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Miserere-re nobis. É no sempre será, ô, iaiá

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Academic year: 2021

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Miserere nóbis

Miserere-re nobis Ora, ora pro nobis

É no sempre será, ô, iaiá É no sempre, sempre serão

(3)

Miserere nóbis

Já não somos como na chegada

Calados e magros, esperando o jantar Na borda do prato se limita a janta

(4)

Miserere nóbis

Miserere-re nobis Ora, ora pro nobis

É no sempre será, ô, iaiá É no sempre, sempre serão

(5)

Miserere nóbis

Tomara que um dia de um dia seja Para todos e sempre a mesma cerveja

Tomara que um dia de um dia não Para todos e sempre metade do pão

(6)

Miserere nóbis

Tomara que um dia de um dia seja Que seja de linho a toalha da mesa

Tomara que um dia de um dia não

(7)

Miserere nóbis

Miserere-re nobis Ora, ora pro nobis

É no sempre será, ô, iaiá É no sempre, sempre serão

(8)

Miserere nóbis

Já não somos como na chegada

Calados e magros, esperando o jantar Na borda do prato se limita a janta

(9)

Miserere nóbis

Miserere-re nobis Ora, ora pro nobis

É no sempre será, ô, iaiá É no sempre, sempre serão

(10)

Miserere nóbis BÊ, RÊ, A - Bra ZÊ, I, LÊ - zil FÊ, U - fu ZÊ, I, LÊ - zil CÊ, A - ca

(11)

Miserere nóbis

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(13)

3 características fundamentais

• Complexidade

• Técnica de colagem

• Multiplicidade

• Fusão musical/ cultural

• Ambiguidade

(14)

Pop(ular) + Vanguarda Tradição + Inovação Nacional + Estrangeiro

Uma infinidade de instrumentos

Brega + Bossa Nova + Rock (Psicodélico) + Música Erudita + Música Sacra

+ Cancioneiro Popular + Bolero + Mambo + Baião + Valsa + Marchinhas.

(15)

Miserere Nobis

Autores: Gilberto Gil e José Carlos Capinam Intérprete: Gilberto Gil

• Tensão entre elevado (Agnus dei) e profano (assuntos mundanos);

• Tensão entre fanfarra e marcha;

• Reflexão sobre o momento politico; • Cenas de violência;

• “Derramemos vinho no linho da mesa
Molhada de vinho e manchada de sangue”

(16)

Coração Materno

Autor: Vicente Celestino Intérprete: Caetano Veloso

(17)

• Regravação;

• Grande sucesso popular; • Estilo exagerado;

• Letra dramática/artificial; • Releitura ambígua.

(18)
(19)

CORAÇÃO MATERNO

Disse um campônio à sua amada:

"Minha idolatrada, diga-me o que quer Por ti vou matar, vou roubar, embora

(20)

CORAÇÃO MATERNO

Provar quero eu que te quero, venero teus olhos, teu porte, teu ser

Mas diga, tua ordem espero, por ti não me importa matar ou morrer"

(21)

CORAÇÃO MATERNO

E ela disse ao campônio, a brincar: "Se é verdade tua louca paixão

Parte já e pra mim vá buscar de tua mãe inteiro o coração"

(22)

CORAÇÃO MATERNO

E a correr o campônio partiu, como um raio na estrada sumiu

Sua amada qual louca ficou, a chorar na estrada tombou

(23)

CORAÇÃO MATERNO

Chega à choupana o campônio

E encontra a mãezinha ajoelhada a rezar Rasga-lhe o peito o demônio

(24)

CORAÇÃO MATERNO

Tira do peito sangrando da velha mãezinha o pobre coração

E volta à correr proclamando: "Vitória, vitória, tens minha paixão"

(25)

CORAÇÃO MATERNO

Mas em meio da estrada caiu, e na queda uma perna partiu

E à distância saltou-lhe da mão sobre a terra o pobre coração

(26)

CORAÇÃO MATERNO

Nesse instante uma voz ecoou: "Magoou-se, pobre filho meu?

Vem buscar-me filho, aqui estou, vem buscar-me que ainda sou TEU!"

(27)
(28)

Panis et circensis

Eu quis cantar uma canção iluminada de sol

Soltei os panos sobre os mastros no ar

(29)

Panis et circensis

Soltei os tigres e os leões nos quintais Mas as pessoas na sala de jantar

(30)

Panis et circensis

Mandei fazer de puro aço luminoso um punhal

Para matar o meu amor e matei

(31)

Panis et circensis

Às cinco horas na avenida central Mas as pessoas da sala de jantar

(32)

Panis et circensis

Mandei plantar folhas de sonhos no jardim do solar

As folhas sabem procurar pelo sol E as raízes procurar, procurar

(33)

Panis et circensis

Mas as pessoas da sala de jantar Essas pessoas da sala de jantar São as pessoas da sala de jantar Mas as pessoas da sala de jantar

(34)

Panis et circensis

Essas pessoas na sala de jantar Essas pessoas na sala de jantar

ESSAS PESSOAS NA SALA DE JANTAR ESSAS PESSOAS NA SALA DE JANTAR

(35)
(36)

Panis et Circencis

Autores: Caetano Veloso e Gilberto Gil Intérpretes: Os Mutantes

OUSADIA DA TRANSFORMAÇÃO X

PESSOAS NA SALA DE JANTAR

IMAGENS DE OUSADIA:

CANÇÃO ILUMINADA DE SOL FOLHAS DE SONHO

(37)

CRIME NA HORA DO RUSH > NÃO ABALA A ORDEM

SOCIAL/CONFORMAÇÃO

INTRODUÇÃO > REPÓRTER ESSO > ANÚNCIO DE UM ACONTECIMENTO

(38)

CONTENTAR-SE COM

POUCO/ESSENCIAL/IMAGEM DA CONFORMAÇÃO

(39)
(40)

LINDONÉIA

Na frente do espelho

Sem que ninguém a visse Miss,

Linda, Feia,

(41)

LINDONÉIA

Despedaçados Atropelados

Cachorros mortos nas ruas Policiais vigiando

(42)

LINDONÉIA

Sangrando

Oh, meu amor

(43)

LINDONÉIA

Lindonéia, cor parda Frutas na feira

Lindonéia solteira Lindonéia, domingo

(44)

LINDONÉIA

Lindonéia desaparecida Na igreja, no andor

Lindonéia desaparecida Na preguiça, no progresso

(45)

LINDONÉIA

Lindonéia desaparecida Nas paradas de sucesso

Ah, meu amor

(46)

LINDONÉIA

Lindonéia desaparecida Nas paradas de sucesso

Ah, meu amor

(47)

LINDONÉIA

No avesso do espelho Mas desaparecida

Ela aparece na fotografia Do outro lado da vida

(48)

LINDONÉIA

Despedaçados Atropelados

Cachorros mortos nas ruas Policiais vigiando

(49)

LINDONÉIA

Sangrando

Oh, meu amor

A solidão vai me matar, Vai me matar,

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LINDONÉIA

Autor: Caetano Veloso Intérprete: Nara Leão

Nara leão > bossa

Tom de bolero da canção > ar sublime X

Personagem popular > tragédia

(52)

LINDONÉIA:

- Lindonéia, cor parda - Lindonéia solteira - Lindonéia, domingo

Segunda-feira

DESAPARECIMENTO > RESSURGIR NA CAPA DO JORNAL > DO OUTRO LADO DA

VIDA > GANHA EXISTÊNCIA NA INEXISTÊNCIA

(53)

REPETIÇÃO DO VERSO

LINDONEIA DESAPARECIDA > CONTEXTO

PARADAS DE SUCESSO MUNDO DE VIOLÊNCIA:

SANGRANDO/POLICIAIS VIGIANDO X

(54)

Cantor e compositor Caetano Veloso vestindo um Parangolé de Oiticica

em 1968.

O projeto e a concepção de Tropicália devem ser compreendidos no interior da produção de Hélio Oiticica nos anos 1960, quando suas obras se voltam preferencialmente para as pesquisas sensoriais. Os Bólides e Parangolés, realizados em 1963-1964, são emblemáticos dessa orientação dos trabalhos e preparam a passagem para a "antiarte ambiental“ que tem lugar no fim da década de 1960, com Tropicália, Apocalipopótese (1968) e Éden (1969).

Nos Parangolés, as cores libertam-se dos recipientes e passam a envolver o corpo, como capas e/ou abrigos: "com Parangolé, descobri estruturas 'comportamento-corpo': tudo para mim passou a girar em torno do corpo que dança".

(55)

Hélio Oiticica

PN2 “A pureza é Um Mito” e PN3 “Imagético”

1967

O termo Tropicálianasce como nome da obra de Hélio Oiticica (1937 - 1980) exposta na mostra Nova Objetividade Brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, em abril de 1967. A obra pode ser descrita como um ambiente labiríntico composto de dois Penetráveis, PN2 (1966) - Pureza É um Mito, e PN3 (1966-1967) - Imagético, associados a plantas, areia, araras, poemas-objetos, capas de Parangolé e um aparelho de televisão.

(56)

“... a rigor, Lindonéia não é um retrato, apesar de seu subtítulo – a Gioconda dos subúrbios – nos atrair nesta direção. É fragmento do fragmento da nova paisagem... a nova paisagem é formada das figuras do imperativo urbano: política, crises, crimes, guerras. Tudo se passa nas cidades, e Lindonéia seria um pedaço de jornal que seria um pedaço da cidade. Não fosse a moldura, que domestica e privatiza Lindonéia, e permite que, em princípio, sendo uma de muitas e muitas anônimas Lindonéias, se individualize e se transforme na Lindonéia de Rubens Gerchman, cantada por Caetano.” (Paulo Sergio Duarte).

Lindonéia, a Gioconda do subúrbio

Rubens Gerchman

vidro, colagem e metal sobre madeira, 60 x 60cm, 1966, Fotógrafo Vicente de Mello, Col. Gilberto Chateaubriand/MAM, Rio de Janeiro.

(57)
(58)

Parque industrial

Retocai o céu de anil Bandeirolas no cordão

(59)

Parque industrial

Despertai com orações O avanço industrial

(60)

Parque industrial

Tem garotas propaganda

Aeromoças e ternura no cartaz Basta olhar na parede

(61)

Parque industrial

Pois temos o sorriso engarrafado Já vem pronto e tabelado

É somente requentar e usar É somente requentar e usar

(62)

Parque industrial

Porque é made, made, made Made in Brazil

Porque é made, made, made Made in Brazil

(63)

Parque industrial

Porque é made, made, made Made in Brazil

Porque é made, made, made Made in Brazil

(64)

Parque industrial

Retocai o céu de anil Bandeirolas no cordão

(65)

Parque industrial

Despertai com orações O avanço industrial

(66)

Parque industrial

A revista moralista

Traz uma lista dos pecados da vedete E tem jornal popular que

Nunca se espreme Porque pode derramar

(67)

Parque industrial

É um banco de sangue encadernado Já vem pronto e tabelado

É somente folhear e usar É somente folhear e usar

(68)

Parque industrial

Porque é made, made, made Made in Brazil

(69)

Parque industrial

(70)
(71)

Parque Industrial

Autor: Tom Zé

Intérpretes: Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Tom Zé, Os Mutantes

ALUSÃO AO HINO DA BANDEIRA >

Retocai o céu de anil

MODERNIZAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA > VISÃO IRÔNICA

CARÁTER FESTIVO DO BRASIL

O avanço industrial

(72)

DESENVOLVIMENTISMO

PROPAGANDA > CAPITALISMO / CONSUMO Tem garota-propaganda

Aeromoça e ternura no cartaz, Basta olhar na parede,

Minha alegria

Num instante se refaz

Pois temos o sorriso engarrafado Já vem pronto e tabelado

(73)

QUESTÃO DA IMPRENSA A revista moralista

Traz uma lista dos pecados da vedete CONTRADIÇÃO

E tem jornal popular que Nunca se espreme

Porque pode derramar.

É um banco de sangue encadernado SENSACIONALISMO

(74)

PRESENÇA DE EMPRESAS ESTRANGEIRAS PARQUE INDUSTRIAL > FESTA / AVANÇO

MADE IN BRAZIL

FINAL DA MÚSICA > ZIL > TOM CAIPIRA >

PRESENÇA DO ARCAICO FRENTE À MODERNIDADE

(75)

 A tendência de planos econômicos e o otimismo

progressista:

“O avanço industrial

Vem trazer nossa redenção”

 Clima desenvolvimentista no Brasil:

 Plano de Metas de JK.  Planos falidos de Jango.  PAEG dos militares.

(76)

 A incorporação do discurso capitalista homogêneo

e standard:

“Pois temos o sorriso engarrafado Já vem pronto e tabelado

É somente requentar e usar É somente requentar e usar O que é made, made, made Made in Brazil”

 Influência do modo de vida americano

 Alinhamento brasileiro com os EUA desde Getúlio e JK,

tensionado no período militar.

(77)
(78)

GELÉIA GERAL

Um poeta desfolha a bandeira e a manhã tropical se inicia

Resplandente, cadente, fagueira num calor girassol com alegria

Na geléia geral brasileira que o Jornal do Brasil anuncia

(79)

GELÉIA GERAL

Ê, bumba-yê-yê-boi

ano que vem, mês que foi Ê, bumba-yê-yê-yê

(80)

GELÉIA GERAL

A alegria é a prova dos nove e a tristeza é teu porto seguro

Minha terra é onde o sol é mais limpo e Mangueira é onde o samba é mais puro

Tumbadora na selva-selvagem, Pindorama, país do futuro

(81)

GELÉIA GERAL

Ê, bumba-yê-yê-boi

ano que vem, mês que foi Ê, bumba-yê-yê-yê

(82)

GELÉIA GERAL

É a mesma dança na sala, no Canecão, na TV E quem não dança não fala,

assiste a tudo e se cala

(83)

GELÉIA GERAL

Doce mulata malvada, um LP de Sinatra, maracujá, mês de abril

Santo barroco baiano, superpoder de paisano, formiplac e céu de anil

(84)

GELÉIA GERAL

Três destaques da Portela, carne-seca na janela, alguém que chora por mim

Um carnaval de verdade, hospitaleira amizade, brutalidade jardim

(85)

GELÉIA GERAL

Ê, bumba-yê-yê-boi

ano que vem, mês que foi Ê, bumba-yê-yê-yê

(86)

GELÉIA GERAL

Plurialva, contente e brejeira miss linda Brasil diz "bom dia"

E outra moça também, Carolina, da janela examina a folia

Salve o lindo pendão dos seus olhos e a saúde que o olhar irradia

(87)

GELÉIA GERAL

Ê, bumba-yê-yê-boi

ano que vem, mês que foi Ê, bumba-yê-yê-yê

(88)

GELÉIA GERAL

Um poeta desfolha a bandeira e eu me sinto melhor colorido

Pego um jato, viajo, arrebento com o roteiro do sexto sentido

Voz do morro, pilão de concreto tropicália, bananas ao vento

(89)

GELÉIA GERAL

Ê, bumba-yê-yê-boi

ano que vem, mês que foi Ê, bumba-yê-yê-yê

(90)
(91)

GelÉia Geral

Autores: Gilberto Gil e Torquato Neto Intérprete: Giblerto Gil

• Música síntese do movimento

“As relíquias do Brasil

Doce mulata malvada

Um LP de Sinatra

Maracujá, mês de abril

Santo barroco baiano

Super poder de paisano

(92)

• Referências ao Modernismo de 1922

“A alegria é a prova dos nove” “Pindorama, país do futuro”

• Papel da mídia – Cultura de massas

• Mistura (rock dos Beatles/Folclore)

(93)

- Uma canção de amor inserida no mundo do consumo

- “Você precisa…”: função conativa (discurso publicitário)

1ª estrofe: - Mercadorias (piscina, margarina, gasolina)

- Carolina, de Chico Buarque (indústria musical)

REFRÃO IMPERATIVO (“Eu sei que é assim”)

2ª estrofe: - Integração com a turma e sua moda (“Roberto”)

REFRÃO SAUDOSO (“Há quanto tempo” – Reencontro) 3ª estrofe: - Da cidade à publicidade: saturação do discurso

Não sei…

REFRÃO: Declaração de amor na T-Shirt (“I love you”) BABY

Autor: Caetano Veloso

(94)

“Você precisa aprender inglês.”

“Baby, I love you.” +

“Please stay by me, Diana.”

(95)
(96)

baby

Você precisa saber da piscina, da

Margarina, da Carolina, da gasolina Você precisa saber de mim

(97)

baby

Você precisa tomar um sorvete Na lanchonete, andar com gente

Me ver de perto.

Ouvir aquela canção do Roberto Baby, baby, há quanto tempo.

(98)

baby

Você precisa aprender inglês Precisa aprender o que eu sei

E o que eu não sei mais E o que eu não sei mais

(99)

baby

Não sei, comigo vai tudo azul Contigo vai tudo em paz

Vivemos na melhor cidade Da América do Sul

Da América do Sul

(100)

baby

Não sei, leia na minha camisa

Baby, baby, I love you (please stay by me, Diana)

(101)
(102)
(103)
(104)

TRÊS CARAVELAS

Autor: Augusto Algueró e Moreu (ESP)/ João de Barro (POR) Intérprete: Caetano Veloso e Gilberto Gil

Canção não-autoral > espanhol Augusto Algueró > gravada por Emilinha Borba (57)

Duas histórias:

Visão do colonizador > encontra seu amor na

terra x visão do colonizado > o brasil

(105)

Rumba > Prazer >

Elogio ao colonizador > Ironia Referência à Cuba > Provocação? Rumba x Caráter inovador do disco

(106)

Mescla português x espanhol Imprecisão histórica da letra >

colombo x cuba

(107)
(108)

TRÊS CARAVELAS

Un navegante atrevido Sayó de Palos un día

(109)

TRÊS CARAVELAS

La Pinta, la Niña

Y

(110)

TRÊS CARAVELAS

Hace a la tierra cubana Con toda sú valentia

(111)

TRÊS CARAVELAS

La Pinta, la Niña

Y

(112)

TRÊS CARAVELAS

Muita coisa sucedeu Daquele tempo pra cá

O Brasil aconteceu

(113)

TRÊS CARAVELAS

Um navegante atrevido Saiu de Palos um dia

(114)

TRÊS CARAVELAS

A Pinta, a Nina

E

(115)

TRÊS CARAVELAS

Em terras americanas Saltou feliz, certo dia.

(116)

TRÊS CARAVELAS

A Pinta, a Nina

E

(117)

TRÊS CARAVELAS

Mira tú que cosas passan Que algunos años después

En esta tierra cubana Yo encontré a mí querer

(118)

TRÊS CARAVELAS

Viva el Señor Don Cristóvan Que viva la patria mía

(119)

TRÊS CARAVELAS

La Pinta, la Niña

Y

(120)

TRÊS CARAVELAS

Viva Cristóvão Colombo Que, para nossa alegria, Veio com três caravelas:

(121)

TRÊS CARAVELAS

A Pinta, a Nina

E

(122)
(123)

Enquanto seu lobo não vem

Autor: Caetano Veloso Intérprete: Caetano Veloso

• Atualização do conto de fadas Chapeuzinho Vermelho

• Estrutura paralelística (“Vamos passear…”)

• “Os clarins da banda militar”: Intertextualidade com a composição Dora, de Dorival Caymmi.

• Anuncia a aproximação do desfile militar (o lobo opressor)

1º verso: - Fusão entre a cidade (avenida) e a natureza (floresta) 1º refrão: - O carnaval e Presidente Vargas

2º verso: - Estados Unidos do Brasil - O passeio escondido e o desfile 2º refrão: Ingenuidade e erotismo Ordem repressora

(124)
(125)

ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM

Vamos passear na floresta escondida, meu amor

Vamos passear na avenida

Vamos passear nas veredas, no alto meu amor

(126)

ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM

A Estação Primeira da Mangueira passa em ruas largas

Passa por debaixo da

(127)

ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM

Vamos passear nos

Estados Unidos do Brasil Vamos passear escondidos

Vamos desfilar pela rua onde Mangueira passou

(128)

ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM

Vamos passear nos

Estados Unidos do Brasil Vamos passear escondidos

Vamos desfilar pela rua onde Mangueira passou

(129)

ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM

Debaixo das bombas, das bandeiras Debaixo das botas

Debaixo das rosas, dos jardins Debaixo da lama

(130)

ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM

Os clarins da banda militar… Os clarins da banda militar… Os clarins da banda militar… Os clarins da banda militar…

(131)
(132)

MAMÃE CORAGEM

Mamãe, mamãe, não chore

A vida é assim mesmo - eu fui embora Mamãe, mamãe, não chore

Eu nunca mais vou voltar por aí Mamãe, mamãe, não chore

A vida é assim mesmo

Eu quero mesmo é isto aqui Mamãe, mamãe, não chore

(133)

MAMÃE CORAGEM

Pegue uns panos pra lavar Leia um romance

Veja as contas do mercado Pague as prestações

(134)

MAMÃE CORAGEM

Ser mãe

É desdobrar fibra por fibra Os corações dos filhos

Seja feliz Seja feliz

(135)

MAMÃE CORAGEM

Mamãe, mamãe, não chore

Eu quero, eu posso, eu quis, eu fiz Mamãe, seja feliz

(136)

MAMÃE CORAGEM

Não chore nunca mais, não adianta Eu tenho um beijo preso na garganta

Eu tenho um jeito de quem não se espanta (Braço de ouro vale 10 milhões)

Eu tenho corações fora do peito Mamãe, não chore - Não tem jeito

(137)

MAMÃE CORAGEM

Pegue uns panos pra lavar Leia um romance

Leia "Alzira morta virgem" "O grande industrial"

(138)

MAMÃE CORAGEM

Eu por aqui vou indo muito bem De vez em quando brinco Carnaval

E vou vivendo assim: felicidade Na cidade que eu plantei pra mim

E que não tem mais fim Não tem mais fim

(139)
(140)

Mamãe coragem

Autores: Caetano Veloso, Torquato Neto Intérprete: Gal Costa

• Letra em Primeira Pessoa – Feminina • Interlocução com a mãe – consolo

• Referência – She’s leaving home, dos Beatles

• A mudança de comportamento (o chamado da independência urbana)

• Mercado de trabalho

(141)

 A libertação dos anos 60

“Mamãe, mamãe, não chore

Eu quero, eu posso, eu quis, eu fiz Mamãe, seja feliz

Mamãe, mamãe, não chore

Não chore nunca mais, não adianta Eu tenho um beijo preso na garganta”

 As revoluções dos anos 60

 O Réveillon que mudou o mundo  O amor livre

 A crise da família patriarcal

 A emergência da voz da juventude

 O mundo de todos horizontes possíveis  “É proibido proibir”

(142)

1968

Eventos que marcaram o ano:

- O Maio francês - A crise do Vietnã - O movimento estudantil latino-americano - A Primavera de Praga na Tcheco-Eslováquia

(143)

Brasil

- Troca de presidentes:

Castello Branco para Costa e Silva - Morte do estudante Édson Luís - Passeata dos Cem Mil

- Discurso de Márcio Moreira Alves - Festival Internacional da Canção - Congresso de Ibiúna

- Prisão de líderes estudantis e políticos - 13/12/1968: AI-5

(144)

Bat macumba

Autores: Gilberto Gil e Caetano Veloso Intérprete: Gilberto Gil

OUVIR: - Percussão afro-brasileira e rock - Transe ritualístico

LER: - Desmontagem e remontagem do verso

Revela seus elementos simbólicos até se tornar um elemento mínimo (BA)

- Síntese antropofágica

Religiosa: macumba, obá Cultural: Batman, iêiê

VER: - Poesia Concreta

(145)
(146)

Bat macumba

Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Batman Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê Bat Macumba Bat Macum Batman Bat Ba Bat Bat Ma Bat Macum Bat Macumba Bat Macumba ê Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Batman Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Bat Macumba Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá!

Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá

(147)

Bat macumba

Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Batman Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê Bat Macumba Bat Macum Batman Bat Ba Bat Bat Ma Bat Macum Bat Macumba Bat Macumba ê Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Batman Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Bat Macumba Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá!

Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba

Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Batman

Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê Bat Macumba Bat Macum Batman Bat

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Bat macumba

Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Batman Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê Bat Macumba Bat Macum Batman Bat Ba Bat Bat Ma Bat Macum Bat Macumba Bat Macumba ê Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Batman Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Bat Macumba Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá!

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Bat macumba

Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Batman Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê Bat Macumba Bat Macum Batman Bat Ba Bat Bat Ma Bat Macum Bat Macumba Bat Macumba ê Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Batman Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Bat Macumba Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá!

Bat Bat Ma Bat Macum Bat Macumba Bat Macumba ê Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê, Bat

Bat Macumba ê ê, Batman

Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Bat Macumba

(150)

Bat macumba

Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Batman Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê Bat Macumba Bat Macum Batman Bat Ba Bat Bat Ma Bat Macum Bat Macumba Bat Macumba ê Bat Macumba ê ê Bat Macumba ê ê, Ba Bat Macumba ê ê, Bat Bat Macumba ê ê, Batman Bat Macumba ê ê, Bat Macum Bat Macumba ê ê, Bat Macumba Bat Macumba ê ê, Bat Macumba oh Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá!

Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá Bat Macumba ê ê, Bat Macumba obá

(151)
(152)

Hino ao senhor do bonfim

Autores: Artur de Sales, João Antonio Wanderley

Intérpretes: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Os Mutantes

Obra não-autoral

Escrito para celebrar os cem anos da independência do brasil >

1823 – 1923 > 2 de julho Hino religioso >

(153)

Imagem >

entregue por tropas portuguesas > derrotadas

Sagrada colina > local da igreja

Cantar da harmonia & concórdia > clima apoteótico x gritos

(154)

Louvor a uma glória passada

Disco inicia e acaba com um canto religioso>

MISERERE – religiosidade x latinidade HINO – religiosidade x militarismo

(155)
(156)

Hino ao senhor do bonfim

Glória a ti neste dia de glória

glória a ti redentor que há cem anos nossos pais conduziste à vitória

(157)

Hino ao senhor do bonfim

desta sagrada colina

mansão da misericórdia dai-nos a graça divina da justiça e da concórdia

(158)

Hino ao senhor do bonfim

glória a ti nessa altura sagrada és o eterno farol, és o guia

és, senhor, sentinela avançada és a guardo imortal da bahia.

(159)

Hino ao senhor do bonfim

glória a ti nessa altura sagrada és o eterno farol, és o guia

és, senhor, sentinela avançada és a guardo imortal da bahia.

(160)

Hino ao senhor do bonfim

desta sagrada colina

mansão da misericórdia dai-nos a graça divina da justiça e da concórdia

(161)

Hino ao senhor do bonfim

desta sagrada colina

mansão da misericórdia dai-nos a graça divina da justiça e da concórdia

(162)

Hino ao senhor do bonfim

aos teus pés que nos deste o direito aos teus pés que nos deste a verdade

trata e exulta num férvido preito a alma em festa da nossa cidade

(163)

Hino ao senhor do bonfim

desta sagrada colina

mansão da misericórdia dai-nos a graça divina da justiça e da concórdia

(164)

Referências

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