas B – linha de maré cheia (marca da ultima maré)
C – limite minimo da maré vazia
D – zona interior (nunca atingida pela água do mar, excepto eventualmente durante alguma garnde tempestade) E – zona supratidal (coberta pela água do mar na época das marés vivas)
F – zona intertidal (entre o limite minimo e máximo das marés)
ATENÇÃO
Cada questionário deve apenas conter informações sobre uma unidade de 500 metros Todas as observações devem ser realizadas, preferencialmente, no periodo de maré vazia. O percurso deve ser feito a pé e junto à linha de água, sempre que possivel.
As unidades devem ser assinaladas em mapas e cada equipa deve dispor de, pelo menos, uma cópia do mapa, fornecida pelos coordenadores.
Estas unidades são codificadas com numeros de 1 a 10 (esporadicamente mais) dentro de cada bloco. Os blocos são divisões de 5km de linha de costa, medidos de modo continuo, incluindo estuários e rias, desde Vila Real de Santo António até Caminha.
Para a delimitação das unidades é geralmente necessário recorrer a elementos existentes na zona (rochedos, povoações, moinhos, ribeiros, etc).
Devem ser tomadas precauções relativamente à acessibilidade do local em maré cheia, por questões de segurança.
INFORMAÇÃO SOBRE O LOCAL E SOBRE QUEM PREENCHE O QUESTIONÁRIO A.1 Código do país Código da região Código do bloco Código da unidade
A.2.1 Nome da unidade (área inquirida) ... A.2.2 ...
Nome do mapa Nome do local
A.3 Nome e morada do participante:
A.3.1 Nome ... A.3.2 Morada ... A.3.3 Localidade ... Telefone ... A.4 Data do inquérito
A.5
Conhecimento do local:
Bom 1
Regular 2
Esta é a 1ª ou 2ª visita 3
A.6 Esta unidade ou parte dela pertence a alguma área com designação especial ( de acordo com A.7)?
Sim 1 Não 2 Desconhecido 3
A.7 Se respondeu afirmativamente à questão A.6, especifique (escolher até três opções):
Reserva da Biosfera (UNESCO) 1
Convenção de Ramsar 2
Área protegida 4
Reserva Marinha 5
Outra zona de interesse natural 6
Zona balnear reconhecida oficialmente 7
Área de apanha de bivalves para comercialização 8
Área onde se pratica aquacultura 9
Reserva Ecológica Nacional 10
Reserva Agrícola Nacional 11
A.8.1 Tipo de acesso à unidade costeira inquirida (acesso à zona de contacto com a água do mar)
Fácil de carro 1
Fácil a pé 2
Impossivel (a não ser de barco) 3
A.8.2
Proibido 4
Influencia sobre a unidade, com origem em terra
(Faixa de 500 m de largura paralela à linha de costa, contada para o interior da linha
máxima atingida pela água do mar no periodo de marés vivas ou desde o bordo da falésia)
B.1 Principal utilização da zona interior contigua (seleccione até cinco opções; estas devem
reflectir as situações predominantes, tornando-se como referência o total da unidade em
questão):
Pastage
m
intensiva
Lavoura/
Agricultur
a
Arbustos
/
Pastage
m natural
Dunas
Bosque
/
Floresta
Zona
alagada
Rocha
/ Areia
Área
habitacional
1 2 3
4
5 6 7 8
Estancia
turistica
Lixeira
Zona
portuária
/
Indústria
Transportes:
estradas, linhas
férreas, cais de
embarque,
parque de
estacionamento,
marina
Area em
construção
Zona
militar
Campo de
Golfe
9 10 11 12
13
14 15
B.2 Caracterização das entradas do mar e da área em torno do seu términus:
Registe todas as entradas liquidas no meio marinho ao caminhar ao longo da unidade,
indicando o tipo e caracteristicas de cada rio ou ribeira (R), cano ou tubo (C), vala de
drenagem (V), escorrência por infiltração (E) e/ou laguna costeira (L).
Se existirem mais de 5 entradas descreva apenas as principais, registe o total das mesmas,
mas registe-as pela ordem com que as encontra, apenas as quatro mais importantes, em
termos do potencial impacte da poluição.
Para medir o volume da entrada no meio marinho, faça-o mais perto do mar possivel,
dando-lhe um valor aproximado. Se se tratar de um cano ou tubo registe o seu diametro,
tenha água ou não.
Para os nitritos, nitartos e fosfatos são necessários Kits. Siga as instruções com rigor. Se os
resultados dos testes de nitratos ou fosfatos estiverem abaixo dos niveis de detecção, deve
registar zero.
1 2 3 4
1 Tipo de entrada (R, C, V, E, L)
2 Dimensão
da
entrada:
Pequena
= 1 Média = 2 Grande = 3
3 Sinais de vida animal na água (Sim = X) ?
4 Mau cheiro (Sim = X)?
5 Cor alterada / Espuma / Espuma deriva de poluição (Sim =
X) ?
6 Peixe morto (Sim = X)?
7 Despejo de lixo (Sim = X)?
8 Esgoto (Sim = X)?
9 Oleo ou derivados de petróleo (Sim = X)?
10 Se testados: foram detectados N
ITRITOS? 1 = Sim 2 = Não
12 Se testados: foram detectados F
OSFATOS? mg/l PO
43-Numero total de entradas no mar encontradas na unidade
Zona Supratidal (ZONA ENTRE A LINHA NORMAL DE MARÉ CHEIA E A LINHA MÁXIMA ATINGIDA NAS MARÉS VIVAS)
C.1 Indique a largura aproximada da zona supratidal ao longo da unidade (se variar
acentuadamente, pode assinalar duas opções).
0 – 1 m 1 – 5 m 5 – 50 m 50 – 250 m > 250 m
1 2 3 4 5
C.2 Indique o tipo de coberto dominante na zona supratidal (até cinco opções).
Sapal
Canas
e/ou
juncos
Outra
vegetação
(dunas, etc.)
Areia Rocha
Construçã
o de
edificios
Outras formas de
controlo de erosão
local
1 2 3 4
5 6
7
Zona Intertidal (ZONA ENTRE AS LINHAS NORMAIS DE MARÉ CHEIA E DA MARÉ VAZIA)
< 5 m
5 – 50
m
50 – 250 m > 250 m
1 2 3 4
D.2 Indique qual a principal composição da superficie intertidal (até duas opções).
Rocha
Calhaus rolados
(diametro <20 cm)
Gravilha
(diametro 0,2 a 20 cm)
Areia Lodo
Construçã
o artificial
1 2
3 4
5
6
0 – 1 m 1 – 5 m 5 – 50 m 50 – 250 m > 250 m
1 2 3 4 5
D.3 Indique quais as plantas abaixo mencionadas que foram encontradas vivas nesta
unidade (até cinco opções).
Spartina
Zostera
(erva do
mar)
Algas
castanhas
e/ou
vermelhas
Algas verdes
Pedaços ou
pequenas
bandas
Algas
verdes
Cobertura
extensiva
Algas a
aprodecer
Outros
1
2 3 4 5 6 7
D.4SE CONHECE BEM A ZONA, INDIQUE SE NESTA UNIDADE OCORREM NA PRIMAVERA OU VERÃO, CONCENTRAÇÕES ANORMALMENTE ELEVADAS DE MICRO-ALGAS?
1 2 3
D.5 Indique quais dos animais abaixo mencionados que se encontram na unidade inquirida,
vivos (V) ou mortos (M). Nota: Comentar ou fotografar algo de invulgar.
Moluscos
(ex.
mexilhão)
Crustáceos
(ex.
caranguejo)
Peixes
Aves
marinhas
pousadas
Focas Golfinhos Ratos
Al
for
recas
Vermes ou seus
vestigios
V M V M V M V M V M V M V M
1 2 3 4 5 6 7
8 9
Quantos?
10
11
12
13
14
15
16
D.6 Foram encontradas aves (mortas ou vivas) com vestigios de óleo e/ou nafta (escreva
quantas, ou zero, se não encontrou nenhuma)?
Quantas?
Vivas Mortas
Lixo e Poluição nas várias zonas da Costa
E.1 Registe os principais objectos de grandes dimensões encontrados na zona supratidal e/ou intertidal.
Materiais de construção (ex. cimento, entulhos vários, etc.) 1
Objectos metálicos de grandes dimensões (ex. carros abandonados, máquinas, etc.) 2 Objectos domésticos (ex. cama, carpetes, peças de mobilário em geral) 3
Lixo doméstico em sacos ou amontoados 4
Destroços de barcos ou partes metálicas dos barcos 5
Alimentos ou residuos alimentares em grandes quantidades (ex. despejos de restaurantes) 6
E.2 a Contagem de residuos (em caso de grande quantidade, fazer estimativa):
Garrafas de bebidas em vidro
...
Latas de
bebidas...
Garrafas de bebidas em plástico
...
Suportes de plástico para latas de bebidas
...
Pacotes de bebidas em cartão
...
Pneus
...
Sacos de plástico para compras
...
E.3 Assinale quais as categorias de lixo ou poluição que encontrou nesta unidade e em que
zona(s).
Zona
Supratidal
Marca de
maré e
Zona Intertidal
Aparelhos de pesca em plástico (ex. redes, linhas,
sacos)
1 1
Embalagens em material sintético (ex. suporte plástico
de latas de bebidas)
2 2
Recipientes de plástico duro (incluindo armação)
3
3
Esferovite e/ou outros materiais similares
4
4
Material sanitário (ex. restos de pensos higiénicos,
preservativos, ...)
5 5
Outros plásticos (excluindo garrafas e os de origem
sanitária)
6 6
Alcatrão, óleo, petróleo e/ou diesel
7
7
Recipientes de substancias potencialmente perigosas
(produtos quimicos)
Texteis, artigos de vestuário (sapatos, luvas,...)
9
9
Papel, cartão e/ou madeira
10
10
Alimentos (ex. restos de peixe e de ossos)
11
11
Fezes (de mamiferos, incluindo humanos)
12
12
Residuos de material médico (ex. seringas)
13
13
Vidros (incluindo lampadas)
14
14
Latas (incluindo latas de spray de produtos não
perigosos,...)
15 15
Pequenos pedaços de nafta/alcatrão
16
16
E.4 Se conhece bem esta unidade, estime a frequência de incidentes de poluição por
esgotos. Caso contrário deixe em branco.
Nunca Raro
Ocasional
Frequente
Habitual
Sazonal
1 2 3 4 5 6
Observações Gerais
F.1 Houve modificações na aparência desta unidade devidas a recentes condições
meteorológicas?
Sim, está mais limpa que o habitual 1
Sim, está pior do que habitual 2
Não se verificam alterações significativas 3
F.2 Houve limpeza desta unidade na ultima semana?
Sim Não Desconhecido
1 2 3
F.3 Conhece ou vê algum Risco Efectivo ou Ameaça Iminente nesta unidade de costa ou em parte dela?
Sim Não Desconhecido
1 2 3
F.4 Se respondeu afirmativamente, assinale no quadro seguinte os (R) Riscos Efectivos (área sofrendo já deteorização) e/ou as Ameaças Iminentes (I) (planos aprovados ou trabalhos iniciados que poderão alterar as condições ambientais). (até 5 opções)
Erosão Marinha Extracção de inertes (areias, etc.) Construção Descargas de lixo ou entulho Poluição da água Pressão turistica excessiva Outro Aquacultura 1 2 3 4 11 12 13
Esgoto Radioactividade Petroleo ou
derivados
Industria Agricultura intensiva
5 6 7 8 9
Questões especiais sobre o óleo encontrado na unidade
G.1 Assinale um dos quadros pertencentes a cada uma das colunas, de modo a indicar onde se encontra distribuida
maior quantidade de Óleo/Alcatrão/Petróleo/Diesel (onde existem grandes manchas, indicar a forma e a largura da maior mancha):
Na água Na marca da maré Na zona supratidal No lixo marinho
Nenhuma 1 Nenhuma 1 Nenhuma 1 Nenhuma 1
Vestigios 2 Nódoas/Gotas 2 Nódoas/Gotas 2 Vestigios /
Manchas em cordas plásticas
2
Manchas 3 Pedaços 3 Pedaços 3
Continuo 4 Peq. Manchas 4 Peq. Manchas 4
Grandes manchas 5 Grandes
manchas
5
Permanentemente 6
Largura da maior (m) Largura da maior (m) Desenhe a
forma da maior
mancha
Marca de Maré Zona supratidal
G.2 Existem contentores de óleo usados (motores ou outros engenhos a óleo)?
Óleo ou alcatrão encontrados, neste momento, na costa:
G.3 Consistência G.4 Cheiro? G.5 Cor? G.6 Quantidade? Sólidos mesmo
quando mexidos
1 Distinto à
distancia
1 Preta 1 Menos do que é
habitual 1 Semi-sólidos pingam quando mexidos 2 Só cheira quando muito próximo 2 Azul escura /esverdeada 2 Mais do que o habitual 2
Liquidos 3 Sem cheiro 3 Cinzento claro
leitoso
3 Como o
habitual
3
Mistura 4 Outras 4 Desconhecida 4
G.7 Qual a fonte mais provável de óleo ou alcatrão encontrados? No Mar: De barcos 1 Plataformas petrolíferas 2 Outras fontes marinhas 3 Desconhecido 4 Em Terra:
Docas 1 Fábricas 2 Garagens 3 Descargas de
lixo 4 Outras 5 Desconhecido 6
G.8 Existe possibilidade de tirar amostras?
