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Academic year: 2021

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Texto

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Cecília Queiroz

Filomena Moita

Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

D I S C I P L I N A

A formação e a prática reflexiva

Autores

aula

14

CONTROLE DA EDIÇÃO DE MATERIAIS - SEDIS/UFRN

Nome do arquivo: Fu_So_A14_B Diagramador: Bruno

Data de envio para Revisão: 11/10/2007 Data de envio para Intranet: 00/00/0000 Data de envio para PDF: 00/00/0000

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Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

Copyright © 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.

Governo Federal Presidente da República

Luiz Inácio Lula da Silva

Ministro da Educação

Fernando Haddad

Secretário de Educação a Distância – SEED

Carlos Eduardo Bielschowsky

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Reitor

José Ivonildo do Rêgo

Vice-Reitora

Ângela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a Distância

Vera Lúcia do Amaral

Universidade Estadual da Paraíba Reitora

Marlene Alves Sousa Luna

Vice-Reitor

Aldo Bezerra Maciel

Coordenadora Institucional de Programas Especiais - CIPE

Eliane de Moura Silva

Q3f Fundamentos sócio-filosóficos da educação/ Cecília Telma Alves Pontes de Queiroz, Filomena Maria Gonçalves da Silva Cordeiro Moita.– Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN, 2007.

15 fasc.

“Curso de Licenciatura em Geografia – EaD”.

Conteúdo: Fasc. 1- Educação? Educações?; Fasc. 2 - Na rota da filosofia ... em busca de respostas; Fasc. 3 - Uma nova rota...sociologia; Fasc.4 - Nos mares da história da educação e da legislação educacional; Fasc. 5 - A companhia de Jesus e a educação no Brasil; Fasc. 6 – Reforma Pombalina da educação reflexos na educação brasileira; Fasc. 7 - Novos ventos... manifesto dos pioneiros da escola nova; Fasc. 8 – Ditadura militar, sociedade e educação no Brasil; Fasc. 9 - Tendências pedagógicas e seus pressupostos; Fasc. 10 – Novos paradigmas, a educação e o educador; Fasc. 11 – Outras rotas...um novo educador; Fasc. 12 – O reencantar: o novo fazer pedagógico; Fasc. 13 – Caminhos e (des)caminhos: o pensar e o fazer geográfico; Fasc. 14 – A formação e a prática reflexiva; Fasc. 15 – Educação e as TIC’s: uma aprendizagem colaborativa ISBN: 978-85-87108-57-9

1. Educação 2. Fundamentos sócio-filosóficos 3. Prática Reflexiva 4. EAD I. Título.

22 ed. CDD 370 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - UEPB

Coordenador de Edição

Ary Sergio Braga Olinisky

Projeto Gráfico

Ivana Lima (UFRN)

Revisora Tipográfica

Nouraide Queiroz (UFRN)

Thaísa Maria Simplício Lemos (UFRN)

Ilustradora

Carolina Costa (UFRN)

Editoração de Imagens

Adauto Harley (UFRN) Carolina Costa (UFRN)

Diagramadores

Bruno de Souza Melo (UFRN) Dimetrius de Carvalho Ferreira (UFRN) Ivana Lima (UFRN)

Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)

Revisores de Estrutura e Linguagem

Rossana Delmar de Lima Arcoverde (UEPB)

Revisoras de Língua Portuguesa

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1

2

Apresentação

A prática de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo

Paulo Freire.

V

amos seguir para o penúltimo trecho de nossa viagem. Neste trecho vamos ter a possibilidade de refletir sobre nossa prática pedagógica. Acreditamos que, pensar sobre a prática é começar a mudar, refletir sobre o que se faz, afinal, todo ser, porque é imperfeito, é passível de mudança, progresso, aperfeiçoamento. E isso só é possível, a partir de uma reflexão sobre si mesmo, seu pensar, seu fazer. A avaliação da prática leva a descobrir falhas e possibilidades de melhoria. Refletir sobre o que se faz e não acomodar-se, procurar não repetir erros.

Paulo Freire procura deixar claro sua maneira de pensar sobre a prática de educadores e educadoras críticos (as) e ativos (as). A própria prática se torna uma exigência da relação entre teoria e prática, o que ele chamou de: práxis. Vamos seguir neste trecho e aprofundar nossas reflexões. Vamos conhecer e/ou aprofundar conceitos que nos ajudam a fundamentar nossa prática pedagógica e a melhorá-la, cada vez mais. Faça a leitura, as atividades e dialogue com os tutores, os colegas etc. sobre o tema desta aula.

Objetivos

Ao final desta aula, esperamos que você chegue ao porto com condição de:

Compreender a importância da reflexão sobre a prática pedagógica;

Identificar que a formação continuada é uma constante na vida do educador.

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Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

2 Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

Zarpando...

É

acreditando que, ao “pensar certo”, será possível construir um mundo melhor, que lhe convidamos para embarcar para mais uma rota, já que o ato de ensinar é o mesmo ato de aprender, e é dessa forma que esperamos que entenda a sua prática educativa, uma prática realmente dialética. Esses são saberes indispensáveis à prática educativa e que devem fazer parte da formação docente, pois quem ensina aprende e quem aprende ensina. É daí, dessa dialógica, que surgirá o educador reflexivo, problematizador, pesquisador.

O educador reflexivo, pesquisador, investigador nunca se satisfaz com sua prática, jamais a julga perfeita, concluída, sem possibilidade de aprimoramento. Ele sempre vai buscar mais e mais. Lê, observa, investiga, analisa, para atender, para estimular seu aluno(a) a buscar, a crescer a querer sempre o melhor, pois eles são, ao mesmo tempo, sujeito e objeto de sua ação docente. Essa é uma prática que sempre foi verdadeira e, hoje, mais do que nunca, ela é uma realidade, e quem não se atualizar estagna e, até, retrocede.

O mundo corre. As mudanças e as exigências da tecnologia e do mercado de trabalho são tantas e tão rápidas que o educador que não estiver atento pode ser pego de surpresa em sua prática cotidiana.

As novidades, os fatos, as mudanças podem chegar à sala de aula pela boca dos alunos, antes que o professor saiba, se aperceba ou tome conhecimento. Quantas vezes é o aluno que traz a novidade e pergunta: professor, o senhor sabe?

Nessa hora, o educador tem que ser humilde e, caso não tenha conhecimento, deve responder que não, mas que vai pesquisar, informar-se. É nesse momento em que o aluno que conhece palavras e expressões modernas sabe do último fato social ou político, não apresenta mais certos costumes e exigências. Ele supera o (a) professor (a) !

Quantas vezes o educador, encerrado em si mesmo e confinado à sala de aula, não percebe que o mundo mudou. Muitas vezes, por falta de recursos econômicos ele deixa de comprar a última revista, o último CD, o último modelo do MP3 ou MP4, o livro recém lançado, sem contar que a velocidade dos acontecimentos não lhe dá tempo ou condições de acompanhar essas mudanças.

Então, quando o aluno pergunta, se o professor não estiver atento, vai achar tudo isso muito estranho, esquisito. Muitos deles até reclamam e se revoltam proibindo os alunos de falar, pois é a melhor forma de se esconder atrás da parede do autoritarismo, em vez de buscar reflexão e uma formação continuada.

Segundo Zeichner (1993, p.17), “refletir sobre o próprio ensino exige espírito aberto, responsabilidade e sinceridade”.

Dialética

Dialética era, na Grécia Antiga, a arte do diálogo, da contraposição e contradição de idéias que leva a outras idéias. Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão.

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Atividade 1

sua resposta

Reflita sobre sua prática, sobre seu cotidiano. E registre sua reflexão com base nos questionamentos que seguem. Para desvelar essa lacuna e distância entre aluno e professor, só mesmo a reflexão, se pergunte sempre:

O que faço?

O que digo tem ressonância, significado, importância para o aluno? O que ele diz é importante para mim?

Eu devo aprender com ele? Devo perguntar e aprender junto?

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Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

4 Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

A relação sócio-interacionista

A

teoria do desenvolvimento intelectual de Vygotsky sustenta que todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações humanas. Essa teoria tem por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-cultural.

O conhecimento que permite o desenvolvimento mental se dá na relação com os outros. Nessa perspectiva, o professor constrói sua formação, fortalece e enriquece seu aprendizado. Por isso é importante ver a pessoa do professor e valorizar o saber de sua experiência.

Para Nóvoa (1997, p. 26),

A troca de experiências e a partilha de saberes consolidam espaços de formação mútua, nos quais cada professor é chamado a desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e de formando.

O trabalho em equipe e o trabalho interdisciplinar se revelam importantes. Quando as decisões são tomadas em conjunto, desfavorecem, de certa forma, a resistência às mudanças, e todos passam a ser responsáveis pelo sucesso da aprendizagem na escola.

O trabalho interdisciplinar evita que os professores conduzam seus trabalhos isoladamente, em diferentes direções, pois a produção de práticas educativas eficazes surge de uma reflexão da experiência pessoal partilhada entre os colegas.

Assim, o sucesso profissional do professor, o espaço ideal para seu crescimento, sua formação continuada pode ser também seu local de trabalho.

Histórico-Cultural

O referencial teórico histórico-cultural apresenta uma nova maneira de entender a relação entre sujeito e objeto, no processo de construção do conhecimento. Para Vigotsky, esse mesmo sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque constitui conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. Disponível em: http://br.geocities.com/ secdrr/pressupo.htm, Acesso em: 09agosto/2007.

A Formação e a Prática

D

urante muito tempo, acreditou-se que ter uma graduação era o suficiente, o profissional estaria apto para atuar na sua área pelo resto da vida. Atualmente, essa realidade mudou, para todas as áreas profissionais, e a realidade do educador não é diferente. O profissional docente tem que estar consciente de que sua formação é permanente e é integrada no seu dia-a-dia, no cotidiano da sua escola, da sua universidade.

Ler, estudar, buscar mais e mais será a sua eterna tarefa. O prazer pelo estudo e a leitura devem ser evidentes, pois seu exemplo será o maior incentivo para seus alunos. Parafraseando Snyders (1990), o professor que não aprende com prazer não ensinará com prazer. São grandes os desafios que o profissional docente enfrenta, mas manter-se atualizado e desenvolver práticas pedagógicas eficientes..

Segundo Nóvoa (2002, p. 23) “O aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional per-manente.” Para o atual reitor da Universidade de Lisboa, a formação continuada se dá de ma-neira coletiva e depende da experiência e da reflexão como instrumentos contínuos de análise.

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O Educador reflexivo

Estudos apontam que existe a necessidade de que o professor seja capaz de refletir sobre sua prática e direcioná-la segundo a realidade em que atua, voltada aos interesses e às necessidades dos alunos.

Nesse sentido, Freire (1996, p. 43) afirma: “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”.

Buscando suporte teórico para entender melhor esse aspecto, recorremos a Schön (1997), idealizador do conceito de professor reflexivo que percebeu que, em várias profissões, não apenas na prática docente, existem situações conflitantes, desafiantes, e que a aplicação de técnicas convencionais, simplesmente, não resolvem problemas.

Não estamos lhe propondo que deve abandonar, a didática de sua prática docente, mas tenha a certeza de que haverá momentos em que você estará em situações conflitantes e não terá como guiar-se somente por critérios técnicos pré-estabelecidos.

Para Nóvoa (1997, p. 27),

As situações conflitantes que os professores são obrigados a enfrentar (e resolver) apresentam características únicas, exigindo, portanto, características únicas: o profissional competente possui capacidades de autodesenvolvimento reflexivo (...) A lógica da racionalidade técnica opõe-se sempre ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva.

Como é interessante e você sabe disso, muitas vezes, enquanto bons profissionais, lançamos mão de uma série de estratégias não planejadas. Quanta criatividade surge, e nem sabemos de onde, para resolver problemas no nosso cotidiano.

Schön identifica nos bons profissionais uma combinação de ciência, técnica e arte. É essa mística, essa dinâmica que possibilita ao educador agir em contextos instáveis como o da sala de aula. O processo é essencialmente meta-cognitivo, em que o professor dialoga com a realidade que lhe fala, em reflexão permanente.

Para maior concretização da reflexão na formação de professores, é necessário criar condições de trabalho em equipe, um trabalho coletivo. Um espaço que deve ser criado na escolas, nas universidades, para que essa reflexão cresça e se estabeleça como uma prática efetiva.

Nesse sentido, Schön (1997, p. 87) assevera:

(...) Nessa perspectiva o desenvolvimento de uma prática reflexiva eficaz tem que integrar o contexto institucional. O professor tem de se tornar um navegador atento à burocracia. E os responsáveis escolares que queiram encorajar os professores a tornarem-se profissionais reflexivos devem criar espaços de liberdade tranqüila onde a reflexão seja possível. Estes são os dois lados da questão – aprender a ouvir os alunos e aprender a fazer da escola um lugar no qual seja possível ouvir os alunos – devem ser olhados como inseparáveis.

Assim, enquanto um educador reflexivo, deve levar em conta uma série de variáveis que fazem parte do processo didático.

Didática

A didática é um dos componentes que compõe a pedagogia, que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os processo de ensino aprendizagem. Os elementos da ação didática são: o professor, o aluno, a disciplina (matéria ou conteúdo), o contexto da aprendizagem e as estratégias metodológicas. Disponível em: http://pt.wikipedia. org/wiki/Did%C3%A1tica, Acesso em: 09 agosto/2007.

REVISÃO

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Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

 Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

Atividade 2

Agora você vai dar uma parada, para ler atentamente a letra da música de Almir Sater e Renato Teixeira. Em seguida veja o vídeo da música, com lindas imagens. Veja o que esta letra e a música no vídeo lhe trazem de reflexão e ajudam a entender o que foi estudado.

Tocando em Frente

Almir Sater e Renato Teixeira

Ando devagar porque já tive pressa E levo esse sorriso porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe

Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei Eu nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs

É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir

É preciso chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente Compreender a marcha e ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro levando a boiada Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou

Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs

É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir

É preciso a chuva para florir

(9)

Todo mundo ama um dia, Todo mundo chora Um dia a gente chega,

No outro vai embora

Cada um de nós compõe a sua história E cada ser em si carrega o dom de ser capaz

De ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs

É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir

É preciso a chuva para florir Ando devagar porque já tive pressa E levo esse sorriso porque já chorei demais

Cada um de nós compõe a sua história E cada ser em si carrega o dom de ser capaz

De ser feliz

VÍDEO – Título: Tocando em Frente - Almir Sater/ Renato Teixeira, que traz a

música e imagens ilustrativas.

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Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

 Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

Seguindo nossa rota e refletindo,

refletindo...

Você deve estar se perguntando, será que é possível, refletir, mudar sempre? Sim, é ! Além do conhecimento dos conteúdos de ensino, nós professores, necessitamos possuir um conjunto de saberes abrangentes, didáticos e transversais, provenientes de nossa contínua busca de saberes, construídos nas trocas com nossos colegas e solidificados ao longo de nossa experiência. Para Philippe Perrenoud (1999 p. 7) é preciso:

A reflexão durante o calor da ação; A reflexão distante do calor da ação; A reflexão sobre o sistema de ação;

Uma reflexão tão diversificada quanto os profissionais envolvidos na ação; Da reflexão ocasional à prática reflexiva.

Para o autor, algumas competências são fundamentais, veja o que ele propõe: Philippe Perrenoud Philippe Perrenoud - sociólogo suíço, professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na Universidade de Genebra. Entre outros livros escreveu: Avaliação - Da excelência à regulação das aprendizagens; Construir as competências desde a escola; Pedagogia Diferenciada; Dez novas competências para ensinar. Disponível em: http://www. centrorefeducacional. com.br/perrenoud.htm, Acesso em: 09 agosto/2007.

REVISÃO

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Competências

de referência para serem trabalhadas na formação contínua (exemplos)Competências mais específicas

1. Organizar e coordenar as situações de aprendizagem

Conhecer, para uma dada disciplina, os conteúdos a ensinar e sua tradução em objetivos de aprendizagem Trabalhar a partir das representações dos alunos Construir e planificar dispositivos e seqüências didáticas Engajar os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento

2. Gerir a progressão das aprendizagens

Conceber e gerir situações-problemas adequadas aos níveis e possibilidades dos alunos Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino primário Estabelecer vínculos com as teorias subjacentes às atividades de aprendizagem Observar e avaliar os alunos nas situações de aprendizagem, segundo uma abordagem formativa Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões de progressão 3. Conceber e fazer evoluir

dispositivos de diferenciação

Gerir a heterogeneidade no interior do grupo classe Superar barreiras, ampliar a gestão da classe para um espaço mais vasto Praticar o apoio integrado, trabalhar com os alunos com grande dificuldade Desenvolver a cooperação entre alunos e algumas formas simples de ensino mútuo

4. Envolver os alunos em sua aprendizagem e seu trabalho

Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver a capacidade de auto-avaliação nas crianças Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (Conselho de Classe ou de escola) e negociar com os alunos diversos tipos de regras e contratos Oferecer atividades de formação optativas, de modo que o aluno componha livremente parte de sua formação Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno

5. Trabalhar em equipe

Elaborar um projeto de equipe, representações comuns Coordenar um grupo de trabalho, conduzir reuniões Formar e renovar uma equipe pedagógica Confrontar e analisar juntos situações complexas, práticas e problemas profissionais Gerir crises ou conflitos entre pessoas 6. Participar da gestão da

escolaw

Elaborar e negociar um projeto da escola Gerir os recursos da escola Coordenar e estimular uma escola como todos os parceiros (pára-escolares, do bairro, associações de pais, professores de língua e cultura de origem) 7. Informar e envolver os

pais

Coordenar as reuniões de informação e de debate Conduzir as entrevistas Envolver os pais na valorização da construção de saberes 8. Servir-se de novas

tecnologias

Utilizar os programas de edição de textos Explorar as potencialidades didáticas de programas com relação aos objetivos dos vários domínios do ensino

9. Enfrentar os deveres e dilemas éticos da profissão

Prevenir a violência na escola e na cidade Lutar contra os preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais Participar na definição de regras de vida comum no tocante à disciplina na escola, as sanções e a apreciação da conduta Analisar a relação pedagógica, a autoridade e a comunicação em classe Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade, o sentimento de justiça

10. Gerir sua própria formação contínua

Saber explicitar suas práticas Fazer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação contínua Negociar um projeto de formação comum com os colegas (equipe, escolas, rede) Envolver-se em atividades no domínio de um setor do ensino ou do DIP6 Colher e participar da formação dos colegas

Disponível em: http://www .unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_1999/1999_34.html#Heading 3 Acesso em: 01 agosto/2007.

REVISÃO

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Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

10 Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação

Atividade 3

sua resposta

Considerando as competências apontadas no quadro acima, as suas leituras e reflexões até aqui. Descreva exemplos práticos de sua aplicabilidade em sala de aula. Como seria a aula aplicando algumas das competências apresentadas?

(13)

Resumo

Chegamos ao porto e como despedida, desse trecho, queremos deixar para você que

a formação oportuniza ao professor não só o saber em sala de aula. Ele precisa conhecer as questões de educação, as diversas práticas que devem ser analisadas na perspectiva histórico-sócio-cultural. E, ainda, precisa conhecer o desenvolvimento do seu aluno nos seus múltiplos aspectos: afetivo, cognitivo e social, bem como refletir criticamente sobre seu papel diante de seus alunos e da sociedade. Vimos algumas competências indicadas pelo sociólogo suíço Perrenoud, que nos dão pistas para enriquecer nossa prática pedagógica. Munido desses saberes, você terá frutos a colher no ambiente de sala de aula ou fora dele.

Até o próximo trecho.

Nesta aula você estudou que o educador reflexivo é aquele que nunca se satisfaz com sua prática, está sempre buscando aprimoramento: lendo, pesquisando, refletindo. Viu que o conhecimento é construído socialmente, através das relações e que por esse motivo a escola (também) é um lugar privilegiado para a construção dessas relações. Aprendeu, com Schön, que os bons profissionais combinam ciência, técnica e arte. Leu e estudou que na prática pedagógica, como professores de Geografia, iremos precisar, em alguns momentos, de algo para além da técnica: de nossa intuição, emoção e, especialmente, de nossas experiências de vida para nos apoiar.

Auto-avaliação

Essa é a hora da reflexão, da construção do seu DIÁRIO DE BORDO. Você fez a viagem, leu os textos, respondeu às atividades, visitou os sites, assistiu aos filmes, mas, com certeza, foi mais além.

Para saber se você atingiu os objetivos propostos responda à questão que se segue. Se tiver dúvidas, procure tirá-las voltando ao texto e buscando ajuda do tutor e/ou de colegas cursistas. Afinal, que prática pedagógica esta aula propõe? Faça uma síntese das idéias aqui apresentadas.

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Aula 14  Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação 12

Leituras complementares

Sites interessantes

Nova Escola – http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/150_mar02/html/cresca

Este site traz o texto da professora Priscila Ramalho, com o título: “Você já se viu no espelho hoje? As aulas ganham mais sentido quando o professor investe um tempo para refletir sobre a própria atuação”.

Em seguida, uma entrevista com o sociólogo suíço, Perrenoud, sobre o livro A Prática Reflexiva no Ofício do Professor. Nossa intenção é que possa contribuir para a compreensão desta aula, além de aumentar seus conhecimentos sobre a temática estudada.

Referências

Freire, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 20ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

Nóvoa, A. (coord). Os professores e sua formação. Lisboa-Portugal: Dom Quixote, 1997. _______. Revista Nova Escola. São Paulo: editora abril, agosot/2002, p.23.

Perrenoud, P. A Prática Reflexiva no Ofício de Professor: Profissionalização e razão

pedagógicas. Porto Alegre: Artmed editora, 2002.

Schön, D. Os professores e sua formação. Lisboa, Portugal: Dom Quixote, 1997. Snyders. Entrevista dada à Lourdes Stamato de Camilles, PUC/SP,1990.

Perrenoud, P. Revista Brasileira de Educação, Set-Dez 1999, n° 12, p. 5-21.

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Referências

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